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Fala, pessoal. Tudo bem? Esse material é um carinho da nossa equipe Ciclos, para fazer companhia a vocês nessas
24h que antecedem a prova. Aqui mora um pequeno retrato dos nossos materiais da RETA FINAL MPF, com foco total
nessa prova de banca própria que adora cobrar uns assuntos bem diferentes!
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Bons estudos.
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REVISÃO DE VÉSPERA | MPF
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O neoconstitucionalismo é uma visão contemporânea, pós 2ª Guerra Mundial, com nova perspectiva em relação
ao constitucionalismo, também chamado de constitucionalismo pós-moderno, ou, ainda, pós-positivismo. Busca
não apenas atrelar o constitucionalismo à ideia de limitação do poder político, mas dar eficácia a Constituição,
deixando de ser percebida como um texto de caráter meramente retórico e passando a ser mais efetivo. Tem
como uma de suas marcas a concretização das prestações materiais prometidas pela sociedade, servindo como
ferramenta para a implantação de um Estado Democrático Social de Direito.
NEOCONSTITUCIONALISMO:
CONSTITUIÇÃO
Centro do sistema
Norma jurídica – imperatividade e superioridade
Carga valorativa – axiológica – dignidade da pessoa humana e direitos fundamentais
Eficácia irradiante em relação aos Poderes e mesmo aos particulares
Garantia de condições dignas mínimas
#OLHAOGANHO
TEORIAS SOBRE A NATUREZA JURÍDICA DA “INTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSTITUIÇÃO”
É apenas um dos instrumentos hermenêuticos disponíveis ao intérprete,
PRINCÍPIO INTERPRETATIVO. não estando necessariamente relacionada à atividade de controle de
constitucionalidade.
TÉCNICA DECISÓRIA DE É apenas um método de fiscalização da constitucionalidade, não método
CONTROLE DE de interpretação, pois busca discernir o sentido necessário e possível para
CONSTITUCIONALIDADE. adequar o preceito à força conformadora da constituição.
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#SUPERGANCHO
SENTENÇAS INTERMEDIÁRIAS
Nestas, há um alargamento da abrangência do texto
SENTENÇA
SENTENÇAS NORMATIVAS legal em virtude da criação de uma regra pela própria
NORMATIVA ADITIVA.
(também chamadas de decisão.
manipulativas) SENTENÇA O tribunal adiciona um princípio deixando a criação
Nessas espécies de NORMATIVA ADITIVA da regra pelo legislador.
decisões normativas, o DE PRINCÍPIOS.
Tribunal empreende a O tribunal declara a inconstitucionalidade de uma
criação de uma norma SENTENÇA norma na parte em que contém uma prescrição em
geral e vinculante. NORMATIVA vez de outra ou profere uma decisão que implica em
Podem ser: SUBSTITUTIVA. substituição de uma disciplina contida no preceito
constitucional.
A declaração de inconstitucionalidade não se faz
SENTENÇA acompanhar da extirpação da norma do
TRANSITIVA SEM ordenamento jurídico, se houver possibilidade de se
EFEITO ABLATIVO: criar uma situação jurídica insuportável ou de grave
perigo orçamentário.
SENTENÇAS TRANSITIVAS Nesse caso, a decisão declara a inconstitucionalidade
SENTENÇA
OU TRANSACIONAIS com possibilidade de extirpar a norma ou seus efeitos
TRANSITIVA COM
Nelas há uma espécie de do ordenamento jurídico, mas efetua a modulação
EFEITO ABLATIVO:
transação com temporal dos efeitos da decisão.
supremacia da Trata-se de declarar a constitucionalidade da norma
Constituição. Podem SENTENÇA assentando um apelo ao legislador para que este
ser divididas em: TRANSITIVA adote as providências necessárias, fazendo com que
APELATIVA. a situação venha a se adequar, com mudança de
fatos, aos parâmetros constitucionais.
SENTENÇA Nesse tipo de decisão há um prenúncio de uma
TRANSITIVA DE mudança de orientação jurisprudencial que não será
AVISO: aplicado ao caso em análise.
Direito fundamental como norma cogente e irradiante, como norte e limite considerando-
se o direito de forma abstrata.
DIMENSÃO
Reflexos importantes:
OBJETIVA
- Eficácia irradiante da CF.
- Imposição ao Estado do dever de proteção dos direitos fundamentais
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Toda violação de direitos, mesmo entre particulares, deve ser imputada ao Estado. Se
o Estado não evita que essas transgressões ocorram, então as permite, devendo por
TEORIA DA isso ser responsabilizado. Desse modo, as violações aos direitos fundamentais por
CONVERGÊNCIA atores privados devem ser atribuídas ao Poder Público, porque, nessas situações, é
ESTATISTA ele quem decai do seu dever geral em proteger os direitos fundamentais.
#APOSTACICLOS Os órgãos do SISBIN somente podem fornecer informações à ABIN quando comprovado o
interesse público e mediante decisão motivada para controle de legalidade pelo Poder Judiciário
O parágrafo único do art. 4º da Lei 9.883/99 prevê que os órgãos que compõem o SISBIN deverão fornecer
informações para a ABIN: Art. 4º (...) Parágrafo único. Os órgãos componentes do Sistema Brasileiro de
Inteligência fornecerão à ABIN, nos termos e condições a serem aprovados mediante ato presidencial, para fins
de integração, dados e conhecimentos específicos relacionados com a defesa das instituições e dos interesses
nacionais.
O Plenário do STF afirmou que esse dispositivo é constitucional desde que seja interpretado com base em
quatro critérios definidos pela Corte. Assim, o STF conferiu interpretação conforme à Constituição Federal ao
parágrafo único do art. 4º da Lei 9.883/99, para estabelecer que:
a) os órgãos componentes do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin) somente podem fornecer dados e
conhecimentos específicos à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) quando comprovado o interesse público
da medida, afastada qualquer possibilidade de esses dados atenderem interesses pessoais ou privados;
b) toda e qualquer decisão que solicitar os dados deverá ser devidamente motivada para eventual controle de
legalidade pelo Poder Judiciário;
c) mesmo quando presente o interesse público, os dados referentes a comunicações telefônicas ou dados
sujeitos à reserva de jurisdição não podem ser compartilhados na forma do dispositivo em razão daquela
limitação, decorrente do respeito aos direitos fundamentais; e
d) nas hipóteses cabíveis de fornecimento de informações e dados à Abin, é imprescindível procedimento
formalmente instaurado e existência de sistemas eletrônicos de segurança e registro de acesso, inclusive para
efeito de responsabilização, em caso de eventuais omissões, desvios ou abusos.
STF. Plenário. ADI 6529/DF, Rel. Min. Carmen Lúcia, julgado em 8/10/2021 (Info 1033).
#APOSTACICLOS STF determinou, como tutela provisória incidental na ADPF, que a União adote providências
para assegurar a vida, a saúde e a segurança de povos indígenas
Cabível o deferimento de tutela provisória incidental em arguição de descumprimento de preceito
fundamental para adoção de todas as providências indispensáveis para assegurar a vida, a saúde e a segurança
de povos indígenas vítimas de ilícitos e problemas de saúde decorrentes da presença de invasores de suas
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terras, em situação agravada pelo curso da pandemia ocasionada pelo novo coronavírus (Covid-19).
STF. Plenário. ADPF 709 TPI-Ref/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 18/6/2021 (Info 1022).
#APOSTACICLOS É inconstitucional lei estadual que obriga que as escolas e bibliotecas públicas tenham um
exemplar da Bíblia. A imposição legal de manutenção de exemplares de Bíblias em escolas e bibliotecas públicas
estaduais configura contrariedade à laicidade estatal e à liberdade religiosa consagrada pela Constituição da
República de 1988. STF. Plenário. ADI 5258/AM, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 12/4/2021 (Info 1012).
#APOSTACICLOS. O que se entende por aviso prévio para os fins do direito de reunião do art. 5º, XVI, da CF/88?
O art. 5º, XVI, da CF/88 prevê o direito de reunião nos seguintes termos: XVI - todos podem reunir-se
pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não
frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à
autoridade competente; Qual é o sentido de “prévio aviso” mencionado pelo dispositivo constitucional? O STF
fixou a seguinte tese: A exigência constitucional de aviso prévio relativamente ao direito de reunião é satisfeita
com a veiculação de informação que permita ao poder público zelar para que seu exercício se dê de forma
pacífica ou para que não frustre outra reunião no mesmo local. STF. Plenário. RE 806339/SE, Rel. Min. Marco
Aurélio, redator do acórdão Min. Edson Fachin, julgado em 14/12/2020 (Repercussão Geral – Tema 855) (Info
1003).
INTERVENÇÃO
HIPÓTESES PROCEDIMENTO
A União poderá intervir nos O Presidente da República, ao perceber a ocorrência de alguma
Estados/DF se essa medida for dessas hipóteses, deverá decretar a intervenção, mesmo que não
necessária para: tenha sido solicitada por ninguém.
1) manter a integridade nacional. Em outras palavras, a intervenção será decretada de ofício (de
2) repelir invasão estrangeira ou de forma espontânea). O Presidente decreta a intervenção por meio
uma unidade da Federação em de um Decreto Presidencial, o qual deverá trazer as regras sobre a
outra. intervenção (amplitude, prazo, condições). No Decreto, o
3) pôr termo (acabar) a grave Presidente poderá nomear um interventor para administrar o
comprometimento da ordem Estado, caso entenda necessário.
pública. O Decreto deverá ser submetido à apreciação do Congresso
4) reorganizar as finanças do Nacional, no prazo de 24 horas. A doutrina chama isso de “controle
Estado/DF caso ele tenha: político” da intervenção. Se o Congresso não estiver funcionando,
a) suspendido o pagamento da o Presidente do Senado deverá fazer uma convocação
dívida fundada por mais de dois extraordinária.
anos consecutivos, salvo motivo de Antes de decretar a intervenção, o Presidente consultará o
força maior; Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, sendo tais
b) deixado de entregar aos manifestações apenas opinativas (não vinculantes).
Municípios as receitas tributárias,
dentro dos prazos estabelecidos em
lei.
5) A União poderá intervir no Se o Poder Executivo ou Legislativo estadual que estiver sendo
Estado/DF para garantir o livre coagido/impedido, deverá solicitar (“pedir”) ao Presidente da
exercício de qualquer dos Poderes República que intervenha no Estado. Se o Poder Judiciário estiver
nas unidades da Federação. sendo coagido/impedido, deve solicitar providências ao STF. Se o
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Lei estadual que concede aos professores das redes públicas estadual e
municipais de ensino o benefício da meia-entrada nos estabelecimentos de lazer
e entretenimento (Info 1050).
É CONSTITUCIONAL Lei estadual pode obrigar empresas de TV por assinatura e estabelecimentos
comerciais de venda a fornecerem atendimento telefônico gratuito aos clientes.
(Info)
É constitucional norma estadual que determine que as prestadoras de serviço
telefônico são obrigadas a fornecer, sob pena de multa, os dados pessoais dos
usuários de terminais utilizados para passar trotes aos serviços de emergência.
(Info 1036).
É constitucional lei estadual que obriga as empresas prestadoras de serviços de
internet móvel e banda larga na modalidade pós-paga a apresentarem, na fatura
mensal, gráficos sobre o registro médio diário de entrega da velocidade de
recebimento e envio de dados pela rede mundial de computadores.
(Info 1033).
Lei estadual que imponha aos prestadores privados de serviços de ensino e de
telefonia celular a obrigação de estender o benefício de novas promoções aos
clientes preexistentes. (Info 1058)
Lei estadual que estabeleça obrigações referentes a serviço de assistência médico-
hospitalar que interferem nas relações contratuais estabelecidas entre as
É INCONSTITUCIONAL operadoras de planos de saúde e seus usuários. (Info 1053)
Lei estadual que fixe a obrigatoriedade de divulgação diária de fotos de crianças
desaparecidas em noticiários de TV e em jornais de estado-membro. (Info 1048)
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O STF admite a possibilidade de controle judicial dos pressupostos de relevância e urgência para a edição de
medidas provisórias. No entanto, “o escrutínio a ser feito pelo Judiciário neste particular é de domínio estrito,
justificando-se a invalidação da iniciativa presidencial apenas quando atestada a inexistência cabal desses
requisitos” (RE 592.377).
Inexistindo comprovação da ausência de urgência, não há espaço para atuação do Poder Judiciário no controle
dos requisitos de edição de medida provisória pelo chefe do Poder Executivo. STF. Plenário. ADI 5599/DF, Rel.
Min. Edson Fachin, julgado em 23/10/2020 (Info 996).
É inconstitucional medida provisória ou lei decorrente da conversão de medida provisória, cujo conteúdo
normativo caracterize a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória anterior rejeitada, de
eficácia exaurida por decurso do prazo ou que ainda não tenha sido apreciada pelo Congresso Nacional dentro
do prazo estabelecido pela Constituição Federal”. (ADI 5709, ADI 5716, ADI 5717, ADI 5727)
#ATENÇÃO NOVIDADE - EC 122: A Emenda Constitucional (EC122) aumenta o limite de idade para indicação de
ministros de tribunais superiores e juízes de segunda instância. O limite passa dos atuais 65 para 70 anos de
idade.
#DEOLHONAJURIS: É inconstitucional lei ordinária que fixa idades mínima e máxima para ingresso na
magistratura: É inconstitucional norma estadual que estabelece limites etários para ingresso na magistratura.
Normas estaduais (sejam leis ou normas da Constituição Estadual), que disponham sobre o ingresso na carreira
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da magistratura violam o art. 93, caput, inciso I da CF, por usurpar iniciativa legislativa privativa do STF. STF.
Plenário. ADI 6794/CE, ADI 6795/MS e ADI 6796/RO, Rel. Min. Roberto Barroso, j. 24/9/21 (Info 1031).
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
#DEOLHONAJURIS:
#APOSTACICLOS A procuradoria jurídica estadual ou municipal possui legitimidade para interpor recurso em
face de acórdão de tribunal de justiça proferido em representação de inconstitucionalidade.
Prevaleceu o entendimento de que a ausência de assinatura do chefe do Poder Executivo na petição recursal
não constitui óbice para a análise do recurso, sendo suficiente que a peça seja subscrita pelo procurador, que
também detém legitimidade recursal em ações de controle de constitucionalidade. ARE 873804 AgR-segundo-
ED-EDv-AgR/RJ, relatora Min. Cármen Lúcia, julgado em 13.10.2022. (Info 1072 - STF)
A teoria da abstrativização do controle difuso preconiza que, se o Plenário do STF decidir a constitucionalidade
ou inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo, ainda que em controle difuso, essa decisão terá os
mesmos efeitos do controle concentrado, ou seja, eficácia erga omnes e vinculante.
Para essa corrente, o art. 52, X, da CF/88 sofreu uma mutação constitucional e, portanto, deve ser
reinterpretado. Dessa forma, o papel do Senado, atualmente, é apenas o de dar publicidade à decisão do STF.
Em outras palavras, a decisão do STF, mesmo em controle difuso, já é dotada de efeitos erga omnes e o Senado
apenas confere publicidade a ela.
MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL:
Pode-se precisar o conceito de mutação constitucional como o conjunto de alterações materiais do texto
constitucional, produzidas pela atuação do poder constituinte difuso, sem vulnerar a letra expressa da Lex
Legum, atingindo, portanto, tão somente o significado, o sentido ou o alcance de suas disposições.
Canotilho descreve este fenômeno como sendo "a revisão informal do compromisso político formalmente
plasmado na Constituição sem alteração do texto constitucional. Em termos incisivos: muda o sentido sem
mudar o texto".
As mutações, como um processo difuso e informal de alteração da Constituição, manifestam-se das mais
diversas formas. Entende-se que mais de um mecanismo pode deflagrar a ocorrência das mutações, as quais
conduzem à atualização do texto normativo. A doutrina não é pacífica no tocante à classificação das mutações
constitucionais.
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Uadi Lammêgo Bulos, cria a seguinte classificação: a) as mutações constitucionais operadas em virtude da
interpretação constitucional, nas suas diversas modalidades e métodos; b) as mutações decorrentes das práticas
constitucionais; c) as mutações através da construção constitucional; d) as mutações constitucionais que
contrariam a Constituição, é dizer, as mutações inconstitucionais.
Já para Luís Roberto Barroso, a mutação constitucional pode ocorrer, basicamente, de três formas: por mudança
na interpretação constitucional, pela atuação do legislador e por via de costume.
CONTROLE DE CONVENCIONALIDADE.
É a verificação da compatibilidade das leis e atos normativos com os tratados internacionais com força
supralegal. A Emenda Constitucional no 45/04, que acrescentou o § 3 o ao art. 5 o da Constituição, trouxe a
possibilidade de os tratados internacionais de direitos humanos serem aprovados com um quórum qualificado,
a fim de passarem (desde que ratificados e em vigor no plano internacional) de um status materialmente
constitucional para a condição (formal) de tratados “equivalentes às emendas constitucionais”.
Tal acréscimo constitucional trouxe ao direito brasileiro um novo tipo de controle à produção normativa
doméstica, até então desconhecido: o controle de convencionalidade das leis. Com isso, as leis internas estariam
sujeitas a um DUPLO PROCESSO DE COMPATIBILIZAÇÃO VERTICAL, devendo obedecer aos comandos previstos
na Carta Constitucional, bem como aos previstos em tratados internacionais de direitos humanos regularmente
incorporados ao ordenamento jurídico brasileiro.
A CF prevê, pelo menos, quatro hipóteses de desapropriação que você deve saber:
#FIQUEATENTO
i. O art. 5º, XXIV, diz que a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade
pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos
previstos na Constituição.
ii. O art. 182 prevê que é facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no
plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou
não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: parcelamento ou
edificação compulsórios; imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo
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Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados
o valor real da indenização e os juros legais.
iii. O art. 184, caput, trata de outra hipótese de desapropriação com caráter sancionatório, que é a
desapropriação rural de imóveis destinados à reforma agrária, sendo que, nesses casos, o expropriante é
exclusivamente a União.
iv. Por sua vez, o art. 243 estabelece a desapropriação confiscatória não assegura ao proprietário qualquer
direito à indenização. Segundo esse dispositivo, as propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País
onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo, na
forma da lei, serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem
qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
ATUAÇÃO DIRETA: o Estado exerce a função de agente econômico. É o estado empresário. Isso poderá ocorrer
por meio de:
ATUAÇÃO INDIRETA: o Estado fomenta ou desestimula determinadas práticas. Poderá ocorrer de várias formas:
a) indução: quer dizer que o Estado vai direcionar como o agente econômico vai atuar, incentivando
determinadas atividades e desestimulando outras;
b) fiscalização: o Estado atua de forma indireta quando fiscaliza as atividades da iniciativa privada. É o exercício
do poder de polícia, aplicando sanções, restringindo certas atividades etc.;
c) planejamento: o Estado identifica necessidades no presente e no futuro, demandando programas a longo
prazo. Com base nisso, é feito o plano para orientar a atuação do agente econômico.
#SELIGANATABELA:
INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO INTERVENÇÃO SOBRE O DOMÍNIO ECONÔMICO
- Estado como agente econômico: intervenção por - Estado como regulador da atividade econômica:
absorção (monopólio) ou intervenção por intervenção por direção (comando da atividade) ou
participação (concorrência); intervenção por indução (incentivo).
OBRIGATORIEDADE DA VACINAÇÃO:
#DEOLHONAJURIS: #APOSTACICLOS: O STF julgou parcialmente procedente ADI, para conferir interpretação
conforme à Constituição ao art. 3º, III, “d”, da Lei nº 13.979/2020. Ao fazer isso, o STF disse que o Poder Público
pode determinar aos cidadãos que se submetam, compulsoriamente, à vacinação contra a Covid-19, prevista na
Lei nº 13.979/2020. O Estado pode impor aos cidadãos que recusem a vacinação as medidas restritivas previstas
em lei (multa, impedimento de frequentar determinados lugares, fazer matrícula em escola), mas não pode
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fazer a imunização à força. Também ficou definido que os Estados-membros, o Distrito Federal e os Municípios
têm autonomia para realizar campanhas locais de vacinação.
(A) A vacinação compulsória não significa vacinação forçada, por exigir sempre o consentimento do usuário,
podendo, contudo, ser implementada por meio de medidas indiretas, as quais compreendem, dentre outras, a
restrição ao exercício de certas atividades ou à frequência de determinados lugares, desde que previstas em lei,
ou dela decorrentes, e
(i) tenham como base evidências científicas e análises estratégicas pertinentes,
(ii) venham acompanhadas de ampla informação sobre a eficácia, segurança e contraindicações dos
imunizantes,
(iii) respeitem a dignidade humana e os direitos fundamentais das pessoas;
(iv) atendam aos critérios de razoabilidade e proporcionalidade, e
(v) sejam as vacinas distribuídas universal e gratuitamente; e
(B) tais medidas, com as limitações acima expostas, podem ser implementadas tanto pela União como pelos
Estados, Distrito Federal e Municípios, respeitadas as respectivas esferas de competência. STF. Plenário. ADI
6586, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 17/12/2020. (Info 1003).
#DEOLHONAJURIS: É vedada a utilização, ainda que em caráter excepcional, de recursos vinculados ao Fundeb
para ações de combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Ainda que se reconheça a gravidade da
pandemia da Covid-19 e os seus impactos na economia e nas finanças públicas, nada justifica o emprego de
verba constitucionalmente vinculada à manutenção e desenvolvimento do ensino básico para fins diversos da
que ela se destina. STF. Plenário. ADI 6490/PI, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 18/2/2022 (Info 1044).
A União deve prestar suporte técnico e apoio financeiro para a expansão da rede de UTI’s nos estados durante
o período de emergência sanitária. STF. Plenário. ACO 3473/DF, ACO 3474/SP, ACO 3475/DF, ACO 3478/PI e ACO
3483/DF, Rel. Min. Rosa Weber, julgados em 10/11/2021 (Info 1037).
A súbita modificação da sistemática de distribuição dos imunizantes contra Covid-19 pela União — com abrupta
redução do número de doses — evidencia a possibilidade de frustração do planejamento sanitário estabelecido
pelos entes federados. STF. Plenário. ACO 3518 MC-Ref/DF, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em
14/9/2021 (Info 1029).
É compatível com a Constituição Federal a imposição de restrições à realização de cultos, missas e demais
atividades religiosas presenciais de caráter coletivo como medida de contenção do avanço da pandemia da
Covid-19. STF. Plenário. ADPF 811/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 8/4/2021 (Info 1012).
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Federal e dos municípios. STF. Plenário. ADPF 756 TPI-oitava-Ref/DF, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado
em 8/10/2021 (Info 1033).
São constitucionais as normas estaduais, editadas em razão da pandemia causada pelo novo coronavírus, pelas
quais veiculados a proibição de suspensão do fornecimento do serviço de energia elétrica, o modo de cobrança,
a forma de pagamentos dos débitos e a exigibilidade de multa e juros moratórios. STF. Plenário. ADI 6432/RR,
Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 7/4/2021 (Info 1012).
É necessária a manutenção da divulgação integral dos dados epidemiológicos relativos à pandemia da Covid-19.
A interrupção abrupta da coleta e divulgação de importantes dados epidemiológicos, imprescindíveis para a
análise da série histórica de evolução da pandemia (Covid-19), caracteriza ofensa a preceitos fundamentais da
Constituição Federal, nomeadamente o acesso à informação, os princípios da publicidade e da transparência da
Administração Pública e o direito à saúde. STF. Plenário. ADPF 690/DF, ADPF 691/DF e ADPF 692 /DF, Rel. Min.
Alexandre de Moraes, julgados em 13/03/2021 (Info 1009).
