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TECNOLOGO EM GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS –


SEGUNDO MÓDULO

EDUARDO DE JESUS GASPAR RA 31402020

PORTIFÓLIO
DIREITO TRABALHISTA E PREVIDENCIARIO

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GUARULHOS
2020
EDUARDO DE JESUS GASPAR – RA 31402020

PORTIFÓLIO
DIREITO TRABALHISTA E PREVIDENCIARIO

Trabalho apresentado ao Curso Tecnologia em


Gestão de Recursos Humanos do Centro
Universitário ENIAC para a disciplina DIREITO
TRABALHISTA E PREVIDENCIARIO
Profa. Maria Helena Veloso Salgado

GUARULHOS
2020
Assunto 01:

Maria das Dores e José da Silva trabalham no Banco YZ S/A. Maria,


na função de caixa executiva, cumpre jornada de oito horas diárias,
recebendo gratificação de função de 1/3 sobre seu salário. José da
Silva é o chefe de Maria das Dores. Ele tem mais cinco funcionários
sob seu comando e também cumpre jornada de oito horas diárias,
mas, regularmente, labora por mais 20 minutos diariamente. João
recebe gratificação de função de 1/3 de seu salário.

Leia a seguir alguns artigos da CLT relacionados ao assunto em


análise:
Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: [...]
II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de
gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo,
os diretores e chefes de departamento ou filial.
Art. 224. A duração normal do trabalho dos empregados em bancos,
casas bancárias e Caixa Econômica Federal será de 6 (seis) horas
contínuas nos dias úteis, com exceção dos sábados, perfazendo um
total de 30 (trinta) horas de trabalho por semana.
§1º A duração normal do trabalho estabelecida neste artigo ficará
compreendida entre 7 (sete) e 22 (vinte e duas) horas, assegurando-
se ao empregado, no horário diário, um intervalo de 15 (quinze)
minutos para alimentação.
§2º As disposições deste artigo não se aplicam aos que exercem
funções de direção, gerência, fiscalização, chefia e equivalentes, ou
que desempenhem outros cargos de confiança, desde que o valor da
gratificação não seja inferior a 1/3 (um terço) do salário do cargo
efetivo.
Art. 225. A duração normal de trabalho dos bancários poderá ser
excepcionalmente prorrogada até 8 (oito) horas diárias, não
excedendo de 40 (quarenta) horas semanais, observados os preceitos
gerais sobre a duração do trabalho.
Art. 226. O regime especial de 6 (seis) horas de trabalho também se
aplica aos empregados de portaria e de limpeza, tais como porteiros,
telefonistas de mesa, contínuos e serventes, empregados em bancos
e casas bancárias.

Parágrafo único. A direção de cada banco organizará a escala de


serviço do estabelecimento de maneira a haver empregados do
quadro da portaria em função, meia hora antes e até meia hora após o
encerramento dos trabalhos, respeitado o limite de 6 (seis) horas
diárias.

Leia também a Súmula 102 do Egrégio Tribunal Superior do Trabalho:


BANCÁRIO. CARGO DE CONFIANÇA (mantida) - Res. 174/2011,
DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011
I - A configuração, ou não, do exercício da função de confiança a que
se refere o art. 224, §2º, da CLT, dependente da prova das reais
atribuições do empregado, é insuscetível de exame mediante recurso
de revista ou de embargos.
II - O bancário que exerce a função a que se refere o §2º do art. 224
da CLT e recebe gratificação não inferior a um terço de seu salário já
tem remuneradas as duas horas extraordinárias excedentes de seis.
III - Ao bancário exercente de cargo de confiança previsto no artigo
224, §2º, da CLT são devidas as 7ª e 8ª horas, como extras, no
período em que se verificar o pagamento a menor da gratificação de
1/3.
IV - O bancário sujeito à regra do art. 224, §2º, da CLT cumpre jornada
de trabalho de 8 (oito) horas, sendo extraordinárias as trabalhadas
além da oitava.
V - O advogado empregado de banco, pelo simples exercício da
advocacia, não exerce cargo de confiança, não se enquadrando,
portanto, na hipótese do §2º do art. 224 da CLT.
VI - O caixa bancário, ainda que caixa executivo, não exerce cargo de
confiança. Se perceber gratificação igual ou superior a um terço do
salário do posto efetivo, essa remunera apenas a maior
responsabilidade do cargo e não as duas horas extraordinárias além
da sexta.
VII - O bancário exercente de função de confiança, que percebe a
gratificação não inferior ao terço legal, ainda que norma coletiva
contemple percentual superior, não tem direito às sétima e oitava
horas como extras, mas tão somente às diferenças de gratificação de
função, se postuladas.

Para resolver este desafio, analise o texto acima em confronto com a


legislação indicada e responda:
1. Qual a correta jornada diária de Maria das Dores? Justifique sua
resposta.
2. Qual a correta jornada diária de José da Silva? Justifique sua
resposta.
3. Qual a jornada semanal de Maria e de José? Justifique sua
resposta.

Respostas:

A jornada correta é de seis horas diárias. A função de caixa executivo


não se enquadra nas exceções do artigo 224, §2º, da Consolidação
das Leis do Trabalho, quais sejam: função de direção, gerência,
fiscalização, chefia e equivalentes, ou que desempenhe outros cargos
de confiança, a despeito de receber gratificação de 1/3 (um terço) do
salário do cargo efetivo. Cumpre ressaltar ainda que a Súmula 102, VI,
do TST, destaca: "O caixa bancário, ainda que caixa executivo, não
exerce cargo de confiança. Se perceber gratificação igual ou superior
a um terço do salário do posto efetivo, essa remunera apenas a maior
responsabilidade do cargo e não as duas horas extraordinárias além
da sexta."

