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1) Férias

A legislação assegura a todos os trabalhadores um período de folga ou


descanso, denominado férias.

Após cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho (período


aquisitivo), o empregado tem direito ao gozo de um período de férias, sem prejuízo
da remuneração. O período aquisitivo é computado da data em que o empregado é
admitido até que ele complete um ano de serviço.

Ou seja, o período aquisitivo é aquele período de 1 ano em que ele trabalha para
ganhar as suas férias.

Assim, exemplificando, se o empregado foi admitido em 1-11-98, seu período


aquisitivo vai de 1-11-98 a 31-10-99. O segundo período vai de 1-11-99 a 31-10-
2000 e assim sucessivamente.

O período de férias, ou seja, os dias de descanso, é computado, para todos os


efeitos, como tempo de serviço.

A legislação vigente não prevê antecipação das férias, a não ser no caso de
Coletivas.

O período de férias do empregado é fixado pela legislação, sendo consideradas


para tanto a jornada de trabalho semanal para a qual ele foi contratado e a
proporção faz faltas injustificadas ao serviço, ocorridas durante o período aquisitivo.

Para o empregado que trabalha em tempo integral, as férias serão fixadas


considerando-se somente as faltas injustificadas, não sendo a sua jornada de
trabalho contratual, já que ele é contratado para trabalhar mais de 25 horas
semanais.

Segue o seguinte critério:


Perda do direito: Além Conforme da perda do direito às férias para o
empregado que, durante o período aquisitivo, tiver faltado mais de 32 vezes, sem
justificativa disso, não terá direito a férias o empregado que, no curso do período
aquisitivo trabalhando em tempo integral ou parcial:

a) Deixar o emprego e não for readmitido dentro dos 60 dias subsequentes a


sua saída;
b) Permanecer em gozo de licença, com percepção de salário por mais de 30
dias;
c) Deixar de trabalhar, com percepção de salário, por mais de 30 dias, em
virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa;
d) Tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou
de auxílio-doença por mais de 6 meses, embora descontínuos.

Época da concessão: As férias devem ser concedidas, por ato do empregador,


em um só período, nos 12 meses subsequentes à data em que o empregado tiver
adquirido o respectivo direito. Esse período de 12 meses constitui o período
concessivo ou de fruição de férias.

Somente em casos excepcionais, as férias serão concedidas em 2 períodos, um


dos quais não poderá ser inferior a 10 dias corridos.

A concessão das férias deve ser participada ao empregado, por escrito, com a
antecedência de, no mínimo, 30 dias, cabendo ao empregado assinar a notificação.

A época de concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do


empregador. Portanto o empregado não tem direito de escolher a época em que irá
gozar suas férias, devendo acatar o que for determinado pelo empregador.

O Empregado precisa receber o salário das suas férias até 2 dias antes de
começar a usufruir delas.

Caso passe do período de férias que o empregado tinha que tirar, ele irá receber
isso em dobro.
REMUNERAÇÃO DAS FÉRIAS

A Remuneração das Férias deve ser de 1/3 a mais do que o salário normal. O
Pagamento da remuneração das férias ou do abono pecuniário, deve ser efetuado
até 2 dias antes do início do respectivo período.

Férias Fracionadas: Depois da reforma trabalhista, ela autorizou o


fracionamento das férias, desde que o empregado concorde. Logo, as férias
poderão ser usufruídas em até 3 períodos, sendo que um deles não poderá ser
inferior a 14 dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a 5 dias corridos,
cada um.

Abono Pecuniário das Férias: É a conversão em dinheiro de 1/3 das férias do


funcionário, ou seja, ele vai trabalhar mais 10 dias e por isso, vai receber a mais por
eles. Assim, além de ele receber o salário das férias, vai receber mais 1/3, mais 10
dias de salário e vai tirar os 20 dias de férias. Essa é uma opção ao empregado,
independentemente da concordância do empregador, desde que não seja em férias
coletivas.