#TABELALOVERS:
#TABELALOVERS:
#OLHAOGANCHO: Caso do Arremesso de Anões: Na França, na década de 90, havia uma prática na qual anões
eram jogados, arremessados como diversão em casas noturnas. O governo francês proibiu tais eventos com
base no artigo 3º da Convenção Europeia para a proteção dos Direitos do Homem e das Liberdades
Fundamentais. Por sua vez, o sindicado daqueles trabalhadores que faziam esse tipo de trabalho apresentou
argumentos no sentido de que essa prática não violaria a dignidade da pessoa humana, ela, na verdade,
devolveria a dignidade, pois muitas vezes, em razão da condição de ser anão, aquelas pessoas não conseguiam
trabalho digno, não conseguiam dar sustento às suas famílias e isso era possível com o trabalho do arremesso
de anões.
A Corte Francesa entendeu que aquela prática violava a dignidade da pessoa humana e que os serviços comuns
deveriam ser oferecidos a todas as pessoas, independentemente de suas condições, sendo a dignidade da
pessoa humana irrenunciável.
José Afonso da Silva entende que o termo “direitos fundamentais” se justifica, na medida em que se refere a
princípios que resumem a concepção do mundo e informam a ideologia de cada ordenamento jurídico. André
Ramos Tavares, por sua vez, ressalta que o termo também se aproxima da noção de direitos naturais, no sentido
de que a natureza humana seria a portadora de certos direitos fundamentais. Já Ingo Sarlet ressalta que o termo
“direitos fundamentais” aplica-se aos direitos reconhecidos na esfera do direito constitucional positivo de um
Estado. Para ele, são os direitos tidos como mais importantes em uma comunidade, e que serão inscritos nas
constituições como fundamentos do Estado. Já o termo “direitos humanos” é utilizado em documentos de
Direito Internacional, pois se refere às posições jurídicas reconhecidas ao ser humano como tal,
independentemente de sua vinculação com determinada ordem constitucional.
Segundo Rafael Barreto, ontologicamente, não é possível diferenciar direitos humanos de direito fundamentais
vez que ambos os direitos materializam a dignidade da pessoa humana. É possível diferenciá-los no plano da
positivação, sendo os direitos humanos positivados em documentos internacionais e os direitos fundamentais
positivados na ordem jurídica interna de cada Estado.
EFICÁCIA VERTICAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS: Consiste na aplicação dos direitos fundamentais às
relações entre particulares e o Estado. É a eficácia clássica.
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EFICÁCIA HORIZONTAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS (eficácia privada ou externa): Com o desenvolvimento
dos direitos fundamentais, percebeu-se que a opressão e a violência contra o indivíduo vêm também de
entidades privadas. Consiste na aplicação dos direitos fundamentais às relações entre particulares.
EFICÁCIA DIAGONAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS: Consiste na aplicação dos direitos fundamentais à relação
entre particulares, nas quais existe um desequilíbrio fático, a exemplo da relação trabalhista.
EFICÁCIA INDIRETA OU MEDIATA: os direitos fundamentais são aplicados de maneira reflexa, tanto em uma
dimensão proibitiva e voltada para o legislador, que não poderá editar lei que viole direitos fundamentais, como
positiva, voltada para que o legislador implemente os direitos fundamentais, ponderando quais devam ser
aplicados às relações privadas.
EFICÁCIA DIRETA OU IMEDIATA: alguns direitos fundamentais podem ser aplicados às relações privadas sem
que haja a necessidade de “intermediação legislativa” para a sua concretização.
TEORIA DA INEFICÁCIA HORIZONTAL E DOUTRINA DA “STATE ACTION”: Não aceita a eficácia horizontal. De
acordo com essa concepção, os direitos fundamentais se aplicam apenas às relações entre particulares e o
Estado. Seus fundamentos básicos são: liberalismo (ideia de que o Estado não deve intervir nas relações
privadas), autonomia privada e, no caso dos EUA, o texto constitucional (feito há mais de 200 anos, quando não
se cogitava falar em eficácia horizontal).
Contudo, em alguns casos, os norte-americanos aplicam a Doutrina da “State Action”, que tenta contornar essa
proibição, ao equiparar certos atos privados a atos estatais, com a finalidade de permitir que os direitos
fundamentais possam ser aplicados a situações ocorridas nas relações entre particulares. Caso de Company
Town – proibiu que as testemunhas de Jeová fizessem manifestações religiosas dentro da empresa.
TEORIA INTEGRADORA: A irradiação dos direitos fundamentais deve ocorrer primordialmente através da
intermediação legislativa. Todavia, na ausência de lei, os direitos fundamentais poderiam ser aplicados
diretamente.
TEORIA DA CONVERGÊNCIA ESTATISTA: Toda violação de direitos, mesmo entre particulares, deve ser imputada
ao Estado. Se o Estado não evita que essas transgressões ocorram, então as permite, devendo por isso ser
responsabilizado. Desse modo, as violações aos direitos fundamentais por atores privados devem ser atribuídas
ao Poder Público, porque, nessas situações, é ele quem decai do seu dever geral em proteger os direitos
fundamentais.
1) O parâmetro de confronto no controle de convencionalidade internacional é a
norma internacional; seu objeto é toda norma interna, não importando a sua
Diferenças entre o hierarquia nacional, podendo mesmo ser oriunda do Poder Constituinte Originário.
controle de No controle nacional, há limite ao objeto de controle, uma vez que não se analisam
convencionalidade as normas do PCO.
internacional e
nacional: 2) No controle de convencionalidade nacional, a hierarquia do tratado-parâmetro
depende do próprio direito nacional, que estabelece o estatuto dos tratados
internacionais. No controle de convencionalidade internacional, o tratado de
direitos humanos é sempre a norma paramétrica superior.
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Ela não consagra direitos, nem cria órgãos específicos para a sua proteção.
Seu prestígio faz com que suas normas sejam consideradas materialmente regras
costumeiras, preceitos de soft law, princípios gerais do Direito ou princípios gerais
do Direito Internacional.
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• DIREITOS SOCIAIS:
o Direito de FAMÍLIA (art. 14), de contrair matrimônio;
o Direito DO TRABALHO: proibição da escravidão, da servidão, do
tráfico de escravos, direito ao trabalho, a condições justas e
favoráveis, à proteção contra o desemprego, igual remuneração,
justa e satisfatória, de organizar sindicatos, repouso, lazer,
limitação razoável das horas de trabalho, férias remuneradas etc.
(art. 23 e 24);
o Direito a um padrão de vida capaz de assegurar o bem-estar,
saúde, alimentação vestuário etc.
o Proteção à maternidade;
o Direito à livre participação na vida cultural da comunidade.
Ao final, consagra a PRIMAZIA DA NORMA MAIS FAVORÁVEL.
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xiii. Direito de ir e vir, livremente circular e sair de qualquer país, bem como de
não ser impedido de entrar no Estado de sua nacionalidade;
xiv. Liberdade religiosa, de expressão etc. A liberdade de expressão pode ser
limitada por lei, com vista a assegurar outros direitos, bem como proteger
a segurança nacional, a saúde ou a moral públicas;
xv. Direito de reunião pacífica e livre associação;
xvi. Direitos PROCESSUAIS: Igualdade das partes no processo; Independência a
imparcialidade dos julgadores; Publicidade; Devido processo legal; Direito
à assistência de um intérprete; Presunção de inocência; Direito a não depor
contra si mesmo ou de se confessar culpado; Julgamento célere;
Indenização por erro judiciário; Vedação do bis in idem; DIREITO AO
RECURSO À INSTÂNCIA SUPERIOR; anterioridade da lei penal (salvo para
beneficiar).
xvii. Direitos da CRIANÇA: direito ao nome, a uma nacionalidade, de ser
registrada após o seu nascimento etc.
xviii. Direitos de proteção e reconhecimento da pessoa jurídica (art. 16),
proteção à família e ao casamento (art. 23), acesso aos serviços públicos
(art. 25);
xix. Direitos dos ESTRANGEIROS: direito contra a expulsão arbitrária (art. 13);
xx. O seu art. 4º criar a possibilidade de DERROGAÇÃO TEMPORÁRIA DE
CERTOS DIREITOS EM SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS QUE SEJAM
PROCLAMADAS OFICIALMENTE COMO TAL (ESTADO DE SÍTIO ETC.). Tal
derrogação não pode ser incompatível com as demais obrigações impostas
aos Estados pelo DIP, devendo ser respeitado um núcleo básico, composto
por:
o Proteção à vida e limitação à pena de morte (art. 6º);
o Proibição de tortura e tratamentos desumanos, cruéis ou
degradantes (art. 7º);
o Proibição da escravidão, servidão ou tráfico de escravos (art. 8º);
o Anterioridade da norma e irretroatividade da lei penal maléfica;
o Direito ao reconhecimento da personalidade jurídica (art. 16);
o Liberdade de pensamento, consciência e religião (art. 18).
xxi. PRIMAZIA DA NORMA MAIS FAVORÁVEL
Foi firmado em 1966 e promulgado Pelo Decreto 591/1992.
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o UNIVERSALIDADE;
o IGUALDADE;
f) Convenção o NÃO-DISCRIMINAÇÃO.
Internacional sobre A discriminação racial não inclui apenas a discriminação por motivo de raça, mas
a Eliminação de também pela cor, descendência ou origem étnica ou nacional (art. 1º).
todas as formas de
Obs.: não configuram discriminação racial as distinções, exclusões, restrições e
Discriminação
preferências entre cidadãos e não cidadãos, estabelecidas pelos Estados. Da
Racial
mesma forma, as políticas de ações afirmativas são possíveis.
Firmada em 1979, promulgada pelo Decreto 86.460/84, visa a conferir maior peso
g) Convenção sobre político e jurídico à proteção da dignidade da mulher, com a adoção pelos Estados
Eliminação de de medidas especiais (INCLUSIVE DE CARÁTER TEMPORÁRIO) destinadas a
Todas as Formas de acelerar a igualdade de fato entre o homem e a mulher.
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Discriminação Além disso, os Estados devem combater o tráfico e a exploração da mulher (Art.
contra a Mulher 6).
Para fins de Convenção, a tortura consiste no “ato pelo qual dores ou sofrimentos
agudos, físicos ou mentais, são infligidos intencionalmente a uma pessoa a fim de
obter, dela ou de terceira pessoa, informações ou confissões; de castigá-la por ato
que ela ou terceira pessoa tenha cometido ou seja suspeita de ter cometido; de
intimidar ou coagir esta pessoa ou outras pessoas; ou por qualquer motivo
baseado em discriminação de qualquer natureza; quando tais dores ou
sofrimentos são infligidos POR UM FUNCIONÁRIO PÚBLICO ou outra pessoa no
exercício de funções públicas, ou por sua instigação, ou com o seu consentimento
ou aquiescência”.
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ALCANÇADA ANTES (ART. 1º). Nesse sentido, a Convenção não distingue crianças
de adolescentes. Assegura que:
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j) Protocolo Parte também do princípio de que a abordagem da questão deve ser HOLÍSTICA.
Facultativo à As medidas previstas no Protocolo incluem:
Convenção sobre os
Direitos da Criança • Recursos à cooperação internacional;
referente à Venda • Assistência e recuperação de vítimas (art. 4-12);
de Crianças, à • O Protocolo Facultativo sobre os Direitos das Crianças relativo aos
Prostituição Infantil Envolvimento de Crianças em CONFLITOS ARMADOS foi firmado em 2000.
Ele determina que os Estados devem proteger os menores de 18 anos
e à Pornografia
contra o impacto de guerra. Os Estados também devem,
Infantil de 2000 progressivamente, elevar a idade mínima de recrutamento, que
atualmente é de 15 anos, exigência que não se aplica a escolas operadas
ou controladas pelas forças armadas dos Estados Partes (art. 3), como
colégios militares. A norma também se aplica aos grupos armados
distintos das forças armadas de um Estado (art. 4).
l) Regras Mínimas
da ONU para
Administração da
Justiça da Infância e
Juventude (REGRAS No campo específico da proteção da criança e do adolescente, a comunidade
DE BEIJING), Regras internacional vem demonstrando crescente preocupação com a situação dos
Mínimas da ONU menores de 18 anos. Os principais documentos são:
para a proteção dos
i. Regras Mínimas da ONU para a Administração da Justiça da Infância e
Jovens Privados de
Juventude (Regras de BEIJING) Resolução 40/33, de 1985;
Liberdade ii. Regras mínimas da ONU para Proteção dos Jovens Privados de Liberdade
(DIRETRIZES DE Resolução 45/113, de 1990;
RIADE) e Diretrizes iii. Diretrizes das Nações Unidas para Prevenção da Delinquência Juvenil
das Nações Unidas (Diretrizes de Riade) Resolução 45/112, de 1990.
para a Prevenção
da Delinquência
Juvenil
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Além disso, a soberania nacional não foi excluída da ordem internacional, mas
apenas limitadas. Assim, AS VIOLAÇÕES A DIREITOS HUMANOS EM UM ESTADO
DEVEM SER OBJETO DE AÇÃO POR MEIO OU COM A ANUÊNCIA DA ONU OU DE
OUTRO ORGANISMO LEGITIMADO PARA TAL, e nunca por iniciativa unilateral.
Por fim, reitera que é dever prioritário dos Estados ELIMINAR TODAS AS FORMAS
DE RACISMO E DISCRIMINAÇÃO RACIAL.
Por ela, os presos não poderão ser submetidos a tortura, nem a tratamento ou
castigo cruel, desumano ou degradante (art. 5), regra repetida pelo Pacto dos
Direitos Civis e Políticos (art. 7), que amplia o marco legal da proteção do recluso.
n) Regras Mínimas
das Nações Unidas 2º - PACTO DOS DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS
para o Tratamento Consagra que:
de Presos
i. A privação de liberdade não pode ocorrer arbitrariamente;
ii. O preso deve ser informado das razões da prisão e notificado, sem demora,
das acusações;
iii. O preso deverá ser conduzido, sem demora, à presença da autoridade
judicial, com direito a ser julgado em prazo razoável ou de ser posto em
liberdade;
iv. A prisão preventiva deve ser excepcional;
v. O preso tem direito a recorrer ao tribunal;
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Destacam-se:
q) Direitos humanos
i. DECLARAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DIREITO DOS POVOS
e comunidades INDÍGENAS (RES. 1/2 DO CONSELHO DOS DIREITOS HUMANOS DA ONU DE
tradicionais 2006 E RES. 61/295, DE 2007, DA ASSEMBLEIA GERALD A ONU) Como
mera declaração que é, NÃO TEM CARÁTER VINCULANTE.
Dispõe que os povos indígenas têm os mesmos direitos de todos os demais
grupos humanos. Entretanto, fundamenta-se também na noção de que tais
povos devem ser respeitados em suas particularidades.
Os povos indígenas têm direito à AUTODETERMINAÇÃO, pelo qual
“determinam livremente sua condição política e buscam livremente seu
desenvolvimento econômico, social e cultural” e “têm direito à
AUTONOMIA ou ao AUTOGOVERNO nas questões relacionadas a seus
assuntos internos e locais, assim como a disporem dos meios para financiar
suas funções autônomas” (arts 3-5).
A Declaração consagra também o direito a “manter e desenvolver seus
sistemas ou instituições políticas, econômicas e sociais” e a “determinar e
elaborar prioridades e estratégias para o exercício do seu direito ao
desenvolvimento” (art. 20).
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DIREITO ELEITORAL
JUIZ ELEITORAL: Os juízes eleitorais são órgãos de primeiro grau da Justiça Eleitoral que exercem a
jurisdição perante uma zona eleitoral. Os cargos são ocupados por magistrados estaduais.
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Na hipótese de existir, em uma determinada comarca, mais de um juiz, o cargo eleitoral será ocupado por
um deles, por designação do TRE, de acordo com o critério da antiguidade. Esses juízes exercerão a
jurisdição dentro do espaço geográfico da zona eleitoral.
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Lembrar que: os direitos políticos formam estruturalmente a base do regime democrático e que o direito de
votar e ser votado é, antes de tudo, um direito político fundamental porque nele se assenta a garantia da
preservação de todos os demais direitos fundamentais.
ARTIGO 252
Todo cidadão terá o direito e a possibilidade, sem qualquer das formas de discriminação mencionadas no artigo
2 e sem restrições infundadas:
a) de participar da condução dos assuntos públicos, diretamente ou por meio de representantes livremente
escolhidos;
b) de votar e de ser eleito em eleições periódicas, autênticas, realizadas por sufrágio universal e igualitário e por
voto secreto, que garantam a manifestação da vontade dos eleitores;
Direito político é, nas palavras de Alexandre de Moraes, o conjunto de regras que disciplina as formas de atuação
da soberania popular.
SUFRÁGIO E VOTO
Ambos derivam do conceito de soberania popular. O sufrágio nada mais é do que o direito subjetivo de
participação do cidadão nas decisões políticas concernentes ao Estado. Já o voto é o instrumento pelo qual se
perfectibiliza ativamente referida participação.
2
Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos
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O SUFRÁGIO é universal!
RESOLUÇÃO N° 23.659/21:
Art. 13. É direito fundamental da pessoa indígena ter considerados, na prestação de serviços eleitorais, sua
organização social, seus costumes e suas línguas, crenças e tradições.
§ 1º O disposto no caput não exclui a aplicação, às pessoas indígenas, das normas constitucionais, legais e
regulamentares que impõem obrigações eleitorais e delimitam o exercício dos direitos políticos.
§ 2º No tratamento de dados das pessoas indígenas, não serão feitas distinções entre "integradas" e "não
integradas", "aldeadas" e "não aldeadas", ou qualquer outra que não seja autoatribuída pelos próprios grupos
étnico-raciais.
§ 3º Não se exigirá a fluência na língua portuguesa para fins de alistamento, assegurando-se a cidadãos e
cidadãs indígenas, o uso de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.
§ 4º A pessoa indígena ficará dispensada da comprovação do domicílio eleitoral quando o atendimento prestado
pela Justiça Eleitoral ocorrer dentro dos limites das terras em que habita ou quando for notória a vinculação de
sua comunidade a esse território.
§ 5º É assegurado à pessoa indígena indicar, no prazo estipulado pela Justiça Eleitoral para cada pleito, local de
votação, diverso daquele em que está sua seção de origem, no qual prefere exercer o voto, desde que dentro dos
limites da circunscrição da eleição.
§ 6º O previsto neste artigo aplica-se, no que for compatível, a quilombolas e integrantes de comunidades
remanescentes.
Art. 14. É direito fundamental da pessoa com deficiência, inclusive a que for declarada relativamente incapaz
para a prática de atos da vida civil, estiver excepcionalmente sob curatela ou tiver optado pela tomada de
decisão apoiada, a implementação de medidas destinadas a promover seu alistamento e o exercício de seus
direitos políticos em igualdade de condições com as demais pessoas.
§ 1º A implementação de medidas a que se refere o caput deste artigo será realizada de forma gradativa, a partir
de estudos e projetos conduzidos pela Justiça Eleitoral, que poderão decorrer de convênios com entidades
especializadas ou outras formas de colaboração da sociedade civil.
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Ciclos Método
Art. 15. Não estará sujeita às sanções legais decorrentes da ausência de alistamento e do não exercício do voto
a pessoa com deficiência para quem seja impossível ou demasiadamente oneroso o cumprimento daquelas
obrigações eleitorais.
§ 1º A pessoa nas condições do caput deste artigo poderá, pessoalmente ou por meio de curador /curadora,
apoiador/apoiadora ou procurador/procuradora devidamente constituído(a) por instrumento público ou
particular, requerer:
a) a expedição da certidão prevista no inciso VII do art. 3º desta Resolução, com prazo de validade
indeterminado, se ainda não houver se alistado eleitora; ou
b) caso já possua inscrição eleitoral, o lançamento da informação no Cadastro Eleitoral, mediante comando
próprio que a isentará da sanção por ausência às urnas ou aos trabalhos eleitorais.
§ 2º O requerimento a que se refere o parágrafo precedente deverá ser dirigido ao juízo eleitoral, acompanhado
de autodeclaração da deficiência ou documentação comprobatória.
§ 3º Na avaliação da impossibilidade ou da onerosidade para o exercício das obrigações eleitorais, serão
consideradas, também, a situação socioeconômica da pessoa requerente e as barreiras de qualquer natureza
que dificultam ou impedem o seu alistamento ou direito ao voto.
§ 4º A providência a que se refere a alínea b do § 1º deste artigo inativará a situação de eventual registro por
ausência às urnas ou aos trabalhos eleitorais, desde que esta decorra da situação descrita no caput.
§ 5º O disposto neste artigo não constitui exceção ao alistamento eleitoral obrigatório e não exclui o gozo de
direitos políticos que dele decorram, cabendo ao tribunal regional eleitoral, sempre que possível, viabilizar o
atendimento em domicílio para fins de alistamento, nos termos do art. 46 desta Resolução.
§ 6º A Justiça Eleitoral empreenderá esforços para garantir a acessibilidade nos cartórios eleitorais e postos de
atendimento, ainda que por meio de acordo ou convênio com o Município ou Estado
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REVISÃO DE VÉSPERA | MPF
Ciclos Método
Art. 16. É direito fundamental da pessoa transgênera, preservados os dados do registro civil, fazer constar do
Cadastro Eleitoral seu nome social e sua identidade de gênero.
§ 1º Considera-se nome social a designação pela qual a pessoa transgênera se identifica e é socialmente
reconhecida.
§ 2º Considera-se identidade de gênero a atitude individual que diz respeito à forma como cada pessoa se
percebe e se relaciona com as representações sociais de masculinidade e feminilidade e como isso se traduz em
sua prática social, sem guardar necessária relação com o sexo biológico atribuído no nascimento.
§ 3º É vedada a inclusão de alcunhas ou apelidos no campo destinado ao nome social no Cadastro Eleitoral.
§ 4º A Justiça Eleitoral não divulgará o nome civil da pessoa quando for ela identificada por nome social constante
do Cadastro Eleitoral, salvo:
I - as hipóteses em que for legalmente exigido o compartilhamento do dado; ou
II - para atendimento de solicitação formulada pelo(a) titular dos dados.
§ 5º O disposto no § 4º deste artigo não impede a inclusão do nome civil em batimentos, relatórios e documentos
utilizados pela Justiça Eleitoral, quando justificada a necessidade.
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Ciclos Método
“Art. 50-A. A propaganda partidária gratuita mediante transmissão no rádio e na televisão será realizada
entre as 19h30 (dezenove horas e trinta minutos) e as 22h30 (vinte e duas horas e trinta minutos), em âmbito
nacional e estadual, por iniciativa e sob a responsabilidade dos respectivos órgãos de direção partidária.
§ 1º As transmissões serão em bloco, em cadeia nacional ou estadual, por meio de inserções de 30 (trinta)
segundos, no intervalo da programação normal das emissoras.
§ 2º O órgão partidário respectivo apresentará à Justiça Eleitoral requerimento da fixação das datas de
formação das cadeias nacional e estaduais.
§ 3º A formação das cadeias nacional e estaduais será autorizada respectivamente pelo Tribunal Superior
Eleitoral e pelos Tribunais Regionais Eleitorais, que farão a necessária requisição dos horários às emissoras
de rádio e de televisão.
§ 4º A critério do órgão partidário nacional, as inserções em redes nacionais poderão veicular conteúdo
regionalizado, com comunicação prévia ao Tribunal Superior Eleitoral.
§ 5º Se houver coincidência de data, a Justiça Eleitoral dará prioridade ao partido político que apresentou o
requerimento primeiro.
§ 6º As inserções serão entregues às emissoras com a antecedência mínima acordada e em mídia com
tecnologia compatível com a da emissora recebedora.
§ 7º As inserções a serem feitas na programação das emissoras serão determinadas:
I - pelo Tribunal Superior Eleitoral, quando solicitadas por órgão de direção nacional de partido político;
II - pelo Tribunal Regional Eleitoral, quando solicitadas por órgão de direção estadual de partido político.
§ 8º Em cada rede somente serão autorizadas até 10 (dez) inserções de 30 (trinta) segundos por dia.
