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Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região

Ação Trabalhista - Rito Ordinário


0000870-60.2023.5.10.0802
PARA ACESSAR O SUMÁRIO, CLIQUE AQUI

Processo Judicial Eletrônico

Data da Autuação: 13/06/2023


Valor da causa: R$ 960.530,16

Partes:
RECLAMANTE: MARIA DE JESUS FERREIRA RODRIGUES
ADVOGADO: MARCOS ROBERTO DIAS
ADVOGADO: DANIELLE CRISTINA VIEIRA DE SOUZA DIAS
ADVOGADO: ALESSANDRA CRISTINA DIAS
RECLAMADO: VIA S.A.
ADVOGADO: CARLA ELISANGELA FERREIRA ALVES TEIXEIRA
PAGINA_CAPA_PROCESSO_PJE
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EXMO SR. JUIZ DA VARA DO TRABALHO DE PALMAS/TO

MARIA DE JESUS FERREIRA RODRIGUES DA


CUNHA, brasileira, Gerente, portadora de RG 1535633,
CPF nº. 706.776.111-53, residente na Rua 14, nº. 05, quadra
13, Jardim Santa Helena, Palmas/TO, CEP: 77060-495,
vem perante V. Exa., por seus procuradores, instrumento de
mandato anexo, propor

AÇÃO TRABALHISTA, em face

VIA S.A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no


CNPJ sob o n. 33.041.260/0001-64, estabelecida na Rua
Avenida Tocantins, SNº QD 38 LT 20 -A, Taquaralto,
Palmas/TO CEP: 77064-580, pelas razões de fato e de
direito a seguir expostas.

I – Do Contrato de Trabalho

A Reclamante foi admitida em 16/08/2013, na função de


vendedora, classificada como gerente de loja em 09/2022, auferindo como última
remuneração a importância média de R$ 6.600,00, composta de salário fixo e
diversos prêmios mensais.

Durante o período imprescrito do contrato de trabalho


laborou nas seguintes filiais e períodos: filial 1730, loja de rua localizada em
Palmas/TO de 08/2013 a 08/2022 e filial 2236, loja de rua situada em São Luís do
Maranhão/MA, onde permaneceu de 09/2022 a dispensa.

Dispensada, sem justa causa e mediante aviso prévio


indenizado em 13/04/2023, deixou de receber inúmeras parcelas devidas pela
Reclamada.

II – Do Formato da Remuneração – Período com Salário


Fixo e Prêmios – Inaplicabilidade da Súmula 340 sobre a Parte Fixa da
Remuneração

A Reclamante durante todo o período imprescrito do


contrato recebeu salário fixo conforme estabelecido pela Reclamada somado aos
prêmios mensais.

Com isso, não há que se falar em aplicação dos efeitos da


Súmula 340 do TST, sobre a remuneração fixa auferida pela obreira no aludido
período.

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III- Da Incidência dos Prêmios e Demais Parcelas


Adimplidos em Folhas de Pagamento no Repouso Semanal Remunerado

A Reclamante desde o início de seu contrato de trabalho


recebia inúmeras parcelas intituladas “prêmio”, “prêmio estimado”, “prêmio
performance”, “prêmio garantia/seguro”, “prêmio antecipado” (premiações
lançadas no adiantamento mensal), “prêmio gerência”, “prêmio recarga celular”,
“prêmio vendas”, “dif. de horas pagas”, “prêmio loja”, dentre outros.

Todavia, em que pese aludidas parcelas terem nítido caráter


salarial, já que pagas habitualmente e em decorrência direta e exclusiva das
atribuições desempenhadas pela Reclamante, jamais foi pago pela Reclamada a
incidência de tais importâncias nos dias de RSR.

Reserva-se a Reclamante ao direito de apontar as diferenças


devidas quando da exibição dos recibos de pagamento pela Reclamada, já que não
possui cópia de todos os aludidos documentos.

Reitera-se que durante todo o pacto laboral a Reclamante


recebeu mensalmente inúmeros prêmios, o que ocorreu tanto na função de
vendedora como de gerente, alterando-se dependendo da época apenas a
nomenclatura, na forma acima noticiada, contudo, sempre com base nas vendas de
sua loja, tendo assim nítido caráter salarial.

Logo, deverá a Reclamada ser condenada no pagamento da


incidência de todos os valores adimplidos em folha de pagamento a título de
“prêmio”, “prêmio estimado”, “prêmio performance”, “prêmio garantia/seguro”,
“prêmio antecipado” (premiações lançadas no adiantamento mensal), “prêmio
gerência”, “prêmio recarga celular”, “prêmio loja”, dentre outros, durante todo o
período imprescrito, em RSR e já enriquecidos destes seus reflexos em aviso prévio,
13º salário, férias + 1/3 e de tudo em FGTS e multa de 40% sobre o saldo fundiário.

IV – Das Horas Extras

A Reclamante em que pese ter sido contratado para uma


jornada de 8 horas dias e 44 semanais, com intervalo intrajornada de 2 horas, sempre
se ativou além dos horários previamente estipulados, sem, contudo, ter suas horas
extras compensadas ou adimplidas.

Assim, durante o período imprescrito como vendedora


cumpria jornada revezando os horários, podendo ser de segunda a sexta de 7:30 às
17:30/18:00 ou de 9:00 às 19:30/20:00, e aos sábados podendo ser de 7:30 às 16:00
ou de 9:00 às 18:30, sempre com 30 minutos de intervalo intrajornada.

Já no período de gerente, bem como nas ocasiões de


substituição gerencial conforme dispõe o tópico “VIII”, levou a efeito sua jornada

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de segunda a sexta de 7:30 às 19:30/20:00, e em todos os sábados de 7:30 às 18:30,


sempre com 30 minutos de intervalo.

Não bastasse, independentemente da filial e da função


exercida, em determinadas ocasiões sua jornada de trabalho era alterada.

Na semana que antecedia as datas comemorativas, como


dia dos pais, mães, crianças e namorados, bem como nas duas semanas que
antecediam o natal, laborava das 7:30 às 21:00, com 30 minutos de intervalo
intrajornada, bem como em todos os domingos das aludidas semanas de 8:30 às
18:00, também com 30 minutos intervalo.

Eram realizados, em média, 6 saldões dentro de cada ano,


ocasiões em que trabalhava em média de 7:30 às 21:00, oportunidades em que
também gozava de apenas 30 minutos de intervalo intrajornada.

Laborava ainda em 12 inventários por ano, ocasiões em que


trabalhava em média de 6:30 às 19:30/20:00, oportunidades em que também gozava
de apenas 30 minutos de intervalo.

Além disso, nas ocasiões de Black Friday, que ocorriam


geralmente no mês de novembro de cada ano, com duração de três dias, laborava
em média de 6:00 às 21:00, mantendo-se 30 minutos de intervalo intrajornada.

Por fim, laborava ainda em média 4 feriados civis e


religiosos por ano, com exceção do natal, 1º de janeiro e sexta-feira da paixão, no
horário de 8:00 as 17:00, com apenas 30 minutos de intervalo.

Também pelo trabalho em domingos e feriados jamais a


Reclamante recebeu qualquer valor ou mesmo teve direito a folga compensatória.

Enquanto vendedora, a Reclamante não podia registrar


corretamente sua jornada de trabalho, já que era obrigada consignar os horários
tanto de entrada, saída e intervalo de acordo com as determinações da Reclamada,
não retratando assim os espelhos de ponto sua real jornada de trabalho.

Não bastasse, nas ocasiões em que a Reclamada ainda


entendia que os registros promovidos pela obreira não se encontravam de acordo
com suas exigências, promovia através de seus prepostos alterações nos horários
consignados nos espelhos de ponto da obreira, fazendo constar inclusive
compensações a título de folgas que jamais ocorreram, o que torna também aludidos
registros imprestáveis quanto à frequência.

Para não deixar qualquer margem de dúvida quanto ao


procedimento de alteração nos espelhos de ponto da Reclamante, seguem anexos
documentos da Reclamada sob o título “Acerto de Ponto na Intranet” ensinando

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passo a passo como os gerentes devem promover as alterações em horários lançados


pelos empregados em seus controles de jornada.

De outro norte, em que pese a Reclamada justificar o não


adimplemento de horas extras para o período em que a Reclamante exerceu a função
de gerente por enquadrá-la no conceito de cargo de confiança, destaca-se que jamais
a obreira gozou de qualquer tipo de autonomia para administrar a loja, encontrando-
se cotidianamente subordinada a uma chefia imediata a que seguia ordens de toda
natureza, inclusive relativas a advertências, admissão e dispensa de empregados,
troca de produtos, descontos em preços, liberação de valores para manutenção da
filial, dentre inúmeras outras que se relacionavam ao dia a dia da filial.

Desta forma, deverá a Reclamada ser condenada no


pagamento das horas extras, consideradas aquelas excedentes a 8ª diária e 44ª
semanal, acrescidas do adicional convencional conforme CCTs anexas, bem como
seus reflexos em RSR e já enriquecidas destes em aviso prévio, 13º salário, férias
+ 1/3 e de tudo em FGTS e multa de 40% sobre o saldo fundiário, observado todo
o contrato de trabalho.

Para efeito de cálculo das horas extras deferidas deverá ser


utilizado o divisor 220, mesmo no que tange a parte variável da remuneração, já
que o contrato de trabalho havido entre as partes impunha jornada pré-estabelecida
de 44 horas semanais e 220 mensais.

No mesmo sentido o trabalho levado a efeito em domingos


e feriados deve ser adimplido em dobro, considerando-se o efetivo número de horas
laboradas e o divisor 220, sem prejuízo do pagamento do dia de folga, observando-
se todas as parcelas salariais do respectivo mês trabalhado e sua incidência em RSR
e já enriquecido deste em aviso prévio, 13º salário, férias + 1/3 e de tudo em FGTS
e multa de 40% sobre o saldo fundiário.

Ainda no que tange ao cálculo das horas extras, não deverá


ser excluída da remuneração mensal utilizada como base de cálculo as importâncias
mensais recebidas a título de RSR sobre comissões e prêmios, observando,
sobretudo, o contido no Enunciado 264 do Colendo TST.

Neste sentido, ressalta-se que o disposto na OJ 394 SDI-I


do TST, não trata desta questão relativa a base de cálculo para efeito de apuração
das horas extras, mas reflete sim, entendimento quanto ao fato de o RSR devido
sobre as horas extras deferidas não compor a base de cálculo para efeito de se apurar
os reflexos das horas extras nas demais parcelas de natureza trabalhista

V- Dos Intervalos Intrajornada e Interjornada

Em que pese ter sido contratado com o Reclamante


intervalo intrajornada de 2 horas, durante todo o pacto laboral usufruiu de intervalo
para descanso e alimentação inferior, no caso de 30 minutos, fazendo jus assim ao

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intervalo intrajornada não usufruído, na forma do § 4º do artigo 71 da CLT,


tomando-se como base no intervalo contratual de 2 horas pelo tempo integral, ou
assim não se entendendo, legal de 1 hora.

Da mesma forma, desrespeitado o intervalo mínimo de


descanso de 11 horas entre duas jornadas, deverão as horas relativas ao intervalo
interjornada ser pagas como horas extras, com o devido adicional convencional,
independentemente do pagamento do trabalho extraordinário decorrente da
sobrejornada diária.

Destaca-se ainda que mesmo suprimido apenas parte do


intervalo interjornada, por analogia ao que se aplica no que tange a parte de
supressão do intervalo intrajornada, na forma do § 4º do artigo 71 da CLT e nos
termos da OJ-SDI 1 – n. º 307 deverá a Reclamada ser condenada no pagamento
integral do intervalo de 11 horas como horas extras, com o devido adicional
Convencional e enriquecidas do RSR com reflexos sobre aviso prévio, 13º salário,
férias+1/3, e de tudo em FGTS e multa de 40% sobre o saldo fundiário.

Todavia, caso não entenda este d. Juízo aplicar no caso em


apreço, por analogia, o procedimento adotado quanto ao pagamento integral do
intervalo intrajornada, deverá a Reclamada ser condenada, em função da redução
do intervalo interjornada, no pagamento das horas extras em função do período que
teve o Reclamante seu intervalo reduzido.

Logo, medida que se impõe é pelo deferimento dos


intervalos intra e interjornada, em suas integralidades, considerando-se o valor da
hora acrescido do adicional convencional conforme CCT’s anexas, bem como
divisor 220, tendo em vista a natureza das parcelas, e por habituais sua incidência
em RSR e já enriquecidos destes seus reflexos em aviso prévio, 13º salário, férias
+ 1/3 e de tudo em FGTS e multa de 40% sobre o saldo fundiário.

VI – Do Sistema Unificado da Reclamada em Todas às


Filiais do Brasil

Como é de notório conhecimento, a Reclamada é uma das


maiores empresas varejistas do país, possuindo diversas lojas por todo Brasil sob
as bandeiras Casas Bahia e Ponto Frio.

Neste sentido, de suma importância destacar que o sistema


informatizado da Reclamada é único em todo o país, não havendo qualquer
diferença em razão de sua filial se encontrar em Municípios ou mesmo por Estados
diferentes, de modo que também neste Estado a Reclamada se utiliza do sistema
informatizado único, destacando-se no que tange as apurações de natureza
remuneratória e os controles de jornada de trabalho.

Assim, todos os documentos coligidos com a inicial no


presente feito, demonstram como funciona o sistema da Reclamada em todas as

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filiais do Brasil, devendo os mesmos serem utilizados como meio de prova,


sobretudo, quanto aos lançamentos de jornadas incorretas nos registros de ponto e
o fato de a demandada alterá-los após os registros, não retratando, com isso, os
espelhos de ponto os reais horários de trabalho levados a efeito pelo trabalhador,
além das diversas provas de que os gerentes não possuem qualquer tipo de
autonomia na Reclamada, possuindo também jornada de trabalho controlada.

VII – Do Período de Vendedora

1- Invalidade dos Cartões de Ponto e Acordo de


Compensação
a) Descaracterização do Acordo de Compensação de
Horas
Tendo em vista o princípio da eventualidade, na hipótese
de, para o período em que a Reclamante exerceu o cargo de vendedora, se entender
correto os espelhos de ponto da Reclamada, ainda assim deve ser considerado
inválido qualquer acordo de compensação de horas extras firmado entre as partes,
vez que a prestação de horas extras habituais descaracteriza aludido acordo. Senão
vejamos a jurisprudência neste sentido.

TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO - ACORDO DE


COMPENSAÇÃO - HORAS EXTRAS. A prestação de horas extras
habituais descaracteriza o acordo de compensação de horas (Precedente
nº 220 da OJ-SDI1). Neste caso, as horas que ultrapassarem a jornada
semanal normal devem ser pagas como horas extras com o respectivo
adicional. Quanto àquelas destinadas à compensação, deve ser pago
apenas o adicional por trabalho extraordinário, conforme preceitua o
Enunciado nº 85 do TST. Recurso conhecido e provido em parte. TST
- RR - 489862/1998.8.
Desta forma, deverá ser descaracterizado por este d. Juízo
Acordo de Compensação de Horas, por ventura existente entre as partes,
determinando-se o pagamento como extras das horas que ultrapassem a jornada
semanal, assim como daquelas lançadas a título de compensação pela Reclamada,
devidamente acrescidas dos adicionais convencionais e reflexos em RSR, e já
enriquecidos deste em aviso prévio, 13º salário, Férias + 1/3 e de tudo em FGTS e
multa de 40% sobre o saldo fundiário.

b) Das Confissões de Prepostos da Reclamada acerca da


Invalidade dos Registros de Jornada

Consoante se infere das atas de audiência de instrução


anexas, diversos prepostos da Reclamada confessaram a imprestabilidade dos
espelhos de ponto, bem como sua fragilidade, já que facilmente passível de
manipulação.

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Veja-se que há confissão expressa no sentido de a


Reclamada, por meio do gerente de loja alterar os registros realizados pelos seus
empregados, sendo que referida alteração não depende da assinatura do empregado
e nem há nos espelhos de ponto nenhum tipo de registro que indique que houve uma
alteração pelo gerente, veja-se:

Depoimento pessoal do preposto da Reclamada nos autos


do processo de nº 0011099-20.2015.5.03.0167:

"que a correção dos cartões de ponto diante de reclamação do


empregado é feito pelo gerente; que, em caso de alteração, fica
registrado no cartão de ponto a alteração; que não sabe informar qual é
a sigla que fica registrada; que, nos dias de ponto livre ou quando
está estragado, o registro da jornada é feito pelo gerente; que, nesse
caso, não é possível identificar quem fez a alteração;”(grifo nosso).

Ressalta-se que como se infere por meio da ata de audiência


de instrução dos processos abaixo transcritos, outros prepostos também já
confessaram a incorreção nas marcações, bem como a existência de alteração dos
registros seja pelo setor de RH ou gerente de loja, o que não deixa qualquer dúvida
acerca da imprestabilidade dos espelhos de ponto, veja-se:

Depoimento pessoal da preposta nos autos do processo de


nº 0001904-21-2013-5-03-0057, preposta Alcione Rezende Santos:
"que acontecia de a reclamante trabalhar sem registro do ponto;
que acontece de os horários consignados nos cartões de ponto serem
alterados pelo gerente; que acontece de o gerente apagar marcação
de ponto relativo a um dia inteiro de trabalho; acontece de o
gerente alterar o saldo do banco de horas;" (grifo nosso).

Depoimento pessoal da preposta nos autos do processo de


nº 0002328-29-2014-5-03-0057, preposta Kécia Souza Rodrigues
"ocorre de haver trabalho na reclamada fora do horário registrado
no ponto;"

"que também acontecia o trabalho em determinado dia, sem


qualquer registro, num procedimento lá conhecido como "ponto
livre"; que na reclamada existem dois registros de ponto, um
biométrico e outro realizado no computador; que acredita que é no
registro feito no computador que são realizadas alterações no
registro, o que é realizado na central, e não na loja; que uma vez na
semana passada, a depoente constatou que o horário que estava
registrado no ponto biométrico não correspondia ao horário do
mundo real, sendo que no caso o relógio do ponto biométrico
registrava hora inferior à real, em cerca de 2 horas;" (grifo nosso).

Depoimento pessoal do prepostono processo nº. 000442-


68.2011.5.03.0002, informou que:

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(...) os gerentes são quem controlam o ponto dos demais empregados,


possuindo acesso ao sistema de ponto, inclusive para alteração dos
registros, como lançamento das ocorrências abonos e compensação; os
gerentes podem alterar os horários registrados; (grifo nosso).

Depoimento pessoal da preposta da Recorrida, nos autos do


processo de nº 0002219-17.2013.503.0100, preposta Bárbara Evelyn Nunes
Crispim:
" que se houver alguma irregularidade no cartão de ponto ele somente
poderá ser alterado pelo RH, não constando nenhuma indicação de
alteração no espelho de ponto;"

Depoimento pessoal do preposto da Recorrida, nos autos


do processo: 0001122-44-2013-5-03-0144, Carlos Roberto Marques Evangelista:
" que em casa de necessidade de alguma alteração no registro de ponto
a partir de reclamação do funcionário, essa alteração somente é feita
no Rh; que neste caso, aparece no espelho de ponto uma ocorrência
indicado que o registro foi alterado, a pedido do funcionário; que
dessa alteração não é colhida nenhuma assinatura do funcionário; que
ainda no exemplo citado, aparece no espelho de ponto, na coluna
"ocorrência", um ponto de interrogação indicando a alteração de
horário, sendo que no espelho de ponto impresso, essa observação não
aparece; (grifo nosso).

Depoimento pessoal do preposto da Recorrida, nos autos do


processo:0010313-95.2015.5.03.0095, preposta Soraya de Souza Santos:
"quando o controle está sem nenhum registro, como o mostrado para a
depoente, é porque provavelmente a reclamante registrou pelo sistema
PCOM, isto é, pelo computador; o registro através do computador é só
quando esse outro registro mostrado neste ato, está em branco; quando
o empregado faz o registro pela web, não há nenhum registro, mas
afirma que as horas são computadas; ao ser questionada como são
computadas as horas, afirma que são computadas, só não dá para
visualizar; não há como visualizar no sistema, tanto que as impressões
não saem nos controles de ponto; mostrado neste ato o controle de f.
536 do PDF, e ao ser indagada como é possível constar o resumo de
horas ao final, sendo que o controle está praticamente todo em branco,
a depoente afirma que essas horas constantes ao pé do documento ficam
no "sistema"; isso não aparece na impressão; a forma de fazer a
compensação do banco de horas é por um sistema dentro da web em
que consta um extrato de banco de horas, não sendo através dos
controles de ponto mostrados à depoente, neste ato;"

Logo, como se denota dos trechos dos depoimentos acima


transcritos há confissão expressa de diversos prepostos da Reclamada no sentido de
que ela, não apenas têm a possibilidade de alterar os registros realizados pelos seus
empregados, como de fato assim procede para prejudicar os trabalhadores,
diminuindo as horas extras registradas.

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Destaca-se que referida alteração não depende da assinatura


do empregado e nem há nos espelhos de ponto nenhum tipo de registro que indique
que houve uma alteração pelo RH ou pelo gerente.

Ora, o fato de o RH e o gerente de loja poderem fazer


lançamentos para correção, não deixa dúvida que também é possível fazer
alterações em registros que não contenham equívocos, sendo assim o sistema
completamente vulnerável a fraudes.

Não bastasse, em outro processo análogo a este, a preposta


da Reclamada também confessou a existência de manipulação nos espelhos de
ponto, já que havia alteração do saldo do banco de horas de um mês para o outro,
sem que tivesse existido fatos reais a embasar estas alterações, bem como que os
funcionários não realizavam o registro de acordo com os reais horários laborados,
realizando diversas tarefas antes e depois da marcação do ponto, veja-se:

Depoimento pessoal da preposta nos autos do processo de


nº 0012305-63.2013.5.03.0030, preposta Vânia Lúcia de Paiva:
"que algumas vezes acontece do saldo de banco de horas ser alterado
de um mês para o outro, sem que tenha havido fatos reais a embasar a
alteração"

"que acontece de o empregado chegar e não registrar imediatamente a


jornada, realizando outras tarefas;"

"que pode acontecer da pessoa registrar o encerramento e ficar sabendo


que vai haver uma reunião e permanecer sem retificar o registro"

Ademais, restou comprovado também por meio das


confissões abaixo transcritas que a Reclamada possui cartões de ponto externos,
mas que quando utilizados as informações são lançadas apenas em seu sistema
interno, não sendo inseridas nos espelhos de ponto, que permanecessem em branco.

Depoimento pessoal do preposto da Reclamada nos autos


do processo de nº 0011099-20.2015.5.03.0167:

“que existe uma tela chamada cartão de ponto externo; que não
sabe informar se o preenchimento dos horários nessa tela faz o
espelho aparecer em branco; que existe determinação na reclamada
que o empregado fique com o cartão de ponto negativo; que não sabe
informar se as horas do banco de um mês são levadas para o mês
seguinte; que nos dias de ponto livre há determinação do gerente para
a não marcação do ponto que será feito um abono de 7 horas e 20
minutos; que não sabe explicar como seria esse abono;” (grifo nosso)

Depoimento pessoal da preposta, nos autos do processo de


nº: 0001894-63.2014.5.03.0017, preposta Enete Campolina Jorge:
" que caso o empregado não realize as 04 marcações no cartão de ponto,
a ADM poderá fazê-la de acordo com as informações prestadas pelo

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colaborador, por meio do sistema de cartão de ponto externo; que


referida alteração consta apenas no sistema, mas não nos espelhos de
ponto, que fica em branco; que a reclamada tem em seus
estabelecimentos um controle de ponto para atendimento de normas do
MTE e neste controle é possível anotação de intervalo inferior a 01h,
porém não consegue acessar o sistema de trabalho; que tanto o controle
realizado pelo relógio de ponto mencionado, quanto o realizado pelo
sistema P2Y0 constam do espelho de ponto da reclamada, mas no
último sistema não é possível anotar o gozo de intervalo inferior a 01h;"

Depoimento pessoal da preposta, nos autos do processo de


nº 000800-61.2013.503.067, preposta Bárbara Evelyn Nunes Crispim:

"há um cartão externo, que é utilizado quando o ponto não está


funcionando ou quando o empregado está em viagem;"

Depoimento pessoal da preposta, nos autos do processo de


nº 0002219-17.2013.503.0100, preposta Bárbara Evelyn Nunes Crispim:
"que em outro depoimento em outro processo a depoente disse que
havia cartão de ponto externo nessas ocorrências;"
Ora, o fato de em inúmeras ocasiões a Reclamada
determinar que o registro de horário seja feito em um cartão de ponto externo e sequer
lançá-los para os espelhos de ponto, que é o documento utilizado para apuração de
frequência e horas extras, não deixa a menor dúvida acerca da imprestabilidade destes
documentos.
As irregularidades destacadas também ocorriam no
intervalo intra e interjornada, já que quando o empregado retorna ao trabalho antes do
seu integral cumprimento, o sistema de ponto fica travado, não permitindo o registro
do horário, como também confessado pela preposta no processo de nº 0012305-
63.2013.5.03.0030:, veja-se:
" que existe trava do sistema de registro de ponto que impede marcação
do intervalo inferior a uma hora, que também existe trava para marcar
o início da jornada do dia seguinte dependendo do horário que encerrou
a jornada do dia anterior;

Depoimento pessoal do preposto da Reclamada nos autos


do processo de nº 0011099-20.2015.5.03.0167:

“que o cartão de ponto trava no intervalo e não permite registro menor


que 1 hora; que o cartão também trava para que não seja marcada menos
que 11 horas de intervalo intrajornada;”

Ora, eminente Julgador as confissões retro mencionadas


comprovam cabalmente que os registros constantes dos espelhos de ponto não são
fidedignos, não podendo, portanto, ser utilizados como meio de prova.

2- Das Provas Documentais que os Espelhos de Ponto


não Refletem a Real Jornada de Trabalho

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Conforme se pode inferir da documentação que segue


anexa, o sistema de vendas da Reclamada não se encontra atrelado fielmente ao
ponto eletrônico de forma que o vendedor não possa realizar consultas e vendas no
sistema sem que seu ponto esteja registrado, ou mesmo que se encontre
impossibilitado de efetuar vendas durante o intervalo intrajornada.

Assim, é possível para o vendedor realizar vendas antes


mesmo de registrar o início de sua jornada, durante o intervalo intrajornada, e da
mesma forma após ter registrado o fim de seu dia de trabalho.

Vejamos exemplos de cada um dos casos:

a) Primeiro Caso: Efetuar Venda Antes do Registro no


Ponto Eletrônico do Início da Jornada de Trabalho

Observa-se pelo espelho de ponto referente ao período de


21/11/2012 a 20/12/2012, que no dia 22/11/2012 o vendedor de matricula 22
977250 registrou seu início de jornada as 8:59, enquanto o mesmo vendedor, vide
matrícula no Pedido de Venda nº 710549070, acessou o sistema de venda e emitiu
o aludido documento as 8:39, ou seja, no caso o vendedor realizou um venda 20
minutos antes de registrar o início de seu horário de trabalho.

b) Segundo Caso: Efetuar Venda no Período que o


Ponto Eletrônico marca Gozo de Intervalo Intrajornada

Como se pode inferir do espelho de ponto relativo ao


período de 21/12/2012 a 20/01/2013, o vendedor de matrícula 22 977250, no dia
02/01/2013, encontrava-se no horário de intervalo entre 12:07 e 13:30, enquanto
o Pedido de Venda nº 1026000093338, foi emitido do sistema de vendas às 12:55,
vide rodapé do aludido documento, ou seja, durante o período em que o ponto
eletrônico apontava que o vendedor estava gozando intervalo intrajornada, este
efetuou um atendimento que resultou em venda.

c) Terceiro Caso: Efetuar Venda Depois de Registrar no


Ponto Eletrônico o Fim da Jornada de Trabalho

Pelo espelho de ponto do período de 21/11/2012 a


20/12/2012, do vendedor de matricula 22 977250, verifica-se que no dia
18/12/2012, o fim da jornada de trabalho foi registrada às 17:30, enquanto o Pedido
de Venda de nº 1026000090174, emitido pelo mesmo vendedor, foi impresso do
sistema de venda as 20:10, ou seja, 2 horas e 40 minutos depois de o vendedor
ter registrado o fim de seu dia de trabalho ainda estava atendendo e efetuando
vendas através do sistema informatizado da Reclamada.

Não bastasse, pelos documentos que seguem anexos, pode-


se observar os mesmos acontecimentos em diversas outras ocasiões, o que não deixa

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qualquer margem de dúvida, quanto a imprestabilidade dos espelhos de ponto


juntados aos autos pela Reclamada.

Não bastasse, corroborando definitivamente a fraude


promovida pela Reclamada, um de seus prepostos ao prestar depoimento em caso
análogo, autos do processo nº. 000442-68.2011.5.03.0002, ata anexa, informou que:
(...) os gerentes são quem controlam o ponto dos demais empregados,
possuindo acesso ao sistema de ponto, inclusive para alteração dos
registros, como lançamento das ocorrências abonos e compensação; os
gerentes podem alterar os horários registrados; (...). (grifo nosso).

Ora resta indubitável que os cartões de ponto da Reclamada


são imprestáveis como meio de provas, já que não bastasse a proibição de registro
dos reais horários de trabalho, os espelhos ainda eram manipulados de acordo com
a conveniência da mesma, devendo assim ser considerados como verdadeiros os
horários declinados no tópico anterior.

d) Email da Reclamada Comprovando a


Obrigatoriedade de os Vendedores Realizarem Diversas Atividades antes do
Início das Vendas

Conforme se verifica pelo email anexo, os vendedores são


responsáveis por diversas atividades a serem realizadas antes mesmo de registrar
seu horário de início de trabalho.

Observa-se que o email é claro ao determinar quais as


responsabilidades dos vendedores, bem como cada atividade a ser realizada no setor
correspondente.

Desta forma, não restam dúvidas quanto a existência de


labor antes do registro da jornada, uma vez que os vendedores, são obrigados a
limpar o setor, colocar preço nos produtos, trocar etiquetas e cartazes, além de
outras atividades.
3- Das Diferenças de Comissões – Período Vendedora

a) Não Adimplemento das Comissões sobre Vendas de


Mercadorias e Serviços - Vendas não Faturadas, Canceladas e Objeto de Troca
–Irregularidade

Durante todo o período em que exerceu a função de


vendedora, a Reclamante mensalmente ao conferir o valor recebido a título de
comissões apurava diferença a menor no importe médio de 30% (trinta por cento),
considerando o correto valor que deveria auferia a título de comissões sobre venda
de mercadorias e serviços e consequentemente seus reflexos.

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Levada ao conhecimento da Reclamada esta situação, era


apenas informada que deveria se tratar de vendas de mercadorias e serviços não
faturadas no período, ou mesmo objeto de cancelamento ou troca.

Contudo, jamais foram apresentados pela Reclamada


quaisquer documentos demonstrando quais comissões não foram adimplidas ou
mesmo quais vendas do respectivo período não foram faturadas, ou foram trocadas
ou mesmo canceladas pelos clientes.

De outro norte, não se pode perder de vista que o fato de as


vendas efetivamente levadas a efeito pelo empregado, mesmo quando não faturadas
no período, ou mesmo sendo objeto de troca ou cancelamento, não autoriza o não
pagamento das comissões como ilegalmente praticado pela Reclamada.

Logo, deverá a Reclamada ser condenada no pagamento a


título de diferenças de comissões, tanto na venda de mercadorias quanto na de
serviços, mês a mês considerando-se todo o período em que exerceu a função de
vendedora, com base no valor médio mensal de 30% (trinta por cento) das
comissões recebidas pela obreira, devidamente acrescidas do RSR e já enriquecidas
deste seus reflexos em aviso prévio, 13º salário, férias + 1/3 e de tudo em FGTS e
multa de 40%.
b) Venda Parceladas – Comissões sobre Preço a Vista

Nas vendas de produtos e serviços através de parcelamento,


a Reclamante sempre recebeu comissões no importe de 1% sobre produtos e 7,5%
sobre serviços, calculadas sobre o valor de venda inferior àquele que de fato o
produto ou serviço era comercializado.

Nestas situações, em que pese a Reclamante vender um


produto ou serviço com o valor acrescido de juros e demais encargos do
financiamento, auferia comissão calculada apenas sobre o valor da venda a vista.

Ressalta-se, que a majoração do valor do produto


decorrente dos juros, também configurava a obtenção de lucros pela Reclamada
através do trabalho da Reclamante, o cálculo da importância devida a esta era sobre
um valor fictício da mercadoria, já que incidia apenas sobre o valor à vista da
mercadoria, e não aquele pelo qual de fato foi comercializado.

Desta forma, o pagamento das comissões adimplidas a


Reclamante nesta modalidade de venda, que representava em média 80% do total
de suas comissões mensais, tanto de produtos quanto de serviços, ocorria de forma
irregular, já que mesmo o produto sendo comercializado com o acréscimo médio
de 72% de encargos, correspondente ao resultado da multiplicação do percentual
de juros aplicados ao mês, 6% em média, e do número médio de parcelamento
efetuado por cada cliente, que era de 12 meses.

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Esclarece-se, que mesmo nas vendas parceladas o vendedor


recebe comissão de cada venda em uma única parcela, de modo que os 72% de
juros que incidem na venda do produto a prazo deve incidir mês a mês sobre 80%
das comissões adimplidas.

Neste passo, o produto era comercializado, em média, com


um reajuste de 72% (6% em 12 parcelas), que não era observado no cálculo das
comissões devidas ao obreiro, com isso, uma mercadoria com preço à vista de
R$ 1.000,00 (um mil reais) era vendida, a prazo, pela Reclamante por R$ 1.720,00,
contudo as comissões eram calculadas apenas sobre R$ 1.000,00, deixando a
obreira de receber pelo seu trabalho sobre a importância de R$ 720,00, repita-se no
mês da efetivação da venda.

Assim, a diferença de 72% sobre 80% das comissões, é


devida nas comissões quitadas mês a mês pela Reclamada durante todo o período
em que foi vendedora, vez que o pagamento das comissões sobre a venda do
produto, independentemente se parcelado ou não, ocorre no mês da efetivação do
negócio, sendo, com isso, o prejuízo de 72% sobre 80% das comissões sempre
mensal.
Com isso, para efeito de parâmetros de cálculo das
diferenças de comissões, deverá ser considerada devida a Reclamante a importância
equivalente a 72% (média do reajuste nas mercadorias comercializadas a prazo)
sobre 80% da remuneração auferida mensalmente (media da quantidade de vendas
a prazo no mês), sobre, devidamente acrescidas de seus reflexos em aviso prévio,
13º salário, férias + 1/3 e de tudo em FGTS e multa de 40%.

c) Do Adimplemento Irregular do Prêmio Estímulo

A Reclamada pactuou com a Reclamante o pagamento de


prêmio intitulado “prêmio estímulo”, incidente sobre a venda de produtos, podendo
variar em percentuais de acordo com a meta alcançada no respectivo mês.

Assim, alcançando 105% da meta estipulada, receberia a


título de premio o importe de 0,1% sobre o total das vendas de produtos no mês, e
respectivamente, alcançando 115% da meta, receberia 0,2%, alcançando 130% da
meta, receberia 0,3% e, por fim, alcançando 140% da meta, receberia 0,4%,
considerando-se sempre a totalidade das vendas de produtos em cada mês.

Todavia, a Reclamada não quitava corretamente os valores


devidos a título de comissões sobre a venda de produtos, já que excluía do valor
total das vendas efetuadas pela Reclamante no mês, os valores dos encargos
decorrentes das vendas a prazo, assim como aquelas vendas não faturadas no
período.
No caso das vendas parceladas, sofria uma redução no
importe de 15% sobre 70% das vendas efetuadas mensalmente.

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Já no que se refere as vendas não faturadas, sofria a


Reclamante uma redução no importe de 30% das vendas efetuadas no mês, já que
mesmo tendo comercializado os produtos, deixava de compor a totalidade de suas
vendas no mês, em razão do não faturamento por culpa exclusiva da Reclamada.

Com isso, caso a Reclamada lançasse de forma correta os


valores de todas as vendas efetuadas mensalmente pela Reclamante, a importância
total ultrapassaria em todos os meses a meta em 140%, fazendo jus a obreira ao
prêmio estimulo no importe de 0,4% sobre a totalidade das vendas mensais.

Todavia, como se pode inferir dos demonstrativos de


pagamento da obreira, era muito comum a Reclamante não receber aludido prêmio
em vários meses, ou mesmo, recebê-lo em percentual muito inferior aquele que teria
direito.
Desta forma, todas as diferenças reconhecidas e
consequentemente deferidas na presente Ação devem enriquecer a totalidade das
vendas realizadas pela obreira, mês a mês, para efeito de se calcular o valor devido
a título de prêmio estímulo.

Com isso, deve a Reclamada ser compelida a coligir ao


feito, nos termos do artigo 396 do novo CPC, documento comprovando qual era o
valor da meta mensal para cada mês laborado pela obreira e sob qual importância a
título de vendas total no mês, foi calculado o prêmio estimulo, sob pena de serem
consideradas como verdadeiras as informações consubstanciadas na presente peça.

Para efeito de cálculo dos valores devidos a título de prêmio


estímulo, caso não sejam coligidos ao feito os documentos necessários a este fim,
uma vez considerando que as comissões adimplidas ao vendedor é de 1% sobre a
totalidade das vendas, basta fazermos uma conta invertida para encontrarmos
aludida importância e sobre este valor apurar o importe de 0,4%, considerando que
foi alcançada a meta de 140% em razão dos acréscimos no valor total das vendas,
em função das diferenças deferidas a este título nestes autos.

A título de exemplo, tendo a Reclamante recebido


R$ 1.000,00, a título de comissões, a totalidade de sua venda foi de R$ 100.000,00,
que acrescida das diferenças, alcançaria, em média, o valor de R$ 150.000,00, que
multiplicado por 0,4%, encontramos a importância de R$ 600,00, a título de prêmio
estímulo.
Logo, deverá a Reclamada ser condenada no pagamento
mensal da importância a título de prêmio estímulo, ou sua diferença no mês que foi
quitado em valor inferior ao devido, durante todo o período em que a obreira
exerceu a função de vendedora, conforme parâmetros acima estabelecidos, bem
como seus reflexos em RSR e já enriquecido deste, sobre aviso prévio, 13º salário,
férias + 1/3 e de tudo em FGTS e multa de 40%.

d) Da Exibição de Documentos – Princípio da


Disponibilidade da Prova – Efeitos Artigo 400 do Novo CPC

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Como é de notório conhecimento, o trabalhador em regra


não tem acesso a inúmeros documentos relacionados a seu contrato de trabalho, o
que de fato ocorre até mesmo de forma estratégica pelos empregadores.

No caso em apreço não é diferente.

A Reclamada jamais disponibilizou para a Reclamante


cópias de relatórios constando os valores totais de suas vendas mensais
considerando-se o valor dos produtos e serviços a vista e após acrescidos dos
encargos do financiamento, assim como, não disponibilizava relatório com as
vendas não faturadas a serem adimplidas e futuramente a data que foram quitadas,
ou mesmo relatório constando os serviços vendidos, com o percentual a ser quitado
e o valor de cada negociação para efeito de cálculo das comissões devidas.

Desta forma, não dispõe a Reclamante de cópia dos


documentos de controle da Reclamada que comprovam a irregularidade no
pagamento de comissões como ora deflagrado.

Assim, deverá ser determinado que a Reclamada exiba nos


autos os documentos comprovando: a) os valores vendidos mês a mês, durante todo
o período de vendedora, pela Reclamante a título de mercadorias e serviços,
considerando-se as negociações a vista e aquelas a prazo; b) todos os serviços
vendidos mês a mês e durante todo o período de vendedora pela Reclamante, com
os respectivos valores e os percentuais quitados a título de comissões; c) as vendas
efetuadas mês a mês e durante todo o período de vendedora, a título de mercadorias
e serviços, com a indicação daquelas não faturadas, canceladas ou objeto de troca,
em que a Reclamante deixou de receber as respectivas comissões pelas vendas.

VIII - Do Salário Substituição – Período de Vendedora

A Reclamante durante todo o período imprescrito de


vendedora, substituía com grande frequência, em média 4 dias por mês, o gerente
de loja, sendo que substituía com maior frequência o gerente Dargles Souza.

A Reclamada comprometeu-se com a Reclamante em


pagar-lhe por tais substituições o salário substituição e prêmios, o que deveria ser
baseado no número de dias em que ocorreu a referida substituição.

Ocorre que a Reclamada não adimpliu corretamente com o


pagamento das parcelas acima mencionadas, uma vez que não obstante
a Reclamante sempre ter substituído o gerente, por pelo menos 4 dias dentro de cada
mês, na grande maioria das vezes nenhuma das duas parcelas retro mencionadas
eram adimplidas.

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Ressalta-se que nas poucas vezes em que houve o


pagamento pela substituição, somente foi adimplido o salário e ainda assim em
valor incorreto.
Neste passo, os valores quitados sob tais títulos não
correspondiam ao efetivo número de dias em que foram realizadas as substituições
do gerente pela obreira, ou mesmo o efetivo salário dos gerentes, tendo sido sempre
quitadas em valores inferiores ao efetivamente devido.

No caso, auferiam o gerente substituído pela obreira salário


fixo de R$ 5.000,00 e prêmios gerência no importe de R$ 2.000,00.

Com isso, deve a Reclamada ser compelida a acostar aos


autos a evolução salarial do gerente Dargles Souza nos termos do artigo 396 do
CPC.

Com base no princípio da disponibilidade da prova, não se


desincumbindo a Reclamada em coligir aos autos os documentos acima
mencionados, deverão ser considerados como verdadeiros as informações lançadas
nesta peça, nos termos do artigo 400 do novo CPC.

Logo, deverá a Reclamada ser condenada no pagamento das


diferenças devidas pelos dias de substituição para cada mês, levando-se em
consideração os valores já adimplidos a obreira a título de salário substituição,
conforme recibos a serem coligidos aos autos, e o efetivo valor de 4 dias de
remuneração do gerente, conforme o número de dias em que ocorreu a substituição
em cada período, composta de salário fixo e prêmio gerencia, (subtraindo-se das
importâncias reconhecidas como devidas neste feito aquelas já pagas de forma
irregular), bem como seus reflexos em aviso prévio, férias + 1/3, 13º salário, e de
tudo em FGTS e multa de 40% sobre o saldo fundiário.

IX- Do Período de Gerente de Loja

a) Da Ausência do REQUISITO OBJETIVO para


Incidência da Exceção prevista no artigo 62, II, da CLT

Como é sabido para que um empregado seja classificado


como exercente de cargo de confiança e lhe seja excluído o direito
constitucionalmente garantido de percepção de horas extras é imprescindível que o
salário pago a ele seja no mínimo 40% maior que o adimplido aos demais
empregados.

Neste sentido, o salário da Reclamante, quando


classificado como gerente não era superior em pelo menos 40% ao pago aos demais
empregados.

Neste passo, trata-se de ônus de prova da Reclamada


demonstrar que observou o cumprimento do requisito objetivo para aplicação do

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inciso II, do artigo 62 celetista foi observado, adimplindo a Reclamante


remuneração mensal que era superior no mínimo em 40% aquela quitada aos demais
empregados da filial.

Por fim, vale reiterar que como exaustivamente


demonstrado nos tópicos anteriores, também não gozava a Reclamante de poderes
mínimos de gestão e tinha sua jornada de trabalho sistematicamente controlada.

b) Das Atas de Audiências e Sentenças de Processos


Idênticos em Face da ora Reclamada Contendo CONFISSÃO de Prepostos e
Provas Testemunhais

Tendo em vista a existência de inúmeras outras Ações com


causa de pedir e pedidos idênticos em face da ora Reclamada, todas de colegas de
trabalho do ora Reclamante que laboravam sob as mesmas regras, denota-se
de importância salutar a juntada de Atas das aludidas audiências, em busca de se
estabelecer uma lealdade processual e, sobretudo, em homenagem ao princípio da
busca da verdade real.

Assim, seguem Atas de Audiências contendo


CONFISSÃO DE PREPOSTOS DA RECLAMADA quanto à ausência de poder
do gerente para admitir e dispensar funcionário, dependendo tais atos de
autorização do gerente regional. Veja-se:

Autos do Processo nº 1001416-08.2018.5.02.0605 -


5ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO -ZONA LESTE/SP:

“(...) que para dispensa de empregados o Reclamante tinha que agir


em conjunto com o gerente regional, com o RH e um comitê da
empresa; que melhor esclarecendo, o gerente da loja pode indicar
empregado para demissão, sendo que então a demissão tem que ser
aprovada pelo gerente regional e depois pelo referido comitê; que o
Reclamante tinha autonomia para decidir sobre admissão do
empregado; que para admissão ou demissão de empregados o
gerente da loja tem que preencher no sistema documento próprio;
que todos os gerentes de loja trabalham "sob as mesmas
condições"; que o gerente de loja é subordinado ao gerente
regional; (...)”(grifo nosso)

Autos do Processo nº 1001267-21.2018.5.02.0020 -


20ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO/SP:

“(...) que as condições de trabalho dos gerentes são as mesmas,


podendo variar de acordo com a loja, que cita como exemplo tamanho
da equipe, metas; que todos os gerentes são "autonomia dentro da loja"
e fora da loja, o gerente regional que cuida daquela loja; que cada
gerente regional geralmente cuida de 20 lojas; que geralmente o gerente
regional tem um coordenador que o auxilia; que o gerente de loja em
algumas coisas deve se reportar ao regional; que quanto à admissão,
demissão o reclamante fazia a indicação; para admissão o reclamante
poderia marcar entrevista na loja e a demissão também fazia indicação

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ao R H; que o gerente regional entra para estar ciente para o que


está acontecendo na loja; que para demissão e admissão deveria ser
preenchido pelo gerente um documento de movimentação de
pessoal; que este documento não precisava ser aprovado por outra
pessoa, sendo apenas um encaminhamento ao regional; que não
havia como dispensar ou contratar sem o preenchimento do
referido documento; que geralmente referido documento passava
pelo regional;(...)”(grifo nosso)

Autos do Processo nº 1001440-39.2019.5.02.0043 -


43ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO/SP:

“(...) que o reclamante era gerente de loja, com as seguintes atividades:


abertura e fechamento da loja, metas de vendas e acompanhamento
das vendas pelos vendedores, que em cada loja havia também um
responsável pela área administrativa, chamado CAL;(...)”(grifo
nosso)

(...)

“(...) que alguns procedimentos demandavam autorização do


referido gerente regional, a exemplo de contratações e demissões e
descontos em produtos que excedessem o limite pré-autorizado na
loja;(...)”(grifo nosso)

(...)

“(...) que o gerente da loja segue ordens do gerente


regional;(...)”(grifo nosso)

Autos do Processo nº 1001671-97.2019.5.02.0065 - 6ª


VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO - ZONA LESTE/SP:

“(...) que o gerente regional não interfere no poder de admissão,


demissão e advertência do gerente de loja; que após repergunta a
preposta afirma que está nervosa e afirma que o gerente regional
precisa assinar tais documentos sim; que o gerente regional pode
inclusive se opor à aplicação da penalidade;(...)”(grifo nosso)

(...)

“(...) que o gerente de loja pede autorização ao gerente regional para


descontos maiores nas mercadorias; que o gerente de loja só libera
desconto que está pré aprovado no sistema(...)”

CONFISSÕES DE PREPOSTOS DA RECLAMADA


quanto ao efetivo controle e fiscalização da jornada dos gerentes, vejamos:

Autos do Processo nº 1000752-86.2018.5.02.0601 -


13ª VARA DO TRABALHO DE GUARULHOS/SP:

“(...) que há pagamento de horas extras ao gerente calculado no


horário de funcionamento da loja em feriados;(...)” (grifo nosso)

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Autos do Processo nº 1001361-16.2019.5.02.0090 -


90ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO/SP:

“(...) que o reclamante não assinava contrato em nome da empresa; que


no caso de admissão e dispensa o gerente da loja preenche um
documento denominado " movimentação de pessoal";(...)” (grifo
nosso)

(...)

“(...) que como gerente e coordenador o reclamante precisava


colocar a biometria para acessar o sistema e o horário fica
registrado no sistema; que no final da jornada também é necessário
colocar a biometria para fechar o sistema e horário também fica
registrado;(...)” (grifo nosso)

Autos do Processo nº 1001440-39.2019.5.02.0043 -


43ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO/SP:

“(...) que sabe dizer que havia um controle de presença do autor


mediante biometria;(...)”(grifo nosso)

(...)

“(...) que em caso de saída antecipada o gerente deve comunicar ao


gerente regional;(...)”(grifo nosso)

(...)

“(...) que a rota 3x3 significa verificar se a loja está limpa, os produtos
precificados e vendedores uniformizados; que isso é feito 03 vezes por
dia; que era feito no início, no meio e fim do dia;(...)”

Autos do Processo nº 1001671-97.2019.5.02.0065 - 6ª


VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO - ZONA LESTE/SP:

“(...) que o reclamante trabalhava das 9h às 22h de segunda-feira a


sexta-feira; que o reclamante também trabalhava aos finais de semana
e feriados mas não se recorda o horário(...)”(grifo nosso)

Segue ainda diversos DEPOIMENTOS DE


TESTEMUNHAS, INCLUSIVE DA PROPRIA RECLAMADA, comprovando
a completa inexistência de poderes de gestão dos gerentes, bem como o efetivo
controle e fiscalização da jornada de trabalho. Veja-se:

Autos do Processo nº 1000909-38.2018.5.02.0608 -


8ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO - ZONA LESTE/SP -
testemunha Autor Dalmo Lima Brasil:

“(...) que estavam subordinados a mesma gerência regional; que para os


gerentes são as mesmas regras e rotinas, dentro da regional; que tinha

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departamento de admissão e demissão responsáveis por tai


atribuições, que para demitir funcionários era necessário submeter
ao regional; que para aplicar penalidade também precisava passar
o caso para o regional, somente verbal fazia direto; que para
conceder descontos, tinha um pré-aprovado no sistema, passando
disso, precisava pedir autorização para o regional, e nesse caso o
vendedor reportava ao depoente e o depoente reportava ao regional; que
dentro do limite pré-autorizado no sistema o vendedor tem autonomia
para conceder o desconto; que não tinha nenhuma autonomia em
relação ao horário, que tinha que cumprir estritamente os horários
determinados pela reclamada;(...)”(grifo nosso)

(...)

