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CRÉDITO
→ origem da palavra: credere
→troca de um bem presente por um bem futuro (receber um bem presente para dar uma
contraprestação no futuro)
→ instrumento que serve para fomentar a atividade empresarial
→ toda relação de crédito advém necessariamente na relação de confiança que eu deposito na
pessoa do devedor
→ instrumentos jurídicos para legitimar o direito de crédito (para dar segurança ao credor). E quais
são esses instrumentos? Os títulos de crédito.
Títulos de Crédito
→ documentos representativos de crédito
Conceito clássico
“título de crédito é o documento necessário para o exercício de um direito literal e autônomo nele
mencionado”
Esse conceito traz os seguintes significados:
– documento necessário = princípio da cartularidade = preciso portar o documento para provar que
eu sou o credor
– literal = princípio da literalidade = direito de exigir tudo aquilo que está consignado/escrito no
título, não posso exigir nada além daquilo que está no papel. De certa forma também dá segurança
ao credor e devedor
– autônomo = princípio da autonomia
Conceito legal – art. 887 CC
art. 887. O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele
contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei.
Logo, pode-se concluir que os títulos de créditos são títulos formais que precisam
preencher requisitos formais.
Características
→ negociabilidade
Trata da facilidade que os meios de crédito circulam no meio empresarial
→ executividade
Títulos foram recepcionados pela legislação como títulos executivos, cobrança de crédito
diretamente em uma ação de execução
Exceção?? Duplicata (não precisa existir no meio físico) – hoje costumamos trabalhar com as
duplicatas virtuais
2. Literalidade
este princípio serve tanto para proteger o credor quanto o devedor
direito literal nele mencionado
só vale aquilo que estiver expressamente escrito/consignado/literalmente disposto no
título de crédito
pouco importa os acertos feitos entre credor e devedor feitos extratítulo
o que não está no título de crédito não nos interessa
3. Autonomia (este princípio se desdobra em dois)
está sempre ligado a ideias de relações jurídicas
significa independência das relações jurídicas
toda vez que o título é posto em circulação, ele passa a conferir direitos autônomos de
crédito, direitos novos ao portador do título (objetivo de dar segurança ao credor do crédito)
o que circula é o título de crédito, o valor ali conferido, não o direito do anterior credor
→ obrigações nulas
obrigações anuláveis não obstam o direito de exigir do credor. Exemplo: A aponta uma
arma na cabeça de B exigindo que B preencha um cheque no valor de 5 mil reais. Depois B vai e
usa esse cheque para comprar algo com C. Daí C vai cobrar esse cheque de A e o A alega o vício
de consentimento, a coação. Isto pouco importa para C, A terá que pagar o valor e depois ajuizar
uma ação regressiva, para anular o negócio e tal.
Da mesma forma, uma obrigação nula, não anular toda a cadeia de transmissão do título de
crédito. Somente o sujeito que teve sua assinatura falsificada, vai poder argumentar a nulidade.
Uma nulidade de uma não afeta a validade de outra. Um sujeito no meio da cadeia não pode se
utilizar do argumento da pessoa anterior (que a assinatura é falsa) para se aproveitar e não pagar o
valor do crédito. Pouco importa o que aconteceu nas relações na qual não participou.
Subprincípios
3.1 abstração
também está ligada a separação da causa ao título a partir do momento que o título é posto
em circulação
tem haver com a causa que deu ensejo à emissão do título
3.2 Inopobilidade das exceções pessoais a terceiros de boa-fé
decorrência processual do princípio da autonomia
exceção = defesa
2. Quanto à circulação
→ nominais/nominativos
Emitido em favor de um credor determinado, coloco o nome da pessoa destinatária
subdividido em:
a) nominado à ordem: cláusula permissiva do endosso, pode ser negociado, transmitido
via endosso
OBS: cruzar cheque não impede o endosso.
Segurança ao credor
b) nominado não à ordem: título não endossável. Este tipo de ordem tem que estar
expresso no título. Proíbe a transmissão por endosso, mas não impede a transmissão via
cessão civil de crédito
Impedir que a circulação do título transfira direitos autônomos. Não é autônomo!
(permanece preso a relação jurídica anterior)
Segurança ao devedor
→ títulos ao portador
Em favor de um credor indeterminado
Títular do crédito é aquele que tiver na posse do título
Só pode ser feita quando autorizada por lei especial. Concluímos assim que todos os títulos
de crédito são, por sua essência, nominais
cheque em valor menor de 100 reais não precisa indicar o credor do cheque (daí a gente
entende que o portador é o legítimo possuidor/detentor do cheque)
Art. 905. O possuidor de título ao portador tem direito à prestação nele indicada, mediante a sua
simples apresentação ao devedor.
3. Quanto à estrutura
São divididos em ordem de pagamento e promessas de pagamento
→ ordem de pagamento
Estaremos diante de uma determinação.