§ 9º As inserções deverão ser veiculadas pelas emissoras de rádio e de televisão no horário estabelecido no
caput, divididas proporcionalmente dentro dos intervalos comerciais no decorrer das 3 (três) horas de
veiculação, da seguinte forma:
I - na primeira hora de veiculação, no máximo 3 (três) inserções;
II - na segunda hora de veiculação, no máximo 3 (três) inserções;
III - na terceira hora de veiculação, no máximo 4 (quatro) inserções.
§ 10. É vedada a veiculação de inserções sequenciais, observado obrigatoriamente o intervalo mínimo de 10
(dez) minutos entre cada veiculação.
§ 11. As inserções serão veiculadas da seguinte forma:
I - as nacionais: nas terças-feiras, quintas-feiras e sábados;
II - as estaduais: nas segundas-feiras, quartas-feiras e sextas-feiras.”
“Art. 50-B. O partido político com estatuto registrado no Tribunal Superior Eleitoral poderá divulgar
propaganda partidária gratuita mediante transmissão no rádio e na televisão, por meio exclusivo de
inserções, para:
I - difundir os programas partidários;
II - transmitir mensagens aos filiados sobre a execução do programa partidário, os eventos com este
relacionados e as atividades congressuais do partido;
III - divulgar a posição do partido em relação a temas políticos e ações da sociedade civil;
IV - incentivar a filiação partidária e esclarecer o papel dos partidos na democracia brasileira;
V - promover e difundir a participação política das mulheres, dos jovens e dos negros.
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Ciclos Método
“Art. 50-C. Para agilizar os procedimentos, condições especiais podem ser pactuadas diretamente entre as
emissoras de rádio e de televisão e os órgãos de direção do partido, obedecidos os limites estabelecidos nesta
Lei, dando-se conhecimento ao Tribunal Eleitoral da respectiva jurisdição.”
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REVISÃO DE VÉSPERA | MPF
Ciclos Método
“Art. 50-D. A propaganda partidária no rádio e na televisão fica restrita aos horários gratuitos disciplinados
nesta Lei, com proibição de propaganda paga.”
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Ciclos Método
c) a nomeação dos aprovados em concursos públicos homologados até o início daquele prazo (qualquer
poder, ou seja, Legislativo e também Executivo).
d) a nomeação ou contratação necessária à instalação ou ao funcionamento inadiável de serviços públicos
essenciais, com prévia e expressa autorização do Chefe do Poder Executivo;
e) a transferência ou remoção ex officio de militares, policiais civis e de agentes penitenciários;
VI - nos três meses que antecedem o pleito:
a) realizar transferência voluntária de recursos da União aos Estados e Municípios, e dos Estados aos
Municípios, sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvados os recursos destinados a cumprir obrigação
formal preexistente para execução de obra ou serviço em andamento e com cronograma prefixado, e os
destinados a atender situações de emergência e de calamidade pública;
b) com exceção da propaganda de produtos e serviços que tenham concorrência no mercado, autorizar
publicidade institucional dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos federais,
estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da administração indireta, salvo em caso de grave e
urgente necessidade pública, assim reconhecida pela Justiça Eleitoral;
c) fazer pronunciamento em cadeia de rádio e televisão, fora do horário eleitoral gratuito, salvo quando, a
critério da Justiça Eleitoral, tratar-se de matéria urgente, relevante e característica das funções de governo;
VII - empenhar, no primeiro semestre do ano de eleição, despesas com publicidade dos órgãos públicos
federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da administração indireta, que excedam a
6 (seis) vezes a média mensal dos valores empenhados e não cancelados nos 3 (três) últimos anos que
antecedem o pleito; (Redação dada pela Lei nº 14.356, de 2022) #NOVIDADELEGISLATIVA
#APOSTACICLOS
VIII - fazer, na circunscrição do pleito, revisão geral da remuneração dos servidores públicos que exceda a
recomposição da perda de seu poder aquisitivo ao longo do ano da eleição, a partir do início do prazo
estabelecido no art. 7º desta Lei e até a posse dos eleitos.
Considera-se revisão geral da remuneração dos servidores o aumento concedido em razão do poder aquisitivo
da moeda e que não tem por objetivo corrigir situações de injustiça ou de necessidade de revalorização
profissional de carreiras específica.
DIREITO ADMINISTRATIVO
#NÃOCONFUNDA #NAPONTADALÍNGUA
Há hierarquia, estando os órgãos criados Inexiste relação hierárquica entre quem transfere e
subordinados à pessoa jurídica. quem recebe as atribuições.
Viabiliza a especialização de determinadas funções Por meio de concessão ou permissão de serviços
dentro da estrutura da pessoa jurídica. públicos
Os conselhos profissionais têm poder de polícia para fiscalizar as profissões regulamentadas, inclusive no que
concerne à cobrança de anuidades e à aplicação de sanções.
REsp 1773387/PR, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 11/12/2018, DJe
11/03/2019 #APOSTACICLOS
O teto constitucional remuneratório não incide sobre os salários pagos por empresas públicas e sociedades de
economia mista, e suas subsidiárias, que não recebam recursos da Fazenda Pública. (ADI 6584/DF, relator Min.
Gilmar Mendes, julgamento virtual finalizado em 21.5.2021).
É aplicável o regime dos precatórios às sociedades de economia mista prestadoras de serviço público próprio do
Estado e de natureza não concorrencial. STF. Plenário. ADPF 387/PI, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em
23/3/2017 (Info 858).
É desnecessária, em regra, lei específica para inclusão de sociedade de economia mista ou de empresa pública
em programa de desestatização. (ADI 6241, Relator(a): CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, julgado em 08/02/2021,
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-054 DIVULG 19-03-2021 PUBLIC 22-03-2021)
É desnecessária a autorização legislativa expressa para a criação de subsidiárias quando houver autorização
legislativa da criação de empresa pública ou sociedade de economia mista e nesta constar permissão genérica
da possibilidade de criação de subsidiárias. Assim, não se exige lei específica para autorizar a criação de
subsidiária. É dispensável a autorização legislativa para a alienação de controle acionário de empresas
subsidiárias. STF. Plenário. ADPF 794/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 21/5/2021 (Info 1018).
O regime de licitação e contratação previsto na Lei 8.666/1993 é inaplicável às sociedades de economia mista
que explorem atividade econômica própria das empresas privadas, concorrendo, portanto, no mercado. RE
441280/RS, relator Min. Dias Tofolli, julgamento virtual finalizado em 6.3.2021.
As empresas públicas e as sociedades de economia mista delegatárias de serviços públicos essenciais, que não
distribuam lucros a acionistas privados nem ofereçam risco ao equilíbrio concorrencial, são beneficiárias da
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imunidade tributária recíproca prevista no artigo 150, VI, a, da Constituição Federal, independentemente de
cobrança de tarifa como contraprestação do serviço. RE 1320054. Órgão julgador: Tribunal Pleno. Relator(a):
MINISTRO PRESIDENTE. Julgamento: 06/05/2021. Publicação: 14/05/2021.
#APOSTACICLOS #SAINDODOFORNO
A decisão que determina exclusão de elementos probatórios obtidos mediante o acesso ao e-mail funcional
de servidor investigado não contamina a legalidade da utilização de provas produzidas de forma
independente por comissão disciplinar de PAD, em observância à teoria da fonte independente e da
descoberta inevitável da prova. AgRg na Rcl 42.292-DF, Rel. Min. Olindo Menezes (Desembargador convocado
do TRF 1ª Região), Terceira Seção, por unanimidade, julgado em 24/08/2022, DJe 26/08/2022.
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
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STJ: A Corte Especial do STJ, no julgamento da Rcl 2.790/SC, pacificou o entendimento de que os agentes
políticos podem ser processados por seus atos pela Lei de Improbidade Administrativa (8.429/92),
ressalvado apenas o Presidente da República (AgRg no AREsp 46.546/MA).
(...)No entanto, o particular não pode ser responsabilizado isoladamente por improbidade administrativa.
Somente poderá fazer parte do polo passivo da ação em litisconsórcio passivo com o agente público que
praticou o ato ímprobo (REsp 1.171.017-PA. Informativo 535).
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
#APOSTACICLOS As cláusulas exorbitantes estão previstas no art. 58 da Lei 8.666/93 e no art. 104 da Lei
14.133/21.
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IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total
ou parcial do ajuste; ou parcial do ajuste;
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar V - ocupar provisoriamente bens móveis e imóveis e
provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e utilizar pessoal e serviços vinculados ao objeto do
serviços vinculados ao objeto do contrato, na contrato nas hipóteses de:
hipótese da necessidade de acautelar apuração
administrativa de faltas contratuais pelo a) risco à prestação de serviços essenciais;
contratado, bem como na hipótese de rescisão do
contrato administrativo. b) necessidade de acautelar apuração administrativa
de faltas contratuais pelo contratado, inclusive
§ 1º As cláusulas econômico-financeiras e após extinção do contrato.
monetárias dos contratos administrativos não
poderão ser alteradas sem prévia concordância do § 1º As cláusulas econômico-financeiras e monetárias
contratado. dos contratos não poderão ser alteradas sem
prévia concordância do contratado.
§ 2º Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas
econômico-financeiras do contrato deverão ser § 2º Na hipótese prevista no inciso I do caput deste
revistas para que se mantenha o equilíbrio artigo, as cláusulas econômico-financeiras do
contratual. contrato deverão ser revistas para que se
mantenha o equilíbrio contratual.
#DEOLHONAJURIS #SAINDODOFORNO
A queda de arrecadação fiscal de município contratante advinda da redução do preço do barril de petróleo no
mercado internacional não constitui motivo suficiente para redução da contraprestação devida à concessionária
de serviços públicos se essa contraprestação não estiver vinculada contratualmente à variação do preço do
petróleo. AgInt na SLS 2.779-RJ, Rel. Min. Humberto Martins, Rel. Acd. Min. João Otávio de Noronha, Corte
Especial, por maioria, julgado em 01/06/2022, DJe 16/08/2022. (Info 748)
LICITAÇÕES
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Isto é, os arts. 89 a 108 da lei 8.666/93 foram imediatamente revogados, e pontue-se que todos são relativos às
disposições penais e processuais penais.
II) FUTURAS (A PARTIR DE DE 01/04/2023): Mais especificamente no prazo de DOIS ANOS após a publicação da
nova lei: As leis 8.666/93, 10.520/2002 (lei do pregão) e 12.462/2011 (lei do RDC) – em suas integralidades.
Portanto, durante esses dois anos, teremos dois regimes licitatórios em plena vigência no país, podendo o
administrador optar por qual regime jurídico pretende realizar os procedimentos licitatórios e as
contratações, DEVENDO SINALIZAR CLARAMENTE A ESCOLHA QUANDO DA PUBLICAÇÃO DO EDITAL. Duas
considerações importantes:
I) É VEDADA A COMBINAÇÃO DOS DOIS REGIMES.
II) A escolha do regime licitatório implica que este também será aplicado ao contrato decorrente.
Art. 191 Até o decurso do prazo de que trata o inciso II do caput do art. 193, a Administração poderá optar
por licitar de acordo com esta Lei ou de acordo com as leis citadas no referido inciso, e a opção escolhida
deverá ser indicada expressamente no edital ou no aviso ou instrumento de contratação direta, vedada a
aplicação combinada desta Lei com as citadas no referido inciso.
Parágrafo único. Na hipótese do caput deste artigo, se a Administração optar por licitar de acordo com as
leis citadas no inciso II do caput do art. 193 desta Lei, o contrato respectivo será regido pelas regras nelas
previstas durante toda a sua vigência.
#SELIGANATABELA
Limitação Administrativa Limitações administrativas são determinações de caráter
geral, por meio das quais o poder público impõe a proprietários
indeterminados obrigações de fazer (obrigações positivas), ou
obrigações de deixar de fazer alguma coisa (obrigações negativas,
ou de não fazer ou de permitir), com a finalidade de assegurar que
a propriedade atenda a sua função social.
Na lição de Hely Lopes, “limitação administrativa é toda
imposição geral, gratuita, unilateral e de ordem pública
condicionadora do exercício de direitos ou de atividades
particulares às exigências do bem-estar social”.
Ocupação Temporária Ocupação temporária é a forma de intervenção pela qual o
Poder Público usa transitoriamente imóveis privados, como meio de
apoio à execução de obras e serviços públicos.
Requisição Requisição é o instrumento de intervenção estatal mediante
o qual, em situação de perigo público iminente, o Estado utiliza bens
móveis, imóveis ou serviços particulares com indenização ulterior,
se houver dano.
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#APOSTACICLOS #SAINDODOFORNO
Requisição administrativa de bens ou serviços públicos -A
requisição administrativa “para atendimento de necessidades
coletivas, urgentes e transitórias, decorrentes de situações de
perigo iminente, de calamidade pública ou de irrupção de
epidemias” — prevista na Lei Orgânica do Sistema Único de Saúde
(Lei 8.080/1990) — não recai sobre bens e/ou serviços públicos de
outro ente federativo. (INFO 1059, STF)
Servidão Servidão administrativa é o direito real público que autoriza
o Poder Público a usar da propriedade imóvel para permitir a
execução de obras e serviços de interesse coletivo.
São três, portanto, as características fundamentais do
instituto servidão administrativa: ônus real, incidente sobre um bem
particular (imóvel alheio), com a finalidade de permitir uma
utilização pública.
Tombamento Tombamento é a modalidade de intervenção na
propriedade por meio da qual o Poder Público procura proteger o
patrimônio cultural brasileiro.
SERVIÇOS PÚBLICOS
#DEOLHONOJURIS #SAINDODOFORNO
Afronta o princípio da separação dos Poderes a anulação judicial de cláusula de contrato de concessão firmado
por Agência Reguladora e prestadora de serviço de telefonia que, em observância aos marcos regulatórios
estabelecidos pelo Legislador, autoriza a incidência de reajuste de alguns itens tarifários em percentual
superior ao do índice inflacionário fixado, quando este não é superado pela média ponderada de todos os
itens.
STF. Plenário. RE 1059819/PE, Rel. Min. Marco Aurélio, redator do acórdão Min. Alexandre de Moraes, julgado
em 18/2/2022 (Repercussão Geral – Tema 991) (Info 1044).
Com base nesse entendimento, ao concluir a apreciação do Tema 991 da repercussão geral, o Plenário, por
maioria, deu provimento ao recurso extraordinário para, reformando o acórdão do TRF, julgar improcedente
ação civil pública, mantendo válido o acréscimo de 9% no reajuste individual dos itens tarifários acima do Índice
Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), constante na cláusula 11.1 do contrato de concessão.
- Condições de regularidade;
- Continuidade;
- Eficiência;
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- Segurança;
- Atualidade;
- Generalidade;
- Cortesia na prestação;
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA
São constitucionais o compartilhamento, mediante convênio, com estados, Distrito Federal ou municípios, da
execução de atividades e serviços públicos federais essenciais, e a adoção de procedimentos simplificados
para a garantia de sua continuidade em situações de greve, paralisação ou operação de retardamento
promovidas por servidores públicos federais. (INFO 1046, STF) #APOSTACICLOS #SAINDODOFORNO
DIREITO AMBIENTAL
#SAINDODOFORNO #APOSTACICLOS
ATENÇÃO!!!! É inconstitucional a Resolução CONAMA 500/2020; por outro lado, é constitucional a Resolução
CONAMA 499/2020
Caso concreto: o CONAMA editou a Resolução nº 500/2020, que revogou as Resoluções 284/2001, 302/2002 e
303/2002. Os atos normativos revogados dispunham, respectivamente, sobre: (i) o licenciamento de
empreendimentos de irrigação, (ii) os parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente de
reservatórios artificiais e o regime de uso do entorno e (iii) os parâmetros, definições e limites de Áreas de
Preservação Permanente. O CONAMA também editou a Resolução nº 499/2020 tratando sobre “licenciamento
da atividade de coprocessamento de resíduos em fornos rotativos de produção de clínquer”. A Resolução
CONAMA 500/2020, ao revogar normas de proteção ambiental na seara hídrica, implicou evidente retrocesso
na proteção e defesa dos direitos fundamentais à vida, à saúde e ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,
pois revela autêntica situação de degradação de ecossistemas essenciais à preservação da vida sadia,
comprometimento da integridade de processos ecológicos essenciais e perda de biodiversidade, assim como o
recrudescimento da supressão de cobertura vegetal em áreas legalmente protegidas. Por essa razão, é
inconstitucional. A Resolução CONAMA 499/2020, ao disciplinar condições, critérios, procedimentos e limites a
serem observados no licenciamento de fornos rotativos de produção de clínquer para a atividade de
coprocessamento de resíduos, atendeu não apenas à exigência de estudo prévio de impacto ambiental para a
instalação de atividade potencialmente causadora de degradação do meio ambiente, como também à obrigação
imposta ao Poder Público de controlar o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para
a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente. Além disso, sua disciplina guarda consonância com a Lei nº
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12.305/2020, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, muito bem observando os critérios de
razoabilidade e proporcionalidade nela positivados como princípios setoriais. STF. Plenário. ADPF 748/DF, Rel.
Min. Rosa Weber, julgado em 20/5/2022 (Info 1055).
#DEOLHONAJURIS #APOSTACICLOS O art. 68 do ADCT estabelece que “aos remanescentes das comunidades
dos quilombos que estejam ocupando suas terras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo o Estado
emitir-lhes os títulos respectivos.”
Em 2003, foi editado o Decreto nº 4.887, com o objetivo de regulamentar o procedimento para identificação
reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades
dos quilombos
O STF entendeu que este Decreto não invadiu esfera reservada à lei O objetivo do Decreto foi tão somente o de
regular o comportamento do Estado na implementação do comando constitucional previsto no art. 68 do ADCT.
Houve o mero exercício do poder regulamentar da Administração, nos limites estabelecidos pelo art. 84, VI da
Constituição
O art. 2º, caput e § 1º do Decreto nº 4.887/2003 prevê como deve ser o critério utilizado pelo Poder Público
para a identificação dos quilombolas O critério escolhido foi o da auto atribuição (autodefinição O STF entendeu
que a escolha do critério desse critério não foi arbitrária, não sendo contrária à Constituição
O art. 2º, §§ 2º e 3º, do Decreto preconiza que, na identificação, medição e demarcação das terras dos
quilombolas devem ser levados em consideração critérios de territorialidade indicados pelos remanescentes das
comunidades dos quilombos O STF afirmou que essa previsão é constitucional. Isso porque o que o Decreto está
garantindo é apenas que as comunidades envolvidas sejam ouvidas, não significando que a demarcação será
feita exclusivamente com base nos critérios indicados pelos quilombolas
O art. 13 do Decreto, por sua vez, estabelece que o INCRA poderá realizar a desapropriação de determinadas
áreas caso os territórios ocupados por remanescentes das comunidades dos quilombos estejam situados em
locais pertencentes a particulares O STF reputou válida essa previsão tendo em vista que em nenhum momento
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a Constituição afirma que são nulos ou extintos os títulos eventualmente incidentes sobre as terras ocupadas
por remanescentes das comunidades dos quilombos. Assim o art. 68 do ADCT, apesar de reconhecer um direito
aos quilombolas, não invalida os títulos de propriedade eventualmente existentes de modo que para que haja a
regularização do registro em favor das comunidades quilombolas, exige-se a realização do procedimento de
desapropriação.
Por fim ao STF não acolheu a tese de que somente poderiam ser consideradas terras de quilombolas aqueles
que estivessem sendo ocupadas por essas comunidades na data da promulgação da CF/88 (05/10/1988 Em
outras palavras, mesmo que, na data da promulgação da CF/88 a terra não mais estivesse sendo ocupada pelas
comunidades quilombolas, é possível em tese, que seja garantido o direito previsto no art. 68 do ADCT.
STF. Plenário. ADI 3239/DF, rel. orig. Min. Cezar Peluso, red. p/ o ac. Min. Rosa Weber, julgado em 8/2/2018
(Info 890).
Teoria do Indigenato: a posse das terras indígenas pelos índios deve ser considerada imemorial. Tem como
fonte um direito congênito e primário e não decorrente pela simples posse ou ocupação da área pleiteada. A
própria condição de índio legitima a posse territorial, sem qualquer necessidade de maiores formalidades. O
Indigenato é direito fundamental dos índios, pois privilegia o passado e a ancestralidade, além da relação
espiritual dos índios com suas terras. Esta teoria é adotada pela jurisprudência da Corte IDH. Para parte da
doutrina, esta teoria foi adotada pela CRFB no art. 231, na medida em que estipula, de forma implícita, um
direito dominial primário e congênito-anterior e oponível a qualquer ocupação superveniente.
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#NÃOCONFUNDA
Precisa ser registrada no Cadastro Ambiental Rural -
Reserva Legal (RL)
CAR
Não precisa ser registrada no Cadastro Ambiental
Área de Preservação Permanente (APP)
Rural - CAR
LICENÇA AMBIENTAL
#APOSTACICLOS Por meio da Lei nº 12.334/2010, a União aprovou a Política Nacional de Segurança de Barragens
– PNSB – destinadas à acumulação de água para quaisquer usos, à disposição final ou temporária de rejeitos e à
acumulação de resíduos industriais, bem como criou o Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de
Barragens.
Conceito de barragem: qualquer estrutura em um curso permanente ou temporário de água para fins de
contenção ou acumulação de substâncias líquidas ou de misturas de líquidos e sólidos, compreendendo o
barramento e as estruturas associadas.
As barragens deverão ser classificadas pelo Poder Público por categoria de risco, por dano potencial associado,
e pelo seu volume, com base em critérios gerais estabelecidos pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos.
#IMPORTANTE #APOSTACICLOS
ZONEAMENTO ECOLÓGICO ECONÔMICO: O Decreto Federal n.º4.297, de 10/07/02, regulamenta o disposto na
Lei Federal n.º6.938/81, ao estabelecer critérios para o Zoneamento Ecológico-Econômico no Brasil:
Art.3 Parágrafo único. O ZEE, na distribuição espacial das atividades econômicas, levará em conta a importância
ecológica, as limitações e as fragilidades dos ecossistemas, estabelecendo vedações, restrições e alternativas de
exploração do território e determinando, quando for o caso, inclusive a relocalização de atividades
incompatíveis com suas diretrizes gerais.
Em que pesem as divergências doutrinárias, tem sido aceito majoritariamente que o orçamento, como não cria
gastos, mas apenas os autoriza, é meramente autorizativo e não impositivo. Podendo-se afirmar, assim, que a
lei orçamentária é uma lei temporária, especial e ordinária. Cumpre registrar que há aspectos impositivos no
orçamento, advindos de normas pré-orçamentárias, o que mitiga a sua natureza como apenas autorizativo. A
defesa do orçamento autorizativo tem sido a cada dia reduzida e, pelas últimas emendas constitucionais (EC n.
86/2015, EC n. 100/19, EC n. 102/2019 e EC n. 105/2019), pode-se dizer que uma nova concepção de orçamento
tem sido instituída no país. Agora, há fortes argumentos para se defender o orçamento como norma
impositiva.
RECEITAS CORRENTES
Receita Tributária
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Impostos
Taxas
Contribuições de Melhoria
Receita Patrimonial
Receitas Imobiliárias
Receitas de Valores Mobiliários
Participações e Dividendos
Outras Receitas Patrimoniais
Receita Industrial
Receita de Serviços Industriais
Outras Receitas Industriais
Transferências Correntes
Receitas Diversas
Multas
Cobrança da Dívida Ativa
Outras Receitas Diversas
RECEITAS DE CAPITAL
provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas + Superávit* do
orçamento corrente
Operações de Crédito.
Alienação de Bens Móveis e Imóveis.
Amortização de Empréstimos Concedidos.
Transferências de Capital.