“(...) que para acessar o sistema tinha que inserir a digital e era
dessa forma que era feito o controle de horário pelo regional; que
para sair mais cedo tinha que pedir autorização sob pena de ser punido,
que o depoente nunca saiu sem avisar;(...)”(grifo nosso)

Autos do Processo nº 1001416-08.2018.5.02.0605 -


5ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO -ZONA LESTE/SP – testemunha
Reclamada Jose Laudivã da Silva:

“(...) Que indagado se o Reclamante batia ponto, diz que não sabe
precisar quanto à gerência, mas afirma que já viu o Reclamante
batendo ponto, seja quanto ao início do expediente seja quanto ao
término;(...)”(grifo nosso)

Autos do Processo nº 1001267-21.2018.5.02.0020 -


20ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO/SP – testemunha Autor Mario
Guedes:

“(...) que não podia fazer aplicação de penalidades; que manutenções


na loja só poderiam ser feitas com autorização do regional; que não
tinham autonomia para liberação de crédito; que registravam o
horário de trabalho por meio do computador, no próprio sistema
do computador; que o registro era feito no início e fim da
jornada;(...)”(grifo nosso)

Autos do Processo nº 1000364-13.2019.5.02.0614 -


14ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO - ZONA LESTE/SP –
testemunha Autor Anderson Luiz do Nascimento:

“(...) era o regional quem admitida e dispensava empregados; o RH


enviava os candidatos para o regional e o gerente conversava com o
candidato na filial, reportando ao regional, que depois informava se
a pessoa havia passado ou não; havia casos em que o gerente
considerava o candidato apto ao cargo, mas o regional não aceitava;
como gerente o depoente chegou a receber pagamento de horas
extras; o gerente tinha controle de jornada pelo regional e também
através do controle biométrico;(...)”(grifo nosso)

Testemunha Reclamada Alcides Marcelo Agatti:

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“(...) quando o gerente precisa dispensar um empregado passa essa


intenção para o regional e se o comitê aprovar faz a dispensa; sem
aprovação do comitê o gerente não pode demitir; na contratação o
gerente faz a entrevista, passa o candidato para nova entrevista
pela equipe do regional e se houver aprovação por parte deste é
feita a contratação; se não houver aprovação o gerente não pode
contratar;(...)”(grifo nosso)

Autos do Processo nº 1001569-69.2018.5.02.0434 -


VARA DO TRABALHO DE SANTO ANDRÉ/SP - testemunha Reclamada
Gustavo Rodrigo do Carmo:

“(...) 10. para promoção, admissão, demissão, transferência era


necessário da aprovação do gerente regional e do gerente da filial de
destino (no caso de transferência), seguindo os trâmites do RH;

11. esse procedimento relatado no item 10 dependia de uma


"Movimentação de Pessoal" (MP) hoje chamada de RP, cujo
significado não se recorda;(...)”(grifo nosso)

Testemunha Autor Marcelo Ribeiro Fernandes:

“(...) 02. para admitir, demitir e efetuar a transferência de


empregados era necessário autorização do regional. Melhor
dizendo, na verdade o gerente não pedia para demitir ninguém, mas
apenas relatava o que estava acontecendo para o regional sem fazer
nenhum pedido e o gerente regional tomava a decisão. Para admissão
era o mesmo processo, sendo que o gerente de loja sequer fazia
entrevista com os candidatos;

03. o mesmo procedimento acima para a aplicação de penalidade,


sendo que o gerente de loja sequer fazia o pedido para aplicação de
penalidade;(...)”(grifo nosso)

Autos do Processo nº 1000407-10.2020.5.02.0712 -


12ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO - ZONA SUL/SP - testemunha
Reclamada Rodrigo Luiz Felix de Carvalho:

“(...) que no sistema MOOV o gerente de loja registrava suas


atividades e os horários; que o depoente está subordinado ao
gerente regional;(...)”(grifo nosso)

Testemunha Autor Antônio Sanita Junior:

“(...) que o depoente chegou a receber algumas horas extras,


mas em valor inferior ao devido; que o gerente de vendas não
tem poderes para admitir e dispensar funcionários; que o
gerente regional é contatado quando há problemas disciplinares
na loja e orienta sobre as medidas a serem tomadas; que o
depoente registrava os horários de início e término da jornada no
ponto eletrônico ou nos terminais de vendas; que o depoente não
tinha flexibilidade de horário;(...)” (grifo nosso)

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 48ebf67
Fls.: 24

Autos do Processo nº 1000671-29.2019.5.02.0076 -


76ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO/SP – testemunha Autor
Claudinei Ananias da Silva:

“(...) que quem dispensa funcionário é o regional, que o regional é


quem determinava o desligamento de pessoas, e o gerente de vendas
preenchia a mp- que o regional é quem abria as vagas para contratação
e ele que decidia se contratava ou não; que não podia conceder
desconto maior do que o aprovado pelo sistema e somente após
falarem com o gerente regional ou sua staff, o qual enviava uma
senha; que esse desconto podia ser vetado; que como gerente,
marcava digital quando entrava e quando saía;(...)”(grifo nosso)

Autos do Processo nº 1000357-24.2019.5.02.0031 - 2ª


VARA DO TRABALHO DE DIADEMA/SP - testemunha Reclamada Glaucia
Duarte dos Santos:

“(...) que o reclamante contratou e dispensou funcionários, após


receber autorização para tanto do regional; que não sabe dizer se
todas as pessoas indicadas para dispensa o foram; que todas as pessoas
indicadas para contratação foram;(...)” (grifo nosso)

(...)

“(...) que em caso de dispensa de funcionários, há necessidade de


autorização do regional,(...)”(grifo nosso)

Testemunha Autor Claudinei Ananias da Silva:

“(...) que registava a marcação do ponto por digital, tanto na


entrada como na saída; que o registro era obrigatório;(...)”(grifo
nosso)

(...)

“(...) que é o gerente regional e não o de loja quem tem poderes para
contratar e dispensar funcionários; que o gerente preenchia. com a
orientação do gerente regional, os dados necessários à movimentação
de pessoal, (MP); que o depoente não tinha poderes para aplicar
penalidades, exceto sob mando do gerente regional;(...)”(grifo
nosso)

(...)

“(...) que o gerente não tem poder para negociar com fornecedores ou
fazer compras para a loja; que os descontos eram limitados aos valores
expostos no sistema, e, acima disso, somente com autorização do
regional, que a troca de mercadorias fora do prazo só com autorização
do regional; que o gerente não tinha autorização para efetuar gastos com
despesas da loja; que o gerente não assina contrato ou procuração em
nome da reclamada; que a "CAL" da loja é quem fz escala de férias,
reporta ausências, encaminhando as informações à regional;”(...)”

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 48ebf67
Fls.: 25

Autos do Processo nº 1000854-02.2019.5.02.0431-


1ª VARA DO TRABALHO DE SANTO ANDRÉ/SP – testemunha Reclamada
Patrícia Felix da Costa:

“(...) que na demissão os gerentes fazem o procedimento e passa


para o regional para aprovação para depois comunicar ao
empregado; que dependendo do caso o regional pode não aprovar, caso
verifique que o motivo não está dentro da conduta da
empresa;(...)”(grifo nosso)

Autos do Processo nº 1001440-39.2019.5.02.0043 -


43ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO/SP – testemunha Autor
Claudinei Ananias da Silva:

“(...) que como gerente atuava em área de negociação de vendas, assim


como na verificação de limpeza e organização da loja; que a CAL era
responsável pelo ponto dos vendedores e também elaborava metas que
eram passadas para o regional para aprovação; que tais metas eram
comunicadas ao depoente para cumprimento; que penalidades eram
antes passadas ao regional para verificação das medidas a serem
tomadas; que o depoente registrava o seu ponto em biometria assim
como todos os outros vendedores; que não assinava espelho de ponto
ao final do mês; que entradas ou saídas fora do horário eram
comunicadas ao regional, que poderia indeferir; que em caso de
troca de produtos fora do prazo tinha que pedir autorização para o
regional; que o regional fixava o horário de trabalho do depoente
que era das 11:00 às 22:30h;(...)”(grifo nosso)

Autos do Processo nº 1000912-10.2019.5.02.0009 -


9ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO/SP – testemunha Reclamada
Bruno Luís Santos Souza:

“(...) que é o gerente que faz a entrevista para contratação de


empregados; que após a realização da entrevista, a questão é
repassada ao regional e fica no aguardo de sua aprovação para que
o empregado inicie as atividades;(...)”(grifo nosso)

(...)

“(...) que dispensas precisavam passar previamente pelo comitê e


pelo regional, a quem cabia a decisão final;(...)”(grifo nosso)

Testemunha Autor Antônio Sanita Junior:

“(...) que há determinação do regional para que o gerente abra e


feche a loja; que todos os gerentes de loja devem prestar serviços no
horário que compreende 30 minutos antes e 30 minutos após o horário
de funcionamento das filiais; que havia necessidade de registrar o
início e o fim de sua jornada de trabalho por meio biométrico; que
todas as mesas possuíam o registro biométrico, informando que as
informações eram repassadas ao regional e também à pessoa que
fazia a coordenação das coordenadoras de loja;(...)”(grifo nosso)

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 48ebf67
Fls.: 26

“(...) que eventuais atrasos, saídas antecipadas e faltas precisavam


ser comunicadas previamente ao regional; que já recebeu negativas
do regional quanto a esses pedidos; que não podia fazer trocas após o
prazo estabelecido pela reclamada; que não podia admitir e dispensar
empregados; que recolhia os currículos recebidos na filial e
encaminhava-os toda sexta-feira para a matriz via malote; que a
seleção era feita pelo regional junto com o núcleo de contratações;
que eventuais indicações para demissão eram feitas em conjunto
pelo gerente e pelo regional e encaminhadas para o comitê; que na
visão do depoente a autorização para fazer o desligamento era dada
pelo regional; que a aplicação de advertências e suspensões
precisava passar pelo crivo do regional; que o próprio sistema possui
um limite de descontos que podem ser dados pelos vendedores; que
descontos superiores a esse limite são levados pelo vendedor ao gerente,
que liga para o regional e usa a senha do regional para autorizar; que
não assinava contratos e procurações; que a coordenadora era
responsável por questões administrativas como férias, folga e ponto dos
empregados;(...)”(grifo nosso)

Autos do Processo nº 1001671-97.2019.5.02.0065 - 6ª


VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO - ZONA LESTE/SP – testemunha
Reclamada Valdemar Cruz do Vale:

“(...) que o gerente regional além de comparecer para verificar as


vendas e o movimento da loja também decide sobre punição de
funcionário após indicação pelo gerente da loja; que isso vai para
um comitê e o RH e o gerente regional decide, que a entrevista de
admissão é feita pelo gerente de loja que passa para o gerente
regional que decide sobre a contratação (...)” (grifo nosso)

(...)

“(...) que o depoente como gerente acessa o sistema colocando a


digital no início do trabalho, na saída não precisa, que só o gerente
regional controla seu horário na hora que abre e fecha a loja;
(...)”(grifo nosso)

Não bastasse, seguem ainda, decisões reconhecendo de


forma incontestável tanto o fato de os gerentes da Reclamada não poder ser
considerados como exercentes de cargo de confiança, quanto a existência de efetivo
controle/fiscalização da jornada de trabalho dos mesmos.

X– Da Dispensa de Gerente por Justa Causa – Motivos


– Atrasar no Início a Jornada – Ausentar-se antes do Final da Jornada – Não
Abrir e Fechar a Filial

Como se pode inferir da inclusa documentação, a ora


Reclamada promoveu a dispensa por justa causa de um gerente colega de trabalho
da Reclamante de nome Douglas Andrade Fidelis, sob o fundamento de o aludido

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 48ebf67
Fls.: 27

empregado atrasar no início da jornada, ausentar-se antes do final da jornada e por


não abrir e fechar a filial cotidianamente.

Ressalta-se que o gerente Douglas Andrade Fidelis


trabalhava também na condição de gerente e na mesma regional do ora Reclamante,
não existindo qualquer diferença entre as regras e formato de trabalho do obreiro e
do Sr. Douglas Andrade Fidelis.

A medida adotada pela Reclamada de dispensar por justa


causa o aludido gerente, considerando-se as razões expostas, não deixa margem
para dúvida quanto ao fato de existir jornada de trabalho pré-estabelecida a ser
cumprida pelos gerentes e sobretudo a efetiva fiscalização da Reclamada quanto
aos horários de trabalho levados a efeito cotidianamente, inclusive, com a obrigação
de o gerente abrir e fechar a filial todos os dias.

Logo, o procedimento adotado pela Reclamada comprova


que os gerentes não gozavam de mínima liberdade quanto a jornada de trabalho a
ser cumprida, sendo certo que a não observância dos horários de labor impostos
pela Reclamada atraia a pena máxima, no caso a dispensa por justa causa do gerente.

XI- Não Juntada dos Controles de Jornada – Aplicação


da Pena de Confissão – Empresa com Quadro de Funcionários Superior a 10

Consoante se infere dos espelhos de registro de ponto que


seguem anexo a título de modelo, em que pese a coluna denominada “marcações
realizadas” encontrar-se em branco, verifica-se diariamente jornada de trabalho pré-
estabelecida, no caso de 9:00 às 17:25 com 1:05 de intervalo.

Aludidos espelhos de ponto não deixam qualquer margem


de dúvida quanto ao fato de a Reclamada contratualmente estabelecer uma jornada
de trabalho mínima a ser cumprida, o que contraria o cargo de confiança.

Ademais, como restará comprovado em que pese o campo


“marcações realizadas” encontrar-se em branco, durante todo o pacto laboral, a
Reclamante registrou sua jornada de trabalho através da biometria, mesmo
procedimento adotado por todos os demais empregados da Reclamada.

Ressalta-se, por fim, que a jornada efetivamente cumprida


pelo obreiro era muito superior àquela contratualmente estabelecida, já que abria e
fechava diariamente sua filial, ativando-se nos horários já declinados em tópico
próprio.

Destaca-se que aludida situação ocorria com todos os


gerentes da Reclamada, inclusive a Reclamante, uma vez que todos laboram sob as
mesmas regras.

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 48ebf67
Fls.: 28

Assim, uma vez comprovado nos autos que a Reclamante


não estava inserido na exceção contida no artigo 62, II da CLT, bem como que a
Reclamada mantinha controle da sua jornada de trabalho, não tendo a mesma
exibido nos autos aludidos documentos, como determinado legalmente para as
empresas que contam com mais de 10 empregados, medida que se impõe é por
reconhecer como verdadeiros os dias e horários de trabalho declinados na peça
inicial.

XII - Do 14º Salário (Prêmio Especial - PLR)

Durante todo o contrato de trabalho a Reclamada adimpliu


a obreira a parcela referente ao PLR no valor de 100% do 13º salário.

Ressalta-se que, tendo em vista tratar-se de condição mais


benéfica, o pagamento da PLR incorporou-se ao direito da Reclamante, pelo que é
devido também o seu pagamento, de forma proporcional aos meses laborados em
2023.

Além disso, como se infere pelo acordo de participação nos


lucros e ou resultados, que segue anexo, a cláusula sétima prevê expressamente que
aos empregados demitidos será devido PLR, considerando-se a proporcionalidade
de 01/12 ao mês, o qual deverá ser pago junto com as verbas rescisórias.

Desta forma, medida que se impõe é a condenação da


Reclamada no pagamento da Participação nos Lucros e Resultados proporcional
referente ao ano de 2023, a razão de 05/12, com base no valor adimplido a título de
13º salário do mesmo período, considerando seus reflexos em FGTS.

XIII – Dos Honorários Sucumbenciais

Devidos, ainda, pela Reclamada, no importe de 15% da


condenação, honorários sucumbenciais em favor dos patronos da parte autora, em
perfeita consonância com o disposto nos artigos 791-A da CLT e 85 do CPC.

Neste sentido, vejamos o que dispõe o art. 791-A da CLT:

“Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão


devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5%
(cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor
que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido
ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.

§ 1o Os honorários são devidos também nas ações contra a Fazenda


Pública e nas ações em que a parte estiver assistida ou substituída pelo
sindicato de sua categoria.”

Ademais, da mesma forma prevê o art. 85 do CPC, in


verbis:

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 48ebf67
Fls.: 29

“Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao


advogado do vencedor.”

Dessa forma, medida que se impõe a condenação da


Reclamada no adimplemento de honorários sucumbenciais, no patamar de 15%
sobre o valor da condenação, em favor dos patronos da parte autora.

ANTE O EXPOSTO, requer:

1) seja declarado nulo qualquer Acordo do Compensação


de Horas por ventura existente entre as partes, caso considerados como válidos os
espelhos de ponto, o que cogita em função do princípio da eventualidade,
descaracterizando assim o aludido documento, em face da habitualidade na
prestação de horas extras, devendo ser pagas como extra todas as horas
extraordinárias eventualmente compensadas;

2) seja a Reclamada condenada a promover a recomposição


da remuneração do Reclamante, de acordo com as parcelas deferidas neste feito e,
com isso, no pagamento das seguintes parcelas:

a) reflexos dos valores adimplidos em folha de pagamento


a título de “prêmio”, “% salário p/ metas alcançadas”, “prêmio estimado”, “prêmio
performance”, “prêmio garantia/seguro”, “prêmio antecipado” (premiações
lançadas no adiantamento mensal), “prêmio gerência”, “prêmio recarga celular”,
“prêmio loja”, dentre outros, relativos a todo o período imprescrito, em RSR e já
enriquecidos destes em aviso prévio, 13º salário, férias + 1/3 e de todas as parcelas
em FGTS e multa de 40% sobre o saldo fundiário, no valor de -------- R$ 18.585,60;

b) diferenças de comissões relativas à alegação da


Reclamada de vendas de mercadorias e serviços não faturadas, ou mesmo objeto de
cancelamento ou troca, comercializados pela obreira, mês a mês, considerando-se
o período imprescrito em que a Reclamante foi vendedora, com base no valor médio
mensal de 30% das comissões recebidas pela obreira, devidamente acrescidas do
RSR e já enriquecidas deste, seus reflexos em aviso prévio, 13º salário, férias + 1/3
e de tudo em FGTS e multa de 40% --------------------------------------- R$ 67.858,56;

c) diferença a título de comissões relativas às vendas


parceladas através de financiamento, efetuadas durante o período imprescrito em
que a Reclamante foi vendedora, considerando-se que os produtos sofriam um
acréscimo de 72% sobre o valor a vista e que 80% da importância recebida a título
de comissões mensais refere-se a esta modalidade de venda, como narrado na causa
de pedir, assim como sua incidência em RSR e já enriquecida deste em aviso prévio,
13º salário, férias + 1/3 e de tudo em FGTS e multa de 40% sobre saldo fundiário -
-------------------------------------------------------------------------------- R$ 169.374,97;

d) prêmio estímulo, ou sua diferença no mês que foi quitado


em valor inferior ao devido, durante todo o período imprescrito em que a

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 48ebf67
Fls.: 30

Reclamante foi vendedora, conforme parâmetros estabelecidos na causa de pedir,


bem como seus reflexos em RSR e já enriquecido deste, sobre aviso prévio, 13º
salário, férias + 1/3 e de tudo em FGTS e multa de 40% --------------- R$ 90.478,08;

e) horas extras durante todo o período imprescrito,


excedentes a 8ª diária e 44ª semanal, observado o divisor 220, acrescidas do
adicional convencional fixado nas CCTs da categoria anexas, calculadas com base
na efetiva remuneração percebida ou devida mês a mês, incluindo-se aquelas
parcelas reconhecidas como salariais neste feito – Súmulas 264 e 347 do TST, com
reflexos pela média física sobre RSR (assim considerados os domingos e feriados)
e já enriquecidas deste em aviso prévio, férias + 1/3, 13º salário, e de todas as
parcelas em FGTS e multa de 40%, no valor estimado de ------------- R$ 193.138,22;
f) horas extras em função da supressão do intervalo
intrajornada não gozado em sua integralidade pela Reclamante, com base no
intervalo contratual de 2 horas, ou caso assim não entender no intervalo legal de 1
hora, com o adicional convencional previsto nas CCTs da categoria anexas,
conforme § 4º do artigo 71 da CLT, calculadas com base na efetiva remuneração
percebida ou devida mês a mês, incluindo-se aquelas parcelas reconhecidas como
salariais neste feito – Súmulas 264 e 347 do TST com reflexos pela média física
sobre RSR (domingos e feriados) e já enriquecidas deste em aviso prévio, férias +
1/3, 13º salário, e de todas estas parcelas em FGTS e multa de 40%, no valor de ---
-------------------------------------------------------------------------------- R$ 155.716,28;
g) horas extras em decorrência da supressão de parte do
intervalo interjornada, com base no intervalo legal de 11 horas, por analogia ao
aplicado quanto ao intervalo intrajornada, ou seja, o pagamento de 11 horas extras
diárias em sua integralidade, ou não entendendo desta forma este d. Juízo, sejam
deferidas as horas extras em razão de supressão de parte do intervalo interjornada,
com o adicional convencional previsto nas CCTs da categoria anexas, calculadas
com base na efetiva remuneração percebida ou devida mês a mês, incluindo-se
aquelas parcelas reconhecidas como salariais neste feito – Súmulas 264 e 347 TST,
com reflexos pela média física sobre RSR (domingos e feriados) e já enriquecidas
deste em aviso prévio, férias + 1/3, 13º salário, e de todas estas parcelas em FGTS
e multa de 40% --------------------------------------------------------------- R$ 16.015,81;
h) domingos e feriados laborados, na forma dobrada,
considerando-se o efetivo número de horas trabalhadas, calculados com base na
efetiva remuneração percebida ou devida mês a mês, incluindo-se aquelas parcelas
reconhecidas como salariais neste feito – Súmulas 264 e 347 TST, inclusive horas
extras e adicionais, sem prejuízo do adimplemento dos repousos semanais, como
disposto no Precedente nº. 93 da SDI/TST, com reflexos pela média física sobre
RSR e já enriquecidos deste em aviso prévio, férias + 1/3, 13º salário, e de todas as
parcelas em FGTS e multa de 40%, no valor de -------------------------- R$ 57.496,76;

i) diferenças devidas pelos 4 dias de substituição para cada


mês, durante todo o período imprescrito de vendedora, levando-se em consideração
os valores já adimplidos a obreira a título de salário substituição, conforme recibos
coligidos aos autos, e o efetivo valor de 4 dias de remuneração dos gerentes,

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 48ebf67
Fls.: 31

composta de salário fixo e prêmio gerencia, com seus reflexos em aviso prévio,
férias + 1/3, 13º salário, e de tudo em FGTS e multa de 40% sobre o saldo fundiário
----------------------------------------------------------------------------------R$ 63.829,33;

j) PLR proporcional de 2023 a razão de 5/12, considerando


a projeção do aviso, devidamente atualizado até seu efetivo adimplemento,
conforme causa de pedir, com seus reflexos em FGTS e multa de 40% sobre o saldo
fundiário ----------------------------------------------------------------------- R$ 2.750,00;

k) a fixação de honorários sucumbenciais a serem pagos


pela Reclamada aos patronos da obreira, no importe equivalente a 15% da
condenação ----------------------------------------------------------------- R$ 125.286,54;

3 - seja a Reclamada compelida nos termos do artigo 396


do novo CPC a coligir aos autos, sob as penas do artigo 400 do mesmo diploma
legal:
3.1 - os recibos de pagamento e fichas financeiras da
Reclamante, relativos a todo o contrato de trabalho, bem como do gerente Dargles
Souza;

3.2 - os valores das vendas efetuadas pela Reclamante, mês


a mês e durante todo o período imprescrito de vendedora, tanto a título de
mercadorias como de serviços, discriminando de forma detalhada quais foram a
vista e quais foram de forma parcelada, bem como os valores das mercadorias e
serviços no formato de pagamento a vista e a prazo;

3.3 - a totalidade dos serviços vendidos mês a mês e durante


todo o período imprescrito de vendedora pela Reclamante, com os respectivos
valores e os percentuais quitados a título de comissões;

3.4 - as vendas efetuadas mês a mês e durante todo o


período imprescrito de vendedora, a título de mercadorias e serviços, com a
indicação daquelas não faturadas, canceladas ou objeto de troca, em que a
Reclamante deixou de receber as respectivas comissões pelas vendas;

3.5 - documentos comprovando o valor da meta mensal da


Reclamante, mês a mês e durante todo o período imprescrito de vendedora, bem
como os percentuais devidos quando de seu atingimento, para efeito de pagamento
do prêmio estímulo, e quais importâncias foram quitadas respectivamente em cada
mês;
3.6 - os contracheques e fichas financeiras de todos os
empregados que laboraram na mesma filial da Reclamante, mês a mês relativas a
todo o período em que a obreira exerceu a função de gerente, visando comprovar
que o salário pago a obreira era no mínimo 40% maior que o adimplido aos demais
empregados;
4 - a notificação da Reclamada para, querendo, responder
aos termos da presente, no prazo legal, sob pena de revelia;

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 48ebf67
Fls.: 32

5 - a procedência total da presente Ação de acordo com as


parcelas pleiteadas;
6 - os benefícios da Justiça Gratuita por estar desempregado
e ser pobre no sentido legal, não podendo arcar com as custas processuais e
honorários, sem prejuízo próprio e de sua família.

Provará o alegado por todos os meios de provas admitidos


em direito, principalmente o documental, testemunhal e pericial, requer ainda o
depoimento pessoal do representante legal da reclamada.

Dá-se à causa o valor estimativo de R$ 960.530,16.

Palmas, 13 de junho de 2023

Marcos Roberto Dias Danielle Cristina Vieira de Souza


OAB/MG: 87.946 OAB/MG: 116.893
Lorena de Oliveira Reis
OAB/MG: 193.655

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 48ebf67
https://pje.trt10.jus.br/pjekz/validacao/23061314350125100000035726928?instancia=1
Número do documento: 23061314350125100000035726928
13/06/23, 11:56 Document Fls.: 33
Reclamante: MARIA DE JESUS FERREIRA RODRIGUES DA CUNHA

Reclamada: VIA VAREJO S.A

Verba Valor Parcelas Inc. IRRF


DSR s/ Serv. + Prêmio e Ref. em A.P., 13º sal. e férias + 1/3 FGTS e multa 40% R$ 16.537,60 R$ 13.230,08
- Vendedor
DSR s/ Serv. + Prêmio e Ref. em A.P., 13º sal. e férias + 1/3 FGTS e multa 40% R$ 2.048,00 R$ 1.638,40
- Gerente
Subtotal Incidência DRS R$ 18.585,60
Venda Não Fat. + RSR e Ref. em A.P., 13º sal. e férias + 1/3 FGTS e multa 40% R$ 67.858,56 R$ 54.286,85
Dif. Comissão Venda a Prazo + RSR e Ref. em A.P., 13º sal. e férias + 1/3 FGTS R$ 169.374,97 R$ 135.499,97
e multa 40%
Prêmio Estimulo + RSR e Ref. em A.P., 13º sal. e férias + 1/3 FGTS e multa R$ 90.478,08 R$ 72.382,46
40%
V.H.E. + RSR. e Ref. em A.P., 13º sal. e férias + 1/3 FGTS e multa 40% R$ 193.138,22 R$ 154.510,58
V.H.E. Int.Intraj. + RSR e Ref. em A.P., 13º sal. e férias + 1/3 FGTS e multa 40% R$ 155.716,28 R$ 124.573,03
V.H.E. Int.Interj. + RSR e Ref. em A.P., 13º sal. e férias + 1/3 FGTS e multa 40% R$ 16.015,81 R$ 12.812,65
Domingo Feriado + RSR e Ref. em A.P., 13º sal. e férias + 1/3 FGTS e multa R$ 57.496,76 R$ 45.997,41
40%
Dif Salario Subtituição + RSR e Ref. em A.P., 13º sal. e férias + 1/3 FGTS e R$ 63.829,33 R$ 51.063,47
multa 40%
PLR R$ 2.750,00 R$ 0,00
Total R$ 835.243,62 R$ 665.994,90

CÁLCULO DO VALOR DEVIDO AO RECLAMANTE


Principal R$ 835.243,62
Valor INSS Cota Reclamante R$ 19.511,57
Valor IRRF R$ 126.490,68
Valor Líquido Devido ao Reclamante R$ 689.241,38

Descrição das Parcelas devidas


Valor líquido devido ao reclamante R$ 689.241,38
Valor do INSS cota do reclamante R$ 19.511,57
Valor do IRRF R$ 126.490,68
Total bruto devido ao reclamante R$ 835.243,62
Honorários Sucumbenciais aos Patronos do Reclamante 15% R$ 125.286,54
Valor do INSS cota da reclamada R$ 180.807,21
TOTAL EXECUÇÃO R$ 1.141.337,37

Valor da Causa
Total R$ 835.243,62
Honorários Sucumbenciais aos Patronos do Reclamante 15% R$ 125.286,54
Total R$ 960.530,16

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Reclamante: MARIA DE JESUS FERREIRA RODRIGUES DA CUNHA

Reclamada: VIA VAREJO S.A

Diferenças Salariais - Vendedor

Mês Total Com. Mês Comissão s/ Produto DSR Comissão Produto Comissão Serviços
Jun/2018 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00

Jul/2018 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00


Ago/2018 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00
Set/2018 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00

Out/2018 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00


Nov/2018 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00

Dez/2018 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00


Jan/2019 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00

Fev/2019 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00


Mar/2019 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00
Abr/2019 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00

Mai/2019 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00


Jun/2019 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00

Jul/2019 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00

Ago/2019 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00


Set/2019 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00
Out/2019 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00

Nov/2019 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00

Dez/2019 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00

Jan/2020 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00


Fev/2020 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00

Mar/2020 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00


Abr/2020 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00

Mai/2020 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00

Jun/2020 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00


Jul/2020 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00

Ago/2020 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00

Set/2020 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00


Out/2020 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00

Nov/2020 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00


Dez/2020 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00

Jan/2021 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00

Fev/2021 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00

Mar/2021 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00


Abr/2021 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00

Mai/2021 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00


Jun/2021 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00

Jul/2021 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00

Ago/2021 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00


Set/2021 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00

Out/2021 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00


Nov/2021 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00

Dez/2021 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00

Jan/2022 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00


Fev/2022 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00

Mar/2022 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00

Abr/2022 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00


Mai/2022 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00

Jun/2022 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00

Jul/2022 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00


Ago/2022 R$ 2.970,00 R$ 2.000,00 R$ 480,00 R$ 970,00

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e1c3c85
13/06/23, 11:56 Document Fls.: 35
Reclamante: MARIA DE JESUS FERREIRA RODRIGUES DA CUNHA

Reclamada: VIA VAREJO S.A

Diferenças Salariais - Vendedor

Mês Prêmio DSR s/ Serv. Prêmio Venda não Faturada RSR s/ Venda não Faturada COMISSÕES TOTAIS MÊS
Jun/2018 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00

Jul/2018 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00


Ago/2018 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00

Set/2018 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00

Out/2018 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00

Nov/2018 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00


Dez/2018 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00

Jan/2019 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00

Fev/2019 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00


Mar/2019 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00

Abr/2019 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00


Mai/2019 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00

Jun/2019 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00

Jul/2019 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00


Ago/2019 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00
Set/2019 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00
Out/2019 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00

Nov/2019 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00

Dez/2019 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00

Jan/2020 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00


Fev/2020 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00

Mar/2020 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00


Abr/2020 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00

Mai/2020 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00

Jun/2020 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00


Jul/2020 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00

Ago/2020 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00

Set/2020 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00


Out/2020 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00

Nov/2020 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00


Dez/2020 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00

Jan/2021 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00


Fev/2021 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00

Mar/2021 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00


Abr/2021 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00

Mai/2021 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00

Jun/2021 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00


Jul/2021 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00

Ago/2021 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00

Set/2021 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00

Out/2021 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00


Nov/2021 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00
Dez/2021 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00

Jan/2022 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00

Fev/2022 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00

Mar/2022 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00

Abr/2022 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00


Mai/2022 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00
Jun/2022 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00

Jul/2022 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00

Ago/2022 R$ 550,00 R$ 253,33 R$ 891,00 R$ 148,50 R$ 3.861,00

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Reclamante: MARIA DE JESUS FERREIRA RODRIGUES DA CUNHA

Reclamada: VIA VAREJO S.A

Diferenças Salariais - Vendedor

Mês Dif. Comissões Venda a Prazo RSR s/ Dif. Comissões Venda a Prazo Total Comissões Mês Prêmio Estimulo RSR s/ Dif. Prêmio Estimulo

Jun/2018 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00

Jul/2018 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00


Ago/2018 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00
Set/2018 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00

Out/2018 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00

Nov/2018 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00

Dez/2018 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00

Jan/2019 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00

Fev/2019 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00


Mar/2019 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00

Abr/2019 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00

Mai/2019 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00

Jun/2019 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00

Jul/2019 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00

Ago/2019 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00


Set/2019 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00

Out/2019 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00

Nov/2019 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00

Dez/2019 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00

Jan/2020 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00

Fev/2020 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00


Mar/2020 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00
Abr/2020 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00

Mai/2020 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00

Jun/2020 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00

Jul/2020 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00


Ago/2020 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00

Set/2020 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00


Out/2020 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00

Nov/2020 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00

Dez/2020 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00


Jan/2021 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00

Fev/2021 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00

Mar/2021 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00


Abr/2021 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00

Mai/2021 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00

Jun/2021 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00


Jul/2021 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00

Ago/2021 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00

Set/2021 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00

Out/2021 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00


Nov/2021 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00
Dez/2021 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00

Jan/2022 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00

Fev/2022 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00

Mar/2022 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00

Abr/2022 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00


Mai/2022 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00

Jun/2022 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00

Jul/2022 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00

Ago/2022 R$ 2.223,94 R$ 370,66 R$ 2.970,00 R$ 1.188,00 R$ 198,00

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e1c3c85
13/06/23, 11:56 Document Fls.: 37
Reclamante: MARIA DE JESUS FERREIRA RODRIGUES DA CUNHA

Reclamada: VIA VAREJO S.A

Diferenças Salariais - Vendedor

Mês REMUNERAÇÃO TOTAL MÊS DSR s/ Serv. + Prêmio Atualização Venda não Faturada + RSR Dif. Comissão Venda a Prazo + RSR Prêmio Estimulo + RSR

Jun/2018 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00

Jul/2018 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00


Ago/2018 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00
Set/2018 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00

Out/2018 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00

Nov/2018 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00

Dez/2018 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00

Jan/2019 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00

Fev/2019 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00


Mar/2019 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00

Abr/2019 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00

Mai/2019 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00

Jun/2019 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00

Jul/2019 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00

Ago/2019 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00


Set/2019 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00

Out/2019 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00

Nov/2019 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00

Dez/2019 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00

Jan/2020 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00

Fev/2020 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00


Mar/2020 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00
Abr/2020 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00

Mai/2020 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00

Jun/2020 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00

Jul/2020 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00


Ago/2020 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00

Set/2020 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00


Out/2020 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00

Nov/2020 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00

Dez/2020 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00


Jan/2021 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00

Fev/2021 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00

Mar/2021 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00


Abr/2021 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00

Mai/2021 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00


Jun/2021 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00

Jul/2021 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00

Ago/2021 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00

Set/2021 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00

Out/2021 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00


Nov/2021 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00
Dez/2021 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00

Jan/2022 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00

Fev/2022 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00

Mar/2022 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00

Abr/2022 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00


Mai/2022 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00

Jun/2022 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00

Jul/2022 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00

Ago/2022 R$ 9.273,43 R$ 253,33 R$ 1.039,50 R$ 2.594,59 R$ 1.386,00

R$ 12.920,00 R$ 53.014,50 R$ 132.324,19 R$ 70.686,00

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e1c3c85
13/06/23, 11:56 Document Fls.: 38
Reclamante: MARIA DE JESUS FERREIRA RODRIGUES DA CUNHA

Reclamada: VIA VAREJO S.A

Diferenças Salariais - Vendedor

Mês Atualização IPCA-E Atualização TR Atualização SELIC INSS Recte. SELIC INSS Recte.

Jun/2018 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00

Jul/2018 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00


Ago/2018 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00
Set/2018 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00

Out/2018 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00

Nov/2018 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00

Dez/2018 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00

Jan/2019 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00

Fev/2019 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00


Mar/2019 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00

Abr/2019 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00

Mai/2019 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00

Jun/2019 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00


Jul/2019 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00

Ago/2019 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00


Set/2019 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00
Out/2019 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00
Nov/2019 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00

Dez/2019 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00


Jan/2020 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00

Fev/2020 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00


Mar/2020 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00
Abr/2020 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00
Mai/2020 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00

Jun/2020 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00


Jul/2020 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00

Ago/2020 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00


Set/2020 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00
Out/2020 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00
Nov/2020 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00

Dez/2020 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00


Jan/2021 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00

Fev/2021 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00


Mar/2021 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00
Abr/2021 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00
Mai/2021 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00

Jun/2021 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00


Jul/2021 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00

Ago/2021 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00


Set/2021 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00
Out/2021 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00
Nov/2021 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00

Dez/2021 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00


Jan/2022 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00

Fev/2022 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00


Mar/2022 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00
Abr/2022 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00
Mai/2022 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00

Jun/2022 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00


Jul/2022 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00
Ago/2022 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 158,20 R$ 0,00

R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 8.068,34 R$ 0,00

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e1c3c85
13/06/23, 11:56 Document Fls.: 39
Reclamante: MARIA DE JESUS FERREIRA RODRIGUES DA CUNHA

Reclamada: VIA VAREJO S.A

Diferenças Salariais - Vendedor

Mês INSS RECDA SELIC INSS RECDA.

Jun/2018 R$ 1.466,01 R$ 0,00


Jul/2018 R$ 1.466,01 R$ 0,00
Ago/2018 R$ 1.466,01 R$ 0,00
Set/2018 R$ 1.466,01 R$ 0,00

Out/2018 R$ 1.466,01 R$ 0,00


Nov/2018 R$ 1.466,01 R$ 0,00
Dez/2018 R$ 1.466,01 R$ 0,00

Jan/2019 R$ 1.466,01 R$ 0,00


Fev/2019 R$ 1.466,01 R$ 0,00
Mar/2019 R$ 1.466,01 R$ 0,00

Abr/2019 R$ 1.466,01 R$ 0,00


Mai/2019 R$ 1.466,01 R$ 0,00
Jun/2019 R$ 1.466,01 R$ 0,00

Jul/2019 R$ 1.466,01 R$ 0,00


Ago/2019 R$ 1.466,01 R$ 0,00
Set/2019 R$ 1.466,01 R$ 0,00
Out/2019 R$ 1.466,01 R$ 0,00

Nov/2019 R$ 1.466,01 R$ 0,00


Dez/2019 R$ 1.466,01 R$ 0,00

Jan/2020 R$ 1.466,01 R$ 0,00


Fev/2020 R$ 1.466,01 R$ 0,00

Mar/2020 R$ 1.466,01 R$ 0,00


Abr/2020 R$ 1.466,01 R$ 0,00

Mai/2020 R$ 1.466,01 R$ 0,00


Jun/2020 R$ 1.466,01 R$ 0,00

Jul/2020 R$ 1.466,01 R$ 0,00


Ago/2020 R$ 1.466,01 R$ 0,00

Set/2020 R$ 1.466,01 R$ 0,00


Out/2020 R$ 1.466,01 R$ 0,00

Nov/2020 R$ 1.466,01 R$ 0,00


Dez/2020 R$ 1.466,01 R$ 0,00

Jan/2021 R$ 1.466,01 R$ 0,00


Fev/2021 R$ 1.466,01 R$ 0,00

Mar/2021 R$ 1.466,01 R$ 0,00


Abr/2021 R$ 1.466,01 R$ 0,00

Mai/2021 R$ 1.466,01 R$ 0,00


Jun/2021 R$ 1.466,01 R$ 0,00

Jul/2021 R$ 1.466,01 R$ 0,00


Ago/2021 R$ 1.466,01 R$ 0,00
Set/2021 R$ 1.466,01 R$ 0,00

Out/2021 R$ 1.466,01 R$ 0,00


Nov/2021 R$ 1.466,01 R$ 0,00
Dez/2021 R$ 1.466,01 R$ 0,00

Jan/2022 R$ 1.466,01 R$ 0,00


Fev/2022 R$ 1.466,01 R$ 0,00
Mar/2022 R$ 1.466,01 R$ 0,00

Abr/2022 R$ 1.466,01 R$ 0,00


Mai/2022 R$ 1.466,01 R$ 0,00
Jun/2022 R$ 1.466,01 R$ 0,00

Jul/2022 R$ 1.466,01 R$ 0,00


Ago/2022 R$ 1.466,01 R$ 0,00
R$ 74.766,62 R$ 0,00

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13/06/23, 11:56 Document Fls.: 40
Reclamante: MARIA DE JESUS FERREIRA RODRIGUES DA CUNHA

Reclamada: VIA VAREJO S.A

Diferenças Salariais - Gerente

Mês Salário Fixo Prêmios Remuneração Total Recibo Pgto DRS e Feriados
Set/2022 R$ 5.400,00 R$ 1.200,00 R$ 6.600,00 R$ 200,00
Out/2022 R$ 5.400,00 R$ 1.200,00 R$ 6.600,00 R$ 200,00
Nov/2022 R$ 5.400,00 R$ 1.200,00 R$ 6.600,00 R$ 200,00

Dez/2022 R$ 5.400,00 R$ 1.200,00 R$ 6.600,00 R$ 200,00


Jan/2023 R$ 5.400,00 R$ 1.200,00 R$ 6.600,00 R$ 200,00

Fev/2023 R$ 5.400,00 R$ 1.200,00 R$ 6.600,00 R$ 200,00


Mar/2023 R$ 5.400,00 R$ 1.200,00 R$ 6.600,00 R$ 200,00
Abr/2023 R$ 5.400,00 R$ 1.200,00 R$ 6.600,00 R$ 200,00

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13/06/23, 11:56 Document Fls.: 41
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Reclamada: VIA VAREJO S.A

Diferenças Salariais - Gerente

Mês REMUNERAÇÃO TOTAL MÊS DSR e Feriados Atualização IPCA-E Atualização TR Atualização SELIC
Set/2022 R$ 1.400,00 R$ 200,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

Out/2022 R$ 1.400,00 R$ 200,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00


Nov/2022 R$ 1.400,00 R$ 200,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
Dez/2022 R$ 1.400,00 R$ 200,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

Jan/2023 R$ 1.400,00 R$ 200,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00


Fev/2023 R$ 1.400,00 R$ 200,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
Mar/2023 R$ 1.400,00 R$ 200,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

Abr/2023 R$ 1.400,00 R$ 200,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00


R$ 1.600,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

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13/06/23, 11:56 Document Fls.: 42
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Reclamada: VIA VAREJO S.A

Diferenças Salariais - Gerente

Mês INSS Recte. SELIC INSS Recte. INSS RECDA SELIC INSS RECDA.
Set/2022 R$ 6,00 R$ 0,00 R$ 55,60 R$ 0,00
Out/2022 R$ 6,00 R$ 0,00 R$ 55,60 R$ 0,00
Nov/2022 R$ 6,00 R$ 0,00 R$ 55,60 R$ 0,00

Dez/2022 R$ 6,00 R$ 0,00 R$ 55,60 R$ 0,00


Jan/2023 R$ 6,00 R$ 0,00 R$ 55,60 R$ 0,00
Fev/2023 R$ 6,00 R$ 0,00 R$ 55,60 R$ 0,00

Mar/2023 R$ 6,00 R$ 0,00 R$ 55,60 R$ 0,00


Abr/2023 R$ 6,00 R$ 0,00 R$ 55,60 R$ 0,00

R$ 48,00 R$ 0,00 R$ 444,80 R$ 0,00

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Reclamada: VIA VAREJO S.A

Horas Extras

Mês Transf. Remun. Plan. Dif. Com. Transf. Salario Fixo Dif. Com. Dif. Salario Substituição Fixo Dif. Salario Substituição Variavel
Jun/2018 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67

Jul/2018 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67


Ago/2018 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67
Set/2018 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67

Out/2018 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67


Nov/2018 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67
Dez/2018 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67

Jan/2019 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67


Fev/2019 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67
Mar/2019 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67
Abr/2019 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67

Mai/2019 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67


Jun/2019 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67

Jul/2019 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67


Ago/2019 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67
Set/2019 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67
Out/2019 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67

Nov/2019 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67


Dez/2019 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67

Jan/2020 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67


Fev/2020 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67

Mar/2020 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67


Abr/2020 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67

Mai/2020 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67


Jun/2020 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67

Jul/2020 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67


Ago/2020 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67
Set/2020 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67
Out/2020 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67

Nov/2020 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67

Dez/2020 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67


Jan/2021 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67

Fev/2021 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67

Mar/2021 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67


Abr/2021 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67
Mai/2021 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67

Jun/2021 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67

Jul/2021 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67


Ago/2021 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67

Set/2021 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67

Out/2021 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67


Nov/2021 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67

Dez/2021 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67


Jan/2022 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67

Fev/2022 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67

Mar/2022 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67


Abr/2022 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67
Mai/2022 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67

Jun/2022 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67

Jul/2022 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67


Ago/2022 R$ 9.273,43 R$ 0,00 R$ 666,67 R$ 266,67

Set/2022 R$ 1.400,00 R$ 5.400,00 R$ 0,00 R$ 0,00

Out/2022 R$ 1.400,00 R$ 5.400,00 R$ 0,00 R$ 0,00

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13/06/23, 11:56 Document Fls.: 44
Reclamante: MARIA DE JESUS FERREIRA RODRIGUES DA CUNHA
Nov/2022 R$ 1.400,00 R$ 5.400,00 R$ 0,00 R$ 0,00
Reclamada: VIA VAREJO S.A
Dez/2022 R$ 1.400,00 R$ 5.400,00 R$ 0,00 R$ 0,00

Jan/2023 R$ 1.400,00 R$ 5.400,00 R$ 0,00 R$ 0,00

Fev/2023 R$ 1.400,00 R$ 5.400,00 R$ 0,00 R$ 0,00


Mar/2023 R$ 1.400,00 R$ 5.400,00 R$ 0,00 R$ 0,00
Abr/2023 R$ 1.400,00 R$ 5.400,00 R$ 0,00 R$ 0,00

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e1c3c85
13/06/23, 11:56 Document Fls.: 45
Reclamante: MARIA DE JESUS FERREIRA RODRIGUES DA CUNHA

Reclamada: VIA VAREJO S.A

Horas Extras

Mês RSR Salario Substituição Total da Remuneração Total Remuneração Variável Total Remuneração Fixa Valor Hora Enunc. 340

Jun/2018 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 38,21


Jul/2018 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 36,65
Ago/2018 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 35,53

Set/2018 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 39,50

Out/2018 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 35,53


Nov/2018 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 38,60

Dez/2018 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 32,93

Jan/2019 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 38,02

Fev/2019 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 41,74


Mar/2019 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 38,02

Abr/2019 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 40,09

Mai/2019 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 35,07

Jun/2019 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 38,21


Jul/2019 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 36,65

Ago/2019 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 35,53


Set/2019 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 39,50

Out/2019 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 35,53


Nov/2019 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 38,60

Dez/2019 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 32,93

Jan/2020 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 38,02

Fev/2020 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 41,74


Mar/2020 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 38,02
Abr/2020 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 40,09

Mai/2020 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 35,07

Jun/2020 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 38,21


Jul/2020 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 36,65

Ago/2020 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 35,53

Set/2020 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 39,50


Out/2020 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 35,53
Nov/2020 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 38,60

Dez/2020 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 32,93

Jan/2021 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 38,02


Fev/2021 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 41,74

Mar/2021 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 38,02


Abr/2021 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 40,09

Mai/2021 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 35,07

Jun/2021 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 38,21


Jul/2021 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 36,65

Ago/2021 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 35,53

Set/2021 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 39,50


Out/2021 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 35,53
Nov/2021 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 38,60

Dez/2021 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 32,93

Jan/2022 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 38,02


Fev/2022 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 41,74

Mar/2022 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 38,02

Abr/2022 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 40,09


Mai/2022 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 35,07
Jun/2022 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 38,21

Jul/2022 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 36,65

Ago/2022 R$ 44,44 R$ 10.251,20 R$ 9.584,54 R$ 666,67 R$ 35,53

Set/2022 R$ 0,00 R$ 6.800,00 R$ 1.400,00 R$ 5.400,00 R$ 4,93


Out/2022 R$ 0,00 R$ 6.800,00 R$ 1.400,00 R$ 5.400,00 R$ 4,62

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e1c3c85
13/06/23, 11:56 Document Fls.: 46
Reclamante: MARIA DE JESUS FERREIRA RODRIGUES DA CUNHA
Nov/2022 R$ 0,00 R$ 6.800,00 R$ 1.400,00 R$ 5.400,00 R$ 4,97
Reclamada: VIA VAREJO S.A
Dez/2022 R$ 0,00 R$ 6.800,00 R$ 1.400,00 R$ 5.400,00 R$ 4,49

Jan/2023 R$ 0,00 R$ 6.800,00 R$ 1.400,00 R$ 5.400,00 R$ 4,73


Fev/2023 R$ 0,00 R$ 6.800,00 R$ 1.400,00 R$ 5.400,00 R$ 5,16
Mar/2023 R$ 0,00 R$ 6.800,00 R$ 1.400,00 R$ 5.400,00 R$ 4,73

Abr/2023 R$ 0,00 R$ 6.800,00 R$ 1.400,00 R$ 5.400,00 R$ 4,95

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13/06/23, 11:56 Document Fls.: 47
Reclamante: MARIA DE JESUS FERREIRA RODRIGUES DA CUNHA

Reclamada: VIA VAREJO S.A

Horas Extras

Mês Valor Hora Enunc. 220 Fixa Valor Hora Rem. Total 220 Nº. H. Adc.H.E. Valor H.E. Hora + Adic. RSR H.E. Hora + Adic.

