DIREITO

PROCESSUAL
CIVIL II
REVISÃO GERAL
 PROCEDIMENTO COMUM – Art. 318 CPC
PETIÇÃO INICIAL
Modo formal de apresentação
de uma pretensão de direito à
Jurisdição. É apresentada pelo
autor da demanda ou autores.
Deve preencher os requisitos do
Art. 319 do CPC.
CONTESTAÇÃO
Maneira pela qual o Réu,
indicado na petição inicial,
apresenta sua oposição formal,
em querendo, à pretensão do
autor formulada na peça inicial.
Pode opor resistência de ordem
material (fático ou legal) e
processual. (Arts. 336-337 do
CPC).
SENTENÇA
O pronunciamento por meio do
qual o juiz, com fundamento nos
arts. 485 e 487, põe fim à fase
cognitiva do procedimento
comum, bem como extingue a
execução. É terminativa quando
não há resolução de mérito (art.
485) e definitiva quando há
resolução do mérito (art. 487).
 PETIÇÃO INICIAL – 3 EIXOS
PRINCIPAIS
Partes
Na forma dos Arts. 70 a 76 do
CPC, compete definir quem são
os integrantes do polo ativo e
passivo da lide, para a suas
qualificações e, principalmente,
identificar a ação que enseja o
direito de um (autor) e a
obrigação do outro (réu).
Causa de Pedir
São as razões que levam a parte
autora a solicitar a prestação
jurisdicional.  A causa de pedir é
formada pela causa remota, ou seja,
os fatos que geraram a situação
litigiosa e a causa próxima, isto é, a
relação jurídica decorrente dos fatos
que entrelaçaram as partes. É
possível ainda se falar da causa
necessária, que é a resistência
ofertada a pretensão.
Pedidos
O pedido é distinguido em imediato que
se refere a providência jurisdicional
pretendida, que pode ser de
conhecimento, de execução ou cautelar.
E, ainda, mediato que diz respeito ao
bem jurídico de direito material que se
quer tutelado pela jurisdição. A regra
geral é que o pedido seja CERTO e
DELIMITADO.
Endereçamento – Art. 319, I.

A petição inicial indicará o juízo a que é dirigida.

Portanto, é o momento em que tendo conhecimento das
regras relativas à competência (art. 44 do CPC), deve-se
indicar o juízo competente.
Qualificação das Partes – Art. 319, II.

 Compete ao Autor apresentar sua qualificação completa e a do Réu,

conforme disciplina o inciso II do art. 319.
 São elementos da qualificação: Nome, estado civil, profissão, registro de
CPF ou CNPJ, endereço eletrônico, endereço do domicílio e residência
de ambos.
 Caso não se seja possível os dados completos das partes, poderá o autor
diligenciar ao juízo (art. 319, § 1º) ou o juiz poderá considerar suficiente
os dados para a citação (§ 2º) ou entender ser excessivamente oneroso o
acesso à justiça (§ 3º).
Fatos e Fundamentos Jurídicos – Art. 319, III.

 Fatos e fundamentos jurídicos compõe a causa de pedir.

