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ATHON ENSINO SUPERIOR

Millena Andreza Stevaux Carnaval – RA: 102200004


Professora: Janete Aparecida Almenara

FÉRIAS
6º DIN

Sorocaba – São Paulo


20 de abril de 2023
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SUMÁRIO

1 FÉRIAS ............................................................................................................................. 3

1.1 HISTÓRIA ..................................................................................................................... 3


1.2 CONCEITO DE FÉRIAS .................................................................................................. 3
1.3 O PERÍODO AQUISITIVO ............................................................................................... 4

2 PERIODO CONCESSIVO DAS FÉRIAS E POSSIBILIDADE DE


PARCELAMENTO. ................................................................................................................. 5

2.1 ANTES DA REFORMA TRABALHISTA ............................................................................ 5


2.2 PÓS REFORMA TRABALHISTA EM 2017 ........................................................................ 5

3 REMUNERAÇÃO DAS FÉRIAS ................................................................................... 7


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1 FÉRIAS

1.1 História

As Férias no Brasil foram concedidas pela primeira vez pelo Aviso Ministerial da
Agricultura, Comércio e Obras Públicas, neste instante as férias eram um período de
descanso de 15 dias remunerados. Depois as férias foram ampliadas abrangendo outras
classes de empregados, sendo quem somente em 1925 ela foi implementada como direito
a todos os empregados e operários de empresas em geral.

A primeira aparição das férias em Constituição foi na Constituição de 1934, prevendo


as férias anuais remuneradas. Posteriormente na Constituição de 1937 foi estabelecido o
prazo para aquisição das férias de um ano de serviço ininterrupto de em uma empresa de
trabalho contínuo.

Posteriormente na Consolidação das Leis Trabalhistas em 1943 foram consolidadas


todas as normas a respeito das férias.

Na Constituição atual de 1988 deu-se também um aumento de 1/3 a mais do salário


normal nas férias.

1.2 Conceito de Férias

O instituto das férias está garantido na CLT art. 129 com a seguinte redação:

Art. 129. Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias,
sem prejuízo da remuneração.

Desta forma, as férias são um período do contrato de trabalho em que o empregado


não prestará serviços, mas receberá a remuneração do empregador. Ela é concedida
passado um período de 12 meses trabalhados na empresa.

Este instituto foi inserido no nosso ordenamento jurídico pois o trabalhador deve
ter o direito a restauração do organismo após um período em que foram despendidas
energias no trabalho. Ter direito ao lazer, ao descanso e ao ócio.

As férias são irrenunciáveis ao trabalhador, também é interesse do Estado verificar


a concessão das férias, assegurando saúde física e mental do trabalhador. Estas tem
também caráter social para que o operário tenha convívio com a sua família e com a
sociedade.
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Para ter direito as férias o trabalhador terá que cumprir o período aquisitivo de um
ano.

1.3 O Período Aquisitivo

O período aquisitivo diz respeito ao período de 12 meses de vigência do contrato


de trabalho do empregado para que assim ele tenha direito ao instituto das férias. É um
prazo legal que o trabalhador tem de cumprir para que possa ter direito a suas férias. As
férias são proporcionais ao tempo trabalhado, sendo as faltas injustificadas do trabalhador
critério para determinar o período de gozo de férias, sendo de acordo com o art. 130 da
CLT até 5 o número de faltas injustificadas para ter o período de 30 dias corridos de férias,
e após 32 faltas injustificadas no período aquisitivo o empregado não terá direito a realizar
suas férias.

Já o empregado que tiver de 6 a 14 faltas injustificadas terá direito a 24 dias corridos


de férias, aquele que tiver entre 15 e 23 faltas terá 18 dias corridos de férias e por último
aquele que tiver de 24 a 32 faltas injustificadas terá 12 dias corridos de férias.

Cabe ressaltar que este cálculo proporcional não se refere a descontar as faltas do
empregador no seu período de férias pois este fato é vedado pelo paragrafo 1º do artigo,
isto visto que as férias têm finalidade de proporcionar descanso para o trabalhador.

Art. 130. Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho,
o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:

I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco)
vezes;

Il - 24 (vinte e quatro) dias corridos quando houver tido 6 (seis) a 14 (quatorze)


faltas;

III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três)
faltas;

IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e


duas) faltas.

§ 1º É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado ao serviço.

§ 2º O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de
serviço.
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2 PERIODO CONCESSIVO DAS FÉRIAS E POSSIBILIDADE DE


PARCELAMENTO.

O período de concessão das férias será nos 12 meses subsequentes à data em que o
empregado haja adquirido o direito as férias. Assim, o empregador deverá dar o fruição das
férias ao empregado em até doze meses, fixando a data de fruição para o melhor
atendimento da empresa nestes 12 meses.

Em regra geral, as férias devem ser concedidas em um só período, podendo em casos


excepcionais estas serem fracionadas em 3 períodos de fruição.

2.1 Antes da Reforma Trabalhista

Antes da reforma trabalhista, o empregado só poderia usufruir de suas férias em um


período contínuo, sem possibilidade de fracionar.

Foi com a Reforma Trabalhista (LEI Nº 13.467, DE 13 DE JULHO DE 2017) que surgiu a
possibilidade de fracionamento das férias para benefício do empregador e do empregado.

2.2 Pós Reforma Trabalhista em 2017

Com a alteração do art. 134 da CLT na Reforma Trabalhista em 2017, o empregador


poderia fracionar as férias do empregado se este estivesse de acordo.

O fracionamento ocorre da seguinte maneira:

“Art. 134. .............................................................

§ 1º Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas


em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias
corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um.

Assim aquele empregado que concordar com o parcelamento das férias poderá
usufrui-la em 3 períodos diferentes, sendo o primeiro período não inferior a 14 dias corridos
e os demais nunca inferiores a 5 dias corridos.
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Isto somente é possível pois algumas empresas têm dificuldades de os empregados


gozarem 30 dias de férias ao mesmo tempo que outro empregado pelo fato de haver um
rodízio de empregados.
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3 REMUNERAÇÃO DAS FÉRIAS

Durante as férias o empregado não deixa de receber seu salário pois as férias são
remuneradas. A remuneração devida a título de férias ao empregado é aquela devida ao
empregado na data de sua concessão de férias.

A constituição traz que na remuneração de férias o empregado tem o direito a um terço a


mais do que o salário normal (Constituição Federal art. 7º, XVII).

O salário correspondente as férias inclui os adicionais de horas extras, noturno, de


insalubridade ou de periculosidade que também serão computados na horas de fazer o cálculo
de férias. Esta norma está disposta em Súmula nº 60 do Tribunal Superior do Trabalho, a ver:

SÚMULA Nº 60 - ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO E PRORROGAÇÃO EM


HORÁRIO DIURNO

I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para


todos os efeitos.

Ora, se estes adicionais pagos com habitualidade integram o salário do empregado para
todos os efeito, de tal modo não seria diferente no momento das férias.

Vale ressaltar que se no momento das férias o empregado não estiver percebendo o
mesmo adicional do período aquisitivo, ou quando o valor deste não tiver sido uniforme, será
computada a média duodecimal naquele período, após a atualização das importâncias pagas,
mediante incidência dos percentuais dos reajustamentos salariais supervenientes.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SERGIO PINTO MARTINS. Direito do Trabalho, 38ª EDIÇÃO, SaraivaJur.

DECRETO-LEI Nº 1.535, DE 15 DE ABRIL DE 1977. Disponível em: URL.


https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del1535.htm

LEI Nº 13.467, DE 13 DE JULHO DE 2017. Disponível em: URL.


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1

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