Exemplo: no cheque está escrito “pague”
cheque será sempre ordem de pagamento
Haverá 3 posições/situações jurídicas distintas, são elas:
(1) sacador – sinônimo de emitente. Emitir o título do crédito e determinar a emissão
de um pagamento
(2) sacado – é uma figura que tem um papel específico, é quem recebe a ordem de
pagamento e vai cumprir (promove o pagamento)
(3) beneficiário – é o credor do título. Pessoa para quem a ordem deve ser
cumprida/paga
Não falamos em sujeitos distintos porque as vezes uma pessoa pode ocupar mais de uma
posição (antes era comum a pessoa emitir um cheque para ela mesma).
Exemplo de ordem de pagamento: duplicata, cheque, letra de câmbio sempre
→ promessa de pagamento
Não vai exprimir uma determinação, mas sim uma declaração que eu presto no título
estará escrito no cheque “pagarei”
Haverá apenas 2 posições jurídicas:
(1) sacador – promitente
(2) beneficiário
Pq não existe a figura do sacado? Porque não está mandando ninguém a cumprir o
pagamento,aqui eu assumo pessoalmente que irei pagar o título (assumo a obrigação de
pagar)
exemplo de promessa de pagamento: só a nota promissória
4. Quanto à natureza
Hipótese de emissão
dividimos em títulos causais e não causais (abstratos)
→ títulos causais
Só podem ser emitidos nas situações expressamente previstas em lei
Exemplo: duplicatas (compra e venda de mercadorias a prazo) – imóvel não é mercadoria,
logo não pode. Para emitir uma duplicata preciso ser comerciante e prestação de serviço para
pagamento futuro
2 casos que pode duplicata: (I) compra e venda de mercadorias; (II) prestação de serviço
para pagamento futuro.
OBS: títulos causais colocados em circulação por endosso se tornam abstrato.
OBS: tem títulos que nascem causais, mas a partir do momento que são postos em circulação
por endosso, se desvinculam do negócio jurídico causal, e passam a ser não causais.
uma vez que o título está na circulação por meio de endosso, ele perde essa relação de
causalidade
→ título não causal (abstrato)
Podem ser emitidos para documentar todo e qualquer tipo de relação jurídica
Não tem uma hipótese prevista em lei. Não há restrição
Exemplo: cheques, letras de câmbio e nota promissória
LEGISLAÇÃO
Títulos em Espécie
Letra de Câmbio
Lei Uniforme de Genebra (Dec. 57.663/66)
Surgiu na idade média
Dec. 2.044
1. Conceito
É um título de crédito, documento formal (tem req mínimos de validade) que tem uma
ordem de pagamento à vista ou a prazo.
2. Estrutura
Se tem uma ordem de pagamento, vai trazer uma determinação, logo terá as 3 posições
jurídicas: (I) sacador; (II) sacado; (III) beneficiário.
As letras de câmbio são ordem de pagamento
Antes de emitir, a letra de câmbio vai trazer 2 relações jurídicas que vão ter um sujeito
comum, sendo uma relação jurídica que irá figurar como credor e outra relação jurídica figurando
como devedor.
Objetivo de fazer o meu devedor pagar ao meu credor – extinguindo simultaneamente duas
relações jurídicas na qual eu faço parte.
Baseada em mais de uma relação jurídica em que figura ao mesmo tempo como credor e
devedor.
Ordem de pagamento que tem o mesmo sujeito; união das figuras de devedor e credor para
extinguir duas relações em uma só
Responsabilidade solidária entre o próprio emitente da letra de câmbio assim como da
pessoa que ele indica para pagar
3. Modelo de Emissão
Letra de câmbio não possui modelo vinculado, mas sim modelo livre (pouco importa de
faço manuscrito ou se pego um modelo da internet)
apenas para lembrar, duplicatas e cheque são modelos vinculado; letra de câmbio e nota
promissória modelo livre
5. Requisitos Intrínsecos
Requisitos intrínsecos estão ligados à validade do negócio jurídico por trás do título de
crédito (capacidade das partes, objeto lítico ou ilícito...)
Não é possível visualizar mediante a simples visualização do título
Logo, não são oponíveis a terceiro (autonomia – uma vez que o título circula, o título dará
ao portador dtos autônomos de crédito).
6. Requisitos formais
previstos no art. 1º da LUG
I- cláusula cambial
Indicação do título que está sendo emitido
II - mandado puro e simples de pagar quantia determinada
mandado = ordem
pagar = dar
quantia determinada (dinheiro)
Ordem incondicional de pagar dinheiro sempre determinado indicado na literalidade
do próprio título
OBS: divergência de valores? Art. 6º da LUG
Valor indicado em algarismos e por escrito, prevalecerá o valor escrito por extenso
Se houver duas vezes escrito errado o algarismo ou por extenso, prevalecerá o menor valor
OBS 2: letra emitida em moeda estrangeira
É possível, desde que a obrigação foi assumida no exterior ou quando emitido por uma
pessoa domiciliada no exterior
Se for cobrada no Brasil, será feita a conversão para a moeda nacional
III - nome de quem deve pagar (sacado)
Indicar o nome completo, documento de identificação e endereço que permita procurar
a pessoa
IV - época do pagamento
Dia do vencimento; dia em que a obrigação vai se tornar exigível
Aceite
1. Conceito
É a manifestação de concordância do sacado com a ordem de pagamento que lhe foi
dirigida na letra de câmbio
2. Validade do aceite: art. 25 da lug → concordância do sacado
Para ser válido o aceite, deve estar disposto de forma expressa na própria literalidade
da letra de câmbio
Sacado só se torna devedor se formalizar seu aceite no título
Depois do aceite, passamos a denominá-lo de aceitante (devedor principal)
Onde poderá ser feito o aceite?
