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O que são títulos de crédito ?


O art. 887 do Código Civil diz que “o título de crédito, documento necessário ao exercício
do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os
requisitos da lei”. Fábio Ulhoa Coelho os conceitua os títulos de crédito asseverando que
“são documentos representativos de obrigações pecuniárias. Não se confundem com
a própria obrigação, mas se distinguem dela na exata medida em que as representam”
(Coelho).

Em outras palavras, título de crédito é um documento necessário para o exercício de


direito literal e autônomo nele mencionado.

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princípios aplicáveis
Princípio da cartularidade
O credor de um título de crédito deve estar na posse do documento (cártula) para exigir
o seu direito.

“Sem o preenchimento dessa condição, mesmo que a pessoa seja efetivamente a cre-
dora, não poderá exercer o seu direito de crédito valendo-se dos benefícios do regime
jurídico-cambial” (Coelho).

Hoje este princípio admite exceções devido às constantes inovações tecnológicas.

O próprio Código Civil, no art. 889, parágrafo terceiro, prevê que “o título poderá ser
emitido a partir dos caracteres criados em computador ou meio técnico equivalente
e que constem da escrituração iminente, observados os requisitos mínimos previstos
neste artigo”.

Princípio da literalidade
Somente é considerado o que está expresso no título.

Não há que se levar em conta o que está gravado em outros documentos, mesmo que ao
título se refira.

Quem adquire o título está adquirindo o que está literalmente descrito na cártula.

Marcelo Bertoldi exemplifica o princípio dizendo que “se um aval for dado em documen-
to em apartado do título, este será considerado inexistente como aval, visto que, para
ser considerado, deverá constar no próprio título a assinatura do avalista”.
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princípios aplicáveis
Princípio da autonomia
Entende-se que as obrigações representadas por um mesmo título de crédito são inde-
pendentes entre si.

Se uma delas foi nula ou anulável, o seu vício não comprometerá as demais obrigações
constantes do mesmo título.

O princípio da autonomia se desdobra em outros dois princípios:

(1) o da abstração, que dá relevância à ligação entre o título de crédito e a relação, ato ou
fato jurídico que deram origem à obrigação por ele representada. Assim, o título pode se
desvincular da obrigação que o originou; e

(2) o da inoponibilidade das exceções pessoais aos terceiros de boa-fé, que se trata
do aspecto processual do princípio da autonomia, circunscrevendo as matérias que
poderão ser arguidas como defesa pelo devedor de um título de crédito executado.

Por isso, o devedor do título não poderá se opor ao terceiro de boa-fé para pagamento
do título, somente ao credor originário, em cuja obrigação se deu a origem do título.
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classificação
São inúmeras as classificações apresentadas na doutrina. Aqui, ficaremos com as classifi-

cações didaticamente sistematizadas na obra de Marcelo Bertoldi.

Ao portador: não consta no documento o nome do beneficiário. Aquele que porta o doc-

umento fará jus ao benefício. São transferíveis por mera tradição.

Nominativos: o nome do beneficiário consta no título. Para que ele possa circular é

necessário o endosso do credor para o seu sucessor.

Abstratos (não causais): os títulos não possuem vinculação com a causa que lhes deu

origem. O cheque é um exemplo de título de crédito não causal.

Causais: estão vinculados às causas que lhes deram origem. Exemplo é a duplicata, que

é emitida somente na compra e venda de mercadorias ou prestação de serviços.

Próprios: representam uma legítima operação de crédito. Pagamento diferido em

relação ao tempo. Exemplo: nota promissória.

Impróprios: não é operação de crédito. O pagamento não se difere no tempo. É ordem

de pagamento à vista. Exemplo: cheque.

Vinculados: os seus formatos obedecem a padrões fixados previamente. As partes não

poderão mudar sua formatação sob pena de invalidação. O cheque é o exemplo clássico.

Livres: os formatos não são completamente rígidos, podem ser alterados para atender

às necessidades dos interessados. Exemplo: nota promissória.


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endosso
O credor de um título de crédito nominativo à ordem pode transmitir os seus direitos de
crédito a outra pessoa. Isto ocorre através do endosso. O antigo credor é o endossante e
o novo credor é o endossatário. Neste caso, o endossante ficará vinculado ao pagamento
do título.

Endosso em branco: o endossatário não é identificado na transferência. O título se tor-


na um título ao portador.

Endosso em preto: há identificação expressa do endossatário.

Endosso impróprio: a posse do título é transferida sem que o direito ao crédito também
o seja. Ocorre no “endosso-mandato” e no “endosso-caução”.

aval
O aval serve para um terceiro garantir total ou parcialmente um título de crédito em
favor de um terceiro devedor. Materializa-se pela assinatura do avalista na face ou no
verso do título, com ou sem a expressão “por aval”. Pode também trazer a expressão
“por aval de”, é o caso do chamado “aval preto”, pois identifica o avalizado.

protesto
Fábio Ulhoa Coelho leciona que o protesto é “o ato praticado pelo credor, perante o com-
petente cartório, para fins de incorporar, ao título do crédito, a prova de fato relevante
para as relações cambiais, por exemplo, a falta de aceite ou pagamento”.

ação cambiária
É o instrumento através do qual se cobra judicialmente um título de crédito. É uma ação
de execução, vez que os títulos de crédito são títulos executivos extrajudiciais. No entan-
to, prescrita a ação cambiária o credor poderá ajuizar ação monitória ou de conhecimen-
to.
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espécies de títulos de crédito


São inúmeros os títulos de crédito existentes. Aqui trataremos apenas dos mais conheci-
dos e, consequentemente, de maior possibilidade de cobrança em Concursos.

