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UNIDADE I - FÉRIAS
Principais Dispositivos Legais sobre Férias: art. 129 a 153 CLT e art.
7°, XVII CF
Art. 7º CF - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do
que o salário normal;
Art. 129 CLT - Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período
de férias, sem prejuízo da remuneração.
Art. 130 CLT - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato
de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:
§ 7o As férias do regime de tempo parcial são regidas pelo disposto no art. 130
desta Consolidação.”
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EX: o empregado começa a trabalhar no dia 01/01/2008, assim, ele terá que
trabalhar até 31/12/2008 para gozar do direito às férias.
Art. 130 CLT - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato
de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:
I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5
(cinco) vezes;
II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14
(quatorze) faltas;
III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e
três) faltas;
IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta
e duas) faltas.
vez que, a proporcionalidade disposta no art. 130 CLT tem que ser
respeitada.
Art. 130, §2º CLT - O período das férias será computado, para todos os
efeitos, como tempo de serviço.
Art. 137 CLT - Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata
o art. 134, o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração.
Art. 136 CLT - A época da concessão das férias será a que melhor consulte os
interesses do empregador.
Art. 135 CLT - A concessão das férias será participada, por escrito, ao
empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa
participação o interessado dará recibo.
Art. 137 CLT - Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata
o art. 134, o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração.
Art. 138 CLT - Durante as férias, o empregado não poderá prestar serviços a
outro empregador, salvo se estiver obrigado a fazê-lo em virtude de contrato de
trabalho regularmente mantido com aquele.
Ex: Joel foi admitido na empresa em 01.02.2008, tendo completado seu primeiro
período aquisitivo em 31.01.2009. Seu empregador lhe concedeu as férias
respectivas em 02.03.2009 a 31.03.2009, tendo efetuado o pagamento
correspondente as Férias em 02.03.2009, sob o argumento que o segundo dia
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anterior ao início das Férias era sábado, dia em que a empresa não funciona –
Neste caso Joel fará juz ao pagamento em Dobro das Férias, uma vez que,
embora o Empregador tenha concedido Férias dentro do período concessivo
respectivo, deixou de cumprir o prazo da data de pagamento estabelecido no art.
145 CLT.
Art. 143 CLT - É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período de
férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe
seria devida nos dias correspondentes.
Art. 143, § 1º CLT - O abono de férias deverá ser requerido até 15 (quinze) dias
antes do término do período aquisitivo.
Art. 144 CLT - O abono de férias de que trata o artigo anterior, bem como o
concedido em virtude de cláusula do contrato de trabalho, do regulamento da
empresa, de convenção ou acordo coletivo, desde que não excedente de vinte
dias do salário, não integrarão a remuneração do empregado para os efeitos da
legislação do trabalho.
O ministro Lelio Bentes Corrêa, relator dos embargos na SDI-1, explicou que,
nos termos da Súmula 328 do TST, o terço de férias deve ser calculado sobre
os 30 dias. "O empregado não tem direito ao pagamento do terço constitucional
sobre o abono de que trata o artigo 143 da CLT quando as férias de 30 dias já
foram pagas com acréscimo de um terço", destacou.
Ao manter a decisão da Turma, o ministro Lelio Bentes lembrou que o TST, como
Corte uniformizadora da jurisprudência trabalhista, a partir da interpretação da
norma do artigo 143 da CLT, vem firmando entendimento no sentido de que, uma
vez que o terço incida sobre os 30 dias, o pagamento de 1/3 sobre o abono
pecuniário resultaria no chamado bis in idem– ou seja, duas condenações sobre
um mesmo fato.
Num dos precedentes citados pelo relator, o ministro Agra Belmonte esclarece
que se o empregado concorda em vender parte das férias, "é lógico que ele não
tem direito a mais um terço; se o período de férias é de 30 dias, ele tem direito
aos 30 dias correspondentes". Assim, como a Constituição garante o terço sobre
a remuneração de férias, "não há como se entender que o abono de que trata
o caput do artigo 143 da CLT esteja incluído nessa previsão, já que de férias não
se trata".
Processo: RR-102-98.2011.5.07.0007
Art. 139 CLT - Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados
de uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa.
Férias Proporcionais (Súmulas 14, 171, 261 e 382 TST): quando não
se cumpre os 12 meses do Período Aquisitivo, o Empregado, desde que
não tenha sido Demitido por Justa Causa, terá direito a receber Férias
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Art. 146 CLT- Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua
causa, será devida ao empregado a remuneração simples ou em dobro,
conforme o caso, correspondente ao período de férias cujo direito tenha
adquirido.
Art. 484 CLT - Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do
contrato de trabalho, o tribunal de trabalho reduzirá a indenização à que seria
devida em caso de culpa exclusiva do empregador, por metade.
Art. 133 CLT - Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período
aquisitivo:
(quinze) dias, as datas de início e fim da paralisação total ou parcial dos serviços
da empresa, e, em igual prazo, comunicará, nos mesmos termos, ao sindicato
representativo da categoria profissional, bem como afixará aviso nos respectivos
locais de trabalho.