No caso de José da Silva, a jornada correta é de oito horas diárias. A


função de chefia enquadra nas exceções do artigo 224, §2º, da CLT.
Sendo oportuno mencionar o contido na Súmula 102, II e IV, do TST
que destaca: "II - O bancário que exerce a função a que se refere o
§2º do art. 224 da CLT e recebe gratificação não inferior a um terço de
seu salário já tem remuneradas às duas horas extraordinárias
excedentes de seis" e "IV - O bancário sujeito à regra do art. 224, §2º,
da CLT cumpre jornada de trabalho de 8 (oito) horas, sendo
extraordinárias as trabalhadas além da oitava."

No que diz respeito à Maria das Dores, a jornada semanal será de 30


horas semanais, haja vista o sábado para o bancário ser considerado
dia útil não trabalhado. Em conformidade com o disposto na CLT,
caput do artigo 224: "A duração normal do trabalho dos empregados
em bancos, casas bancárias e Caixa Econômica Federal será de 6
(seis) horas contínuas nos dias úteis, com exceção dos sábados,
perfazendo um total de 30 (trinta) horas de trabalho por semana."
A jornada semanal de José da Silva será de 40 horas semanais,
considerando, também, que o sábado é dia útil não trabalhado. Haja
vista se enquadrar a exceção contida no artigo 224, §2º. Tudo em
harmonia com o artigo 225, da CLT, que prevê: "A duração normal de
trabalho dos bancários poderá ser excepcionalmente prorrogada até 8
(oito) horas diárias, não excedendo de 40 (quarenta) horas semanais,
observados os preceitos gerais sobre a duração do trabalho. Lado
outro, a Súmula 102, IV, do TST, dispõe que: "O bancário sujeito à
regra do art. 224, §2º, da CLT cumpre jornada de trabalho de 8 (oito)
horas, sendo extraordinárias as trabalhadas além da oitava."
Assunto 02:

Leia atentamente o texto abaixo. Os empregados da empresa “X” e


empresa “Y” pretendem assinar um acordo coletivo com as
respectivas empresas. Assim, cumprindo disposição celetista, os
empregados deram ciência de suas decisões, por escrito, ao sindicato
representativo da categoria profissional. As empresas “X” e “Y”
também formalizaram a intenção com sindicato da respectiva
categoria econômica. Decorridos 8 (oito) dias, apenas o Sindicato da
Categoria Econômica se manifestou.

Considerando o disposto na Consolidação Trabalhista, responda os


questionamentos a seguir, fundamentando sua resposta.

1. Qual atitude deverá tomar os empregados?


2. É possível os empregados assinarem o acordo sem a participação
do sindicato da categoria?

RESPOSTAS:

1. Em conformidade com o disposto no Artigo 617, §1º, da


Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), caso o sindicato não se
manifeste ao final do prazo de 8 dias, podem os interessados darem
conhecimento do fato à Federação a que estiver vinculado o sindicato
e na ausência da Federação à correspondente Confederação para que
no prazo de 8 oito dias avoque o comando dos entendimentos para
celebração do acordo.

2. Sim, os empregados poderão continuar diretamente na negociação


do acordo coletivo até o final se o sindicato ou a Federação na
ausência desta confederação não se manifestar desincumbindo do
encargo no prazo estipulado. É o que determina a parte final do §1º,
do Artigo 617, da CLT que diz: “ expirado o prazo de 8 (oito) dias sem
que o Sindicato tenha se desincumbido do encargo recebido, poderão
os interessados dar conhecimento do fato à Federação a que estiver
vinculado o sindicato e, em falta dessa, à correspondente
confederação, para que, no mesmo prazo, assuma a direção dos
entendimentos. Esgotado esse prazo, poderão os interessados
prosseguir diretamente na negociação coletiva até final”.

Conclusão:

A reforma trabalhista promulgada a não muito tempo atrás, foi ponto


de discórdia em alguns setores da sociedade já que alguns diretos
foram revistos em favor do trabalhador e outros ao empregador.

Nos casos dos desafios, existem cenários em que as leis trabalhistas


são especificas para cada função, não existe em generalidade na
norma trabalhista, ela é fracionada em muitas partes e especificada
para inúmeras funções dentro de um único contexto.

Temos especifidades para bancários, para entregadores, para policiais


entre muitos outros, tornando a justiça trabalhista morosa muito
atarefada. Os sindicatos que deveriam proteger os diretos dos
trabalhadores se transformaram em braços políticos de partidos
políticos, por isso na reforma seus “poderes” foram extremamente
limitados, não era opcional por exemplo se filiar a um sindicato, era
obrigatório, trabalhar um dia por ano como contribuição a essas
instituições. Isso são fatos e uma boa parte da minha opinião pessoal
já que enquanto fui bancário presenciei muitas coisas na época de
discussão de dissídios eram de dar nojo em qualquer um

Por isso eu apoiei totalmente essa parte das reformas trabalhistas,


outras nem tanto como exemplo a jornada por horas trabalhadas, isso
ao funcionário é extremamente prejudicial ao colaborador, fui demitido
agora no mês de julho e como gosto muito da área de direito,
principalmente na área trabalhista, estou juntamente com meu
advogado preparando a ação trabalhista já que fui muito prejudicado
na rescisão e estou gostando muito de fazer isso, além de aprender
mais sobre as novas normas trabalhistas ainda fico totalmente ciente
do meu processo.

As sugestões de respostas estão tão perfeitas que não há nada a


acrescentar ou retirar das mesmas

Bibliografia:

CLT – consolidação das leis do trabalho - Decreto-Lei n.º 5 452, de


1 de maio de 1943

Reforma Trabalhista no Brasil de 2017 -  foi uma mudança


significativa na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)
instrumentalizada pela lei № 13.467 de 2017

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