Jun/2018 R$ 3,03 R$ 46,60 81.97 R$ 372,59 R$ 62,10

Jul/2018 R$ 3,03 R$ 46,60 70.66 R$ 321,18 R$ 53,53


Ago/2018 R$ 3,03 R$ 46,60 86.23 R$ 391,95 R$ 65,33
Set/2018 R$ 3,03 R$ 46,60 66.40 R$ 301,82 R$ 50,30

Out/2018 R$ 3,03 R$ 46,60 86.23 R$ 391,95 R$ 65,33

Nov/2018 R$ 3,03 R$ 46,60 79.39 R$ 360,86 R$ 60,14

Dez/2018 R$ 3,03 R$ 46,60 107.47 R$ 488,50 R$ 81,42


Jan/2019 R$ 3,03 R$ 46,60 68.53 R$ 311,50 R$ 51,92

Fev/2019 R$ 3,03 R$ 46,60 60.73 R$ 276,05 R$ 46,01


Mar/2019 R$ 3,03 R$ 46,60 68.53 R$ 311,50 R$ 51,92

Abr/2019 R$ 3,03 R$ 46,60 62.86 R$ 285,73 R$ 47,62


Mai/2019 R$ 3,03 R$ 46,60 89.77 R$ 408,05 R$ 68,01

Jun/2019 R$ 3,03 R$ 46,60 81.97 R$ 372,59 R$ 62,10

Jul/2019 R$ 3,03 R$ 46,60 70.66 R$ 321,18 R$ 53,53

Ago/2019 R$ 3,03 R$ 46,60 86.23 R$ 391,95 R$ 65,33


Set/2019 R$ 3,03 R$ 46,60 66.40 R$ 301,82 R$ 50,30

Out/2019 R$ 3,03 R$ 46,60 86.23 R$ 391,95 R$ 65,33

Nov/2019 R$ 3,03 R$ 46,60 79.39 R$ 360,86 R$ 60,14

Dez/2019 R$ 3,03 R$ 46,60 107.47 R$ 488,50 R$ 81,42


Jan/2020 R$ 3,03 R$ 46,60 68.53 R$ 311,50 R$ 51,92

Fev/2020 R$ 3,03 R$ 46,60 60.73 R$ 276,05 R$ 46,01

Mar/2020 R$ 3,03 R$ 46,60 68.53 R$ 311,50 R$ 51,92


Abr/2020 R$ 3,03 R$ 46,60 62.86 R$ 285,73 R$ 47,62
Mai/2020 R$ 3,03 R$ 46,60 89.77 R$ 408,05 R$ 68,01

Jun/2020 R$ 3,03 R$ 46,60 81.97 R$ 372,59 R$ 62,10

Jul/2020 R$ 3,03 R$ 46,60 70.66 R$ 321,18 R$ 53,53


Ago/2020 R$ 3,03 R$ 46,60 86.23 R$ 391,95 R$ 65,33

Set/2020 R$ 3,03 R$ 46,60 66.40 R$ 301,82 R$ 50,30


Out/2020 R$ 3,03 R$ 46,60 86.23 R$ 391,95 R$ 65,33

Nov/2020 R$ 3,03 R$ 46,60 79.39 R$ 360,86 R$ 60,14

Dez/2020 R$ 3,03 R$ 46,60 107.47 R$ 488,50 R$ 81,42


Jan/2021 R$ 3,03 R$ 46,60 68.53 R$ 311,50 R$ 51,92

Fev/2021 R$ 3,03 R$ 46,60 60.73 R$ 276,05 R$ 46,01

Mar/2021 R$ 3,03 R$ 46,60 68.53 R$ 311,50 R$ 51,92


Abr/2021 R$ 3,03 R$ 46,60 62.86 R$ 285,73 R$ 47,62
Mai/2021 R$ 3,03 R$ 46,60 89.77 R$ 408,05 R$ 68,01

Jun/2021 R$ 3,03 R$ 46,60 81.97 R$ 372,59 R$ 62,10

Jul/2021 R$ 3,03 R$ 46,60 70.66 R$ 321,18 R$ 53,53


Ago/2021 R$ 3,03 R$ 46,60 86.23 R$ 391,95 R$ 65,33

Set/2021 R$ 3,03 R$ 46,60 66.40 R$ 301,82 R$ 50,30

Out/2021 R$ 3,03 R$ 46,60 86.23 R$ 391,95 R$ 65,33


Nov/2021 R$ 3,03 R$ 46,60 79.39 R$ 360,86 R$ 60,14
Dez/2021 R$ 3,03 R$ 46,60 107.47 R$ 488,50 R$ 81,42

Jan/2022 R$ 3,03 R$ 46,60 68.53 R$ 311,50 R$ 51,92

Fev/2022 R$ 3,03 R$ 46,60 60.73 R$ 276,05 R$ 46,01

Mar/2022 R$ 3,03 R$ 46,60 68.53 R$ 311,50 R$ 51,92


Abr/2022 R$ 3,03 R$ 46,60 62.86 R$ 285,73 R$ 47,62
Mai/2022 R$ 3,03 R$ 46,60 89.77 R$ 408,05 R$ 68,01

Jun/2022 R$ 3,03 R$ 46,60 81.97 R$ 372,59 R$ 62,10

Jul/2022 R$ 3,03 R$ 46,60 70.66 R$ 321,18 R$ 53,53


Ago/2022 R$ 3,03 R$ 46,60 86.23 R$ 391,95 R$ 65,33

Set/2022 R$ 24,55 R$ 30,91 107.92 R$ 4.238,31 R$ 706,39

Out/2022 R$ 24,55 R$ 30,91 119.43 R$ 4.690,34 R$ 781,72

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13/06/23, 11:56 Document Fls.: 48
Reclamante: MARIA DE JESUS FERREIRA RODRIGUES DA CUNHA
Nov/2022 R$ 24,55 R$ 30,91 112.59 R$ 4.421,72 R$ 736,95
Reclamada: VIA VAREJO S.A
Dez/2022 R$ 24,55 R$ 30,91 128.19 R$ 5.034,37 R$ 839,06

Jan/2023 R$ 24,55 R$ 30,91 112.13 R$ 4.403,65 R$ 733,94

Fev/2023 R$ 24,55 R$ 30,91 102.25 R$ 4.015,64 R$ 669,27


Mar/2023 R$ 24,55 R$ 30,91 112.13 R$ 4.403,65 R$ 733,94
Abr/2023 R$ 24,55 R$ 30,91 106.46 R$ 4.180,97 R$ 696,83

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13/06/23, 11:56 Document Fls.: 49
Reclamante: MARIA DE JESUS FERREIRA RODRIGUES DA CUNHA

Reclamada: VIA VAREJO S.A

Horas Extras

Mês V.H.E. Adicional RSR V.H.E. Adicional N. H.E. Intrajornada V.H.E. Intrajornada. RSR V.H.E. Intrajornada

Jun/2018 R$ 1.565,84 R$ 260,97 26 R$ 1.817,26 R$ 302,88


Jul/2018 R$ 1.294,77 R$ 215,80 27 R$ 1.887,15 R$ 314,53
Ago/2018 R$ 1.531,76 R$ 255,29 27 R$ 1.887,15 R$ 314,53

Set/2018 R$ 1.311,54 R$ 218,59 26 R$ 1.817,26 R$ 302,88

Out/2018 R$ 1.531,76 R$ 255,29 28 R$ 1.957,05 R$ 326,17


Nov/2018 R$ 1.532,38 R$ 255,40 26 R$ 1.817,26 R$ 302,88

Dez/2018 R$ 1.769,66 R$ 294,94 28 R$ 1.957,05 R$ 326,17

Jan/2019 R$ 1.302,82 R$ 217,14 26 R$ 1.817,26 R$ 302,88

Fev/2019 R$ 1.267,46 R$ 211,24 24 R$ 1.677,47 R$ 279,58


Mar/2019 R$ 1.302,82 R$ 217,14 26 R$ 1.817,26 R$ 302,88

Abr/2019 R$ 1.260,00 R$ 210,00 25 R$ 1.747,36 R$ 291,23

Mai/2019 R$ 1.573,93 R$ 262,32 27 R$ 1.887,15 R$ 314,53

Jun/2019 R$ 1.565,84 R$ 260,97 26 R$ 1.817,26 R$ 302,88


Jul/2019 R$ 1.294,77 R$ 215,80 27 R$ 1.887,15 R$ 314,53

Ago/2019 R$ 1.531,76 R$ 255,29 27 R$ 1.887,15 R$ 314,53


Set/2019 R$ 1.311,54 R$ 218,59 26 R$ 1.817,26 R$ 302,88

Out/2019 R$ 1.531,76 R$ 255,29 28 R$ 1.957,05 R$ 326,17


Nov/2019 R$ 1.532,38 R$ 255,40 26 R$ 1.817,26 R$ 302,88

Dez/2019 R$ 1.769,66 R$ 294,94 28 R$ 1.957,05 R$ 326,17

Jan/2020 R$ 1.302,82 R$ 217,14 26 R$ 1.817,26 R$ 302,88


Fev/2020 R$ 1.267,46 R$ 211,24 24 R$ 1.677,47 R$ 279,58

Mar/2020 R$ 1.302,82 R$ 217,14 26 R$ 1.817,26 R$ 302,88


Abr/2020 R$ 1.260,00 R$ 210,00 25 R$ 1.747,36 R$ 291,23

Mai/2020 R$ 1.573,93 R$ 262,32 27 R$ 1.887,15 R$ 314,53

Jun/2020 R$ 1.565,84 R$ 260,97 26 R$ 1.817,26 R$ 302,88


Jul/2020 R$ 1.294,77 R$ 215,80 27 R$ 1.887,15 R$ 314,53

Ago/2020 R$ 1.531,76 R$ 255,29 27 R$ 1.887,15 R$ 314,53

Set/2020 R$ 1.311,54 R$ 218,59 26 R$ 1.817,26 R$ 302,88


Out/2020 R$ 1.531,76 R$ 255,29 28 R$ 1.957,05 R$ 326,17
Nov/2020 R$ 1.532,38 R$ 255,40 26 R$ 1.817,26 R$ 302,88

Dez/2020 R$ 1.769,66 R$ 294,94 28 R$ 1.957,05 R$ 326,17

Jan/2021 R$ 1.302,82 R$ 217,14 26 R$ 1.817,26 R$ 302,88


Fev/2021 R$ 1.267,46 R$ 211,24 24 R$ 1.677,47 R$ 279,58

Mar/2021 R$ 1.302,82 R$ 217,14 26 R$ 1.817,26 R$ 302,88


Abr/2021 R$ 1.260,00 R$ 210,00 25 R$ 1.747,36 R$ 291,23

Mai/2021 R$ 1.573,93 R$ 262,32 27 R$ 1.887,15 R$ 314,53


Jun/2021 R$ 1.565,84 R$ 260,97 26 R$ 1.817,26 R$ 302,88

Jul/2021 R$ 1.294,77 R$ 215,80 27 R$ 1.887,15 R$ 314,53

Ago/2021 R$ 1.531,76 R$ 255,29 27 R$ 1.887,15 R$ 314,53

Set/2021 R$ 1.311,54 R$ 218,59 26 R$ 1.817,26 R$ 302,88


Out/2021 R$ 1.531,76 R$ 255,29 28 R$ 1.957,05 R$ 326,17
Nov/2021 R$ 1.532,38 R$ 255,40 26 R$ 1.817,26 R$ 302,88

Dez/2021 R$ 1.769,66 R$ 294,94 28 R$ 1.957,05 R$ 326,17

Jan/2022 R$ 1.302,82 R$ 217,14 26 R$ 1.817,26 R$ 302,88


Fev/2022 R$ 1.267,46 R$ 211,24 24 R$ 1.677,47 R$ 279,58

Mar/2022 R$ 1.302,82 R$ 217,14 26 R$ 1.817,26 R$ 302,88

Abr/2022 R$ 1.260,00 R$ 210,00 25 R$ 1.747,36 R$ 291,23


Mai/2022 R$ 1.573,93 R$ 262,32 27 R$ 1.887,15 R$ 314,53
Jun/2022 R$ 1.565,84 R$ 260,97 26 R$ 1.817,26 R$ 302,88

Jul/2022 R$ 1.294,77 R$ 215,80 27 R$ 1.887,15 R$ 314,53

Ago/2022 R$ 1.531,76 R$ 255,29 27 R$ 1.887,15 R$ 314,53

Set/2022 R$ 318,96 R$ 53,16 26 R$ 1.285,82 R$ 214,30


Out/2022 R$ 331,05 R$ 55,17 28 R$ 1.384,73 R$ 230,79

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13/06/23, 11:56 Document Fls.: 50
Reclamante: MARIA DE JESUS FERREIRA RODRIGUES DA CUNHA
Nov/2022 R$ 335,92 R$ 55,99 26 R$ 1.285,82 R$ 214,30
Reclamada: VIA VAREJO S.A
Dez/2022 R$ 345,36 R$ 57,56 28 R$ 1.384,73 R$ 230,79
Jan/2023 R$ 318,48 R$ 53,08 26 R$ 1.285,82 R$ 214,30

Fev/2023 R$ 316,69 R$ 52,78 24 R$ 1.186,91 R$ 197,82


Mar/2023 R$ 318,48 R$ 53,08 26 R$ 1.285,82 R$ 214,30

Abr/2023 R$ 316,27 R$ 52,71 25 R$ 1.236,36 R$ 206,06

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e1c3c85
13/06/23, 11:56 Document Fls.: 51
Reclamante: MARIA DE JESUS FERREIRA RODRIGUES DA CUNHA

Reclamada: VIA VAREJO S.A

Horas Extras

Mês N. H.E. Interjornada V.H.E. Interjornada RSR V.H.E. Interjornada Domingo Feriado Domingo Fer. Valor

Jun/2018 3.5 R$ 244,63 R$ 40,77 16 R$ 1.491,08

Jul/2018 1 R$ 69,89 R$ 11,65 0 R$ 0,00


Ago/2018 3.5 R$ 244,63 R$ 40,77 8 R$ 745,54
Set/2018 1 R$ 69,89 R$ 11,65 8 R$ 745,54

Out/2018 3.5 R$ 244,63 R$ 40,77 16 R$ 1.491,08

Nov/2018 7 R$ 489,26 R$ 81,54 16 R$ 1.491,08

Dez/2018 6.5 R$ 454,31 R$ 75,72 16 R$ 1.491,08


Jan/2019 1 R$ 69,89 R$ 11,65 0 R$ 0,00

Fev/2019 0.5 R$ 34,95 R$ 5,82 0 R$ 0,00


Mar/2019 1 R$ 69,89 R$ 11,65 0 R$ 0,00

Abr/2019 0.5 R$ 34,95 R$ 5,82 0 R$ 0,00


Mai/2019 4 R$ 279,58 R$ 46,60 8 R$ 745,54

Jun/2019 3.5 R$ 244,63 R$ 40,77 16 R$ 1.491,08

Jul/2019 1 R$ 69,89 R$ 11,65 0 R$ 0,00


Ago/2019 3.5 R$ 244,63 R$ 40,77 8 R$ 745,54
Set/2019 1 R$ 69,89 R$ 11,65 8 R$ 745,54

Out/2019 3.5 R$ 244,63 R$ 40,77 16 R$ 1.491,08

Nov/2019 7 R$ 489,26 R$ 81,54 16 R$ 1.491,08

Dez/2019 6.5 R$ 454,31 R$ 75,72 16 R$ 1.491,08


Jan/2020 1 R$ 69,89 R$ 11,65 0 R$ 0,00

Fev/2020 0.5 R$ 34,95 R$ 5,82 0 R$ 0,00

Mar/2020 1 R$ 69,89 R$ 11,65 0 R$ 0,00


Abr/2020 0.5 R$ 34,95 R$ 5,82 0 R$ 0,00
Mai/2020 4 R$ 279,58 R$ 46,60 8 R$ 745,54

Jun/2020 3.5 R$ 244,63 R$ 40,77 16 R$ 1.491,08

Jul/2020 1 R$ 69,89 R$ 11,65 0 R$ 0,00


Ago/2020 3.5 R$ 244,63 R$ 40,77 8 R$ 745,54

Set/2020 1 R$ 69,89 R$ 11,65 8 R$ 745,54


Out/2020 3.5 R$ 244,63 R$ 40,77 16 R$ 1.491,08

Nov/2020 7 R$ 489,26 R$ 81,54 16 R$ 1.491,08


Dez/2020 6.5 R$ 454,31 R$ 75,72 16 R$ 1.491,08

Jan/2021 1 R$ 69,89 R$ 11,65 0 R$ 0,00

Fev/2021 0.5 R$ 34,95 R$ 5,82 0 R$ 0,00

Mar/2021 1 R$ 69,89 R$ 11,65 0 R$ 0,00


Abr/2021 0.5 R$ 34,95 R$ 5,82 0 R$ 0,00
Mai/2021 4 R$ 279,58 R$ 46,60 8 R$ 745,54

Jun/2021 3.5 R$ 244,63 R$ 40,77 16 R$ 1.491,08

Jul/2021 1 R$ 69,89 R$ 11,65 0 R$ 0,00


Ago/2021 3.5 R$ 244,63 R$ 40,77 8 R$ 745,54

Set/2021 1 R$ 69,89 R$ 11,65 8 R$ 745,54

Out/2021 3.5 R$ 244,63 R$ 40,77 16 R$ 1.491,08


Nov/2021 7 R$ 489,26 R$ 81,54 16 R$ 1.491,08
Dez/2021 6.5 R$ 454,31 R$ 75,72 16 R$ 1.491,08

Jan/2022 1 R$ 69,89 R$ 11,65 0 R$ 0,00

Fev/2022 0.5 R$ 34,95 R$ 5,82 0 R$ 0,00

Mar/2022 1 R$ 69,89 R$ 11,65 0 R$ 0,00


Abr/2022 0.5 R$ 34,95 R$ 5,82 0 R$ 0,00
Mai/2022 4 R$ 279,58 R$ 46,60 8 R$ 745,54

Jun/2022 3.5 R$ 244,63 R$ 40,77 16 R$ 1.491,08

Jul/2022 1 R$ 69,89 R$ 11,65 0 R$ 0,00


Ago/2022 3.5 R$ 244,63 R$ 40,77 8 R$ 745,54

Set/2022 0.75 R$ 37,09 R$ 6,18 8 R$ 494,55

Out/2022 3.25 R$ 160,73 R$ 26,79 16 R$ 989,09

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e1c3c85
13/06/23, 11:56 Document Fls.: 52
Reclamante: MARIA DE JESUS FERREIRA RODRIGUES DA CUNHA
Nov/2022 6.75 R$ 333,82 R$ 55,64 16 R$ 989,09
Reclamada: VIA VAREJO S.A
Dez/2022 6.25 R$ 309,09 R$ 51,52 16 R$ 989,09

Jan/2023 0.75 R$ 37,09 R$ 6,18 0 R$ 0,00

Fev/2023 0.25 R$ 12,36 R$ 2,06 0 R$ 0,00


Mar/2023 0.75 R$ 37,09 R$ 6,18 0 R$ 0,00
Abr/2023 0.25 R$ 12,36 R$ 2,06 0 R$ 0,00

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e1c3c85
13/06/23, 11:56 Document Fls.: 53
Reclamante: MARIA DE JESUS FERREIRA RODRIGUES DA CUNHA

Reclamada: VIA VAREJO S.A

Horas Extras

Mês RSR s/Dom.Fer V.H.E. + RSR. V.H.E. Intrajornada. + RSR V.H.E. Interjornada. + RSR Domingo Feriado + RSR

Jun/2018 R$ 248,51 R$ 2.261,50 R$ 2.120,14 R$ 285,40 R$ 1.739,60


Jul/2018 R$ 0,00 R$ 1.885,28 R$ 2.201,68 R$ 81,54 R$ 0,00
Ago/2018 R$ 124,26 R$ 2.244,33 R$ 2.201,68 R$ 285,40 R$ 869,80

Set/2018 R$ 124,26 R$ 1.882,25 R$ 2.120,14 R$ 81,54 R$ 869,80

Out/2018 R$ 248,51 R$ 2.244,33 R$ 2.283,22 R$ 285,40 R$ 1.739,60


Nov/2018 R$ 248,51 R$ 2.208,78 R$ 2.120,14 R$ 570,81 R$ 1.739,60

Dez/2018 R$ 248,51 R$ 2.634,52 R$ 2.283,22 R$ 530,03 R$ 1.739,60

Jan/2019 R$ 0,00 R$ 1.883,37 R$ 2.120,14 R$ 81,54 R$ 0,00


Fev/2019 R$ 0,00 R$ 1.800,76 R$ 1.957,05 R$ 40,77 R$ 0,00
Mar/2019 R$ 0,00 R$ 1.883,37 R$ 2.120,14 R$ 81,54 R$ 0,00

Abr/2019 R$ 0,00 R$ 1.803,35 R$ 2.038,59 R$ 40,77 R$ 0,00

Mai/2019 R$ 124,26 R$ 2.312,30 R$ 2.201,68 R$ 326,17 R$ 869,80

Jun/2019 R$ 248,51 R$ 2.261,50 R$ 2.120,14 R$ 285,40 R$ 1.739,60


Jul/2019 R$ 0,00 R$ 1.885,28 R$ 2.201,68 R$ 81,54 R$ 0,00

Ago/2019 R$ 124,26 R$ 2.244,33 R$ 2.201,68 R$ 285,40 R$ 869,80


Set/2019 R$ 124,26 R$ 1.882,25 R$ 2.120,14 R$ 81,54 R$ 869,80

Out/2019 R$ 248,51 R$ 2.244,33 R$ 2.283,22 R$ 285,40 R$ 1.739,60


Nov/2019 R$ 248,51 R$ 2.208,78 R$ 2.120,14 R$ 570,81 R$ 1.739,60

Dez/2019 R$ 248,51 R$ 2.634,52 R$ 2.283,22 R$ 530,03 R$ 1.739,60

Jan/2020 R$ 0,00 R$ 1.883,37 R$ 2.120,14 R$ 81,54 R$ 0,00


Fev/2020 R$ 0,00 R$ 1.800,76 R$ 1.957,05 R$ 40,77 R$ 0,00

Mar/2020 R$ 0,00 R$ 1.883,37 R$ 2.120,14 R$ 81,54 R$ 0,00


Abr/2020 R$ 0,00 R$ 1.803,35 R$ 2.038,59 R$ 40,77 R$ 0,00

Mai/2020 R$ 124,26 R$ 2.312,30 R$ 2.201,68 R$ 326,17 R$ 869,80


Jun/2020 R$ 248,51 R$ 2.261,50 R$ 2.120,14 R$ 285,40 R$ 1.739,60

Jul/2020 R$ 0,00 R$ 1.885,28 R$ 2.201,68 R$ 81,54 R$ 0,00

Ago/2020 R$ 124,26 R$ 2.244,33 R$ 2.201,68 R$ 285,40 R$ 869,80

Set/2020 R$ 124,26 R$ 1.882,25 R$ 2.120,14 R$ 81,54 R$ 869,80


Out/2020 R$ 248,51 R$ 2.244,33 R$ 2.283,22 R$ 285,40 R$ 1.739,60
Nov/2020 R$ 248,51 R$ 2.208,78 R$ 2.120,14 R$ 570,81 R$ 1.739,60

Dez/2020 R$ 248,51 R$ 2.634,52 R$ 2.283,22 R$ 530,03 R$ 1.739,60

Jan/2021 R$ 0,00 R$ 1.883,37 R$ 2.120,14 R$ 81,54 R$ 0,00


Fev/2021 R$ 0,00 R$ 1.800,76 R$ 1.957,05 R$ 40,77 R$ 0,00

Mar/2021 R$ 0,00 R$ 1.883,37 R$ 2.120,14 R$ 81,54 R$ 0,00


Abr/2021 R$ 0,00 R$ 1.803,35 R$ 2.038,59 R$ 40,77 R$ 0,00

Mai/2021 R$ 124,26 R$ 2.312,30 R$ 2.201,68 R$ 326,17 R$ 869,80


Jun/2021 R$ 248,51 R$ 2.261,50 R$ 2.120,14 R$ 285,40 R$ 1.739,60

Jul/2021 R$ 0,00 R$ 1.885,28 R$ 2.201,68 R$ 81,54 R$ 0,00

Ago/2021 R$ 124,26 R$ 2.244,33 R$ 2.201,68 R$ 285,40 R$ 869,80

Set/2021 R$ 124,26 R$ 1.882,25 R$ 2.120,14 R$ 81,54 R$ 869,80


Out/2021 R$ 248,51 R$ 2.244,33 R$ 2.283,22 R$ 285,40 R$ 1.739,60
Nov/2021 R$ 248,51 R$ 2.208,78 R$ 2.120,14 R$ 570,81 R$ 1.739,60

Dez/2021 R$ 248,51 R$ 2.634,52 R$ 2.283,22 R$ 530,03 R$ 1.739,60

Jan/2022 R$ 0,00 R$ 1.883,37 R$ 2.120,14 R$ 81,54 R$ 0,00


Fev/2022 R$ 0,00 R$ 1.800,76 R$ 1.957,05 R$ 40,77 R$ 0,00

Mar/2022 R$ 0,00 R$ 1.883,37 R$ 2.120,14 R$ 81,54 R$ 0,00

Abr/2022 R$ 0,00 R$ 1.803,35 R$ 2.038,59 R$ 40,77 R$ 0,00


Mai/2022 R$ 124,26 R$ 2.312,30 R$ 2.201,68 R$ 326,17 R$ 869,80
Jun/2022 R$ 248,51 R$ 2.261,50 R$ 2.120,14 R$ 285,40 R$ 1.739,60

Jul/2022 R$ 0,00 R$ 1.885,28 R$ 2.201,68 R$ 81,54 R$ 0,00

Ago/2022 R$ 124,26 R$ 2.244,33 R$ 2.201,68 R$ 285,40 R$ 869,80

Set/2022 R$ 82,42 R$ 5.316,82 R$ 1.500,12 R$ 43,27 R$ 576,97


R$ 150.889,24 R$ 121.653,35 R$ 12.512,35 R$ 44.919,34

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13/06/23, 11:56 Document Fls.: 54
Reclamante: MARIA DE JESUS FERREIRA RODRIGUES DA CUNHA
Out/2022 R$ 164,85 R$ 5.858,29 R$ 1.615,52 R$ 187,52 R$ 1.153,94
Reclamada: VIA VAREJO S.A
Nov/2022 R$ 164,85 R$ 5.550,58 R$ 1.500,12 R$ 389,45 R$ 1.153,94
Dez/2022 R$ 164,85 R$ 6.276,35 R$ 1.615,52 R$ 360,61 R$ 1.153,94

Jan/2023 R$ 0,00 R$ 5.509,15 R$ 1.500,12 R$ 43,27 R$ 0,00


Fev/2023 R$ 0,00 R$ 5.054,38 R$ 1.384,73 R$ 14,42 R$ 0,00

Mar/2023 R$ 0,00 R$ 5.509,15 R$ 1.500,12 R$ 43,27 R$ 0,00


Abr/2023 R$ 0,00 R$ 5.246,79 R$ 1.442,42 R$ 14,42 R$ 0,00

R$ 150.889,24 R$ 121.653,35 R$ 12.512,35 R$ 44.919,34

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e1c3c85
13/06/23, 11:56 Document Fls.: 55
Reclamante: MARIA DE JESUS FERREIRA RODRIGUES DA CUNHA

Reclamada: VIA VAREJO S.A

Horas Extras

Mês Dif. Salário Substituição Atualização IPCA-E Atualização TR Atualização SELIC INSS Recte

Jun/2018 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 221,53


Jul/2018 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 154,39
Ago/2018 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 197,37
Set/2018 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 177,95

Out/2018 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 225,91


Nov/2018 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 228,51
Dez/2018 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 244,95

Jan/2019 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 151,88


Fev/2019 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 143,29
Mar/2019 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 151,88
Abr/2019 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 145,81

Mai/2019 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 200,63


Jun/2019 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 221,53
Jul/2019 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 154,39

Ago/2019 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 197,37


Set/2019 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 177,95
Out/2019 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 225,91
Nov/2019 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 228,51

Dez/2019 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 244,95


Jan/2020 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 151,88
Fev/2020 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 143,29

Mar/2020 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 151,88


Abr/2020 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 145,81
Mai/2020 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 200,63
Jun/2020 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 221,53

Jul/2020 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 154,39


Ago/2020 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 197,37

Set/2020 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 177,95


Out/2020 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 225,91

Nov/2020 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 228,51


Dez/2020 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 244,95

Jan/2021 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 151,88


Fev/2021 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 143,29
Mar/2021 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 151,88
Abr/2021 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 145,81

Mai/2021 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 200,63


Jun/2021 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 221,53
Jul/2021 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 154,39

Ago/2021 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 197,37


Set/2021 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 177,95
Out/2021 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 225,91
Nov/2021 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 228,51

Dez/2021 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 244,95


Jan/2022 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 151,88
Fev/2022 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 143,29

Mar/2022 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 151,88


Abr/2022 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 145,81
Mai/2022 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 200,63
Jun/2022 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 221,53

Jul/2022 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 154,39


Ago/2022 R$ 977,78 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 197,37
Set/2022 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 223,12

R$ 49.866,67 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 11.395,23

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13/06/23, 11:56 Document Fls.: 56
Reclamante: MARIA DE JESUS FERREIRA RODRIGUES DA CUNHA
Out/2022 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 264,46
Reclamada: VIA VAREJO S.A
Nov/2022 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 257,82
Dez/2022 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 282,19
Jan/2023 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 211,58
Fev/2023 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 193,61

Mar/2023 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 211,58


Abr/2023 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 201,11
R$ 49.866,67 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 11.395,23

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e1c3c85
13/06/23, 11:56 Document Fls.: 57
Reclamante: MARIA DE JESUS FERREIRA RODRIGUES DA CUNHA

Reclamada: VIA VAREJO S.A

Horas Extras

Mês SELIC INSS Recte. INSS Recda. SELIC INSS RECDA.


Jun/2018 R$ 0,00 R$ 2.052,87 R$ 0,00

Jul/2018 R$ 0,00 R$ 1.430,67 R$ 0,00


Ago/2018 R$ 0,00 R$ 1.828,96 R$ 0,00
Set/2018 R$ 0,00 R$ 1.648,96 R$ 0,00
Out/2018 R$ 0,00 R$ 2.093,43 R$ 0,00

Nov/2018 R$ 0,00 R$ 2.117,55 R$ 0,00


Dez/2018 R$ 0,00 R$ 2.269,91 R$ 0,00
Jan/2019 R$ 0,00 R$ 1.407,47 R$ 0,00

Fev/2019 R$ 0,00 R$ 1.327,83 R$ 0,00


Mar/2019 R$ 0,00 R$ 1.407,47 R$ 0,00
Abr/2019 R$ 0,00 R$ 1.351,22 R$ 0,00
Mai/2019 R$ 0,00 R$ 1.859,19 R$ 0,00

Jun/2019 R$ 0,00 R$ 2.052,87 R$ 0,00


Jul/2019 R$ 0,00 R$ 1.430,67 R$ 0,00
Ago/2019 R$ 0,00 R$ 1.828,96 R$ 0,00
Set/2019 R$ 0,00 R$ 1.648,96 R$ 0,00

Out/2019 R$ 0,00 R$ 2.093,43 R$ 0,00


Nov/2019 R$ 0,00 R$ 2.117,55 R$ 0,00
Dez/2019 R$ 0,00 R$ 2.269,91 R$ 0,00

Jan/2020 R$ 0,00 R$ 1.407,47 R$ 0,00


Fev/2020 R$ 0,00 R$ 1.327,83 R$ 0,00

Mar/2020 R$ 0,00 R$ 1.407,47 R$ 0,00


Abr/2020 R$ 0,00 R$ 1.351,22 R$ 0,00

Mai/2020 R$ 0,00 R$ 1.859,19 R$ 0,00


Jun/2020 R$ 0,00 R$ 2.052,87 R$ 0,00

Jul/2020 R$ 0,00 R$ 1.430,67 R$ 0,00


Ago/2020 R$ 0,00 R$ 1.828,96 R$ 0,00
Set/2020 R$ 0,00 R$ 1.648,96 R$ 0,00
Out/2020 R$ 0,00 R$ 2.093,43 R$ 0,00

Nov/2020 R$ 0,00 R$ 2.117,55 R$ 0,00


Dez/2020 R$ 0,00 R$ 2.269,91 R$ 0,00
Jan/2021 R$ 0,00 R$ 1.407,47 R$ 0,00

Fev/2021 R$ 0,00 R$ 1.327,83 R$ 0,00


Mar/2021 R$ 0,00 R$ 1.407,47 R$ 0,00
Abr/2021 R$ 0,00 R$ 1.351,22 R$ 0,00
Mai/2021 R$ 0,00 R$ 1.859,19 R$ 0,00

Jun/2021 R$ 0,00 R$ 2.052,87 R$ 0,00


Jul/2021 R$ 0,00 R$ 1.430,67 R$ 0,00
Ago/2021 R$ 0,00 R$ 1.828,96 R$ 0,00

Set/2021 R$ 0,00 R$ 1.648,96 R$ 0,00


Out/2021 R$ 0,00 R$ 2.093,43 R$ 0,00
Nov/2021 R$ 0,00 R$ 2.117,55 R$ 0,00
Dez/2021 R$ 0,00 R$ 2.269,91 R$ 0,00

Jan/2022 R$ 0,00 R$ 1.407,47 R$ 0,00


Fev/2022 R$ 0,00 R$ 1.327,83 R$ 0,00
Mar/2022 R$ 0,00 R$ 1.407,47 R$ 0,00

Abr/2022 R$ 0,00 R$ 1.351,22 R$ 0,00


Mai/2022 R$ 0,00 R$ 1.859,19 R$ 0,00
Jun/2022 R$ 0,00 R$ 2.052,87 R$ 0,00

Jul/2022 R$ 0,00 R$ 1.430,67 R$ 0,00


Ago/2022 R$ 0,00 R$ 1.828,96 R$ 0,00
Set/2022 R$ 0,00 R$ 2.067,54 R$ 0,00

R$ 0,00 R$ 105.595,78 R$ 0,00

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e1c3c85
13/06/23, 11:56 Document Fls.: 58
Reclamante: MARIA DE JESUS FERREIRA RODRIGUES DA CUNHA
Out/2022 R$ 0,00 R$ 2.450,64 R$ 0,00
Reclamada: VIA VAREJO S.A
Nov/2022 R$ 0,00 R$ 2.389,16 R$ 0,00

Dez/2022 R$ 0,00 R$ 2.614,98 R$ 0,00


Jan/2023 R$ 0,00 R$ 1.960,61 R$ 0,00
Fev/2023 R$ 0,00 R$ 1.794,08 R$ 0,00
Mar/2023 R$ 0,00 R$ 1.960,61 R$ 0,00

Abr/2023 R$ 0,00 R$ 1.863,61 R$ 0,00


R$ 0,00 R$ 105.595,78 R$ 0,00

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e1c3c85
13/06/23, 11:56 Document Fls.: 59
Reclamante: MARIA DE JESUS FERREIRA RODRIGUES DA CUNHA

Reclamada: VIA VAREJO S.A

IRRF

Parcelas Valor
Verbas Salariais Conf. RESUMO R$ 665.994,90
Juros R$ 0,00
Total Rendimentos Tributáveis R$ 665.994,90
INSS R$ 19.511,57
Base de Cálculo do Imposto R$ 646.483,33
Imposto Devido R$ 177.782,92
Parcela a Deduzir R$ 51.292,24
IRRF R$ 126.490,68

Base de cálculo mensal em R$ Alíquota % Parcela a deduzir do imposto em R$

Até 1.903,98 – –
De 1.903,99 até 2.826,65 7,5 142,80
De 2.826,66 até 3.751,05 15,0 354,80
De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 636,13

Acima de 4.664,68 27,5 869,36

TABELA ACUMULUDA (CONF. IN RFB 1127


BASE DE CALCULO ALIQUOTA (%) DEDUÇÃO
De Até
R$ 0,00 R$ 112.335,41 - -
R$ 112.335,42 R$ 166.772,35 7,5 R$ 8.425,20
R$ 166.772,36 R$ 221.311,95 15 R$ 20.933,20
R$ 221.311,96 R$ 275.216,12 22,5 R$ 37.531,67
Acima R$ 275.216,13 27,5 R$ 51.292,24

DEMONSTRATIVO DA APURAÇÃO DO IRRF NA FORMA DO ART. 12.A DA LEI 7713/88 INCLUÍDO PELA LEI Nº 12350

E DIRETRIZES DA INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB 1127 DE 07/02/2011, ALTERADA PELA INSTRUÇÃO NORMATIVA

RFB 1.145 DE 05/04/2011

Número de meses referente ao RRA, incluído o 13º Salário 59


RRA (Base de Cálculo IR) no período R$ 646.483,33
Alíquota conforme IN/RFB 1.127/11 (TABELA ACUMULADA ACIMA) 27.5 %
Imposto de renda devido nos termos da IN/RFB 1.127/11 R$ 126.490,68

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e1c3c85
13/06/23, 11:56 Document Fls.: 60
Reclamante: MARIA DE JESUS FERREIRA RODRIGUES DA CUNHA

Reclamada: VIA VAREJO S.A

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e1c3c85
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Número do documento: 23061314381747300000035727043
Fls.: 61

PROCURAÇÃO

OUTORGANTE: MARIA DE JESUS FERREIRA RODRIGUES DA


CUNHA, brasileira, gerente de loja e supermercado, portadora do RG-1535633, CPF
nº 706.776.111-53, residente Rua 14, n° 05, quadra 13, Bairro Jardim Santa
Helena, Palmas/TO, CEP: 77060-495.
OUTORGADOS: MARCOS ROBERTO DIAS, OAB/MG: 87.946, DANIELLE
CRISTINA VIEIRA DE SOUZA DIAS, OAB/MG: 116.893, ALESSANDRA
CRISTINA DIAS, OAB/MG: 144.802, RENATA LUIZA DIAS, OAB/MG: 165.681,
KAREN FREIRE DE MELO, OAB/MG: 167.877, LILLYAN MAYARA BIE,
OAB/MG: 164.007, PRISCILA OLIVEIRA RODRIGUES COSTA, OAB/MG:
148.959, JANE KELLE GUIMARÃES, OAB/MG: 151.114, LETÍCIA ARAÚJO
LEITE, OAB/MG:156.660, brasileiros, advogados, com escritório na Rua Do Ouro, nº
558, Bairro Serra, CEP: 30.220-000 Belo Horizonte/MG.
O (s) outorgante (s), por este instrumento, nomeia (m) como seus
procuradores, os advogados mencionados, aos quais confere(m) em conjunto ou
separadamente, os Seguintes poderes: gerais ad judicia e especiais para transigir,
requerer, desistir, receber, dar quitação, firmar acordo ou compromisso, ceder e
substabelecer com ou sem reservas, em Juízo ou perante qualquer órgão ou entidade da
administração pública direta ou indireta, da União, Estados ou Municípios.

Belo Horizonte, 30 de Abril de 2023.

Outorgante

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Número do documento: 23061314381766900000035727044
Fls.: 62

DECLARAÇÃO

Declaro, para os devidos fins e sob as penas da lei, que sou pobre no sentido legal,
não possuindo condições de arcar com as custas, despesas processuais e honorários
advocatícios emergentes deste processo, sem prejudicar o meu sustento e de meus
familiares.

Belo Horizonte, 30 de Abril de 2023.

Declarante

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 12bbebb
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Número do documento: 23061314381783000000035727045
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Fls.: 63

TERMO DE AUDIÊNCIA

Processo : 0011138-11.2018.5.03.0135

Reclamante: VANESSA AMARAL SANTANA

Reclamada : VIA VAREJO S/A.

Aos 12 dias do mês de junho do ano de 2019, na sede da 3ª Vara do Trabalho de Governador
Valadares/MG, na presença da MM. Juíza do Trabalho, SILVIA MARIA MATA MACHADO
BACCARINI, realizou-se Audiência de instrução da AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO.

Às 11h25min, de ordem da Exmo(a). Juíza do Trabalho, foi aberta a sessão e apregoadas as


partes.

Presentes a reclamante acompanhada do(a) advogado(a), Dra Jane Kelle Guimarães,


OAB/MG 151.114 ; e a reclamada representada pelo(a) preposto(a), Sr(a). Alessandra Malta Evangelista,
acompanhado(a) do(a) advogado(a), Dra. Layse de Abreu Ramos, OAB/MG 142.638.

CONCILIAÇÃO RECUSADA.

Depoimento pessoal da reclamante: "que as vendas eram lançadas no sistema PECON, o


qual era acessado com a matrícula da depoente e sua senha pessoal; que as comissões eram pagas após a
emissão da nota fiscal, independentemente da modalidade do pagamento pelo cliente; que o sistema
PECON podia ser acessado de qualquer computador da loja; que não adiantava reclamar ao gerente sobre
eventuais divergências dos valores das comissões; que registrava ponto biométrico, mas as marcações não
correspondiam à realidade; que todos os dias trabalhados eram registrados; que para fazer vendas é
necessário o registro do ponto, mas a depoente fazia outras funções que podiam ser feitas
independentemente do registro do ponto, tais como arrumar a loja, limpar o setor, fazer cartazes, etc; que
o sistema de vendas ficava bloqueado por 1 hora, durante o período reservado para o intervalo
intrajornada, todavia a depoente executava outras funções, mesmo com bloqueio do sistema de vendas;
que gozava intervalo médio de 30 minutos; que, quando o sistema de vendas era bloqueado após o
registro do ponto, havia uma prorrogação para término da venda, sendo que se esta não fosse suficiente, o
gerente liberava o sistema por mais tempo; que no dia de "ponto livre", o sistema de ponto ficava liberado
o dia inteiro, o que se dava apenas em datas especiais." Nada mais.

Depoimento pessoal da preposta da reclamada: "que o sistema de ponto e cálculo de


comissões é o mesmo em todas as filiais do país; que as características do contrato de trabalho da
reclamante não variaram desde a sua admissão; que, quando o sistema de ponto apresenta defeito, o
próprio empregado insere a marcação no sistema PECON, com respectivo lançamento do espelho de
ponto; que, quando o empregado esquece de registrar o ponto, o RH faz o acerto, sem que tal informação
apareça no espelho de ponto; que não sabe dizer se adianta o empregado reclamar de horários que
considera errado no sistema de ponto; que há uma recomendação da reclamada no sentido de que o banco
de horas sempre fique negativo em no mínimo 2 horas ou zerado, mediante compensações; que o sistema
de ponto é travado quando a jornada atinge 7 horas e 20 minutos, podendo ser prorrogado até 3 vezes de
30 minutos cada; que o empregado não consegue acessar o sistema de vendas, quando o ponto está
travado, exceto nos dias de ponto livre; que havia atividades que a reclamante podia fazer sem acessar o
sistema de venda, tais como arrumar o setor e atender clientes; que a reclamante trabalhava de 7h30min às
16h/16h20min, e de 10h30min às 19h15min, sempre com previsão de 1h05min de intervalo para almoço;
que não sabe dizer quanto tempo a reclamante gozava de intervalo intrajornada; que a loja funciona de

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Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 69bd1c6
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Fls.: 64

8h30min às 19h; que os vendedores do 2º turno costumam ficar na loja mesmo após seu fechamento, por
cerca de 20 a 30 minutos, para saírem todos juntos, a fim de evitar que a porta seja aberta e fechada várias
vezes, comprometendo a segurança da loja; que foi ajustado o percentual de 7,5% a título de comissão
para a venda de serviços; que não sabe dizer os valores do serviço seguro vida protegida e premiada,
sabendo informar apenas que eram 3 valores, sendo o menor deles de R$99,90; que não sabe dizer os
valores do serviço seguro vida protegida e premiada odontológico; que o seguro proteção financeira era
vendido a R$49,00; que não sabe dizer quantos seguros a reclamante vendia por mês, em média; que a
reclamada possui relatório com todas as vendas efetuadas pela reclamante, de produtos e serviços; que as
vendas canceladas geram o estorno das comissões pagas aos vendedores; que nos casos de trocas, as
comissões também são estornadas do primeiro vendedor, passando a ser pagas ao segundo vendedor; que
as notas fiscais são emitidas no ato da entrega e não da venda do produto, nos casos de entrega a
domicílio; que a comissão é paga ao vendedor após o recebimento da mercadoria pelo cliente, em seu
domicílio; que as entregas são feitas normalmente no prazo de 5 a 7 dias; que a partir de 2014, a
reclamada passou a cobrar fretes para a entrega aos clientes; que não sabe dizer se a reclamada pagava
comissão aos vendedores em razão do frete; que as vendas feitas no cartão de crédito são consideradas à
vista pela reclamada; que não sabe informar o percentual das vendas à vista e à prazo feitas pela
reclamante; que os valores lançados no campo "venda" no relatório de vendas, fl. 833, por exemplo,
correspondem aos valores à vista das mercadorias, independentemente da venda ter sido à vista ou à
prazo; que as notas fiscais trazem apenas o valor do produto à vista, independentemente da venda ter sido
à prazo; que não sabe dizer se o valor dos juros aparece na nota fiscal; que não sabe dizer se o relatório de
vendas mostra as mercadorias cuja venda foi cancelada ou objeto de troca, nem tampouco se à venda foi à
vista ou à prazo; que não sabe dizer se o relatório de vendas informa as metas estipuladas e atingidas; que
não sabe dizer os requisitos para o recebimento do prêmio estímulo." Nada mais.

Primeira testemunha do reclamante: LUCÉLIA KRETLI EUGÊNIO DA COSTA,


identidade nº MG-15.150.667 PC/MG, casado(a), nascido em 19/02/1984, vendedora, residente e
domiciliado(a) na Av. Washington Luís, 217, apto 302, Santa Rita, Governador Valadares/MG. Advertida
e compromissada. Depoimento: "que trabalha na reclamada, desde 25/08/2016, na função de vendedora;
que sempre trabalhou na mesma loja que a reclamante; que prestou depoimento como testemunha no
processo 0010744-15.2018.5.03.0099, na audiência realizada no dia 14/11/2018, na 2ª Vara do Trabalho
de Governador Valadares/MG; que confirma e ratifica todo o conteúdo do depoimento prestado naqueles
autos, sendo que as declarações dele constantes se aplicam também à reclamante destes autos; que o
sistema PRWEB não permite acesso a todas as vendas e comissões; que não adiantava reclamar sobre
diferenças nas comissões; que as reclamações eram feitas diretamente ao gerente." Nada mais.

Primeira testemunha da reclamada: PAMELLA CRISTINA DE SOUZA FERREIRA,


identidade nº MG18350592 SSP/MG, solteiro(a), nascido em 09/06/1994, vendedora, residente e
domiciliado(a) na Rua E, 382, Novo Horizonte, Governador Valadares/MG. Advertida e compromissada.
Depoimento: "que trabalha na reclamada, desde fevereiro de 2017, na função de vendedora; que sempre
trabalhou na mesma loja que a reclamante; que a depoente nunca teve problema com os cálculos de suas
comissões." Nada mais.

Proceda a Secretaria à juntada da ata da audiência realizada em 14/11/2018, nos autos


de nº 0010744-15.2018.5.03.0099.

Declaram as partes não têm mais provas a produzir e aquiesceram com o encerramento da
instrução processual.

Razões finais orais remissivas.

Conciliação final recusada.

A SENTENÇA será publicada até o dia 24/06/2019, após o que as partes serão intimadas.

Registra-se que as partes e/ou advogados presentes detêm monitor próprio e acompanharam o
inteiro teor deste termo de audiência, dando-se por cientes do seu conteúdo.

2 of 3 18/01/2021 18:39
Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 69bd1c6
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Fls.: 65

Audiência encerrada às 12h26min.

Nada mais.

SILVIA MARIA MATA MACHADO BACCARINI


Juíza do Trabalho

Ata redigida por Tiago Barros de Albuquerque - Assistente

Assinado eletronicamente por: [SILVIA


MARIA MATA MACHADO BACCARINI] -
9b61dbb
https://pje.trt3.jus.br/primeirograu/Processo
/ConsultaDocumento/listView.seam Documento assinado pelo Shodo

3 of 3 18/01/2021 18:39

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Número do documento: 23061314381814100000035727046
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Fls.: 66

15ª VARA DO TRABALHO DE BELO HORIZONTE

TERMO DE AUDIÊNCIA RELATIVO AO PROCESSO 0010979-06.2019.5.03.0015

Em 05 de março de 2020, na sala de sessões da 15ª VARA DO TRABALHO DE BELO


HORIZONTE/MG, sob a direção do Exmo(a). Juiz GASTAO FABIANO PIAZZA JUNIOR, realizou-se
audiência relativa a Ação Trabalhista - Rito Ordinário número 0010979-06.2019.5.03.0015 ajuizada por
MARCELO OLIVEIRA MAGALHAES CALDEIRA em face de VIA VAREJO S/A.

Às 09h43min, aberta a audiência, foram, de ordem do Exmo(a). Juiz do Trabalho, apregoadas


as partes.

Presente o reclamante, acompanhado do(a) advogado(a), Dr(a). DANIELLE CRISTINA


VIEIRA DE SOUZA , OAB nº 116893/MG.

Presente o preposto do reclamado, Sr(a). Pollyanna de Matos Lacerda, acompanhado(a) do(a)


advogado(a), Dr(a). IGOR ULTIMO LIMA, OAB nº 111215/MG.

As partes esclarecem que o reclamante foi dispensado em 04/03/2020.

Conciliação recusada.

Pela ordem, requereu o reclamante que o perito seja intimado à complementação do laudo.
Alegou que baseou-se o Auxiliar do Juízo apenas nos documentos trazidos aos autos, olvidando-se da
aplicação da pena de confissão, nos termos do art. 400 do CPC, no que tange aos documentos não
colacionados. A reclamada, por sua vez, reiterou que todos os documentos que possui já foram trazidos
aos autos. Assim sendo, a fim de se evitar futura alegação de nulidade processual, determino a intimação
do expert para manifestação acerca das considerações ora veiculadas pelo autor, devendo, acaso acolhidas
as assertivas do obreiro, proceder, desde já, à elaboração dos cálculos, considerando o disposto no art. 400
do CPC.

O i. procurador da ré requer que conste em ata que também requereu o retorno dos autos ao
perito para complementação dos trabalhos.

Sem embargo do acima determinado, determino, em comum acordo com as partes, a fim de se
imprimir maior celeridade ao feito, que a produção da prova oral se faça na presente data.

DEPOIMENTO PESSOAL DO RECLAMANTE: "Que tinha acesso ao relatório de vendas;


que, contudo, percebia várias diferenças, sobretudo de cancelamento de vendas e trocas, as quais não
vinham discriminadas no relatório; que tais diferenças não eram pagas; que confirma a veracidade dos
dias trabalhados registrados no ponto; que, contudo, os horários assinalados não correspondem à
realidade."

DEPOIMENTO PESSOAL DA PREPOSTA DA RECLAMADA: "Que a reclamada possui


relatórios constando as vendas efetuadas, canceladas, não faturadas, à vista, a prazo, juros aplicados,
número de parcelas; que também existem relatórios com as metas estipuladas e atingidas relativas ao
prêmio estímulo; que o prêmio estímulo era calculado no percentual de 0,1% no caso de batimento de
meta até 110%, 0,2% até 120% da meta, 0,3% até 130% da meta e 0,4% acima de 130% da meta; que se a
venda for cancelada em até três dias após sua efetivação, a comissão do vendedor é estornada; que se o
cancelamento for posterior a três dias, o vendedor recebe a comissão normalmente; que nos relatórios

1 of 3 18/01/2021 18:42
Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - a393272
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Fls.: 67

constam as datas de vendas e de eventuais cancelamentos; que existe um acordo entre os vendedores que
estabelece que, em caso de trocas, é o vendedor que efetua a troca que recebe as comissões; que quando o
relógio de ponto estava estragado, o lançamento de horários era feito pelo auxiliar administrativo
(ADM/CAL) em um registro de ponto paralelo; que eventuais correções do ponto, no caso de reclamações
do funcionário, também são feitas pelo ADM/CAL; que as alterações são possíveis de serem verificadas
no ponto, pois ficam registrados os dois horários; que a apuração do banco de horas é feita diariamente;
que não sabe informar quando passaram a ser cobrados frete para entrega e taxa para montagem de
produtos na reclamada; que o percentual de prêmios de garantias, serviços e seguros era de 7,5%; que o
valor do seguro vida protegida premiada (VPP) era de R$99,90; que o valor do seguro plano odontológico
(VPP com odonto) era de R$299,90 e o de proteção financeira era de R$49,90; que havia uma
determinação do gerente regional para que o banco de horas permanecesse sempre "zerado"; que o ponto
"trava" após sete horas e vinte minutos de trabalho e durante os intervalos intra e interjornada; que para
registrar horas extras era necessária a autorização do gerente e do ADM/CAL; que os vendedores
costumavam organizar o estoque, colocar preços, fazer a limpeza do setor antes de registrar o horário de
entrada."