Férias Coletivas: O empregador poderá conceder férias coletivas a todos os


empregados da empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores deste. É
o que diz o art. 139 da CLT “Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os
empregados de uma empresa ou de setores da empresa”.

As férias normais, tem o interesse do empregado e as férias coletivas interessa


ao empregador.
AVISO PRÉVIO

Como os contratos de trabalho podem ser encerrados a qualquer época, sem


justificativa, o legislador instituiu a figura doo aviso prévio, de forma que o
empregado tenha tempo de procurar outra colocação no mercado de trabalho
enquanto não se efetiva o término do contrato de trabalho. Da mesma forma,
proporcionar ao empregador tempo para procurar outro empregado, evitando assim
a interrupção do trabalho.

A falta de cumprimento do aviso prévio implica o pagamento de seu valor, o que


minimiza o prejuízo pelo não cumprimento.

Aviso prévio é portanto, a comunicação que uma parte do contrato de trabalho


deve fazer à outra de que pretende rescindir o referido pacto sem justa causa, de
acordo com o prazo previsto em lei, sob pena de indenização.

Prazo de duração: A duração do aviso prévio é de 30 dias, independentemente


da forma de pagamento dos salários do empregado e de deu tempo de serviço na
empresa.

O empregado vai ter 3 dias a mais de aviso prévio por cada ano trabalhado na
empresa, sendo o seu teto de 60 dias. Ou seja, o máximo que um funcionário pode
ter de aviso prévio é 90 dias (60 + 30).

Redução da jornada: Se a iniciativa da rescisão do contrato partir do


empregador, o empregado vai ter direito a sair 2 horas mais cedo para poder
conseguir procurar emprego.
Aviso Prévio Indenizado: O Aviso prévio indenizado é quando o empregador ao
invés de deixar o empregado trabalhando naquele período, ele vai pagar para o
funcionário ficar em casa e esse é o tipo que mais acontece.

Aviso Prévio Projetado: Durante esse período, mesmo se o aviso for tanto
indenizado, quanto trabalhado, a data que vai constar como a que acabou o contrato
de trabalho e a data que vai ser usada para os cálculos das indenizações vai ser só
no fim do aviso prévio.

O Empregado não pode renunciar o direito de receber o aviso prévio. Mas se no


meio do aviso prévio, o empregado comprovar que ele arrumou outro emprego, ele
deixará de receber o resto desse aviso.

FGTS

Fundo de Garantia do tempo de serviço (FGTS) é um fundo criado com o objetivo


de proteger o trabalhador que foi demitido sem justa causa, mediante a criação de
uma conta que está vinculada ao contrato de trabalho.

Normalmente, nem o empregado nem o empregador consegue tirar o dinheiro de


lá, sendo somente retirado em alguns casos.

O empregador precisa depositar 8% da remuneração do empregado, não sendo


descontado do salário. Assim, todo mês vai acumulando cada vez mais um saldo lá
e pode ser retirado toda vez que o empregador for demitido por justa causa.

As coisas que compõem a remuneração de efeitos do FGTS:

 Horas Extras;
 Adicionais de insalubridade, periculosidade e trabalho noturno;
 Adicional por tempo de serviço;
 Adicional por transferência de trabalho;
 Salário família, no que exercer o valor legal obrigatório;
 Etc, eu tenho que anotar.

Alguns motivos que podem levar ao levantamento do FGTS, são:

 Demissão sem justa causa;


 Término do contrato de trabalho por prazo determinado;
 Rescisão do contrato por extinção da empresa;
 Nulidade do contrato de trabalho;
 Por demissão em culpa recíproca ou força maior;
 Por aposentadoria;
 No caso de necessidade urgente em caso de algum desastre;
 Suspensão do trabalho avulso por um prazo igual ou superior a 90
dias;
 Para liquidar uma parte de um financiamento de uma casa;

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