→ anverso = a simples assinatura do sacado na parte da frente do título vale como seu aceite
→ verso = depende de uma cláusula completa, declaração de concordância/aceite + assinatura
do aceitante.
4. Características do aceite:
→ facultativo = é sempre facultativa e o sacado sequer precisa fundamentar sua recusa (a recusa é
imotivada)
→ irretratável= uma vez que o aceite é dado pelo sacado, não poderá atrás
5. Apresentação para aceite (art. 21)
A apresentação para aceite pode ser considerada facultativa, entre a data de emissão e
vencimento
A apresentação para aceite pode ser considerada facultativa ou obrigatória a depender
da letra câmbio.
Beneficiário pode fazer tudo de uma vez só, isto é, o beneficiário pode levar para
requerer o aceite e já cobrar o valor.
Isso ocorrerá quando for uma letra de câmbio à vista, a dia certo ou acerto termo de data
(não preciso apresentar previamente ao sacado a letra de câmbio para o aceite)
Letra de Câmbio a Acerto termo de vista em que a apresentação prévia para o aceite será
obrigatória = preciso apresentar o título para o aceite do sacado para saber quando o título se
tornará exigível
8. Aceite parcial
Se vincula ao pagamento do título apenas naquilo que concordou pagar
aceitante parcial delimita ao valor que aceitou; os co-obrigados são responsáveis por toda a
dívida
Cria-se 2 vencimentos a partir do aceite parcial na letra de câmbio. Um vencimento pra
cobrar a aceitante parcial no dia do vencimento do título e nos limites do valor aceito por ela; e
outro vencimento imediato para os co-obrigados já a partir do dia do protesto
9. Cláusula “não aceitável”
É possível que o sacador estipule na letra uma cláusula que proíba o credor de apresentar o
título antecipadamente pro aceite
Reflexo positivo pro sacador
Toda vez que essa cláusula for criada pelo sacador ela dispensa a cobrança ...não peguei
quando criada por um endossante, só vai fazer efetio para este endossante, sendo necessário
o protesto para cobrar todos os demais
ENDOSSO
1. Conceito
É a transferência/transmissão própria dos títulos de crédito
Transmissão a um endossatário direitos autônomos de crédito e traz um segundo efeito,
transforma o endossante em coobrigado ao pagamento do título
→ simples tradição (sem endosso): não garante o pagamento. Como se não tivesse participado
de uma relação jurídica do crédito
→ impróprio: endosso que vai servir para transmissão de alguns direitos inerentes ao título, mas
não a titularidade do crédito
Impróprio mandato: mandato é sinônimo de procuração. O endossante continua sendo
titular do crédito (continua sendo credor), ele simplesmente autoriza alguém a promover em nome
dele os atos necessários a cobrança do título.
Transferir atos relacionados a cobrança do título (pode transmitir os poderes de cobrança a
outro), mas o credor continua sendo o próprio endossante.
Endossante só transmite o direito de cobrança
Impróprio caução: caução é garantia. Também chamado de “endosso pignoratício”.
Entregar o título de crédito como garantia de adimplemento de outra divida.
Transmite o título com garantia mas eu continuo sendo credor. Não transmite os títulos do
crédito.
Endosso póstumo
também chamado de tardio (feito depois do protesto ou do prazo para protesto)
endosso feito antes do protesto ou do prazo para protesto vai ter o efeito que já vimos,
autônomos...
Importante saber se é póstumo ou não pra ver os coobrigados
AVAL
1. Conceito
É uma garantia própria do título de crédito
É uma garantia de natureza pessoal (recaia sobre a pessoa, não sobre a coisa)
Qualquer pessoa obrigada ao pagamento de uma letra de câmbio pode ter sua obrigação
garantida por um aval
**Até mesmo sacado, que não é devedor da letra de câmbio, pode ter a sua obrigação
garantida por um aval
não trás benefício nenhum ao garantidor
Ao se obrigar como garantidor do titulo de crédito, passa a assumir uma obrigação
equiparada a do seu avalizado, mas não é a mesmo obrigação que se assume
Aval é autônomo
Obrigações nulas?
O avalista continua obrigado ao pagamento do título, ainda que a obrigação por ele
assumida venha a ser declarada nula por qualquer motivo
2. Alongue do título
O aval para ser válido deve ser dado no próprio título ou se faltar espaço para prestar a
garantia, é possível anexar um alongue na letra de câmbio
3. Espécies de aval
→ em branco
Simples assinatura do avalista na frente (anverso) do título. Vai significar uma garantia
do sacador da letra (em favor do SACADOR)
Não é qualquer assinatura (se não for do sacado ou do sacador vai significar uma garantia do
aval). É qualquer assinatura que não seja do sacador ou do sacado
ex: “garanto, assinatura avalista”
→ em preto
Composta por uma declaração de aval acompanhada da indicação do avalizado,
completado com a assinatura do avalista.
