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Sumário
O QUE É O DIREITO TRABALHISTA
BANCÁRIO

QUAIS OS DIREITOS DE UM BANCÁRIO


DEMITIDO?

- CARGOS DE ADMINISTRAÇÃO
- CARGOS DE GESTÃO

REGRA GERAL DE JORNADA DE


TRABALHO

- EXCEÇÕES

AS 6 PERGUNTAS PARA SABER SE TEM


DIREITO À HORA EXTRA

COMO PEDIR HORAS EXTRAS NAS


RECLAMAÇÕES TRABALHISTAS?

CONCLUSÃO
Introdução
Eu sou o Marcelo Ziola ,
ESPECIALISTA EM PROCESSOS
DE ALTA COMPLEXIDADE DA
VSH, e atuo há 20 anos na área
trabalhista.

Desde a minha formação em


Direito, já atuava com o Direito do
Trabalho e, ao longo dos anos, fiz
várias pós-graduações e
especializações na área.

Desde 2006 ajudo empregados


em diversas ações trabalhistas e
já gerei resultados nas mais de
2000 ações que atuei.

Hoje, sou o coordenador do


núcleo de Direito do Trabalho do
Venturi Silva & Hüttner
ADVOGADOS e estou à sua
disposição para fazer uma
consultoria gratuita e sigilosa.

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O DIREITO TRABALHISTA
BANCÁRIO

O que é direito
trabalhista bancário?

É a parte do Direito do Trabalho que tem por objeto, mais


especificamente, as relações de emprego dos funcionários de
bancos.

Uma das principais demandas dos bancários em relação aos


Bancos diz respeito ao enquadramento equivocado nos cargos de
confiança de que trata a CLT em seus artigos 62, II (em que o
trabalhador não recebe qualquer hora extra) ou 224, pár. 2º (em
que recebe apenas pelas horas trabalhadas além da 8ª hora
diária).

Esse enquadramento é procedido pelo Banco sem considerar as


reais condições de trabalho do bancário, visando restringir ou
extinguir totalmente o direito do mesmo à ser remunerado pelas
horas extras prestadas.

Assim, como a Justiça do Trabalho leva em consideração as reais


atividades exercidas pelo profissional na sua rotina de trabalho,
não considerando apenas a função registrada na Carteira de
Trabalho, os bancários têm proposto ações judiciais nas quais
conseguem afastar o cargo de confiança, obtendo o direito de
receber pelas horas extras não recebidas que são: as trabalhadas
após a 8ª hora diária (para quem foi enquadrado no cargo de
confiança do art. 62, II da CLT); e a 7ª e 8ª horas trabalhadas
diariamente (para quem foi enquadrado no cargo de confiança do
art. 224, pár. 2º da CLT).

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Quais os direitos de
um bancário demitido?
Tudo vai depender do caso a caso.

Mas uma situação muito comum diz respeito às horas extras.

E antes de entrar nessa questão, precisamos diferenciar os tipos


de funcionários e enquadramentos, para entender um pouco
mais desta temática.

01. O QUE SÃO CARGOS DE


ADMINISTRAÇÃO EM BANCOS?

Nas agências bancárias, seriam os demais gerentes da agência


(que não o gerente geral), chefes de departamento ou outros
equivalentes.

Esses bancários se enquadram no artigo 224, §2º da CLT, e não


recebem a 7ª e 8ª horas diárias de trabalho, já que pela lei e
nomenclatura do cargo, somente teriam direito a receber pelas
horas extraordinárias a partir 8ª hora diária e 40ª hora semanal de
trabalho.

Por isso, não todo e qualquer bancário que pode ser enquadrado
nesses cargos, mas somente aqueles que:

I – Exerçam função que exija maior grau de confiança, com


atribuições capazes de distingui-los dos demais empregados;

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II – Possuam verdadeira autonomia/liberdade nas áreas/setores
em que atuam, podendo interferir e influenciar nas decisões
sobre as atividades respectivas, inclusive para fins de proibição; e

III - Tenham subordinados, exercendo função de chefia com


efetivo poder de coordenação, mando e fiscalização em relação
aos colaboradores da área/setor do Banco em que atua.

Além disso, pelo desempenho da função, os bancários devem


receber uma gratificação no valor mínimo de 1/3 do salário do
cargo efetivo (ou outro montante mais favorável previsto em
acordo ou convenção coletiva).

2. O QUE SÃO CARGOS DE


GESTÃO EM BANCOS?

São os bancários que se enquadram no artigo 62, II da CLT e que


não têm direito ao recebimento de qualquer hora extra.

No universo das agências bancárias, esses bancários exercem a


função de gerente geral.

