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Conceito
• Regra de ouro. Art. 246. Antes da
• Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao
escolha, não poderá o devedor alegar
menos, pelo gênero e pela quantidade. perda ou deterioração da coisa, ainda que
• CPC, arts. 811 a 813. por força maior ou caso fortuito.
• A expressão coisa incerta indica que a • O genêro nunca parece
obrigação tem objeto indeterminado, mas • Na coisa incerta a coisa não parece, não
não totalmente, porque deve ser está individualizado. Assim o devedor não
indicada, pelo gênero e quantidade. pode alegar a perda.
• É a coisa indeterminada, mas • A determinação da qualidade da coisa
determinável. Falta apenas determinar sua incerta se faz pela escolha. Feita esta, e
qualidade.. cientificado o credor, acaba a incerteza, e
• Ex.: Encomenda de um carro na a coisa torna-se certa.
concessionária no catálogo é uma coisa • Ex.: O veículo chegou no pátio, o
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RESUMO N2 - NOTA 1 – DIREITO CIVIL III
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RESUMO N2 - NOTA 1 – DIREITO CIVIL III
• Art. 249. Se o fato puder ser executado que a mesma não foi feita pelo Romero
Brito, a obrigação não foi cumprida, pois
por terceiro, será livre ao credor mandá-
não foi à pessoa que eu escolhi.
lo executar à custa do devedor, havendo
• Neste caso, houve houve o
recusa ou mora deste, sem prejuízo da
inadimplemento da obrigação.
indenização cabível.
• Obrigação interpessoal: qualquer pessoa
• Parágrafo único. Em caso de urgência,
pode fazer.
pode o credor, independentemente de
• Ex.: eu quero uma réplica do Romero
autorização judicial, executar ou mandar
executar o fato, sendo depois ressarcido. Brito, não importa quem pinte desde que
contrato, especificando quem irá fazer o • Ex.: o pintor Romero Brito faleceu –
serviço. • Art. 248. Se a prestação do fato tornar-
• Ex.: Contratei um serviço de fotografia
se impossível sem culpa do devedor,
onde tem 5 fotógrafos. Se eu especificar resolver-se-á a obrigação; se por culpa
os fotógrafos A e B, não poderá ser dele, responderá por perdas e danos.
outro profissional a fazer o serviço. • Resolve-se a obrigação, sem perdas e
• Nesse caso, se a obrigação não foi danos.
cumprida por certa e determinada • Se houver culpa do devedor: indenização
pessoa, gera perdas e danos, como por perdas e danos.
preceitua o art. 247, CC. • A obrigação está atrasada e mesmo
• Art. 247. Incorre na obrigação de assim eu tenho interesse no serviço: não
indenizar perdas e danos o devedor que cabe indenização.
recusar a prestação a ele só imposta, ou • Ex.: uma empresa se compromete a
só por ele exeqüível.. fazer uma manutenção de um
• Encomendo uma pintura do pintor equipamento no hospital. Se a empresa
Romero Brito, nova. Quem deve fazer a
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RESUMO N2 - NOTA 1 – DIREITO CIVIL III
não foi no dia marcado, houve prejuízo pode exigir dele que o desfaça, sob pena
ao hospital.. de se desfazer à sua custa, ressarcindo o
• Negativação indevida: perdas e danos, culpado perdas e danos.
feriu o direito da personalidade. • Se você realiza o ato que não podia
abstenção: o de não praticar o ato que fazer, desde que, sem culpa do devedor,
poderia livremente fazer, se não se se lhe torne impossível abster-se do ato,
houvesse obrigado. que se obrigou a não praticar.
• Abstenção: elemento fundamental, ou • Parágrafo único. Em caso de urgência,
• Não divulgação de dados: ator que não arts. 822 e 823, CPC..
pode dar spoiler, dar informações.
• A obrigação de não fazer é descumprida
• Ex.: obrigação de entregar um veículo e • Art. 253,CC. Se uma das duas prestações
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RESUMO N2 - NOTA 1 – DIREITO CIVIL III
ex.), toda a obrigação fica contaminada de meia tonelada de maçã e meia tonelada de
laranja.
nulidade, sendo inexigíveis ambas as
• § 1º Não pode o devedor obrigar o credor a
prestações. Se uma delas, desde o
receber parte em uma prestação e parte em
momento da celebração da avença, não
outra.
puder ser cumprida em razão de
• Quando uma das prestações não puder ser
impossibilidade física, será alternativa
objeto da obrigação manterá o outro objeto
apenas na aparência, constituindo, na restante a obrigação de entregar, ou seja, se a
verdade, uma obrigação simples. obrigação envolvia um computador ou uma
• Quando a impossibilidade de uma das impressora caso o computador venha a sofrer
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RESUMO N2 - NOTA 1 – DIREITO CIVIL III
• Art. 253. Se uma das duas prestações não seu valor, mais as perdas e danos. No exemplo
supra, pode alegar, por exemplo, que não tem
puder ser objeto de obrigação ou se tornada
onde guardar o animal, se este for o
inexequível, subsistirá o débito quanto à outra.
remanescente, e exigir o valor do veículo que
• Quando a escolha couber ao devedor e ocorrer
pereceu, mais perdas e danos.