Pode ser no verso ou anverso
ex: “garanto fulano. Assinado avalista”
Aval simultâneo = uma pessoa tem a sua obrigação garantida por mais de um aval ao mesmo tempo
2 avais prestados em favor de um devedor
ex:
A (sacador) → B (sacado) → C (beneficiário)
D e R prestaram avais simultâneos de A (para garantir que A vai promover o pagamento, se não
eles vão honrar o pagamento do título)
Possibilidade de cobrar o avalista junto com os avalizados
a responsabilidade é solidária!
Não existe benefício de ordem do aval!!!! pode cobrar direto o avalista
OBS: se é o avalista que paga, ele passa a poder cobrar a letra de câmbio junto ao seu avalizado e
até mesmo vai poder cobrar todas as pessoas que são devedoras da letra de câmbio antes do seu
avalizado
Aval sucessivo
É o aval do aval
Benefício de ordem
Obrigação do avalista é solidária em relação ao avalizado.
Não existe benefício de ordem para cobrança do avalista (pode acionar direto o avalista
se eu sei que ele tem dinheiro)
[mais uma diferença da fiança, fiador é subsidiário, obrigação acessória]
Aval antecipado
É o aval prestado em favor do sacado, isto é, antes da apresentação do título para aceite do
sacado
Ao se prestar um aval antes do aceite, ou da recusa do aceite, avalista antecipado fica
responsável pelo pagamento ainda que o aceite seja recusado pelo sacado
Avalista antecipado é aquele que presta garantia em favor do sacado antes do seu
aceite; se o sacado recursar, o avalista antecipado continua obrigado (vira o devedor principal
de tiver recusa)
E mais, não é preciso sequer protestar o título por recusa de aceite para cobrar o
avalista antecipado (pode ocorrer independentemente do protesto por aceite)
Aval parcial
art. 30 LUG X Art. 897, CC
art. 30 LUG → pagamento de uma letra pode ser em todo ou em parte garantido pelo aval
art. 897 → é vedado o aval parcial
Um diz que pode e outro diz que não pode, prevalece lei especial. Assim, é possível prestar aval
parcial
Outorga Uxória
Anuência/concordância do cônjuge
art. 1647, III, CC → Não se pode prestar garantia por aval ou fiança a exceção do regime de
separação total de bens, sem a concordância do cônjuge.
Hoje, o entendimento é de que não é nula a garantia por aval prestada sem a concordância do
cônjuge, desde que se reserve a meação do patrimônio daquele cônjuge que não consentiu com a
garantia.
Aval Fiança
Garantia própria dos títulos de crédito Garantia dos contratos
É uma garantia autônoma (independe da É uma garantia acessória
obrigação do avalizado)
É uma obrigação solidária em relação a É subsidiária
obrigação do avalizado
Não existe benefício de ordem Vai existir o benefício de ordem (tem que
esgotar os meios de cobrança do afiançado para
só depois acionar o fiador)
VENCIMENTO
Dia que o credor vai poder cobrar o valor discriminado no título de crédito
2 tipos de vencimento: ordinário (comum) e extraordinário (incomum)
1. Ordinário
Escolhido pelo próprio emitente
Sempre vai indicar uma das 4 espécies da letra de câmbio ordinária
a) à vista
É considerado vencida no ato/momento da apresentação
art. 34 da LUG – a letra com prazo a vista deverá ser apresentada no prazo de 1 ano,
contado da sua emissão.