PRIMEIRA TESTEMUNHA DO RECLAMANTE: Sr. Phillippe Fernandes da Silva,


brasileiro, CPF 093.937.086-73, residente e domiciliado na Avenida Adair de Souza, 701, bloco 28, apto.
102, Belo Vale, Santa Luzia. Testemunha contraditada ao fundamento de ter ação contra a reclamada com
idêntico objeto. Indefiro, nos termos da Súmula 357/TST. Protestos. Advertida e compromissada na forma
da lei, inquirida, respondeu: “que trabalhou na reclamada, de dezembro/2014 a maio/2019, como
vendedor; que o autor trabalhou no shopping Del Rey como vendedor; que trabalhou com o reclamante
em ambos os turnos, sendo que no turno da manhã laboravam das 09h/09h30 às 19h30/20h, com 30
minutos de intervalo; que no turno da tarde o horário era das 12h/12h30 às 22h30/23h, também com 30
minutos de intervalo; que o depoente já fez 1 hora de almoço; que o reclamante fazia venda dos seguintes
serviços: garantia estendida, multiassistência, FIQUE Seguro, Vida Protegida Premiada, Proteção
Financeira, Seguro Residencial, serviço técnico; que as comissões eram calculadas apenas sobre o valor
do produto à vista; que eventuais juros sobre vendas a prazo não integravam as comissões; que fazia
registro de ponto diariamente; que o ponto não era corretamente marcado, pois realizava funções antes e
depois da marcação; que o horário de intervalo era marcado no ponto no início, porém o depoente fazia
apenas 30 minutos, retornava ao trabalho e posteriormente fazia marcação do final do intervalo; que o
reclamante também fazia 30 minutos de intervalo; que os horários de trabalho acima mencionados eram
de segunda a sábado; que nos domingos o horário era de 11h30 às 20h30; que havia alteração dos horários
em datas festivas, sendo que, a exemplo do dia das mães e dos dias dos pais, na semana anterior
trabalhavam das 9h às 23h; que nos dias de saldões trabalhavam das 9h às 23h; que frequentemente
ocorria de o ponto estar livre, estragado ou fora do ar, ocasiões em que as marcações eram feitas pela
ADM da loja; que a ADM não indagava aos funcionários a respeito da jornada cumprida; que ocorriam
problemas no sistema de banco de horas, sendo que havia dias que estava positivo e de repente ficava
negativo, sendo que a reclamada informava que abriria chamado a respeito, porém não dava retorno
posteriormente; que a nota fiscal era emitida no ato de liberação do produto para entrega; que não
recebiam comissões caso os produtos não fossem entregues, por defeitos, avarias, ficar fora de linha; que
quando ocorre troca de produtos, a comissão é recebida pelo vendedor que efetuou a troca, sendo que
quem fez a venda não recebia comissão; que não recebiam comissões em caso de cancelamento das
vendas pelos clientes, por alegação de desistência da compra; que independente do motivo de
cancelamento das vendas não recebia comissão; que 80 por cento das vendas eram parceladas; que no
sistema da reclamada constava apenas o valor de venda à vista dos produtos; que trabalhou com o
reclamante no shopping Del Rey; que trabalhou com o reclamante no setor pesado (áudio/ vídeo, linha
branca); que a bandeira da loja do shopping Del Rey era Ponto Frio; que, geralmente, os empregados não
sabiam a respeito da marcação de ponto feita pela ADM; que conseguia fazer consulta no sistema de
ponto, através de login pessoal; que todos os funcionários conseguiam acessar o sistema de ponto; que os
funcionários acessavam o sistema de vendas, o qual era possível ter acesso diariamente; que no
fechamento do mês conseguia acessar o sistema para visualizar os valores de prêmios e comissões; que
em média 30 por cento das vendas eram canceladas ou estornadas; que não é possível efetuar vendas sem
acessar o sistema; que não havia proibição na reclamada para que os empregados não fizessem o intervalo
intrajornada; que antes da marcação do ponto na entrada e após a marcação na saída, o depoente fazia

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Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - a393272
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Fls.: 68

precificação, limpeza, reunião; que todos os funcionários também faziam as mesmas atividades antes da
marcação do ponto na entrada e após a marcação na saída, que eram realizadas conjuntamente; que não se
recorda de quantos funcionários havia no seu setor; que nunca presenciou o reclamante efetuar troca de
produto e receber a comissão; que o depoente já realizou trocas e recebeu a comissão; perguntas do
reclamante: que também trabalhavam nos mesmos horários das datas festivas acima mencionados nas
semanas que antecediam as festas dos dias dos namorados, crianças e natal; que as comissões eram
estornadas independentemente de quando ocorriam os cancelamentos das vendas; que eram orientados
pelo gerente para que atendessem clientes mesmo nos horários de intervalo; perguntas da reclamada:
que o depoente trabalhou no shopping Del Rey de dezembro de 2014 a março de 2017."

As partes declaram não ter mais provas a serem produzidas, além da complementação da
prova pericial acima determinada.

Intime-se o perito para complementar os seus trabalhos no prazo de 10 dias úteis.

Para ENCERRAMENTO DA INSTRUÇÃO fica designado o dia 14/05/2020, às 10 horas,


dispensadas as partes e seus procuradores de comparecimento, considerando que serão intimados da
decisão.

Audiência encerrada às 10h33min.

Certidão de comparecimento: A presente ata de audiência é válida como certidão de


comparecimento para partes/advogados/testemunhas acima qualificados, no período nela informado.

Suspendeu-se.

GASTAO FABIANO PIAZZA JUNIOR

Juiz do Trabalho

Ata redigida por Simone de Carvalho Santos, Secretário(a) de Audiência.

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11ª VARA DO TRABALHO DE BELO HORIZONTE

TERMO DE AUDIÊNCIA RELATIVO AO PROCESSO 0010209-25.2019.5.03.0011

Em 17 de fevereiro de 2020, na sala de sessões da 11ª VARA DO TRABALHO DE BELO


HORIZONTE/MG, sob a direção da Exma. Juíza ERICA MARTINS JUDICE, realizou-se audiência
relativa a Ação Trabalhista - Rito Ordinário número 0010209-25.2019.5.03.0011 ajuizada por WAGNER
SANTOS ARAUJO em face de VIA VAREJO S/A.

Às 10h44min, aberta a audiência, foram, de ordem da Exma. Juíza do Trabalho, apregoadas as


partes.

Presente a parte autora, acompanhada do(a) advogado(a), Dr(a). JANE KELLE


GUIMARAES, OAB nº 151114/MG.

Presente o(a) preposto(a) da parte reclamada, Sr(a). Thamiris Gonçalves Tripoles,


acompanhado(a) do(a) advogado(a), Dr(a). ANDRE FILIPPE LOUREIRO E SILVA, OAB nº
129855/MG.

Proposta conciliatória da reclamada no valor de R$17.000,00.

Contraproposta da parte reclamante no valor de R$100.000,00.

Depoimento pessoal do(a) reclamante: que sempre trabalhou na loja do Minas Shopping;
que sempre foi vendedor no setor pesado; que trabalhava de 9/9h30 até 19h30/20h00 ou de 12h30/13h00
às 23h00, de segunda-feira a sábado, com meia hora de intervalo e em domingos alternados de 13h às
20h30, com meia hora de intervalo; que o ponto era biométrico e nem sempre a máquina funcionava ou
emitia recibo; que o registro do ponto também poderia ser alterado pelo gerente administrativo; que ao
chegar o depoente desempenhava atribuições e somente poderia registrar o ponto de 30 minutos a 1h30
após chegar; que o mesmo ocorria na saída quando finalizava a venda; que o depoente não tinha
compensação de jornada; que à vista do documento de fls. 316, 318 e 320, informa que desconhece a que
se refere o débito banco de horas registrado no dia 23/03/2018 porque o registro de ponto era alterado
pela gerente administrativo; que o depoente registrava os domingos trabalhados, mas não corretamente;
que o trabalho nos feriados não era registrado no ponto; que foi ajustado comissão de 7,5% sobre os
serviços e 12% sobre as vendas; que era possível fazer venda sem estar com o ponto registrado; que o
depoente tinha acesso ao extrato de vendas apenas uma vez por mês. Sem mais.

Depoimento pessoal da preposta do(s) reclamado(s): que o sistema de ponto trava quando o
empregado registra a saída; que melhor dizendo, ele é travado quando cumpre a jornada diária de
trabalho; que isso depende da carga horária da pessoa, podendo ser de 7h20 ou 8h00; que o ponto também
é travado no intervalo; que é preciso autorização do gerente para registro de horas extras pelo empregado;
que se o empregado discordar do registro de ponto pode fazer reclamação com o gerente da loja; que o
gerente tem o poder de retificar o ponto de acordo com a reclamação; que não há como identificar no
ponto do empregado quando este procedimento ocorre; que é colhida assinatura do empregado na folha de
ponto; que para imprimir o contracheque o empregado tem que confirmar o espelho de ponto; que a
gerente administrativa da loja pode fazer o registro de ponto quando este estiver estragado mediante
solicitação do empregado e também em dias de ponto livre; que o registro de ponto é feito somente com a

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Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - bc58b5f
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Fls.: 70

impressão digital e o crachá, se a pessoa não tiver boa impressão digital; que quando o gerente
administrativo faz o registro do ponto isso não consta do espelho; que o registro feito gerente
administrativo não é chamado de cartão externo; que quando o gerente administrativo faz o registro tal
fato consta do espelho de ponto e só pode ser feito mediante autorização do empregado; que existe um
relatório na empresa dos registros feitos pelo gerente administrativo; que a depoente nunca viu
reclamações de empregados quanto a alterações dos registros de bancos de horas de positivo para
negativo; que não há determinação da gerência regional de estarem zerados ou negativos os saldos de
banco de horas; que não sabe informar o horário em que o reclamante trabalhava, sendo pactuado com o
gerente; que, se acordado com o gerente, o empregado tem que chegar mais cedo para alterar preços; que
havia um relatório das vendas de produtos e serviços que podia ser acessado a qualquer momento pelo
empregado desde que estivesse dentro da empresa; que desse relatório não constava vendas à vista ou a
prazo nem vendas não faturadas; que deste relatório constava as vendas canceladas; que do relatório não
constavam as metas; que a nota fiscal é emitida após o faturamento e após o pagamento pelo cliente; que
as notas fiscais são emitidas assim que o cliente paga mesmo para os produtos que serão entregues; que
não sabe dizer se as vendas do reclamante ocorriam mais à vista ou a prazo; que na nota fiscal de produtos
parcelados constava o valor do produto; que em caso de cancelamento o vendedor perde a comissão; que
quando o cliente troca o produto é atendido pelo mesmo vendedor se estiver na loja e se estiver
disponível; que nesse caso a comissão de venda vai para quem efetuou a troca; que o reclamante recebia
1% de comissão sobre venda de serviços e 2% de comissão em caso de entregas e seguros; que o
reclamante tinha metas de vendas de serviço, não sabendo dizer qual era a do reclamante; que havia um
relatório do qual constava as ocasiões em que o reclamante tinha ou não atingido as metas; que os
vendedores recebem prêmio estímulo, não sabendo dizer se o reclamante recebeu; que não sabe dizer
quais são os requisitos para recebimento do prêmio estímulo. Sem mais.

Primeira testemunha do reclamante: Kerolayne Gonçalves Viana, CPF nº 090.233.956-70,


solteiro(a), nascido em 25/08/1998, desempregada, residente e domiciliado(a) na Rua Tocantins, 1039,
Alvorada, Sabará-MG. Advertida e compromissada. Depoimento: que trabalhou para a reclamada de
abril de 2018 a junho de 2019 na loja do Minas Shoppingo, como vendedora no setor de telefonia; que a
depoente trabalhava 9h/9h30 às 19h30/20h00 ou de 12h30/13h às 23h00,de segunda-feira a sábado; que
trabalhava domingos alternados de 13h às 20h30; que a depoente sempre tinha 30 minutos de intervalo;
que o horário de trabalho do reclamante era o mesmo da depoente; que o intervalo de 30 minutos não era
registrado no ponto; que a depoente não registrava corretamente o horário de entrada no ponto nem a
saída; que o mesmo ocorria ao reclamante; que a depoente não tinha compensação de horas extras, sendo
que o reclamante também não tinha; que o horário de trabalho variava nos feriados, black friday,
saldão,ocasiões em que trabalhava de 7h às 23h00, sendo que o mesmo ocorria ao reclamante; que nessas
ocasiões tinha 30 minutos de intervalo; que a depoente não teve folgas compensatórias de domingos e
feriados trabalhados, assim como o reclamante; que que a depoente não registrava o ponto em todos os
dias trabalhados, sendo que isso ocorria em dias de saldão, black friday; que se o ponto da depoente
estivesse travado esta poderia fazer atividades mediante autorização do gerente; que a depoente atendia
normalmente durante os seus intervalos, o mesmo ocorrendo ao reclamante; que a depoente confirmava o
ponto uma vez por mês; que a depoente reclamava dos horários registrados, mas nunca havia solução; que
no início foi combinado o pagamento de 7,5% de comissões sobre serviços vendidos; que a depoente batia
as metas de vendas, assim como o reclamante. Sem mais.

As partes não têm outras provas a produzir. Fica encerrada a instrução processual.

Razões finais orais remissivas.

Conciliação final rejeitada.

A sentença será proferida em até 30 dias úteis, com posterior intimação das partes e seus
procuradores.

Audiência encerrada às 11h18min.

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Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - bc58b5f
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Sem mais.

ERICA MARTINS JUDICE

Juíza do Trabalho

Ata redigida por Roberto Corrêa Santos, Secretário de Audiência.

Assinado eletronicamente por: [ERICA


MARTINS JUDICE] - a30e87d
https://pje.trt3.jus.br/primeirograu/Processo
/ConsultaDocumento/listView.seam Documento assinado pelo Shodo

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Número do documento: 23061314381902900000035727048
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51ª VARA DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO

TERMO DE AUDIÊNCIA RELATIVO AO PROCESSO 0100045-06.2020.5.01.0051

Em 01 de junho de 2020, em audiência virtual realizada pela ferramenta Cisco Webex Meetings,
sob a direção da Exmo(a). Juíza ALESSANDRA JAPPONE ROCHA MAGALHAES da 51ª VARA DO
TRABALHO DO RIO DE JANEIRO/RJ, realizou-se audiência relativa a Ação Trabalhista - Rito Ordinário
número 0100045-06.2020.5.01.0051 ajuizada por MANUELA MARIA DA SILVA OLIVEIRA em face de VIA
VAREJO S/A.

Às 10h59min, aberta a audiência, foram, de ordem da Exmo(a). Juíza do Trabalho, apregoadas as


partes.

Presente o reclamante, acompanhado do(a) advogado(a), Dr(a). DANIELLE CRISTINA VIEIRA


DE SOUZA DIAS,OABnº 116893/MG.

Presente o preposto do reclamado, Sr(a). Allan Fernandes Silva, acompanhado(a) do(a)


advogado(a), Dr(a). GENILSON ROQUE ANDRADE DA SILVA, OAB nº 275474/SP.

Foi apresentada pela autora a proposta de R$ 150.000,00, recusada pela ré, tendo a reclamada
oferecido o valor máximo de R$ 15.000,00.

Depoimento pessoal do(a) reclamante: " que durante todo o período a depoente trabalhou na
loja do Ilha Plaza, como Vendedora; que a depoente trabalhava das 09h às 20h quando trabalhava no turno da
manhã; que no turno da noite a depoente trabalhava das 12h às 23h; que nestes horários a depoente trabalhava
de segunda-feira a sábado; que aos domingos a depoente trabalhava das 12:30h às 21:30h; que havia 30
minutos de intervalo para refeição; que nas folhas de ponto não eram registrados os horários efetivamente
trabalhados; que a depoente trabalhou na maior parte do tempo no setor de móveis, mas também já trabalhou
no setor de telefonia, linha branca e linha bege; que o percentual de comissões que havia sido combinado era
de 1% para venda de produtos na linha bege e branca e telefonia e de 2% para a venda de móveis; que esses
percentuais poderiam variar; que os percentuais efetivamente pagos pela reclamada eram menores; que a
depoente não tinha acesso a nenhuma planilha com a discriminação dos produtos, valores e percentuais de
comissão de suas vendas, tendo acesso apenas ao total das vendas; que em algumas épocas a reclamada
prometeu o pagamento de um "prêmio estímulo", que consistia no acréscimo de 1% sobre as comissões
devidas sobre os produtos Bartira; que isso ocorria cerca de uma a duas vezes por ano, com duração de um a
três meses em cada ocasião; que o sistema PCOM é um sistema antigo da reclamada utilizado para a
realização das vendas; que posteriormente, o sistema utilizado passou a ser o Via Mais; que não conhece o
sistema CRM Web; que a depoente conseguia acessar os dados do cliente e da entrega nesses sistemas, mas
não conseguia acessar uma listagem com os produtos vendidos, valores dos mesmos e comissões incidentes."
Encerrado.

Depoimento pessoal do preposto do reclamado: " que a comissão acertada com a reclamante
era de 1% sobre a venda de produtos da linha branca, 2% sobre a linha de móveis, linha bege e telefonia; que
o percentual de comissões sobre a venda de serviços era de 7,5%; que a reclamante tinha acesso pelo sistema
PCOM à discriminação dos produtos e valores vendidos, bem como das comissões incidentes; que existia o
pagamento de um "prêmio estímulo" caso a reclamante atingisse a meta estipulada para cada mês; que

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Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 4f94829
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durante todo o período contratual da reclamante, o "prêmio estímulo" consistia no pagamento de um


acréscimo de 5% sobre o total das comissões devidas no mês; que quando havia esse pagamento, o mesmo
constava do contracheque sobre a rubrica "prêmio estímulo"; que a reclamada possui um relatório onde
constam os produtos e serviços vendidos, se o pagamento foi à vista ou à prazo, número de parcelas, juros
aplicados, vendas faturadas, não faturadas, canceladas ou trocadas; que nessa planilha também constava o
valor das metas para fins de pagamento do "Prêmio Estímulo" a serem atingidas e as metas efetivamente
atingidas, bem como o percentual estipulado para pagamento do "Prêmio Estímulo" e aquele efetivamente
pago; que no caso das vendas canceladas e não faturadas, as comissões são estornadas; que no caso de trocas,
tendo sido a venda feita por um Vendedor e a troca por outro Vendedor, a comissão é paga ao Vendedor que
realizou a venda; que a comissão é paga apenas quando a venda é faturada; que o fechamento para cálculo de
comissões é feito no dia 15 de cada mês; que os serviços VPP e Proteção Financeira não possuem um valor
fixo, variando de acordo com o produto; que esses serviços consistiam em um percentual sobre o valor da
venda, sendo de 1% a 3%; que o valor da comissão incide sobre o valor do produto, seja vendido à vista ou à
prazo; que o valor da comissão também incide sobre juros cobrados do cliente em casos de parcelamento; que
a reclamante trabalhava das 14h às 22:25h, em média, em escala de 6x1 dia, com 01:05h de intervalo para
refeição; que qualquer variação no horário praticado pela reclamante era registrado no cartão de ponto; que o
registro no cartão de ponto é travado no período previsto para o intervalo, bem como após o decurso de
07:20h de trabalho, podendo, porém, haver 3 prorrogações de 30 minutos cada, a serem feitas pelo Gerente;
que apenas o Gerente pode autorizar o registro da prorrogação; que quando o sistema está livre, fora do ar ou
com defeito o registro é feito pelo RH; que nesses casos, nas folhas de ponto, não consta nenhum registro que
permita a verificação de que a anotação do horário foi feita pelo RH; que em caso de discordância do
empregado com os horários registrados, a alteração também é feita pelo RH; que em nenhum dos casos em
que o RH faça a anotação ou a alteração consta o registro de que a anotação foi feita pelo RH; que não havia
nenhuma atividade executada pelo Vendedor na loja sem a marcação do ponto." Encerrado.

Primeira testemunha da reclamante: Mauro Rangel dos Santos, identidade nº 11935273-0 IFP,
residente e domiciliado(a) na Rua Aroldo Lobo 415, bloco 5, apto 308, Ilha do Governador. Advertida e
compromissada. Depoimento: " que trabalhou com a reclamante na loja do Shopping Ilha Plaza; que o
depoente trabalhou nessa loja de março de 2017 a abril de 2019, como Vendedor do setor da linha bege
(televisão, notebook, som , geladeira, máquina de lavar e microondas); que quando trabalhava na parte da
manhã o depoente trabalhava das 09h às 19:30h de segunda-feira a sábado e das 12:30h às 21:30h aos
domingos; que havia uma folga semanal; que quando trabalhava na parte da tarde, o depoente trabalhava das
12:30h às 23h de segunda-feira a sábado e das 12:30h às 21:30h aos domingos; que nas folhas de ponto não
eram registrados os horários efetivamente trabalhados; que a reclamante costumava chegar e sair nos mesmos
horários em que o depoente; que havia 30 minutos de intervalo para refeição; que o mesmo se aplicava para a
reclamante; que o depoente tinha acesso apenas ao valor total das vendas no mês, não tendo acesso a nenhum
relatório onde constem os produtos e serviços vendidos, se o pagamento foi à vista ou à prazo, número de
parcelas, juros aplicados, vendas faturadas, não faturadas, canceladas ou trocadas; que o percentual de
comissões acertado era de 1% sobre as vendas de produtos e 7,5% sobre a venda de serviços; que o
percentual de comissões efetivamente pago era sempre inferior ao valor acertado; que as comissões pagas
pela reclamada não incidiam sobre juros cobrados do cliente; que quando a mercadoria era vendida por um
Vendedor e a troca feita por outro, a comissão era estornada daquele que efetuou a venda e repassada para
aquele que efetuou a troca; que a maioria das vendas era realizada à prazo; que no momento da contratação
não foi esclarecido que as comissões não incidiriam sobre os juros; que havia um "Prêmio Estímulo" que
consistia no pagamento de um acréscimo de comissões caso as metas fossem atingidas; que o percentual de
acréscimo do "Prêmio Estímulo" variava de acordo com o aumento do percentual das metas; que o acréscimo
inicial era de 0,1% para quando havia atingimento de 100% da meta mensal, podendo chegar a 0,4% de
aumento quando atingido 130% ou mais da meta mensal; que quando havia o pagamento do "Prêmio
Estímulo" o valor vinha registrado no contracheque com esta rubrica; que todas as vezes em que o depoente
atingiu as metas, recebeu o "Prêmio Estímulo" previsto; que algumas vezes o depoente deixava de atingir as
metas por não terem sido incluídos pela reclamada os valores referentes ao juros cobrados do cliente, bem

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Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 4f94829
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como em razão das vendas ainda não faturadas no momento do fechamento da folha e em razão das
mercadorias trocadas e canceladas; que o depoente fazia um controle das vendas por ele realizadas, mas
algumas vezes a reclamada vendia produtos que ainda não tinha em estoque, podendo levar mais de um mês
para chegar a mercadoria; que em virtude disso, algumas vezes o depoente perdia o controle sobre as vendas
que somente eram faturadas posteriormente, o que também não poderia ser consultado em nenhum relatório
disponibilizado pela reclamada; que algumas vezes o depoente sentiu falta do pagamento de comissões,
quando o faturamento não se deu no mesmo mês; que em caso de cancelamento da venda pelo cliente, a
comissão era estornada, independentemente de quando houvesse o cancelamento; que nas datas
comemorativas, saldões e black friday os horários poderiam ser elastecidos além dos já informados, sem
registro nas folhas de ponto." Encerrado.

Declaram as partes não terem mais provas a produzir, encerrando-se a instrução processual.

Razões finais remissivas.

Recusada a última proposta conciliatória.

Adiado Sine Die para Sentença.

Audiência encerrada às 12:45 horas.

ALESSANDRA JAPPONE ROCHA MAGALHAES

Juíza do Trabalho

Ata redigida por Liliane Barbosa Siqueira, Secretário(a) de Audiência.

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Número do documento: 23061314381920800000035727049
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11ª VARA DO TRABALHO DE BELO HORIZONTE

TERMO DE AUDIÊNCIA RELATIVO AO PROCESSO 0010063-53.2019.5.03.0182

Em 17 de fevereiro de 2020, na sala de sessões da 11ª VARA DO TRABALHO DE BELO


HORIZONTE/MG, sob a direção da Exma. Juíza ERICA MARTINS JUDICE, realizou-se audiência
relativa a Ação Trabalhista - Rito Ordinário número 0010063-53.2019.5.03.0182 ajuizada por
JAKELINE RODRIGUES VIEIRA DE OLIVEIRA em face de VIA VAREJO S/A.

Às 11h18min, aberta a audiência, foram, de ordem da Exma. Juíza do Trabalho, apregoadas as


partes.

Presente a parte autora, acompanhada do(a) advogado(a), Dr(a). JANE KELLE


GUIMARAES, OAB nº 151114/MG.

Presente o(a) preposto(a) da parte reclamada, Sr(a). Cassio da Silva Afonso, acompanhado(a)
do(a) advogado(a), Dr(a). Vinicius Pedrosa Ferreira Cristo, OAB nº 0070163/MG.

CONCILIAÇÃO RECUSADA.

Depoimento pessoal do(a) reclamante: que não tinha ponto biométrico; que do final de 2016
até sua saída a depoente trabalhou na filial da Rua Curitiba; que nesse período a depoente trabalhava de
7h/7h30 às 18h30/19h00 ou de 8h às 19h30/20h00, de segunda a sexta-feira, em semanas alternadas, com
30 minutos de intervalo; que aos sábados a depoente trabalhava de 7h às 17h00 ou de 8h às 18h00/18h30,
com 30 minutos de intervalo; que a loja abria às 8h sendo que na semana do dia 5º dia útíl abria às 7h30;
que a loja abria mais cedo em datas comemorativas, como black friday, quando abria às 6h00 e na
quinzena que antecedia o Natal, quando abria às 7h30/8h00; que em dias normais a loja fechava às 20h00;
que não havia registro de ponto todo dia em toda jornada; que às vezes a marcação era feita com a digital;
que a depoente não tinha como acessar as vendas realizadas em sistema da empresa, fazendo apenas o
controle pessoal; que havia vendas que não eram contabilizadas em seu contracheque; que acredita que
cerca de 30% das vendas efetuadas não eram contabilizadas; que a depoente fazia troca de produtos
vendidos por outros vendedores; que cerca de 80% das vendas realizadas pela depoente era no carnê; que
a depoente não conseguia fazer 1h de almoço; que o sistema de vendas funcionava se o ponto não
estivesse marcado. Sem mais.

Depoimento pessoal do preposto do(s) reclamado(s)(s): que o sistema de ponto trava


quando o empregado registra a saída; que melhor dizendo, ele é travado quando cumpre a jornada diária
de trabalho; que isso depende da carga horária da pessoa, sendo de 7h20; que o ponto também é travado
no intervalo; que é preciso autorização do gerente para registro de horas extras pelo empregado; que se o
empregado discordar do registro de ponto pode ligar na central e informar; que no cartão de ponto a
alteração decorrente de tal reclamação não é registrada, mas passa a constar do resumo de horas do cartão
de ponto;

que não é colhida assinatura do empregado na folha de ponto, sendo este validado pelo
empregado; que para imprimir o contracheque o empregado tem que confirmar o espelho de ponto;
quando o ponto estiver estragado o empregado deve ligar na central e informar seu horário de trabalho;
que nos dias de ponto livre não é necessária a autorização do gerente para fazer as horas extras; quando o

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empregado liga para reclamar as alterações não são lançadas no ponto; que quando o empregado reclama
e as horas são lançadas no resumo de horas o empregado confere o espelho de ponto e se não achar que
está bom ele abre outra reclamação; que o horário informado no caso do ponto estragado não fica
registrado no ponto, mas fica no sistema; que não há relatório dos horários informados pelo telefone; que
pode haver reclamações dos empregados quanto ao registro de horas do banco; que não há determinação
de que o saldo de horas fique negativo ou zerado no banco; que a reclamante trabalhava mais no segundo
turno, de 13 às 22h25, com 1h05 de almoço, em escala 6 x 1, de 2016 em diante; que, salvo engano, a
reclamante trabalhou na loja 1246 que era de shopping, não sabendo o depoente qual shopping e cujo
funcionamento era de 10 às 22h00 em todos os dias da semana; que podia ocorrer da reclamante chegar
mais cedo ou sair mais tarde, mediante acordo com o gerente, sendo o fato registrado; que dependia do
gerente a reclamante poder fazer três prorrogações de jornada de 30 minutos; que, salvo engano, a
reclamante não fazia prorrogações porque ficava até o horário de fechamento da loja; que a reclamante
não tinha que chegar mais cedo para fazer limpeza do setor e colocação de preços, sendo que se isso
ocorresse era registrado no ponto; que há relatório da venda de produtos e serviços do vendedor que
poderia ser acessado em qualquer dia do mês; que deste relatório constava vendas à vista a prazo; que
deste relatório constava o valor da nota que abrangia os juros sobre as vendas parceladas; que destes
relatórios não constavam as vendas canceladas ou não faturadas; que do relatório constavam as metas,
bem como se o empegado havia ou não atingido as mesmas; que estima que 60% das vendas da
reclamante eram à vista e 40% no cartão ou no crediário; que as vendas no crediário eram em menor
volume, representando cerca de 5% das vendas; que as notas fiscais eram emitidas na loja no momento da
venda, mesmo para os produtos que seriam entregues; que o vendedor deixava de receber a comissão se
houvesse o cancelamento da venda antes da entrega, apenas; que em caso de troca a comissão ficava com
o vendedor que efetuava a venda e não com o vendedor que efetuava a troca; que o vendedor que fazia a
troca somente recebia comissão sobre a diferença do produto a maior do produto trocado; que o
reclamante recebia 7,5% de comissões sobre a venda de serviços; que havia metas de venda de serviços,
mas não era grande; que a meta variava mês a mês, não sabendo precisar de quanto era; que a reclamante
recebia prêmio estímulo quando atingia a meta pessoal de venda de produtos e serviços conjuntamente
com a meta do setor e da loja; que as metas variavam mês a mês. Sem mais.

Requer a reclamante a juntada de depoimento do preposto relativo a outro processo com


informação diversas relativas a período contratual semelhante à da reclamante, o que foi indeferido.
Protestos da reclamante.

Primeira testemunha do reclamante: VInicius Tadeu Moreira Leal, identidade nº


01283841665, solteiro(a), nascido em 18/10/1982, vendedor, residente e domiciliado(a) na Rua João de
Matos, 06, Ipiranga, BH-MG. Testemunha contraditada sob a alegação de possuir demanda contra o(a)
réu (ré) patrocinada pelo mesmo escritório da reclamante, pelo que estaria caracterizada a ausência de
isenção para depor. Inquirida, informa que confirma a existência da ação mencionada; que sua ação não
tem pedido de indenização por dano moral. Contradita indeferida. Protestos da reclamada. Advertida e
compromissada. Depoimento: que trabalhou para a reclamada de novembro de 2013 a abril de 2018; que
trabalhou com a reclamante na loja da Rua Curitiba, filial 1215, de setembro de 2016 até a saída do
depoente; que o depoente foi transferido para esta loja em agosto de 2016; que o depoente era vendedor
no setor de móveis e a reclamante no setor de telefonia; que o depoente trabalhava de 7h30 às
18h00/18h30 ou de 9h/9h30 às 19h30/20h00, de segunda a sexta-feira, sendo alternado o horário por
semana, com intervalo de 30 a 35 minutos; que aos sábados trabalhava de 7h às 17h00 ou de 8h/8h30 às
18h00, com 20 minutos de intervalo; que quando trabalhavam juntos no turno da manhã todos chegavam
no mesmo horário, mas a reclamante costumava sair depois do depoente; que o reclamante trabalhava nos
horários alternados, mas a reclamante costumava trabalhar de 7h30 às 18h30, de segunda a sexta-feira e
nos sábados de 7h às 17h ou de 8h às 18h00; que quando a reclamante pegava o turno da tarde trabalhava
de 8h/8h30 até 19h30/20h00; que a reclamante era líder de seu setor; que não havia compensação de horas
extras com folgas; que o depoente não registrava corretamente os horários de entrada e saída, assim como
a reclamante; que era obrigatório registrar 1h de intervalo no ponto; que se a venda fosse feita no horário
de almoço tinha que ser registrada por outro vendedor que não estivesse em horário de almoço, porque o
ponto ficava travado no intervalo; que o depoente trabalhou em domingos e feriados com registro do
ponto; que nos saldões, que ocorriam cerca de 6 a 7 vezes no ano, todos trabalhavam de 7h às 20h00; que

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no black friday trabalhavam de 5h30 às 21h00; que na sexta-feira e sábado que antecediam o dia dos Pais,
Mães, Crianças, Namorados, trabalhavam de 8h às 20h00; que nas festas juninas, por volta do dia 13,
também trabalhava de 8h às 20h00; que a reclamante tinha intervalo de cerca de 30 minutos; que após o
travamento do ponto o depoente continuava atendendo clientes e o gerente podia fazer alteração de
prorrogação de jornada até 1h30; que a prorrogação era feita apenas no sistema de vendas; que havia dias
de ponto livre nas datas comemorativas, sendo que nessas datas não era registrado o ponto e nessas
ocasiões era o ADM quem fazia o registro dos horários; que isso também ocorria nos dias em que o ponto
estava estragado ou que não havia a leitura da digital; que o ADM não registrava os horários efetivamente
trabalhados nesses dias; que o pessoal reclamava dos horários registrados pela ADM e tudo ficava na
mesma; que em caso de cancelamento da venda havia estorno da comissão; que em caso de produtos que
seriam entregues a nota fiscal só era emitida quando ia ser entregue; que a maioria das vendas era a prazo,
sendo de 80% no carnê, 10% no cartão e 10% à vista; que o depoente fazia troca de produtos vendidos
pelo colega se este não estivesse na loja, sendo que a comissão era paga à pessoa que fez a troca; que se o
ponto estivesse funcionando o depoente não conseguia fazer vendas se o ponto não estivesse marcado;
que a loja do Centro abria por volta de 8h30; que de 7h30 às 8h30 o depoente cartazeava e precificava,
além de ter 20 minutos de reunião diária; que no setor da reclamante havia de 10 a 12 empregados e na
loja cerca de 30 a 35; que o setor do depoente ficava atrás do da reclamante; que o horário de almoço era
o mesmo para o pessoal da manhã e o mesmo para o pessoal da tarde; que era raro a reclamante ter uma
hora de intervalo para almoço, sendo que se isso ocorresse era de 1 a 2 vezes por semana; que em todos os
dias trabalhados em que o ponto estava ok, o depoente marcava o ponto; que se o ponto não estivesse
funcionando quem marcava era o ADM; que o depoente não tinha compensação dos domingos e feriados
trabalhados; que não havia sistema de acompanhamento das vendas diárias; que o depoente controlava
suas vendas por anotação manual; que o depoente sempre reclamava dos valores não recebidos; que
estima que recebia 40% a menos de comissões sobre venda de produtos e 60% a menos de comissões
sobre venda de serviços. Sem mais.

As partes não têm outras provas a produzir. Fica encerrada a instrução processual.

Razões finais orais remissivas.

Conciliação final rejeitada.

A sentença será proferida em até 30 dias úteis, com posterior intimação das partes e seus
procuradores.

Audiência encerrada às 12h15min.

Sem mais.

ERICA MARTINS JUDICE

Juíza do Trabalho

Ata redigida por Roberto Corrêa Santos, Secretário de Audiência.

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MARTINS JUDICE] - 88d31c4
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/ConsultaDocumento/listView.seam Documento assinado pelo Shodo

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Número do documento: 23061314381959200000035727050
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PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO

4ª Vara do Trabalho da Zona Leste de São Paulo/SP

Avenida Amador Bueno da Veiga, nº 1.888, Penha de Franca, São Paulo/SP

ATA DE AUDIÊNCIA

PROCESSO: 1001682-61.2019.5.02.0604
RECLAMANTE: JOAO LUIZ NASSINBEM JUNIOR
RECLAMADOS: VIA VAREJO S/A

Em 23 de janeiro de 2020, na sala de audiências da Mm. 4ª VARA DO TRABALHO DE SÃO


PAULO - ZONA LESTE/SP, sob a presidência do Exmo(a). Juiz ALESSANDRO ROBERTO COVRE,
realizou-se audiência relativa ao processo identificado em epígrafe.

Às 12h32min, aberta a audiência, foram, de ordem do Exmo(a). Juiz do Trabalho, apregoadas as


partes.

Presente o(a) reclamante, acompanhado(a) do(a) advogado(a), Dr(a). JANE KELLE


GUIMARAES, OAB nº 151114/MG.

Presente o(a) preposto(a) do(a) reclamado(s), Sr(a). DIMAS SOUZA DE CARVALHO JUNIOR,
acompanhado(a) do(a) advogado(a), Dr(a). ROGERIO MENDONCA, OAB nº 353750/SP.

INCONCILIADOS

Depoimento pessoal do(a) reclamante: "que desde 2014 o reclamante é vendedor; que teve
período de vendedor-líder, de março a novembro de 2019; que o reclamante somente recebe comissões,
sem salário fixo; que recebe vale no dia 15 e o pagamento no dia 02; que as comissões são sobre as
vendas; que não tinha como acompanhar o que tinha ou não sido faturado; que existe o sistema PRWEB,
que tem várias funções como ponto, acompanhamento de prêmio; que consegue acompanhar por esse
sistema as vendas, mas não se foram faturadas, se houve trocas, etc.; que o controle de ponto não bate
com o que está no sistema; que o sistema de vendas trava no horário de almoço, sendo obrigado pela
empresa a marcar 01h05 de almoço; que há funcionários que almoçam em meia hora e retornam para
trabalhar; que no horário de almoço é possível simular a venda, por exemplo, mas não consegue finalizá-

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la; que o reclamante fazia meia hora de almoço todos os dias, inclusive nos finais de semana, sendo que
no ponto registrava 01h05; que trabalhava aos domingos de forma revezada, dia sim dia não; que às
vezes quando faltava funcionário tinha que substituir; que todos os dias trabalhados estão registrados no
ponto; que substituía os gerentes Ronaldo de Melo e Wilson Moreira, no período de liderança, de outubro
a novembro de 2017, quando estava sendo preparado para ser gerente; que cobria os gerente por 5 vezes
ao mês; que, após intervenção da advogada da reclamante, o mesmo reformulou suas informações
dizendo que o período de substituição foi de outubro de 2017 a novembro de 2018; que o reclamante
recebia prêmios de estimulação específicos como vendedor líder e como vendedor.". Nada mais.

Depoimento do(a) preposto(a) do(a) reclamado(a): "que o sistema de ponto da reclamada é o


mesmo em todas as filiais; que o sistema de pagamento de comissões é o mesmo para todas as filiais; que
o reclamante sempre foi vendedor; que no caso de falha no sistema de ponto deve a informação ser
passada ao gerente que é quem faz o lançamento no cartão de ponto, não aparecendo rubrica específica
desse lançamento no cartão de ponto; que no caso de discordância no registro no cartão de ponto o
funcionário comunica o gerente que faz o abono; que não tem como esquecer da marcação do ponto; que
no caso de afastamento fica registrado no cartão de ponto como 'falta justificada'; que há dias que o
cartão de ponto fica sem qualquer anotação ou justificativa; que quando o funcionário trabalhou e o
cartão estiver em branco deve falar a justificativa; que, em havendo a justificativa com a informação de
que tenha trabalhado e tenha ocorrido erro no sistema, o gerente faz a anotação; que não há
determinação da empresa para que os funcionários fiquem com saldo negativo ou zerado no banco de
horas; que o sistema de ponto não trava; que não pode realizar vendas no horário de almoço, só podendo
efetuar vendas após 1 hora; que existem dias de 'ponto livre' na reclamada, sendo black-friday, natal, dia
das mães e dia dos pais, em que o vendedor pode bater o ponto e continuar realizando vendas; que o
reclamante trabalhava das 09h30 às 16h30, com 1 hora de almoço; que o reclamante usufruía 1 hora de
almoço sem efetuar vendas ou atendimentos, pois o login fica bloqueado; que o reclamante pode ter
mudado de horário dentro de seu contrato de trabalho, pois trabalhou em outras filiais; que o horário
mencionado era da loja Aricanduva; que não sabe informar os horários das outras filiais; que o
reclamante saía depois do horário, marcando normalmente no ponto; que o reclamante poderia
prorrogar até 1 hora e ficava como banco de horas; que o reclamante substituía os gerentes; que isso
aconteceu quando o reclamante trabalhava nas lojas de rua, recebendo salário-substituição quando isso
ocorria; que não sabe precisar quantas vezes no mês o reclamante substituía gerente; que não sabe dizer
os nomes dos gerentes que o reclamante substituiu; que a reclamada tem relatório de todas as vendas e
serviços que o reclamante efetuou; que o reclamante pode acessar esse relatório na loja, por aplicativo e
pode imprimir; que esse relatório não tem detalhamento das vendas; que, se foi parcelado ou não, o
reclamante recebe o valor da nota; que no relatório tem a informação das vendas canceladas e pendentes
de faturamento; que caso tenha alguma venda que não conste no relatório ele informa ao gerente; que
não há metas nos relatórios; que no caso de cancelamento da venda o reclamante perde a comissão; que
no caso de troca com o outro vendedor é esse outro vendedor que recebe a comissão; que há orientação
para procurar o vendedor que fez a venda; que a nota fiscal é emitida no ato da venda; que o percentual
de serviços é de 7,5% e sobre montagens 2%; que o reclamante não tinha metas para vendas de serviços;
que a reclamada não pagou prêmio-estímulo para o reclamante; que não tem premiação para os
vendedores; que frete e montagem são cobrados dos clientes desde que o reclamante ingressou na
empresa; que a comissão sobre tais serviços é paga desde a entrada do reclamante.". Nada mais.

Primeira testemunha do(a) reclamante: JEFFERSON GONÇALVES GOMES, CPF nº


351.065.168-54, profissão VENDEDOR, residente e domiciliado(a) na RUA 7, Nº 94, MIGUEL
BADRA, SUZANO/SP. Advertida e compromissada. Depoimento: "que trabalha para a reclamada desde
junho de 2016, na função de vendedor mobile; que trabalhou com o reclamante de 2017 na loja 880 e de
fevereiro a novembro na loja 1008; que o reclamante era líder; que o controle de jornada é feito por
crachá; que primeiro tem que fazer serviços de limpeza na loja e depois de 1 hora passa o cartão ou
dedo; que na hora de ir embora faz a batida do ponto, mas como sempre tem cliente para atender, fica

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mais tempo na loja, em média 01h00-01h30; que isso também acontece com o reclamante; que faz meia
hora de almoço, pois sempre tem cliente para atender; que durante o horário de almoço o depoente faz o
atendimento e finaliza a venda após marcar o retorno do intervalo; que isso ocorre diariamente; que
nunca faz 1 hora de almoço; que essa situação também ocorre com o reclamante; que nas lojas de
shopping, o reclamante trabalhava das 09h00-09h30 às 19h00-19h30 e no período da tarde das
12h30-13h00 às 23h00-23h00; que o shopping fecha às 22h00, mas como fica cliente na loja tem que
terminar os atendimentos; que o depoente e reclamante trabalharam juntos em loja de rua (1008) e os
horários são das 07h30-08h00 às 18h00-18h30 e das 10h30-11h00 às 21h00-21h30; que não havia
compensação de horas extras com folgas; que os horários de entrada e saída tinham modificação nos
casos de saldão e black-friday, fazendo nas lojas de rua das 06h00 às 22h00-22h30 e nas lojas de
shopping das 07h00 às 00h00-00h30; que o sistema de ponto não é travado no horário de almoço; que é
possível fazer vendas no horário de almoço se o gerente liberar o sistema de vendas; que, após pergunta
da advogada do reclamante no sentido se o sistema de ponto bloqueia após 07h20, disse que sim; que
após esse período, com o ponto bloqueado, o gerente pode liberar para fazer vendas; que os horários que
constam no cartão de ponto não refletem os horários que o depoente incia e termina suia jornada de
trabalho, não sendo esclarecidos os motivos dos erros; que o gerente Sra. Juliana, passa em reunião que
se venderem mais receberiam um plus no salários, variando de R$ 200,00 a R$ 1.000,00; que nunca
recebeu tal prêmio; que o depoente já efetuou venda com o ponto travado; que não recebeu a comissão,
nem a hora extra; que as lojas de shopping funciona, das 10h00 às 22h00 e as de rua das 08h30 às
20h30, havendo lojas que fecham mais cedo; que na loja que trabalhou com o reclamante fecha às
20h30; que já fez venda após marcar a saída e não recebeu a comissão.". Nada mais.

O(A) reclamante não tem outras testemunhas presentes.

Testemunha única do(a) reclamado(a): HENRIQUE APARECIDO DE JESUS VIANA, CPF nº


466.889.898-83, profissão VENDEDOR, residente e domiciliado(a) na RUA GUARATIMBÓ, 77,
JARDIM IPANEMA, SÃO PAULO/SP. Advertida e compromissada. Depoimento: "que trabalha para a
reclamada desde 2017, iniciando como operador de caixa e atualmente como vendedor; que trabalhou
com o reclamante por duas passagens na mesma loja da Aricanduva; que contando ambos os períodos
trabalhou por pouco mais de 1 ano com o reclamante; que o controle de jornada é feito por ponto
eletrônico, sendo feita conforme chega e sai da loja, além de início e retorno de almoço; que tem 1 hora
de almoço, sendo usufruída pelo depoente; que já viu outros funcionários fazerem menos de 1 hora de
almoço, mas que não é o orientado pela reclamada; que não viu o reclamante fazer menos de 1 hora de
almoço; que é possível realizar vendas no horário de almoço, somente nos casos extremos (dia dos pais e
dia das mães); que nos dias normais o ponto fica travado durante o horário de intervalo não sendo
possível realizar venda; que se bater o ponto com menos de 1 hora o ponto fica travado; que no caso de
recorrência gera advertência; que o depoente já tomoi advertência verbal, mas não por escrito; que a
advertência foi porque bateu o ponto antes, mas não trabalhou; que, melhor explicando, o depoente bateu
o ponto 2 minutos antes e isso já gera a notificação; que o depoente fez horas extras, mas é muito difícil;
que as horas extras são anotadas no ponto, gerando banco de horas; que as horas extras são pagas após
ficarem paradas por 3 meses no banco de horas; que para fazer hora extra deve pedir autorização para o
gerente; que cada liberação é de 30 minutos; que o limite dessas liberações é de 2 horas; que o sistema
trava após 07h20 trabalhadas; que o depoente recebe comissões sobre as vendas, de 1% a 2%; que sobre
serviços a comissão é de 7,5%; que sobre frete e montagem há comissão, mas não se recorda da
percentagem; que as comissões das vendas podem ser acessadas pelo sistema; que consegue ver o que foi
cancelado e o que foi computado como venda; que no sistema constam todas as vendas realizadas; que o
reclamante não chegou a substituir o gerente nas duas vezes que trabalhou com o depeoente na filial; que
geralmente recebe uma premiação sobre um percentual de vendas, que é conhecido como prêmio do
vendedor; que existem gatilhos para pagamentos dos prêmios, indo de 10% a 35% sobre o valor da
venda, e não sobre serviço e CDC; que o depoente já recebeu essa premiação; que não sabe dizer se o
reclamante recebeu essa premiação; que há orientação para que os funcionários não fiquem com horas

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negativas no banco de horas e que não façam muitas horas positivas, para ficaram o mais próximo de
zero o possível; que já aconteceu de, por exemplo, sumirem horas positivas, aparecendo horas negativas,
sem que tivesse usufruído.". Nada mais.

O(A) reclamado(a) não tem outras testemunhas presentes.

As partes prescindem da produção de outras provas de audiência requerem o encerramento da


instrução processual. Deferido.

Razões finais remissivas.

Conciliação final rejeitada.

Designa-se julgamento para o dia 04/02/2020 às 17h09, de cujo resultado as partes serão
intimadas pelo DEJT.

Alerta o Juízo que é dever das partes zelar pelo bom andamento do feito, atentando para as
penalidades e consequências, as quais derem causa. Desse modo, após apresentação da(s) defesa(s), ficam
as partes cientes de que eventuais documentos e petições, de um modo geral, juntados sob sigilo serão
desconsiderados pelo Juízo, arcando cada parte com os prejuízos causados pelos seus próprios atos, eis
que não existe justificativa que autorize a juntada de documentos e petições com sigilo a partir deste
momento processual.

Lida e conferida a ata pelos presentes, é dispensada a assinatura das partes e dos(as)
respectivos(as) patronos(as).

Audiência encerrada às 13h31.

Ata assinada eletronicamente pelo(a) Magistrado(a) nos termos do parágrafo único do artigo 8º
da Lei nº 11.419/2006.

Nada mais.

ALESSANDRO ROBERTO COVRE


Juiz do Trabalho

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Fls.: 83

Assinado eletronicamente por:


[ALESSANDRO ROBERTO COVRE] -
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/ConsultaDocumento/listView.seam Documento assinado pelo Shodo

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Número do documento: 23061314381998200000035727051
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5ª VARA DO TRABALHO DE CAMPO GRANDE

TERMO DE AUDIÊNCIA RELATIVO AO PROCESSO 0024354-22.2019.5.24.0005

Em 27 de novembro de 2019, na sala de sessões da 5ª VARA DO TRABALHO DE CAMPO


GRANDE/MS, sob a direção da Exmo(a). Juíza IVETE BUENO FERRAZ, realizou-se audiência relativa
a Ação Trabalhista - Rito Ordinário número 0024354-22.2019.5.24.0005 ajuizada por JANDREIA
PATRICIA GUERREIRO FERREIRA em face de VIA VAREJO S/A.

Às 14h27min, aberta a audiência, foram, de ordem da Exmo(a). Juíza do Trabalho, apregoadas


as partes.

Presente o reclamante, acompanhado do(a) advogado(a), Dr(a). JANE KELLE GUIMARAES,


OAB nº 151114/MG.

Presente o preposto do reclamado, Sr(a). JOSIAS DA SILVA, acompanhado(a) do(a)


advogado(a), Dr(a). BRUNA CESTARI, OAB nº 20152/MS.

Conciliação rejeitada

DEPOIMENTO PESSOAL DA AUTORA: inquirido, respondeu que:

1. a reclamada não disponibilizava para a depoente relatórios de suas vendas com as


comissões devidas;

2. nos ultimos meses estava funcionando na reclamada o sistema ADP Web, mas não
estava ainda funcionando muito bem, isso uns tres meses antes da depoente sair da
reclamada e quem tinha acesso era o operacional da loja, chamado GO - Gerente
Operacional

3. caso alguem questionasse alguma coisa em relação a isso, levava o questionamento até
ele que então abria um chamado para São Paulo esclarecer as dúvidas daquele vendedor
e suas comissões;

4. antes dissonão existia nada;

5. a depoente chegou a questionar o GO, mas as respostas chegavam muito tempo depois,
cerca de 20 a 30 dias depois e mesmo assim eram muito vagas;

6. a depoente trabalhava das 07h30 às 17h/18h, com 30 minutos de intervalo usufruído de


segunda a sábado e nos feriados até às 18h;

7. a jornada era anotaa em equipamento eletrônico de ponto e nem sempre era fornecido
ticket diário;

8. a marcação não correspondia à jornada real trabalhada porque quando dava o horário, o
sistema travava, mas continuava trabalhando;

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9. o gerente dava duas prorrogações para uso do sistema de vendas, mas essas
prorrogações não correspondiam ao que constava no sistema de ponto;

10. as prorrogações eram duas de trinta minutos cada uma;

11. a depoente sempre trabalhou de 10 a14 horas por dia e depois que travava o sistema de
vendas, a depoente continuava a atender clientes, levando-os até o crediário, caixa,
embalando produtos, fazendo as demonstrações dos produtos que estavam no
mostruário do seu setor.

Nada mais.