à perda de um dos objetos, caberá ao credor à
opção de exigir o outro objeto ou exigir o valor
daquele que se perdeu.
• Se o devedor com culpa perder todas as
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• Relembrando:
ativo ou passivo, ou mesmo em ambos,
• Art. 87. Bens divisíveis são os que se passando a existir tantas obrigações
podem fracionar sem alteração na sua distintas quantas as pessoas dos
substância, diminuição considerável de devedores ou dos credores. Nesse caso,
valor, ou prejuízo do uso a que se cada credor só pode exigir a sua quota e
destinam. (obrigação de pagar em cada devedor só responde pela parte
dinheiro). respectiva (art. 257, CC).
• Ex.: se eu tenho que entregar R$100,00 e
Multiplicidade de Sujeitos
tenho dois credores, desses R$100,00,
• A classificação em divisível ou indivisível
João e Maria são credores de R$100,00,
só oferece interesse jurídico havendo
eu fraciono essa obrigação em duas e
pluralidade de credores ou devedores.
pago R$50,00 para João e R$50,00 para
• O interesse jurídico resulta da
a Maria.
necessidade de fracionar-se o objeto da
• Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis
prestação para ser distribuído entre os
podem tornar-se indivisíveis por credores ou para que cada um dos
determinação da lei ou por vontade das devedores possa prestar uma parte
partes. desse objeto.
• Ex.: Quem deve um cavalo não pode dar
Obrigações Divisíveis
o animal em partes.
• São aquelas em que a prestação tem
• Conceito
por objeto uma coisa ou fato suscetível
• As obrigações divisíveis indivisíveis são
de divisão (interpretação contrario sensu
compostas pela multiplicidade de sujeitos,
do art. 258, do Código Civil). Ou seja, a
ou seja, 1 credor + vários devedores; 1
obrigação é divisível quando é possível ao
devedor + vários credores ou vários
devedor executá-la por partes.
credores + vários devedores. Nelas há
um desdobramento de pessoas no polo
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se desobrigará com relação aos demais não pode ser fracionado sem prejuízo da
pequenos lotes urbanos, bem como credores, cada credor receberá uma
certos direitos reais, como a servidão, o saca.
penhor, a hipoteca etc. • Ex.: vamos supor que cada pessoa jogue
dividida em tantas obrigações, iguais e pela dívida toda, haja vista que a
só deve a sua quota-parte. A insolvência • Quando nós temos mais de uma pessoa
teria que pagar 50% da obrigação, mas uma outra pessoa, aquela obrigação
agora “A” e “B” são devedores de um original foi extinta, agora o “B” se tornou
daquele cavalo. Vamos supor que “B” • Então se o cavalo esta avaliado em mais
para adimplir a obrigação, ele não pode ou menos R$ 5.000,00 , “B” entregou o
virar para o credor e falar que o cavalo cavalo inteiro para o credor deles, agora
vale R$ 5.000,00 e que ele vai dar “B” vai fazer o que n[os chamamos de
receber nada diferente, então o que ele regresso para que ele cobre de “A” a
• Vamos supor que “B” faz a entrega, ele exigir esse valor de “A” porque é a cota
obrigação solidária, que conserva a sua ratificação dos demais credores (art. 260,
• Art. 259. Se, havendo dois ou mais credores, poderá cada um destes exigir a
igualmente, pelo toda uma quitação, que poderão exigir o objeto da prestação se
será oponível aos outros credores, para não pagarem a vantagem obtida pelos
com os quais ficará liberado tanto quanto devedores, ou seja, o valor da quota do
como aquele a quem fez o pagamento credor que a perdoou.
total. • Exemplo: Se a dívida é dar um animal
• c) Pagamento aos demais Credores (art. que vale R$3.000,00 a 3 (três) credores, e
261,CC): efetuado o pagamento a um só um deles faz a remição da dívida (quota
que lhes cabem, sob pena de dívida deve, portanto, ser oportunamente
observará no caso de transação, culpados (art. 263, §2º, Código Civil), que,
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ato quanto a uma das partes se propaga • Se algum dos devedores for ou se tornar
às demais e o ato não subsiste em ponto insolvente, quem sofre prejuízo de tal
Natureza Jurídica
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em ambos os casos, o credor pode exigir advém da lei ou do contrato, mas recai
de um só dos devedores o pagamento sobre as pessoas.
da totalidade do objeto devido. • Obrigação Indivisível: tem índole
• Diferenças: objetiva: resulta da natureza da coisa, que
a) Pagamento: constitui objeto da prestação.
perdas e danos, continuará indivisível seu inequívoca das partes. São comuns e
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• Art. 942, parágrafo único “Os bens do solidária, reputando-se nunca ter havido
ofensa tiver mais de um autor, todos pura e simples para um dos cocredores
responderão solidariamente pela ou codevedores, e condicional, ou a
reparação”. prazo, ou pagável em lugar diferente,
• Art. 932, Código Civil. para o outro.
