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Questão 1
Antônia, surpresa com o diagnóstico de câncer de mama aos 32 anos, busca, junto com o marido,
o plano de saúde para providenciar um tratamento. Nessa busca, eles tiveram a decepcionante
resposta de que, por ser uma doença preexistente, o tratamento não seria coberto pela empresa.
Diante disso, precisando urgentemente de dinheiro para pagar as despesas do tratamento de saúde,
colocam à venda, por R$ 250.000,00, o imóvel do casal, avaliado em R$ 2.000.000, 00.
José Pedro, ciente da oferta, mas sem ter conhecimento da circunstância que motivou a oferta do
imóvel a essa preço tão baixo, acha a oportunidade única e decide comprar o imóvel do casal.
Nessa situação, o negócio jurídico entre Antônia, seu esposo e João Pedro é
a) anulável diante do vício de consentimento estado de perigo, já que foram impelidos a realizar o
negócio jurídico para salvar a vida de Antônia.
b) nulo diante do consentimento viciado de Antônia e seu marido, que não estavam com o
consentimento livre diante da necessidade que se apresentava.
d) nulo já que tem objeto ilícito, evidenciando-se a ilicitude pela desproporção entre as
contraprestações previstas no negócio em tela.
Sílvio exigiu que sua filha, Maria Helena, celebrasse negócio jurídico com Flávio, sob
pena daquela perder o carinho dedicado pelo pai. Berenice, mãe de Maria Helena,
concordou completamente com a decisão do marido. No entanto, Flávio desconhecia a
ameaça feita por Sílvio à filha. Maria Helena somente firmou o referido negócio com
Flávio com medo de perder o afeto de seu pai. Sobre o negócio jurídico celebrado entre
Maria Helena e Flávio, é CORRETO afirmar que
Amâncio deve quantia em dinheiro para Patrícia. Como Amâncio não quita a
dívida no prazo estipulado, Patrícia ameaça de morte o seu filho. Diante disso,
Amâncio transfere para Patrícia a propriedade de seu automóvel. Levando em
consideração os dados apresentados, a transferência do automóvel é anulável
pelo vício:
a) da lesão.
b) do dolo.
c) da coação.
d) do erro.
e) da simulação.
Para ajudar a custear o tratamento médico de seu filho, José resolveu vender
seu próprio automóvel. Em razão da necessidade e da urgência, José estipulou,
para venda, o montante de 35 mil reais, embora o valor real de mercado do
veículo fosse de 65 mil reais. Ao ver o anúncio, Fernando ofereceu 32 mil
reais pelo automóvel. José aceitou o valor oferecido por Fernando e
formalizou o negócio jurídico de venda.
Conforme o Código Civil, essa situação configura hipótese de
a) lesão, sendo o negócio jurídico anulável.
b) dolo, podendo José pedir somente indenização por perdas e danos.
c) lesão, podendo José pedir somente indenização por perdas e danos.
d) dolo, sendo o negócio jurídico anulável.
Júlia e Mateus, noivos e sem experiência acerca de imóveis, decidiram comprar um apartamento.
André, corretor de imóveis que os atendeu, percebendo a inexperiência do casal, alterou o valor do
contrato de venda e compra do imóvel para três vezes acima do preço de mercado. O contrato foi
celebrado e, no ano seguinte, após terem pago a maior parte das parcelas, em uma conversa com
um amigo corretor de imóveis, Júlia e Mateus descobriram o caráter abusivo do valor entabulado e
decidiram ajuizar uma ação com o objetivo de permanecerem no imóvel e serem ressarcidos
somente do valor excedente já pago.
Considerando a situação hipotética, em conformidade com o disposto no Código Civil, deve ser
alegado em juízo que o negócio jurídico celebrado tem como defeito
a) a coação, não sendo possível a revisão judicial, mas apenas a anulação do negócio jurídico.
b) o erro ou a ignorância, sendo possíveis a revisão judicial e a anulação do negócio jurídico.
c) a lesão, sendo possíveis a revisão judicial bem como a anulação do negócio jurídico.
d) o dolo, não sendo possível a revisão judicial, mas apenas a anulação do negócio jurídico.
e) o estado de perigo, não sendo possível a revisão judicial, mas apenas a anulação do negócio
jurídico.
[...] é vício de consentimento dual, que exige para a sua caracterização a premência
da pessoa em se salvar, ou a membro de sua família e, de outra banda, a ocorrência de
obrigação excessivamente onerosa, aí incluída a imposição de serviços
desnecessários, conscientemente fixada pela contraparte da relação negocial.
Acerca dos defeitos dos negócios jurídicos, o trecho apresentado, retirado da ementa
do Recurso Especial 1.680.448/MG, de Relatoria da Ministra Nancy Andrighi,
julgado em 22/8/2017, refere-se a
a) erro ou ignorância.
b) estado de perigo.
c) coação.
d) dolo.
e) fraude contra credores.
Temendo a desaprovação moral de seu pai, por quem nutre profundo respeito, Pedro
matriculou-se no curso superior de Direito, mesmo não sendo esta sua vontade
verdadeira. De acordo com o Código Civil, tal ato é
a) anulável, pois foi praticado mediante coação, que pode ser física ou moral.
b) nulo, pois foi praticado mediante coação, que pode ser física ou moral.
d) nulo, pois o temor reverencial, embora não configure coação, também constitui vício
do negócio jurídico.
e) anulável, pois o temor reverencial, embora não configure coação, também constitui
vício do negócio jurídico.
a) estado de perigo.
b) dolo.
c) lesão.
d) erro.
Durante uma viagem aérea, Eliseu foi acometido de um mal súbito, que demandava
atendimento imediato. O piloto dirigiu o avião para o aeroporto mais próximo, mas a
aterrissagem não ocorreria a tempo de salvar Eliseu. Um passageiro ofereceu seus
conhecimentos médicos para atender Eliseu, mas demandou pagamento bastante superior
ao valor de mercado, sob a alegação de que se encontrava de férias.
Os termos do passageiro foram prontamente aceitos por Eliseu. Recuperado do mal que o
atingiu, para evitar a cobrança dos valores avençados, Eliseu pode pretender a anulação
do acordo firmado com o outro passageiro, alegando
a) erro.
b) dolo.
c) coação.
d) estado de perigo.
João, único herdeiro de seu avô Leonardo, recebeu, por ocasião da abertura da sucessão deste último, todos
os seus bens, inclusive uma casa repleta de antiguidades.
Necessitando de dinheiro para quitar suas dívidas, uma das primeiras providências de João foi alienar uma
pintura antiga que sempre estivera exposta na sala da casa, por um valor módico, ao primeiro comprador que
encontrou.
João, semanas depois, leu nos jornais a notícia de que reaparecera no mercado de arte uma pintura
valiosíssima de um célebre artista plástico. Sua surpresa foi enorme ao descobrir que se tratava da pintura que
ele alienara, com valor milhares de vezes maior do que o por ela cobrado. Por isso, pretende pleitear a
invalidação da alienação.
O negócio jurídico de alienação da pintura celebrado por João está viciado por lesão e chegou a produzir seus
efeitos regulares, no momento de sua celebração.
O direito de João a obter a invalidação do negócio jurídico, por erro, de alienação da pintura, não se sujeita a
nenhum prazo prescricional
Se o comprador da pintura oferecer suplemento do preço pago de acordo com o valor de mercado da obra,
João poderá optar entre aceitar a oferta ou invalidar o negócio.