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CONCEITO
E
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Conceito e Finalidade
CONCEITO: O recurso é um instrumento processual para impugnação ou revisão de decisões
judiciais. É um ato voluntário, ou seja, a parte que sucumbiu recorrerá se assim desejar. Para que
possa ser analisado, deve preencher os pressupostos exigidos pela legislação, chamados de
requisitos de admissibilidade.
PRINCÍPIOS: Podemos arrolar como princípios que regem o sistema recursal os seguintes:
DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO: O duplo grau de jurisdição é um princípio constitucional que garante
a possibilidade de revisão de qualquer decisão proferida que não esteja de acordo com o desejado
por uma ou ambas as partes do processo.
VOLUNTARIEDADE: A voluntariedade informa que o recurso é ato processual que deriva da
manifestação da pretensão da parte, diante do seu inconformismo, ver reformada ou anulada uma
decisão.
TAXATIVIDADE: Deve ser clara e precisa, de forma que o destinatário da lei possa compreende-la.
sendo vedada, portanto, com base em tal princípio, a criação de tipos que contenham conceitos
vagos ou imprecisos. A lei deve ser, por isso, taxativa; dispositivo; inquisitório e fungibilidade.
Por esse efeito, reabre-se a oportunidade de reapreciar e, novamente, julgar questão já decidida. Dessa forma,
conclui-se que não se pode, logicamente, conceber um recurso que não restabeleça, no todo ou em parte, a
possibilidade de rejulgamento. Por conta disso, esse é um efeito presente em todos os recursos.
2) EFEITO SUSPENSIVO
Refere-se ao impedimento da imediata execução do decisório impugnado. A nova legislação processual civil tratou
esse efeito recursal como exceção, pelo fato de apenas o recurso de apelação possuir efeito suspensivo automático.
Todavia, caso a imediata decisão produza efeitos que criem riscos de dano grave, de difícil ou impossível reparação e
fique demonstrada a probabilidade de provimento do recurso, poderá o litigante requerer o efeito suspensivo.
Vale frisar que, essa concessão, dependerá sempre da decisão do relator, caso a caso.
3) EFEITO SUBSTITUTIVO
O efeito substitutivo é atribuído pelo art. 1.008 do CPC aos recursos em geral. Consiste ele na força do
julgamento de qualquer recurso de substituir, para todos os efeitos, a decisão recorrida, nos limites da
impugnação.
4) EFEITO EXPANSIVO
É uma espécie de variação do efeito devolutivo do recurso. O efeito em tela delimita a área de cognição
e decisão dos Tribunais Superiores, na espécie, consiste em reconhecer que a devolução operada pelo
recurso não restringe às questões resolvidas na sentença, compreendendo também as que poderiam ter
sido decididas, seja porque suscitadas pelas partes, seja porque conhecíveis de ofício.
5) EFEITO TRANSLATIVO
Diz respeito à limitação de cognição do tribunal, salvo se se tratar de matéria de ordem pública. Insta
observar que as questões de ordem pública podem ser conhecidas pelo Tribunal ainda que não tenham
sido reconhecidas objeto de recurso.
Disposições Gerais dos Recursos
arts. 994 à 1.008
I - apelação;
II - agravo de instrumento;
IV - embargos de declaração;
V - recurso ordinário;
VI - recurso especial;
IX - embargos de divergência.