Outras Receitas de Capital
#DEOLHONAJURIS AINDA QUE SOB O ARGUMENTO DA PANDEMIA DA COVID-19, NÃO PODE SER ATENDIDO
PEDIDO FEITO POR GOVERNADOR DO ESTADO PARA QUE SEJAM AFASTADAS AS LIMITAÇÕES DA LEI DE
RESPONSABILIDADE FISCAL REFERENTES A EXECUÇÃO DE GASTOS PÚBLICOS CONTINUADOS
Os limites da despesa total com pessoal e as vedações à concessão de vantagens, reajustes e aumentos
remuneratórios previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal somente podem ser afastados quando a despesa for
de caráter temporário, com vigência e efeitos restritos à duração da calamidade pública, e com propósito
exclusivo de enfrentar tal calamidade e suas consequências sociais e econômicas.
STF. Plenário. ADI 6394/AC, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 20/11/2020 (Info 1000).
legalidade orçamentária (art. 167, VI, da CF), da separação dos poderes (arts. 2°, 60, § 4°, III, da CF) e da eficiência
da administração pública (art. 37, caput, da CF).
STF. Plenário. ADPF 616/BA, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 21/5/2021 (Info 1018).
A LRF estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal. Os
dispositivos da Lei 4320/1964, a qual estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle
dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, continuam regendo o
ciclo orçamentário, contudo, não tratam de responsabilidade na gestão fiscal. O que a LRF aborda são alguns
pontos do art. 165 da CF/1988, por exemplo, quando acrescenta funções à LOA e à LDO, porém ela não é
disciplina INTEGRALMENTE todo o § 9º do art. 165, tampouco revogou a Lei 4.320/1964.
EMBASAMENTO CONSTITUCIONAL: Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo e pensionistas da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.
(...)
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REVISÃO DE VÉSPERA | MPF
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Art. 250. Com o objetivo de assegurar recursos para o pagamento dos benefícios concedidos pelo regime geral
de previdência social, em adição aos recursos de sua arrecadação, a União poderá constituir fundo integrado por
bens, direitos e ativos de qualquer natureza, mediante lei que disporá sobre a natureza e administração desse
fundo.
Destaque-se que a LRF traz parcialmente o conteúdo dos incisos I e II do parágrafo 9º do art. 165: § 9º
- Cabe à lei complementar: I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a
organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; II - estabelecer
normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como condições para a
instituição e funcionamento de fundos. (...)
OBJETIVOS: Art. 1º (...) § 1º A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em
que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o
cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no que tange
a renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e
mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em
Restos a Pagar. #IMPORTANTE #ABREOVADE
ABRANGÊNCIA DA LEI: As disposições da LRF obrigam a todos os entes federativos: União, os estados, o Distrito
Federal e os municípios. Nas referências à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios, estão
compreendidos o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos os Tribunais de Contas, o Poder
Judiciário e o Ministério Público; assim como as respectivas Administrações diretas, fundos, autarquias,
fundações e empresas estatais dependentes. Quanto aos Tribunais de Contas estão incluídos: Tribunal de
Contas da União, Tribunal de Contas do Estado e, quando houver, Tribunal de Contas dos Municípios.
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Ciclos Método
DEFINIÇÃO DE “RECEITA CORRENTE LÍQUIDA” Tathiane Piscitelli (2018): corresponde ao somatório das
receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências
correntes e outras receitas também correntes, deduzidos: I) União: os valores transferidos aos estados e
municípios por determinação constitucional ou legal, e as contribuições mencionadas na alínea “a” do inciso I e
no inciso II do art. 195 (relacionadas à seguridade social) e no art. 239 da CF/1988 (PIS, PASEP); II) Nos estados:
as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional. III) No DF, no Amapá e em Roraima:
recursos transferidos pela União decorrentes da competência da própria União para organizar e manter o Poder
Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios;
organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do DF, bem como prestar
assistência financeira ao DF para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio; e, ainda, despesas
da União com servidores dos ex-territórios do Amapá e de Roraima. IV) Na União, nos estados e nos municípios:
a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social e as receitas
provenientes da compensação financeira citada no § 9º do art. 201 da CF/1988 (compensação entre os diversos
sistemas previdenciários).
Serão computados, no cálculo da receita corrente líquida, os valores pagos e recebidos em decorrência
da Lei Complementar nº 87/1996 (Lei Kandir), e do fundo previsto pelo art. 60 do ADCT (Fundeb).
#IMPORTANTE Entenda que o conceito de Receita Corrente Líquida tem a função precípua de separar as
receitas disponíveis a cada um dos entes daquelas que eles não têm autonomia para gerenciar. Afinal, do
que nada adiantaria fazer cálculos e determinar percentuais em cima de receitas brutas, se na verdade não
estão totalmente disponíveis aos entes? A apuração da receita corrente líquida, sua evolução, assim como
a previsão de seu desempenho até o final do exercício constarão de um demonstrativo que acompanhará o
Relatório Resumido da Execução Orçamentária. Por exemplo, se formos calcular a RCL do mês de julho de
2020, para divulgação em agosto, devemos somar a RCL do nosso mês de referência (julho/2020) e nos 11
anteriores (junho/2020 a agosto/2019).
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Ciclos Método
disposto neste artigo a despesa considerada irrelevante, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes
orçamentárias. § 4o As normas do caput constituem condição prévia para: I - empenho e licitação de serviços,
fornecimento de bens ou execução de obras; II - desapropriação de imóveis urbanos a que se refere o § 3o do
art. 182 da Constituição.
TERMOS TRAZIDOS PELOS ARTIGOS DA LRF: I) “Adequada com a LOA”: despesa objeto de dotação específica e
suficiente, ou que esteja abrangida por crédito genérico, de forma que, somadas todas as despesas da mesma
espécie, realizadas e a realizar, previstas no programa de trabalho, não sejam ultrapassados os limites
estabelecidos para o exercício.
II) “Compatível com PPA e LDO”: a despesa que se conforme com as diretrizes, objetivos, prioridades e metas
previstos nesses instrumentos e não infrinja qualquer de suas disposições. Ressalva-se dessas determinações a
despesa considerada irrelevante, de acordo com o que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias, conforme
parágrafo 3°.
LIMITES AO ENDIVIDAMENTO: Art. 30. No prazo de noventa dias após a publicação desta Lei Complementar, o
Presidente da República submeterá ao: I - Senado Federal: proposta de limites globais para o montante da dívida
consolidada da União, Estados e Municípios, cumprindo o que estabelece o inciso VI do art. 52 da Constituição,
bem como de limites e condições relativos aos incisos VII, VIII e IX do mesmo artigo; II - Congresso Nacional:
projeto de lei que estabeleça limites para o montante da dívida mobiliária federal a que se refere o inciso XIV do
art. 48 da Constituição, acompanhado da demonstração de sua adequação aos limites fixados para a dívida
consolidada da União, atendido o disposto no inciso I do § 1o deste artigo.§ 1o As propostas referidas nos incisos
I e II do caput e suas alterações conterão: I - demonstração de que os limites e condições guardam coerência com
as normas estabelecidas nesta Lei Complementar e com os objetivos da política fiscal; II - estimativas do impacto
da aplicação dos limites a cada uma das três esferas de governo; III - razões de eventual proposição de limites
diferenciados por esfera de governo; IV - metodologia de apuração dos resultados primário e nominal. § 2o As
propostas mencionadas nos incisos I e II do caput também poderão ser apresentadas em termos de dívida líquida,
evidenciando a forma e a metodologia de sua apuração. § 3o Os limites de que tratam os incisos I e II do caput
serão fixados em percentual da receita corrente líquida para cada esfera de governo e aplicados igualmente a
todos os entes da Federação que a integrem, constituindo, para cada um deles, limites máximos. § 4o Para fins
de verificação do atendimento do limite, a apuração do montante da dívida consolidada será efetuada ao final
de cada quadrimestre. § 5o No prazo previsto no art. 5o, o Presidente da República enviará ao Senado Federal
ou ao Congresso Nacional, conforme o caso, proposta de manutenção ou alteração dos limites e condições
previstos nos incisos I e II do caput. § 6o Sempre que alterados os fundamentos das propostas de que trata este
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artigo, em razão de instabilidade econômica ou alterações nas políticas monetária ou cambial, o Presidente da
República poderá encaminhar ao Senado Federal ou ao Congresso Nacional solicitação de revisão dos limites. §
7o Os precatórios judiciais não pagos durante a execução do orçamento em que houverem sido incluídos
integram a dívida consolidada, para fins de aplicação dos limites.
Assim, percebe-se que são fixados em percentual da receita corrente líquida para cada esfera de
governo e aplicados igualmente a todos os entes da Federação que a integrem, constituindo, para cada um
deles, limites máximos. Para fins de verificação do limite, a apuração do montante da dívida consolidada será
efetuada ao final de cada quadrimestre.
#OLHAAEXCEÇÃO Municípios com população inferior a 50 mil habitantes, que podem usufruir de regra
especiais de aplicação das determinações constantes na LRF, entre as quais se inclui a apuração semestral dos
limites da dívida consolidada. Destaque-se que a mesma exceção ocorre na apuração das despesas com pessoal.
As Resoluções do Senado 40/2001, 43/2001 e 48/2007 dispõem sobre os limites dos entes em relação à
Receita Corrente Líquida:
#WELOVETABELAS
DÍVIDA CONTRATAÇÃO CONCESSÃO PAGAMENTO CONTRATAÇÕES
CONSOLIDADA DE OPERAÇÕES DE GARANTIAS DOS SERVIÇOS DE OPERAÇÕES
DE CRÉDITO DA DÍVIDA POR ARO
UNIÃO Sem limites 60% 60% Sem limites Sem limites
ESTADOS/DF 200% 16% 22% 11,5% 7%
MUNICÍPIOS 120% 16% 22% 11,5% 7%
Não incide imposto de renda (IR) sobre o preço recebido em virtude de cessão com deságio de precatório. REsp
1.785.762-RJ, Rel. Min. Francisco Falcão, Segunda Turma, por unanimidade, julgado em 27/08/2022, DJe
29/09/2022. (Info 751 - STJ) #APOSTACICLOS #SAINDODOFORNO
#DIFERENCIE:
IMUNIDADE Dispensa constitucional do dever de pagar o tributo.
Também chamada de hipótese de não incidência constitucionalmente qualificada.
Dispensa legal do dever de pagar o tributo.
ISENÇÃO Há quem diga que é um favor legal ou hipótese normativa de dispensa legalmente
qualificada.
Ao contrário da imunidade e da isenção, a não incidência está fora do campo da
tributação. Isso porque o legislador não classificou aquele fato da vida como um
NÃO INCIDÊNCIA fato jurídico.
Exemplo: Paga-se IPVA, se o contribuinte é proprietário de um veículo automotor.
Se o contribuinte tiver uma bicicleta, não haverá incidência da HI do IPVA.
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ALÍQUOTA ZERO A dispensa do tributo se justifica pelo simples fato da alíquota não ter valor algum
(zero). BC x ZERO = ZERO.
Trata-se do perdão concedido pelo Fisco, sendo uma hipótese de extinção do
REMISSÃO crédito tributário.
#DEOLHONASÚMULA #APOSTACICLOS:
Súmula vinculante 52-STF: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente
a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, c, da CF, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas
atividades para as quais tais entidades foram constituídas.
Súmula 612-STJ: O certificado de entidade beneficente de assistência social (CEBAS), no prazo de sua validade,
possui natureza declaratória para fins tributários, retroagindo seus efeitos à data em que demonstrado o
cumprimento dos requisitos estabelecidos por lei complementar para a fruição da imunidade. STJ. 1ª Seção.
Aprovada em 09/05/2018, DJe 14/05/2018 (Info 624).
Súmula 730-STF: A imunidade tributária conferida a instituições de assistência social sem fins lucrativos pelo
art. 150, VI, c, da Constituição, somente alcança as entidades fechadas de previdência social privada se não
houver contribuição dos beneficiários.
#DEOLHONASÚMULA #APOSTACICLOS
Súmula vinculante 57: A imunidade tributária constante do art. 150, VI, d, da CF/88 aplica-se à importação e
comercialização, no mercado interno, do livro eletrônico (e-book) e dos suportes exclusivamente utilizados para
fixá-los, como leitores de livros eletrônicos (e-readers), ainda que possuam funcionalidades acessórias. STF.
Plenário. Aprovada em 15/04/2020.
Súmula 657-STF: A imunidade prevista no art. 150, VI, “d”, da Constituição Federal abrange os filmes e papeis
fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos.
#JÁCAIU/TRF22018 A contribuição ao SEBRAE é qualificada, pelo Supremo Tribunal Federal, como tendo
natureza de contribuição de intervenção no domínio econômico — CIDE, e não como contribuição social de
interesse de categorias profissionais e econômicas. (certo)
#ATENÇÃO: O §1º do art. 149 faculta aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a instituição de
contribuições, cobráveis de seus funcionários, para o custeio, em benefício destes, de sistema previdenciário.
Essas exações participam da natureza das contribuições sociais, destinadas à seguridade social, embora atuem
no âmbito restrito do funcionalismo público dos Estados, DF e Municípios.
#SELIGA: Por força do art. 195, § 4º, da CF, a criação de novas fontes de custeio da seguridade deve
obedecer aos seguintes condicionamentos:
a) competência exclusiva da União;
b) necessidade de lei complementar;
c) vedação de edição de medida provisória para tal finalidade;
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REVISÃO DE VÉSPERA | MPF
Ciclos Método
Norma Geral Antielisão: Autoriza o fisco/autoridade administrativa a desconsiderar qualquer prática cujo
objetivo seja pagar menos tributos (ou não pagar).
ATENÇÃO! NÃO HÁ a necessidade de prévia ordem judicial para que se opere a desconsideração do negócio
praticado para dissimular o fato gerador.
CTN. Art. 116. (...) Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos
praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos
constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ORDINÁRIA.
#DEOLHONAJURIS #SAINDODOFORNO
O parágrafo único do art. 116 do CTN, incluído pela LC 104/2001, é constitucional
A previsão contida no parágrafo único do art. 116 do CTN não viola o texto constitucional.
Esse dispositivo não ofende os princípios constitucionais da legalidade, da estrita legalidade e da tipicidade
tributária, e da separação dos Poderes.
Em verdade, ele confere máxima efetividade a esses preceitos, objetivando, primordialmente, combater a
evasão fiscal, sem que isso represente permissão para a autoridade fiscal de cobrar tributo por analogia ou fora
das hipóteses descritas em lei, mediante interpretação econômica.
O dispositivo apenas viabiliza que a autoridade tributária aplique base de cálculo e alíquota a uma hipótese de
incidência estabelecida em lei e que tenha efetivamente se realizado.
STF. Plenário. ADI 2446/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 8/4/2022 (Info 1050).
O que é Drawback? #APOSTACICLOS
Drawback é a importação de mercadorias para posterior exportação com fins comerciais e abrange os tributos
incidentes na importação. Sua previsão está no art. 78 do DL 37/66
Nas palavras do Min. João Otávio de Noronha, "drawback" é a operação mediante a qual o contribuinte, para
fazer jus a incentivos fiscais, importa mercadoria com o compromisso de exportá-la após o beneficiamento. (STJ
REsp 385634/BA).
Com a maestria de quem conhece muito sobre o assunto, a Min. Regina Helena Costa explica, de forma mais
técnica, em que consiste o drawback:
"O drawback constitui um regime aduaneiro especial, que pode apresentar-se em três modalidades - isenção,
suspensão e restituição de tributos - e é classificado como incentivo à exportação, nos termos dos arts. 1º,
I, da Lei nº 8.402/92 e 383, caput, do Decreto nº 6.759/09. O incentivo consubstancia-se na desoneração
do processo de produção o que acaba tornando a subsequente mercadoria nacional mais competitiva no
mercado global." (STJ REsp 1313705/PR).
Exemplo: uma indústria de automóveis importa matérias-primas, fabrica carros no Brasil e os revende para o
exterior.
Para o Brasil, isso é algo produtivo, considerando que favorece a balança comercial, já que houve o ingresso de
uma mercadoria que será em seguida reenviada para o exterior com um valor maior em razão do melhoramento
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Ciclos Método
do produto (agregou-se valor à mercadoria que será exportada). Com isso, em tese, mais divisas ficam no país,
gerando aqui emprego e renda.
Diante desse cenário, o país incentiva a referida operação, concedendo benefícios fiscais para o contribuinte
que se compromete a realizar o drawback.
Modalidades
Existem três modalidades de drawback:
a) isenção: consiste na concessão de isenção dos tributos que incidem na importação das mercadorias que serão
utilizadas na industrialização do produto a ser exportado.
b) suspensão: é a suspensão dos tributos incidentes na importação de mercadoria a ser utilizada na
industrialização de produto que deve ser exportado. As obrigações tributárias ficam suspensas por determinado
prazo e, caso não ocorra a comprovação das exportações nos termos e condições previstos na legislação, os
tributos suspensos deverão ser recolhidos com os devidos acréscimos legais.
c) restituição: é a devolução, em forma de créditos, do valor dos tributos pagos na importação de insumo
importado utilizado em produto exportado.
No drawback-suspensão, o termo inicial para fins de multa e juros moratórios será o 31º dia do
inadimplemento do compromisso de exportar, ou seja, quando escoado o prazo da suspensão.
A multa moratória na hipótese de descumprimento, pelo contribuinte beneficiário, da obrigação de exportar no
regime especial de drawback em sua modalidade suspensão, somente ocorrerá após o trigésimo dia do
inadimplemento.
STJ. 1ª Seção. EREsp 1580304-RS, Rel. Min. Sérgio Kukina, julgado em 16/09/2021 (Info 710).
EXECUÇÃO FISCAL
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na Súmula 497 do STJ está superado. STF. Plenário. ADPF 357/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 24/6/2021
(Info 1023).
#DEOLHONAJURIS Art. 116 (…) Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou
negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a
natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem
estabelecidos em lei ordinária.
A previsão contida no parágrafo único do art. 116 do CTN não viola o texto constitucional.
Esse dispositivo não ofende os princípios constitucionais da legalidade, da estrita legalidade e da tipicidade
tributária, e da separação dos Poderes.
Em verdade, ele confere máxima efetividade a esses preceitos, objetivando, primordialmente, combater a
evasão fiscal, sem que isso represente permissão para a autoridade fiscal de cobrar tributo por analogia ou fora
das hipóteses descritas em lei, mediante interpretação econômica.
O dispositivo apenas viabiliza que a autoridade tributária aplique base de cálculo e alíquota a uma hipótese de
incidência estabelecida em lei e que tenha efetivamente se realizado.
STF. Plenário. ADI 2446/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 8/4/2022 (Info 1050).
#DEOLHONAJURIS #JURISRECENTE #APOSTACICLOS O art. 782, §3º, do CPC é aplicável às execuções fiscais,
devendo o magistrado deferir o requerimento de inclusão do nome do executado em cadastros de
inadimplentes, preferencialmente pelo sistema SERASAJUD, independentemente do esgotamento prévio de
outras medidas executivas, salvo se vislumbrar alguma dúvida razoável à existência do direito ao crédito previsto
na Certidão de Dívida Ativa - CDA. STJ. 1ª Seção. REsp 1807180/PR, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em
24/02/2021 (Recurso Repetitivo – Tema 1026) (Info 686).
O redirecionamento da execução fiscal, quando fundado na dissolução irregular da pessoa jurídica executada
ou na presunção de sua ocorrência, pode ser autorizado contra o sócio ou o terceiro não sócio, com poderes de
administração na data em que configurada ou presumida a dissolução irregular, ainda que não tenha exercido
poderes de gerência quando ocorrido o fato gerador do tributo não adimplido, conforme art. 135, III, do CTN.
(INFO 738, STJ) #APOSTACICLOS #SAINDODOFORNO
#PRALEVARPRAPROVA Por não haver hierarquia entre as fontes, podem ser aplicados os métodos tradicionais
de solução de conflitos sobre a matéria (critério cronológico, da especialidade etc.)? Sim, tais critérios também
podem ser utilizados em caso de conflitos entre costumes, os quais podem se dar entre dois costumes gerais,
dois costumes regionais ou entre um costume geral e um costume regional. Nos dois primeiros casos o costume
posterior (lex posterior) prevalece sobre o anterior e, no segundo, o costume regional (lex specialis) prevalece
sobre o geral.
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#APOSTACICLOS Apesar de os atos unilaterais dos Estados serem aplicados pela CIJ como FONTES DE DIP, ELES
NÃO CONSTAM NO ROL DO ART. 38 DO ESTATUTO DA CIJ.
#APOSTACICLOS Os atos unilaterais emanados dos Estados têm o condão de criar obrigações jurídicas para as
partes, e não simplesmente morais.
#APOSTACICLOS O Conselho de Segurança da ONU é o único órgão com poder de tomar decisões efetivamente
mandatórias, as quais os membros das Nações Unidas têm que acatar e fielmente executar, nos termos do art.
25 da Carta da ONU (“Os Membros das Nações Unidas concordam em aceitar e executar as decisões do Conselho
de Segurança, de acordo com a presente Carta”). As resoluções relativas a questões internas também são
obrigatórias. Os demais órgãos da ONU formulam recomendações, que não têm cunho vinculante.
#APOSTACICLOS O rol das normas de jus cogens não é expressamente definido. A definição é fruto de um
processo histórico, político e social, dentro da qual a sociedade internacional reconhece em certos valores maior
importância para a coexistência entre seus membros. Ex.: normas que tratam de direitos humanos, proteção do
meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável, paz e proibição do uso da força, segurança
internacionais, autodeterminação dos povos.
#DETABELAÉMAISFÁCIL #APOSTACICLOS
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SOFT LAW: Trata-se de uma nova modalidade normativa, de caráter mais flexível, tendo a capacidade de
oferecer soluções mais rápidas para os problemas das relações sociais. Em suma, soft law é considerado um
conjunto de regras cujo VALOR NORMATIVO SERIA LIMITADO, seja porque os instrumentos que as contêm
não seriam juridicamente obrigatórios, seja porque as disposições em causa, ainda que figurando em um
instrumento constringente, não criariam obrigações de direito positivo ou não criariam senão obrigações
pouco constringentes.
#APOSTACICLOS #ATENÇÃO: O que se entende por “princípios gerais do Direito das nações civilizadas”?
Primeira acepção: Essa expressão é ainda fruto do direito internacional clássico. Por quê? O art. 38 do Estatuto
da Corte Internacional de Justiça é de 1946, porém, não houve consenso entre os Estados na época e eles
utilizaram o mesmo estatuto da Corte permanente de justiça internacional, que por sua vez é de 1920 e com
forte influência da visão colonialista e da superioridade europeia. Então, não foi difícil utilizarmos a mesma
expressão de 1920, em que pese hoje se reconhecer que todos os estados são civilizados. Esses princípios gerais
do Direito nas nações civilizadas são enunciados comuns aos mais diversos estados. Quais são esses princípios
gerais? Por exemplo, o ônus da prova. Utiliza-se muito os princípios gerais das nações na área processual. A
Corte interamericana de Direitos humanos, quando teve que analisar os primeiros casos, descobriu que não
havia nenhuma previsão de ônus da prova na convenção americana de Direitos humanos, então, teve que usar
os princípios gerais do Direito das nações civilizadas.
#PERGUNTINHABOADEPROVA O que se entende por doutrina Monroe e doutrina de Drago? Não se pode
estudar o problema da intervenção sem fazer menção à DOUTRINA MONROE, exposta por James Monroe, então
presidente dos EUA, em 1823. Tal doutrina baseava-se em três premissas: a) o continente americano não
poderia ser objeto de futuras ocupações (ou seja, de futuras pretensões colonialistas) por parte de nenhuma
potência europeia; b) os EUA não deveriam intervir nos assuntos de competência exclusiva dos países europeus;
c) os Estados americanos não aceitariam qualquer forma de ingerência que, originando-se em qualquer país
europeu, atingisse os assuntos internos daqueles Estados. Tal doutrina, que consistia na prática efetiva da não-
intervenção, foi distorcida pelo presidente Theodor Roosevelt para praticar várias intervenções nos países
latino-americanos, sob o pretexto de evitar ingerências indevidas dos países europeus no continente americano,
justificando tal conduta no direito que os EUA teriam de intervir nos outros países americanos sempre que
suspeitassem que um colapso pudesse ameaçar a vida e a propriedade de cidadãos estadunidenses.