Esse prazo de 1 ano é geral, mas é possível estipular prazo menor ou maior
endossante também pode alterar o prazo, mas somente para diminuir
b) a dia certo
Emitente estipula uma data específica para que o título seja exigido
Antes do dia estipulado como vencimento, a obrigação não pode ser exigida junto ao
vencimento
c) a certo termo de data
emitente estipula um prazo a ser contado a partir da emissão do título de crédito
esse prazo pode ser contado em dias, meses ou anos
muito parecido com o dia certo, pois só pode cobrar em determinado dia
ex: o vencimento ocorrerá 60 dias após a emissão da letra
d) a certo termo de vista
prazo contado a partir do aceite ou da recusa de aceite do título de crédito
título vai ser apresentado previamente para o aceite do sacado em até 1 ano da data da
omissão (art. 35 LUG)
2. Extraordinário
Vai decorrer de um fato atípico que vai provocar a alteração do vencimento ordinário
estipulado no título de crédito
A lei prevê a alteração toda vez que ocorre rum fato atípico previsto em lei
ex: recusa de aceite que vai resultar na necessidade de realizar o protesto
Situações que vão alterar o dia do vencimento: art. 43 lug
– recursa total ou parcial do aceite, considera-se vencido no dia do protesto
– a falência do sacado ou do aceitante vai implicar também na alteração do dia do vencimento, o
novo vencimento vai corresponder ao dia da publicação da sentença que decretar a falência do
sacado ou aceitante (art. 44 lug)
– até mesmo a falência do sacador pode implicar na antecipação do vencimento do título, em um
caso específico das letras não aceitáveis
PAGAMENTO
satisfação da obrigação / do crédito
objetivo de liberar o devedor da obrigação e extinguir a obrigação
o pagamento de um título de crédito vai corresponder ao resgate do título. Resgate tem
objetivo de tirar o título de circulação. Além disso, o resgate prova o pagamento do título de crédito
1. Pagamento no vencimento
aquele que paga o titulo do crédito para o legítimo credor no dia do vencimento vai
automaticamente se liberar com o seu pagamento, desde que não haja qualquer tipo de
oposição ao pagamento
Se aqui eu paguei para a pessoa errada dane-se, já paguei e deu, me liberei da
obrigação
3. pagamento parcial
No vencimento, o credor jamais vai poder recusar o recebimento do crédito, ainda que seja
parcial
É direito do devedor promover o pagamento, ainda que parcial. A fim de evitar que
juros e correção monetária corram. Neste caso, o título continua na mão do credor para que
ele satisfaça integralmente seu crédito. Devedor deve exigir recibo de quitação na literalidade do
próprio título (é uma segurança para o próprio devedor que promoveu o pagamento parcial)
art. 902 cc
4. prova do pagamento
art. 901, §único
além de exigir o resgate do título, é interessante pedir um recibo
5. efeitos do pagamento
quando:
a) aceitante paga: efeito – satisfaz a obrigação e extingue por completo as obrigações dispostas no
título de crédito. Libera todos os devedores do título
b) avalista do aceitante paga: produz efeitos liberatórios a todos coobrigados, podendo cobrar
em regresso o aceitante (seu avalizado)
ex: A – B – C; D é avalista de B (aceitante)
c) coobrigado paga: efeito – desonera todos os devedores que lhe são posteriores no título,
podendo reaver o que pagou via ação de regresso contra todos os devedores anteriores a ele
ex: A – B – C – D – E. se C paga libera D e E e permite cobrar de A ou de B de forma solidária
PROTESTO
É um documento formal que serve para tornar público um inadimplemento.
Objetivo de tornar público um inadimplemento. E possibilitar a cobrança dos coobrigados
Quem produz é um tabelião
1. Falta de Protesto ou protesto extemporâneo → consequência?
Perde o direito de cobrar os coobrigados (art. 53 da LUG)
• Ausência de Protesto por recusa de aceite?
Avalista antecipado (aval prestado em favor do sacado) → antes do aceite ou da recusa
• Ausência de protesto por falta de pagamento?
Só resta possibilidade de cobrança do aceitante e do avalista do aceitante
2. Hipóteses de Protesto
a) por falta ou recusa de aceite
Contra o sacador do título com o propósito de mostrar ao sacador que o título que ele
emitiu que o aceite deste título foi recusado
Prazo? Art. 28 do Decreto 2044/1908 e art. 44 da LUG
Decreto diz o primeiro dia útil, ao passo que a lug diz que o prazo para fazer o protesto da
letra de câmbio é a partir da recusa até o vencimento do título.
Majoritariamente aceito o que dispõe no art. 44
AÇÃO CAMBIAL
Se diferenciada das demais porque a defesa do executado é limitada por lei – art. 17 da LUG e 916
do CC
→ foro competente
local de pagamento do título
→ tipos de execução: direta e indireta
Ação cambial é ação de execução
é direta a ação de execução quando ajuizada contra o aceitante e seu avalista. Logo será
dispensada a prova do protesto
e a execução indireta é aquela dirigida contra os coobrigados cambiários (sacador, endossantes
e os avalistas de ambos). É dita indireta porque dirigida contra os coobrigados e portanto, é
condição da ação a juntada do instrumento de realização do protesto para provar que tem o
direito de acionar os coobrigados
Credor pode ajuizar ação direta e indireta simultaneamente – art. 47 da LUG
→ limites de defesa do devedor
Vão ser defesas pessoais (entre exequente e executado) e defesas de natureza processual (eventual
prescrição, decadência, pagamento, vício formal que comprometa a validade do título – data
emissão, assinatura..)