 A causa de pedir é formada pela ‘causa remota’, ou seja, os fatos que geraram o litígio e a ‘causa próxima’, isto
é, a relação jurídico ou estado jurídico decorrente dos fatos que ligam as partes envolvidas. É possível se dizer
ainda da ‘causa necessária’ que vem a ser a própria resistência a pretensão, pois, se não houvesse essa, não
existiria a necessidade da jurisdição.
 Como fatos, então, entende-se que compete ao autor justificar (apresentar razão) a declaração, constituição ou a
condenação de alguém à uma prestação de um direito, através da narração dos fatos que o sustentem o pedido.
 Os fundamentos jurídicos não significam justificativas legais. O processo civil segue a linha dos axiomas latinos
juria novit curia e mihi factum dabo tibi ius que, em resumo, dirigem à jurisdição a obrigação de apontar o
direito que resguarda ou não a pretensão aduzida.
 O processo civil adota a teoria da substanciação que exige do autor a indicação dos fatos (causa remota) e dos
fundamentos jurídicos (causa próxima), na forma do art. 319, III.
Pedidos – Art. 319, IV.
O pedido é distinguido em imediato que se refere a
providência jurisdicional pretendida, que pode ser
de conhecimento, de execução ou cautelar. E,
ainda, mediato que diz respeito ao bem jurídico de
direito material que se quer tutelado pela
jurisdição.
A regra geral é que o pedido seja CERTO e
DELIMITADO. Porém, admite-se que seja
genérico (art. 324, § 1º) quando versar sobre ações
universais; quando não for possível determinar as
consequências do ato ou fato ilícito, desde logo; e,
ainda, quando a determinação do objeto ou do
valor da condenação depender de ato que deva ser
praticado pelo réu.
São Tipos de pedidos:
A.SIMPLES – Formula-se um único pedido.
B.CUMULADO – Requer-se dois ou mais pedidos, mas eles são independentes,
de forma que o acolhimento ou rejeição de um não interfira na análise do outro
ou demais. Ambos ou todos podem ser aceitos ou rejeitados.
C.ALTERNATIVO – Ocorre quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder
cumprir a prestação de mais de um modo. O pedido é único, porém fundado em
obrigação alternativa.
D.SUBSIDIÁRIO ou EVENTUAL – Quando o autor opta por requerer ao juízo
que conheça do pedido posterior, caso não haja acolhimento do pedido anterior,
por não ser possível.
E.SUCESSIVO – O autor (ou réu) pede ao juiz que conheça do pedido posterior,
caso tenha acolhido o anterior. Há uma relação de prejudicialidade entre os
pedidos.
Obs. Há pedidos implícitos, ou seja, não é necessário se requerer, conforme
disciplinado nos arts. 322, § 1º e 323.
  A toda causa será atribuído valor certo, ainda que não tenha
conteúdo econômico aferível (art. 291 CPC).
 Deve constar da petição inicial e também da reconvenção, se
houver.
 O balizamento do valor é feito de acordo com as regras
Valor da previstas no art. 292 do CPC, entre elas: na ação de cobrança,
o valor da dívida atualizada; na ação de alimentos, 12 vezes o
valor da prestação mensal requerida; na ação indenizatória, o
Causa valor pretendido.
 O réu poderá impugnar, em preliminar de contestação, o valor
Art. 319, V. atribuído à causa pelo autor, sob pena de preclusão.
 O valor da causa tem importância processual no momento que
baliza competência, rito, recorribilidade, honorários
sucumbenciais, condenação em litigância de má-fé, multas,
depósito em ação rescisória, etc.
Provas – Art. 319, VI

Porém, deve o autor

Pode ser feita de modo apresentar de imediato
genérico, ou seja, aquelas provas
Na petição inicial
‘protesta-se por todos os consideradas essenciais
compete ao Autor (e ao
meios de prova em para o andamento do
réu, caso apresente
direito admitidos’, pois, feito, sejam legais ou
reconvenção), apresentar
somente após a convencionais. Ex.:
as provas indispensáveis
contestação será possível certidão de óbito para a
para a apreciação do
se definir quais provas instauração de uma ação
feito (art. 320).
importam para o de inventário; certidão
deslinde da questão. de casamento para uma
ação de divórcio; etc.
 Audiência de Mediação e Conciliação – Art.
319, VII

Há necessidade processual do autor informar na petição inicial a intenção ou não de realizar a audiência
de conciliação ou de mediação. Contudo, a doutrina trata com sendo uma simples irregularidade, que
pode ser sanada de ofício pelo juiz e não enseja a dilação do procedimento. Embora o art. 319, VII do
CPC exija que o autor manifeste expressamente sua opção, o art. 334, § 4º afirma que a audiência
somente não ocorrerá se ambas as partes expressamente manifestarem desinteresse. Isso significa que,
apesar de omissa, a inicial não deve ser indeferida ou emendada.
 Conceito: É a contraposição formal ao direito de
ação tal qual exercido pelo autor e materializado na
petição inicial. As alegações são de ordem processual e
alegações de ordem material.
Princípios da Contestação:
a.Concentração da defesa: deve-se alegar toda matéria
CONTESTAÇÃ de defesa (arts. 336, 337).
O b.Eventualidade: deve-se alegar toda defesa possível,
caso alguma seja rejeitada.
Arts. 335-342 c.Impugnação específica: impugnar precisamente
todos os pedidos, sob pena de confissão. (art. 341).

Prazo: 15 dias, a partir da audiência de conciliação

ou da citação, na forma do Art. 335.
 