Já a DOUTRINA DE DRAGO pugna contra o emprego da força armada por um ou mais Estados com o objetivo
de obrigar outros Estados a pagar dívidas. Também contribui para a defesa da América Latina. Nasceu do
protesto de Luís Maria Drago (Ministro das Relações Exteriores da Argentina) contra o bloqueio e o bombardeio
dos portos venezuelanos por embarcações alemãs, inglesas e italianas, em ação militar que tinha o intuito de
forçar a Venezuela a pagar dívidas que tinha com esses 3 países. A doutrina em apreço pretende evitar que a
cobrança do débito ocorra por meio de violência evitar que a cobrança do débito ocorra por meio de violência,
contrariando princípios do DI, como a solução pacífica das controvérsias e a proibição do emprego da força.
O pensamento de Drago foi acolhido pelos Estados participantes da Conferência de Paz de Haia (1907) e
consagrado dentro de um dos tratados celebrados na ocasião, a “Convenção Porter”. Esta CONVENÇÃO PORTER
mitigou os efeitos da Doutrina Drago, defendendo a possibilidade do emprego da força armada contra um
Estado para a cobrança de dívidas que este tenha com o Estado atacante, seus aliados ou cidadãos em duas
hipóteses:
a) Quando o Estado devedor não aceitar a arbitragem para solucionar a querela referente ao débito;
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Portela entende que a Convenção Porter se encontra derrogada, por chocar-se contra princípios
posteriormente consagrados na Carta das Nações Unidas, que vedam totalmente o emprego da força nas
relações internacionais, salvo em caso de LEGÍTIMA DEFESA individual ou coletiva contra agressão externa ou
de ação militar determinada pela própria ONU, por meio de seu Conselho de Segurança.
O aparecimento dos Estados é o resultado de processos históricos. Todavia, o DIP pode influenciar o surgimento
de um Estado, como, por exemplo, o princípio da autodeterminação dos povos contribuiu para a descolonização
da África e Ásia na segunda metade do século XX; a criação do Estado de Israel.
O reconhecimento de governo não altera o reconhecimento de Estado anterior. Entretanto, terá impacto nas
relações internacionais do Estado, já que aquele governo não será reconhecido como representante do Estado
na sociedade internacional, não tendo, portanto, capacidade para praticar atos em nome do Estado e não
gozando das prerrogativas inerentes às autoridades estrangeiras.
O que se entende por europeização de sistema interamericano? Inicialmente, importante destacar que,
atualmente, existem três sistemas regionais em funcionamento: o europeu, o interamericano e o africano. A
coexistência destes sistemas de proteção fez surgir o que a doutrina chamou de “Europeização” do Sistema
Interamericano e a “Interamericanização´´ do Sistema Europeu.
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Em breve síntese, estes fenômenos consistem no diálogo entre as cortes e enriquecem os julgamentos
proferidos pelos sistemas regionais. Segundo Flávia Piovesan, “O resultado é a transformação dos sistemas
regionais por meio da inovação jurisprudencial e do fortalecimento da capacidade de responder a desafios
concernentes a violações de direitos, propiciando proteção mais efetiva aos direitos das vítimas.” Assim, ante a
ausência de jurisprudência anterior em um dos sistemas de proteção, busca-se precedentes provenientes de
outro sistema, com o escopo de se manter a posição internacional adotada pelos demais órgãos regionais e, por
conseguinte, obter uma jurisprudência unitária globalmente. A Europeização do Sistema Interamericano,
portanto, consiste na utilização de alguns julgamentos da Corte Europeia de Direitos Humanos pela Corte
Interamericana de Direitos Humanos em algum dos seus julgamentos.
#APOSTACICLOS Também conhecido como Pacto Social, foi firmado em 1966 e promulgado pelo Decreto 591
de 06/07/1992. Visa a promover e proteger os direitos econômicos, sociais e culturais, que também deverão ser
objeto da atenção dos Estados, os quais deverão progressivamente assegurar seu gozo, por esforços próprios
ou pela cooperação internacional, com o auxílio de todos os meios apropriados nos planos econômicos e
técnicos e até o Máximo de seus recursos disponíveis.
Consagra o direito ao trabalho, cujo gozo dependerá, porém, de medidas estatais voltadas a promover o
desenvolvimento econômico e a formação técnica e profissional. Também, o direito à previdência social, a
liberdade sindical, direito à alimentação, vestimenta e moradia adequadas, direito à saúde.
Dois requisitos: PREVISÃO EM CONVENÇÃO + ATIVIDADE DE RISCO. Atualmente, existem tratados prevendo a
responsabilidade objetiva dos Estados nas áreas de meio ambiente, atividades nucleares e atividades espaciais,
podendo ser citadas: a) Convenção sobre responsabilidade civil por danos nucleares (Viena, 1963); b) Convenção
sobre responsabilidade civil no domínio da energia nuclear (Paris, 1960); c) Declaração de Princípios Legais
concernentes às atividades do Estado na exploração e uso do espaço exterior (AGNU-1963); d) tratado para a
exploração do espaço (ONU, 1967).
#APOSTACICLOS Para André de Carvalho Ramos, há espaço para falar-se em uma responsabilidade absoluta,
consistindo naquela em que não permite alegação de excludentes. Mesmo que na ocorrência de força maior
ou caso fortuito, o Estado tem de reparar. É muito rara. Somente é aceita nos casos extremamente perigosos.
Ex.: a Convenção sobre Responsabilidade Internacional por Danos Causados por Objetos Espaciais, da qual o
Brasil é parte. Assim, um Estado lançador será responsável absoluto pelo pagamento de indenização por danos
causados por seus objetos espaciais na superfície da Terra ou a aeronaves em voo. Essa Convenção é um
exemplo de aplicação excepcional da responsabilidade objetiva no âmbito do DIP.
#DETABELAÉMAISFÁCIL #APOSTACICLOS
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GREENING
O que se entende por “greening” (esverdeamento)? Ocorre quando se tenta proteger direitos humanos de
cunho ambiental nos sistemas regionais de direitos humanos, que são sistemas aptos - em princípio - a receber
queixas e petições que contenham denúncias de violação de direitos civis e políticos. O caso Belo Monte acaba
por tutelar, ainda que de forma indireta ou por “ricochete”, interesses ambientais. Por isso, a doutrina diz que,
no caso Belo Monte, houve um verdadeiro “esverdeamento do direito à vida” ou ainda um “esverdeamento
do direito à integridade física das comunidades indígenas”.
#APOSTACICLOS Os princípios que orientam as atividades do TPI estão previstos nos artigos 10 a 13 e 20 a 33
do Estatuto de Roma. Vejamos eles:
A princípio, o TPI pode examinar apenas atos cometidos nos Estados-partes do Estatuto de Roma ou praticados
por seus nacionais. Todavia, o TPI poderá atuar também contra atos cometidos no território de Estados não-
membros, desde que estes ente estatais aceitem sua competência;
O TPI pode estender sua competência para atos cometidos em Estados não-membros do Estatuto de Roma
independentemente do consentimento destes, desde que haja representação do Conselho de Segurança da
ONU (competência de alcance universal);
Obs.: O TPI pode atuar nos casos a partir das seguintes situações:
a. Estado Parte denúncia ao Procurador uma situação com indícios de crimes de competência do
TPI;
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Ciclos Método
O Tribunal Penal Internacional é uma corte permanente e independente que julga pessoas acusadas de crimes
do mais sério interesse internacional, como genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra. Ela se
baseia num Estatuto do qual fazem parte 106 países. É uma corte de última instância. Ele não agirá se um caso
foi ou estiver sendo investigado ou julgado por um sistema jurídico nacional, a não ser que os procedimentos
desse país não forem genuínos, como no caso de terem caráter meramente formal, a fim de proteger o acusado
de sua possível responsabilidade jurídica. Além disso, o TPI só julga casos que ele considerar extremamente
graves. Em todas as suas atividades, o TPI observa os mais altos padrões de julgamento justo, e suas atividades
são estabelecidas pelo Estatuto de Roma.
#APOSTACICLOS O Tribunal pode exercer jurisdição sobre genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de
guerra. Estes crimes estão definidos em detalhes no Estatuto de Roma. O Tribunal possui jurisdição sobre os
indivíduos acusados destes crimes (e não sobre seus Estados, como no caso da CIJ). Isto inclui aqueles
diretamente responsáveis por cometer os crimes, como também aqueles que tiverem responsabilidade indireta,
por auxiliar ou ser cúmplice do crime. Este último grupo inclui também oficiais do Exército ou outros
comandantes cuja responsabilidade é definida pelo Estatuto.
#DEOLHONANOMENCLATURA O Estatuto de Roma usa a palavra entrega (surrender) para não haver confusão
com a extradição (extradition). Quando é expedido um mandado de prisão e entrega, os Estados devem então
capturar essa pessoa e entregá-la ao TPI. Não é extraditar, porque a pessoa não será encaminhada para um
julgamento para outro Estado soberano, mas sim para julgamento perante um Tribunal internacional. Essa
diferenciação foi absolutamente proposital, como indica o art. 102 do Estatuto.
#APOSTACICLOS #ATENÇÃO Em relação às decisões proferidas pelo TPI, acolhe-se o posicionamento no sentido
de que não são decisões judiciais estrangeiras, de modo que não precisa haver concessão de exequatur ou
homologação pelo Superior Tribunal de Justiça apara que tenham eficácia na ordem jurídica nacional. São atos
de uma organização internacional ao qual o Brasil se submeteu, e que por isso devem ser prontamente cumprias.
#APOSTACICLOS A cooperação dos Estados condiciona a efetividade do procedimento judicial do Tribunal Penal
Internacional, sendo para ele uma necessidade. A obrigação de cooperar de um Estado perante o Tribunal
concretiza a aspiração a uma justiça penal internacional e, dessa forma, deve ser conciliada com a realidade da
sociedade internacional.
A obrigação de cooperar não é homogênea: seus elementos variam em função da origem da jurisdição, do
aspecto da cooperação e do destinatário da obrigação levada em conta. Os termos e as condutas de cooperação
requeridas podem variar de acordo com a origem da jurisdição do Tribunal Penal Internacional sobre um caso.
Essa jurisdição pode derivar de um tratado internacional (um acordo de jurisdição “ad hoc” entre um Estado e
o Tribunal) de uma resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (determinando ao
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Tribunal a tarefa de investigar uma situação em que haja a grave suspeita da ocorrência de um dos crimes sob
sua competência) ou do próprio Estatuto de Roma, quando se trate do exercício da jurisdição complementar em
um Estado Parte.
DIREITO ECONÔMICO
O Direito Econômico cuida das normas de intervenção do Estado no domínio econômico, estabelecendo políticas
específicas, coibindo condutas e prevendo as formas de fiscalização, regulação e participação do Estado na
atividade.
O conceito não é unânime na doutrina, mas em uma definição única e preliminar tem-se o Direito Econômico
como a reunião das normas que regulam a estrutura (Ordem Econômica) e as relações entre os agentes
econômicos na realização da atividade econômica.
• SINGULARIDADE: O Direito Econômico é particular para cada país, pois dependerá da política econômica
adotada em cada localidade.
• MOBILIDADE OU MUTABILIDADE: A política econômica é dinâmica, por isso o Direito Econômico está
em constante mudanças, a fim de se adequar.
• MALEABILIDADE: O Direito Econômico precisa de mecanismos céleres, em razão das constantes
mudanças.
• FLEXIBILIDADE: O Direito Econômico possui normas abertas, as quais são interpretadas de acordo com
a política econômica do momento.
#DEOLHONANOMENCLATURA: Trade-offs = Em suas escolhas as pessoas podem optar por gastar mais em
alguma coisa, o que impossibilitará a aquisição de uma série de outras. Em razão da impossibilidade de
satisfação de todas as necessidades, bem como da produção de todos os bens, os agentes econômicos que
participam da atividade econômica devem decidir o que produzir e o que consumir, e tal decisão poderá ser
livre, sendo os próprios agentes econômicos (mercado) os principais controladores da oferta de produtos e sua
demanda, ou coordenada por algum ente que centralize todas ou somente parte das decisões econômicas a
serem tomadas.
#ESQUEMINHA
Normatização
Agente
Fiscalização
Normativo Determinante para
e Regulador Incentivo o setor público
Atividades econômicas de
relevante interesse coletivo
As práticas competitivas podem ser consideradas como ilícitas quando houver violação aos seguintes ditames:
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Tutela do
mercado
competitivo
#DEOLHONANOMENCLATURA:
Poder Econômico: A depender do desenvolvimento da atividade econômica, um agente pode adquirir o poder
de intervir na conduta de outros agentes, o que se denomina de poder econômico. O poder se caracteriza como
a possibilidade de um agente econômico impor decisões que influenciam em determinado mercado.
Mercado Relevante: possui importância na verificação do poder econômico e, consequentemente, das possíveis
infrações à ordem econômica. Para a apreciação do mercado relevante, deverão ser levados em consideração o
produto e a dimensão geográfica. Primeiramente, deverá verificar-se o produto e a sua substitutibilidade. Na
esfera territorial, deve-se apurar onde aquele produto ou serviço é vendido ou prestado, determinando-se quais
são as empresas que concorrem com aquele determinado produto, naquele determinado local, em um período
temporal determinado.
#GOLDENTIPS
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ATOS DE CONCENTRAÇÃO
Passaremos agora a analisar justamente a atuação preventiva contra o abuso do poder econômico,
especialmente quanto ao procedimento do controle preventivo de atos de concentração de empresas. Quando
os atos e contratos que possam limitar ou prejudicar a livre concorrência, eles deverão ser submetidos à
apreciação do Cade. A autarquia federal fará um confronto dos efeitos ao mercado resultantes do ato de
concentração, podendo autorizar, ou não, os atos de concentração.
#FALADOUTRINADOR: De acordo com Del Masso3, “Na apreciação do ato é importante que o órgão verifique o
impacto competitivo que o ato de concentração ocasionará; para tanto, é essencial a determinação do mercado
relevante em que as empresas que atua no mesmo mercado considerado. Nesse momento, é oportuna a
medição da concentração do mercado, antes e depois de a concentração realizar-se. Entretanto, os dados de
participação das empresas e da concentração do mercado apenas devem ser considerados como ponto de
partida para a análise do impacto competitivo de um ato de concentração”.
#DEOLHONANOMENCLATURA #APOSTACICLOS
GUN JUMPING: Entende-se por gun jumping a consumação de atos de concentração econômica antes da
decisão final da autoridade antitruste. Tal instituto possui previsão no art. 88, parágrafo primeiro da Lei 12.529
de 2011 que determina exatamente o controle prévio dos atos de concentração. Ademais, o art. 88, §3º desta
Lei obriga as partes a absterem-se de concluir o ato de concentração antes de finalizada a análise prévia do
CADE, sob pena de possível declaração de nulidade da operação, imposição de multa pecuniária em valores que
variam entre R$ 60.000,00 e R$ 60.000.000,00 – a depender da condição econômica dos envolvidos, dolo, má-
fé e do potencial anticompetitivo da operação, entre outros – e a possibilidade de abertura de processo
administrativo contra as partes envolvidas. Assim, devem ser preservadas até a decisão final da operação as
condições de concorrência entre as empresas envolvidas (artigo 88, §4º da LDC). Nessa toada, podem
caracterizar o gun jumping a troca de informações concorrencialmente sensíveis; a definição de cláusulas
contratuais que impliquem uma integração prematura; e a condução de certas atividades que caracterizem a
efetiva consumação de ao menos parte da operação.
ATENÇÃO: O QUE É LENIÊNCIA-PLUS? É o instituto previsto no §7º do art. 86. Pode ocorrer de a empresa ou
pessoa física não ter habilitado a proposta de leniência no curso do inquérito ou processo administrativo, mas
propor, até o julgamento desse processo, outro acordo, relativo a outra infração administrativa, de que o CADE
não tenha conhecimento. Nesse caso, se celebrado o acordo, terá extinta a punibilidade administrativa e
eventualmente a criminal.
#DEOLHONAJURIS
Limites do sigilo nos acordos de leniência
O sigilo nos processos administrativos de acordo de leniência celebrado com o CADE, bem como o dos
documentos que os instruem, no que tange a pretensões privadas de responsabilização civil por danos
decorrentes da eventual formação de cartel, deve ser preservado até a prolação de acórdão pelo Tribunal
Administrativo. O sigilo do acordo de leniência celebrado com o CADE não pode ser oposto ao Poder Judiciário
para fins de acesso aos documentos que instruem o respectivo procedimento administrativo. STJ. 3ª Turma.
3 DEL MASSO, Fabiano. Direito Econômico Esquematizado. 3ª Ed. Rio de Janeiro: Forense, 2015. P. 249.
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REsp 1.554.986-SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 8/3/2016 (Info 580). STJ. 3ª Turma. EDcl no REsp
1554986/SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 20/02/2018.
DIREITO DO CONSUMIDOR
VULNERABILIDADE DO CONSUMIDOR
Sobre a vulnerabilidade que caracteriza o consumidor, aquela possui várias faces, podendo resultar em várias
espécies:
#SAINDODOFORNO #ATENÇÃOMÁXIMA:
STJ entendeu ser taxativo, em regra, o rol de procedimentos e eventos estabelecido pela Agência
Nacional de Saúde (ANS), definindo as seguintes teses:
1. O rol de procedimentos e eventos em saúde suplementar é, em regra, taxativo;
2. A operadora de plano ou seguro de saúde não é obrigada a arcar com tratamento não constante do
rol da ANS se existe, para a cura do paciente, outro procedimento eficaz, efetivo e seguro já incorporado
ao rol;
3. É possível a contratação de cobertura ampliada ou a negociação de aditivo contratual para a
cobertura de procedimento extra rol;
4. Não havendo substituto terapêutico ou esgotados os procedimentos do rol da ANS, pode haver, a
título excepcional, a cobertura do tratamento indicado pelo médico ou odontólogo assistente, desde
que (i) não tenha sido indeferido expressamente, pela ANS, a incorporação do procedimento ao rol da
saúde suplementar; (ii) haja comprovação da eficácia do tratamento à luz da medicina baseada em
evidências; (iii) haja recomendações de órgãos técnicos de renome nacionais (como Conitec e Natjus) e
estrangeiros; e (iv) seja realizado, quando possível, o diálogo interinstitucional do magistrado com entes
ou pessoas com expertise técnica na área da saúde, incluída a Comissão de Atualização do Rol de
Procedimentos e Eventos em Saúde Suplementar, sem deslocamento da competência do julgamento do
feito para a Justiça Federal, ante a ilegitimidade passiva ad causam da ANS.
#NOVIDADELEGISLATIVA Contudo, em 21/09/2022, foi publicada a Lei nº 14.454/22, que superou o
entendimento do STJ, em verdadeiro BACKLASH. Vamos dar uma olhada na lei:
Art. 1º Esta Lei altera a Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998, que dispõe sobre os planos privados de
assistência à saúde, para estabelecer critérios que permitam a cobertura de exames ou tratamentos de
saúde que não estão incluídos no rol de procedimentos e eventos em saúde suplementar.
Art. 2º A Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998, passa a vigorar com as seguintes alterações:
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“Art. 1º Submetem-se às disposições desta Lei as pessoas jurídicas de direito privado que operam planos
de assistência à saúde, sem prejuízo do cumprimento da legislação específica que rege a sua atividade
e, simultaneamente, das disposições da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 (Código de Defesa do
Consumidor), adotando-se, para fins de aplicação das normas aqui estabelecidas, as seguintes
definições:...........................................................................................................” (NR)
“Art. 10. .............................................................................................................................
§ 4º A amplitude das coberturas no âmbito da saúde suplementar, inclusive de transplantes e de
procedimentos de alta complexidade, será estabelecida em norma editada pela ANS, que publicará rol
de procedimentos e eventos em saúde suplementar, atualizado a cada
incorporação......................................................................................................................
§ 12. O rol de procedimentos e eventos em saúde suplementar, atualizado pela ANS a cada nova
incorporação, constitui a referência básica para os planos privados de assistência à saúde contratados a
partir de 1º de janeiro de 1999 e para os contratos adaptados a esta Lei e fixa as diretrizes de atenção à
saúde.
§ 13. Em caso de tratamento ou procedimento prescrito por médico ou odontólogo assistente que não
estejam previstos no rol referido no § 12 deste artigo, a cobertura deverá ser autorizada pela operadora
de planos de assistência à saúde, desde que:
I -exista comprovação da eficácia, à luz das ciências da saúde, baseada em evidências científicas e plano
terapêutico; ou
II -existam recomendações pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único
de Saúde (Conitec), ou exista recomendação de, no mínimo, 1 (um) órgão de avaliação de tecnologias
em saúde que tenha renome internacional, desde que sejam aprovadas também para seus nacionais.”
(NR)
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
DIREITO CIVIL
#SEMPRECAI:
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e
irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.
ATENÇÃO #NOVIDADELEGISLATIVA
ALTERAÇÃO NA LEI DE REGISTROS PÚBLICOS:
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Art. 57. A alteração posterior de sobrenomes poderá ser requerida pessoalmente perante o oficial de registro
civil, com a apresentação de certidões e de documentos necessários, e será averbada nos assentos de
nascimento e casamento, independentemente de autorização judicial, a fim de: (Redação dada pela Lei nº
14.382, de 2022) I - inclusão de sobrenomes familiares; (Incluído pela Lei nº 14.382, de 2022) II - inclusão ou
exclusão de sobrenome do cônjuge, na constância do casamento; (Incluído pela Lei nº 14.382, de 2022) III -
exclusão de sobrenome do ex-cônjuge, após a dissolução da sociedade conjugal, por qualquer de suas causas;
(Incluído pela Lei nº 14.382, de 2022) IV - inclusão e exclusão de sobrenomes em razão de alteração das relações
de filiação, inclusive para os descendentes, cônjuge ou companheiro da pessoa que teve seu estado alterado.
(Incluído pela Lei nº 14.382, de 2022)
§ 1º Poderá, também, ser averbado, nos mesmos termos, o nome abreviado, usado como firma comercial
registrada ou em qualquer atividade profissional. (Incluído pela Lei nº 6.216, de 1975).
§ 2º Os conviventes em união estável devidamente registrada no registro civil de pessoas naturais poderão
requerer a inclusão de sobrenome de seu companheiro, a qualquer tempo, bem como alterar seus sobrenomes
nas mesmas hipóteses previstas para as pessoas casadas. (Redação dada pela Lei nº 14.382, de 2022) § 3º
(Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.382, de 2022)
§ 3º-A O retorno ao nome de solteiro ou de solteira do companheiro ou da companheira será realizado por meio
da averbação da extinção de união estável em seu registro. (Incluído pela Lei nº 14.382, de 2022) § 4º
(Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.382, de 2022) § 5º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.382, de
2022) § 6º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.382, de 2022)
§ 7o Quando a alteração de nome for concedida em razão de fundada coação ou ameaça decorrente de
colaboração com a apuração de crime, o juiz competente determinará que haja a averbação no registro de
origem de menção da existência de sentença concessiva da alteração, sem a averbação do nome alterado, que
somente poderá ser procedida mediante determinação posterior, que levará em consideração a cessação da
coação ou ameaça que deu causa à alteração. (Incluído pela Lei nº 9.807, de 1999)
§ 8º O enteado ou a enteada, se houver motivo justificável, poderá requerer ao oficial de registro civil que, nos
registros de nascimento e de casamento, seja averbado o nome de família de seu padrasto ou de sua madrasta,
desde que haja expressa concordância destes, sem prejuízo de seus sobrenomes de família. (Redação dada pela
Lei nº 14.382, de 2022)
#NOVIDADELEGISLATIVA Art. 56. A pessoa registrada poderá, após ter atingido a maioridade civil, requerer
pessoalmente e imotivadamente a alteração de seu prenome, independentemente de decisão judicial, e a
alteração será averbada e publicada em meio eletrônico. (Redação dada pela Lei nº 14.382, de 2022)
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Pessoas jurídicas são uma ficção, Pessoas jurídicas têm existência De acordo com doutrina
uma abstração, uma invenção que social, que são organismos majoritária: o Código Civil de 2002
só tem existência no âmbito das autônomos reais com atuação adotou essa teoria.
ideias, mas não existente própria no meio social. reconhecendo a atuação social da
socialmente. pessoa jurídica, sendo que sua
personalidade é originária de uma
técnica jurídica.
