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LICENÇA REMUNERADA
Considerações Gerais
ROTEIRO
1. INTRODUÇÃO
2. PREVISÃO LEGAL
3. PODER DISCIPLINAR DO EMPREGADOR
4. PRAZO
5. REMUNERAÇÃO E DIREITOS ASSEGURADOS
6. LICENÇA NÃO REMUNERADA
7. FÉRIAS
8. INCIDÊNCIAS DE INSS E FGTS
9. IMPOSSIBILIDADE DE ABATIMENTOS FUTUROS
10. APLICABILIDADE
11. MODELO DE REQUERIMENTO
12. ANOTAÇÃO EM CTPS
13. COMUNICAÇÃO AO MINISTÉRIO DO TRABALHO
14. JURISPRUDÊNCIA
1. INTRODUÇÃO
A licença remunerada pode ser concedida em virtude de situações não previstas no contrato
individual de trabalho, podendo ser de ordem econômica, ou motivada por circunstâncias pessoais
da vida do empregador ou do empregado.
Por exemplo:
- assuntos particulares;
- estudos;
- viagens;
- e outros.
2. PREVISÃO LEGAL
Não inserido de forma objetiva na legislação trabalhista, há superficial menção no artigo 133, inciso
II, da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho):
“Art. 133:
(...);
II - permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 (trinta) dias.”
É certo que a perda se dá quando o empregado pede a licença remunerada por prazo superior a
30 dias, e não quando o empregador impõe a retirada ao mesmo, impedindo-o de trabalhar.
A licença remunerada é uma liberalidade da empresa, seja quando é solicitada pelo empregado, ou
pelo caminho da iniciativa da empresa. Daí porque constitui poder disciplinar do empregador
concordar ou não com o pedido de afastamento temporário. A empresa não está obrigada a ceder
ao requerimento seja qual a finalidade a que se destina.
4. PRAZO
Não há previsão legal objetiva sobre o prazo da licença remunerada concedida ao empregado.
Na interpretação do artigo 133, incisos e parágrafos da CLT, deduz-se que possa ter os seguintes
períodos:
- mais de 30 dias;
- menos de 30 dias;
Portanto, não ocorre prejuízo quanto ao pagamento dos direitos do empregado, tais como o
pagamento do salário, a contagem de avos de direito de décimo - terceiro, férias proporcionais, etc.
O salário é pago normalmente, relativo a cada dia do afastamento, incluindo-se sábados, domingos
e feriados. Aplica-se o mesmo para os adicionais remunerados em sua integralidade, tais como
insalubridade, periculosidade, quebra de caixa, etc.
Para as parcelas variáveis, tais como horas extras ou noturnas, recomenda-se uma média para o
cômputo no período da licença remunerada. Não há previsão sobre qual divisor deve ser utilizado
para a média, devendo o sindicato da categoria ser consultado a respeito.
7. FÉRIAS
O artigo 133 da CLT traz alguns aspectos relevantes para o afastamento do empregado em licença
remunerada. Vejamos:
Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo permanecer em gozo de
licença, com percepção de salários, por mais de 30 (trinta) dias. Neste caso, a perda das férias se
dá quando o empregador toma a iniciativa de conceder a licença remunerada superior a 30 dias, e
não quando o empregado a requer.
Iniciar-se-á o decurso de novo período aquisitivo de férias na data do retorno quando o empregado
se afasta em licença remunerada por mais de 30 dias.
O período de licença remunerada para o empregado têm recolhimentos de INSS e FGTS sobre o
valor pago no período.
O FGTS será de 8% sobre este valor. O recolhimento previdenciário patronal será de 20% sobre a
folha de pagamento, RAT de 1%, 2%, ou 3% e contribuição de outras entidades de até 5,8%.
A licença remunerada concedida pelo empregador não pode ser abatida futuramente do gozo do
período de férias e tampouco em forma de remuneração em eventual rescisão de contrato de
trabalho.
10. APLICABILIDADE
A licença remunerada pode ser aplicada individualmente, a um setor, um grupo, ou a totalidade dos
empregados da empresa.
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MTE nº 41/2007, as condições especiais do contrato de trabalho, caso existentes, devem ser
anotadas na Carteira de Trabalho e Previdência Social.