Mas não basta estar no cargo de gerente geral para não ter direito
às horas extras. Essa situação somente ocorrerá **desde que**,
além de perceberem a gratificação de função no valor mínimo de
40% do salário base (ou outro percentual mais favorável previsto
em acordo ou convenção coletiva):

I – Não estejam sujeitos a qualquer tipo de fiscalização de jornada;

II - Sejam a autoridade máxima da agência, para todos os


colaboradores do quadro funcional da mesma;

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II - Possuam amplos poderes de decisão quanto a todas as
atividades realizadas no estabelecimento (inclusive para
aprovação de crédito em valor superior ao aprovado
automaticamente ou pela mesa de analistas do Banco, assim
como, sem qualquer limitação, para negociar com clientes
inadimplentes, dar descontos em serviços, isentar clientes de
tarifas e negociar taxa de juros);

III – Possuam amplos poderes de gerência da equipe com que


trabalham, tendo a palavra final e independente de qualquer aval
do RH ou da regional do Banco quanto a contratação,
transferência, aplicação de penalidades e demissão de seus
integrantes;

IV – Possuam amplos poderes para planejar e organizar as


atividades do estabelecimento, criar, modificar e extinguir
procedimentos de realização destas atividades; e

V – Possuam amplos poderes para estabelecer e modificar as


metas a serem atingidas por todos os trabalhadores da agência,
assim como definir o que deve ser feito individual e coletivamente
por todos para que estes objetivos sejam alcançados.

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REGRA GERAL DE
JORNADA: POR QUE
BANCÁRIOS TRABALHAM
6H DIÁRIAS?
A regra geral para jornada diária os empregados em Bancos é
que eles têm direito a jornada reduzida de 06 horas diárias e 30
horas semanais, de acordo com a CLT (artigo 224, caput)

EXCEÇÕES DO TRABALHO DE 6H DIÁRIAS PARA BANCÁRIOS

Somente não se aplica a jornada de 06 horas diárias aos


trabalhadores que se enquadram no disposto na CLT, nos artigos
62, II (cargos de gestão, como gerente geral, que não tem direito a
remuneração de qualquer hora extra, ou outro direito relacionado
com a jornada de trabalho) e 224, §2º (cargos de administração,
como direção, gerência, fiscalização, chefia e equivalentes, os
quais têm direito às horas extras somente a partir da 8ª hora diária
e 40ª hora semanal de trabalho).

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Será que você tem
direito a horas extras?

Agora que já você já entendeu alguns conceitos básicos,


responda às 7 perguntas abaixo:

1 - Você tinha cargo de gerência em banco?

2 - Você tinha fiscalização de jornada?

3 - Você era autoridade máxima da agência, para todos os


colaboradores?

4 - Você tinha amplos poderes de decisão quanto a todas as


atividades realizadas no estabelecimento (inclusive para
aprovação de crédito em valor superior ao aprovado
automaticamente ou pela mesa de analistas do Banco, assim
como, sem qualquer limitação, para negociar com clientes
inadimplentes, dar descontos em serviços, isentar clientes de
tarifas e negociar taxa de juros)?

5- Você possuía amplos poderes de gerência da equipe com que


trabalhava, tendo a palavra final e independente de qualquer aval
do RH ou da regional do Banco quanto a contratação,
transferência, aplicação de penalidades ou demissão?

6 - Você possuía amplos poderes para planejar e organizar as


atividades do estabelecimento, criar, modificar e extinguir
procedimentos?

7 - Você possuía amplos poderes para estabelecer e modificar as


metas a serem atingidas por todos os trabalhadores da agência,
assim como definir o que deve ser feito individual e
coletivamente por todos para que estes objetivos sejam
alcançados?

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Se a resposta for negativa, dependendo do cargo que você tenha
ocupado no Banco e da forma/condições em tenha exercido, você
poderá ter direito a receber como extra todas as horas
trabalhadas além da 6ª diária, ou no mínimo, além da 8ª hora
diária de trabalho.

Como pedir horas extras nas


reclamações trabalhistas?

Agora que você já sabe que provavelmente tem direito a receber


horas extraordinárias referentes ao tempo trabalhado na
instituição financeira, o primeiro é você procurar um advogado
especialista para analisar o seu caso, pois somente este
profissional poderá analisar se o seu enquadramento no cargo de
confiança está correto e, em não estando, quais os direitos que
lhe são devidos em relação às horas extras.

Isto porque, não obstante a maior parte (pra não dizer a


totalidade) dos bancários trabalharem efetivamente em
condições que não justificam seu enquadramento como cargo
de confiança, os mesmos são assim enquadrados pelo Banco
para este sonegar-lhes o pagamento de horas extras.

Portanto, procure um advogado especialista de confiança para


fazer essa análise.

Inclusive, aqui na VSH, fazemos uma análise GRATUITAMENTE.

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CONCLUSÃO
Portanto, para se avaliar quais direitos o bancário você pode
requerer, se faz necessária a análise por um advogado trabalhista,
com conhecimento da dinâmica das atividades bancárias e que
consiga identificar não só a importância estratégica do cargo que
você ocupou dentro da instituição financeira, como também os
reais poderes e atribuições que teve no exercício do mesmo.

É pacífico na justiça do trabalho (conforme Súmulas 102, I e 287


do TST) que não basta o trabalhador estar enquadrado em cargo
com nome que caracterize função de confiança, e tampouco ser
remunerado com a gratificação correspondente, para poder ser
enquadrado nas exceções de recebimento de horas extras.

Assim, há muito o que se analisar. Mas uma coisa é certa: se você


tem dúvidas sobre seus direitos, procure um advogado e já
contate um de nossos consultores especializados. Você pode ter
muitos direitos e horas extras a receber.

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@vshbancarios
VSH Bancários
(41) 99161 4972

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