 São excludentes do princípio da concentração, podendo ser
alegado pelo réu após a contestação (art. 342 do CPC), as
seguintes situações:
1. Direito ou fato superveniente: tem a ver com direito
intertemporal (exemplo: uma lei que antes obrigava o réu
ao pagamento de determinada penalidade tributária, e que
sofreu revogação por outra lei que tenha excluído a sua
CONTESTAÇÃ cobrança).
O 2. Matérias conhecíveis de ofício: ou seja, matéria de ordem
pública, como ausência de pressupostos processuais,
Arts. 335-342 incompetência absoluta do juízo etc.  
3. Por força de lei, são alegáveis em qualquer tempo e grau
de jurisdição: independentemente se são ou não
conhecíveis de ofício. Exemplo: inexistência ou nulidade
de citação; decadência convencional.
  São questões preliminares de direito processual
(Art. 337):
a. Inexistência ou nulidade da citação. (Arts. 242 e 244-245).
b. Incompetência absoluta e relativa. (Art. 64).
c. Incorreção do valor da causa. (Arts. 291-293).
d. Inépcia da petição inicial. (Art. 330, I, § 1º).
e. Perempção. (Art. 486, § 3º).
litispendência e coisa julgada. (Art. 337, §§ 3º e 4º).
CONTESTAÇÃ f.
g. Conexão e continência. (Arts. 55 e 56).
O h. Incapacidade da parte relacionado a defeito de
representação. (Art. 75).
Arts. 335-342 i. Convenção de arbitragem. (Arts. 337, X e 485, VIII).
j. Ausência de legitimidade ou de interesse processual.
(Inciso XI c/c Art. 338).
k. Falta de caução ou de outra prestação que a lei exigir.
(Inciso XII)
l. Concessão indevida de gratuidade de justiça.
 Defesas de mérito ou substanciais:
a.Direta: nega-se o fato constitutivo do direito do autor (nega-se a
consequência jurídica do seu pedido);
b.Indireta: exceções substanciais. Podem ser extintivas, impeditivas ou
modificativas do direito do autor.
1.São impeditivas: fatos suscetíveis de obstar que o direito do autor
validamente se constitua. Ex.: um contrato não cumprido, porém, com
CONTESTAÇÃ novo prazo para pagamento; casos de defeitos dos negócios jurídicos
(Arts. 138-166 do Código Civil).
O 2.São extintivas aquelas (condições) cuja eficácia eliminam o direito do

Arts. 335-342 autor. Ex.: outro pai no momento da concepção, pagamento realizado,
decadência ou prescrição.
3.São modificativas aquelas que alteram as consequências jurídicas do
pedido do autor. Ex.: Cobrança de dívida que foi parcelada.
  Pode ainda o Ré alegar preliminar de direito material, no caso de
decadência ou prescrição. (Arts. 336 e 487, II), ou ainda:
 Fazer denunciação a lide, na forma dos arts. 125 e 126 do CPC, ou seja,
chamar ao processo aqueles que devem compor, pois possuem obrigação
de indenização, como é o caso da seguradora e do alienante imediato.
 Chamar ao processo, na forma dos arts. 130 e 131 do CPC, daquelas
pessoas que entenda o réu são coobrigados em face de uma fiança, ou por
CONTESTAÇÃ serem devedores solidários.

O  Requerer a falsidade de documento, na forma do art. 430 do CPC, pois, a

arguição de falsidade deve ser sustentada na contestação ou na réplica, e
Arts. 335-342 será resolvida como questão incidental, salvo se a parte requerer que o
juiz decida como questão principal (art. 430, parágrafo único, do CPC)
 Reconhecer a procedência do pedido, na forma do art. 487, III, a, do CPC
em combinação com o art. 90, § 4º do mesmo diploma legal, para que se
possa não contestar o pedido, pelo seu flagrante reconhecimento e, então,
gozar do benefício de redução dos honorários advocatícios.
  O réu, além de atacar o processo e o mérito, poderá se defender
formulando pedidos contra o autor. A reconvenção é uma ação do réu
em face do autor, proposta dentro do mesmo processo em que está
sendo demandado.
 A reconvenção é uma ação do réu contra o autor, conclui-se ser
possível, no mesmo processo, a coexistência de duas demandas. Há,
assim, uma ampliação no objeto do processo (pedido),
assemelhando-se a uma cumulação objetiva.
 Todavia, trata-se de duas demandas completamente distintas e
autônomas. Assim, apesar de se tratar de espécie de resposta do réu,
RECONVENÇÃO segundo o art. 343, §2º do CPC, a desistência da ação ou a
ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de seu mérito não
impede o prosseguimento do processo quanto à reconvenção.
 Por outro lado, a decisão que indefere liminarmente a petição da
reconvenção não extingue o processo, que continuará com relação à
demanda primitiva. Dessa forma, tal decisão tem natureza
interlocutória, sendo, portanto, agravável.
 Cuidado com relação à decisão que julga a reconvenção. É que a
reconvenção e a ação, normalmente, serão julgadas na MESMA
SENTENÇA, cabendo, portanto, apelação.
RECONVENÇÃO – Requisitos – Art. 343.