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
#ATENÇÃO #NOVIDADELEGISLATIVA
Art. 206-A. A prescrição intercorrente observará o mesmo prazo de prescrição da pretensão, observadas as
causas de impedimento, de suspensão e de interrupção da prescrição previstas neste Código e observado o
disposto no art. 921 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 - Código de Processo Civil. (Redação dada
pela Lei nº 14.382, de 2022)
#IMPORTANTE
#SAINDODOFORNO: A interrupção da prescrição ocorre somente uma única vez para a mesma relação jurídica,
isto é, independentemente de seu fundamento. Em suma: não é possível a interrupção do prazo prescricional
em razão do ajuizamento de ação declaratória de inexigibilidade dos débitos pelo devedor quando já tiver havido
anterior interrupção do prazo prescricional pelo protesto das duplicatas. STJ. 3ª Turma. REsp 1963067-MS, Rel.
Min. Nancy Andrighi, julgado em 22/02/2022 (Info 727).
USUCAPIÃO
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USUCAPIÃO - NÃO SÃO EXIGIDOS O JUSTO TÍTULO E A BOA-FÉ. - Imóvel rural até 50 hectares
CONSTITUCIONAL - Posse ad usucapionem por 5 anos - Utilização do imóvel para subsistência ou
ESPECIAL RURAL trabalho pelo possuidor ou sua família (moradia) - Não pode ser proprietário de
(USUCAPIÃO AGRÁRIA outro imóvel rural ou urbano
OU PRO LABORE) ART.
191, CAPUT CF, ART. 1239
CC
USUCAPIÃO - Urbana individual - Área urbana não superior a 250m². - Posse ad usucapionem
CONSTITUCIONAL OU por 5 anos - Imóvel destinado para moradia do possuidor ou de sua família -
ESPECIAL URBANA Não pode ser proprietário de outro imóvel urbano ou rural. - Só pode ser
(URBANA INDIVIDUAL OU reconhecido uma vez (é requisito apenas da usucapião urbana)
PRO MISERO) ART. 183
CF, ART. 1240 CC E ART.
9º ESTATUTO DA CIDADE.
- É na vara cível e não na de família. - Posse ad usucapionem por 2 anos - Posse
direta. Enunciado 502 – não necessariamente é a posse direita do art. 1197.
Para dar compatibilidade ao fato do artigo permitir a moradia da família. -
USUCAPIÃO ESPECIAL
Imóvel urbano até 250m². - Imóvel em copropriedade ou em condomínio com
URBANA POR
o cônjuge ou companheiro. Obs. qualquer forma de família. Enunciado 500 da
ABANDONO DO LAR ART.
JDC. - Abandono do lar. Obs.: basta ser separação de fato. - Utilizar para
1240-A, CC
moradia ou de sua família (crítica – exige posse direita e fala que pode ser
família) - Não pode ser proprietário de imóvel urbano ou rural - Somente uma
vez
- Área urbana – área total dividida pelo número de possuidores seja inferior a
250m² por possuidor - Posse ad usucapionem por 5 anos - Núcleos urbanos
USUCAPIÃO ESPECIAL informais - Moradia - Não pode ser proprietário de outro imóvel urbano ou
URBANA COLETIVA ART. rural. - Não exige justo título e boa fé. - Rito sumário
10 DO ESTATUTO DA A nova redação legal não exige que os possuidores sejam de baixa renda e que
CIDADE não seja possível a identificação da área de cada possuidor.
O §1º do art. 10 do Estatuto permite expressamente a accessio possessionis
para essa modalidade de usucapião.
O proprietário pode ser privado da coisa se: - um considerável número de
pessoas - estiver por mais de 5 anos - na posse ininterrupta e de boa-fé - de
extensa área - e nela houverem realizado, em conjunto ou separadamente,
obras e serviços considerados pelo juiz de interesse social e econômico
relevante. Neste caso, o juiz fixará a justa indenização devida ao proprietário;
RURAL COLETIVA (art.
pago o preço, valerá a sentença como título para o registro do imóvel em nome
1.228, §§ e 4º e 5º do CC)
dos possuidores. Alguns doutrinadores, especialmente civilistas, afirmam que
esse instituto tem natureza jurídica de “usucapião”. Outros autores, no
entanto, sustentam que se trata de uma hipótese de “desapropriação”,
considerando a posição topográfica (o § 3º do art. 1.228 está tratando sobre
desapropriação) e o fato de se exigir pagamento de indenização.
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#NOVIDADELEGISLATIVA
Art. 1.353. Em segunda convocação, a assembleia poderá deliberar por maioria dos votos dos presentes, salvo
quando exigido quorum especial.
§ 1º Quando a deliberação exigir quórum especial previsto em lei ou em convenção e ele não for atingido, a
assembleia poderá, por decisão da maioria dos presentes, autorizar o presidente a converter a reunião em sessão
permanente, desde que cumulativamente: (Incluído pela Lei nº 14.309, de 2022)
I - sejam indicadas a data e a hora da sessão em seguimento, que não poderá ultrapassar 60 (sessenta) dias, e
identificadas as deliberações pretendidas, em razão do quórum especial não atingido; (Incluído pela Lei nº
14.309, de 2022)
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Art. 1.354. A assembleia não poderá deliberar se todos os condôminos não forem convocados para a reunião.
Art. 1.354-A. A convocação, a realização e a deliberação de quaisquer modalidades de assembleia poderão dar-
se de forma eletrônica, desde que: (Incluído pela Lei nº 14.309, de 2022)
I - tal possibilidade não seja vedada na convenção de condomínio; (Incluído pela Lei nº 14.309, de 2022)
II - sejam preservados aos condôminos os direitos de voz, de debate e de voto. (Incluído pela Lei nº 14.309, de
2022)
§ 1º Do instrumento de convocação deverá constar que a assembleia será realizada por meio eletrônico, bem
como as instruções sobre acesso, manifestação e forma de coleta de votos dos condôminos. (Incluído pela Lei
nº 14.309, de 2022)
§ 2º A administração do condomínio não poderá ser responsabilizada por problemas decorrentes dos
equipamentos de informática ou da conexão à internet dos condôminos ou de seus representantes nem por
quaisquer outras situações que não estejam sob o seu controle. (Incluído pela Lei nº 14.309, de 2022)
§ 3º Somente após a somatória de todos os votos e a sua divulgação será lavrada a respectiva ata, também
eletrônica, e encerrada a assembleia geral. (Incluído pela Lei nº 14.309, de 2022)
§ 4º A assembleia eletrônica deverá obedecer aos preceitos de instalação, de funcionamento e de encerramento
previstos no edital de convocação e poderá ser realizada de forma híbrida, com a presença física e virtual de
condôminos concomitantemente no mesmo ato. (Incluído pela Lei nº 14.309, de 2022)
§ 5º Normas complementares relativas às assembleias eletrônicas poderão ser previstas no regimento interno
do condomínio e definidas mediante aprovação da maioria simples dos presentes em assembleia convocada para
essa finalidade. (Incluído pela Lei nº 14.309, de 2022)
§ 6º Os documentos pertinentes à ordem do dia poderão ser disponibilizados de forma física ou eletrônica aos
participantes. (Incluído pela Lei nº 14.309, de 2022)
#POLÊMICA #VAIQUECAI?
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Art. 19-A. A gestante ou mãe que manifeste interesse em entregar seu filho para adoção, antes ou logo após o
nascimento, será encaminhada à Justiça da Infância e da Juventude. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
§ 1 o A gestante ou mãe será ouvida pela equipe interprofissional da Justiça da Infância e da Juventude, que
apresentará relatório à autoridade judiciária, considerando inclusive os eventuais efeitos do estado gestacional
e puerperal. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
§ 2 o De posse do relatório, a autoridade judiciária poderá determinar o encaminhamento da gestante ou mãe,
mediante sua expressa concordância, à rede pública de saúde e assistência social para atendimento
especializado. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
§ 3 o A busca à família extensa, conforme definida nos termos do parágrafo único do art. 25 desta Lei, respeitará
o prazo máximo de 90 (noventa) dias, prorrogável por igual período. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
§ 4 o Na hipótese de não haver a indicação do genitor e de não existir outro representante da família extensa
apto a receber a guarda, a autoridade judiciária competente deverá decretar a extinção do poder familiar e
determinar a colocação da criança sob a guarda provisória de quem estiver habilitado a adotá-la ou de entidade
que desenvolva programa de acolhimento familiar ou institucional. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
§ 5 o Após o nascimento da criança, a vontade da mãe ou de ambos os genitores, se houver pai registral ou pai
indicado, deve ser manifestada na audiência a que se refere o § 1 o do art. 166 desta Lei, garantido o sigilo sobre
a entrega. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
§ 6º Na hipótese de não comparecerem à audiência nem o genitor nem representante da família extensa para
confirmar a intenção de exercer o poder familiar ou a guarda, a autoridade judiciária suspenderá o poder familiar
da mãe, e a criança será colocada sob a guarda provisória de quem esteja habilitado a adotá-la. (Incluído pela
Lei nº 13.509, de 2017)
§ 7 o Os detentores da guarda possuem o prazo de 15 (quinze) dias para propor a ação de adoção, contado do
dia seguinte à data do término do estágio de convivência. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
§ 8 o Na hipótese de desistência pelos genitores - manifestada em audiência ou perante a equipe
interprofissional - da entrega da criança após o nascimento, a criança será mantida com os genitores, e será
determinado pela Justiça da Infância e da Juventude o acompanhamento familiar pelo prazo de 180 (cento e
oitenta) dias. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
§ 9 o É garantido à mãe o direito ao sigilo sobre o nascimento, respeitado o disposto no art. 48 desta Lei. (Incluído
pela Lei nº 13.509, de 2017)
§ 10. Serão cadastrados para adoção recém-nascidos e crianças acolhidas não procuradas por suas famílias no
prazo de 30 (trinta) dias, contado a partir do dia do acolhimento. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
Contratos inteligentes são negócios jurídicos celebrados em forma de codificação digital dotados de
autoexecutoriedade e normalmente hospedados em blockchain.
O contrato inteligente com tecnologia blockchain é uma programação autoexecutável que não admite
interrupção, reversão, violação, cessação, suspensão ou parada.
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Ciclos Método
blockchain somente depois de ter sido validada usando um protocolo de consenso, o que garante que é a única
versão da verdade. Cada registro é, também, criptografado para fornecer uma camada extra de segurança. Diz-
se que o blockchain é "imutável" porque os registros não podem ser alterados e transparente porque todos os
participantes de uma negociação têm acesso à mesma versão da verdade4.
De forma resumida, as suas principais características são a (a) forma puramente eletrônica, (b) elevada certeza,
(c) natureza condicional das operações, (d) inviolabilidade e (e) a autoexecutoriedade, com a consequente
dispensa de intermediários para a sua garantia ou cumprimento5.
Contudo, os artefatos tecnológicos não são neutros e podem refletir as escolhas e visões de seus
desenvolvedores, ainda que de maneira não intencional. Desta forma, como seria possível prever ou direcionar
os efeitos de uma tecnologia que independe de ações das partes para sua efetiva execução?
Outro parâmetro preocupante, refere-se à compatibilização da blockchain e a proteção de dados pessoais, pois
ainda que exista objetivos comuns entre elas, no sentido de devolver aos indivíduos a propriedade e gestão
sobre os seus dados e de assegurar modos transparentes de operação; a tecnologia é projetada para ser
imutável, ou seja, não há possibilidade que seus registros sejam eliminados ou retificados, não se apaga uma
informação registrada anteriormente, é possível apenas anexar uma nova.6
#SAINDODOFORNO
A determinação para que os provedores de busca na internet procedam a desvinculação do nome de
determinada pessoa, sem qualquer outro termo empregado, com fato desabonador a seu respeito dos
resultados de pesquisa não se confunde com o direito ao esquecimento, objeto da tese de repercussão geral
786/STF. Processo em segredo judicial, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, Terceira Turma, por maioria, julgado
em 21/06/2022, DJe 30/06/2022.
#ATENÇÃO:
4
https://www.tecmundo.com.br/software/176575-contratos-inteligentes-blockchain.htm
5
As características apresentadas são próximas daquelas sistematizadas por Savelyev (cf. SAVELYEV, Alexander. Contract
law 2.0: ‘Smart’ contracts as the beginning of the end of classic contract law. Information & Communications Technology
Law, 26, 2017, p. 124-128).
6
https://www.conjur.com.br/2022-abr-14/gabriela-alcantara-blockchain-contratos-inteligentes
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Ciclos Método
Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será
proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
§ 1º A eleição de foro só produz efeito quando constar de instrumento escrito e aludir expressamente a
determinado negócio jurídico.
§ 2º O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes.
§ 3º Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz,
que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.
§ 4º Citado, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição de foro na contestação, sob pena de
preclusão.
#ATENÇÃO #MUDANÇADEENTENDIMENTO O STF conferia interpretação restritiva ao art. 102, I, “r”, da CF/88
e afirmava que ele (STF) somente seria competente para julgar as ações em que o próprio CNJ ou CNMP
figurassem no polo passivo. Seria o caso de mandados de segurança, habeas corpus e habeas data contra os
Conselhos. No caso de serem propostas ações ordinárias para impugnar atos do CNJ e CNMP, a competência
seria da Justiça Federal de 1ª instância, com base no art. 109, I, da CF/88. Houve, no entanto, mudança de
entendimento. O que prevalece agora é o seguinte: Nos termos do artigo 102, inciso I, alínea ‘r’, da Constituição
Federal, é competência exclusiva do Supremo Tribunal Federal processar e julgar originariamente todas as
decisões do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público proferidas nos exercício
de suas competências constitucionais respectivamente previstas nos artigos 103-B, parágrafo 4º, e 130-A,
parágrafo 2º, da Constituição Federal. (STF. Plenário. ADI 4412, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em
18/11/2020.)
#NÃOCONFUNDA
TUTELA ANTECIPADA TUTELA CAUTELAR
Só no processo de conhecimento. Qualquer processo (conhecimento e
execução/cumprimento de sentença)
É satisfativa - gera satisfação fática antes do fim do É garantidora ou assecuratória: visa garantir a
processo - permitindo à parte usufruir de efeitos utilidade ou a efetividade do processo.
práticos do provável provimento final.
Exige risco de dano à parte. Exige risco de dano ao processo (efetividade ou
utilidade)
É medida de apoio à parte. É medida de apoio ao processo
Segundo a doutrina, baseada em interpretação Poder geral de cautela: no processo o juiz pode/deve
sistemática, exige requerimento da parte, ou seja, determinar qualquer medida para garantir a utilidade
não pode ser concedida de ofício. do processo.
Pressuposto específico: exige-se a reversibilidade Em decorrência do poder geral de cautela, pode ser
fática da medida – não pode ser irreversível – é a concedida de ofício e admite-se medidas cautelares
possibilidade de voltar as partes ao Estado anterior atípicas. Obs.: o poder geral de cautela do juiz era
(art. 300, §3º, do CPC/151). Esse requisito pode ser melhor regrado no CPC/1973, mas, a rigor, nem
superado com base no princípio da precisa de regramento porque decorre do próprio
proporcionalidade quando a medida é irreversível e o poder-dever de prestar jurisdição. No CPC/15 a
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dano que se pretende evitar também o é. Exemplo: doutrina aponta o art. 297, caput para se referir ao
cirurgia versus risco de morte. poder geral de cautela do juiz, embora o dispositivo
apenas trate da “efetivação da tutela provisória”.
O CPC/2015 inovou na ordem jurídica ao trazer, além das hipóteses até então previstas no CPC/1973, a
possibilidade de concessão de tutela antecipada requerida em caráter antecedente, a teor do que dispõe o seu
art. 303. Uma das grandes novidades trazidas pelo novo CPC a respeito do tema é a possibilidade de estabilização
da tutela antecipada requerida em caráter antecedente, instituto inspirado no référé do Direito francês, que
serve para abarcar aquelas situações em que ambas as partes se contentam com a simples tutela antecipada,
não havendo necessidade, portanto, de se prosseguir com o processo até uma decisão final (sentença), nos
termos do que estabelece o art. 304, §§ 1º a 6º, do CPC/2015. Assim, segundo o art. 304, não havendo recurso
contra a decisão que deferiu a tutela antecipada requerida em caráter antecedente, a referida decisão será
estabilizada e o processo será extinto, sem resolução de mérito. No prazo de 2 anos, porém, contado da ciência
da decisão que extinguiu o processo, as partes poderão pleitear, perante o mesmo Juízo que proferiu a decisão,
a revisão, reforma ou invalidação da tutela antecipada estabilizada, devendo se valer de ação autônoma para
esse fim.
Divergência: Como interpretar a palavra “recurso” prevista no art. 304 do CPC? Em outras palavras, a mera
contestação é suficiente para impedir a estabilização?
Para a 3ª Turma do STJ: SIM. A leitura que deve ser feita do dispositivo legal, tomando como base uma
interpretação sistemática e teleológica do instituto, é que a estabilização somente ocorrerá se não houver
qualquer tipo de impugnação pela parte contrária, sob pena de se estimular a interposição de agravos de
instrumento, sobrecarregando desnecessariamente os Tribunais, além do ajuizamento da ação autônoma,
prevista no art. 304, § 2º, do CPC/2015, a fim de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada.
No caso concreto analisado pelo STJ, a empresa ré não interpôs agravo de instrumento contra a decisão que
deferiu o pedido de antecipação dos efeitos da tutela requerida em caráter antecedente, mas apresentou
contestação, na qual pleiteou, inclusive, a revogação da tutela provisória concedida. Diante disso, o Tribunal
considerou que não houve a estabilização da tutela antecipada, devendo, por isso, o feito prosseguir
normalmente até a prolação da sentença. A ideia central do instituto é que, após a concessão da tutela
antecipada em caráter antecedente, nem o autor nem o réu tenham interesse no prosseguimento do feito, isto
é, não queiram uma decisão com cognição exauriente do Poder Judiciário, apta a produzir coisa julgada material.
Por essa razão, é que, apesar de o caput do art. 304 do CPC/2015 falar em “recurso”, a leitura que deve ser feita
do dispositivo legal, tomando como base uma interpretação sistemática e teleológica do instituto, é que a
estabilização somente ocorrerá se não houver qualquer tipo de impugnação pela parte contrária. Logo, a
interpretação da palavra “recurso” deve ser de maneira sistemática e teleológica, de modo que há requisitos
cumulativos para o cabimento da estabilização da tutela deferida em caráter antecedente: i) a não interposição
de agravo de instrumento; e ii) a não apresentação de contestação. STJ. 3ª Turma. REsp 1760966-SP, Rel. Min.
Marco Aurélio Bellizze, julgado em 04/12/2018 (Info 639).
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Para a 1ª Turma do STJ: NÃO. A não utilização da via própria – agravo de instrumento – para a impugnação da
decisão mediante a qual deferida a antecipação da tutela em caráter antecedente, tornaria preclusa a
possibilidade de revisão, excepcionando a utilização da ação autônoma prevista no art. 304, § 2º, do CPC/2015.
Desconsiderou-se o argumento de que a estabilidade apenas seria alcançada caso não houvesse nenhuma
resistência (ex: apresentação de contestação), pois caracterizaria o alargamento da hipótese prevista na lei,
podendo acarretar um esvaziamento do instituto da estabilização e a inobservância da preclusão. Isso porque,
embora a apresentação de contestação tenha o condão de demonstrar a resistência em relação à tutela
exauriente (mérito do processo principal), tal ato processual não se revelaria capaz de evitar que a decisão
proferida em cognição sumária seja alcançada pela preclusão, considerando que os meios de defesa da parte ré
estão arrolados na lei, cada qual com sua finalidade específica, não se revelando coerente a utilização de meio
processual diverso para evitar a estabilização, porque os institutos envolvidos – agravo de instrumento e
contestação – são inconfundíveis. Ademais, a interpretação ampliada da palavra “recurso” caracterizaria
indevida extrapolação da função jurisdicional, já que durante a tramitação legislativa do Novo CPC, houve
modificação de uma impugnação mais genérica por um termo mais restritivo. Assim, deve-se fazer uma
interpretação restritiva da palavra “recurso”, não podendo a mera contestação impedir os efeitos da
estabilização. STJ. 1ª Turma. REsp 1797365-RS, Red. acórdão Min(a). Regina Helena Costa, julgado em
03/10/2019 (Info 658).
AÇÕES POSSESSÓRIAS
Art. 554. A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz conheça do pedido e
outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos pressupostos estejam provados.
§ 1º No caso de ação possessória em que figure no polo passivo grande número de pessoas, serão feitas a citação
pessoal dos ocupantes que forem encontrados no local e a citação por edital dos demais, determinando-se,
ainda, a intimação do Ministério Público e, se envolver pessoas em situação de hipossuficiência econômica, da
Defensoria Pública.
§ 2º Para fim da citação pessoal prevista no § 1º, o oficial de justiça procurará os ocupantes no local por uma
vez, citando-se por edital os que não forem encontrados.
§ 3º O juiz deverá determinar que se dê ampla publicidade da existência da ação prevista no § 1º e dos
respectivos prazos processuais, podendo, para tanto, valer-se de anúncios em jornal ou rádio locais, da
publicação de cartazes na região do conflito e de outros meios.
AÇÃO DE Deverá ser proposta pela pessoa que sofreu um esbulho, ou seja, perdeu a posse.
REINTEGRAÇÃO DE
POSSE
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AÇÃO DE Proposta quando a pessoa está sofrendo uma turbação, isto é, quando estão sendo
MANUTENÇÃO DE praticados contra ela atos materiais concretos de agressão à posse, sem que ela
POSSE tenha sido ainda desapossada integralmente.
INTERDITO Ajuizada quando a pessoa estiver sofrendo ameaças de efetiva ofensa à posse, sem
PROIBITÓRIO que tenha havido, contudo, um ato material concreto.
NOMENCLATURAS IMPORTANTES:
SÚMULA → É o enunciado normativo (texto) da ratio decidendi (norma geral) de uma jurisprudência dominante,
que é a reiteração de um precedente.
JURISPRUDÊNCIA → É a reiteração dos precedentes. Há casos, no Brasil, em que precedentes possuem eficácia
normativa, mesmo que não tenham gerado jurisprudência.
STARE DECISIS → Tratar os casos iguais de forma igual (treat like cases alike)
PRECEDENTES → Os precedentes não são equivalentes às decisões judiciais. São as razões generalizáveis, que
podem ser identificados a partir das decisões judiciais. Têm como matéria-prima a decisão. O precedente
trabalha essencialmente sobre fatos jurídicos relevantes que compõem o caso examinado pela jurisdição. São
sempre obrigatórios e vinculantes e emanam apenas das Cortes Supremas. Os precedentes não são apenas
formais e quantitativos, são também materiais e qualitativos. Os artigos 926 e seguintes, do NCPC fornecem
apenas pistas – algumas delas falsas – a respeito de como os precedentes devem ser tratados dentro da ordem
jurídica. Por exemplo, acaso um julgamento de recursos repetitivos não contenha razões determinantes e
suficientes claramente identificáveis, não formará precedente, nada obstante oriundo da forma indicada pelo
novo Código.
RATIO DECIDENDI → É o próprio precedente, constituindo uma generalização das razões adotadas como passos
necessários e suficientes para decidir um caso ou as questões de um caso pelo juiz. A ratio é uma razão
necessária e suficiente para resolver uma questão relevante constante no caso.