DEPOIMENTO PESSOAL DO PREPOSTO DA RECLAMADA: inquirida, respondeu que:

1. o sistema de ponto do vendendor e o sistema de vendas são interligados;

2. quando trava o sistema de ponto ao final de sete horas e vinte trabalhadas, também trava
o de vendas e existe a possibilidade de tres prorrogaçoes por dia de 30 minutos cada
uma autorizada pela gerência da loja;

3. no espelho de ponto do vendedor constam as prorrogações como são feitas;

4. a reclamante costumava prorrogar a jornada e o fazia quando havia movimento;

5. o maior movimento ocorre nas datas sazonais como Dia das Mães, ações de vendas
como Black Friday, ações de Natal, Ano Novo;

6. ao que sabe, a reclamante não trabalhava além do horário das prorrogações;

7. o sistema de ponto e comissões da reclamada é o mesmo em todas as lojas da rede;

8. nos ultimos cinco anos trabalhados não houve mudança na reclamada quanto à jornada e
houve quanto à forma de comissionamento;

9. antes havia o sistema de pagar apenas as comissões, ou seja, os percentuais sobre as


vendas, depois foi implantado um gatilho de atendimento de metas e conforme atingidas
eram pagos os valores correspondentes, ou seja, a partir do gatinho havia um aumento
no percentual das vendas;

10. depois voltou a ser como era antigamente;

11. esse gatilho funcionou por algums meses, não chegou a um ano;

12. com o gatilho, os vendedores ganhavam mais comissão;

13. o pagamento das comissões, quando o vendedor ultrapassava a meta do gatilho, vinham
nas comissões;

14. o depoente acredita que a reclamada tenha relatórios que demonstrem os valores das
vendas e o deflagar do gatilho;

15. quando o relógio de ponto estava fora do ar por algum motivo, havia um recurso de
anotar na tela, ou seja, uma tela denominada P4W5 e esse sistema ainda funciona;

16. No cartão de ponto essa marcação é feita depois manualmente no sistema de ponto;

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17. o lançamento então é manual e não aparece no espelho de ponto normal;

18. esse lançamento é feito pela gerência;

19. o depoente não sabe se existe um documento paralelo relativo a esse lançamento na
tela;

20. quando o funcionário discorda de algum lançamento é aberta uma ocorrência no RH pelo
gerente;

21. se o funcionário tiver razão é feito um lançamento manual nos mesmos moldes de
quando o equipamento está com problema;

22. também não aparece no espelho de ponto;

23. caso haja esquecimento de anotação, ela fica em branco no espelho de ponto;

24. caso haja horas extras nesse dia da falta de anotação tem que ser aberta uma ocorrência
da mesma forma que nas hipóteses anteriores e é feito um lançamento manual no
fechamento do ponto;

25. a comunicação sobre o acolhimento ou não da reclamação do funcionário é feita no


sistema;

26. a falta consta no espelho de ponto e também é anotado se foi justificada;

27. a orientação da reclamada é que o funcionário fique zerado no banco de horas e para
isso deve compensar as horas zeradas;

28. depois de 5 horas trabalhadas, se não tiver sido registrado o intervalo, o sistema de ponto
trava para fruição obrigatória do intervalo de uma hora;

29. seria possível o funcionário demonstrar o produto para os clientes caso estivesse no
"chão de loja", ou seja, no salão de vendas, mas é proibido pela reclamada que o faça se
já estiver com o ponto travado ou batido;

30. nas datas sazonais o ponto é livre e a reclamada é quem determina quando será livre;

31. embora seja livre o funcionário tem que registrar entrada e saída mais o intervalo
intrajornada e se houver horas extras são registradas de fato;

32. a reclamante trabalhava por escala nos turnos das 08:00 às 16:50 h ou das 10:30 h às
19:00 h que é o horário contratual;

33. a loja funcionava par ao público das 09:00 às 19:00 h, de segunda a sábado e não
funcionava nos domingos e feriados, exceto esporadicamente nos feriados;

34. a reclamante trabalhava na loja Tamandaré, também trabalhou na loja 1151, que fica na
Rua 14 de julho com a Avenida Afonso Pena e nessa loja o horário era das 09:00 às
18:30 h, de segunda a sábado;

35. na loja do centro houve um período em que ela abria aos domingos, das 09:00 às 15:00 h
e parou de abrir com o início das obras na Rua 14 de julho há cerca de um ano;

36. a reclamante substituía a gerente da loja na loja da Tamandaré, mas não lembra se
substituiu quando estava na loja do centro e era apenas ela que fazia essa substituição;

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37. a reclamante substituía em todas as ausências do gerente, como nos períodos em que
ele estava em reuniões ou uma falta ao serviço do gerente até 5 dias, não substituía nas
férias porque a reclamada mandava um substituto;

38. o vendedor conseguia acompanhar o relatório de suas vendas tanto diária quanto
mensalmente, fossem vendas de produtos ou serviços;

39. nos relatórios constava o valor da venda, mas não se era à vista ou a prazo e para a
comissão dela esse fato não fazia diferença;

40. caso tivesse havido a devolução do produto pelo cliente havia estorno na comissão da
reclamante, isso era visível nos relatórios;

41. no cancelamento da venda e troca por outro produto pelo cliente, mas com outro
vendedor, a reclamante não recebia comissão;

42. o gatilho era o mesmo que o prêmio estímulo;

43. as metas eram pré estabelecidas e na época do gatilho quando atingidas ele disparava e
a meta era de conhecimento dos vendedores, incluindo a reclamante;

44. a maioria das vendas era mediante pagamento à vista pelo cliente e o percentual médio
de vendas a prazo é de 20%;

45. a nota fiscal é emitida no ato da entrega do produto e não no momento da venda;

46. quando a venda é cancelada e não ocorre entrega a nota fiscal não é emitida;

47. o percentual de comissão sobre serviços era de 7,5% sobre os serviços dela;

48. o percentual dos serviços era de 10% sobre a meta de vendas de produtos da
reclamante;

49. a cobrança dos clientes quanto a montagem iniciou por volta de 2014;

50. durante cerca de 6 meses os vendedores não receberam sobre a montagem e frete;

Nada mais.

A reclamante requereu a oitiva da testemunha Alceu Paiva Gonçalves, mas indicou que já foi
testemunha no processo 0025699-91.2017.5.24.0005 e requereu se desse vista desse
depoimento para confirmação ou não e eventual complementação.

Defere-se o requerimento e passa-se a fazer a advertência e compromisso dessa testemunha à


qual foi exibida cópia do seu testemunho no processo indicado.

1ª TESTEMUNHA APRESENTADA PELO AUTOR: Sr. ALCEU PAIVA GONÇALVES, CPF nº


475.912.421-72, nascido aos 13/12/1972, brasileiro, casado, vendedor, residente na rua
Presidente Antonio Carlos, nº 1385, bairro Santo Amaro, nesta.

A testemunha devidamente advertida e compromissada respondeu que:

1. confirma os termos do depoimento feito no processo mencionado e que os fatos também


se aplicam à reclamante;

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2. a reclamante substituía os gerentes João Luiz Koenga e Lucas Gomes dos Santos
porque houve uma substituição de um por outro ao longo do tempo;

3. a substituição feita pela reclamante era em média de 3 a 4 vezes por mês, isso quando
das reuniões gerenciais, convenções e aos domingos;

4. nos domingos a substituição era no dia todo na média de três domingos por mês;

5. nas reuniões e convenções fora da cidade a substituição era de um a tres dias e nas
realizadas nesta cidade era de um dia, em média;

6. calcula que era 50% nesta cidade e o restante fora;

7. o depoente trabalhou com a reclamante na filial 1151 que fica na Rua 14 de Julho com a
Av. Afonso Pena, de 2013 a 2015, aproximadamente;

8. quando a reclamante estava na substituição era quem abria e fechava a loja; o horário de
funcionamento dessa loja era das 07h30 às 20h, de segunda a sábado e aos domingos
das 08h30 às 17h;

9. nos dias de substituição a reclamante trabalhava o horário integral da abertura da loja,


sem intervalos e a alimentação era feita entre uma tarefa e outra;

10. o depoente era vendedor e os vendedores não tinham acesso aos relatórios de vendas e
respectivas comissões.

Nada mais.

2ª TESTEMUNHA APRESENTADA PELO AUTOR: Sr. ADEMAR FRANCISCO DA SILVA, CPF


nº 338.813.241-00, nascido aos 13/08/1963, brasileiro, casado, vendedor, residente na rua
Alcindo Gasparini, nº 151, bairro Mata do Jacinto, nesta.

A testemunha devidamente advertida e compromissada respondeu que:

1. o depoente trabalhou na reclamada de 2011 a 2019, como vendedor e trabalhou em duas


lojas, uma no Shopping Norte Sul e outra na Av. Tamandaré, nessa ultima, de fevereiro de
2018 a fevereiro de 2019 e foi a mesma época em que trabalhou com a reclamante;

2. os vendedores não tinham acesso aos relatórios mensais detalhados de vendas e


comissões e ao final do mês tinham acesso ao total das vendas realizadas e total das
comissões, tanto pelo sistema, como holerite;

3. havia dois turnos e às vezes trabalhavam no mesmo e em outras não, com coincidência
de uma parte do dia trabalhado, mesmo quando não estavam no mesmo turno;

4. os horários contratuais desses turnos eram das 08h às 17h ou das 09h às 19h, com uma
hora e cinco minutos de intervalo, de segunda a sábado e trabalhavam domingos apenas
quando havia promoções, também trabalhavam em alguns feriados;

5. o funcionamento da loja era das 09h às 19h, de segunda a sábado e aos domingos e
feriados dependia do horário estabelecido pelo Sindicato, que geralmente era o horário
normal da semana;

6. chegavam na reclamada por volta das 07h30/08h quando estavam na primeira turma para
arrumar o setor e participar de reuniões diárias e nesse período ainda não tinham

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marcado o ponto;

7. o depoente e a reclamante trabalhavam desse horário até às 18h30/19h, mas a


reclamante ainda permanecia trabalhando porque era líder e não sabe o horário real da
saída;

8. o depoente chegava às 09h30 e a depoente já estava trabalhando quando estavam no


segundo horário e saíam junto por volta das 20h porque após o fechamento da loja ainda
havia tarefas como o fechamento de caixa e uma certa arrumação no setor para adiantar
o trabalho do primeiro horário;

9. havia uma norma que só podiam sair após o fechamento do caixa em razão de
segurança, isso para todo mundo e ainda havia algum atendimento se estivesse no curso
dele quando fechava a porta;

10. os vendedores marcavam seu ponto, mas não era o horário real trabalhado porque
chegavam mais cedo até baterem o ponto e no final era obrigatório marcar o horário
contratual e havia até três prorrogações de 30 minutos cada uma, mas essas
prorrogações não apareciam no espelho de ponto, apenas no sistema de vendas;

11. as prorrogações do depoente nunca apareciam no espelho de ponto e mesmo que


estivesse com o ponto livre não aparecia o horário real;

12. o depoente usufruía de 20 a 30 minutos de intervalo por dia e não observava o intervalo
da reclamante, apenas que ela estava sempre trabalhando;

13. parece-lhe que foi a partir de 2015 que os vendedores começaram a receber pelo frete e
montagem;

14. calcula que os clientes já estavam pagando há mais de um ano, quando começou a pagar
para os vendedores sobre esses fatores;

15. sempre existiu o premio estímulo por baterem metas de vendas, tanto de produtos, como
de serviços, mas o critério de pagamento sempre mudava;

16. não havia folgas compensatórias pelo banco de horas;

17. nas épocas festivas o horário também não constava corretamente nos espelhos de
pontos e eram Dia das Mães e dos Pais, promoções como black friday;

18. nesses dias chegavam entre 05h30/06h até por volta das 21h;

19. em cada episódio o horário aumentava em cerca de uma semana para a preparação da
loja e as vendas;

20. a frequencia era anotada em termos reais e não a jornada trabalhada;

21. a reclamante substituia o gerente de três a quatro dias por mês, o dia todo;

22. quando a reclamante estava substituindo o gerente, ela abria e fechava a loja e nesses
dias permanecia o dia todo no trabalho;

23. as vendas realizadas eram 70% a prazo em média, no carnê.

Nada mais.

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1ª TESTEMUNHA APRESENTADA PELA RECLAMADA: Sr. LUCAS DA SILVA, CPF nº


005.698.841-95, nascido aos 18/11/1982, brasileiro, solteiro, vendedor, residente na rua
Senador Pompeu, nº 59, bairro Vivendas do Parque, nesta.

A testemunha devidamente advertida e compromissada respondeu que:

1. o depoente trabalha na reclamada desde 2013, como vendedor;

2. trabalhou com a reclamante de 2013 a final de 2016, na loja da rua 14 de Julho e depois
voltou a trabalhar por mais cerca de dois anos, até ela sair da reclamada, na loja da Av.
Tamandaré;

3. não havia relatório disponibilizado para os vendedores com as vendas discriminadas e


sim o total mensal no sistema e no holerite;

4. passou a serem cobradas do cliente frete e montagem por volta de 2017, mas não sabe a
respeito de pagamento sobre isso para os vendedores porque o depoente só fazia
vendas para entrega na loja;

5. os horários marcados no ponto eram os horários reais de chegada e saída do trabalho e


quando havia reuniões diárias o cartão já tinha sido batido;

6. o depoente usufruía uma hora de intervalo nos períodos trabalhados com a reclamante e
não via qual o horário da reclamante;

7. a loja da Tamandaré funcionava para o público das 09h às 19h e da 14 de julho das 09h
às 18h, de segunda a sábado e na época da reclamante a da Tamandaré funcionava
esporadicamente em domingos, enquanto a da 14 de julho funcionava em todos os
domingos, das 09h às 15h, em média.

Nada mais.

As partes declaram não ter outras provas a produzir, pelo que resta encerrada a instrução
processual.

Razões finais orais remissivas pelas partes.

Sem êxito a derradeira proposta conciliatória.

Para julgamento adia-se sine die.

As partes serão intimadas oportunamente.

Cientes as partes.

Encerrada às 16h51.

IVETE BUENO FERRAZ

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Juíza do Trabalho

Ata redigida por Mauro Rodrigues Simões, Secretário(a) de Audiência.

Assinado eletronicamente por: [IVETE


BUENO FERRAZ] - aa3610d
https://pje.trt24.jus.br/primeirograu/Processo
/ConsultaDocumento/listView.seam Documento assinado pelo Shodo

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Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - aceac5a
https://pje.trt10.jus.br/pjekz/validacao/23061314382065800000035727052?instancia=1
Número do documento: 23061314382065800000035727052
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12ª VARA DO TRABALHO DE BELO HORIZONTE

TERMO DE AUDIÊNCIA RELATIVO AO PROCESSO 0010581-68.2019.5.03.0012

Em 06 de agosto de 2019, na sala de sessões da 12ª VARA DO TRABALHO DE BELO


HORIZONTE/MG, sob a direção do Exmo(a). Juiz MARCOS VINICIUS BARROSO, realizou-se audiência relativa
a Ação Trabalhista - Rito Ordinário número 0010581-68.2019.5.03.0012 ajuizada por JONES LOPES FONTES em
face de VIA VAREJO S/A.

Às 10h52min, aberta a audiência, foram, de ordem do Exmo(a). Juiz do Trabalho, apregoadas as


partes.

Presente o reclamante, acompanhado do(a) advogado(a), Dr(a). JANE KELLE GUIMARAES, OAB nº
151114/MG.

Presente o preposto do reclamado, Sr(a). Marcio Alves Pinto, acompanhado(a) do(a) advogado(a),
Dr(a). MICHELLE NASCIMENTO GOMES, OAB nº 135403/MG, que juntará carta de preposição e
substabelecimento no prazo de 5 dias.

Conciliação recusada.

Defesa apresentada, da qual dou vista ao reclamante, que se manifestou nos seguintes termos: "reitero os termos da
inicial, reservando-se o direito de complementar a impugnação no prazo que o Judiciário fixar."

Defiro ao reclamante até o dia 13.08.2019 para complementar a impugnação, E REAJUSTAR A LIQUIDAÇÃO
DE SEUS PEDIDOS, PELO O QUE DISPÕE O ART. 840, §1º DA CLT, E O ART. 492 DO CPC, em virtude dos
documentos e da audiência UNA. Preclusa a prova documental, conforme art. 845 da CLT.

DEPOIMENTO PESSOAL DO RECLAMANTE: "que trabalhava no setor de linha branca até agosto de 2018,
quando foi para o setor de telefonia; que cartão de crédito era como se fosse venda à vista; que para receber o
prêmio estímulo, tinha que bater 100% da meta mercantil e 90% das metas de garantias e seguros que a loja
colocava; que qualquer que seja a troca, a comissão vai para o vendedor que fez a troca, operações que o depoente
fazia; que podia consultar o sistema da empresa, as vendas realizadas, mas as trocas efetuadas não ficavam lá
registradas; que o ponto era marcado por senha, sempre estragado, e uma vez ou outra é que emitia o comprovante;
que a call da loja tem o controle da jornada feita pelos funcionários, e quando o ponto estava estragado, ela ia lá e
fazia os lançamentos; que a empresa, mesmo bloqueando o sistema de vendas por 1h, durante o horário de
intervalo, não permitia que fizessem essa 1h de pausa, pois o gerente mandava voltar com 30min; que durante essa
1h o sistema não permitia vender; que não era possível vender sem o sistema, era possível atender cliente." Nada
mais.

DEPOIMENTO PESSOAL DO PREPOSTO DA RECLAMADA: "que a empresa utiliza o mesmo software de


ponto, da mesma forma que é o mesmo software para pagar comissões; que quando o sistema de ponto está com
defeito, o ponto é marcado no Pecon, que é o sistema da loja, pelo próprio funcionário, a tela chama "cartão de
ponto externo"; que não sabe se a jornada registrada no Pecon é transferida para os espelhos de ponto; que se o
empregado discorda do registro de ponto, é aberto um chamado e feita a correção, pela CAL; que no ponto não
aparece que o lançamento foi feito pela CAL; que a empresa pede para zerar o saldo de horas extras, por meio de
saídas antecipadas ou folgas, tudo registrado no ponto; que o ponto trava com 07:20h de trabalho, logo em seguida
travando o sistema de vendas; que o ponto igualmente trava durante o intervalo; que o empregado pode até atender
cliente no intervalo, mas não vai conseguir vender; que após 07:20h, podem ser feitas duas prorrogações de 30 min
cada, autorizadas pelo gerente; que se o vendedor, depois dessas duas prorrogações, fica na loja, é por conta dele,
não consegue vender; que se o ponto trava o sistema de vendas no meio do atendimento, ele passa a venda para
outro vendedor ou pede o cliente para voltar no dia seguinte; que nas datas festivas o ponto fica livre ou quando o
relógio de ponto está com defeito; que em 2018 o reclamante trabalhava de 08:20h as 17:20h, com eventuais
prorrogações autorizadas; que dispenso o preposto de dizer toda a jornada do reclamante durante todo o período de
contrato, em virtude da juntada dos controles de ponto, conforme art. 370 do CPC, protestos do reclamante; que a
loja de rua funciona de 08:30h as 19:30h; que o vendedor chegava, marcava ponto, e depois ia limpar setor,
precificar, arrumar produto; que se o empregado esquece de marcar o ponto, ele é lançado pela CAL, conforme

1 of 3 18/01/2021 18:38
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apontamentos; que para os registros ausentes nos pontos, o depoente já respondeu, o lançamento foi feito pela CAL
e não aparece nos controles; que não sabe como a empresa faz para calcular essas horas no banco de horas; que a
empresa possui relatórios de vendas de produto e serviços efetuados pelo reclamante, com todas as vendas, à vista
ou a prazo, aparecendo sempre o valor à vista; que não aparecem as parcelas e os juros eventualmente aplicados;
que a empresa possui relatório com as metas estipuladas e aquelas que foram atingidas pelo reclamante; que
vendedor não recebe juros de parcelamento; que é relativa as vendas da empresa, podendo ser à vista ou a prazo;
que o valor da nota fiscal é o valor à vista; que a nota fiscal de produtos entregues é emitida no momento em que a
mercadoria sai do estabelecimento para ser entregue ao cliente; que se o produto acaba e o cliente não troca por
outro, a venda é cancelada e o vendedor não recebe comissão; que sem o produto para entrega não é emitida a nota
fiscal; que produto trocado, se o vendedor não esta no momento da troca, a comissão passa para o vendedor que
atendeu a troca e o vendedor anterior fica sem ela; que é de 14% a comissão sobre serviços na linha de telefonia, e
de 10,20% na linha branca; que é de R$99,90 o serviço vida protegida; que existia meta para o vendedor bater
quanto à serviço, mas não tem como precisar a meta do reclamante porque as metas são mensais; que os requisitos
para receber o prêmio estímulo variam mensalmente, tudo documentado." Nada mais.

O reclamante requer juntada de depoimento prestado pelo preposto acima, em outro processo, no qual atuou,
dizendo que suas declarações são divergentes. Sobre o requerimento, cumpra-se o CPC.

Primeira testemunha do reclamante: Adivone Rodrigues do Amaral, CPF: 038.673.296-56, residente e


domiciliado(a) na Rua Manoel Silva, 51/204, BH/MG. Advertida e compromissada. Depoimento: "que trabalhou
na mesma loja que o reclamante, de 2016 a 2018; que o depoente foi vendedor; que o reclamante trabalhava de
08:00h as 18:30h, quando no período da manhã, e no período da tarde, de 10:30h as 20:30h, de segunda a sexta-
feira; que aos sábados, trabalhava de 07:30h as 18:30h ou de 09:00h as 19:30h; que marcaram ponto todos os dias
em que o registro de ponto esteve funcionando; que perguntado por que a empresa mandava voltar do intervalo com
30 min, se ela travava o ponto por 1h, respondeu que era por causa dos retornos, e perguntado se todo dia tinha
retorno para o mesmo vendedor, respondeu: "sempre" (atentar para a resposta por ocasião da sentença); que aos
domingos, trabalhavam de 08:30h as 13:30h; que perguntado na hipótese de a loja abrir às 09:00h se a empresa
permitia marcarem o ponto às 08:40h e sendo esses 20 min destinados a limpeza, precificação e arrumação do setor,
para tudo estar pronto às 09:00h, respondeu que não, chegavam às 08:00h, participavam da reunião, que ocorria
quase todo dia, durava 40 min, e depois da reunião iam precificar, limpar e arrumar o setor; que também faziam
isso às vezes antes da reunião; que tinha reunião quatro vezes por semana, sendo obrigatoriamente aos sábados; que
ao final da jornada, todo dia acontecia de baterem o ponto, mas não irem embora, ficavam aguardando o cliente
finalizar atendimento no crediário, e só podiam ir embora depois de finalizado o atendimento no crediário (atentar
para a resposta por ocasião da sentença, especialmente o "todo dia"); que nunca saíram mais cedo ou tiraram folga
para compensar horas extras; que trabalhava em feriados, de 08:30h as 16:30h; que perguntado se o ponto da
empresa funcionava, respondeu: "muito raro"; que tinha feriado trabalhado e que não marcava ponto; que em datas
festivas, trabalhavam de 08:00h as 20:00h, horário efetivamente trabalhado (atentar para o horário declarado para
dias normais, não festivos); que havia inventário, não se lembra quantas vezes por mês, havendo escala para
participação; que a pessoa era escalada, mas acontecia de terem voluntários, pessoas que moravam perto, sendo que
a empresa não remunerava o trabalho no inventário; que o inventário acontecia de 06:00h e continuava até terminar,
e nesse dia a loja só abria depois de terminado o inventário; que participou de saldões, três a quatro vezes no ano,
de 07:30h as 20:30h; que em Black Friday trabalhavam de 05:30h as 22:00h; que os 30 min que não fazia de
intervalo não ficavam registrado no ponto; que no final do mês a CAL trazia a folha de ponto para ser assinada, mas
o depoente, por exemplo, não assinava, porque não concordava com os lançamentos; que tinha um canal de
comunicação para manifestar discordância com o ponto, a gente ligava e sempre diziam que estava certo; que tinha
acesso ao relatório de vendas da empresa, mas ele não condizia com a realidade, porque tinham vendas que o
depoente não acompanhava; que da mesma forma que os pontos, reclamavam na ouvidoria e eles sempre diziam
que estava certo." Nada mais.

As partes não têm outras provas a serem produzidas, encerrei a instrução processual.

Razoes finais orais remissivas.

Conciliação final rejeitada.

Após manifestação do reclamante, venham os autos conclusos para prolação da sentença,


que será proferida no prazo legal, do qual as partes serão intimadas.

Encerrou-se a audiência.

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Fls.: 94

Nada mais.

DESPACHO:

Junte-se a presente ata ao PJe, observados os artigos 226, I c/c art. 228, II, do CPC, cabendo às
Senhoras partes e Senhores advogados anotarem os pontos importantes para cumprimento das obrigações
nela contidas.

MARCOS VINICIUS BARROSO

Juiz do Trabalho

Ata redigida por Fernanda Amaral Netto, Secretário(a) de Audiência.

Assinado eletronicamente por: [MARCOS VINICIUS BARROSO] -


71747a7
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/listView.seam

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Fls.: 95

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
79ª Vara do Trabalho de São Paulo
ATOrd 1001435-06.2019.5.02.0079
RECLAMANTE: ERICK WILLIAM MARIANO
RECLAMADO: VIA VAREJO S/A

ATA DE AUDIÊNCIA

Em 3 de dezembro de 2020, na sala de sessões da MM. 79ª Vara do Trabalho de São


Paulo, sob a direção do(a) Exmo(a). Sr(a). Juiz(a) do Trabalho RENATA LIBIA MARTINELLI SILVA
SOUZA, realizou-se audiência relativa à Ação Trabalhista - Rito Ordinário número
1001435-06.2019.5.02.0079, supramencionada.

Às 10:33, aberta a audiência, foram apregoadas as partes.

Presente a parte autora ERICK WILLIAM MARIANO, pessoalmente, acompanhado(a)


de seu(a) advogado(a), Dr(a). JANE KELLE GUIMARAES, OAB 151114 /MG.

Presente a parte ré VIA VAREJO S/A, representado(a) pelo(a) preposto(a) Sr.(a)


FLAVIO HENRIQUE RAMOS, acompanhado(a) de seu(a) advogado(a), Dr(a). CAROLINE GOMES DE
ALMEIDA, OAB 365703/SP.

CONCILIAÇÃO RECUSADA

Depoimento pessoal do reclamante: "que foi vendedor desde o início do contrato; que
chegava na loja, iniciava o trabalho e só depois batia o ponto; que ao final do dia batia o ponto mas
continuava trabalhando; que não podia anotar nada de horas extras, conforme determinação da gerência;
que trabalhava tanto no turno da manhã quanto da tarde/noite de forma variada e sem um critério fixo;
que quando estava pela manhã, trabalhava das 9h às 19h/19h30, com uma folga na semana; que tinha 30
minutos de intervalo, mas batia uma hora; que se o ponto estivesse travado, para efetuar a venda fazia
pelo ViaMais ou pedia para o gerente destravar; que quando estava no outro turno, trabalhava de
12h/12h30 às 23h, também com 30 minutos de intervalo e uma folga na semana; que não havia
conferência de cartão de ponto por aplicativo; que tinha que assinar uma folha de ponto, mas os horários
estavam errados; que não conhece ADPWeb; que se não batesse o ponto, conseguia entrar no sistema de
vendas pelo ViaMais; que o sistema travava após 7h20 de trabalho, mas conseguia vender pelo ViaMais;
que trabalhava no setor de celulares na maioria do período, mas também trabalhou em móveis e em linha
branca; que no setor havia de sete a oito pessoas; que podia acontecer de haver alguém para cobrir em
caso de faltas ou folgas no setor; que havia horário fixo para almoço, mas devia voltar antes de uma hora,
abordar os clientes, e tentar enrolar por cerca de 30 minutos para efetuar a venda se não conseguisse
entrar pelo ViaMais; que o sistema bloqueava se não anotasse uma hora de almoço; que ao final do turno
o sistema também bloqueava". Nada mais.

Depoimento pessoal do preposto da reclamada: "que todas as filiais têm o mesmo


sistema de ponto; que as comissões também são as mesmas para todas as filiais; que a forma de registro
de ponto do autor sempre foi o mesmo desde o início do contrato; que se o ponto estivesse estragado,
deveria falar com o superior ou enviar e-mail a este; que quando chegasse a folha de ponto, a parte que
ficou em branco em razão do problema no cartão era anotada pelo superior, com o visto do empregado na
frente, além de assinatura na folha de ponto; que nesse caso a venda é feita normalmente, pois o sistema

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Fls.: 96

de vendas não está atrelado ao cartão de ponto; que o cartão de ponto não deixa bater menos que uma
hora de intervalo, pois a determinação é cumprir uma hora; que se houver reclamação do empregado
quanto ao cartão de ponto, deve informar o superior, que verifica se é procedente e retifica, também com a
rubrica do empregado; que o mesmo procedimento quanto a defeito do ponto é utilizado para o
esquecimento de marcação; que no espelho de ponto saem os motivos das ausências de marcação,
inclusive faltas justificadas ou não; que exibido o cartão de ponto de fls. 425, disse que pode ter havido
defeito de marcação do ponto, mas não sabe por que tem anotação nem do gerente nem do reclamante;
que quando há anotação de treinamento no cartão de ponto, é considerado labor por 7h20, mesmo se o
tempo de treinamento for inferior; que o tempo de treinamento nunca ultrapassa 7h20; que não conhece a
expressão "dias de ponto livre"; que o ponto trava com 7h20 e se necessário ficar mais tem que solicitar
ao superior, sendo que o tempo máximo é de duas horas; que ViaMais é o sistema de vendas; que o
reclamante consegue vender pelo ViaMais mesmo se não houver o destravamento do cartão de ponto, mas
tal situação vai contra as orientações da empresa, sendo que cada superior pode tratá-la conforme
entender melhor; que o ponto também entrava nos intervalos de almoço; que no sistema de ponto, quando
este é destravado, sai o horário normal e a prorrogação na mesma linha; que o reclamante já prorrogou a
jornada de três a cinco vezes por mês, sendo uma hora em cada oportunidade; que há extrato do banco de
horas, que consiste no débito e crédito na folha de ponto; que o autor trabalhava das 9h40 às 16h, não
trabalhando em outros horários; que o reclamante não entrava antes, por conta da abertura do horário da
loja; que em datas comemorativas estendia a jornada no máximo duas horas a mais, sendo anotadas no
cartão de ponto; que não há determinação para o saldo no banco de horas estar zerado ou negativo; que o
relatório de vendas de todos os funcionários está no sistema, mas com o valor originário do produto sem
especificar a forma de pagamento; que constam no relatório vendas canceladas e trocadas, bem como
vendas não faturadas; que há relatório de metas e percentuais atingidos; que em caso de parcelamento, a
comissão é paga sobre o preço original do produto; que o preço original é o preço à vista; que não tem
como apontar qual a maioria do tipo de vendas na loja; que a venda em cartão de crédito em uma única
parcela é considerada pagamento à vista; que as comissões são pagas com base nesses relatórios; que na
nota fiscal consta o valor do produto parcelado; que produtos a serem entregues a nota fiscal é entregue
no momento da compra; que se houver desistência do cliente a comissão não é paga, nesse caso o valor é
estornado; que em caso de um vendedor fazer a venda e o outro efetuar a troca, quem fica com a comissão
é quem vendeu; que no caso de seguros e garantia a comissão era de 0,8% a 2%; que havia metas de
seguros e garantias, mas não sabe dizer qual é; que não sabe o valor do seguro Vida Protegida Premiada,
nem Seguro Proteção; que existe uma planilha de valores dos seguros; que o requisito para pagar o
Prêmio Estímulo tem que ser cumpridas as metas nem ter faltas injustificadas; que o Prêmio Estímulo
varia de 2% a 3% do valor de vendas". Nada mais.

Primeira testemunha do reclamante. Sra. CECÍLIA DE FÁTIMA LEITE DE


MORAES, RG 14.206.875-5/SP, CPF 034.476.378-11, nascido(a) em 01/04/1962, casada, do lar,
residente e domiciliado(a) à Rua Prof. Arnaldo João Semeraro, 1167, apto. 11A. São Paulo, SP. Advertida
e compromissada, inclusive quanto aos termos do art. 793-D da CLT.

As partes concordaram em utilizar o depoimento da testemunha no processo


1000969-87.2019.5.02.0054 (ata de audiência de 24/01/2020, id d67cd53), informando que deverão ser
desconsideradas as informações sobre o salário substituição bem como as páginas citadas, abaixo
transcrito na presente ata:

"Primeira testemunha da reclamante: CECÍLIA DE FATIMA LEITE DE MORAES,


casado(a), nascido em 01/04/1962, desempregada, residente e domiciliado(a) na Rua Prof. Arnaldo João
Semeraro, 1167, apto. 11-A, São Paulo-SP . Advertida e compromissada. Depoimento: "que trabalhou na
reclamada, de 2008 a 2019; que a depoente sempre foi vendedora; que nos últimos anos atuou no setor
de linha branca e telefonia; que a reclamante era líder do setor; que a depoente laborava das 09:00 às
19:00 horas ou das 12:00 às 23:00 horas; que a loja fechava às 22:00 horas, mas ficavam parta os
últimos atendimentos e fechar a loja; que a comissão da venda dos produtos era 1%; que a comissão das
vendas dos serviços era de 7%, sendo fixa; que a depoente não marcava sua entrada às 09:00 horas, pois

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Fls.: 97

primeiro tinha que limpar a loja e preparar cartazes; que na saída, permanecia na loja depois de bater o
cartão, atendendo algum cliente, não havendo preparação de setor, que ocorria pela manhã; que a
reclamante se ativava nos mesmo horário que a depoente; que faziam uma hora de intervalo uma ou duas
vezes por semana, fazendo trinta minutos nos demais dias, pois tinham que voltar para o setor; que o
ponto livre ocorria quando a gerência liberava o ponto em datas comemorativas, podendo passar das
07h20min diárias; que quando não havia o ponto livre, para lançar uma venda, após ter batido o ponto
de saída, ligavam para o adm para liberar o ponto; que não conhece PR-WEB; que o P-COM é um
sistema de acesso as suas vendas, visualizando as vendas também dos dias passados; que a adm também
substituía o gerente; que o Magno era outro líder; que a depoente abria chamados para corrigir
comissões, sem êxito; que o P-COM existe há bastante tempo; que exibido o documento de fls. 639 do
PDF, a depoente esclarece que não tinha acesso a nada parecido com isso; que o sistema de vendas não
trava durante o ponto livre, mas trava quando o ponto não está livre; que a adm poderia inserir
marcação no ponto da depoente; que a depoente consultava seu espelho de ponto no sistema, não sendo
possível verificar se a marcação fora feita pela depoente ou por terceiro; que a depoente nunca teve folga
compensatória, nem compensação de horas; que os dias trabalhados eram registrados, todos; que a
depoente trabalhava em domingos alternados, tendo folga em outro dia da semana quando trabalhava no
domingo; que ambas trabalharam na loja 1231, do Shopping Santa Cruz; que a reclamante substituía o
gerente, quando este comparecia em reuniões; que a reclamante cobria o gerente em dois domingos por
mês, e o Sr. Magno nos outros dois; que o gerente saía para reuniões 04 vezes por mês, em média; que a
depoente nunca substituiu o gerente, na época na qual trabalhava com a reclamante, mas o fez depois;
que o gerente trabalhava aos domingos, às vezes; que o ponto era marcado normalmente durante a época
do Ponto Livre; que nos setores nos quais a depoente trabalhou ficavam 14 vendedores; que a reclamante
chefiava esses dois setores, apenas; que no período da tarde trabalhavam 03 vendedores, sendo que todos
ficavam após às 22:00 horas, havendo clientes para todos, todos os dias; que o ponto era inserido pela
ADM em caso de ausência de marcação por qualquer problema; que a adm respondia pelo setor na
ausência da reclamante durante o intervalo".

Complemento do depoimento da testemunha, obtido neste ato: "que em caso de


troca, a comissão é paga para o vendedor que fez a troca e não quem fez a venda; que em caso de entrega
a nota fiscal é emitida no dia da entrega; que se o cliente cancelar a venda, a comissão não é recebida; que
80% das vendas é a prazo; que a maior parte das vendas é feita no carnê, que é da própria empresa; que na
venda de carnê tem juros sobre todas as parcelas; que as parcelas, na maioria, são acima de 12; que para
receber o Prêmio Estímulo tem que bater a meta e não ter faltas; que não se recorda a porcentagem do
Prêmio Estímulo; que o gerente repassava em reunião as metas de cada um; que ia acompanhando sua
meta, pois fazia seu próprio controle; que as vendas de produtos conseguia consultar no sistema; que não
tinha como consultar as vendas de serviço; que atingiam a meta, mas no meio do caminho perdiam em
razão de cancelamento de vendas ou trocas; que reclamavam, mas nada adiantava; que quando o
administrativo anotava o ponto, este não estava correto". Nada mais.

O reclamante dispensa suas outras testemunhas.

Primeira testemunha da reclamada. Sr. ROBERT DA SILVA GUIMARÃES, RG


30.714.277-2/SP, CPF 326.093.848-66, nascido(a) em 04/08/1982, solteiro, vendedor, residente e
domiciliado(a) à Rua Prof. Neusa Demétrio, 80. Taboão da Serra, SP. Advertida e compromissada,
inclusive quanto aos termos do art. 793-D da CLT. Depoimento: "que trabalha na reclamada desde
novembro de 2017, sempre como vendedor; que trabalhou junto com o reclamante na mesma loja de
janeiro de 2019 até a saída do autor; que já chegaram a trabalhar no mesmo horário e em horários

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Fls.: 98

diferentes; que quando trabalharam no mesmo horário, trabalhavam das 10h às 18h20min, com uma folga
na semana fixa e um domingo sim, outro não, de folga; que tinham uma hora de intervalo; que só
entravam mais cedo em caso de inventário, o que ocorria um dia por mês, iniciando às 7h; que acontecia
de prorrogarem a jornada todos os dias, uma média por uma hora; que o intervalo era realmente de uma
hora, não precisando voltarem mais cedo; que o ponto trava com 7h20, sendo que para continuarem
pedem autorização do gerente e este destrava; que se o ponto estiver travado não conseguem fazer vendas,
nem pelo ViaMais; que quando ficam a mais pode ser registrado no cartão de ponto, por meio do crachá;
que o autor recebia comissão; que o reclamante não foi gerente; que PRWeb é um sistema da reclamada
onde constam os dados de funcionários, podem alterar as senhas e verificarem as comissões e vendas,
tanto de produtos, quanto de serviços, bem como premiações; que tem acesso a esses sistema em qualquer
computador da loja; que se houver divergência nas comissões ou no ponto, se reportam ao administrativo
da loja; que PCom era o sistema mais antigo da loja, onde constavam vendas de produtos e serviços, e
posteriormente foi substituído pelo ViaMais; que a loja em que trabalhou junto com o autor funcionava
das 10h às 22h; que são dois turnos de vendedores, sendo o outro das 14h20 às 22h; que presenciava o
intervalo para refeição do autor; que não saíam no mesmo horário para intervalo pois trabalhavam no
mesmo setor; que o limite diário de prorrogação era de uma hora; que se não se engana o máximo que
podiam fazer de horas extras era de 1h30min; que sem bater o ponto, não conseguiam efetuar vendas, nem
pelo ViaMais; que não sabe como é possível fazer a venda quando o ponto dá defeito, mas que é possível;
que é o administrativo que marca o ponto quando está com defeito; que o horário anotado pelo
administrativo é o contratual; que no espelho de ponto consta que naquele dia houve problema de
marcação; que na folha de ponto impressa não consta essa informação, só no sistema; que conseguem
registrar o intervalo de menos de uma hora, mas não conseguem acessar o sistema antes desse tempo; que
não conseguem registrar a jornada se não for respeitado o intervalo interjornada de 11 horas; que acontece
de chegarem, organizarem todo o setor e só depois baterem o ponto; que isso acontece todos os dias e
dura de 20 a 30 minutos; que nessas oportunidades também fazem cartazes de preços; que acompanham a
venda até o final, inclusive quanto à passagem do cliente no caixa ou crediário, mesmo se estiver
registrado o horário de saída no ponto; que havia muita reclamação sobre banco de horas, sendo que este
ficava negativo sem terem compensado ou atrasado; que acontecia de atenderem clientes que retornavam
durante o intervalo, sendo que ficavam enrolando para efetuar a venda até completar uma hora e poder
lançar o sistema a venda". Nada mais.

A reclamada não tem outras testemunhas.

Declaro encerrada a instrução processual.

Designo JULGAMENTO para o dia 19/02/2021, às 18h00min, sendo que as partes serão intimadas pelo
Diário Oficial.

Razões finais orais remissivas.

Conciliação final rejeitada.

Cientes os presentes.

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Fls.: 99

Audiência encerrada às 11h56min

RENATA LIBIA MARTINELLI SILVA SOUZA


Juiz(a) do Trabalho

Ata redigida por ADRIANO LOPES GOMES JUNIOR, Secretário(a) de Audiência.

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https://pje.trt10.jus.br/pjekz/validacao/23061314383125600000035727071?instancia=1
Número do documento: 23061314383125600000035727071
Fls.: 188

ANEXO I

Confissões da Reclamada Quanto


Ao Controle de Jornada e Inexistência

De poderes de Gestão em sede de


R.O Em Caso Análogo

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 189
https://pje.trt3.jus.br/priiTieirogra u/VisualizaDocumento/Autenticado/d.

EXMO. SR. DR. JUIZ DO TRABALHO DA 42" VARA DE BELO HORIZONTE - MG.

Autos n'': 0011221-91.2015.5.03.0180

VIA VAREJO S/A, já qualificada nos autos da Reclamação Traballiista em que contende com
DILMAR ANTONIO MATOSINHOS JÚNIOR vem, respeitosamente, perante este nobre Juízo e
Secretaria, através de seus procuradores inJine, interpor RECURSO ORDINÁRIO, com fulcro no art.
500 doCPC.

De plano, a recorrente reitera o requerimento contido na peça defensória de a retificação de seu


endereço para constar: Rua João Pessoa, 83 - Centro - São Caetano do Sul - CEP: 09520-010.

De se dizer que a ora recorrente tomou ciência dos fundamentos da r. sentença em 12.02.2016,
iniciando, pois, o prazo recursal no dia 15.02.2016, findando o octídio legal em 22.02.2016, data deste
protocolo. Assim, tempestiva é a presente manifestação.

Registra a recorrente, ainda, que, em anexo, está o preparo necessário para o conhecimento da presente
manifestação.

Próprio à espécie e tempestivo, efetuado o depósito garantidor e pagas as custas processuais,


requer o recebimento do apelo em seus regulares efeitos de direito e, observadas as formalidades de estilo,
a remessa dos autos ao TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3" REGIÃO, competente para
reapreciar a matéria em debate.

Requer, pois, se digne V .Exa. a receber o presente, determinando sua remessa à Superior
Instância.

Termos em que,

Pede deferimento.

Ide33 31/05/2016 15:51

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 190
https://pje.trt3.jus.br/prinieirograu/VisuaUzaDocumento/Autenticado/d.

Belo Horizonte, 22 de fevereiro de 2016.

Adriana de Menezes Gonçalves Moreira Vinícius Lucas Batista

OAB/RJ 95.583 E OAB/MG 111.069 OAB/MG 125.614

2 de 33 31/05/2016 15:51

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 191
https://pje.trt3.jus.br/primeIrograu/VisualízaDocumento/Autenticado/d.

EXMO. SR. DESEMBARGADOR RELATOR DO EG. TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO


DA 3=^ REGIÃO - MINAS GERAIS

RECORRENTE: VIA VAREJO S/A

RECORRIDO: DILMAR ANTONIO MATOSINHOS JÚNIOR

AUTOS N": 0011221-91.2015.5.03.0180

VARA DE ORIGEM: 42" VARA DO TRABALHO DE BELO HORIZONTE - MG

Egrégio Tribunal,

3de33 31/05/2016 15:51

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Fls.: 192
https://pje.trl3 .jus.br/priiiicirograu/Visual izaDocumento/Autentícado/d.

Colenda Turma,

ínclitos Julgadores.

RAZÕES RECURSAIS

I - DA TEMPESTIVIDADE

De se dizer que a ora recorrente tomou ciência dos fundamentos da r. sentença em 12.02.2016,
iniciando, pois, o prazo recursai no dia 15.02.2016, findando o octídio legal em 22.02.2016. data deste
protocolo. Assim, tempestiva é a presente manifestação.

Tempestivo, pois, o presente recurso.

II - DO PREPARO

O depósito recursai necessário para o conhecimento do presente Recurso Ordinário, bem como as
custas processuais encontram-se quitados, consoante guias em anexo, razão pela qual esta manifestação
deverá ser conhecida, posto que atendidos todos os pressupostos de admissibilidade necessários.

Em atenção ao artigo 830, da CLT, os advogados subscritores da presente declaram, sob


responsabilidade pessoal, que as cópias anexas, quais sejam: guia GFIP e guia GRU no valor de
devidamente quitadas para o preparo recursai, confonne dispõe a legislação pertinente e que acompanham
o presente recurso interposto pela peticionante - são cópias exatas dos originais, declaradas autênticas
nesse ato.

Estando, ainda, regular a representação processual.

Embora se reconheça o brilhantismo do Juízo prolator da r. sentença, cabendo aqui lançar-se tal
ressalva, a ora Recorrente discorda de alguns aspectos, conforme passa a abordar:

m - DO MÉRITO

2, DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL

4de33 31/05/2016 15:5!

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O MM. Juiz primevo condenou o Recorrente ao pagamento de diferenças salariais decorrentes de


equiparação salarial, entendendo ser de igual valor o labor prestado entre o Recorrido e o modelo - Sr.
Wemerson de Andrade Santos.

Todavia, a r. sentença não poderá ser mantida.

O §1° do artigo 461 da CLT estabelece que:

Art. 461 - Sendo idêntico a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo
empivgador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo,
nacionalidade ou idade.

§ 1" - Trabalho de igual valor, para os fins deste Capitulo, será o que for feito com igual
produtividade e com a mesma perfeição técnica, entrepessoas cuja diferençade tempo de sei'viço
não for superior o 2 (dois) anos.

O entendimento do MM. Juiz a quo não poderá prevalecer, pena de ofensa ao artigo 5®, inciso II
da Constituição da República.

Registra-se que o Recorrido não apresentou qualquer prova capaz de afastar a prova do fato
impeditivo da equiparação salarial produzida pela ora recorrente.

Como se não bastasse, cabe ponderar que o recorrido e paradigma jamais laboraram juntos na
mesma fílial

Neste sentido é o entendimento jurispriidencial:

EMENTA: EQUIPARAÇÃO SALARIAL. SIMULTANEIDADE DE FUNÇÕES. REQUISITO


NECESSÁRIO PARA LEGITIMAR A IGUALDADE. COMPARAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE
REALIZAÇÃO DO TRABALHO. Como desdobramento do princípio da não-discriminação ou da
isonomia, tem-se a igualdade salarial prevista no art. 7°, XXX, da CF/88 e regulamentada pelo art.
461 da CLT. Sobreleva mencionar que a exigência de trabalho concomitante na mesma função,
apesar de não contemplada expressamente no mencionado dispositivo consolidado, é perquirida
pela doutrina e jurisprudência, para a comparação entre as condições de realização do trabalho
pelo empregado e pelo paradigma indicado. (TRT da S.'"* Região; Processo:
00422-2006-006-03-00-0 RO; Data de Publicação: 12/04/2010; Órgão Julgador: Terceira Turma;
Relator: Convocado Vitor Salino de M.Eca; Revisor: Irapuan Lyra; Divulgação: 09/04/2010.
DEJT. Página 31)

5 de 33 31/05/2016 15:51

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De se dizer ainda que Recorrido e paradigma não laboraram na mesma localidade quando
ocupantes do cargo equiparado.

Repita-se: considerando que o direito à equiparação salarial se dá quando presentes os


seguintes requisitos: identidade de função; trabalho prestado ao mesmo empregador e na mesma
localidade; de igual produtividade e mesma perfeição técnica, entre pessoas cuia diferença de tempo
de serviço não seia superior a dois anos: inexistência de quadro de carreira; e que o paradigma
apontado não esteia em readaptação funcional (art. 461 da CLT), não há falar em equiparação
salarial com o Sr Ronaldo de Melo Gonçalves.

Não bastasse a situação acima exposta, o que, por si só, já afasta o pedido de equiparação salarial,
temos ainda que considerar que a equiparação salarial impõe-se como justa medida da isonomia salarial
consagrada em nosso ordenamento jurídico e visa a remunerar com igual salário os empregados que
executam um conjunto de tarefas e misteres, inerentes a uma mesma função, desempenhadas em benefício
do mesmo empregador.

Na instrução processual restou, ainda, latente que o paradigma possui maior conhecimento técnico
e produtividade, eis que o Sr. Ronaldo gerenciou e gerencia filiais de porte superior àquela que o
reclamante foi gerente.

Como exposto, não há duvidas que a reclamada de desincumblu de seu ônus de prova quanto a
existência de todos os fatos impeditivos do direito do obreiro à equiparação salarial, sendo certo que além
da diferença na função superior a 02 anos, o recorrido e paradigma não laboraram na mesma localidade e,
por fim, o paradigma possuía maior produtividade e perfeição técnica.

Neste sentido é o entendimento jurisprudencial:

EMENTA: EQUIPARAÇÃO SALARIAL. REQUISITOS. A equiparação salarial impõe-se como


justa medida da isonomia, consagrada em nosso ordenamento jurídico e que visa a remunerar com
igual salário os empregados que executam um conjunto de tarefas e misteres inerentes a uma
mesma função, desempenhada em benefício do mesmo empregador, na mesma localidade. Se no
exercício das funções contratuais Reclamante e modelos realizavam, objetivamente, as mesmas
funções, é isso o que interessa de perto para o Direito do Trabalho, sendo irrelevante o fato de uma
ou de outra executar seus serviços em um setor ou outro de trabalho, na mesma localidade, se as
atividades desempenhadas não se distinguiam, objetivamente. Assim, de acordo com o art. 461 da
CLT, são quatro os requisitos da isonomia salarial: identidade funcional; identidade de
empregador; identidade de localidade de exercício das funções e simultaneidade nesse exercício,
competindo à autora a prova da igualdade da função (fato constitutivo do seu direito), e ao réu, dos
fatos modificativos, impeditivos ou extintivos do pleito equiparatório, quais sejam, diferença de

6de33 31/05/2016 15:51

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produtividade e perfeição técnica, diferença de tempo no exercício da função superior a dois anos,
labor em localidades diferentes e existência de quadro de carreira. (TRT da 3.'"' Região; Processo:
000118I-86.2012.5.03.0008 RO; Data de Publicação: 13/03/2015; Disponibilização: 12/03/2015,
DEJT/TRT3/Cad.Jud, Página 83; Órgão Julgador: Primeira Turma; Relator: Luiz Otávio Linhares
Renault; Revisor: Emerson Jose Alves Lage)

A reforma da r. sentença é medida que se impõe!

Ademais, nos termos do inciso 111 da sumula 6 do C.TST, deveria o Recorrido ter provado que as
atividades, tarefas e atribuições desempenhadas pelo paradigma eram absolutamente iguais, ônus que não
se desincumbiu.