Existência de causa Procedimento: tem Partes: as partes

Competência: o juízo
pendente: a que haver serão as mesmas da
reconvenção Conexão: deve será o mesmo para
compatibilidade de demanda original,
ambas (inicial e
depende de causa já ser conexa (ter reconvenção), o que
rito da reconvenção apenas invertendo
pendente (demanda afinidade) com a com o da ação os polos. Sendo
pressupõe a
principal do autor principal. Se o
contra o réu). ação principal exigência de ser o
procedimento da
assim, o autor da
ou com os mesmo competente reconvenção,
Todavia, a ação principal for o
também para julgar a também conhecido
reconvenção é uma fundamentos da reconvenção. Arts.
comum e o da
como reconvinte, é
mera faculdade, e defesa. reconvenção for
61 e 327, II, §1º, o réu da demanda
não um ônus como a especial, prevalece o
CPC. original
contestação. comum.
 RECONVENÇÃO – Requisitos – Art. 343.
Forma: a reconvenção deverá ser apresentada na mesma
peça da contestação (art. 343, caput), não obstante
possa o réu reconvir independentemente de contestar, se
preferir (§6º). O autor será intimado na pessoa do seu
advogado para apresentar resposta no prazo de 15 dias
(§1º), inclusive oferecendo a sua reconvenção. Por ser
tratar de outra demanda, deve-se atribuir valor da causa.
Prazo: por ser oferecida na mesma peça da
contestação, então deverá a reconvenção ser
ajuizada no mesmo prazo de 15 dias, sob pena de
preclusão consumativa. O prazo privilegiado a
ela se aplica também (MP, Fazenda Pública,
defensor público e litisconsortes com advogados
distintos).
 REVELIA – Arts. 344 – 346 do CPC.
É a omissão do réu quanto ao oferecimento
da contestação. Caso o réu não contestar a
ação, será considerado revel e presumem-se
verdadeiras as alegações de fato formuladas
pelo autor. Trata-se de uma confissão ficta.
Esta presunção pode ser relativa.
Situações em que se exclui a aplicação da presunção de veracidade:
 Quando, em litisconsórcio passivo, um dos litisconsortes tenha
contestado a ação.
 nos litígios que versem sobre direitos indisponíveis.
 Quando a petição inicial não estiver acompanhada do
instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato.
 As alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis
ou estiverem em contradição com prova constante dos autos.
 No caso da participação no processo de curador especial, nas
hipóteses do art. 72, I e II: (ao incapaz, se não tiver representante
legal, ou se os interesses deste colidirem com os daquele; e ao
réu preso, bem como ao revel citado por edital ou com hora
certa).
 Na apresentação de outro tipo de resposta que, tomada em seu
conjunto, apresenta-se incompatível com a presunção de
veracidade.
PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES E JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO (Arts. 347 –
368)

Julgamento conforme o Decisão de saneamento:

estado do processo: (Art. 357)
• Extinção do processo, • Pendências.
sem julgamento do • Delimitação das questões a
Réplica: Manifestação mérito (Arts. 354, 485 a serem provadas.
do Autor sobre fatos 487). • Distribuição do ônus da
impeditivos, • Julgamento antecipado prova.
modificativos ou Das irregularidades • Delimitar as questões de
do mérito (Art. 355).
extintivos do seu direito ou vícios sanáveis direito para a decisão de
(Art. 350), ou sobre • Julgamento antecipado, mérito.
(art. 352). parcial, do mérito (Art.
questões de ordem • Designar, se necessário,
processual (Art. 337 c/c 356). audiência de instrução e
julgamento.
351).
 Da audiência de instrução e
julgamento: (Art. 358)
• Tentativa de conciliação/mediação;
• Questões e procedimentos de urbanidade;
• Registro na ata;
PROVIDÊNCIAS • Coleta de provas orais: perito e assistentes;
PRELIMINARES E depoimento pessoal do autor e depois réu;
testemunhas do autor e depois do réu.
JULGAMENTO • Debates orais (ou memoriais) – (Arts. 364-
CONFORME O 366).