Meio próprio de defesa é embargos do devedor (embargos à execução)
→ prazos prescricionais
Prazo para ajuizar ação cambial de execução: art. 70 da LUG prevê 3 diferentes prazos, vai
depender de quem cobra e quem está sendo cobrado
– credor (último portador do título): 3 anos a contar do vencimento do título para cobrar o
aceitante e seu avalista
– credor: 1 anos a contar do protesto para cobrar coobrigados
– ação cambial regressiva: ajuizada por um coobrigado que paga contra um dos que estão na
parte anterior da cadeia. Precisa ajuizar esta ação no prazo de até 6 meses a contar do dia que
ele pagou
Se perder o prazo: ainda resta ajuizar uma ação causal (ação monitória ou ação de cobrança) – dai
nessas ações eu podem ser discutidas quaisquer materiais de defesa. Prazo de 5 anos a contar do
vencimento do título (prazo decadencial)
NOTA PROMISSÓRIA
Não vai existir a figura do sacado
Não há uma ordem dirigida a um terceiro para pagar
Nota promissória é promessa de pagamento, promessa feito pelo próprio emitente, passa a se
obrigar como devedor e pagador principal do título
1. Conceito
É um título de crédito (documento formal, segue requisitos mínimos) que contém uma
promessa de pagamento em que o emitente (sacador) ao emitir o título se compromete a pagar
uma quantia em favor do beneficiário indicado no título
nota promissória é abstrata, não causal – não há limitação das hipóteses de emissão
título de modelo livre
2. Legislação
também previsto na LUG, em específico alguns artigos – entre art. 75 e 78
art. 77 – o que não estiver previsto, aplica-se no que couber as normas da letra de câmbio
**o instituto do aceite das letras de câmbio não se aplica às notas promissórias
art. 78 da LUG – onde se lê aceitante leia-se sacador/principal devedor/subscritor
3. Requisitos essenciais de validade (art. 75 LUG)
I – cláusula cambial
a denominação nota promissória, a fim de identificar o título
II – promessa pura e simples de pagar quantia determinada
promessa composta por sacador (chamado de subscritor ou emitente) e beneficiário
(chamado de tomador do crédito)
promessa incondicional de dar pecúnia, sempre indicada na literalidade do título
possíveis divergências, idem letra de câmbio
III – época do pagamento
dia do vencimento do título
idem letra de câmbio, se não houver indicação do dia do vencimento, entende-se também
pagável a vista
art. 76 da LUG
IV – local do pagamento
se faltar indicação do local do pagamento, a nota promissória não será considerada nula, será
considerada pagável no mesmo lugar que foi emitido e ao mesmo tempo vai ser considerado o
domicílio do subscritor
V – nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga
mostra que a nota promissória é um título nominal, precisa indicar a figura do credor
determinado
a cláusula a ordem permite o endosso
VI – local e data da emissão
se faltar indicação de local de emissão, será considerado o lugar designado ao lado do nome
do subscritor (art. 76 LUG). Se não houver nenhuma indicação, será o domicilio do sacador
se faltar data da emissão título é considerado nulo!
VII – assinatura do sacador
assinatura de quem emite o título (sacador/subscritor)
5. Endosso
É possível endosso em branco no verso, endosso em preto em qualquer lugar
mesmas regras letra de cambio
2. Espécies de endosso (art. 13 lug)
a) em branco: caracterizado pela mera assinatura do endossante no verso da letra. Não
especifica a figura do novo credor; ela passa a conferir a titularidade do crédito a qualquer
um que venha a portar o título consigo.
b) em preto: é um endosso nominal, que vai especificar a nova figura do credor, o endossatário.
Haverá uma declaração de endosso + identificação do endossatário + assinatura do endossante
(endosso para Filipe, assinado fulano). Poderá ser feito no verso ou anverso.
6. Aval
– aval em branco: simples assinatura do avalista na parte da frente do título vai implicar em uma
garantia em favor do sacador da nota
avalista é responsável da mesma maneira pelo avalizado
idem letra de câmbio
7. Vencimento
também aplica-se as notas promissórias, as disposições de vencimento da letra de câmbio
espécies de vencimento:
I – à vista: É considerado vencida no ato/momento da apresentação
art. 34 da LUG – a letra com prazo a vista deverá ser apresentada no prazo de 1 ano,
contado da sua emissão.
Esse prazo de 1 ano é geral, mas é possível estipular prazo menor ou maior
II – a dia fixo: Emitente estipula uma data específica para que o título seja exigido
Antes do dia estipulado como vencimento, a obrigação não pode ser exigida junto ao
vencimento
III – a certo a termo de data:emitente estipula um prazo a ser contado a partir da emissão do
título de crédito
esse prazo pode ser contado em dias, meses ou anos
muito parecido com o dia certo, pois só pode cobrar em determinado dia
ex: o vencimento ocorrerá 60 dias após a emissão da letra
VI – a certo termo de vista: o início do prazo conta-se a partir da reapresentação do título ao
emitente
prazo contado a partir do aceite ou da recusa de aceite do título de crédito
título vai ser apresentado previamente para o aceite do sacado em até 1 ano da data da
omissão (art. 35 LUG)
Nas letras de câmbio, a certo termo de vista ocorria somente após o aceite, mas nas notas
promissórias não tem aceite, então, em caso de títulos com várias prestações, ocorrerá a assinatura a
cada prestação vencida
assinou o título, a partir dali, conta-se 5 dias para a nota ser exigível.