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vontades, sem exclusão de uma sequer, que marido e mulher, os cotitulares não
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• Art. 267. Cada um dos credores solidários cobrança, como se depreende do verbo
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responderá aos outros pela parte que em partes ou quotas que se presumem
lhes caiba. iguais até prova em contrário, tanto que
f) Exceções Pessoais (art. 273,CC): o credor que tiver remitido a dívida ou
(compensação, remissão).
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pelos juros de mora, visto que estes • Parágrafo único. Se o credor exonerar
possuem natureza acessória da obrigação da solidariedade um ou mais devedores,
principal, sendo dela inseparáveis. subsistirá a dos demais.
Entretanto, na via regressa, ou seja, no • Como a solidariedade constitui benefício
acerto final, só o culpado acabará arcando instituído em favor do credor, pode dele
com as consequências do pagamento abrir mão, ainda que se trate de vínculo
dos juros de mora. resultante da lei.
• Distingue-se das perdas e danos, pois • Renúncia absoluta: efetivada em prol de
nelas, de imediato, só o culpado responde.
todos os coobrigados. Neste caso, não
• Art. 280. Todos os devedores
haverá mais solidariedade passiva, pois
respondem pelos juros da mora, ainda cada coobrigado passará a dever pro
que a ação tenha sido proposta somente rata, isto é, a responder somente por sua
contra um; mas o culpado responde aos quota.
outros pela obrigação acrescida. • Trata-se de hipótese bastante rara. A
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relação jurídica, sem novar, ou seja, sem • Onerosa: eu cedo recebendo algo em
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notificado se tem o devedor que, em • Banco não pode forjar contratos, agir de
escrito público ou particular, se declarou má-fé. A origem tem que ser lícita e
ciente da cessão feita. existente.
• Não precisa haver concordância, basta • Pro soluto (não me responsabilizo) Art.
que seja comunicado ao devedor.. 295. Na cessão por título oneroso, o
• Pode ser feito de forma verbal.
cedente, ainda que não se responsabilize,
• Para que tenha validade com terceiros
fica responsável ao cessionário pela
precisa ser formal.
existência do crédito ao tempo em que
• A lei pode fazer transcrição – pensão
lhe cedeu; a mesma responsabilidade lhe
alimentícia.
cabe nas cessões por título gratuito, se
• Pode acontecer de forma: convencional,
tiver procedido de má-fé.
legal, judicial. – origem dessa cessão. • Pro solvendo (me responsabilizo) Art.
• A cessão de crédito pode ser ainda pro 286. O credor pode ceder o seu crédito,
soluto e pro solvendo.
se a isso não se opuser a natureza da
• Pro soluto: o cedente apenas garante a
obrigação, a lei, ou a convenção com o
existência do crédito, sem responder, devedor; a cláusula proibitiva da cessão
pela solvência do devedor. não poderá ser oposta ao cessionário de
• Devedor solvente: tenho uma dívida de 20 boa-fé, se não constar do instrumento da
mil reais e parei de pagar a mesma. Eu obrigação.
tenho um carro de 50 mil reais. Tem
como adimplir com minhas obrigações,
pois, eu possuo bens. Assim, sou solvente.
• Pro solvendo: cedente obriga-se a pagar
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Transfiro a dívida para um terceiro – para entrar ao seu lado como novo
tenho que pedir autorização ao banco devedor, diante anuência do credor.
para fazer a transferência.
• Quem o banco vai acionar se a dívida
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• Terceiro não interessado que paga em • Credor putativo: é aquele que parece ser
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do devedor. O credor procura o devedor receber parte do que lhe é devido. Ele
para receber. não é obrigado a receber em partes.
• Portáveis: obrigações pagas no domicílio
Do tempo do pagamento
dos débitos irá satisfazer. consignação deverá ser feita nos moldes
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realizada pelo devedor que poderá • IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva
• I - se o credor não puder, ou, sem justa do depósito deve ser líquido e certo.
causa, recusar receber o pagamento, ou • Tempo: vencimento.
dar quitação na devida forma; • Art. 336. Para que a consignação tenha
→ se o credor não puder: por está
força de pagamento, será mister
em coma no hospital.
concorram, em relação às pessoas, ao
→ Sem justa causa recusar: por valor
objeto, modo e tempo, todos os
menor ou para ganhar juros.
requisitos sem os quais não é válido o
• II - se o credor não for, nem mandar
pagamento.
receber a coisa no lugar, tempo e
• Lugar: foro de pagamento.
condição devidos;
• Art. 337. O depósito requerer-se-á no
• III - se o credor for incapaz de receber,
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passa ter a condição de credor C é o receber coisa que não era dinheiro, em
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• Novação: é quando as partes criam uma • Ocorre pra extinguir ao mesmo tempo
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