ESTADO DO
PROCESSO (Arts.
347 – 368)

Audiência pública - (Art. 368).

 DAS PROVAS – Arts. 369-484

 Prova: É o meio empregado para demonstrar a existência do ato ou negócio jurídico, ou ainda, do ato ilícito. São
seus requisitos: Admissibilidade, que não é proibida por lei e pode ser aplicável ao caso em exame; Pertinência,
que seja adequada ao caso em concreto ou efetiva para a demonstração dos fatos em questão e Concludente, ou
seja, que esclareça fatos controversos.
 Princípios básicos da prova:
 Não basta alegar, tem que provar: nada alegar ou alegar e não provar querem dizer a mesma coisa; o que se
prova é o fato alegado e não o direito. Incumbe ao juiz conhecer o direito (iura novit curia);
 Ônus da prova: compete a quem alega o fato, e não a quem contesta, quando se trata de fatos constitutivos do
direito do autor. Caso se trata de fato extintivo, impeditivo ou modificativo, então o ônus da prova é do réu (Art.
373, I e II).
 Fatos notórios: independem de provas. (Art. 374, I).
  Ocorre a confissão quando a parte admite a
vontade de um fato contrário ao seu interesse
e favorável ao seu adversário (art. 389). Pode
ocorrer de forma:
 judicial ou extrajudicial.
DAS PROVAS  espontânea ou provocada. (art. 390).
Confissão (Art.  expressa ou presumida, pela ocorrência da
revelia. (arts. 344-346).
389)  Deve-se observar as exceções possíveis.
(representante legal do incapaz, bens imóveis,
direitos indisponíveis).
  Documento: Tem função meramente probatória. Pode ser
Público, quando fará prova não somente de sua
formação, como também dos fatos que o oficial
responsável declarar que ocorreram em sua presença
(Art. 405), ou Particular, quando as declarações
presumem-se verdadeiras em relação ao signatário (Art.
DAS PROVAS 408).

Documental  Prova emprestada: (art. 372).

 Ata notarial. (art. 384)
(Art. 405)
 Documento posterior. (art. 435, parágrafo único).
 Autenticação de documento por advogado. (art. 425, IV).
 Obrigação de terceiros. (arts. 380 c/c 404)
  Testemunhas: São as pessoas chamadas a depor sobre
fatos, visando a atestar a existência de um fato ou
ocorrência em determinado negócio jurídico. Podem ser
instrumentárias (as que assinam o instrumento/contrato)
ou judiciárias (as que prestam depoimento em juízo).
 Rol de testemunhas: (art. 450 c/c 357, §§ 4º e 6º).
 Compromisso de falar a verdade: (458, parágrafo único).
DAS PROVAS  Quem não pode depor: incapazes, impedidos, suspeitos.
Testemunhal (art. 447).
 Testemunha não depõe contra si ou sobre algo que lhe
(Art. 405) cause danos: (art. 448, I).
 Contradita: (art. 457, § 1º).
 Informante: (art. 457, § 2º).
 Intimação das testemunhas: (art. 455).
  É a ilação que se extrai de um fato conhecido
para se chegar a um desconhecido. Exemplos:
morte presumida por ausência (art. 6º do
DAS PROVAS Código Civil); a posse do título pelo devedor,
Presunção de importa em presunção do pagamento da dívida
Veracidade (art. 324 do CC); morte presumida por
probabilidade de risco de vida (art. 7º).
(Art. 374, IV)
  Perícia: É o ato de se examinar, vistoriar ou avaliar o
objeto ou ação que é o elemento constitutivo,
modificativo, impeditivo ou extintivo de um direito. (art.
464). Pode ser:
 Exame: É a apreciação de alguma coisa por peritos, para
auxiliar o juiz a formar a sua convicção.
 Vistoria: É também perícia, contudo restrita a inspeção
ocular. É diligência frequente nas ações possessórias ou
DAS PROVAS demarcatórias.
Perícia  Avaliação: É a atribuição ao bem do seu valor de mercado.