Letra de câmbio
É uma ordem de pagamento emitida de uma pessoa a outra, perante a qual possui um
crédito, para que esta pague a um terceiro a quantia indicada. Foi criada para facilitar o
comércio entre os povos.
O diploma legal que regula o instituto é a Lei Uniforme de Genebra, promulgada pelo
Decreto 57.663/67.

Sacador: é a pessoa que emite a ordem de pagamento.

Sacado: é a pessoa para quem a ordem de pagamento é dirigida.

Tomador: é o favorecido pela ordem de pagamento.

Requisitos essenciais: para que a letra de câmbio seja válida e eficaz deverá atender
aos seguintes requisitos:

a) Denominação “letra de câmbio” expressa no título, no mesmo idioma do documento;

b) Ordem incondicional de pagamento com valor determinado;

c) Nome e identificação (endereço, CPF, etc.) de quem deve pagar;

d) Nome e identificação do favorecido (tomador);

e) Data do saque. Se não houver, o pagamento deverá ser realizado à vista;

f) Assinatura do sacador.

Aceite: é a concordância do sacado. A partir do aceite o sacado se torna devedor princi-


pal, ficando obrigado a pagar o beneficiário.
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Dica - Letra de Câmbio


O portador da letra de câmbio poderá preenchê-la (quando estiver em branco) ou com-
pletá-la (quando faltarem informações). É o que preconiza a Lei Uniforme de Genebra e o
Código Civil Brasileiro.

Neste ponto, ensina Bertoldi: “o portador que recebe letra faltando qualquer de seus
requisitos poderá preenchê-lo, presumindo-se estar praticando tal ato como procurador
do sacador, desde que o faça de boa-fé.

Desta forma, aquele título que a princípio não continha todos os seus requisitos, e, se
fosse apresentado para protesto ou cobrança, não teria os predicados inerentes aos títu-
los de crédito, passa a conter todos os requisitos essenciais para tanto”.

Nota promissória
A nota promissória é uma promessa de pagamento realizada por uma pessoa em favor
de outrem.

Requisitos

a) Expressão “nota promissória” no título;

b) Promessa incondicional de pagar a quantia determinada;

c) Nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga;

d) Data e local do saque;

e) Assinatura e identificação do subscritor.

Ao contrário do que ocorre na letra de câmbio, na nota promissória não há a necessi-


dade do aceite.
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Cheque
Fábio Ulhoa Coelho leciona que “o cheque é uma ordem de pagamento à vista, sacada
contra um banco e com base em suficiente previsão de fundos depositados pelo sacador
em mãos do sacado ou decorrente de contrato de abertura de crédito entre ambos”.

Nota-se no conceito que o cheque é uma ordem de pagamento à vista. Mesmo que out-
ra seja a data colocada quando do seu preenchimento não restará alterada essa carac-
terística. Coelho destaca que “um cheque pós-datado é pagável em sua apresentação, à
vista, mesmo que esta se dê em data anterior àquela indicada como a de sua emissão”.

Requisitos

a) Denominação “cheque” no documento;

b) Ordem incondicional de pagar a quantia determinada;

c) Nome e identificação do sacado (banco);

d) Data da emissão;

e) Assinatura do emitente.

Cheque sem fundos


Gera sanções administrativas, como inscrição no Cadastro de Emitentes de Cheque sem
Fundos e impossibilidade de receber novo talonário; pode gerar reprimenda penal, pelo
crime de fraude no pagamento por meio de cheque.
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Duplicata
É um título de crédito à ordem e formal, originado necessariamente de um contrato de
compra e venda mercantil ou de prestação de serviços. “É um documento formal na me-
dida em que, para a sua validade, deverá conter alguns requisitos formais” (Bertoldi).

Requisitos

a) Expressão “duplicata”;

b) Data da emissão;

c) Número de ordem;

d) Número da fatura;

e) Vencimento;

f) Nome e identificação do vendedor e do comprador;

g) Valor em algarismos e por extenso;

h) Praça do pagamento;

i) Cláusula “à ordem”: a duplicada quando endossada poderá circular. Não é possível


duplicata “não a ordem”, que não admite endosso;

j) A declaração do reconhecimento de sua exatidão e da obrigação de pagá-la, a ser


assinada pelo comprador, como aceite;

k) Assinatura do emitente.

Fatura: é o documento que traz a descrição da compra e venda ou prestação de serviço


que fizeram surgir a duplicata.
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