OBTER DICTUM → Algo dito de passagem. É aquilo que é dito durante um julgamento ou consta em uma decisão
sem referência ao caso ou que concerne ao caso, mas não constitui proposição.
OVERRULING → Técnica usada quando um precedente perde sua força e é substituído por outro. Essa
substituição pode ser expressa (express overruling) ou tácita (implied overruling). A forma tácita, todavia, não é
admitida no Brasil, vez que o NCPC exige fundamentação adequada e específica para a superação de uma
determinada orientação jurisprudencial (art. 927, §4º, NCPC).
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AGRAVO INTERNO
#DEOLHONAJURIS: Nos termos do art. 1.030, § 2º, do Código de Processo Civil, contra a decisão que nega
seguimento ao recurso extraordinário, observando a sistemática da repercussão geral, cabe agravo interno e
não agravo em recurso extraordinário para o Supremo Tribunal Federal. Assim, pacificou-se nos Tribunais
Superiores o entendimento de que a interposição do recurso incorreto contra a decisão que nega seguimento
ao recurso extraordinário configura erro grosseiro, impedindo a aplicação do princípio da fungibilidade. STJ.
Corte Especial. ARE-RE-EDcl-AgInt-AREsp 939.065/RS, Rel. Min. Jorge Mussi, DJE 18/12/2020. STF. 1ª Turma. HC
154737/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 29/06/2020.
#ATENÇÃO:
É vedado, em embargos de declaração, ampliar as questões veiculadas no recurso para incluir teses que não
foram anteriormente suscitadas, ainda que se trate de matéria de ordem pública, por configurar inovação
recursal e revelar falta de prequestionamento, pois o cabimento dessa espécie recursal restringe-se às hipóteses
em que existe vício no julgado. STJ. 5 Turma. AgRg no AREsp n. 2.075.781/SP, Rel. Ministro Ribeiro Dantas, DJe
de 16/5/2022. #SAINDODOFORNO
A coisa julgada na ação coletiva possui uma série de especificidades em relação à coisa julgada que se forma nas
ações individuais.
D. INDIVIDUAIS
SENTENÇA DIREITOS DIFUSOS DIREITOS COLETIVOS
HOMOGÊNEOS
Coisa Julgada erga omnes. Coisa Julgada Ultra Impede Nova Ação
Impede nova Ação Partes. Coletiva.
IMPROCEDENTE
Coletiva. Impede nova Ação Lesado pode propor ação
Admite ação individual Coletiva individual se não
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Com referência no modelo processual da common law, autores como Sérgio Arenhart, Hermes Zaneti Jr., Fredie
Didier Jr. e Edilson Vitorelli destacam a reconfiguração do Judiciário na resolução de conflitos coletivos, com
uma atuação voltada a um modelo mais participativo e resolutivo. Cuida-se do modelo experimentalista de
reparação, pelo que o juiz deixa de lado sua centralidade no processo, desenvolvendo um programa de
resolução do conflito (aproximação com o processo de falência), com decisões mais flexíveis e provisórias,
abrindo espaço para audiências públicas e amicus curiae (arts. 138, 927, 983, 1.038 do NCPC).
As chamadas decisões estruturais ou estruturantes são medidas judiciais voltadas para a tutela específica da
obrigação, aplicada sobretudo nos casos em que se busca:
a) implantar uma reforma estrutural em uma instituição ou órgão, de modo a concretizar direitos
fundamentais;
b) realizar uma política pública;
c) resolver litígios coletivos complexos (com diversos interesses sociais, todos dignos de tutela – litígios de
difusão irradiada).
O processo estrutural é um processo coletivo no qual se pretende, pela atuação jurisdicional, a reorganização
de uma estrutura burocrática, pública ou privada, que causa, fomenta ou viabiliza a ocorrência de uma violação
pelo modo como funciona, originando um litígio estrutural.
d) a avaliação dos resultados da implementação, de forma a garantir o resultado social pretendido no início
do processo, que é a correção da violação e a obtenção de condições que impeçam sua reiteração futura;
e) a reelaboração do plano, a partir dos resultados avaliados, no intuito de abordar aspectos inicialmente
não percebidos ou minorar efeitos colaterais imprevistos; e,
f) a implementação do plano revisto, que reinicia o ciclo, o qual se perpetua indefinidamente, até que o
litígio seja solucionado, com a obtenção do resultado social desejado, que é a reorganização da
estrutura. (VITORELLI, Edilson. Levando os conceitos a sério: processo estrutural, processo coletivo,
processo estratégico e suas diferenças. Revista de Processo: RePro, ano 43, vol. 284, São Paulo: Revista
dos Tribunais, out. 2018, p. 348).
DIREITO PENAL
Art. 5º, II, C.F. – “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa
senão em virtude de lei;”
Art. 5º, XXXIX, C.F. – “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem
prévia cominação legal;”
PRINCÍPIO DA Art. 1º, C.P. - “Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia
LEGALIDADE cominação legal.”
DESDOBRAMENTOS DO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE:
a) não há crime ou pena sem lei (MP não pode criar crime, nem cominar pena)
b) não há crime ou pena sem lei anterior (princípio da anterioridade)
c) não há crime ou pena sem lei escrita (proíbe costume incriminador)
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d) não há crime ou pena sem lei estrita (proíbe-se a utilização da analogia para criar
tipo incriminador - analogia in malam partem).
e) não há crime ou pena sem lei certa (Princípio da Taxatividade ou da
determinação; Proibição de criação de tipos penais vagos e indeterminados)
f) não há crime ou pena sem lei necessária (desdobramento lógico do princípio da
intervenção mínima)
#GOLDENTIPS7 O art. 1º do CP afirma que não há crime ou pena sem lei anterior.
Perceba que não há referência às contravenções penais ou às medidas de
segurança. Por conta disso, será que as contravenções penais e as medidas de
segurança não estão asseguradas pelo princípio da legalidade (leia-se: reserva legal
+ anterioridade)? De fato, medida de segurança não está assegurada expressamente
pelo princípio da legalidade, mas não é o entendimento que prevalece. Quando o
art. 1º do CP dispõe que não há crime sem lei anterior, leia-se crime e contravenção
sem lei anterior; quando diz que não há pena sem prévia cominação, leia-se pena
ou medida de segurança sem prévia cominação legal. Portanto, medida de
segurança está sim assegurada pelo princípio da legalidade (reserva legal +
anterioridade). Por isso que o art. 3º do Código Penal Militar não foi recepcionado,
em parte, pela CF/88. O art. 3º do CPM atrelou medida de segurança à lei, mas não
atrelou a anterioridade, mas não o fez.
Direito penal de emergência: é o direito penal criado a partir de uma situação atípica. O legislador cria normas
de repressão porque há uma anormalidade social que exige uma resposta legal extraordinária.
7
As #GOLDENTIPS foram inseridas pelo Setor de Revisão.
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Busca-se, com a produção legislativa, devolver ao seio da sociedade uma sensação de tranquilidade. A criação
de norma que recrudesce o tratamento já existente é legislação de emergência. Todavia, vale ressaltar que o
direito penal de emergência é campo fértil para um direito penal meramente simbólico.
Direito penal simbólico: é o direito penal que vai ao encontro dos anseios populares, pois o legislador atua
pensando na opinião pública para devolver à sociedade uma ilusória sensação de tranquilidade. Não se tem a
norma cumprindo sua função (prevenção de crimes exercida pela lei - função inibitória), razão pela qual o direito
penal será apenas simbólico.
O Eficientismo (ou direito penal máximo) está incluso em um grande grupo denominado "políticas criminais
autoritárias", antigarantistas, assim denominadas por desvalorizarem, em maior ou menor intensidade, o
princípio da legalidade estrita ou um de seus corolários. Essa política busca dar uma eficácia absoluta ao Direito
Penal, sendo que a certeza que ela pretende obter reside em que nenhum culpado fique impune. Fruto de uma
orientação criminológica positivista, pleiteia a máxima efetividade do controle social, sendo máxima, também,
a imunidade a comportamentos ilícitos, mas que são funcionais para o sistema. Este modelo, de índole
autoritária, possui como elementos:
a) substancialismo penal – parte de uma concepção ontológica de crime, desvalorizando o valor do princípio da
legalidade pela intromissão de conceitos morais e pela maior necessidade de punição;
b) decisionismo processual – juízo e pena irrogada o são por critérios potestativos, de verificabilidade inferior à
política minimalista.
A maior representação do Eficientismo na sociedade atual está no Movimento da Lei e da Ordem. Oriundo dos
Estados Unidos da América, na década de 70, está em pleno funcionamento, com suas penas extremamente
rígidas em regime fechado, aplicações desproporcionais, desprezo por direitos e garantias materiais e adjetivas
de Direito, e utilização de práticas não-ortodoxas demonstrativas do desdém ao princípio da dignidade da
pessoa humana.
MACROCRIMINALIDADE
#FIQUEDEOLHO:
MACROCRIMINALIDADE: ou crimes do colarinho branco ou ainda as cifras douradas são os famigerados crimes
financeiros, aqueles perpetrados por organizações criminosas, as organizações enraizadas dentro dos órgãos
públicos principalmente nos altos escalões, normalmente não usam da violência para agir, mas as vezes fazem
uso de violência principalmente para queimar arquivos, ou seja, aniquilarem aqueles que podem os delatar.8
8
https://jus.com.br/artigos/40810/macro-e-microcriminalidade-as-cores-do-direito-penal ACESSADO EM 29.05.2022.
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Os efeitos extrapenais específicos estão previstos nos arts. 91-A (inovação da Lei n.º 13.964/2019) e 92 do CP.
O confisco alargado não é cabível em qualquer condenação, sendo submetido a alguns pressupostos necessários
que delimitam seu cabimento:
#ENUNCIADO
JDPP 15 Para fins de aplicação do art. 91-A do Código Penal, cabe ao Ministério Público, e não à Defesa, a
comprovação de incompatibilidade entre o patrimônio e os rendimentos lícitos do réu.
PRESCRIÇÃO – NOVIDADES
#ATENÇÃO: Novas Causas impeditivas da prescrição incluídas no art. 116 pelo Pacote Anticrime:
Art. 116 - Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre:
I - enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o reconhecimento da existência do
crime;
II - Enquanto o agente cumpre pena no exterior; (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
III - na pendência de embargos de declaração ou de recursos aos Tribunais Superiores, quando inadmissíveis;
e (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
IV - Enquanto não cumprido ou não rescindido o acordo de não persecução penal. (Incluído pela Lei nº 13.964,
de 2019)
Parágrafo único - Depois de passada em julgado a sentença condenatória, a prescrição não corre durante o
tempo em que o condenado está preso por outro motivo.
#NÃOCONFUNDA
#NÃOCONFUNDA2
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DESCAMINHO #APOSTACICLOS
#VAMOSDECP
Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou
pelo consumo de mercadoria
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
§ 1o Incorre na mesma pena quem:
I - pratica navegação de cabotagem, fora dos casos permitidos em lei;
II - pratica fato assimilado, em lei especial, a descaminho;
III - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio,
no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira que introduziu
clandestinamente no País ou importou fraudulentamente ou que sabe ser produto de introdução clandestina
no território nacional ou de importação fraudulenta por parte de outrem;
IV - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial,
mercadoria de procedência estrangeira, desacompanhada de documentação legal ou acompanhada de
documentos que sabe serem falsos.
§ 2o Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular ou
clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido em residências.
§ 3o A pena aplica-se em dobro se o crime de descaminho é praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial.
CONTRABANDO DESCAMINHO
Tipificado no art. 334-A do CP. Tipificado no art. 334 do CP.
Consiste em “importar ou exportar mercadoria Consiste em “iludir, no todo ou em parte, o
proibida”. pagamento de direito ou imposto devido pela
entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria”
Corresponde à conduta de importar ou exportar Corresponde à entrada ou à saída de produtos
mercadoria PROIBIDA. PERMITIDOS, todavia elidindo o pagamento do
imposto devido.
Obs.: essa proibição pode ser absoluta ou relativa.
É a fraude utilizada para iludir o pagamento de
impostos relacionados com a importação ou
exportação de produtos.
NÃO é uma espécie de crime tributário. É uma espécie de crime tributário.
Bem jurídico: a moralidade administrativa, a saúde e Bem jurídico protegido: interesse do Estado na
a segurança pública. O bem juridicamente tutelado arrecadação dos tributos.
vai além do mero valor pecuniário do imposto elidido,
alcançando também o interesse estatal de impedir a Além disso, alguns autores apontam que este crime
entrada e a comercialização de produtos proibidos também protege o controle estatal das importações
em território nacional. e das exportações.
É INAPLICÁVEL o princípio da insignificância. APLICA-SE o princípio da insignificância se o valor do
tributo cujo pagamento foi iludido não superar R$ 20
mil (posição majoritária).
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Palestra proferida por Bolsonaro com críticas aos quilombolas e estrangeiros não configurou racismo. O então
Deputado Federal Jair Bolsonaro proferiu palestra no auditório de determinado clube e ali fez críticas e
comentários negativos a respeito dos quilombolas e também de povos estrangeiros. No trecho mais
questionado de sua palestra, ele afirmou: “Eu fui em um quilombola em El Dourado Paulista. Olha, o
afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada! Eu acho que nem para procriador eles
servem mais. Mais de um bilhão de reais por ano gastado com eles. Recebem cesta básica e mais material em
implementos agrícolas. Você vai em El Dourado Paulista, você compra arame farpado, você compra enxada, pá,
picareta por metade do preço vendido em outra cidade vizinha. Por quê? Porque eles revendem tudo baratinho
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lá. Não querem nada com nada.” O STF entendeu que a conduta de Bolsonaro não configurou o crime de racismo
(art. 20 da Lei nº 7.716/89).
As palavras por ele proferidas estão dentro da liberdade de expressão prevista no art. 5º, IV, da CF/88, além de
também estarem cobertas pela imunidade parlamentar (art. 53 da CF/88). O objetivo de seu discurso não foi o
de repressão, dominação, supressão ou eliminação dos quilombolas ou dos estrangeiros. O pronunciamento do
parlamentar estava vinculado ao contexto de demarcação e proveito econômico das terras e configuram
manifestação política que não extrapola os limites da liberdade de expressão.
Além disso, as manifestações de Bolsonaro estavam relacionadas com a sua função de parlamentar. Inclusive, o
convite para a palestra se deu em razão do exercício do cargo de Deputado Federal a fim de dar a sua visão
geopolítica e econômica do País.
Assim, havia uma vinculação das manifestações apresentadas na palestra com os pronunciamentos do
parlamentar na Câmara dos Deputados, de sorte que incide a imunidade parlamentar. STF. 1ª Turma. Inq
4694/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 11/9/2018 (Info 915).
A incitação de ódio público feita por líder religioso contra outras religiões pode configurar o crime de racismo.
A incitação ao ódio público contra quaisquer denominações religiosas e seus seguidores não está protegida pela
cláusula constitucional que assegura a liberdade de expressão. Assim, é possível, a depender do caso concreto,
que um líder religioso seja condenado pelo crime de racismo (art. 20, §2º, da Lei nº 7.716/89) por ter proferido
discursos de ódio público contra outras denominações religiosas e seus seguidores. STF. 2ª Turma. RHC
146303/RJ, rel. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Dias Toffoli, julgado em 6/3/2018 (Info 893).
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Capítulo III
Penalização e aplicação da lei
Artigo 15
Suborno de funcionários públicos nacionais
Cada Estado Parte adotará as medidas legislativas e de outras índoles que sejam necessárias para qualificar
como delito, quando cometidos intencionalmente:
b) A solicitação ou aceitação por um funcionário público, de forma direta ou indireta, de um benefício indevido
que redunde em seu próprio proveito ou no de outra pessoa ou entidade com o fim de que tal funcionário atue
ou se abstenha de atuar no cumprimento de suas funções oficiais.
Artigo 16
1. Cada Estado Parte adotará as medidas legislativas e de outras índoles que sejam necessárias para qualificar
como delito, quando cometido intencionalmente, a promessa, oferecimento ou a concessão, de forma direta
ou indireta, a um funcionário público estrangeiro ou a um funcionário de organização internacional pública, de
um benefício indevido que redunde em seu próprio proveito ou no de outra pessoa ou entidade com o fim de
que tal funcionário atue ou se abstenha de atuar no exercício de suas funções oficiais para obter ou manter
alguma transação comercial ou outro benefício indevido em relação com a realização de atividades comerciais
internacionais.
2. Cada Estado Parte considerará a possibilidade de adotar medidas legislativas e de outras índoles que sejam
necessárias para qualificar como delito, quando cometido intencionalmente, a solicitação ou aceitação por um
funcionário público estrangeiro ou funcionário de organização internacional pública, de forma direta ou indireta,
de um benefício indevido que redunde em proveito próprio ou no de outra pessoa ou entidade, com o fim de
que tal funcionário atue ou se abstenha de atuar no exercício de suas funções oficiais.
Artigo 17
Malversação ou peculato, apropriação indébita ou outras formas de desvio de bens por um funcionário público
Cada Estado Parte adotará as medidas legislativas e de outras índoles que sejam necessárias para qualificar
como delito, quando cometido intencionalmente, a malversação ou o peculato, a apropriação indébita ou outras
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formas de desvio de bens, fundos ou títulos públicos ou privados ou qualquer outra coisa de valor que se tenham
confiado ao funcionário em virtude de seu cargo.
Artigo 18
Tráfico de influências
Cada Estado Parte considerará a possibilidade de adotar as medidas legislativas e de outras índoles que sejam
necessárias para qualificar como delito, quando cometido intencionalmente:
b) A solicitação ou aceitação por um funcionário público ou qualquer outra pessoa, de forma direta ou indireta,
de um benefício indevido que redunde em seu proveito próprio ou no de outra pessoa com o fim de que o
funcionário público ou a pessoa abuse de sua influência real ou suposta para obter de uma administração ou
autoridade do Estado Parte um benefício indevido.
Artigo 19
Abuso de funções
Cada Estado Parte considerará a possibilidade de adotar as medidas legislativas e de outras índoles que sejam
necessárias para qualificar como delito, quando cometido intencionalmente, o abuso de funções ou do cargo,
ou seja, a realização ou omissão de um ato, em violação à lei, por parte de um funcionário público no exercício
de suas funções, com o fim de obter um benefício indevido para si mesmo ou para outra pessoa ou entidade.
Artigo 20
Enriquecimento ilícito
Com sujeição a sua constituição e aos princípios fundamentais de seu ordenamento jurídico, cada Estado Parte
considerará a possibilidade de adotar as medidas legislativas e de outras índoles que sejam necessárias para
qualificar como delito, quando cometido intencionalmente, o enriquecimento ilícito, ou seja, o incremento
significativo do patrimônio de um funcionário público relativos aos seus ingressos legítimos que não podem ser
razoavelmente justificados por ele.
Artigo 21
Cada Estado Parte considerará a possibilidade de adotar medidas legislativas e de outras índoles que sejam
necessárias para qualificar como delito, quando cometido intencionalmente no curso de atividades econômicas,
financeiras ou comerciais:
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a) A promessa, o oferecimento ou a concessão, de forma direta ou indireta, a uma pessoa que dirija uma
entidade do setor privado ou cumpra qualquer função nela, de um benefício indevido que redunde em seu
próprio proveito ou no de outra pessoa, com o fim de que, faltando ao dever inerente às suas funções, atue ou
se abstenha de atuar;
b) A solicitação ou aceitação, de forma direta ou indireta, por uma pessoa que dirija uma entidade do setor
privado ou cumpra qualquer função nela, de um benefício indevido que redunde em seu próprio proveito ou no
de outra pessoa, com o fim de que, faltando ao dever inerente às suas funções, atue ou se abstenha de atuar.
Artigo 22
Cada Estado Parte considerará a possibilidade de adotar medidas legislativas e de outras índoles que sejam
necessárias para qualificar como delito, quando cometido intencionalmente no curso de atividades econômicas,
financeiras ou comerciais, a malversação ou peculato, por uma pessoa que dirija uma entidade do setor privado
ou cumpra qualquer função nela, de quaisquer bens, fundos ou títulos privados ou de qualquer outra coisa de
valor que se tenha confiado a essa pessoa por razão de seu cargo.
Artigo 23
1. Cada Estado Parte adotará, em conformidade com os princípios fundamentais de sua legislação interna, as
medidas legislativas e de outras índoles que sejam necessárias para qualificar como delito, quando cometido
intencionalmente:
a) i) A conversão ou a transferência de bens, sabendo-se que esses bens são produtos de delito, com o propósito
de ocultar ou dissimular a origem ilícita dos bens e ajudar a qualquer pessoa envolvida na prática do delito com
o objetivo de afastar as conseqüências jurídicas de seus atos;
ii) A ocultação ou dissimulação da verdadeira natureza, origem, situação, disposição, movimentação ou da
propriedade de bens o do legítimo direito a estes, sabendo-se que tais bens são produtos de delito;
b) Com sujeição aos conceitos básicos de seu ordenamento jurídico: i) A aquisição, possessão ou utilização de
bens, sabendo-se, no momento de sua receptação, de que se tratam de produto de delito; ii) A participação na
prática de quaisquer dos delitos qualificados de acordo com o presente Artigo, assim como a associação e a
confabulação para cometê-los, a tentativa de cometê-los e a ajuda, incitação, facilitação e o assessoramento
com vistas à sua prática.
a) Cada Estado Parte velará por aplicar o parágrafo 1 do presente Artigo à gama mais ampla possível de delitos
determinantes;
b) Cada Estado Parte incluirá como delitos determinantes, como mínimo, uma ampla gama de delitos
qualificados de acordo com a presente Convenção;
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c) Aos efeitos do item "b)" supra, entre os delitos determinantes se incluirão os delitos cometidos tanto dentro
como fora da jurisdição do Estado Parte interessado. Não obstante, os delitos cometidos fora da jurisdição de
um Estado Parte constituirão delito determinante sempre e quando o ato correspondente seja delito de acordo
com a legislação interna do Estado em que se tenha cometido e constitui-se assim mesmo delito de acordo com
a legislação interna do Estado Parte que aplique ou ponha em prática o presente Artigo se o delito houvesse
sido cometido ali;
d) Cada Estado Parte proporcionará ao Secretário Geral das Nações Unidas uma cópia de suas leis destinadas a
dar aplicação ao presente Artigo e de qualquer emenda posterior que se atenha a tais leis;
e) Se assim requererem os princípios fundamentais da legislação interna de um Estado Parte, poderá dispor-se
que os delitos enunciados no parágrafo 1 do presente Artigo não se apliquem às pessoas que tenham cometido
o delito determinante.
Artigo 24
Encobrimento
Sem prejuízo do disposto no Artigo 23 da presente Convenção, cada Estado Parte considerará a possibilidade de
adotar as medidas legislativas e de outra índole que sejam necessárias para qualificar o delito, quando cometido
intencionalmente após a prática de quaisquer dos delitos qualificados de acordo com a presente Convenção
mas sem haver participados deles, o encobrimento ou a retenção contínua de bens sabendo-se que tais bens
são produtos de quaisquer dos delitos qualificados de acordo com a presente Convenção.
Artigo 25
Obstrução da justiça
Cada Estado Parte adotará as medidas legislativas e de outras índoles que sejam necessárias para qualificar
como delito, quando cometidos intencionalmente:
b) O uso da força física, ameaças ou intimidação para atrapalhar o cumprimento das funções oficiais de um
funcionário da justiça ou dos serviços encarregados de fazer cumprir-se a lei em relação com a prática dos delitos
qualificados de acordo com a presente Convenção. Nada do previsto no presente Artigo menosprezará a
legislação interna dos Estados Partes que disponham de legislação que proteja a outras categorias de
funcionários públicos.
Artigo 26
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Ciclos Método
1. Cada Estado Parte adotará as medidas que sejam necessárias, em consonância com seus princípios jurídicos,
a fim de estabelecer a responsabilidade de pessoas jurídicas por sua participação nos delitos qualificados de
acordo com a presente Convenção.