ex: obra com várias etapas
8. Ação Cambial
– prazos prescricionais: os mesmos previstos para letra de câmbio. 3 anos a contar do vencimento
da nota para acionar o devedor principal (subscritor e avalista se houver) (art. 70 LUG). Vai
dispor também de 1 ano a contar do protesto para cobrar os coobrigados cambiários
(endossantes e avalistas dos endossantes)
Aquele que paga tem dto de Ação de regresso: acionar os devedores anteriores na cadeia (6 meses a
contar do dia que fez o pagamento do titulo)
Perdi esses prazos de 3, 2 anos e 6 meses: possibilidade da ação causal para discutir o título (prazo
prescricional de 5 anos a contar do vencimento do título – art. 206, §5º, I, CC – comum por ação
monitória ou ação de conhecimento, de cobrança
Inoponibilidade das exceções pessoais a terceiros de boa-fé
CHEQUE
1. Regulamentação
Lei n. 7.357/85
2. Conceito
É um título de crédito, documento formal (requisitos mínimos de validade) que se
caracteriza como uma ordem de pagamento a vista, sacado sempre contra um banco ou uma
instituição financeira assemelhada e que pressupõe a existência de saldo suficiente na conta do
emitente
3. Estrutura
Ordem de pagamento em que haverá a figura do sacador, sacado e beneficiário
OBS: não é qualquer pessoa que pode sair emitindo cheque, a emissão do cheque pressupõe uma
relação contratual anterior entre o sacador e o sacado (relação jurídica contratual de abertura de
conta corrente)
Na cadeia de pagamento A → B → C sempre vai ter a figura do banco como o sacado
O principal pagador do cheque é sempre o próprio sacador/emitente do título. Sacado é
só intermediador (gerencia o dinheiro do emitente, só atende a ordem do detentor dos
recursos, não assume o papel de devedor do crédito)
4. Modelo de Emissão
modelo vinculado
Precisa atender um formato padronizado, sob pena de não valer como cheque
Resolução 885/83
5. Requisitos essenciais
I – cláusula cambial
indicação nominal do título que está sendo emitido “cheque”
II – ordem incondicional de pagar quantia determinada
8. pressupostos básicos
I – previsão de fundos (art. 4º)
2 tipos de fundo: saldo existente na conta-corrente e os fundos provenientes do contrato de abertura
de crédito (cheque especial)
II – sacado sempre contra banco ou assemelhado (art. 3º)
sempre emitido contra um banco ou cooperativa de crédito sob pena de não valer como cheque
III – não se submete ao aceite (art. 6º)
não existe aceite no cheque e o banco sacado não garante e não responde pelo pagamento do título
sacado também não poderá endossar ou avalizar o cheque
Cheque falso, falsificado ou adulterado (art. 39, p.ú) (súm 479 STJ)
Banco responde pelo cheque falsificado, depois pode reaver o valor de quem praticou a fraude
súmula 479 – as instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito
interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias
Modalidades de cheque
1) cheque cruzado (art. 44 da Lei do cheque)
duas linhas na transversal e em paralelo no anverso
impedir que o cheque seja sacado na boca do caixa
cruzamento é possibilitar a identificação de quem está depositando o cheque
2 diferentes formas de cruzamento:
a) comum: é impedir o saque na boca do caixa. Pouco importa quem está cobrando
cheque/quem leva a depósito
b) especial: além das duas linhas transversal e paralela, trás também o nome de determinada
pessoa. Nesses casos, o título só poderá ser pago a pessoa indicada, dai vai impedir a circulação do
crédito
mesmo efeito da cláusula não a ordem: impede a circulação e obriga o depósito do cheque
2) cheque visado
todo cheque nominal, não endossado, pode ser visado pelo banco sacado
corresponde a uma declaração do banco sacado atestando a existência de fundos
ou seja, cheque visado só garante o pagamento do título durante o prazo para apresentação
banco deve reservar o dinheiro da conta do fulano para garantir o pagamento (banco tem que
cumprir seu papel reservado em lei). Se não for encontrado dinheiro na conta do emitente, o banco é
responsável por cumprir
garante a existência de fundos durante o prazo de apresentação – art. 7º lei do cheque
3) cheque administrativo
é um cheque, emitido por um banco, emitido contra ele próprio em favor de um terceiro
utilizado toda vez que um negócio juridico precisa dar certeza da existência de recursos
mesmo papel que teria o dinheiro
Circulação do Cheque
a) nominal
– à ordem: transmissível por endosso
– não à ordem: colocar depois do nome do credor, não à ordem. Daí o cheque será pagável somente
a pessoa indicada no título
regra geral é que o cheque é nominal à ordem
b) ao portador
é possível toda vez que o cheque por inferior a 100 reais, não preciso indicar o nome do
credor
Endosso - a partir do art. 17 da lei do cheque
pode ser embranco ou preto
– branco: no verso do cheque, transmitir para qualquer portador
– preto: nominal, pode ser na frente ou atrás
Avalista
mesmas regras
em branco ou em preto
– branco (art. 30 lei do cheque): caracteriza-se pela assinatura do avalista na frente do título e via
ser entendido como garantia em favor do sacador