(Art. 464)  Prova técnica simplificada: consistirá apenas na inquirição

de especialista, pelo juiz, sobre ponto controvertido da
causa que demande especial conhecimento científico ou
técnico. (Art. 464, § 3º).
 Laudo pericial – requisitos: (art. 473).
 Assistente técnico: (art. 465, § 1º, II).
 Rol de perguntas: (art. 465, §, III).
  Inspeção judicial - O juiz, de ofício
ou a requerimento da parte, pode, em
DAS PROVAS qualquer fase do processo, inspecionar
Inspeção Judicial pessoas ou coisas, a fim de se
(Art. 481) esclarecer sobre fato que interesse à
decisão da causa.
SENTENÇA – Arts. 485-501
O PRONUNCIAMENTO POR MEIO DO QUAL O JUIZ, COM FUNDAMENTO NOS
ARTS. 485 E 487, PÕE FIM À FASE COGNITIVA DO PROCEDIMENTO COMUM,
BEM COMO EXTINGUE A EXECUÇÃO.
 SENTENÇA

 TERMINATIVA: quando  DEFINITIVA: quando há

não há resolução de mérito. A resolução do mérito, ou seja,
ação é fulminada por uma há o conhecimento do pleito e
questão de ordem processual. seu acatamento ou não. (art.
(art. 485). 487).
A SENTENÇA • Indeferimento da petição inicial. (art. 330).
SERÁ • Paralisação ou abandono do processo. (art. 485,
TERMINATIVA, II e III).
NA FORMA DO • Ausência de pressupostos processuais de
ART. 485, existência ou de validade.
QUANDO • Irregularidade no exercício do direito de ação.
OCORRER: • Desistência.
• Intransmissibilidade do direito. (art. 485, IX).
• Outros casos: Art. 76, § 1º, I; Art. 102, parágrafo
único); Art. 115, parágrafo único; Art. 303, §§ 2º e
6º e Art. 542, parágrafo único.
A SENTENÇA
SERÁ  Acolhimento ou rejeição do pedido.
DEFINITIVA, NA  Verificação da decadência ou prescrição.
FORMA DO ART.  homologação de atos dispositivos ou
487, QUANDO autocompositivos.
OCORRER:  Possibilidade de julgamento do mérito,
quando ocorrer as hipóteses do art. 485. Para
que isto ocorra, deve-se pressupor a
inexistência de prejuízo ao réu.
Elementos da Sentença – Art. 489
Relatório
Deve conter o nome das partes,
a identificação do caso, o
resumo do pedido e da
contestação e, se houver, da
reconvenção e, também, o
registro das principais
ocorrências do processo.
Fundamentos
Deve o magistrado analisar e
discutir as questões de fato e de
direito que embasará o
dispositivo. Não poderá
incorrer nos equívocos
disciplinados no § 1º do Art.
489, sob pena de infringir o
princípio da dialeticidade.
Dispositivo
o magistrado resolverá as
questões principais que as
partes lhe submeterem,
respondendo ao(s) pedido(s)
do autor e, se for o caso de
reconvenção, também, ao(s)
pedido(s) do réu.
  Juízo de retratação – Quando não houver resolução do mérito, e
o autor propor recurso de apelação, poderá o juiz retratar-se em
até 5 (cinco) dias.
 Reapresentação da petição extinta – É possível, desde que se
pague todas os custos deixados na petição anterior, como taxas,
honorários periciais e de sucumbência (art. 486, § 2º). Não se
deve esquecer da perempção.
 Princípio da invariabilidade – A sentença é estável, ou seja, não
Sentença deve ser modificada pelo juízo monocrático, salvo para corrigi-
la de ofício ou a requerimento das partes (Art. 494).
Outras Situações  Fato novo – Art. 493.
 Vinculação da sentença ao pedido – (Art. 492). Ex. sentença
citra, ultra ou extra petita.
 Hipoteca necessária. (Art. 495) - Espécie de garantia da eficácia
da decisão, mediante realização de hipoteca em bens do réu.
 Remessa necessária. (Art. 496) – Proteção à União, Estados e
Municípios em face de condenações em valores expressivos.
Direito Processual Civil II

 Adriano Pedro Goudinho – Professor - matricula 55743.

 Universidade do Extremo Sul de Santa Catarina – UNESC
 2019.