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Legislação Social e Trabalhista

Prof.ª Adriana Vieira – AULA 4


Suspensão e Interrupção do Contrato de Trabalho

Suspensão

• A suspensão dos efeitos do contrato de trabalho é a cessação temporária e total da execução e


dos efeitos do contrato de trabalho.
• Não há pagamento de salário
• Não conta o tempo de serviço do empregado que está afastado
• Ex.: Greve, 16º dia do afastamento em razão de auxílio-doença

Interrupção
• Na interrupção do contrato de trabalho, há a cessação temporária e parcial dos efeitos do contrato
de trabalho.
• Existe o pagamento de salário
• Conta o tempo de serviço do empregado
• Ex.: Férias do empregado, falta justificadas (casamento, falecimento do cônjuge, nascimento do
filho)
Férias

As férias são o período do contrato de trabalho em que o empregado não presta serviços, mas aufere
remuneração do empregador, após ter adquirido o direito no decurso dos 12 primeiros meses de vigência
de seu contrato de trabalho.

O período concessivo é o interregno de 12 meses após o empregado ter adquirido o direito às férias.

O período de gozo é quando o empregado usufrui das férias, devendo esse ocorrer dentro do prazo dos
12 meses do período concessivo. Os dias de férias que foram gozados fora do período concessivo
deverão ser pagos em dobro.
Critérios para calcular valor de cada hora de trabalho

Aspecto apenas convencional – Súmulas 124 e 431 do TST


Não será considerada falta ao serviço os casos previstos no art. 131 da CLT.

Deixa de ter direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo:

a. Deixar o emprego e não for readmitido dentro dos 60 dias subsequentes a sua saída;
b. Permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 dias;
c. Deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 dias, em virtude de paralização parcial ou
total dos serviços da empresa; Avisar com 15 dias de antecedência o órgão local do Ministério do Trabalho
e o sindicato dos empregados (§ 3º do art. 133 da CLT)
d. Tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente do trabalho ou de auxílio-doença por mais
de seis meses, ainda que descontínuos (art. 133 da CLT)

Após essas situações, a partir do retorno do empregado ao trabalho, inicia-se um novo período aquisitivo (§
2º do art. 133 da CLT).
Remuneração

• 1/3 (art. 7º, XVIII, da CF), também chamado de abono constitucional, sendo devido quando as
férias são gozadas ou indenizadas, sejam integrais ou proporcionais (Súmula 328 do TST)
• A comunicação deve ser escrita, com no mínimo 30 dias de antecedência.
• O pagamento das férias deverá ser feito até 02 dias antes do início do período de gozo (art. 145
da CLT), sob pena de se pagar as mesmas em dobro (Súmula 450 do TST)
• Férias concedidas após o período concessivo deverão ser pagas em dobro (art. 137).

Abono

• O empregado tem a faculdade de converter 1/3 de suas férias em abono pecuniário (10 dias), no
valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes (art. 143 da CLT).
• Deverá ser requerido 15 dias antes do término do período aquisitivo.

Férias coletivas

• a convenção será objeto de acordo coletivo entre o empregador e o sindicato da categoria


profissional, independendo de requerimento individual (§2º do art. 143 da CLT).
1. Podem ser usufruídas em até 3 períodos, sendo que um deles não pode ser inferior a 14 dias
corridos . e os demais não podem ser inferiores a 5 dias ocorridos cada um.

2. Os menores de 18 anos e os maiores de 50 anos poderão gozar as férias em períodos diferentes


(§2º do artigo 134 da CLT foi revogado pela Reforma Trabalhista).

3. O início das férias não poderão ocorrer no período de 2 dias que antecede feriado ou em dia de
repouso semanal remunerado.

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