O C.TST entende que não basta que a nomenclatura dada ao cargo ou função seja a mesma,
porque o que irá definir se as funções são efetivamente idênticas, ou perfeitamente iguais, são as tarefas
ou atribuições que cada trabalhador executa no exercício da sua função específica, (inciso 111 da súmula 6
do TST).

Basta que o paradigma execute uma única tarefa diferente para afastar a possibilidade de
deferimento da equiparação, como se extrai do seguinte precedente da SBDI-1 do C. TST

"EQUIPARAÇÃO SALARIAL. PEQUENA DIFERENÇA NO EXERCÍCIO DAS FUNÇÕES. O


princípio da isonomia, por definição exige igualdade de atribuições. O "quase" não serve para que
o juiz defira equiparação salarial. Onde começaria ou onde terminaria a exigência de serem as
mesmas as funções? Identidade é um critério que não admite a adoção, como sinônimo, da
expressão "semelhança". Embargos conhecidos e providos.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Embargos em Recurso de Revista n° TST-E-


RR-334.753/96, em que é Embargante AÇOS IPANEMA (VILLARES) S.A. e Embargada
MARLI APARECIDA VITTLALE.

Inconformada com a decisão da Egrégia 5^ Turma desta Corte, constante de Es. 124/127, interpõe
a reclamada Embargos às fls. 129/133, com base no art. 894 da CLT. Alega violado o art. 461 da
CLT e transcreve jurisprudência para confronto às Es. 133, no sentido de que a identidade de
funções apta a conferir equiparação salarial há de ser absoluta, não se admitindo diferenças,
mesmo que mínimas, entre as funções.

O recurso foi admitido pelo r. despacho de fls. 135, não tendo merecido impugnação.

Sem a remessa dos autos douta Procuradoria Geral do Trabalho, nos termos do art. 113, 11, do
Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho.

E o relatório.

VOTO

7de33 31/05/2016 15:51

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O recurso é tempestivo (certidão de fls. 128 - 15.10.99. sexta-feira, e protocolo de fls. 129 -
25.10.99 - segunda-feira), custas e depósito recursal efetuados (fls. 65/67) e o subscritor da petição
está regularmente legitimado (procuração de fls. 22/23 e substabelecimento de fls. 24/25).

0 recurso, então, pode ser conhecido quanto aos seus pressupostos extrínseco. autorizando a
incursão nos pressupostos intrínsecos.

1 - DO CONHECIMENTO:

DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL - IDENTIDADE DE FUNÇÕES. PEQUENA DIFERENÇA


NO EXERCÍCIO DAS FUNÇÕES.

A e. Turma, para negar provimento ao recurso de revista da reclamada, consignou tese assim
ementada:

"EQUIPARAÇÃO SALARIAL. IDENTIDADE DE FUNÇÃOES. A identidade de função, para


efeitos de equiparação salarial, não há que ser estritamente absoluta, admitindo-se pequenas
diferenças no exercício das funções, em razão de, no caso sub judice, trabalharem as secretárias
em setores diversos".

Alega a Reclamada, nos Embargos, violação do art. 461 da CLT e transcreve jurisprudência para
confronto às fls. 133, no sentido de que a identidade de funções apta a conferir equiparação
salarial há de ser absoluta, não se admitindo diferenças, mesmo que mínimas, entre as funções.

Os arestos colacionados, ao concluírem ser necessária a identidade de funções para o deferimento


da equiparação salarial, mostram-se divergentes da decisão turmária.

Por outro lado, vislumbra-se também o conhecimento do apelo em face da alegada violação do art.
461 consolidado.

O Regional deixou dito que:

"Ora, estando situadas em um mesmo nível, não se justifica a existência de diferença de


remuneração entre a reclamante e a paradigma, mesmo existindo pequenas diferenças no exercício
das funções em razão de trabalharem em setores diversos" (fls. 86).

Admite-se, assim, que a equiparação foi deferida, embora reconhecida uma "pequena diferença"
de atribuições.

O princípio da isonomia, por definição exige igualdade de atribuições. O "quase" não serve para
que o juiz defira a equiparação salarial. Onde começaria ou onde terminaria a exigência de serem
as mesmas as funções? Identidade é critério que não admite a adoção, como sinônimo, da
expressão "semelhança".

Em caso contrário, restaria o critério absolutamente subjetivo do magistrado no estudo dos


aspectos de concordância ou de semelhança das funções exercitadas. Se já com o critério de
identidade são tantos os percalços, o que seria feito caso se adotasse o critério vago e nebuloso de
semelhança como autorizador da aplicação do princípio da isonomia?

Conheço.

11. DO PROVIMENTO.

DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL - IDENTIDADE DE FUNÇÕES - PEQUENA DIFERENÇA

de 33 31/05/2016 15:51

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NO EXERCÍCIO DAS FUNÇÕES:


Como conseqüência lógica do conhecimento do recurso também por violação legal, dou-lhe
provimento para excluir da condenação a equiparação salarial deferida.

ISTO POSTO

ACORDAM os Ministros da Subseção 1 Especializada em Dissídios Individuais do Tribunal


Superior do Trabalho, por unanimidade, conhecer dos Embargos por violação do artigo 461 da
CLT e dar-lhes provimento para excluir da condenação a equiparação salarial deferida.

Brasília, 28 de fevereiro de 2000.

ALMIR PAZZIANOTO PINTO

Vice-Presidente, no exercício da Presidência.

José Luiz Vasconcelos. Relator".

PROCESSO E-RR 334753-1996. PUBLICAÇÃO DJ, 17/03/2000. SBDl-1. REL. MIN. JOSÉ
LUIZ VASCONCELOS. FONTE: SITE TST. INTEIRO TEOR ANEXO.

Diante do exposto, certo é que Recorrido e paradigma Jamais exerceram as mesmas funções,
simultaneamente, muito menos com a mesma produtividade e perfeição técnica, sendo certo, ainda, que
subsiste a diferença na função superior a 02 anos.

Requer a reforma da r. sentença.

Caso este não seja o entendimento desta C. Turma, o que não se admite, mas se diz por amor ao
debate e em atendimento ao princípio da eventualidade, resta pre-questionada a ofensa ao artigo 5, inciso
11 da Constituição da República.

2. DOS PRÊMIOS / DSR E REFLEXOS

A r. sentença condenou a ora recorrente ao pagamento de diferenças salariais, considerando a


integração dos prêmios pagos durante o período imprescrito.

A reforma da r. sentença é medida que se impõe.

Certo é que todos os valores quitados pela recorrente e que possuíam natureza salarial foram
considerados para o pagamento devido a título de DSR e demais REFLEXOS, conforme demonstrativos

9de33 31/05/2016 15:51

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htíps://pje.trt3.jus.br/primeÍrograu/VisualizaDocumenlo/Autenticado/d.

anexados à defesa.

Cabe evidenciar que o obreiro não se desincumbiu de seu ônus de prova, nos termos do artigo 818 da CLT e
333 doCPC.

Ainda, necessário considerar a eventualidade quanto ao pagamento de alguns prêmios, conforme


demonstrativos de pagamento, inexistindo, no termo da legislação vigente, a caracterização como parcela
salarial, o que afasta o reflexo pretendido na presente demanda.

Segundo Arnaldo Süssekind, em sua obra Instituições de Direito do Trabalho São Paulo, LTr,
1997, vol. I, p. 384), "o prêmio não deve ser conceituado como salário".

Este, inclusive, é o entendimento do TRT da 3^ Região. Senão vejamos:

"EMENTA: PRÊMIO - INTEGRAÇÃO. Os prêmios, quando oferecidos com fins de recompensa


pela eficiência na prestação dos serviços, assiduidade no comparecimento ao trabalho ou por ter o
trabalhador atingido determinada meta, aumentando sua produtividade, constituem gratificação de
incentivo e não ostentam natureza salarial. Objetivando incentivar e recompensar atributos
individuais, sua concessão depende da circunstância concreta de se aferir a ação pessoal do
empregado em relação à empresa, estipulando o empregador, via de regra, condições a que se
subordinam sua concessão. Desde que concedido com as características que configuram sua
verdadeira natureza jurídica,, o prêmio não deve ser conceituado como salário, traduzindo, antes,
verdadeira liberalidade patronal."(TRT da 3.'"' Região; Processo: 00285-2012-103-03-00-1 RO;
Data de Publicação: 04/03/2013; Órgão Julgador: Quarta Turma; Relator: Júlio Bernardo do
Carmo; Revisor: Maria Lúcia Cardoso Magalhaes; Divulgação: 01/03/2013)

Não há ainda de se falar em reflexos, eis que a mesma sorte do principal acompanha o acessório.

Por todo o exposto, a empresa ré requer a reforma da r. sentença.

3. DA JORNADA DE TRABALHO

3,1. DA FUNÇÃO DE ENCARREGADO DE TREINAMENTO DE VENDAS/CONSULTOR DE


TREINAMENTO DE VENDAS

I0de33 31/05/2016 15:51

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littps://pje.trt3.jus.br/primeirograu/VisualizaDocumento/Autenticado/d.

' A r. sentença condenou a recorrente ao pagamento de horas extras além da 8 hora diária e 44*'' hora
semanal; uma hora extra diária pelo descumprimento do intervalo para repouso e refeição, pagamento
extraordinário de domingos e feriados, bem como reflexos.

Necessária se faz a reforma da r. sentença por medida de Justiça!

A. DOS CARTÕES DE PONTO

Rechaça a recorrente os fundamentos da r. sentença quanto à invalidação dos caitões de ponto, eis que, pois,
diferentemente do que alega, a própria recorrida marcava pessoalmente em seus cartões de ponto sua jornada diária,'
que refletem sua real Jornada desenvolvida.

Primeiramente, deve ser observado que a recorrente cumpriu todas as determinações constantes no artigo 74
§ 2°., da CLT, bem como as instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho no que tange a anotação da jornada
de trabalho do recorrida.

Assim, observando o determinado pela legislação em vigor, os registros de ponto da recorrida foram
biometricamente registrados, conforme se depreende dos espelhos dos controles de freqüências ora acostados, razão
pela qual retratam fielmente a jornada de trabalho por ele realizada.

O sistema além de confiável é totalmente igualitário, tanto para o empregado quanto para a empresa.

Para que não paire dúvidas acerca da correição do sistema de controle de ponto adotado pela recorrente,
esclarece a contestante o passo a passo da validação da jornada de trabalho pelo colaborador:

Conforme se verifica nos documentos abaixo, em especial a tela de acesso a WEB, basta o funcionário
acessar o sistema através de sua matrícula e senha pessoal, e clicar na opção cartão de ponto, para visualizar as
marcações daquele mês ou de meses anteriores. Aliás, o próprio recorrida utilizou-se desta ferramenta por diversas
vezes, como faz prova o "Histórico de Utilização Aplicações Web", aplicação desenvolvida para acesso pela Web
(intranet), através do browser Mozilla destinados aos empregados, falecendo assim a tese autoral de falta de acesso;
sendo que, inclusive, lhe era dada a oportunidade de discordar da marcação realizada, porém, o recorrida
nunca apontou qualquer divergência durante todo o pacto laborai.

O procedimento acima descrito foi conferido pelo Magistrado Ex. Juiz da T Vara do Trabalho de Ribeirão
Preto - SP, Dr. Walney Quadros Costa, no Auto de Inspeção lavrado em 12.06.2014 nos autos da RT 2047.22.2013.

Veja nobre julgador que, durante a inspeção judicial, o Magistrado questionou sobre o funcionamento do
cartão de ponto e sua validade para diversos colaboradores, tendo obtido as respostas que abaixo se transcreve:

de33 31/05/2016 15:51

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https://pje.trt3 .jus.br/primeirograu/VisualizaDocumento/Autenticado/d...

"A segunda pessoa a ser abordada foi o assistente interno, Sr Leandro de Assis Vieira, que. diante do
marcador de ponto, ele marcou seu retorno do horário de almoço. Após indagado pelo Juiz se ele voltava a
trabalhar depois de dada a saída no ponto, ele asseverou que dada a saída no ponto, não volta a trabalhar
no mesmo dia"

E ainda.

"A quinta pessoa a ser abordada foi o Sr Domingos Bezerra da Silva que, por sua vez, afirmou que pode
imprimir no computador a folha de ponto (...) oJuiz determinou que a testemunha Almiro da Silva Pereira
Filho testasse a impressão de sua folha de ponto, ele inseriu a matrícula e senha, fez a opção cartão de
ponto; o cartão do mês atual apareceu na tela. Em ato contínuo, ele acessou o espelho do mês anterior
para viabilizar a inspeção; aberta a tela aparece a frase: cartões com a marcação confirmada? Deseja
reconfirmar? Opções sim ou não. (...) prosseguindo o Sr. Almiro imprimiu sua folha atual, sendo conferida
com a tela do computador pelo Juiz, o qual concluiu que a folha encontra-se emperfeita consonância. (...)"

No mais, se houve a falta de acesso aos espelhos de ponto de marcação eletrônica pela recorrida, esta se
deve exclusivamente a sua falta de interesse, no entanto, se não houve nenhuma solicitação por ela, foi porque
estavam de acordo com os horários previstos e estabelecidos na sua jornada de trabalho e corretamente marcados e
cumpridos, sem nenhuma dúvida relacionada.

Data vênia., sem qualquer nexo a alegação da recorrida, pois, se a recorrida alega que não são válidos a
jornada documentalmente comprovada, como explicar as jornadas suplementares eventuais constantes nos cartões
de ponto orajuntados? E como explicar as horas extras pagas constantes nos recibos de pagamento?

Ora, se bem examinados os aludidos documentos verifica-se que em muitos dias houve marcação além da
jornada normal, bem como foram compensadas as horas suplementares eventualmente laboradas, o que aniquila
completamente qualquer dúvida acerca da sua autenticidade, caindo por terra as alegações da exordial.

Ora C. Turma, não há o que se falar em ausência de credibilidade das marcações juntadas, uma vez que,
conforme supra esclarecido, todas as marcações foram efetuadas por meio biométrico e devidamente VALIDADAS
pelo obreiro.

Ainda, corroborando com o ora esposado, a recorrente pede vênia para transcrever trecho do Acordão,
prolatado nos autos da RT 0001195.49.2011.5.01.0206, onde a C. 5^ Turma o Egrégio Tribunal Regional da P
Região assim decidiu:

"A ré acostou aos autos os controles de freqüência do obreiro (fls.67/I52) contendo registros variáveis de
sua jornada de trabalho, os quais foram impugnados com a argumentação de que tais documentos não
refletiam a sua realjornada.

A impugnação dos controles de ponto pode conduzir à invalidação dos registrosformais, mas não tem o
condão de inverter o ônus da prova.

I2de33' • 31/05/2016 15:5!

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O Recorrente não produziu qualquer prova que pudesse amparar a execução da extensa jornada de
trabalho apontada na exordial; ônus que lhe competia, nos termos do arí.818 da CLT e do art.333 ,I, do
CPC.

A ilustre Magistrada de 1"grau em inspeção judiciai Registrada no laudo de Jls. 254/258, concluiu que
os controles defreqüência acostados aos autos pela Ré mostram-se idôneos, apesar de conterem algumas
falhas de marcação, que poderiam ser retificadas pelo empregado junto ao departamento pessoal

Assim, verificamos que os horários consignados nas folhas de freqüência do obreiro traduzem a real
jornada de trabalho por ele cumprida,; não logrando êxito o Acionante em afastar a credibilidade das
informações nelas apontadas.

Também não demonstrou o autor qualquer supressão do intervalo intrajornada ; ânus que também lhe
competia a fim defazer jus ao se pagamento, na forma do art. 71, § 4°, da CLT.

Destarte, concluímos que o r. julgado original não merece qualquer reforma no tópico relativo ao labor
extraordinário.

Nego provimento." (g.n)

Caso este não seja o entendimento desta C. Turma, o que não se admite, mas se diz por amor ao debate e em
atendimento ao princípio da eventualidade, os cartões de ponto juntados deverão ser considerados e utilizados
para apuração dos dias efetivamente trabalhados, em especial, em razão das férias, folgas e licenças
concedidas, bem como eventuais faltas não justificadas, o que não foi observado pelo Juízo primevo.

B. DO ALEGADO TRABALHO EXTRAORDINÁRIO

Não poderá prosperar a jornada fixada na r. sentença, uma vez que a jornada de trabalho do recorrido estão
indicadas nos controles de freqüência que retratam fielmente a jornada de trabalho por ele realizada.

É de se enfatizar, que o horário de trabalho do Recorrido se desenvolvia dentro da jornada normal de 44:00
horas semanais ou 220 mensais, nos termos da legislação trabalhista pátria em vigor, sendo que o horário
efetivamente cumprido era aquele efetivamente registrado nas folhas de ponto, sempre e invariavelmente com o
intervalo mínimo e regular de 01:00h para refeição e descanso.

Data máxima vênia, o posicionamento do Juízo primevo é nitidamente tendencioso, sendo certo que nem
mesmo se ateve às provas produzidas no presente feito. Inadmite-se!

É certo ainda, que quando o labor diário e/ou semanal ultrapassou a jornada legal havia a compensação do
eventual excesso com folgas em outro dia, na forma permitida pela CGT, havendo o funcionamento do Banco de
Horas.

A recorrente não nega a ocorrência de labor extraordinário, o que não se admite é o Poder Judiciário ser
conivente com o abuso das alegações contidas no exórdio.

13 de 33 31/05/2016 15:51

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Toda a jornada, bem como os dias laborados e intervalos encontram-se devidamente registrados nos
controles de ponto, que devem ser considerados, pois efetivamente refletem a real jornada cumprida pela autora,
sendo necessária a reforma da r. sentença.

Todos os dias e horários trabalhados estão estampados nos registros de ponto, havendo a respectiva'
compensação no banco de Horas, em caso de eventual labor extraordinário.

A jornada de trabalho da Recorrida perfazia as 44 horas semanais, sendo eventual excesso devidamente
registrado e compensado com folgas.

Cabe esclarecer que o obreiro exerceu a função de vendedor a efetivamente consignava sua jornada
laborada nos cartões de ponto. Assim, é certo que as atividades inerentes à função, bem como reuniões de trabalho
SEMPRE ocorreram durante o horário laborado, como a devida marcação no registro de jornada.

Ad argumentandtim tantum, como vendedor, eventualmente, laborou em jornada extraordinária, ante a


necessidade imperiosa do serviço, seja para terminar um venda ou atender algum cliente. Tal labor extraordinário
encontra-se devidamente remunerado, posto que sempre recebeu todas as comissões sobre as vendas realizadas a
jornada normal de trabalho.

Dessa forma, admitir-se o pleito de horas extraordinárias será o mesmo que se admitir o bis in idem,
instituto tão repudiado nesta Especializada, posto que, percebendo por comissão sobre vendas, o recorrida
efetivamente recebeu as horas suplementares trabalhadas, repita-se.

Portanto, não faz jus a recorrida às horas extras, pelos motivos já explorados, quais sejam, devido ao
pagamento conforme observamos nos demonstrativos de pagamento ou a devida compensação dos horários
conforme podemos observar em diversos cartões de ponto.

Assim, não há falarem pagamento de horas extraordinárias, sendo necessária a reforma da r. sentença.

Improcedente o principal descabem os reflexos pretendidos e sugeridos, sendo indevido o pleito de reflexo
sobre o reflexo, o que não possui qualquer embasamento ou respaldo legal, logo, não é devido qualquer reflexo nas
seguintes parcelas: 13® salário, férias acrescidas do terço constitucional, aviso prévio, DSR, FGTS e multa de 40%.

C. DO TRABALHO AOS DOMINGOS E FERIADOS

Descabe a condenação da r. sentença ao pagamento de domingos e feriados laborados.

Os dias de folgas estão nos cartões de ponto, sendo a compensação fato real na ré, pelo que devem ser

14de33 31/05/2016 15:51

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levados em consideração todos os dias e folgas cumpridas, bem como a compensação de horas efetivada, conforme
registros de ponto.

Descabe, ainda, a jornada fixada na r. sentença quanto aos domingos e feriados trabalhados, devendo,
repita-se, prevalecer os cartões de ponto apresentados aos autos.

Não é e.xcesso salientar, mais uma vez, que todos os dias laborados encontram-se devidamente anotados nos
registros de ponto, sendo necessária a reforma da r. sentença.

Ad canielam, no trato das folgas semanais, é de bom alvitre colocar que a lei 605/49 somente garante um
repouso semanal, preferencialmente aos domingos.

Ainda, a Lei n.° 11.603 de 05.12.2007, traz as seguintes disposições:

"Art. 1°. O art. 6°. da Lei n®. 10.101, de 19 de dezembro de 2000, passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 6®. Fica autorizado o trabalho ais domingos nas atividades do comercio em geral, observada a
legislação municipal, nos termos do art. 30, inciso 1, da Constituição.

Parágrafo único. O repouso semanal remunerado deverá coincidir, pelo menos uma vez no período máximo
de três semanas, com o domingo, respeitadas as demais normas de proteção ao trabalho e outras a serem
estipuladas em negociação coletiva" (NR)

Art. 2®. A Lei n®. 10.101 de 2000, passa a vigorar acrescida dos seguintes dispositivo:

Art. 6®-A. É permitido o trabalho em feriados nas atividades do comercio em geral, desde que autorizado
em convenção coletiva de trabalho e observada a legislação municipal, nos tennos do art. 30, inciso 1, da
Constituição. (NR)

Art. 6®.-B. as infrações ao disposto nos arts. 6°. E 6®-A desta Lei, serão punidas com a multa prevista no art.
75 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei n®. 5.452, de 1°de maio de 1943.

Parágrafo único. O processo de fiscalização, de autuação e de impostos de multas reger-se-a pelo disposto
no Titulo VII da Consolidação das Leis do Trabalho." (NR)

Art. 3®. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação."

Assim, vez que autorizado pela legislação vigente, eventual labor em domingos e feriados foi devidamente
quitado ou compensado como demonstram os cartões de ponto e demonstrativos de pagamento juntados.

É de suma importância esclarecer, que todo trabalho extraordinário eventualmente realizado pela recorrida,
foi-lhe integralmente pago na ocasião apropriada, na exata proporção das horas laboradas em sobrejornada e pelo
correto valor de sua remuneração, conforme pode-se constatar dos comprovantes de pagamento, sob o código RSR.
COM. TRAB. 100®/o, além de terem sido muitas delas devidamente compensadas em outros dias, conforme cartão
de ponto.

I5de33 31/05/2016 15:51

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Não obstante, a recorrente, ao realizar o pagamento das horas e.xtraordinárias, sempre atendeu as normas
contidas, tanto na Consolidação das Leis do Trabalho, quanto nas Convenções Coletivas de Trabalho da Categoria
vigente às épocas próprias.

Em decorrência do acima afirmado, conclui-se que todas as horas efetivamente trabalhadas pela recorrida
foram devidamente integradas ao salário da obreira para todos os efeitos de pagamentos de férias e seus acréscimos,
13® salário, aviso prévio, DSR,s e depósitos fundiários, não fazendo jus a recorrida a perceber qualquer verba a esse
título.

Cabe, por medida de Justiça, a reforma da r. sentença.

Ad caiitelam e argumentandum taníum, como a recorrida sempre foi comissionista, se alguma verba lhe for
deferida, o que não se admite, mas se diz por amor ao debate, deverá ser aplicada a Súmula 340 do C. TST, sendo
devido tão somente o adicional, o que não foi observado pelo Juízo primevo.

Destaca-se, ainda, que as eventuais horas extras incidiram nos DSR's e integraram a remuneração autoral,
como devida e escorreitamente discriminados nos recibos com o título "INTEGR. H.E. NO DSR.

D. DO INTERVALO INTRAJORNADA

Descabe, ainda, a condenação da recorrente ao pagamento de uma hora extra a título de supressão do
intervalo intrajomada.

Certo é que sempre foi concedido ao obreiro o intervalo para refeição e descanso de, no mínimo, I (uma)
hora, tendo a recorrida gozado e usufruído integralmente deste intervalo, conforme retratam os controles de
freqüências.

Certo é que o recorrido poderia fazer sua refeição nas dependências da loja, como fora dela, usufruindo,
integralmente, de 01 hora para refeição e descanso.

Na 3® cláusula de seu contrato de trabalho consta expressamente que o intervalo poderia ser de OlhOO,
0lh30 ou 02h00 para refeição e descanso, de modo que, por exemplo, se o recorrida fizesse duas horas ao invés de
uma hora de intervalo, entraria uma hora mais cedo ou sairia uma hora mais tarde para que sua jornada completasse
as 7h20 (sete horas e vinte minutos), como se infere nos controles de ponto. (Deverá constar exemplos de
marcações de intervalo. EX. 12:03 até 13:08)

Não obstante, se, hipoteticamente, em alguma ocasião, deixou a recorrida de cumprir seu descanso para
refeição em prol da recorrente, certamente "tais períodos" estão consignados nos controles de ponto, tendo a autora

16de33 31/05/2016 15:51

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recebido escorreitamente a contraprestação laborai, nos estritos termos contidos no § 4®, do artigo 71 consolidado,
acrescentado pela Lei 8.923, de 27.07.94, DOU 28.07.94.

Contudo, não podemos admitir tratamento igual para situações desiguais, pois em muitos dias consta o
usufruto superior a 01 (uma) hora. Assim, em caso de supressão intervalar, impÕe-se à condenação o pagamento
referente aos dias em que efetivamente houve supressão.

Necessária se faz a reforma da r. sentença.

E. DO INTERVALO - PEDIDO REALIZADO EM DOBRO

Entende a recorrente, que o pedido relativo ao intervalo para refeição e repouso deve ser excluído da
presente demanda, posto que é feito em dobro.

Com efeito, a autora no rol dos pedidos inicial pretende receber todas as horas extras que alega fazer jus,
concernentes àquelas excedentes da 44^ semanal, e, portanto, a suposta ausência de intervalo já está incluída em tal
pretensão.

Assim não tem sentido, nem base legal, a recorrida pleitear por horas extras de intervalo as quais já se
incluem dentro do pleito acima citado.

Há, pois, que ser alijado tal pedido, sob pena de se caracterizar verdadeiro bis In idem, o que, evidentemente
é defeso em lei.

Por outro lado, prevalecendo o regular intervalo de uma hora, se alguma hora extra for deferida, ad
argiimentandum, requer seja excluída esta uma hora de intervalo da jornada diária para a correta contagem das
horas extras, a fim de não se computar na jornada o período de intervalo intrajornada.

F. DA JORNADA LABORAL

Esclarece ainda, a recorrente, que o fechamento da folha de pagamento sempre ocorre no dia 20 de cada
mês, salientando-se ainda, que o pagamento de seus salários eram efetuados sempre no 5® dia útil do mês
subsequente ao vencido até dezembro de 2010 e que, a partir de janeiro de 2011, passou a ser efetuado no dia 30 de
cada mês, conforme atestam os recibos de pagamentos, assim, caso algum direito for reconhecido ao recorrida
nesse aspecto, a apuração das horas extras deve considerar o acima aludido.

Ainda, em caso de eventual manutenção da condenação, ad argumeritandum tantum, requer seja observada a
evolução salarial da recorrida, bem como os dias efetivamente trabalhados, conforme fichas de pagamento e

17de33' 31/05/2016 15:51

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controle de freqüência.

Oportuno informar que a recorrente, no tocante às horas extras eventualmente laboradas seguiu
rigorosamente as diretrizes estabelecidas pela Convenção Coletiva da categoria profissional do obreiro.

Caso mantida a condenação ora guerrada, o que se diz por hipótese, requer a recorrente que seja observado
o estabelecido na Convenção Coletiva da Categoria vigentes às épocas apropriadas, bem como na legislação
aplicável ao caso concreto, sendo respeitados os limites da lide.

G. DO ACORDO DE COMPENSAÇÃO E DO BANCO DE HORAS

Importante esclarecer que a recorrida celebrou com a recorrente, o acordo de compensação de horas de
trabalho, em razão do que a autora compensou efetivamente grande parte das horas laboradas em sobrejornada,
sendo absolutamente legítimas e legais tais compensações, a teor do artigo 7®, XIII da Constituição Federal pátria.

Registra-se que a prova testemunhai, repita-se, dá azo à tese patronal.

Sobre a validade e legitimidade do sistema de compensação adotado pela recorrente, invoca-se a orientação
contida Súmula 85 C. do TST.

Importante fixar que, com a alteração no art. 59°, 2° da CLT, introduzida pele Lei 9601 de 21/1/98,
publicada no DOU de 22/1/98, a possibilidade de realizar-se compensação do excesso de horas de trabalho em um
dia, com a diminuição de horas de trabalho em outro dia, não necessariamente dentro da mesma semana, o que já
era o entendimento jurisprudencial passou a ser contemplado na lei, em razão da necessária e incontinente evolução
do direito, para adaptação das regras fundamentais à realidade social.
I

Aliás, o regime de compensação de horas de trabalho, como se encontra atualmente descrito na CLT,já era
a vontade do legislador constituinte, vez que o artigo 7°, Inciso XIll da Magna carta, possibilitou a compensação de
jornada, mas não estabeleceu qualquer restrição.

O festejado mestre Arion Sayão Romita, in parecer emitido para o Repertório lOB de Jurisprudência (n^
13/98, caderno 2, pág. 269/270, conclui que:

"(...) Porforça (h disposto no 2" do art. 59 da CLT, com a nova redação advinda na Lei 9.601, o limite
temporal da distribuição das horas de trabalho foi dilatado de 7 para 120 dias. Os demais requisitos
anteriormente previstosforam mantidos: l"- não deve ser excedida a soma das jornadas de trabalho nas
semanas abrangidas: 2° - não deve ser ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias.

(...) a disposição legal em exame responde a um anseio dos empresários e dos empregados mais sensíveis
à realidade econômica atual e sua promulgação representa um avanço. Deve ser saudada com
entusiasmo."

18de33 31/05/2016 15:51

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Indevidas, pois, as diferenças de horas extras e reflexos, como pleiteadas, quer pelo pagamento e
integrações corretamente efetivados, quer peles compensações legais e legitimas efetuadas.

É de se esclarecer ainda, que todas as horas suplementares constam nos cartões de ponto, sendo que o
sistema de ponto eletrônico possui uma tela onde as horas extras efetuadas pelos seus funcionários vão diretamente
para o Banco de Horas, e inclusive a própria recorrida sempre teve acesso para verificar a quantidade de horas que
possuía no Banco de Horas através da aplicação desenvolvida para acesso pele Web (intranet).

Ademais, a partir de maio de 2012, conforme comunicado anexo, a recorrente disponibilizou a todos
funcionários, em seu portal, o extrato de Banco de Horas, onde através de sua senha pessoal, o funcionário pode
acessar o referido extrato diariamente e acompanhar as horas extras creditadas ou debitadas em seu Banco de
Horas. Sallenta-se ainda que em referido extrato, também é possivel a visualização das horas extras pagas em seu
recibo de pagamento, que não foram compensadas no período determinado na Convenção Coletiva de Trabalho.

Cumpre esclarecer, que, eventualmente, quando o funcionário labora acima de 2 horas extras no dia, as
horas excedentes à segunda são quitadas no próprio mês e não são creditadas no banco de horas, sendo seu
pagamento imediato e conforme estabelecido em Convenção Coletiva.

Porém, caso assim não seja o entendimento dessa C. Turma, o que se admite apenas para atender ao
princípio da eventualidade, requer a recorrente a observância da Súmula n° 85 do C. TST.

4. DA FUNÇÃO DE GERENTE TRAINEE DE LOJA E DE GERENTE DE LOJA

CARGO DE CONFIANÇA - ENQUADRAMENTO NO ARTIGO 62, U DA CLT

PERÍODO A PARTIR DE JUNHO DE 2013

A. DAS HORAS EXTRAS

Pretende o reclamante a condenação da reclamada ao pagamento de horas extras excedentes à 8^


hora diária e 44® hora semanal, domingos e feriados em dobro, intervalo intrajornada, intervalo
interjornada. No entanto, sem razão, pelas seguintes razões de direito e de fato.

O reclamante exerceu, a partir de junho de 2013, o cargo de gerente trainee de loja, e. a partir de
novembro de 2013, o cargo de gerente de loja, sendo a autoridade máxima no local em que trabalhava,
sem a presença de qualquer superior hierárquico. Ressalte-se que, na loja, o autor percebia a maior
remuneração, recebendo parcelas (salário, PLR, prêmios, etc) de forma diferenciada em relação aos
demais colaboradores da reclamada.

I9de33 31/05/2016 15:5:

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Registi^-se que a remuneração do obreiro, praticamente, dobrou, conforme comprovantes de


pagamento apresentados com a esta manifestação.

Importante se faz enfatizar que o obreiro, enquanto exercia cargo de Gerente de Loja, efetivamente
detinha amplos poderes de mando e gestão, na melhor forma da lei, doutrina e jurisprudência, motivo pelo
qual não faz jus ao recebimento de pagamento de qualquer hora extra que seja, nos termos do art. 62, 11,
da CLT, sendo efetivamente a maior autoridade no estabelecimento que atuava.

Os fatos acima narrados atraem para o Reclamante a incidência do disposto no art. 62, II, da CLT,
pois sem dúvida as reais atribuições do cargo configuram o exercício de função de confiança máxima.

Neste momento, deve-se ressaltar que para a configuração do exercício de cargo de confiança,
previsto no artigo 62, II, da CLT, não se faz necessário que o exercente detenha poderes ilimitados.

Não se pode confundir a fidúcia especial capaz de ensejar a aplicação do artigo 62,11, da CLT com
aquela existente somente a Presidentes de grandes empresas.

Em outras palavras, não é a existência de limites a seus poderes que afasta a aplicação do aludido
artigo consolidado. E, ao contrário, a confirmação de que o empregado, naquele estabelecimento físico, é
a maior autoridade e, por tal motivo, faz seu próprio horário de trabalho, sem qualquer forma de controle
direto.

Dessa forma, a comprovação do exercício de cargo de gestão não requer demonstrar que o
funcionário detém poderes ilimitados ou em todas as áreas da empresa. Basta a demonstração de sua
posição hierárquica na agência.

Nesse sentido, e dando conta de que o gerente de loja é detentor do cargo de confiança, a
jurisprudência dominante em nossos tribunais trabalhistas pátrios, conforme se infere das decisões abaixo
transcritas, têm assim decidido, ipsis litleris:

EMENTA: CARGO DE CONFIANÇA - HORAS EXTRAS. A prova dos autos demonstra que o
reclamante, gerente de posto de gasolina, era a autoridade máxima no local em que trabalhava,
estando inserido na e.xceção de que trata o artigo 62, II, da CLT. Dessa forma, não há que se falar
em pagamento de horas extraordinárias.

(TRT da 3.''* Região; Processo: 01546-2008-040-03-00-6 RO; Data de Publicação: 27/04/2009;


Disponibilização; 24/04/2009, DEJT, Página 128; Órgão Julgador: Quinta Turma; Relator:
Convocada Maria Cecilia Alves Pinto; Revisor: Jose Roberto Freire Pimenta)

20de33 31/05/2016 15:51

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EMENTA: CARGO DE CONFIANÇA - ARTIGO 62, INCISO II- DA CLT - HORAS EXTRAS.
Nos termos do art. 62, inciso II, da CLT, o empregado que não se subordina ao regime de duração
de trabalho previsto no diploma consolidado é aquele que detém encargo de gestão, assim
considerado o que tem direitos e obrigações diferenciados, com poder de mando e decisão.
Tipificadas as circunstâncias autorizadoras para a empregadora eximir-se do pagamento da jornada
elastecida, mormente pelo fato de o próprio trabalhador admitir tratar-se de administrador rural,
exercendo as funções inerentes à figura do gerente (art. 348 do CPC), não procede o pleito de
recebimento das horas extraordinárias.

(TRT da 3." Região; Processo: 00230-2008-151-03-00-9 RO; Data de Publicação: 31/01/2009,


DJMG , Página 26; Órgão Julgador: Oitava Turma; Relator: Convocado Paulo Mauricio R. Pires;
Revisor: Convocada Ana Maria Amorim Reboucas)

Ademais, além de exercer os mais amplos poderes de gestão, impende salientar que o reclamante
não era submetido a qualquer controle de Jornada, fato que só vem reforçar a tese de que o mesmo não faz
jus ao pleiteado pagamento de hora-extra, sendo que ela ia e saída da loja quando bem entendesse, sem
qualquer controle.

E não é só. Não apenas eram amplos os poderes outorgados. Ampla também era a autonomia da
reclamante para exercê-los. Com efeito, seu superior hierárquico não estava lotado na filial, possuindo a
autora completo poder de direção, gestão e mando.

Desse modo, cabia ao reclamante os juízos de conveniência e oportunidade com relação à forma
da condução das suas atividades.

Na qualidade de gerente da filial, a reclamante era a funcionária da reclamada de mais alto escalão
no estabelecimento, não havendo qualquer outro hierarquicamente superior capaz de fiscalizar o seu
horário de trabalho, intervalo, etc., sendo que não se encontra subordinado a nenhum Gerente Regional,
sendo que este somente vai à loja esporadicamente, não submetendo a reclamante às diretrizes do mesmo,
exercendo dentro do seu estabelecimento amplos poderes de mando e gestão, podendo admitir e dispensar
funcionários.

Ainda, a própria remuneração auferida quando no exercício da função de gerente, bem superior e
diferenciada aos demais funcionários da loja, vem reforçar a tese de que a obreira exercia plena função de
confiança, fato que não lhe confere o direito de receber qualquer pagamento a título de horas extras. Este
montante não apenas atende ao requisito do parágrafo único, do art. 62, da CLT, como também deve ser
tido como prova de que a reclamante se enquadra na exceção do inciso II, do mencionado art. 62.

Em virtude da função de elevadíssima confiança que desempenhava, a demandante não tinha


sua jornada controlada. Não sofria qualquer espécie de fiscalização ou controle por quem quer que
fosse, podendo estabelecer, como melhor lhe aprouvesse, dentro do horário de funcionamento da

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reclamada, seus horários de chegada e de saída.

Aliás, ficam expressamente impugnados os horários de trabalho indicados na Inicial, mormente as


jornadas mencionadas na inicial, não havendo necessidade de ficar na loja após o seu fechamento, como
admitido na inicial, sendo certo que a autora não sofria qualquer controle, saindo diversas vezes durante o
expediente por motivos pessoais, bem como também efetivava os intervalos intrajornada e interjornada.

Também fica expressamente impugnada a alegação de que trabalhava em todos os dias, inclusive
aos domingos e feriados, pois não representa a verdade, sendo certo que sempre gozou de folgas semanais
e compensatórias por eventual domingo ou feriado laborado, inexistindo sobre o mesmo qualquer controle
de Jornada.

Registra-se, ainda, que é ônus da reclamante a prova de suas alegações, nos termos dos artigos 818
da CLTe333 do CPC.

Aá. Argumentanduniy caso V. Exa. entenda que a reclamante não exercia cargo de confiança, não
possuindo amplos poderes de mando e gestão, tendo direito a horas extras, o que não se admite e se diz
apenas em face dos institutos da eventualidade jurídica e da preclusâo, deve-se levar em consideração que
o mesmo era COMISSIONISTA PURO, sendo-lhe devido apenas o adicional de horas extras, a teor do
que dispõe a legislação trabalhista pátria em vigor, em especial, o Enunciado 340 do Colendo TST.

"Comissionisla. Horas extras - Nova redação - Res. 121/2003, DJ 21.11.2003 - O empregado,


sit-jeito a controle de horário, remunerado à base de co-missões, tem direito ao adicional de, no
mínimo, 50% (cinqüenta por cento) pelo trabalho em horas extras, calculado sobre o valor-hora
das comissões recebidas no mês, considerando-se como divisor o nitmero de horas efetivamente
trabalhadas."Histórico: Revisão do Enunciado n" 56 - RA 105/1974, DJ 24.10.1974 Redação
original - Res. 40/1995, DJ 17.02.1995

Novamente, cabe ressaltar que fica expressamente impugnada a jornada de trabalho descrita na
inicial, bem como a alegação de que trabalhava aos domingos e feriados, sendo certo que mesmo sendo
Gerente e não possuindo jornada controlada em face do exercício do cargo de confiança, sempre gozou o
autor de folga semanal ou mesmo compensatória, sendo certo que se houve eventualmente algum
domingo e/ou feriado laborado, o que não se reconhece, os mesmos foram compensados por ele, que era
efetivamente quem geria a sua jornada como a dos demais empregados a ele subordinados.

Logo, impugnam-se os da exordial quanto às horas extras e reflexos, in totu\.

22de33 31/05/2016 15:51

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Improcedente o principal, indevidos também os acessórios, não sendo devido o pedido de horas
extras e as integrações pedidas nas parcelas rescisórias, aviso prévio, 13°. salário, férias proporcionais,
FGTS+ 40%.

Desta feitas, deve a r. sentença ser reformada neste ponto.

De toda sorte, em atendimento ao princípio da eventualidade, caso este não seja o entendimento
desde Juízo, o que se admite, necessário considerar que o obreiro confessou que percebeu as horas extras
laboradas por todo o pacto laborai, cabendo a improcedência do pedido.

Ainda, na eventualidade, requer a dedução/compensação dos valoi-es quitados sob a rubrica horas
extras, pena de enriquecimento ilícito e bis in idem, institutos repudiados por esta Especializada.

A.I. DO EFETIVO EXERCÍCIO DE CARGO DE CONFIANÇA

Primeiramente vale ressaltar que quando do labor com gerente, ao contrário do que alegou o reclamante,
manifesto o cumprimento da exigência legal, consoante fica claro pela análise dos contracheques, já que o
autor, antes remunerado por comissões, passou a receber salário fixo no exercício da gerência.

Data vênia, o autor quer fazer crer que o gerente, que é o caso do reclamante, constituía como figura
quase "decorativa na loja", com atribuições que, segundo a inicial, não configuram exercício de cargo de
gestão, ou seja, ele não é vendedor, mas também não gerencia? Por tanto qual sua atividade então? A
reclamada remunera alguém com valor superior ao de vendedor, porém o deixa sem função?

Por toda a prova documental trazida, inclusive pelo reclamnte, em especial os depoimentos dos gerentes e
e-mails diversos anexados pelo próprio autor, fica mais nítido que o reclamante era gerente, na forma
delineada no art. 62,11, da CLT.

Isso porque, o fato de o reclamante não poder se ausentar da loja sem a anuência do gerente
regional não significa nada além do que o dever que o empregado tem de prestar serviços e estar
presente no local de trabalho, ainda mais no cargo de gerente. Ou ter cargo de confiança significa
que ele poderia fazer o que quisesse na loja??

Ressalta-se novamente, não estamos falando do dono da Via Varejo, que é notoriamente uma
empresa enorme e que por certo possui determinadas regras estruturais, mas é obvio que dentro
daquela determinada loja, o gerente é a autoridade máxima.

Questiona-se, algum cliente algum dia já se deparou com algum Regional dentro da loja, ou
procurou a este querendo resolver seu problema?

23de33 31/05/2016 15:51

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O fato de lhe ser atribuída à função de abrir e fechar a loja, sendo, inclusive, necessária a sua
digital para abertura do sistema, apenas reforça a convicção de que se trata de gerente, ao passo
que todo bom gestor deve permanecer o máximo de tempo possível na loja emque gerencia, pos
questões óbvias.

Lado outro, o fato de ter que comunicar as suas ausências à gerência regional apenas decorre da sua
condição de empregado da Via Varejo e não Dono, sujeito, portanto, ao poder flscaiizatório e diretivo da
reclamada.

Ademais as provas documentais dos autos evidenciam a prática de cargo de gestão, ao passo que o gerente
regional passava todas as orientações para a sua equipe de gerentes de loja e este é quem reportava aos
seus subordinados.

Nota-se que o próprio reclamante confessa, que toda comunicação ao Regional passava por ele.

Assim, tomando-se como exemplo os e-mails juntados, deixam evidente que se um vendedor tivesse
fazendo uma venda e precisasse conceder um desconto, o gerente da loja que deveria requerer o desconto,
que era concedido mediante a autorização do gerente regional.

Portanto, frisa-se novamente, que o fato de o gerente de loja se submeter às diretrizes da empresa,
inclusive quanto à política de descontos, não signifíca que ele não era exercente de cargo de
confiança, até porque restou evidenciado nos autos que, como dito, era ele quem fazia todos os
contatos com a gerência regional.

Tanto é verdade que não se tem nos autos nenhum e-mail de vendedor solicitando desconto para a
gerência regional, atribuição exclusiva do gerente de loja.

Por óbvio que cabia a ele, no caso, reclamante, adotar todas as medidas para o cumprimento das
determinações superiores dentro da loja. Caso alguma irregularidade fosse notada por ocasião de eventual
fiscalização, por certo que o gerente poderia ser responsabilizado pelo descumprimento.

Lembra-se ainda que ao gerente cabia fazer o cronograma dos funcionários em decorrência da
alteração do horário de trabalho nos dias anunciados.

No tocante ao poder para contratação e dispensa de funcionários, tal não se mostra imprescindível para a
configuração do cargo de confiança, mas a prova dos autos acabou por revelar que o gerente, além de
fazer entrevista, também encaminha pedido de contratação e dispensa de funcionários.

Necessário salientar novamente o tamanho do porte da empresa ré e a quantidade de lojas que


possui, de modo que é natural que uma contratação ou rescisão seja chancelada por um
departamento pessoal e até mesmo jurídico, considerando que pode haver, por exemplo, garantia de
emprego a justificar a negativa de dispensa de um vendedor.

O que importa, e isso ficou claro nos autos, que o gerente interferia no processo de contratação e dispensa
de funcionários, seja através da entrevista, seja através da tomada das providências burocráticas atinentes.

Nem mesmo a inexistência de poderes para determinação de pequenos reparos pode ser vista como
excludente do exercício de cargo de confiança, uma vez que, em se tratando de empresa de grande
porte, os seus gastos são rigorosamente contabilizados e por menor que sejam devem passar pelo
crivo da empresa.

Importante é que, de fato, o reclamante, bem como os demais gerentes, atuavam como efetivos gestores
de suas lojas.

24de33 31/05/2016 15:51

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Descabida ainda a alegação que não poderiam determinar a troca de materiais defeituosos na loja, também
forçoso admitir que se um gerente regional chegasse na loja e verificasse lâmpadas queimadas por
exemplo e sem comunicação do gerente para a empresa, não seria desarrazoado admitir a hipótese de
negligência do gerente de loja, enquanto responsável por comunicar a empresa o fato e solicitar dela a
providência, a fim de que fosse submetida ao comitê de despesas.

Como se verifica o reclamante, enquanto gerente, agia como verdadeiro ahev ego do empregador,
posto que era ele quem fazia o elo entre os empregados da loja e a empresa, bem como era a quem
competia conceder os descontos previamente autorizados, de acordo com a sua conveniência,
agindo, portanto, como verdadeiro gestor, a justificar o seu enquadramento na forma do art. 62,11,
da CLT.

Urge salientar novamente, que o gerente de loja não tinha qualquer superior hierárquico dentro da loja, o
que faz presumir que nas dependências em que trabalhava não dava satisfação para ninguém e se
reportava exclusivamente à gerência regional.

O fato de o gerente receber premiação sobre o faturamento da sua loja já constitui forte indício da
existência da efetiva gerência, uma vez que era o gerente de loja, caso do reclamante, como deixou claro a
prova, que coordenava todo o trabalho na loja, segundo as diretrizes da gerência regional.

O cargo de gerente era o mais alto na loja, o que foi declarado pelas próprias testemunhas ouvidas e
inclusive outros depoimentojuntados pelo próprio reclamante, de modo a evidenciar uma vez mais a sua
condição diferenciada em relação aos vendedores, sendo que somente o gerente da loja, ficava com as
chaves do estabelecimento.

Ademais o gerente era quem enviava a escala de férias dos funcionários da loja que gerenciava para a
empresa, sendo inimaginável que não houvesse interferência sua no caso de divergência de períodos entre
vendedores da loja.

O depoimento do Sr. Diego Fidelis, prestado nos autos do processo n" 0011257-32.2014.5.03.0031,
ouvido a rogo do autor daqueles autos, cuja ata foi juntada aos autos pelo autor, apenas reafirmou a
minha convicção de que o gerente de loja, de fato, tem participação decisiva na contratação de
empregados da loja, vez que o responsável pela entrevista, cabendo a ele também solicitar a
dispensa de funcionários.

Portanto, a interferência de outro setor da empresa não desnatara a existência da fídúcia especial, uma vez
que a contratação e dispensa de funcionários envolve aspectos burocráticos dos mais diversos, inclusive
aptidão física e psíquica, situações que, por óbvio, não se pode exigir que delas tenha conhecimento um
gerente de loja, responsável por uma equipe de vendas.

Até mesmo as cobranças informadas pelo Sr. Diego, em grande parte retratada nos e-mails anexados pelo
autor, ao contrário de desnaturar a existência da confiança, apenas a reafirma, uma vez que ao ser cobrado
pelo gerente regional, o que não acontecia com os vendedores, apenas reforça a existência da fidúcia
especial e da inequívoca condição de gestor do gerente de loja, que era cobrado não só pelo que ele fazia,
mas pelo desempenho de toda a loja, como é natural no comércio, ainda mais nos segmentos altamente
competitivos em que atua a ré.

Como restou amplamente demonstrado, o exercício de cargo de confiança pelo reclamante estava este
excluído, por força do disposto no art. 62,11, da CLT, do controle de jornada, razão pela qual deve a r.
sentença ser reformada para indeferir o pedido de horas extras no período, inclusive intervalares.

B. DO TRABALHO AOS DOMINGOS E FERIADOS

25de33 31/05/2016 15:51

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O reclamante pleiteia o pagamento de domingos e feriados laborados.

Não se reconhece o labor em domingos e feriados, na forma narrado no exordio, ficando


expressamente impugnada tais alegações, cabendo à obreira a prova de suas alegações nos termos dos
artigos 818 da CLT e 333 do CPC.

Como dito alhures, a reclamante exercia cargo de confiança, logo, não há falar em pagamento de
horas extras, muito menos de forma dobrada.

Ad cautelam, no trato das folgas semanais, é de bom alvitre colocar que a lei 605/49 somente
garante um repouso semanal, preferencialmente aos domingos.

Ainda, a Lei n.° 11.603 de 05.12.2007, traz as seguintes disposições:

"Art. 1°. O art. 6°. da Lei n°. 10.101, de 19 de dezembro de 2000, passa a vigorar com a seguinte
redação:

Art. 6°. Fica autorizado o trabalho ais domingos nas atividades do comercio em geral,
observada a legislação municipal, nos termos do art. 30, inciso I, da Constituição.

Parágrafo único. O repouso semanal remunerado deverá coincidir, pelo menos uma vez no período
máximo de três semanas, com o domingo, respeitadas as demais normas de proteção ao trabalho e
outras a serem estipuladas em negociação coletiva" (NR)

Art. 2°. A Lei n°. 10.101 de 2000, passa a vigorar acrescida dos seguintes dispositivo:

Art. 6°-A. E permitido o trabalho em feriados nas atividades do comercio em geral, desde que
autorizado em convenção coletiva de trabalho e observada a legislação municipal, nos termos do
art. 30, inciso I, da Constituição. (NR)

Art. 6°.-B. as infrações ao disposto nos arts. 6°. E 6°-A desta Lei, serão punidas com a multa
prevista no art. 75 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei n°. 5.452, de
1° de maio de 1943.

