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Art.

5º, LXXVIII, CF - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável


duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.

Art. 4º CPC. As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito,
incluída a atividade satisfativa.

Art. 139 CPC. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-
lhe: II - velar pela duração razoável do processo;

DURAÇÃO RAZOÁVEL DO
PROCESSO
Como avaliar se o processo está obedecendo ao princípio da duração razoável do
processo?

CRITÉRIOS

COMPLEXIDADE DO COMPORTAMENTO ATUAÇÃO DO ÓRGÃO


ASSUNTO. DOS LITIGANTES E SEUS
JURISDICIONAL.
PROCURADORES.
Existem mecanismos de efetivação da duração razoável do processo?

Art. 191 CPC. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos
atos processuais, quando for o caso.
Existem mecanismos de efetivação da duração razoável do processo?

Art. 235 CPC. Qualquer parte, o Ministério Público ou a Defensoria Pública poderá
representar ao corregedor do tribunal ou ao Conselho Nacional de Justiça contra juiz ou
relator que injustificadamente exceder os prazos previstos em lei, regulamento ou regimento
interno.
Art. 7º CPC. É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de
direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação
de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório.

Enunciado nº 379 FPPC: O exercício dos poderes de direção do processo pelo juiz deve
observar a paridade de armas das partes.

IGUALDADE PROCESSUAL
IGUALDADE
PROCESSUAL

REDUÇÃO DAS IGUALDADE NO ACESSO


IGUALDADE NO
IMPARCIALIDADE DESIGUALDADES ÀS INFORMAÇÕES
ACESSO À NECESSÁRIAS PARA A
DO JUIZ. DE ACESSO À GARANTIA DO EXERCÍCIO
JUSTIÇA.
JUSTIÇA. DO CONTRADITÓRIO.
Art. 5º CPC. Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de
acordo com a boa-fé.

BOA-FÉ PROCESSUAL
A exigência de agir de acordo com a boa-fé processual é direcionada apenas às partes?

Enunciado nº 375 FPPC: O órgão jurisdicional também deve comportar-se de acordo com a boa-fé objetiva.

Enunciado nº 376 FPPC: A vedação do comportamento contraditório aplica-se ao órgão jurisdicional.

Enunciado nº 377 FPPC: A boa-fé objetiva impede que o julgador profira, sem motivar a alteração, decisões
diferentes sobre uma mesma questão de direito aplicável às situações de fato análogas, ainda que em
processos distintos.

Enunciado nº 378 FPPC: A boa fé processual orienta a interpretação da postulação e da sentença, permite a
reprimenda do abuso de direito processual e das condutas dolosas de todos os sujeitos processuais e veda seus
comportamentos contraditórios.
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. NULIDADE DE ATO PROCESSUAL DE SERVENTUÁRIO. EFEITOS SOBRE ATOS
PRATICADOS DE BOA-FÉ PELAS PARTES.

A eventual nulidade declarada pelo juiz de ato processual praticado pelo serventuário não pode retroagir
para prejudicar os atos praticados de boa-fé pelas partes. O princípio da lealdade processual, de matiz
constitucional e consubstanciado no art. 14 do CPC, aplica-se não só às partes, mas a todos os sujeitos
que porventura atuem no processo. Dessa forma, no processo, exige-se dos magistrados e dos
serventuários da Justiça conduta pautada por lealdade e boa-fé, sendo vedados os comportamentos
contraditórios. Assim, eventuais erros praticados pelo servidor não podem prejudicar a parte de boa-fé.
(STJ AgRg no AREsp 91311 Informativo 511)
APLICAÇÕES DO PRINCÍPIO DA BOA-FÉ PROCESSUAL

PROIBIÇÃO DE
PROIBIÇÃO DE AGIR COMPORTAMENTO
DE MÁ-FÉ PROCESSUAL
CONTRADITÓRIO

PROIBIÇÃO DE PERDA DE PODERES


ABUSO DE DIREITOS PROCESSUAIS PELO
PROCESSUAIS NÃO EXERCÍCIO
Art. 6º CPC. Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em
tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.

COOPERAÇÃO
MODELOS DE
PROCESSO

ADVERSARIAL INQUISITORIAL
MODELO
COOPERATIVO
Deveres de cooperação

✓ Esclarecimento: As partes devem redigir a sua demanda com clareza e coerência e o tribunal deve se
esclarecer junto às partes quanto às dúvidas que tenha sobre suas alegações. Isso, com a finalidade de
evitar que o magistrado tome decisões precipitadas, açodadas. Além disso, o órgão jurisdicional tem o
dever de esclarecer os seus próprios pronunciamentos para as partes, com fundamento no dever de
motivação também.

✓ Consulta: é uma variante do dever de esclarecimento. Não pode o órgão jurisdicional decidir com base em
questão de fato ou de direito sem que tenha dado às partes o direito de manifestação prévia.

✓ Prevenção: o magistrado tem o dever de apontar as deficiências das postulações das partes para que elas
sejam corrigidas. Visamos com a prevenção evitar que o êxito da ação ou da defesa possa ser frustrado pelo
uso inadequado do processo. Por exemplo: de acordo com o artigo 76 do CPC, se o juiz verificar a
incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, ele suspenderá o processo e
designará prazo razoável para que seja sanado o vício e não simplesmente extinguir o processo.
Art. 4º CPC. As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito,
incluída a atividade satisfativa.
Art. 6o CPC. Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em
tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.
Art. 317 CPC. Antes de proferir decisão sem resolução de mérito, o juiz deverá conceder à
parte oportunidade para, se possível, corrigir o vício.
Art. 321 CPC. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts.
319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de
mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete,
indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.

PRIMAZIA DA DECISÃO DE
MÉRITO
Esse princípio é aplicável somente primeira instância?

Enunciado nº 372 FPPC: O art. 4º tem aplicação em todas as fases e em todos


os tipos de procedimento, inclusive em incidentes processuais e na instância
recursal, impondo ao órgão jurisdicional viabilizar o saneamento de vícios para
examinar o mérito, sempre que seja possível a sua correção.
Art. 12 CPC. Os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmente, à ordem cronológica de
conclusão para proferir sentença ou acórdão.

OBEDIÊNCIA À ORDEM
CRONOLÓGICA
Art. 12 CPC. § 2º Estão excluídos da regra do caput:
I – as sentenças proferidas em audiência, homologatórias de acordo ou de improcedência
liminar do pedido;
II - o julgamento de processos em bloco para aplicação de tese jurídica firmada em
julgamento de casos repetitivos;
III - o julgamento de recursos repetitivos ou de incidente de resolução de demandas
repetitivas;
IV – as decisões proferidas com base nos arts. 485 e 932;
V - o julgamento de embargos de declaração;
VI - o julgamento de agravo interno;
VII - as preferências legais e as metas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça;
VIII - os processos criminais, nos órgãos jurisdicionais que tenham competência penal;
IX - a causa que exija urgência no julgamento, assim reconhecida por decisão fundamentada.
EXTENSÃO DA REGRA AOS AUXILIARES DA JUSTIÇA

Art. 153 CPC. O escrivão ou o chefe de secretaria atenderá, preferencialmente, à ordem


cronológica de recebimento para publicação e efetivação dos pronunciamentos judiciais.

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