– em preto: nominal em favor de qualquer devedor do título. Pode ser na frente ou atrás
b) praças diferentes
emitido em local diferente do local para pagamento: 60 dias
OBS: penalidades decorrentes do descumprimento do prazo de apresentação (art. 47)
a) perde automaticamente o direito de cobrar os coobrigados;
b) possibilidade de cobrar do sacador em caso específico do §3º art. 47
OBS: súmula 600 STF – é cabível ajuizar ação de execução ainda que não tenha sido apresentado o
cheque ao banco sacado, desde que dentro do prazo (desde que não prescrita a ação cambial)
ação monitória
ação mais comum para se cobrar o cheque prescrito
prazo: 5 anos contados da emissão do cheque
súmula 299 do STJ
pode o credor ajuizar monitória ou enriquecimento sem causa, sua escolha
DUPLICATA
1. Conceito
é um título de crédito (doc formal, atende req essenciais) que representa uma ordem de
pagamento sacada/emitida em decorrência: (I) compra e venda mercantil a prazo; (II) da
prestação de um serviço para pagamento futuro
2. Estrutura
ordem de pagamento, logo tem a figura de um sacador, sacado e beneficiário
sacador = emitente o título/determina o pagamento. Será o comerciante/vendedor ou o
prestador do serviço. Emitido pelo comerciante em sue próprio favor
sacado = comprador dos produtos/tomador dos serviços
beneficiário = o próprio sacador. Beneficiário e sacador serão as mesmas pessoas
exemplificando: A – B – A
3. Legislação
título causal, isto é, lei dispõe em quais situações eu posso emitir uma duplicata, listadas no item 1
lei 5474
art. 25 da lei das duplicatas prevê a aplicação subsidiária da lug
5. Fatura
obrigatoriedade de emitir fatura toda vez que ficar compra e venda de mercadoria a prazo
a fatura serve como prova da negociação
finalidade mais fiscal; para facilitar o trabalho do Estado (validade e força fiscal)
a emissão da fatura é obrigatória, da duplicata é facultativa
6. Modelo de emissão
modelo vinculado
semelhança entre a duplicata e a fatura
7. Requisitos essenciais – art. 2º, §1º da lei de duplicatas
I – cláusula cambial → denominação duplicata
II – data de emissão
III – nº de ordem →
IV – nº da fatura
V – vencimento → pode ser vencimento a vista ou a prazo. Se faltar a indicação, entende-se que
terá o vencimento a vista, exigida no momento da apresentação para pagamento
VI – nome e domicílio do vendedor e do comprador → vendedor vai ser ao memso tempo sacador e
beneficiário e o comprador vai ser o sacado do título de crédito
VII – valor a pagar
VIII – local de pagamento → local = praça de pagamento
IX – cláusula “a ordem” → permissiva do endosse, pelo menos 1 vez o título pode ser endossado.
Sacador não pode proibir o endosso
X – aceite cambial → na duplitaca, o aceite será obrigatório
XI – assinatura do emitente
Aceite – art. 6º
a duplicata é um título de crédito que se submete a figura do aceite
o sacado, para se obrigar ao pgto do título, tem que formalizar sua concordância
Prazo de 30 dias a contar a emissão do titulo → daí o sacado terá 10 dias para restituir o título
com o seu aceite ou com a recusa de aceite (deve colocar os motivos da sua recusa)
**A duplicata é um título de aceite obrigatório
Prazo para envio da duplicata para aceite (30 dias) → prazo para devolução da duplicata ao credor
(10 dias)
quando não devolve nos 10 dias a gente vai presumir o aceite
art. 7º diz que o sacado pode reter o título consigo mesmo após o prazo de 10 dias, desde que
comunique por escrito a retenção e o aceite cambial, através de uma carta ao credor
Espécies de Aceite
→ aceite ordinário (comum): assinatura do aceitante no próprio título
→ aceite por presunção: não houve recursa expressa. É a situação mais comum
→ aceite por comunicação: ocorre quando o título é retido pelo sacado até seu vencimento e o
sacado comunica por escrito ao credor a retenção e o aceite por escrito (art. 7º)
Pagamento – art. 9º
credor, de prova do título, apresenta ao sacado para pagamento
OBS: prova de pagamento. Como é feita? Mediante resgate do título, através de recibo de quitação
no próprio titulo ou documento apartado.
Também serve como prova de pgto um cheque indicando como prova de pagamento da
duplicata tal
Nas duplicatas, é permitido o pgto antes deo vencimento, se liberando de forma válida
Aval – art. 12
as regras do aval em preto e em branco são idênticas, seguindo as mesmas regras já vistas
Protesto – art. 13
pode ser protestada por falta ou recusa de aceite, falta de pagamento, falta de devolução do título
esse protesto vai ser tirado no prazo de 30 dias a contar do vencimento da duplicata
Triplicata – art. 23
é uma terceira via.
Segunda via da duplicata em caso de perda ou extravio da duplicata
Ação causal
pode ser ação monitória ou ação de cobrança pelo rito comum.
É para os casos em que não conseguir provar os 3 quesitos acima listados
Duplicata virtual – art. 889, §3º CC + art. 8º, p.ú, Leu 9492/97
hoje em dia, grande parte das duplicatas são emitidas por meio virtual
possibilidade de realizar o protesto na duplicata virtual
lembrar: boleto não é título, ele pode representar a existência de uma duplicata virtual