Parágrafo único. O processo de fiscalização, de autuação e de impostos de multas reger-se-a pelo


disposto no Titulo VII da Consolidação das Leis do Trabalho." (NR)

Art. 3°. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação."

Assim, vez que autorizado pela legislação vigente, eventual labor em domingos e feriados foram
devidamente compensados como demonstram os demonstrativos de pagamento ora juntados.

26de33 31/05/2016 15:51

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Registra-se, por oportuno, que não há respaldo legal para o requerimento de pagamento em dobro,
o que fica, desde já, impugnado.

Ad cautelam e argiimeníandiim íaníiim, como o reclamante sempre foi comissionista, se alguma


verba lhe for deferida, o que não se admite, mas se diz por amor ao debate, deverá ser aplicada a Siimula
340 do C. TST, sendo devido tão somente o adicional.

Ainda na eventualidade, cabe ponderar que na hipótese de deferimento de hora extra excedente à
44" hora semanal, não há falar em condenação ao pagamento do labor em DSR, pena de his irt idem,
instituto tão repudiado por esta Especializada.

C. DO INTERVALO INTRAJORNADA

DO INTERVALO INTERJORNADA

Alega o reclamante que não usufruía regularmente de intervalo intrajornada para repouso e
alimentação, pedindo duas horas diárias e, sucessivamente, uma hora diária de intervalo como jornada
extraordinária.

Diz, ainda, que diante da carga horária extenuante foi desrespeitado o intervalo interjornada.
Fazendo jus ao pagamento de horas extras e reflexos.

Infundadas os dizeres da exordial, sendo certo que sempre foi concedido à obreiro o intervalo para
refeição e descanso de, no mínimo, I (uma) hora, tendo a reclamante gozado e usufruído integralmente
deste intervalo, bem como do intervalo previsto no artigo 66 da CLT, eis que, desde 2013 exerceu a
função de gerente de loja, estando inserido na exceção prevista no inciso II do artigo 62 do texto
Consolidado.

Quanto ao intervalo intrajornada, de fato, o intervalo concedido poderia ser maior, respeitado o
limite de até duas horas e sem computá-lo na jornada de trabalho na forma do artigo 71, caput e § 2° da
CLT.

Registra-se, inicialmente, ser inviável a condenação ao pagamento de 02 horas extras pela não
concessão do intervalo intrajornada, eis que carece de respaldo jurídico, sendo certo que a legislação
vigente prevê o gozo de OI hora de intervalo para refeição e descanso.

27de33 31/05/2016 15:51

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Neste sentido é o entendimento jurisprudência!:

EMENTA: INTERVALO INTRAJORNADA. CONCESSÃO DO PERÍODO MÍNIMO


PREVISTO NO ARTIGO 71 DA CLT. ATENDIMENTO ÀS NORMAS DE PROTEÇÃO DA
SAÚDE DO TRABALHADOR. Ainda que pactuado entre as partes o intervalo de duas horas para
refeição e descanso, entende-se que, para fins de pagamento de horas extras, prevalece o critério
legal previsto no artigo 71 da CLT, devendo se observar o período de descanso mínimo exigido,
qual seja, 01 (uma) hora por dia. Isso porque o artigo 71 da CLT, que dispõe acerca da
obrigatoriedade da concessão do intervalo para refeição e descanso, é norma que visa à proteção
da saúde do trabalhador, destinada a amenizar os desgastes físicos e mentais do labor continuado,
o que não ocorre se houver a sua concessão por período inferior ao mínimo estabelecido por lei,
mormente no caso dos autos, onde o contrato de trabalho de fi.l3 registra a jornada de trabalho
com intervalo variável de 1:00, 1:30 ou 2:00 horas de intervalo.

(TRT da 3.^ Região; Processo: 0001113-57.2012.5.03.0002 RO; Data de Publicação: 25/02/2013;


Disponibilização: 22/02/2013, DEJT, Página 240; Órgão Julgador: Quinta Turma; Relator:
Convocada Maria Cristina Diniz Caixeta; Revisor; Jose Murilo de Morais)

Impugna-se.

Fora isso, nem mesmo o pedido sucessivo de condenação da reclamada ao pagamento de 01 hora
extra diária deverá prosperar. Senão vejamos:

Cumpre ressaltar que, ao contrário do alegado na inicial, a reclamante sempre gozou regularmente
de todo o tempo relativo ao intervalo intrajornada a que fez jus, sendo certo que, por todo o período
imprescrito o obreiro gozou de 01 hora para refeição e descanso, o que será amplamente demonstrado na
instrução processual.

Ainda, a improcedência do pedido no que tange ao intervalo tem sido entendimento majoritário,
uma vez que os gerentes, assim como os vendedores suprimem o período destinado aos intervalos com
único objetivo de auferir lucro, haja vista o aumento da demanda nesse horário. Sendo certo que ninguém
pode fazer uso da falsa torpeza, razão pela qual resta a improcedência do pedido.

Assim tem se manifestado os nobres magistrados:

"...Por conseqüência, a despeito das assertivas da autor no que pertine ao fato de ter anotado
intervalo inferior a uma hora "quando o gerente não estava vigiando o relógio de ponto (fi. 05), é
forçoso reconhecer que os descansos foram corretamente registrados nos espelhos de ponto.
Ainda que assim não fosse, é razoável considerar, com supedâneo nas regras de experiência
comuns (artigo 335, CPC), que os vendedores, por serem remunerados à base de comissões,

28de33 31/05/2016 15:51

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Fls.: 217
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tinham interesse em retornar o mais breve possível à loja para realizar vendas,
especialmente porque é sabido que há intensificação do movimento no comércio, durante o
horário de almoço. Partindo dessa premissa, observo que os controles de ponto, demonstram
que a autor efetivamente usufruiu intervalo a 01 (uma) hora (v.g., fls. 110, 124, 127, 130,
138), o que afasta a supressão diária mencionada..." (Autos do Processo n°
01928-2008-004-18-00-4 - 18^^ Região). (Grifos Nossos).

"Pugna o autor, ainda, pelo pagamento de horas extras a título de não fruição do intervalo
intrajornada na sua integralidade, sustentando fazer jus a 02 horas extras sob tal título, em virtude
da existência de ajuste contratual firmado neste sentido. Nô entanto, segundo a própria testemunha
trazida pelo obreiro. o gozo do intervalo com duração reduzida decorria da vontade do próprio
vendedor, para tentar auferir remuneração maior advinda das comissões percebidas, não havendo
qualquer imposição da ré determinando a redução do intervalo pactuado (fls. 89/90). Assim,
tratando-se de ato voluntário e espontâneo do próprio obreiro em reduzir o período
destinado a descanso e alimentação, ainda que tal interregno se trate de norma de ordem
pública e cogente, não é razoável penalizar a reclamada, visto que não impôs qualquer
obrigação ao empregado de usufruir o intervalo cm um tempo reduzido. Portanto, não
cometendo a ré ato ilícito (artigos 186 e 927 do Código Civil), entendo que não pode ser
responsabilizada pela atitude espontânea da autor. Julgo, pois, improcedente, o pedido de
pagamento de intervalo intrajornada, bem como seus reflexos". (Autos do Processo n°
01642-2008-005-03-00-7 - 3"'' Região), (grifo nosso)

Há de ser observado que em caso de eventual condenação, o que não se espera, apenas seria
devido o período faltante, segundo o entendimento trilhado pela jurisprudência, mesmo após a edição da
Súmula 437, inciso 1 do C. TST.

Entendimento contrário fere os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, a medida que o


primeiro princípio busca garantir o tratamento de todos os cidadãos de forma quitativa, o que pressupõe
tratamento diferenciado, buscando adequar a lei ás necessidades e peculiaridades de cada um.

Ainda que se reconheça a existência de norma de ordem pública, destinada à proteção do intervalo
assegurado ao trabalhador (artigo 71 da CLT), não se pode olvidar o princípio de enriquecimento sem
causa, regra basilar do nosso Direito.

Também não se mostra aconselhável o total desconhecimento do bom senso, ou do senso comum
inerente à racionalidade humana, conjugado com o princípio de eficiência, que rege as regras de mercado,
num processo capitalista de produção.

Ora, se o empregador concede 30, 40, 50 ou 55 minutos de intervalo, e a supressão de 30, 20, 10
ou 5 minutos vai obrigá-lo igualmente ao pagamento de uma hora, com os respectivos acréscimos, que
interesse ele teria em conceder o intervalo de modo parcial?

29de33 31/05/2016 15:5:

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Fls.: 218
hUps://pje.trt3.jus.br/primeirograu/VisualizaDocumento/Autenticado/d...

Já que ele, de qualquer modo, vai a ser compelido a efetuar o pagamento da hora integral, não
seria de se esperar que ele exigisse o trabalho durante toda essa hora destinada ao intervalo, com
paralisação da atividade para uma rápida refeição? Só o retorno às cavernas permitirá a prevalência do
bom senso no âmbito da Justiça do Trabalho? A tese contrária (remuneração integral do intervalo
parcialmente suprimido) é sedutora e aparentemente concederia alguma proteção ao trabalhador. Num
exame mais atento, ela se revela desastrosa para os interesses dos trabalhadores, aos quais ela se destina.
Em resumo: a intenção é boa, os seus efeitos é que se mostram devastadores!

Ad argunteníandum, como é cediço, o eventual trabalho realizado no período destinado ao


intervalo alimentar não pode ser remunerado como hora extra, uma vez que o § 4° do art. 71 da CLT,
determina que seja pago com acréscimo de 50% sobre o valor da remuneração da hora normal, sendo uma
verdadeira indenização.

Ora, em se tratando de indenização, não há então que se falar em reflexos desse valor nas demais
verbas de direito, fato esse que não passará desapercebido pela visão experiente desse Nobre Magistrado.

Isto porque o pagamento da supressão total ou parcial do intervalo intrajornada tem natureza
jurídica diferente do adicional de horas extras: no primeiro caso, o pagamento se dá a título de
indenização, enquanto as horas extras têm natureza salarial.

Assim, se alguma verba for deferida à reclamante nesse aspecto, o artigo 71 da CLT deverá ser
considerado e aplicado no caso stib ocitlix, sendo-lhe devidos apenas os minutos suprimidos, considerando
a natureza indenizatória da verba.

No que tange ao intervalo interjornada, melhor sorte não assiste ao obreiro.

Repita-se, que a obreira exercia cargo de confiança, sendo a maior autoridade da reclamada na
filial, e, por obvio, inexiste a inobservância ao intervalo mínimo de II horas entre uma jornada de
trabalho e outra, sendo certo que o intervalo previsto no artigo 66 da CLT foi respeitado pela empresa ré,
não fazendo jus a obreira às horas extras e reflexos pleiteados no exórdio.

Neste aspecto, também cabe ao obreiro a prova de suas alegações, nos termos dos artigos 818 da
CLTe333 doCPC.

Ad cauíelam e arguweníondum tanfiim, como A reclamante sempre foi comissionista, se alguma


verba lhe for deferida, o que não se admite, mas se diz por amor ao debate, deverá ser aplicada a Súmula

30de33 31/05/2016 15:51

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340 do C. TST, sendo devido tão somente o adicional.

D. DO INTERVALO - PEDIDO REALIZADO EM DOBRO

Entende a reclamada, que o pedido relativo ao intervalo para refeição e repouso deve ser excluído
da presente demanda, posto que é feito em dobro.

Com efeito, a autora no rol dos pedidos inicial pretende receber todas as horas extras que alega
fazer jus, concernentes àquelas excedentes da 44" semanal, e, portanto, a suposta ausência de intervalo já
está incluída em tal pretensão.

Assim não tem sentido, nem base legal, a reclamante pleitear por horas extras de intervalo as quais
já se incluem dentro do pleito acima citado.

Há, pois, que ser alijado tal pedido, sob pena de se caracterizar verdadeiro bis in idem, o que,
evidentemente é defeso em lei.

Por outro lado, prevalecendo o regular intervalo de uma hora, se alguma hora extra for deferida, ad
argumentandum, requer seja excluída esta uma hora de intervalo da jornada diária para a correta contagem
das horas extras, a fim de não se computar na jornada o período de intervalo intrajornada.

5. DA PLR

A r. sentença condenou a recorrente ao pagamento da PLR proporcional aos meses laborados no


ano de 2015.

Equivoca-se o Juízo primevo, data maxima venia.

Ora, a dispensa da reclamante é fato incontroverso, inclusive mencionado no exórdio a data de


desligamento

Restou evidente que a recorrida foi dispensada antes do período de aquisição do referido
benefício, que seria o labor no ano completo. Nítido que a recorrente se desincumbiu de seu ônus de
prova, inclusive juntando o pedido de demissão da reclamante.

31/05/2016 15:51

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Eventual mantença da r. sentença ofende o princípio da legalidade (artigo 5°, inciso II da


Constituição da República), o que fica, desdejá, pre-questionado.

Registra-se, novamente, que tal parcela é quitada por mera liberalidade da empresa, assim, não
preenchidos os critérios para o recebimento, não há falar em pagamento.

Eventuais valores devidos à obreira foram devidamente quitados pela reclamada no momento
oportuno.

Em verdade, a recorrida foi quem não se desvencilhou de seu ônus de prova, nos termos dos
artigos 818 da CLT e 333 do CPC, sendo necessária a reforma da r. sentença.

V - CONCLUSÃO

Pelos fatos exaustivamente esposados, todos os itens deste Recurso Ordinário devem ser
conhecidos e providos, acarretando na desobrigação da Recorrente aos valores condenados na r. sentença,
e, ainda, a inversão do ônus de sucumbência.

Portanto, a Recorrente requer a reforma da r. decisão em todos os aspectos supra mencionados.

Termos em que.

Pede deferimento.

Belo Horizonte, 22 de fevereiro de 2016.

Adriana de Menezes Gonçalves Moreira Vinícius Lucas Batista

OAB/RJ95.583 E OAB/MG 111.069 OAB/MG 125.614

32 de 33
31/05/2016 15:51

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Fls.: 221
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Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a:


[VINÍCIUS LUCAS BATISTA] I6022215220486100000019738602

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/ConsuitaDocumento/IistVlew.seam

33 de 33 31/05/2016 15:51

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Fls.: 222

ANEXO II

Documentos Comprovando que o


Gerente não tem Autonomia para
Conceder Descontos

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Data: Quinta-feira, 10 De Novembro De 2011 21:30 Fls.: 223

Assunto: PROCEDIMENTO PARA REALIZAR VENDA COM DESCONTO

Abrangência: Todas as Lojas • "

Prezados,

Já está disponível a instrução de trabalho que detalha como REALIZAR VENDA COM
DESCONTO.

• Todo desconto concedido deve ter autorização do Gerente Regional;

• Todo desconto deve ser motivado e justificado, seja por ações comerciais de venda, produtos
de mostruário, trocas ou cancelamentos e demais ações desde que autorizadas;

• Todo desconto concedido será auditado e em caso de irregularidade informado a Diretoria


Regional.

• • _0s descontos acima-do permitido serão inseridos na Tela de Irregularidade pelo acesso
gerencial as telas S6ÀA opções 8 e 1/ 3 - Vendas com Irregularidade (ou S2DA opções 14e
3).

Para visualizar acesse: Lojas / Processos de Loja / Vendas / Realizar Venda com Desconto.

BOAS VENDAS!
Comunicação
E-mail: comunicado.lojas@pontofrio.com.br
GLOBEX UTILIDADES SA / PONTOFRIO

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Fls.: 224

De: Luiz Cláudio Cardoso de OlIveíra/Ponto Frio/BR


Para: "Lj 149" <lj0149.gerencia@pontofrio.com.br>, "Lj 159"
<lj0159.gerencia@pontofrio.com.br>, "Lj 160" <l]0160.gerencla@pontofrio.com.br>,
"Lj 288" <lj0288.gerencia@pontofrio.com.br>, "Lj 332"
<lj0332.gerencla@pontofrio.com.br>, "Lj 334" <lj0334.gerencia@pontofrio.com.br>,
"Lj 364" <lj0364.gerencia@pontofrio.com.br>, "Lj 368"
<lj0368.gerencia@pontofrio.com.br>, "Lj 370" <lj0370.gerencia@pontofrio.com.br>,
"Lj 371" <lj0371.gerencia@pontofrio.com.br>, "Lj 372"
<l]0372.gerencia@pontofrio.com.br>, "Lj 421" <lj0421 .gerencia® pontofrio.com.br>,
"Lj 422" <l]0422.gerencia@pontofrio.com.br>, "Lj 428"
<lj0428.gerencia@pontofrio.com.br>, "Lj 538" <lj0538.gerencia@pontofrio.com.br>,
"Lj 590" <lj0590.gerencia@pontofrio.com.br>, "Lj 677"
<IÍ0677.gerencia@pontofrio.com.br>, "Lj 749" <lj0749.gerencia@pontofrio.com.br>

Data: Quinta-feira, 22 De Setembro De 2011 14:36


Assunto: Zero de desconto em moveis a partir de agora

Srs gerentes,
Em função da necessidade de melhora da gestão de desconto, fica proibido a partir de agora qualquer
desconto em moveis. Ate 2a ordem.

Zero de desconto ok!

Favor me responder esse email com ok!

Abe " ' - - -

Cau

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Fls.: 225

De: Werley A. Oliveira/Ponto Frio/BR


Para: lj0927.gerencia@pontofrio.com.br, Ij0514.gerencia@pontofrio.com.br,
lj0365.gerencia@pontofrio.com.br, !]0159.gerencia@pontofrio.com.br,
!j0160.gerencia@pontofrío.com.br, Íj0288.gerencia@pontofrio.com.br,
Ii0332.gerencia@pontofrio.com.br, lj0334.gerencia@pontofrio.com.br,
Ij0364.gerencia@pontofrio.com.br, Ij0368.gerenc|a@pontofrio.com.br,
Ij0370.gerencia@pontofno.com.br, Ij0371.gerencia@pontofrio.com.br,
lj0372.gerencia@pontofrio.com.br, lj0421.gerencia@pontofr|o.com.br,
lj0422.gerencia@pontofrio.com.br, Ij0538.gerencia@pontofrio.com.br,
Ij0590.gerencia@pontofrio.com.br, Íj0677.gerencia@pontofrio.com.br
cc: Werley A. Oliveira/Ponto Frlo/BR@ Ponto Frio

Data: ' Segunda-feifá, 22 De Outubro De 2012 15:53


'Ãsôünto: -: Mütofizaçáo

Boa tarde!

Apedido dadiretoria, as senhas dedescontos estão suspensas, autorização só na regional conngo.

Werley Almeida de Oliveira


Gerente Regional Grupo 60
Corporativo: Ò31 - 9871-9183
werlev.oliveira@.Dontofrio.com.br

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Fls.: 226

De: joel.mesquita/CasasBahia
Para: f0026.gerencia/CasasBahia@CB, f0139.gerencia/CasasBahía@CB,
f0159.gerencia/CasasBahia@CB, f0215.gerencia/CasasBahla@CB,
f0238.gerencia/CasasBahia@CB, f0259.gerencia/CasasBahla@CB,
f0285.gerencia/CasasBahia@CB, f0246.gerencia/CasasBahta@CB,
f0260.gerencia/CasasBahla@CB, f0332.gerencia/CasasBahla@CB,
f0327.gerencia/CasasBahia@CB, f0349.gerencia/CasasBahia@CB,
f0344.gerencia/CasasBahia@CB, f0356.gerencia/CasasBahla@CB,
f0387.gerencia/CasasBahia@CB, f0398.gerencia/CasasBahia@CB,
f0418.gerencia/CasasBahia@CB, f0538.gerencia/CasasBahia@CB,
f0621 .gerencia/CasasBahia@CB, f0552.gerencia/CasasBahla@CB,
f0609.gerencia/CasasBahia@CB, f0615.gerencia/CasasBahía@CB
cc: f0344.grupo14/CasasBahia@CB

Data: Quinta-feira, 01 De março De 2012 13:43


Assunto: PREÇOS MÍNIMOS - URGENTE

LEIA COM ATENÇÃO AS ORIENTAÇÕES ABAIXO !l!

* PROIBIDO CARTAZEAR COM PREÇO MÍNIMO.

* PROIBIDO IMPRIMIR ESTA Cl. f ANOTE OS MODELOS E OS PREÇOS MÍNIMOS E INFORME A SUA
EQUIPE)

* A CRB36 ESTÁ COM PREÇO ERRADO NO SISTEMA (R$ 899,00) ESTÁ SENDO ALTERADO PARA R$
999,00 E VAMOS PRATICAR NO MÍNIMO R$ 899,00. SÓ CARTAZEAR ESTE PRODUTO QUANDO O
PREÇO FOR ALTERADO PARA R$ 999,00.

* SEGUIR A ORIENTAÇÃO DE CARTAZEAMENTO ( TUDO NO CARNÊ).

* COM ESTES PREÇOS É INADMISSÍVEL NAO SE VENDER TODOS OS SERVIÇOS !!! y

LINHA BRANCA
VALIDADE: A PARTIR DE 01.03.2012

Código Preço a Vista


Preço
Plano Financiado
TAXA 1
PRODUTO
Mínimo AM 1
í

799 0+18 79,90 COM JUROS NO


061.8101/8110 LAV BRASTE BWC08 8KG MIN 799,00 R$ 899,00 5,49
CARNÊ
0+18 89,90 COM JUROS NO
061.8624/8632 LAV BRAST BWL09B 9K MIN 999,00 R$ 1.099,00 999 4.43 ;
CARNÊ

899 0+18 79,90 COM JUROS NO


061.9736/9744 LAV BRASTE BWB08 8KG MIN 899,00 R$ 999,00 4,15 :
CARNÊ

1099 0+18109,90 COM JUROS


061.8020/8039 LAV BRASTE BWL11KG MIN 1099,00 R$ 1.299,00 4,86
NO CARNÊ

899 0+18 79,90 COM JUROS NO


090.6913/6921 LAVADORA CÔNSUL CWC10 MIN 899.00 R$ 999,00 4,15
CARNÊ

899 0+18 79,90 COM JUROS NO


818.5751/5760 LAV ELECTR LTC10 MIN 899 R$ 999,00 4,15
CARNÊ

090.6212/6220 REF CÔNSUL CRA30F261L MIN 699,00 | R$ 799,00 699 PADRÃO CARNÊ 5.90 1
899 0+18 79.90 COM JUROS NO
090.5640/5658 REF CÔNSUL CRD36 334L MIN 899.00 R$ 999,00 4,15
CARNÊ

899 0+18 79,90 COM JUROS NO


818.6367/6375 REF ELECTROLUX 260L DC34 MIN 899,00 R$ 999,00 4.15
CARNÊ

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 227

899 0+18 79.90 COM JUROS NO


090.5682/5690 REFR CÔNSUL CRB36 IP 300L FF MIN 899.00 R$ 999,00 4,15
CARNÉ

1499 0+18 129,90 COM JUROS


061.9540/9558 REF BRASTE 352L BRM39 MIN 1499,00 R$ 1.599,00 4,34
NO CARNÉ

REFRIGERADOR BRASTEMP BRE50NB 0+18 209,90 COM JUROS


061.9949/9957 R$ 2.499,00 2299 4,76
INVERSE 422L MIN 2299.00 NO CARNÉ

0+18 139,90 COM JUROS


090.5224/5232 REF CÔNSUL CRM45AB FF 402L MIN 1599,00 R$ 1.699,00 1599 4,51
NO CARNÉ

1199 0+18109,90 COM JUROS


818.5735/5743 REF ELECTR 260L DF34A MIN 1199.00 R$1.299,00 4,85
NO CARNÉ

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Fls.: 228

De:
Para:

f0327.gerencia, f0332.gerencia, f0344.gerencia,


f0387.gerencía, f0398.gerencía, f0418.gerencla,
f0609.gerencia, f0615.gerencia
f0615.gerencia, f0621.gerencia

Data: Sábado, 21 De Abril De 2012 10:03


Assunto: Somente hoje!!!

E' pra cabaaaaaaaaaaaa !!!!!

Vdido SOMENTE NO DIA 21/04 (SÁBADO): BWLl 1a$999. PROIBIDO CARTAZEAR NO PREÇO
mínimo e NÃO DEVE SER COMERCIALIZADa ABAIXO DO PREÇO mínimo. No sistema taa
$1299 e este devera sero preço do cartaz. LT12 nao taneste preço (o mínimo dela e $1099).
Yo soy mucho +80 !!! Y tu ???
Todos por ei atendimiento !!!
Fernando Segatto

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Fls.: 229

Dev^ fernando.segatto/CasasBahia
Para: f0026.gerencia, f0139.gerencia, f0159.gerencia, f0215.gerencia, f0238.gerencia,
f0246.gerencia, f0259.gerencia, f0260.gerencia, f0285.gerencia, f0327.gerencia,
f0332.gerencia, f0344.gerencia, f0349.gerencia, f0356.gerencia, f0387.gerencia,
f0398.gerencia, f0418.gerencia, f0538.gerencia, f0552.gerencia, f0609.gerencia,
f0615.gerencia, f0621 .gerencia, f0681.gerencia

Data: Quarta-feira, 14 De Novembro De 2012 12:11


Assunto: Preços mínimos

Proibido imprimir, cartazear.

Favor considerar este. Vai. 14/11 Sem data fim

OBS; PROIBIDO CARTAZEAR NOPREÇO MÍNIMO NÃO DEVEM SER COMERCIALIZADOS


ABAIXO DO PREÇO

061.8020/8039 LAV BRASTE BWLl IKG (MÍNIMO R$ 1099,00) A VISTA R$ 1199,00


129.6370/6388 LAV/SEC LG WD1403RD 8,5 KG (MÍNIMO R$ 1699,00) AVISTA R$ 2199,00
576.4688/4696 LAVA/SECA SAMSUNG WD8854 8,5KG (MÍNIMO R$ 1699,00) A VISTA R$ 2199,00
576.4700/4718 LAVA/SECA SAMSUNG WD9102 10,5 KG (MÍNIMO R$ 2099,00) A VISTA RS
2299,00

576.8896/8900 LAVA/SECA 8,5K SAMSUNG SCOUT WD0854W8E BC (MÍNIMO R$ 1699,00) A


VISTA RS 2499,00

818.4690/4704 LAV ELECTRLTE09 9KG (MÍNIMO RS 799,00) A VISTA RS 999,00


818.5751/5760 LAV ELECTR LTCIO (MÍNIMO RS 799,00) AVISTA RS 999,00
818.5522/5530 LAV ELECTR LTE12 12KG (MÍNIMO RS 999,00) A VISTA RS 1199,00
818.5557/5565 LAV ELECTR LTE06 6 KG (MÍNIMO RS 599,00) A VISTA RS 699,00
818.2159/2175 REF ELECTR RE 28B 240L DEG (MÍNIMO RS 599,00) A VISTA RS 699,00
818.8149/8157 REF 262L ELECTROLUX RDE33 BC (MÍNIMO RS 699,00) A VISTA RS 849,00
818.6367/6375 REF ELECTROLUX 260L DC34 (MÍNIMO RS 799,00) A VISTA RS 999,00
818.8165/8173 REF FF 261L ELECTROLUX DF35A BC (MÍNIMO RS 999,00) A VISTA RS 1299,00
818.5166/5174 REF FF ELECTR DF46 402L (MÍNIMO RS 1799,00) AVISTA RS 1999,00
818.8033/8041 REF FF 430L ELECTR DFN50 BC (MÍNIMO RS 1999,00) A VISTA RS 2399,00
818.5611/5620 REF FF 553L ELECTR DF80 (MÍNIMO RS 2599,00) A VISTA RS 2999,00
818.8076/8084 REF SBS 504L ELECTR SS72B BC (MÍNIMO RS 2999,00) A VISTA RS 4199,00
818.8092/8106 REF SBS 504L ELECTR SS72XINX (MÍNIMO RS 3699,00) A VISTA RS 4999,00
818.4771 FG 4B ELECT 52SM (MÍNIMO RS 599,00) A VISTA RS 699,00

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Fls.: 230

818.6499 FG 5B ELECTR 76STB (MÍNIMO RS 1299,00) AVISTA RS 1499,00


818.7967 FG 6B ELECTR 76SB BIV BC (MÍNIMO RS 899,00) AVISTA RS 1099,00
818.5670/5689 MlC ELECTR MEF28 18L (MÍNIMO RS 199,00) AVISTA RS 229,00
818.4801/4810 MIC ELECTR MEF41 31L (MÍNIMO RS 299,00) A VISTA RS 329,00
818.6634/6642 ADEGA ELECTROLUX 28G ACD28 PRETA (MÍNIMO RS 1099,00) A VISTA RS
1699,00

818.8130 BEBED ELECTR WDIOE BIV BC (MÍNIMO RS 199,00) AVISTA RS 299,00 090 3930 AR
C CÔNSUL CCI07A 7500 FRIO (MÍNIMO RS 599,00) AVISTA RS 699,00
090.4422 AR C CÔNSUL CCBIO FRIO 10.000 (MÍNIMO RS 899,00) AVISTA RS 999,00
414.0303 AR C SPRINGER QCA 07 7500 BTUS (MÍNIMO RS 599,00) AVISTA RS 699,00
414.0362 AR COND, SPRINGER 10000 BTUS QCAIO ME DUO (MÍNIMO RS 899,00) A VISTA RS
999,00

Yo soy mucho +80 !1! Y tu ???


Todos por el atendimiento !!!
Fernando Segatto

/i
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Fls.: 231

De; joel.mesquita/CasasBahia
Para: f0026.gerencia/CasasBahia @CB, f0139.gerencia/GasasBahia@GB,
f0159.gerencia/CasasBahia@CB, f0215.gerencia/GasasBahia@GB,
f0238.gerencia/CasasBahia @CB, f0259.gerencla/GasasBahia@GB,
f0285.gerencia/CasasBahia@GB, f0246.gerencia/GasasBahia@GB,
f0260.gerencia/CasasBahia@CB, f0332.gerencia/GasasBahia @GB,
f0327.gerencia/GasasBahia @GB, f0349.gerencia/GasasBahia @GB,
f0344.gerencia/GasasBahia @GB, f0356.gerencia/GasasBahia @CB,
f0387.gerencia/GasasBahia @GB, f0398.gerencia/GasasBahia@GB,
f0418.gerencia/GasasBahia@GB, f0538.gerencia/GasasBahia@GB,
f0621.gerencia/GasasBahia@GB, f0552.gerencia/GasasBahia@GB,
f0609.gerencia/GasasBahia@GB, f061 õ.gerencla/GasasBahia® CB

Data: Segunda-feira, 20 De Junho De 2011 11:29


Assunto: PREÇOS AUTORIZADOS - CASAS BAHIA

GL's Casas Bahia

Segue os preços mínimos autorizados para Casas Bahia. Atenção para os


preços de cartazes que sofreram alguns ajustes para maior.

Obs.: o Ponto Frio também poderá praticar o mesmo "preço mínimo" so que
terá no cartaz alguns preços menores.

Cartaz: Os preços do sistema.


Validade: 20/06 até sem data fim.

Casas Bahia I I

Item: Preço Preço Mínimo:


Cartaz:

BWC08 R$ R$ 799,00
999,00

BWB08 R$ R$ 899,00
1.099,00

BWL09 R$ R$ 999,00
1.199,00

CWLIOB R$ R$ 999,00
1.199,00
• _ _ -

BWLll R$ R$ 1.199,00
1.399,00
_ _ _ _ ^ ^

CWI06 R$ R$ 599,00
699,00

CRA30 R$ R$ 699,00
899,00
MMI

CRD36 R$ R$ 999,00
1.199,00

CRB36 R$ R$ 999,00
1.199,00

CRM45 1 R$1 R$ 1.599,00

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 232

1.799,00|
BRM39 R$ R$ 1.499,00
1.799,00
Hh Hh

BRM48 R$ R$ 1.999,00
2.299,00

LTCIO R$ R$ 999,00
1.099,00

LAV/SEC LG R$ R$ 2.399,00
8,5 2.799,00

Obrigado,

Joel Mesquita

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 233

De: joel.mesquita/CasasBahia
Para: "f0344.grupo14" <f0344.grupo14@casasbahia.com.br>, "f0026.gerencia"
<f0026.gerencia@casasbahia.com.br>, "f0139.gerencia"
<f0139.gerencia @casasbahia.com.br>, "fOI 59.gerencia"
<f0159.gerencia®casasbahia.com.br>, "f0215.gerencia"
<f0215.gerencia@casasbahia.com.br>, "f0238.gerencia"
<f0238.gerencia@casasbahia.com.br>, "f0246.gerencia"
<f0246.gerencia@casasbahia.com.br>, "f0259.gerencia"
<f0259.gerencia@casasbahia.com.br>, "f0260.gerencia"
<f0260gerencia@casasbahia.com.br>, "f0285.gerencia"
<f0285.gerencia@casasbahia.com.br>, "f0327.gerencla"
<f0327.gerencia@casasbahia.com.br>, "f0332.gerencia"
<f0332.gerencia @casasbahia.com.br>, "f0344.gerencia"
<f0344.gerencia@casasbahla.com.br>, "f0349.gerencia"
<f0349.gerencia@casasbahla.com.br>, "f0356.gerencia"
<f0356.gerencia@casasbahia.com.br>, "f0387.gerencia"
<f0387.gerencia@casasbahia.com.br>, "f0398.gerencia"
<f0398.gerencia@casasbahla.com.br>, "f0418.gerencia"
<f0418.gerencia@casasbahía.com.br>, "f0538.gerencia"
<f0538.gerencla@casasbahía.com.br>, "f0552.gerencia"
<f0552.gerencia@casasbahia.com.br>, "f0609.gerencia"
<f0609.gerencla@casasbahla.com.br>, "f0615.gerencia"
<f0615.gerencia@ casasbahia.com.br>, "f0621 .gerencia"
<f0621 .gerencia® casasbahia.com.br>

Data: Sexta-feira, 27 De Janeiro De 2012 9:24


Assunto: Comando Imediato

Pessoal,

Acabei de receber um comando da diretoria para zerarmos nosso desconto, ou seja, podemos dar no
máximo 2% de desconto na "mercadoria boa".

Não é um comando que gostaria de passar para vocês, mas DETERMINAÇÃO não se questiona!
Repetindo: desconto acima de 2% apenas com a minha autorização!
Favor confirmar o recebimento deste comunicado.

Conto com todos 1

Att,
Joel Mesquita
Ger.Reg.Time 14
Tel: (31) 3198.5932
joel.mesquita@casasbahia.com.br
"Eu Sou +80. E você ?"

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 234
r> (' r-i r-:
De: Fábio M. Rosa/Ponto Frio/BR O

Para: Ij0191.gerencia/Ponlo Frio/BR@Ponto Frio

Data: Terça-feira, 23 De Outubro De 2012 15:47


Assunto: FAVOR JUSTIFICAR

Hislórico; 4" Esta mensagem foi respondida.

Crlstiano não fui consultado sobre esta venda e ainda sem serviço.

Arquivo Editar Exibir Comunicaçõo A;5es Jarrda Ajuda

IMl ^ áÇ 5^ ® M)

Dt.'Vèhda: 23.10.2012 Comer^c.: 3663 - • Fma.Pgt: TEF DEBITij


Tp.Venda •: VV- Taxa :
Contrato ' ;
Ot. ftprov: Plano :
VI. Merc.: Vl.Ptc.: Taxa:
VI. Entr.: Total : . ' l.Vcto:
PAGflllEflTO COMFIRMflDO
Irreg. : PREÇO Vl.Desc-: 175^00 7,Desc: 12,58
Situação da.mercadoria: BOfi - Valores •
código Descrição ' _ Ot Catálogo Comerc. Venda
5Í&S23.3 TV 32"SfiMSUÍIG LED UÍI-32EH530Q F 1 1699, 9G 1390,88 1215,00

PF2-Í-IEMU . PF3-RET0RMP PFil-SERVIÇD.S . PP2-FIM


MfiO EXISTEM SERVIÇOS PRRR ESTE DOCUMEMTO

03/013
IConectado ao servidorremoto/host 10.205.0.1utfgando lu/pool V1238C15 e porta 23 1PDF995 ativadoNeOl!

Fábio Miranda Rosa


Tel:+55 3I 96014284
Gerente Regional
Globex Utilidades S/A

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 235

De: joel.mesquita/CasasBahia
Para: f0621 .gerencia/CasasBahia@CB

Data: Quinta-feira, 27 De Outubro De 2011 17:19


Assunto: Res: pedido de preço

Não

Att,
Joel Mesquita
Ger.Reg.Gr.14
Tel: (31) 3198.5932
VoiP; 4+1+344
joel.mesquita@casasbahia.com.br

De: f0621.gerencia
Enviada em: 27/10/2011 17:08 ZW3
Para: joel.mesquita
Cc: f0621 .gerencia
Assunto: pedido de preço

boa tarde chefe estou com um cliente que achou no pf alav 15 kge a1299,00 em 10 xpara acompanhar
preciso de 12% a nossa e
1399,00.

Montes Clai-os, 27 de outubro de 2011.

Atenciosamente.

CLAUDIONOR CANGUSSU
Gestor fl 1621
Corp.(38) 9951.5417

27-10-2011 17:1

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 236

De: joel.mesquita/CasasBahia
Para: f0621.gerencia/CasasBahia@CB Gü/9

Data: Segunda-feira, 24 De Outubro De 2011 11:17


Assunto: Res: pedido de preço

Ok

Att,
Joel Mesquita
Ger.Reg.Gr.I4
Tel: (31) 3198.5932
VoiP: 4+1+344
joeI.mesquita@casasbahia.com.br

De: f0621.gerencia
Enviada em: 24/10/2011 11:07 ZW3
Para: joel.mesquita
Cc: f0621.gerencia
Assunto: pedido de preço

bom dia chefe estou com um cliente que achou no ricado o fg5 bocas eletrolux cod 8186499 a 1450,00 o
nosso e 1599,00 dar um
desc de 9% e avista.

Montes Claros, 02 de agosto de 2011.

Atenciosamente,

ÇLAUDIONOR CANGUSSU
'Gestor fl 1621
Corp.(38) 9951.5417

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 237

De: joel.mesquita/CasasBahia
Para: f0621 .gerencia/CasasBahia@CB

Data: Quarta-feira, 01 De Junho De 2011 12:40


Assunto: Res: PEDIDO DE PREÇO

Histórico: 4. Esta mensagem foi respondida.

Ok

Att,
Joel Mesquita
Ger.Reg.Gr.l4
Tel: (31) 3198.5932
VoíP: 4+1+344
joel.mesquita@casasbahia.coni.br

De: f0621.gerencia
Enviada em: 01/06/2011 12:04 ZW3
Para: joel.mesquita
Cc: fD621.gerencia
Assunto: PEDIDO DE PREÇO

BOM DIA CHEFE

MUITO OBRIGADO

CLAUDIONOR

GESTOR FL-062I

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 238

De: joel.mesquita/CasasBahia
Para: f0621.gerencia/CasasBahia@CB

Data: Sexta-feira, 03 De Junho De 2011 12:09


Assunto: Res: pedido de preço

Ok. 22ck2b

Att,
Joel Mesquita
Ger.Reg.Gr. 14
Tel: (31) 3198.5932 '
VoiP: 4+1+344
joel.mesquíta@casasbahia.com.br

De: fD621.gerencia
Enviada em: 03/06/2011 11 ;49 ZW3
Para: joel.mesquita
Cc: f0621.gerencia
Assunto: pedido de preço

BOM DIA CHEFE ESTOU COM O CLIENTE QUE ACHOU NO PF A TV 42 LED MODELO
42LD4300 A 1999,00 A NOSSA E 2199,00
DESCONTO 9% DEBITO . SAO DUAS TV

CLAUDIONOR

GESTOR FL-0621

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 239

De: joel.mesquita/CasasBahia ^
Para: f0621.gerencla/CasasBahia@CB ^ ^^

Data: Quarta-feira, 16 De Novembro De 2011 11:58


Assunto: Res: Res: pedido de preço

Acho que não procede! Não tive nenhum pedido deste preço.
Não dapra fazer, não! Mínimo $2299. ••

Att,
Joel Mesquita
Ger.Reg.Gr.l4
Tel; (31)3198.5932
VoiP: 4+1+344
joel.mesquita@casasbahia.com.br

De: Í0621.gerencia
Enviada em: 16/11/2011 11:45 ZW3
Para: joel.mesquita
Assunto: Res:Res: pedido de preço

no magazine luiza

Montes Claros, 09 de NOVEMBRO de 2011.

Atenciosamente,

CLAUDIONOR CANGUSSU
^ Gestor íl 1621
Corp.(38) 9951.5417

i.ont 1

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 240

. CG77
De: joel.mesquita/CasasBahia
Para: f0621 .gerencia/CasasBahia@CB

Data: Quinta-feira, 17 De Novembro De 2011 10:17


Assunto: Res: pedido de preço

Me liga!

Att,
Joel Mesquita
Ger.Reg.Gr.l4
Tel: (31)3198.5932
VoiP: 4+1+344
joel.mesquita@casasbahia.com.br

De: f0621.gerencia
Enviada em: 17/11/2011-10:06 ZW3
Para: joel.mesquita
Cc: fD621.gerencia
Assunto: pedido de preço

bom dia chefe estou com um cliente que achou no pfosprodutos abaixo,
cod8185590 fg 6b eletrol 949,00 o nosso 1099 13%
cod 0619540 rfbnn39 1499,00 onosso 1899,00 desc21% este preço também na mag luiza

Montes Claros, 17de NOVEMBRO de 2011.

Atenciosamente,

' CLAUDIONOR CANGUSSU


Gestor fl 1621
Corp.(38) 9951.5417

i7-n-')nn in-io

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 241

De: Luiz C. Costa/Ponto Frio/BR


Para: Ij0484.gerencla/Ponto Frio/BR@Ponto Frio

Data: Segunda-feira, 21 De Janeiro De 2013 13:42


Assunto: Res: senhaA/ENDA

Histórico: Esta mensagem foi encaminhada.

Ok. Ligue Igor. Mas controle.

Mensagem original
De: lj0484.gerencia
Enviada em: 21/01/2013 11:41 ZW3 '
Para: Luiz Costa
Assunto: senha/VENDA

Preciso de5% em uma venda de699,00 e em outra de 2399,00 ta autorizada no sistema 2099,00 preciso
1999,00 preço de sabdo na cesta, pode?
Atenciosamente,
Eliete Souza Carlos e Silva
Via Varejo
Gerente Lj484
(31) 9752-9251

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 242

De: Luiz C. Costa/Ponto Frio/BR


Para: Ij0484.gerencia/Ponto Frio/BR@ Ponto Frio

Data: Sexta-feira, 18 De Janeiro De 2013 18i20


Assunto: Res: senha/venda

HFBHP8

Mensagem original
De: lj0484.gerencia
Enviada em: 18/01/2013 16:20 ZW3
Para: Luiz Costa
Assunto: senha/venda

Preciso de tirar 9,00 em uma venda de .379,00,2%, limite.


Atenciosamente,
EHete Souza Carlos e Silva
Via Varejo
Gerente Lj484 -
(31)9752-9251

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 243

De: . Luiz C. Costa/Ponto Frio/BR


Para: Ij0484.gerencia/Ponto Frio/BR @Ponto Frio

Data: Sexta-feira, 18 De Janeiro De 2013 18:16


Assunto: Res: senha/venda

HEB7P4.

Mensagem original
De: lj0484.gerencia
Enviada em: 18/01/2013 16:09 ZW3
Para: Luiz Costa
Assunto: senha/venda

Preciso deuma senha para ganhar uma venda de579,00 daamericanas. 5% ?


Atenciosamente,
Eliete Souza Carlos e Silva
Via Varejo
Gerente Lj484
(31) 9752-9251

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 244

De: Luiz C. Costa/Ponto Frio/BR


Para: Ij0484.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio

Data: Sábado, 19 De Janeiro De 2013 12:18


Assunto: Res: senha/venda

Histórico: Esta mensagem foi encaminhada.

Ligue Igor. Mantendo desc baixo pode ter.

Mensagem original
De: lj0484.gerencia
Enviada em: 19/01/2013 10:17 ZW3
Para: Luiz Costa
Assunto: senha/venda

Preciso tirar 11,00 em uma venda de400,00, pode medar uma senha????
Atenciosamente,
Eliete Souza Carlos e Silva
Via Varejo
Gerente Lj484
(31)9752-9251

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 245
Bom dia a todos !

Continuo em treinamento durante todo o dia, temos uma meta de desconto a ser entregue, gostaria da p •- •; o
compreensão de todos para atuarem conforme o comando mesmo as filiais que estão dentro desuas ^O
metas individuais solicito este apoio, devido exclusivamente este mês todos estejam projetando bater suas
metas de venda.

Missão: Realizar os sonhos de clientes e colaboradores !!!

Gerente Regional 14
Casas Bahia
Fernando Segatto

De: fD159.operacional
Enviada em: 24/10/2013 10:54 ZW3
Para: f0026.gerencia; f0139.gerencia; f0159.gerencia; fD215.gerencia; f0238.gerencia; f0246.gerencia;
f0259.gerencia; f0260.gerencia; f0285.gerencia; f0327.gerencia; f0332.gerencia; f0344.gerencía;
f0349.gerencia; f0356.gerencia; f0398.gerencia; f0418.gerencia; f0552.gerencia; f0552.gerencia;
f0609.gerencia; f0681.gerencia; fl694.gerencia; fl682.gerencia; f0026.operacional; f0139.operacional;
f0159.operacional; fD215.operacional; f0238.operacional; f0246.operacional; f0259.operacional;
f0260.operacional; f0285.operacional; f0327.operacional; f0332.operacional; f0344.operacional;
f0349.operacional; fD356.operacional; íD398.operacional; f0418.operacional; f0552.operacional;
10681.operacional; fl694.operacional; femando.segatto
Ce: femando.segatto
Assunto: SENHAS DE DESCONTO

Prezados,

Bom dia.