2. Sujeito aos princípios jurídicos do Estado Parte, a responsabilidade das pessoas jurídicas poderá ser de índole
penal, civil ou administrativa.
3. Tal responsabilidade existirá sem prejuízo à responsabilidade penal que incumba às pessoas físicas que
tenham cometido os delitos.
4. Cada Estado Parte velará em particular para que se imponham sanções penais ou não-penais eficazes,
proporcionadas e dissuasivas, incluídas sanções monetárias, às pessoas jurídicas consideradas responsáveis de
acordo com o presente Artigo.
Artigo 27
Participação ou tentativa
1. Cada Estado Parte adotará as medidas legislativas e de outras índoles que sejam necessárias para qualificar
como delito, em conformidade com sua legislação interna, qualquer forma de participação, seja ela como
cúmplice, colaborador ou instigador, em um delito qualificado de acordo com a presente Convenção.
2. Cada Estado Parte poderá adotar as medidas legislativas e de outras índoles que sejam necessárias para
qualificar como delito, em conformidade com sua legislação interna, toda tentativa de cometer um delito
qualificado de acordo com a presente Convenção.
3. Cada Estado Parte poderá adotar as medidas legislativas e de outras índoles que sejam necessárias para
qualificar como delito, em conformidade com sua legislação interna, a preparação com vistas a cometer um
delito qualificado de acordo com a presente Convenção.
Artigo 28
Artigo 29
Prescrição
Cada Estado Parte estabelecerá, quando proceder, de acordo com sua legislação interna, um prazo de prescrição
amplo para iniciar processos por quaisquer dos delitos qualificados de acordo com a presente Convenção e
estabelecerá um prazo maior ou interromperá a prescrição quando o presumido delinquente tenha evadido da
administração da justiça.
Convenção das Nações Unidas CONTRA O CRIME ORGANIZADO TRANSNACIONAL – 2000 (Convenção de
PALERMO)
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Ciclos Método
Artigo 5
1. Cada Estado Parte adotará as medidas legislativas ou outras que sejam necessárias para caracterizar como
infração penal, quando praticado intencionalmente:
a) Um dos atos seguintes, ou ambos, enquanto infrações penais distintas das que impliquem a tentativa ou a
consumação da atividade criminosa:
i) O entendimento com uma ou mais pessoas para a prática de uma infração grave, com uma intenção direta ou
indiretamente relacionada com a obtenção de um benefício econômico ou outro benefício material e, quando
assim prescrever o direito interno, envolvendo um ato praticado por um dos participantes para concretizar o
que foi acordado ou envolvendo a participação de um grupo criminoso organizado;
ii) A conduta de qualquer pessoa que, conhecendo a finalidade e a atividade criminosa geral de um grupo
criminoso organizado, ou a sua intenção de cometer as infrações em questão, participe ativamente em:
b. Outras atividades do grupo criminoso organizado, sabendo que a sua participação contribuirá para a
finalidade criminosa acima referida;
b) O ato de organizar, dirigir, ajudar, incitar, facilitar ou aconselhar a prática de uma infração grave que envolva
a participação de um grupo criminoso organizado.
3. Os Estados Partes cujo direito interno condicione a incriminação pelas infrações referidas no inciso i) da alínea
a) do parágrafo 1 do presente Artigo ao envolvimento de um grupo criminoso organizado diligenciarão no
sentido de que o seu direito interno abranja todas as infrações graves que envolvam a participação de grupos
criminosos organizados. Estes Estados Partes, assim como os Estados Partes cujo direito interno condicione a
incriminação pelas infrações definidas no inciso i) da alínea a) do parágrafo 1 do presente Artigo à prática de um
ato concertado, informarão deste fato o Secretário Geral da Organização das Nações Unidas, no momento da
assinatura ou do depósito do seu instrumento de ratificação, aceitação, aprovação ou adesão à presente
Convenção.
Artigo 6
1. Cada Estado Parte adotará, em conformidade com os princípios fundamentais do seu direito interno, as
medidas legislativas ou outras que sejam necessárias para caracterizar como infração penal, quando praticada
intencionalmente:
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Ciclos Método
a) i) A conversão ou transferência de bens, quando quem o faz tem conhecimento de que esses bens são produto
do crime, com o propósito de ocultar ou dissimular a origem ilícita dos bens ou ajudar qualquer pessoa envolvida
na prática da infração principal a furtar-se às conseqüências jurídicas dos seus atos;
i) A aquisição, posse ou utilização de bens, sabendo aquele que os adquire, possui ou utiliza, no momento da
recepção, que são produto do crime;
ii) A participação na prática de uma das infrações enunciadas no presente Artigo, assim como qualquer forma
de associação, acordo, tentativa ou cumplicidade, pela prestação de assistência, ajuda ou aconselhamento no
sentido da sua prática.
a) Cada Estado Parte procurará aplicar o parágrafo 1 do presente Artigo à mais ampla gama possível de infrações
principais;
b) Cada Estado Parte considerará como infrações principais todas as infrações graves, na acepção do Artigo 2 da
presente Convenção, e as infrações enunciadas nos seus Artigos 5, 8 e 23. Os Estados Partes cuja legislação
estabeleça uma lista de infrações principais específicas incluirá entre estas, pelo menos, uma gama completa de
infrações relacionadas com grupos criminosos organizados;
c) Para efeitos da alínea b), as infrações principais incluirão as infrações cometidas tanto dentro como fora da
jurisdição do Estado Parte interessado. No entanto, as infrações cometidas fora da jurisdição de um Estado Parte
só constituirão infração principal quando o ato correspondente constitua infração penal à luz do direito interno
do Estado em que tenha sido praticado e constitua infração penal à luz do direito interno do Estado Parte que
aplique o presente Artigo se o crime aí tivesse sido cometido;
d) Cada Estado Parte fornecerá ao Secretário Geral das Nações Unidas uma cópia ou descrição das suas leis
destinadas a dar aplicação ao presente Artigo e de qualquer alteração posterior;
e) Se assim o exigirem os princípios fundamentais do direito interno de um Estado Parte, poderá estabelecer-se
que as infrações enunciadas no parágrafo 1 do presente Artigo não sejam aplicáveis às pessoas que tenham
cometido a infração principal;
Artigo 8
Criminalização da corrupção
1. Cada Estado Parte adotará as medidas legislativas e outras que sejam necessárias para caracterizar como
infrações penais os seguintes atos, quando intencionalmente cometidos:
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Ciclos Método
b) Por um agente público, pedir ou aceitar, direta ou indiretamente, um benefício indevido, para si ou para outra
pessoa ou entidade, a fim de praticar ou se abster de praticar um ato no desempenho das suas funções oficiais.
2. Cada Estado Parte considerará a possibilidade de adotar as medidas legislativas ou outras que sejam
necessárias para conferir o caracter de infração penal aos atos enunciados no parágrafo 1 do presente Artigo
que envolvam um agente público estrangeiro ou um funcionário internacional. Do mesmo modo, cada Estado
Parte considerará a possibilidade de conferir o caracter de infração penal a outras formas de corrupção.
3. Cada Estado Parte adotará igualmente as medidas necessárias para conferir o caráter de infração penal à
cumplicidade na prática de uma infração enunciada no presente Artigo.
4. Para efeitos do parágrafo 1 do presente Artigo e do Artigo 9, a expressão "agente público" designa, além do
funcionário público, qualquer pessoa que preste um serviço público, tal como a expressão é definida no direito
interno e aplicada no direito penal do Estado Parte onde a pessoa em questão exerce as suas funções.
Artigo 10
1. Cada Estado Parte adotará as medidas necessárias, em conformidade com o seu ordenamento jurídico, para
responsabilizar pessoas jurídicas que participem em infrações graves envolvendo um grupo criminoso
organizado e que cometam as infrações enunciadas nos Artigos 5, 6, 8 e 23 da presente Convenção.
2. No respeito pelo ordenamento jurídico do Estado Parte, a responsabilidade das pessoas jurídicas poderá ser
penal, civil ou administrativa.
3. A responsabilidade das pessoas jurídicas não obstará à responsabilidade penal das pessoas físicas que tenham
cometido as infrações.
4. Cada Estado Parte diligenciará, em especial, no sentido de que as pessoas jurídicas consideradas responsáveis
em conformidade com o presente Artigo sejam objeto de sanções eficazes, proporcionais e acautelatórias, de
natureza penal e não penal, incluindo sanções pecuniárias.
INQUÉRITO POLICIAL
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Ciclos Método
Inquérito Ministerial – PIC (Procedimento Investigativo Criminal): Segundo o STF, o STJ e a doutrina
amplamente majoritária, o Ministério Público poderá conduzir investigação criminal que conviverá
harmonicamente com o inquérito policial, sem que exista usurpação de função. Promotor que investiga não é
suspeito ou impedido de atuar na fase processual (Súmula 234 STJ - A participação de membro do Ministério
Público na fase investigatória criminal não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da
denúncia.).
#NEVERFORGET:
✓ O advogado pode tomar apontamentos e copiar os autos, de forma física ou digital.
✓ O acesso independe de procuração. Todavia, sendo decretado segredo de justiça (sigilo judicial), o
acesso é mantido, mas a procuração passa a ser necessária.
✓ A súmula deixa claro que o direito do defensor está atrelado aos elementos já documentados nos autos
do inquérito, pois não haveria sentido o advogado ter acesso a uma diligência em andamento, cujo sigilo
é imprescindível para sua eficácia
#ATENÇÃO A NOVA REDAÇÃO DO ARTIGO 28 ESTÁ COM EFICÁCIA SUSPENSA, PORTANTO, NA PRÁTICA AINDA
É FEITO O PROCEDIMENTO DO ANTERIOR ARTIGO 28!
#RESUMEAÊPROF
ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO
ANTES DO PACOTE ANTICRIME -> ato complexo (promotor + juiz)
DEPOIS DO PACOTE ANTICRIME -> ato composto (só no âmbito do ministério público)
#DEOLHONAJURIS
Inexistindo a demonstração do mínimo vínculo entre o acusado e o delito a ele imputado, impossibilitado está
o exercício do contraditório e da ampla defesa. Caso adaptado: o MP denunciou 19 pessoas por diversos crimes
contra a administração pública, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Dentre as pessoas denunciadas
estavam João e sua filha Carla. João seria o líder da organização criminosa e teria praticado, dentre outros
delitos, peculato, corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Carla também foi denunciada, mas apenas por lavagem
de dinheiro. Segundo a denúncia, uma das empreiteiras beneficiadas com o esquema, teria reformado a casa
de Carla. Em nenhum momento, contudo, é descrita qual teria sido a conduta praticada por Carla ou se ela
realmente saberia da origem ilícita dos recursos. Para o STJ, a partir do exame da denúncia, não se consegue
inferir que a conduta supostamente praticada pela denunciada efetivamente tenha contribuído para o êxito da
empreitada criminosa. Contra ela é imputada a prática de ocultação de valores oriundos de suposta prática
ilícita. Ocorre que, diferentemente dos demais acusados, não resta claro da denúncia que delito antecedente
teria a acusada cometido. STJ. 6ª Turma. RHC 154162-DF, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 22/03/2022
(Info 730). #Importante #APOSTACICLOS
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#ENUNCIADOS:
JDPP 28 Recomenda-se a realização de práticas restaurativas nos acordos de não persecução penal, observada
a principiologia das Resoluções n. 225 do CNJ e 118/2014 do CNMP.
JDPP 32 A proposta de acordo de não persecução penal representa um poder-dever do Ministério Público, com
exclusividade, desde que cumpridos os requisitos do art. 28-A do CPP, cuja recusa deve ser fundamentada, para
propiciar o controle previsto no §14 do mesmo artigo.
10
(LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de Processo Penal. 8. Ed. Juspodivm. 2020, p. 274)
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Ciclos Método
ao CPP, criando, no ordenamento jurídico pátrio, o instituto do acordo de não persecução penal (ANPP). A Lei
nº 13.964/2019, no ponto em que institui o ANPP, é considerada lei penal de natureza híbrida, admitindo
conformação entre a retroatividade penal benéfica e o tempus regit actum. O ANPP se esgota na etapa pré-
processual, sobretudo porque a consequência da sua recusa, sua não homologação ou seu descumprimento é
inaugurar a fase de oferecimento e de recebimento da denúncia. O recebimento da denúncia encerra a etapa
pré-processual, devendo ser considerados válidos os atos praticados em conformidade com a lei então vigente.
Dessa forma, a retroatividade penal benéfica incide para permitir que o ANPP seja viabilizado a fatos anteriores
à Lei nº 13.964/2019, desde que não recebida a denúncia. Assim, mostra-se impossível realizar o ANPP quando
já recebida a denúncia em data anterior à entrada em vigor da Lei nº 13.964/2019. STJ. 5ª Turma. HC 607.003-
SC, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 24/11/2020 (Info 683). STF. 1ª Turma. HC 191464 AgR,
Rel. Roberto Barroso, julgado em 11/11/2020.
O Poder Judiciário não pode impor ao Ministério Público a obrigação de ofertar acordo de não persecução penal
(ANPP). Não cabe ao Poder Judiciário, que não detém atribuição para participar de negociações na seara
investigatória, impor ao MP a celebração de acordos.” (STF. 2ª Turma. HC 194677/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes,
julgado em 11/5/2021. Info 1017)
CONTROLE JURISDICIONAL:
O juiz pode adotar 3 posturas diante do ANPP:
1. Homologar o ANPP, devolvendo os autos ao MP para que inicie sua execução perante o juízo de execução
penal (§6º);
2. Considerando inadequadas, insuficientes ou abusivas as condições dispostas no acordo de não persecução
penal, devolverá os autos ao Ministério Público para que seja reformulada a proposta do acordo, com
concordância do investigado e seu defensor (§5º.).
3. Recusar homologação à proposta que não atender aos requisitos legais ou quando não for realizada a
adequação anteriormente mencionada (§8º.)
OBSERVAÇÕES FINAIS:
➢ O magistrado não pode intervir na redação final do ANPP.
➢ Caso o magistrado recuse a homologação do ANPP, cabe RESE (Recurso em Sentido Estrito), com fulcro no
artigo 581, XXV do CPP.
➢ Caso o MP, injustificadamente, recuse o oferecimento do ANPP e o investigado tiver interesse, poderá
requerer a remessa dos autos para o órgão superior do MP (PGJ Ou Câmara de Coordenação e Revisão), com
fulcro no art. 28-A, §14.
➢ De acordo com o artigo 28-A, cumprido integralmente o ANPP, o juízo competente decretará a EXTINÇÃO DA
PUNIBILIDADE.
➢ Conforme o Art. 116, IV do CP, não corre a prescrição da pretensão punitiva enquanto não cumprido ou não
rescindido o acordo de não persecução penal.
PROVAS
#SAINDODOFORNO A coleta de material genético prevista no art. 9º-A da Lei de Execução Penal não ofende
o princípio da não autoincriminação. É entendimento assente no STJ de que o art. 9º-A da Lei de Execução Penal
expressamente prevê que os condenados por crimes praticados, dolosamente, com violência de natureza grave
contra pessoa serão submetidos, obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, mediante extração do
DNA. No caso dos autos, o paciente cumpre pena por lesão corporal no âmbito doméstico, cárcere privado e
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Ciclos Método
estupro, estando contemplado pelo que reza a lei. O Tribunal de origem concluiu pela possibilidade da coleta de
material biológico para extração do perfil genético e sua inclusão em banco de dados estatal, não implicando
em ofensa ao princípio da não autoincriminação. STJ. 5ª Turma. AgRg no HC 675.408/MG, Rel. Min. João Otávio
de Noronha, julgado em 22/02/2022. #IMPORTANTE
CADEIA DE CUSTÓDIA
O Pacote Anticrime alterou o CPP e trouxe o procedimento que deve ser observado para a colheita e guarda dos
vestígios do crime. Havendo o seu descumprimento, ocorre a quebra da cadeia de custódia, a qual pode ensejar
a inutilização da prova.
#DEOLHONOCONCEITO:
Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados para manter e
documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua
posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do local de crime ou com procedimentos policiais
ou periciais nos quais seja detectada a existência de vestígio. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 2º O agente público que reconhecer um elemento como de potencial interesse para a produção da prova
pericial fica responsável por sua preservação. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido, que se relaciona à
infração penal.
#SAINDODOFORNO: A alegação de que não há nexo causal entre os elementos angariados no inquérito policial
e a denúncia oferecida não caracteriza quebra da cadeia de custódia, cuja configuração pressupõe
irregularidades no procedimento de colheita e conservação da prova. STJ. 5ª Turma. HC 712.608/SP, Rel. Min.
Ribeiro Dantas, julgado em 5/04/2022.
Art. 10-A. SERÁ ADMITIDA a ação de agentes de polícia INFILTRADOS VIRTUAIS, obedecidos os requisitos
do caput do art. 10, na internet, com o fim de investigar os crimes previstos nesta Lei e a eles conexos, praticados
por organizações criminosas, desde que demonstrada sua necessidade e indicados o alcance das tarefas dos
policiais, os nomes ou apelidos das pessoas investigadas e, quando possível, os dados de conexão ou cadastrais
que permitam a identificação dessas pessoas. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1º Para efeitos do disposto nesta Lei, consideram-se: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
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I - dados de conexão: informações referentes a hora, data, início, término, duração, endereço de Protocolo de
Internet (IP) utilizado e terminal de origem da conexão; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
II - dados cadastrais: informações referentes a nome e endereço de assinante ou de usuário registrado ou
autenticado para a conexão a quem endereço de IP, identificação de usuário ou código de acesso tenha sido
atribuído no momento da conexão. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 2º Na hipótese de representação do delegado de polícia, o juiz competente, antes de decidir, ouvirá o
Ministério Público. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 3º Será admitida a infiltração se houver indícios de infração penal de que trata o art. 1º desta Lei e se as provas
não puderem ser produzidas por outros meios disponíveis. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 4º A infiltração será autorizada pelo prazo de até 6 (seis) meses, sem prejuízo de eventuais renovações,
mediante ordem judicial fundamentada e desde que o total não exceda a 720 (setecentos e vinte) dias e seja
comprovada sua necessidade. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 5º Findo o prazo previsto no § 4º deste artigo, o relatório circunstanciado, juntamente com todos os atos
eletrônicos praticados durante a operação, deverão ser registrados, gravados, armazenados e apresentados ao
juiz competente, que imediatamente cientificará o Ministério Público. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 6º No curso do inquérito policial, o delegado de polícia poderá determinar aos seus agentes, e o Ministério
Público e o juiz competente poderão requisitar, a qualquer tempo, relatório da atividade de
infiltração. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 7º É nula a prova obtida sem a observância do disposto neste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
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Contudo, atualmente utiliza-se o sistema da instrumentalidade das formas, pois o modelo previsto em lei não é
um fim em si mesmo, mas visa proteger algum interesse ou atingir determinada finalidade. Em razão disso, antes
de ser decretada a ineficácia do ato processual praticado em desacordo com o modelo típico, há de se verificar
se o interesse foi protegido ou se a finalidade do ato processual foi atingida. Em caso positivo, não há motivo
para se decretar a nulidade do ato processual.
Princípio da eficácia dos atos processuais
Segundo Calmon de Passos, os atos nulos continuam a produzir efeitos enquanto não houver a declaração de
invalidade do ato.
Princípio da causalidade ou consequencialidade ou contaminação ou da extensão ou efeito expansivo
Segundo esse princípio, a nulidade de um ato provoca a invalidação dos atos que lhe forem consequência ou
decorrência.
Por outro lado, caso não haja qualquer relação de causalidade entre o ato anulado e os demais atos processuais,
a eficácia destes deve ser preservada (princípio da conservação dos atos processuais). Nesse sentido, fala-se,
então, em nulidade originária (aquela do próprio ato) e nulidade derivada (aquela que recai sobre os atos
dependentes daquele ato nulo).
Princípio da conservação dos atos processuais (confinamento da nulidade)
Em razão desse princípio, deve ser preservada a validade dos atos processuais que não dependam de ato
anterior declarado inválido.
Princípio do interesse
Nenhuma nulidade pode ser arguida por inobservância de formalidade que só interesse a parte contrária. Esse
princípio só se aplica em relação às nulidades relativas, pois somente nestas o reconhecimento da invalidade
depende de arguição do interessado. Nas absolutas, o vício atinge o próprio interesse público, razão pela qual
deve ser reconhecido pelo juiz, independentemente de provocação.
Assim, se a irregularidade resulta da preterição de formalidade instituída para garantia de uma determinada
parte, somente esta poderá invocar a nulidade, não sendo possível a outra fazê-lo por simples capricho.
Princípio da convalidação
Aplicável somente às nulidades relativas, em virtude do princípio da convalidação, também conhecido como
princípio do aproveitamento ou da proteção, não se declara a nulidade quando for possível suprir o defeito ou
se não for arguida em tempo oportuno.
RECURSOS
#RESUMEAÍPROF
Prezando pelo devido processo legal, pelo contraditório e ampla defesa, existe o duplo grau de
jurisdição. Em outras palavras, a parte que se ver insatisfeita com a decisão judicial tem o direito de recorrer,
para reformar, invalidar, integrar ou esclarecer o pronunciamento judicial.
Na Teoria Geral dos Recursos é importante saber sobre a produção dos efeitos:
➔ Efeito Obstativo = a interposição do recurso tem o condão de impedir a geração da
preclusão temporal, com o consequente trânsito em julgado.
➔ Efeito Devolutivo = transferência do conhecimento da matéria impugnada ao órgão
jurisdicional, objetivando a reforma, a invalidação, a integração ou o esclarecimento da decisão
impugnada.
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O Brasil não deverá deferir pedido de extradição se o delito praticado pelo extraditando estiver prescrito
segundo as leis brasileiras, considerando que deverá ser respeitado o requisito da dupla punibilidade (art. 77,
VI, do Estatuto do Estrangeiro). O fato de o Estado requerente ter qualificado os delitos imputados ao
extraditando como de lesa-humanidade não torna tais crimes imprescritíveis no Brasil. Isso porque: 1) o Brasil
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Ciclos Método
não subscreveu a Convenção sobre a Imprescritibilidade dos Crimes de Guerra e dos Crimes contra a
Humanidade, nem aderiu a ela; 2) apenas a lei interna pode dispor sobre prescritibilidade ou imprescritibilidade
de crimes no Brasil. STF. Plenário. Ext 1362/DF, rel. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Teori Zavascki, julgado
em 9/11/2016 (Info 846).
O agente não pode responder à ação penal no Brasil se já foi processado criminalmente, pelos mesmos fatos,
em um Estado estrangeiro.
O art. 5º do Código Penal afirma que a lei brasileira se aplica ao crime cometido no território nacional, mas
ressalva aquilo que for previsto em “convenções, tratados e regras de direito internacional”. A Convenção
Americana de Direitos Humanos (CADH) e o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos (PIDCP) proíbem de
forma expressa a dupla persecução penal pelos mesmos fatos. Desse modo, o art. 8º do CP deve ser lido em
conformidade com os preceitos convencionais e a jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos
(CIDH), vedando-se a dupla persecução penal por idênticos fatos. Vale, por fim, fazer um importante alerta: a
proibição de dupla persecução penal em âmbito internacional deve ser ponderada com a soberania dos Estados
e com as obrigações processuais positivas impostas pela CIDH. Isso significa que, se ficar demonstrado que o
Estado que “processou” o autor do fato violou os deveres de investigação e de persecução efetiva, o julgamento
realizado no país estrangeiro pode ser considerado ilegítimo. Portanto, se houver a devida comprovação de que
o julgamento em outro país sobre os mesmos fatos não se realizou de modo justo e legítimo, desrespeitando
obrigações processuais positivas, a vedação de dupla persecução pode ser eventualmente ponderada para
complementação em persecução interna. STF. 2ª Turma. HC 171118/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em
12/11/2019 (Info 959).
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