As senhas de desconto estão np e-mail do gerente, foram autorizadas pelo Femando que nos lê em cópia
àpenas^lO senhas pára'b dia de hoje. ' " • . -

Desde já agradeço,

JONATHAN JUNIO - GRUPO 14


VOiP - 1344-5930 / 9881-3530
) VIA VAREJO S/A

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 246

1 BIF Resumo : 4084 Senhas para


Expira em: 19/11/2015
DIRETORIA REGIONAL DE LOJAS: 06
Autorização de Venda
HFTAIB Data: / / Filial: Produto: Preço:
Cond. Pgto: Concorrente;
HJP955 Data: / / Filial: Produto: Preço:
Cond. PgtO: Concorrente:
HW4D53 Data: / / Filial: Produto: Preço:
Cond. Pgto: Concorrente:
HYKH2P Data: / / Filial: Produto: Preço:
Cond. Pgto: Concorrente:
H4HQKB Data: / / Filial: Produto: Preço:
Cond. Pgto: Concorrente:
H7H4KE Data: / / Filial: Produto: Preço:
Cond. Pgto: Concorrente:
H8A5BF Data: / / Filial: Produto: . Preço:
Cond. PgtO: Concorrente:

b-TiBirícd Senhas para


DIRETORIA REGIONAL DE LOJAS: 05
Autorização de Venda
H8I8K1 Data: / / Filial: Produto: Preço:
Cond. Pgto: Concorrente:
H85TBA Data: / / Filial: Produto: Preço:
Cond. PgtO: Concorrente:
H9K9C6 Data: / / Filial: Produto: Preço:
Cond. Pgto: Concorrente:
IPFL7F Data: / / Filial: Produto: Preço:
Cond. Pgto: Concorrente:
I7A7Y9 Data: / / Filial: Produto: Preço:
Cond. Pgto: Concorrente:
I8A513 Data: / / Filial: Produto: Preço:
Cond. Pgto: Concorrente:
I88FH1 Data: / / Filial: Produto: • Preço:
Cond. PgtO: Concorrente:
1cASfts - m „ 1 Resume : 4084 Senhas para
Expira em: 19/11/2015
DIRETORIA REGIONAL DE LOJAS: 06
Autorização de Venda
JBK4 94 Data: / / Filial: Produto: Preço:
Cond. Pgto: Concorrente:
JEDP3H Data: / / Filial: Produto: Preço:
Cond. Pgto: Concorrente:
KBHH9T Data; / / Filial: Produto: Preço:
Cond. Pgto: Concorrente:
KP1F7P Data: / / Filial: Produto: Preço:
Cond. Pgto: Concorrente:
KTLK6H Data: / / Filial: Produto: Preço:
Cond. PgtO: Concorrente:
K12FBP Data: / / Filial: Produto: Preçd:
Cond. Pgto: Concorrente:
K5LKKD Data: / / Filial: Produto: Preço:
Cond. Pgto: Concorrente:

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 247

Resumo : 254 0 Senhas para


Expira em:28/10/2012 Autorização de Venda
flRREMCTA REGIONAL DE LOJÁS: 060
Produto: Preço:

Filial

Fi 1 T ft1 Preço: Í£P0 C>


uto: Preço
produLu: — Preço:

Erodafeo^

rodutc: Preço:

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lEiliaJ PsodutQjj: Preço:

üial -~L.£godutj:\j Preço;


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Prodi>feo Preço:
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Preço:

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.: / Fllialr:- Produto; Preço:

Resumo :2540 Senhas pára


Expira em:28/10/2012 Autorização de Venda
fiRRRNrTA REGIONAL DE LOJAS: 060
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Preço: Mp
^reço2:^2^-^
Produto: Preço:

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Preço: I
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PrÒ3iItT5I~N Preço:
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Pilial; Produto: Prèçol

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'Pirodute-. f Pxeçoi

áJlB4^ Filial: Produto: ^/aí/(A^ preço:


Resumo : 2540 Senhas para ^
Expira em:28/10/2012 Autorização de Venda
GEPENriA REGIONAL DE LOJAS: 060
FTH5$h Preço

Filiali

Filial:

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FruduISíyt Pieço:—
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Preço; , ^<1 vr
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Filial: Produío Preço;


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Preço:
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FiliaJ Rrodnto Preço:
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Filial: —FiOdULU /lA UitQ. Preço: ^c?,'DC\

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Fls.: 248

Resumo : 2793 Senhas para


Expira em:08/12/2012 Autorização de Venda
GERENCIA REGIONAL DE LOJAS: 060
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Preço:^^^ ^jp/J
,;AaíiW8^ 35afca Filial: Produto: Preço: /;U o-y
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Produto: Preço:
Data: Filial:
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Prodtttol Preço:
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FiTüa^ Produfeoí Preço: ío^A
r>fiTTgff2 Produto:
Produto. Preço:
Filial: ri V-Oõ J
Resumo : 2793 Senhas para
Expira em: 08/12/2012 Autorização de Venda
GERENCIA REGIONAL DE LOJAS: 060
Produto:
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Eiliaj^ odutQ i^/Al/lf4 Preço


78^SBB ©abar: Produto: Preço= >)
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Filial: Pí^{A/\ Preço: ,o:

Filial: Produto: Preço: ^<0 Qt/


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Preço:
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Filial: Produto: Preço:
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Resumo : 2793 ^nhas para


Expira em:08/12/2012 Autorização de Venda
GERÊNGTA REGIONAL DE LOJAS: 060
Preço:
Filial:
Preço:
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Preço:
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Preço:
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Fls.: 249

Resumo :3004 Senhas para


Expira em:30/06/2011 Autorização de Venda
GERENCIA REGIONAL DE LOJAS: 014 Ov/U
AHFJII Data:/^/<Cé/'3//Filial:/^^/ Produto: 'JlPreço:
BJE275 Data:/f/^<^/^ Filial;//7/ Produto: fUvpJ Preço:
B1E1Q9 Data:/J7^/^/Filial:/;^?-/ Próduto: V 7/ 7/ Preço: V>í^|^ :)
DBT976 Data:/r/C>;6/^^Filial:|^?/ Produto: U Preço:
DP1R2T Bat^JS/âS/^ífFilia.l-.íéU Produto: ^Y'
D3F239 Data:f\ li^éf^ i^Filial 4^Í4~,Produto: I Preço:
E6H6A4 Data.-/T/^^/^//Filial:Produto; •/^^^'f^^reço: V/
F.4ã^ÍG Data: /' / Filial: Produto: Preço:

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LPfnSH Data; / / Filial: Produto I Preço:

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Resumo :3004 Senhas para


Expira em:30/06/2011 Autorização de Venda
GERENCIA REGIONAL DE LOJAS: 014
PilHClX Data: j^/^^/^ Filial Produto;^ 2~Sb'V Preço: /V^fO
P^^IT Data:f^/C^4^^^Filial:/f^Z' Produto: K" O Preço: ^
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FBE^16 Data; J / Filial:. Produto: Preço:


5Z5FF2 Data/ Produto: Preço: w::>^
Resumo : 3004 Senhas para
Expira em:30/06/2011 Autorização de Venda
GERENCIA REGIONAL DE LOJAS; 014
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Produto: Preço:
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Filial: Produto: Preço;
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Produto: Preço;
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Produto: Preço;
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Produto: Preço:
9AAF8K Data: / Filial;
Produto: Preço:
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Data: / Filial:

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Fls.: 250

iTiiÁr"" ~"""i Resumo ; 3576 Senhas para


H a» T *
Expira em: 25/09/2011 Autorização de Venda r '-'O
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fiRRENCTA REGIONAL DE LOJAS. 014
Preço:
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Resumo :3576 Senhas para
Expira em: 25/09/2011 Autorização de Venda
GERENCIA REGIONAL DE LOJAS 014
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rjjiíS4 Data: / / Filial Produto: Preço:

IM-M Data: / / Filial Produto: Preço:

Data; / / Filial Produto: Preço;

1«£5N1 Data: / / Filial Produto: Preço:

Data: / / Filial Produto: Preço:


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Resvuno : 3576
Expira em:25/09/2011 Autorização de Venda
2T^4 Data: / Filial: Produto:' Preço:

Data: / Filial: Produto: Preço:

4íffV48 Data; / Filiai: Produto: , Preço:

Data: / Filial: Produto: Preço:


4Fm94

Data: / Filial: Produto: Preço:

54^9H Data: / Filial': Produto: Preço:

Data: / Filial: Produto: Preço:

Data: / Filial: Produto: Preço:

Data: / Filial: Produto: Preço:

Data: / Filial: Produto; Preço:

9S3CSSÍ Data: / Filial: Produto: Preço:

Data: / Filial: Produto: Preço:


81A8U8

Data: / Filial: Produto: Preço:

Produto: Preço:
9?tf5&7 Data: / Filial:

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 251

ICSSAS _ ^ Resumo : 3878 Senhas para


Expira em 06/11/2011 Autorização de Venda
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Preço:
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Preço:
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/ Filial:. Produto:
Preço:
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Preço:
Data: / Filial: Produto:
Preço:
F5:^AG Data: / Filial: Produto:
Preço:
/ Filial: Produto:
G9flA6tr Data:
Produto: Preço:
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preço:
Data: / Filial: Produto:

Resiimo : 3878
Expira em:06/11/2011 Autorização de Venda
flBRENCTA REGIONAL DE LOJAS: 014
Preço:
Data: Filial Produto:

Produto: Preço:
Data: Filial:
Produto!
Preço:
Data: Filial:
Preço:
Pata; Filial: Produto:
Preço:
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Preço:
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Preço:
Data: Filial:
Produto:
Preço:
WtVWWV Data: Filial:
Resumo :3878 Senh^ para
Expira em:06/11/2011 Autorização de Venda
GERENCIA- REGIONAL DE LOJAS; 014 Preço:
Data: Filial: Produto:
Preço;
Data: Filial; Produto:
Preço:
Data: Filial: Produto:
Preço:
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Preço:
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Preço:
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Preço:
Filial: Produto:
Data;
Preço:
Data: Filial: Produto:
Preço:
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Preço:
Data: Filial: Produto:
Preço:
Data: Filial: Produto:
Preço:
Filial: Produto:
Data:

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 252

laUMUhBHI
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GEREN CIA
Expira em: 03/05/20U
Senhas
Autorização
para
de Venda I ' •'
REGIONAT. DE LOJAS: 014
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Data / / Filial: Produto: Preço:
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2^87 Data / / Filial: Produto: Preço:
2K!eí6cK Data / / Filial: Produto: Preço:
2p^28 Data / / Filial: • Produto: Preço:
3PS^32 Data / / Filial: Produto: Preço:
3g3?^X Data / / Filial: Produto: Preço:
3>íi^3 Data / / Filial: Produto: Preço:
4^69 Data / / Filial: Produto; Preço:
4L6LEB Data / / Filial: Produto: Preço:

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Expira em: 03/05/2011
Senhas para
GERENCIA REGIONAL DE LOJAS: 014
Autorização de Venda
4U&MP Data: / / Filial: Produto: Preço:
Data: / / Filial: Produto: Preço:
42:S7Di Data: / / Filial: Produto: Preço:
Data: / / Filial: Produto: Preço;
5Jíê»68 Data: / / Filial: Produto: Preço:
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Data: / / Filial: Produto : Preço:
Data: / / Filial: Produto ;
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Preço:
6«sfÁp Data: / / Filial: Produto •
Preço:
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Data: / / Filial: • Preço:
63^6K Data: / / Filial: Produto ♦ Preço:
Data: / / Filial: Produto: Preço;
7I^âP Data: / / Filial: Produto : Preço:

Senhas para
Expira em: 03/05/2011
GERENCIA REGIONAL DE LOJAS: 014
Autorização de Venda
7l5Ç37 Data: / / Filial: Produto Preço:
7S3^3B Data: / / Filial: Produto Preço:
74>Sf'5 Data: / / Filial; Produto Preço:
75^B Data: / / Filial; Produto Preço:
sÍisUpd Data: / / Filial: Produto Preço:
833IÍ5B Data: / / Filial: Produto Preço:
sífefl^ra Data: / / Filial: Produto Preço:
Data: / / Filial: Produto Preço:
9^^J Data: / / Filial: Produto Preço:
1)ata: / / Filial: Produto Preço:
9"Í^AH7 ]Data: / / Filial: Produto Preço:
9^8^19 ]Data: / / Filial: Produto Preço:
0^8*19D ]Data: / / Filial: Produto Preço:
{M^9'6L IData: / / Filial; Produto Preço:

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 253

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 254

De: fernando.segatto/CasasBahia
Para: "f0344.grupo14" <f0344.grupo14@casasbahia.com.br>, "Adm Danubia
f0344.adminlstraca" <f0344.administracao@casasbahia.com.br>, f0026.gerencia,
f0139.gerencla, f0159.gerencla, f0215.gerencia, f0238.gerencia, f0246.gerencia,
f0259.aerencia. f0260.aerencla. f0285.aerencia, f0327.aerencia, f0332.gerencia,
f0344.gerencia, f0349.gerencia, f0356.gerencla,
f0418.gerencia, f0538.gerencia, f0552.gerencia,
f0621 .gerencia, f0681 .gerencia

Data: Segunda-feira, 10 De Dezembro De 2012 21:55


Assunto: Admissão de Vendedores

Informe que esta terminantemente proibida qualquer admissão de vendedor sem que passe por entrevista
com Regional.

Yo soy mucho +80 !!! Y tu ???


Todos por el atendimiento !!!
Femando Segatto

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 255
Pessoal,

Nenhuma das filiais estão informando as datas de admissão de vendedores para o Jonathan, enem
informando o término da experiência. Sendo que isso foi determinação do Gerente Regional. Ele está
tendo o retrabalho de ter que liear-filiaLnor filial.

)de aprovar na experiência sem o Ok da Regional.


Preciso da ajuda de vocês...

Desde Já Agradeço!

DANUBU FIDELIS - Grupo. 14


Sc (31)3198-5930-9881-3530
Utilize o VOIP - 1344 5930
NOVA Casas Bahia S / A

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 256

cc: fernando.segatto/CasasBahla@CB, f0344.grupo14/CasasBahla@CB

Data: Quarta-feira, 09 De Janeiro De 2013 9:29


Assunto: Procedimento para Contratação de Vendedores

Prezados,
Apartir de Jan/2013 o processo para admissão de vendedores mudou, apartir de agora deverão seguir os
seguintes passos:

• Selecionar ocandidato, e o gerente entrevista-lo (Não faremos entrevistas com candidatos que
não tiverem passado pelo gerente da filial).
• Toda Segunda haverá entrevistas na Regional, enviar os nomes para aJéssica até na Quinta de
toda semana, para agendamento.
• Não poderá enviar candidatos a mais do que a filial necessita (Ex: tenho duas vagas, eenviar 4
candidatos para aRegional escolher omelhor, isso não pode acontecer. Se tem duas vagas, envia
apenas dois candidatos, se caso não aprovado na próxima semana envia novamente.)
• Após aentrevista na Regional, estaremos entranto em contato com afilial passando oparecer, e
nós ligaremos para o candidato informando se foi aptou ou não .
• Se aprovado enviarpara a clinica para o exame admissional.
• Solicitar a documentação
• Iniciar a P4.
• IMPORTANTÍSSIMO: Quando sair a data de admissão, imediatemente comunicar ao
Jonathan, pois estaremos acompanhando os 3 meses de experiência ,esomente será
aprovado com autorização da Regional.
Obs. Ir c\ticmanicnte PROIBIDO recoilicr qualquer documentação do candidato eenviar para aclinica
sem antc.s a cn(i"cyisía na Regional, cstaiiKxs com casos onde o candidato já vem fazer a entrevista e o
documento já cslá na filial. Isso não pode ocorrer.
Desde Já Agradeço!

DANUBIA FIDELIS - Grupo. 14


& (31)3198-5930-9881-3530
Utilize o VOIP - 1344 5930
NOVA Casas Bahia S / A

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 257

De: Soanne L. Colombo/Ponto Frio/BR


Para;

Frio/BR@Ponto Frio, Ij0364.gerencia/Pontc

Rio 110471 aéferncla/Porito Frio/BR©Ponto Frio, Ii0484.gerencia/Ponto


SÍf,?r±iSp«i'®W
bSoS"pi^s~s
lj0590.gerencia/Ponto Frio/BR@ Ponto Frio
cc: Daniela E.Souza/Ponto Frio/BR@Ponto Frio

Data: Terça-feira, 20 De Setembro De 2011 13:05


Assunto: Procedimento Admissional

Bom dia.

Segue roteiro para proceder com as admissões de agora em diante.


Procedimento para ADMISSÃO:
- Para lojas da grande capital: informar ao RH aabertura da vaga;
- ORH vai proceder com a seleção (entrevista);
- Aguardar retomo dos aprovados pelo RH, , • ~.
- Após retomo positivo do candidato gerar aMP de adrriissao,
• din,,.c..vp...... o- cq.;
-?òmTxame eapto ,entregar alista de documentos (segue em anexo) para ocand.dato
-ConfoTdocumentos em mãos econferidos, conforme Check list (segue anexo) envia-los para oAdm do
Regional:
Fábio - Andreza
Leonardo - Marcelo
Luiz Carlos - Vivian
Luiz Cláudio - Nícholas

; o cdid.» ..i

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 258

http://correiocb.casasbahia.com.br/maiU6/f0356ger.nsf/($.

De: f0356.gerencia/CasasBahia
Para:

Data: Quinta-feira, 02 De abril De 2015 11:30


Assunto: Ene; MP de demissão devolvida

Att,
NeivaS. Tíengo
Gerência Filiai 1356
Deus é Fiei....

— Encaminhado por f0356.gerencia/CasasBahiaem 02/04/2015 11:30


Para: igor.maciel/CasasBahia@CB
•De:'f035ô.gerencia/CasasBahia
Data: 02^04/2015 11:30
cc: iuizcarlos.costa/CasasBahia@CB
Assunto: MP de demissão devolvida

Bom dialll

igor,

Gostaria que fosse verificado se é possível saber o motivo da MP 770879 de demissão tersido devolvida pelo
Diretor, pois o caso havia sido acordado com o Regional Luiz e o vendedor na pasta de vendas está há mais de 09
meses sem batera cota de vendas e de serviços, o mesmo não apresenta nenhuma perspectiva de melhoras há
bem tempo.
Como o Regional já havia autorizado a demissão e estava aguardando somente a vaga para poder iniciar a
contratação. Tenho os documentos de admissão de um novo vendedor.
Aguardo retomo e muito obrigada

Att,
NeivaS. Tiengo
Gerência Filial 1356
Deus é Fiel....

de 2 02-04-2015 11:31

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 259

http://coiTeiocb.casasbahia.com.br/maill6/f0356ger.nsf/($...

2(jg2 02-04-2015 11:31

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 260

http;//webnotes.globex.coin.br/mail/lj0428ge.nsf/($lnbox.

De: Luiz C. Costa/Ponto Frio/B R

Para: "01 vivo" <lj0122.gerencia(g)pontofrio.com.bi>. "028 vivo" <lj0028.gerencia@pontofrio.com.br>, "029 vivo"


<ij0029.gerenGÍa@pontofrio.com.br>, "114 vivo" <lj0114.gerencia@pontofrio.com.br>, "127 vivo"
<lj0127.gerencia@pontofrio.conn.bi>, "330 vivo" <IÍ033a.gerencia(3)pontofric.com.br>, "360 vivo"
<ij0360.gerencia@pontofrio.com.br>, "361 vivo" <ij0361.gerencia@pontofrio.com.bn>, "471 vivo"
<lj0471 .gerencia@pontofrio.com.br>, "484 vivo" <ljQ484.gerencia@pontofrio.Gom.br>, "539 vivo"
<lj0539.gerenGla@pontofrio.conn.br>, "676 vivo" <lj0676.gerencia@pontofrio.Gom.bn>, "149"
<lj0149.gerencia@pontofrio.Gom.br>, "161" <lj0161.gerencia@pontofrio.com.br>, "366 Vivo"
<lj0366.gerencia@pontofrio.Gom.br>, "428 vivo" <lj0428.gerencia@pontofrio.Gom.br>, "933"
<lj0933.gerencia@pontofrio.com.br>, "Amanda Danieia 933" <lj0929.gerencia@pontofrio.Gom.br>

Data: Segunda-feira, 05 De agosto De 2013 19:01


Assunto: Ene: ADMiSSÃO e DEMISSÃO

— Mensagem original —
De: Luiz Carlos Gosta [iuiz259@giobo.com]
Enviada em: 05/08/2013 15:58 ZW3
Para: Luiz Costa
Assunto: ADMISSÃO e DEMISSÃO

Anexos:

DEMISSÕES e ADMISSÕES NORMAS.doe

1 22-01-2014 19:4í

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 261

DEMISSÕES e ADMISSÕES.

Com o Intuito de avaliarmos ainda mais uma decisão de DESLIGAMENTO de um vendedor, É


obrigatório a resposta a sexta pergunta nas MPs:

6) Qual é o histórico de vendas e serviços de 2012 do colaborador?


Exemplo de resposta: Histórico de vendas de 8/12 e de serviços de 1/12. OU seja de 12
em vendas bateu 08, em Serviços bateu 01 em 12.

Relembrando as outras 5 perguntas:

1) Quais são ps resultados de vendas e garantias dos últimos 3 meses?

2) O vendedor já participou de quantos GD's?

3) O gerente da loja já deu quantos feedbacks mensais com a pasta em mãos ?


TEM VENDEDOR que NÃO CONHECE a PASTA.

4) O gerente acompanhou quantos atendimentos completos usando o DTC?

5) O gerente regional conversou com o vendedor?

Lembrando que todas as MP's de Desligamento devem ter o aval do Gerente Regional Sr. Luiz.

ATENÇÃO AS DAT^
Favor programar as M.P's de DESLIGAMENTO ENTRE DIA 15 a 20 de cada mês
(NÃO APROVO NENHUMA M.P depois do dia 20, a não seremergencial) e TEMOS
QUE FAZER as P.4 (completas e DIGITALIZADAS CERTAS ) entre dia 15 e 20.

ASSIM GANHAREMOS VELOCIDADE de DEMISSÃO e CONTRATAÇÃO


PRINCIPALMENTE.

ISTO é MUITO IMPORTANTE.... PROGRAME SUAS DEMISSÕES E ADMISSÕES.

SE CUMPRIRMOS OS PRAZOS ACIMA TEREMOS TODAS AS ADMISSÕES E


DEMISSÕES SEMPRE NO INICIO DO MÊS. ENTRE DIA 01 e 05 TEREMOS
TODOS ENTRANDO e SAINDO.

IMPRIMIR, DEIJETAke

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 262

De: Ij0122.administracao59/Ponto Frio/BR


Para: Ii0028.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, Ij0029.gerencia/Ponto Frio/BR@ Ponto
Frio Ii0114.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, ij0122.gerencia/Ponto
Frio/BR@Ponto Frio, IjOI27.gerencia/Ponto Frio/BR@Porito Frio,
Ii0149.qerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, IjOt 61 .gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto
Frio, Ij0330.gerencia/Ponto Frio/BR@ Ponto Frio, ij0360.gerencia/Ponto
Frio/BR@Ponto Frio, lj0361 .gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Fno,
Ij0366.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, ij0428.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto
Frio Ij0471 .gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, Ij0484.gerencia/Ponto
Frio/BR@Ponto Frio, Ij0539.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Fno
Ij0676.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, Ij0933.gerenoia/Ponto Fno/BR@Ponto
Frio
cb" ijòÒ28:operacional/Ponto FrÍo/BR@Ponto Frio, Ij0114.operacional/Ponto
fno/BR@Ponto Frio, Ij0122.operacional/Ponto Frlp/BR@Porito Fno,
ljÕTè7.òpéràcional/Ponto Frio/BR©Ponto Frio, Ij0149.opBracionaI/Ponto
Frió/BR@ Ponto Frio, lj0161.operacional/Ponto Frio/BR@Porito Fno,
lÍÒ33Ó.operacional/Ponto Frio/BR© Ponto Frio, lj0361 .operacional/Ponto
Frib/BR@Ponto Frio, ij0428.operaGional/Ponto Frio/BR©Ponto Fno,
ij0484 operacional/Ponto Frio/BR©Ponto Frio, lj0539.operaciDnal/Ponto
Friõ/BR©Ponto Frio, IJ0676.operacional/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, ^
IjÒ933.operacionai/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, Luiz C. Costa/Ponto Fno/BR@Ponto
Frio

Data: Quinta-feira, 03 De Janeiro De 2013 20:22


AéSühtp; MP Pendente

Histórico: Esta mensagem foi encaminhada.

Srs^Geíentós é'Adms

TòdMez qüe.a filial cri^ uma MP (AdmissãOsTransferência ou Alteração de Cargo) , dev^se


•^yiaí nò/níéú e-iíi£^ ònumero da MP +oProtocolo do Comitê de Despesas para aAprovação da
feègiònal^-' •
Estou com várias MPs paradas porfalta dos protocolos.
Filiais com MPpendentes deprotocolos: 122,161,361 e 366
Sr Gèféntè favor ACOMPANHAR esse processo.

Atenciosarnente,
Igor Maciel - Adm GR 59
Tel.: (31) 3198-5929/5941
Corporativo: (31) 9680- 6826
Email: lT0122.administracao59@Dontofrio.com.br

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 263

De:' Werley A. Oliveira/Ponto Frio/BR


Para: |j0288.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio

Data: Quarta-feira, 11 De Abril De 201212:48


Assunto: Enc:Mocleío

Leo,

Següew mòdélo'
Werley

Belo Horizonte, 09 de Abril de 2012

Informo ao. digjtar uma MP de désligamentò, fávòr enviar para imidia maquina as
seguintes informações, pois, assim terei argumento com nosso diretor.'
NOME:
MATRICULA:
N°DAMP:
DATA ADMISSÃO
FUNÇÃO:
MOTIVO:
FOI ADVERTIDO: () SIM ( )NAO

mo esquecendo üue a MP deve ser feitdtiò modelo solícüadõ pela Diretório.

Werley Almeida de Oliveira


Gerente Regional Grupo 60
Corporativo: 031 - 9871-9183
werlev.oliveira@DQntofrio.com.br

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Fls.: 264

De: Ij0122.administracao59/Ponto Frio/BR


Para: Ij0028.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, Ij0029.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto
Frio, ij0114.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, Ij0122.gerencia/Ponto
Frio/BR@Ponto Frio, Ij0127.gerencla/Ponto Frio/BR@Ponto Frio,
IjOI49.gerencia/Ponto Frlo/BR@Ponto Frio, Ij0161 .gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto
Frio, IjOSSO.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, Ij0360.gerencia/Ponto
Frio/BR@Ponto Frio, Ij0361.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio,
Ij0366.gerencia/Ponto Frio/BR ©Ponto Frio, ij0428.gerencia/Ponto Frio/BR ©Ponto
Frio, Ij0471.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, Íj0484.gerencia/Ponto
Frio/BR©Ponto Frio, Ij0539.gerencia/Ponto Frio/BR©Ponto Frio,
Ij0676.gerencia/Ponto Frio/BR©Ponto Frio
cc: Ij0028.operacional/Ponto Frio/BR, Ij0114.opèracional/Ponto Frio/BR,
IjOI 22.operacional/Ponto Frio/BR, Ij0127.operacionai/Ponto Frio/BR,
Ij0149.operacionai/Ponto Frio/BR, IjOI 61 .operacional/Ponto Frio/BR, r
Ij0330.operacional/Ponto Frio/BR, Ij0360.operacional/Ponto Frio/BR,
Ij0361 .operacional/Ponto Frio/BR, Ij0428.operacionai/Ponto Frio/BR,
Ij0484.operac!onal/Ponto Frio/BR, Ij0539.operacional/Ponto Frio/BR,
Ij0676.operacional/Ponto Frio/BR

Data: Terça-feira, 27 De Março De 2012 11:49


Assunto: Modelo De MP - Desligamento

Belo Horizonte (MG), de Março de 2012

Boa tarde.

Segue abaixo o padrão de MP. Caso não sejam enviados neste padrão serão devolvidas
para a loja, o que vai atrasar ainda mais o processo.

Sem mais

Igor Maciel - Adm Reg 59 '•

De: sergio.grossi ©viavarejo.com.br


Data: 15/03/2012 18:53
Assunto: Padrão de MP - Reenvio

GR's

Peço novamente que as MPs de vendedores possam vir dentro do PADRÃO que enviei.
Abaixo vai um exempio que copiei do sistema:

•P2FW M.P./DESLÍGAMENTO CONSULTA


Empr.: xx Fil.: xxxx Tipo ativ.: L 1.Parte
M.P.: xxxxx Em/FI/Dp : xx xxxx xxxx Dt.Emis.: 14.03.2012
ABERTA AGUARD. AUTORiZ. DA DiRET.REGIONAL
Funcion.: xx xxxxxxxx Ricardo Pereira dos Santos Dt.Admis.: 19.10.2010
Cargo Atual: 9600 VENDEDOR DE LINHA LEVE
MotivoATipo Desligam.: 1 DISPENSA SEM JUSTA CAUSA
Justificativa Desligam.: NOV/2011 VENDAS 83% E GARANTIAS 2,9
DEZ/2011 VENDAS 135% E GARANTIAS 3,1

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 265

JAN/2012 VENDAS 100% E GARANTIAS 2,5


FEV/2012 VENDAS 112% E GARANTIAS 2,5
COLABORADOR PARTICIPOU DE 02 GDS,
RECEBEU FEEDBACK FORMAL DO GERENTE TENDO O MESMO A
COMPANHADO 3 ATENDIMENTOS COMPLETOS DESTE VENDEDOR
PARA MELHOR AVALIA LO. GERENRE REGIONAL SR.JOEL ME
MESQUITA CONVERSOU COM O COLABORADOR EXPONDO-LHE A
SITUAÇAO.VEJO A FUNCIONARIA DESMOTIVADA,ATENDE O
CLIENTE SEM SORRISO NO ROSTO E SEM INTERESSE.

Em síntese, a MP fala dos 5 tópicos que pedi para facilitar a minha análise:
1) Resultados; 2) Participou de GD? 3) Recebeu feedbacks formais do gerente a cada mês
de não superação? 4) Gerente da loja acompanhou atendimento completo deste
vendedor? 5) Gerente Regional fez a últirria tentatíva?
O intuito aqui não é "burocratizar", mas saber até que nível de tentativa de recuperação
chegamos para com o colaborador. Assim como temos que acreditar que o quê está
escrito aqui, por um GERENTE DE LOJA, é a pura verdade.
Att.

Sérgio Grossi

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 266

De: danubia.fidelis/CasasBahia

Para: f0026.gerencia/CasasBahia@CB, fOI 39.gerencia/CasasBahia@CB,


fOI 59.gerencia/CasasBahia@CB, f0215.gerencia/CasasBahia(S)CB,
f0238.gerencia/CasasBahia@CB, f0246.gerencia/CasasBahía@CB,
f0259.gerencia/CasasBahia@CB, f0260.gerencia/CasasBahia@CB,
f0285.gerencia/CasasBahia@CB, f0327.gerencia/CasasBahla@CB,
f0332.gerencia/CasasBahia@CB, f0344.gerencia/CasasBahia@CB,
f0349.gerencia/CasasBahia@CB, f0356.gerencia/CasasBahla@CB,
f0398.gerencia/CasasBahia@CB, f0418.gerencia/CasasBahla@CB,
f0538.gerencia/CasasBahia@CB, f0552.gerencia/CasasBahia@CB,
f0609.gerencia/CasasBahia@CB, f0681 .gerencla/CasasBahía@CB, "Andrezza"
<f0026.operacional/casasbahia>, "Christiane"<f0139.operaclonal/casasbahia>, "Andressa"
<f0159.operacional/casasbahia>, "Regina"<f0215.operacional/casasbahia>, "Lilia"
<f0238.operacional/casasbahia>, "Queles"<f0246.operacional/casasbahia>, "Dianice"
<f0259.operacional/casasbahia>, "Robson"<f0260.operacional/casasbahia>, "Kátia"
<f0285.operacional/casasbahia>, "Reinaldo"<f0327.operacional/casasbahia>, "Lilian"
<f0332.operacional/casasbahia>, "AIexsandra"<f0344.operacional/casasbahia>, "Claudia"
<f0349.operacional/casasbahla>, "Crlstlna"<f0356.operacional/casasbahia>, "Dayane"
<f0398.operacional/casasbahja>, "Aldenize"<f0418.operacional/casasbahla>, "Elisangela"
<f0538.operacional/casasbahia>, "Helena"<f0552.operacional/casasbahia>, "Rubia"
<f0681.operacional/casasbahia>
cc: fernando.segatto/CasasBahia@CB

Data: Quinta-feira, 10 De janeiro De 2013 12:51


Assunto: Como Efetuar Desligamento

LEIAM COMATENÇÃO. SE NECESSÁRIO IMPRIMA.

Segue passo a passo de como efetuar desligamentos.

Motivo 1
Desligamento sem justa causa

• Gestor gera a MP aprova, gerente regional aprova, diretor aprova e o RH gera a data.
• Acompanhamento da data na tela P2FA/P2GA 1.15 e 6.
• No dia da data gerada pelo RH. imprime o aviso na opç P2FA/P2GA Sei.
• Encaminha a clinica para exame demissional.
• Envia o fax do aviso e exame para Regional e RH 6617/9893

Motivo 2
Pedido de demissão pelo funcionário

• O funcionário faz a Carta de Pedido de Demissão (Dentro do modelo estabelecido)


• No mesmo dia gera a MP no motivo 2 "Pedido de Demissão do Funcionário"
• Informa o motivo do pedido de demissão.
• Na MP vai pedir o último dia trabalhado, será o dia que estiver na carta.
• NÃO IMPRIME AVISO PRÉVIO (A CARTA SUBSTITUI O AVISO)
• Encaminha a clinica para exame demissional.
• Envia o fax do aviso e exame para Regional e RH 6617/9893

Motivo 8
Dispensa na Experiência

• A partir do cumprimento do primeiro período da experiência (45 dias) é autorizado a realizar o

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Fls.: 267

desligamento até o vencimento do segundo período. (Esta descrito na ficha de avaliação)


• O desligamento é automático emitindo o aviso na P2FA/P2GA Opç 5 e 2.
• No mesmo dia gera a MP na Opç 8 (Dispensa na Experiência)
• Informe o motivo do desligamento.
• Encaminha a clinica para exame demissional.
• Envia o fax do aviso e exame para Regional e RH 6617/9893

Motivo 9
Termino de Contrato

• Somente em caso de Menor Aprendiz contratado pela NCB


• No dia do vencimento do contrato, emite a MP na Opç 9 (Término de Contrato)
• NÃO IMPRIME AVISO. POIS ESTAMOS ENCERRANDO O CONTRATO.
• Encaminha a clinica para exame demissional.
• Envia o fax do aviso e exame para Regional e RH 6617/9893

Obs: As MP's deve ser feita no ato do desligamento.

Desde Já Agradeço!

DANUBIA FIDELIS - Grupo. 14


o (31) 3198-5930 - 9881-3530
Utilize o VOlP-1344 5930
NOVA Casas Bahia S/A

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Fls.: 268

http://coireiocb.casasbahia.coin.br/mail06/í0159ger.nsf/($.

De: f0159.gerencia/CasasBahía
Para: femando.segatto/CasasBahia@CB
cco: danubía.fídelis/CasasBahla@CB

Data: Segunda-feira, 26 De agosto De 2013 20:41


Assunto: Aprovação de MP

Conforme nos falamos, favor verificara possibilidade de aprovação das MP's de desligamento abaixo:

MP; 658931 e 659780

Douglas Fídelis
Ger Filial 1159
(31) 98242720

1 de 1 02-12-2013 17:5

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Fls.: 269

!j0484.gerencia/Ponto Frio/BR ®
Para:

Data: Sexta-feira, 24 De Maio De 2013 19:08


Assunto:

P2FH MOyiMENTÂCXODÈ PESSOAL CONSULTA


Empr.: 21 Fil.: 0484 Tipo ativ.: L
M.P.: 639576 DESLIGÁMÈNTÒ
DEVOLVIDA DEVOLVIDA POR VENCTO; PRAZO P/APROVACAO
Dt.Emissao : 04.05.2013 Em/Fi/Dp/Bd Emis.: 21.0484 0003 PONTO FRIO
Digitador: 21 00094781 Em/Fl/Dp/Bd Auto.: 21 0484 PONTO FRIO
Funcion.: 21 00009040 CLEONICE RODRIGUES DE MIRANDA
Cargo : 9650 VENDEDOR DE MOVEIS

ENTER-PROC PF2-MENU PF3-RET PF4-H1STORICO


PF5-DAD0S PF6-P0SICA0 PF7-REQUERIMENT0 PA2-FIM

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Fls.: 270

Ij0428.gerencia/Ponto Frio/BR ^
Para:

Data: Sexta-feira, 24 De Maio De 2013 20:24


Assunto:

2F4 M.P. ENCERRADA/DEVOLVIDA CONSULTA

Empr.:21 FiL: 0428 Tipoativ.rL

Empr.; Fil.: Depto.: Grupo: Enc.( ) Dev.(X)


Empr.: 21 Fil.: 0428 Depto.: Grupo :

M.P. Dt.Emis. Em/Fil./Dep Tipo Ultima Posição


636496 18.04.2013 21 0428 0003 ADMIS.REG.QUADRO DEVOLVIDA EM 29.04.2013
636495 18.04.2013 21 0428 0003 ADMIS.REG.QUADRO DEVOLVIDA EM 29.04.2013
636494 18.04.2013 21 0428 0003 ADMIS.REG.QUADRO DEVOLVIDA EM 29.04.2013
636493 18.04.2013 21 0428 0003 ADMIS.REG.QUADRO DEVOLVIDA EM 29.04.2013
635891 16.04.2013 21 0428 0003 DESLIGAMENTO DEVOLVIDA EM 19.04.2013
635888 16.04.2013 21 0428 0003 DESLIGAMENTO DEVOLVIDA EM 19.04.2013
635198 12.04.2013 21 0428 0003 ADMIS.REG.QUADRO DEVOLVIDA EM 12.04.2013
635023 11.04.2013 21 0428 0003 DESLIGAMENTO DEVOLVIDA EM 12.04.2013
635021 11.04.2013 21 0428 0003 DESLIGAMENTO DEVOLVIDA EM 12.04.2013
634447 09.04.2013 21 0428 0003 ADMIS.REG.QUADRO DEVOLVIDA EM 09.04.2013
633044 02.04.2013 21 0428 0003 ADMIS.SUBSTIT. DEVOLVIDA EM 05.04.2013
632827 01.04.2013 21 0428 0003 DESLIGAMENTO DEVOLVIDA EM 05.04.2013

ENTER-PROCESSA PF2-MENU PF3-RET PF4-M.P. PF5-POSICAO PF8-AVANCA PA2-FI

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Fls.: 271

De: f0344.administracao/CasasBahia 0Í30


Para: f0026.gerencia/CasasBahia@CB, f0059.gerencia/CasasBahia@CB,
f0139.gerencía/CasasBahia@CB, f0159.gerencia/CasasBáhla@CB,
f0205.gerencia/CasasBahla@CB, f0215.gerencia/CasasBahia@CB,
f0217.gerencia/CasasBahla@ CB, f0238.gerencia/CasasBahia @CB,
f0246.gerencla/CasasBahia@ CB, í0259.gerència/CasasBahia @CB,
f0260.gerencla/CasasBahia @CB, f0285.gerencia/CasasBahia@ CB,
f0327.gerencia/CasasBahia @CB, f0332.gerencia/CasasBahia@ CB,
f0341.gerencia/CasasBahia@CB, f0344.gerencia/CasasBahia@CB,
f0349.gerencia/CasasBahia@CB, f0356.gerencia/CasasBahia@CB,
f0387.gerencia/CasasBahia@CB, f0398.gerencia/CasasBahla@CB,
f0418.gerencia/CasasBahia@CB, f0437.gerencia/CasasBahia@CB,
f0537.gerencia/GasasBahia@CB, f0538.gerencia/CasasBahia@CB,
f0621.gerencia/CasasBahia@CB, f0344.grupo14/CasasBahia@CB,
charles.teixeira/CasasBahia @ CB
cc: "Cristina"<f0026.operacional/casasbahia>, "Lucele"<f0059.operacional/casasbahia>,
"Vivian"<f0159.operacíonal/casasbahia>, "Bruna"<f0215.operacional/casasbahia>,
"Andressa"<f0260.operacional/casasbahia>,
"Dianice"<f0238.operacional/casasbahia>, "Helena"<f0246.operacional/casasbahla>,
"Diogo"<f0327.operacional/casasbahia>,
"Christiane"<f0344.operaclonal/casasbahla>,
"Eliana"<f0349.operacional/casasbahía>, "Nelva"<f0398.operacional/casasbahla>,
"Keila"<f0538.operacional/casasbahia>

Data: Sexta-feira, 03 De Julho De 2009 11:17


Assunto: Férias Agosto

Hoje é o último dia para fazer as programações:

1® Gerente inclui (P2CA/P2DA)


2® Funcionário aprova/reprova (WEB)
3® Gerente aprova (P2CA/P2DA)
4® Regional aprova

^Douglas Fidelis
Ass. Adm. GR 14
Tel: 31 31985930

fD344.administracao/CasasBahia escreveu: •

Informo que data deinicio para férias de AgOStO é dia 10 , tanto para 20 ou30dias em
descanso.

Considerando que as férias devem estarno sistema com30 dias de antecedência, favor
incluir e providenciar a aprovação por parte do funcionário até dia
03/07/2009(Sexta-feira) , pois a Regional tem que aprovar.

Dúvidas me liguem

Douglas Fidelis
Ass. Adm. GR 14

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Fls.: 272

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Fls.: 273

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Fls.: 274

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Fls.: 275

ANEXO V ; ^

Documentos Comprovando
que os Gerentes não
Poderes para Efetuar Trocas
senr

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Fls.: 276

De; joel.mesquita/CasasBahia
Para: f0621 .gerencia/CasasBahia@CB

Data: Terça-feira. 16 De Agosto De 2011 16:39


Assunto: Res: PEDIDO DE TROCA DE MERCADORIA

Ok

Att,
Joel Mesquita
Ger.Reg.Gr.14
Tel: (31) 3198.5932
VoiP: 4+1+344
joel.inesquita@casasbahia.coin.br

De: f0621.gerencia
Enviada em: 16/08/2011 16:20 ZW3
Para: joel.mesquita
Ce: fD621 .gerencia '
Assunto: PEDIDO DE TROCA DE MERCADORIA

CHEFE ESTOU COM UM CLIENTE QUE COMPROU UM BOX NO MES 05/2011


ESTE BOX JA DEU PROBLEMA DUAS
VEZ,FOI TROCADO COM OS 085246,AGORA VOLTOU AQUEBRAILA CLIENTE ESTA
QUERENDO TROCAR POR UMA CAMA E UM
COLCHÃO,ELA MORA FORA,E NAO TA QUERENDO MAIS OBOX
PV 346732315
NF 77310 DATA 09/05/2011
COD 3801519
MUITO OBRIGADO

Montes Claros, 02 de agosto de 2011.

Atenciosamente,

CLAUDIONOR CANGUSSU
Gestor fl 1621
Corp.(38) 9951.5417

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 277

De; joel.mesquita/CasasBahia
Para: f0621.gerencia/CasasBahia@CB

Data: Sexta-feira, 16 De Setembro De 2011 17:11


Assunto: Res: pedido de troca de mercadoria

Ok

De: f0621.gerencia
Enviada em: 16/09/2011 16:59 ZW3
Para: joel.mesquita
Cc: fD621.gerencia
Assunto: pedido de troca de mercadoria

boatarde chefe estou com uma cliente que comprou um maq de costura e amesma nao esta satisfeita
devido um problema na mao
e quer trocar por outra mais cara com ga,esta na caixa.
cod 4700660 ja tem 1 raes

Montes Claros, 02 de agosto de 2011.

Atenciosamente,

CLAUDIONOR CANGUSSU
Gestor fl 1621
Corp.(38) 9951.5417

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 278

De; joel.mesquita/CasasBahia
Para: f0621 .gerencia/CasasBahia@CB

Data: Quarta-feira, 05 De Outubro De 2011 15:33


Assunto: Res: pedido de troca de mercadoria

Ok

Att,
Joel Mesquita
Ger.Reg.Gr.14
Tel: (31)3198.5932
VoiP: 4+1+344
joel.mesquita@casasbahía.com.br

De: fD621.gerencia
Enviada em: 05/10/2011 15:11 ZW3
Para: joel.mesquita
Cc: fD621.gerencia
Assunto: pedido de troca de mercadoria

boa tarde chefe estou com um cliente que comprouumalav de louça no dia 25/07/2011 porem comprou
110 e foi entregue 220 a mercadoria esta embalada,preciso troca para 110.
muito obrigado

Montes Claros, 02 de agosto de 2011.

Atenciosamente,

V.Í.AUDIONOR CANGUSSU
Gestor fl 1621
Corp.(38) 9951.5417

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 279

De: joel.mesquita/CasasBahia
Para: f0621 .gerencia/CasasBahia@CB

Data: Quarta-feira, 23 De Novembro De 2011 15:57


Assunto: Res: pedido de troca de mercadoria

Ok

Att,
Joel Mesquita
Ger.Reg.Gr.l4
Tel: (31) 3198.5932
VoiP: 4+1+344
joel.inesquita@casasbahia.com.br

De: f0621.gerencia
Enviada em: 23/11/2011 15:45 ZW3
Para: joel.mesquita
Cc: f0621.gerencia
Assunto: pedido de troca de mercadoria

boa tarde chefe estou com um cliente maria luciene ela comprouuma cadeira delcasa no dia 08/04/2011
porem a cadeira veio dar problema na armaçao a cliente esteve na loja fez a reclamaçao porem estava
com pendência agora a cadeira entrou fora de linha
e nao tem a cadeira para trocar,a cliente esta querendo trocar por outra,a garantia ja venceu mais ela fez a
reclamaçao antes .ja e
cliente da loja.
pv 319377096
nf4613 data 08/04/2011
cod 6970125

Montes Claros, 09 de NOVEMBRO de 2011.

Atenciosamente,

CLAUDIONOR CANGUSSU
Gestor fl 1621
Corp.(38) 9951.5417

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Fls.: 280

De: joel.mesquita/CasasBahia
Para: f0621.gerencia/CasasBahia@CB

Data: Segunda-feira, 24 De Outubro De 2011 18:07


Assunto: Res; pedido de troca de mercadoria

Ok:

Att,
Joel Mesquita
Ger.Reg.Gr.14
Tel: (31) 3198.5932
VoiP: 4+1+344
íoeLmesquita@casasbahia.com.br

De: f0621.gerencia
Enviada era: 24/10/2011 15:48 ZW3
Para: joel.mesquita
Cc: f0621.gerencia
Assunto: pedido detroca demercadoria

BOA TARDE OCLIENTE COMPROU UM CJ DE MESA EAMESMA NAO FOI MONTADA ATE
FALtS°p°EÇA A^CUEN ESTA MUITO CHATEADO EESTA QUERENDO TROCAR POR
OUTRA MESA .A MESA ESTA
EMBALADA.
PV 420375281
NF 44708 DATA 20/09/2011

Montes Claros, 02 de agosto de 2011.

Atenciosamente,

CLAUDIONOR CANGUSSU
Gestor fl 1621
Corp.(38) 9951.5417

25-10-2011 10:09
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Fls.: 281

ANEXO VI

Documento comprovando a Ingerência


Cotidiana do Regional na
Administração da Loja Inclusive
No Tange á Promoções e Transferências
De Empregados

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Fls.: 282

hlip://coiTeiocb.casasbaIiia.com.br/maill6/ÍD356ger.nsf/(S.

De: f0356.geren( ij/CasasBahia


Para: andressa.as- incao/CasasBahia@CB
cc: f0356.opera<; 3nal/CasasBahia@CB, f1731.gerencia/CasasBahia(2)CB

Data: Quarta-feirr 19 De agosto De 2015 19:57


Assunto: Re; Novo c•rgo operador de loja

Boa tarde!!!

Andressa,

Gentileza aprovar a MP íi00146, transferência daoperadora decaixa para a loja 1731. Vanete MP de transferência e
promoção para o novo cargo de Operador de loja. Obrigada.

Att,
NeivaS. Tiengo
Gerência Filial 1356
Deus é Fiei....

—andressa.assuncao/CasasBahia escreveu:
Para: f0356.gerencia/CasasBahia@CB
De: andressa.assuncao/GasasBahia
Data: 19/08/2015 15:33
Assunto: Re: Novo cargo operador de loja

Neiva , boa tarde I

Já foi autorizado fazer a mp de promoção para o cargo de operador de loja.


Pode fazer novamente' a MP da Vanete para a 1731 e me Informar para aprovarmos .
Pode fazer também a promoção do estoquista e a MP de admissão para substitui -Io

Andressa de Assunção Amaral


Consultora Adm. Gr. 14
Corporativo: (31) 9881-3530
ViaVarejo S/A

Ide 2 08-09-2015 20:11

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Fls.: 283

htlp://coiTeiocb.casasbahia.com.br/maill6/f0356ger.nsÊ^($.

Busquei ao SENHOR , e ELE me respondeu :Livrou-me de todos os meus temores " Salmo 34, Vers. 4

•--f0356.gerencia'CasasBahia escreveu: -—
Para: andressa.assunoao/CasasBahia@CB
De: f0356.gerencia/CasasBahia
Data; 18/08/2015 09.34 PM
cc: f0356.operacional/CasasBahla@CB
Assunto: Novo cargo operador de loja

Andressa,

Por favor necessito saber se já foi autorizado as alterações de de cargocom relação ao novo cargo de operador
de loja, pois com havia te informado fiz a MP de transferência e promoção de cargo da operadora Vanete para a
filial 1731 e a mesma foi devolvida por duas vezes alegando que foi devolvida por pedido meu. sendo que não
procede tal Informação.

E também preciso da autorização para quepossa promover o meu estoquista parao cargo e fazer a admissão de
outro para a vaga que irá abrir.

Att,
NeivaS. Tiengo
Gerência Filial 1356
Deus é Fiel....

2 de 2 08-09-2015 20:11

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Fls.: 284

luip://coiTCÍocb.casasbaliia.com.br/main6/í0356ger.nsfy($.

De: f0356.gerencia/CasasBahia
Para: andressa.assuncao/CasasBahia@CB

cc: f0356.operacional/CasasBahia@CB

Data: Quarta-feira, 19 De agosto De 2015 0:21


Assunto: Aprovaçaõ da MP de transferênciada aux de limpeza.

Bom dia!!!!

Andressa,

Gentileza aprovar a MP de transferência da auxiliar de limpeza para a regional 71, loja 1900. Pois a MP anterior foi
devolvida por motivo de vencimento de aprovação.

Att,
NelvaS. Tiengo
Gerência Filial 1356
Deus é Fiel....

I de 08-09-2015 20:16

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Fls.: 285

De; joel.mesquita/CasasBahia
Para: f0026.gerencia/CasasBahia@CB, f0139.gerencia/CasasBahia@CB,
f0159.gerencia/CasasBahía@CB, f0215.gerencia/CasasBahia@CB,
f0238.gerencia/CasasBahia@CB, f0246.gerencia/CasasBahia@CB,
f0259.gerencia/CasasBahia@CB, f0260.gerencia/CasasBahia@CB,
f0285.gerencia/CasasBahia@CB, f0327.gerencÍa/CasasBahia@CB,
f0332.gerencia/CasasBahia@CB, f0344.gerencia/CasasBahia@CB,
f0349.gerencia/CasasBahia@CB, f0356.gerencia/CasasBahia@CB,
f0387.gerencia/CasasBahia@CB, f0398.gerencia/CasasBahia@CB,
f0418.gerencia/CasasBahia@CB, f0538.gerencia/CasasBahia@CB,
f0552.gerencia/CasasBahla@CB, f0609.gerencia/CasasBahla@CB,
f0621.gerencia/CasasBahia@CB, "f0615.gerencia"
<f0615.gerencia@casasbahja.com.br>

Data: Sexta-feira, 13 De Maio De 2011 12:58


Assunto: Relação de Vendedores Zerados no ODONTO

Srs,

Necessito, para amanhã (assim que fechar a loja), deuma relação com os nomes dos vendedores que
estão zerados no ODONTO neste mês. Preciso ligar paraeles parasaber qual está sendo a dificuldade
de colocar este serviço na tela !?!?

Sugestão: Avisem a estes que eles temhoje e amanhã para ficar fora destalista.
Att,
Joel Mesquita
Ger.Reg.Gr.l4
Tel: (31)3198.5932
VoiP: 4+1+344
joel.mesquita@casasbahia.com.br

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 286

De: joel. mesquita/CasasBahia


Para: f0026.gerencia/CasasBahia@CB, f0139.gerencia/CasasBahia@CB,
f0159.gerencia/CasasBahia@CB, f0215.gerencia/CasasBahia@CB,
f0238.gerencia/CasasBahia@CB, f0259.gerencia/CasasBahia@CB,
f0285.gerencia/CasasBahia@CB, f0246.gerencja/CasasBahia@CB,
f0260.gerencia/CasasBahia@CB, f0332.gerencia/CasasBahia@CB,
f0327.gerencia/CasasBahia@CB, f0349.gerencia/CasasBahia@CB,
f0344.gerencia/CasasBahia@CB, f0356.gerencia/CasasBahia@CB,
f0387.gerencia/CasasBahia@CB, f0398.gerencia/CasasBahia@CB,
f0418.gerencia/CasasBahia@CB, f0538.gerencia/CasasBahia@CB,
f0621.gerencia/CasasBahia@CB, f0552.gerencia/CasasBahia@CB,
f0609.gerencia/CasasBahia@CB
cc: f0344.grupo14/CasasBahia@CB, f0344.administracao/CasasBahia@CB,
charles.teixeíra/CasasBahia@CB, f0344.vendas/CasasBahia@CB

Data: Terça-feira, 28 De Dezembro De 2010 12:52


Assunto: Providências Urgentes

Valentes do 14,

Estou vendo no sistema que tem vendedor que AINDA NÃO VENDEU nenhum odonto. Peço que oriente
estes colaboradores, de modo que ninguém fique zerado. Não quero nenhum nome de vendedor da sua
loja na lista que vocês me enviarão no dia 31.

Não equeça também os demais serviços: Garantia de Eletro, Garantia de Móveis e VPP. Cobre, cobre e
cobre, pois serviço só acontece com cobrança.

Att,
Joel Mesquita
Ger.Reg.Gr.14
Tel: (31) 3198.5932
VoiP: 4+1+344
ioel.mcsQuíta@casasbahia.com.br

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 287

iAcompanhar jFerramentasjl^ ® X" ♦ !♦ -?


Novo íResponder / iRepassar v | Mover v
De: Werley A. Oliveira/Ponto Frio/BR
Para: Ij0927.ger8ncia@pontofrio.com.br, 0514.gerencia@ pontofrio.com.br,
0159.gerencia@pontofrio.com.br,
||0365.gerencia@pontofrio.com.br,
!j01 eo.gerencia® pontofrio.com.br, 0288.gerencia@ pontofrio.com.br,
Ij0332.gerencia@pontofrio.com.br, 0334.gerencia@pontofrio.com.br,
Ij0364.gerencia@pontofrio.com.br, 0368.gerencia@pontofrio.com.br,
Ij0370.gerencia@pontofrio.com.br, 0371 .gerencia@pontofrio.com.br,
ij0372.gerencia@pontofrio.com.br, 0421 .gerencia@pontofrio.com.br,
ij0422.gerencia@pontofrio.com.br, 0538.gerencia@pontofrio.com.br,
ij0590.gerencia@pontofrio.com.br. 0677.gerencia@pontofrio.com.br

Data: Sexta-feira. 14 De Dezembro De 2012 10:56


Assunto: urgente urgente urgente VENDAS XCOTAS - P.FRIO

Favor focarna venda de: , -j


Multi Tem que Ugar se não vender 300,00 por dia (tem loja que não faz enão liga, olha adisciplina) Pl)
^rviço Técnico
esidencial

Werley Almeida de Oliveira


Gerente Regional Grupo 60
Corporativo: 031 -9871-9183
werlev.oliveirar^pontQfrio.com.br

Anexos:(Ciique no nome do arquivo para iniciar)


G0TAS_VENDAS18708.pdf

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 288

De; f0344.administracao/CasasBahia
Para: f0026.gerencia/CasasBahia@CB, f0059.gerencia/CasasBahia@CB,
f0139.gerencla/CasasBahia@CB, f0159.gerencia/CasasBahla@CB,
f0205.gerencia/CasasBahia@CB, f0215.gerencia/CasasBahia@CB,
f0217.gerencia/CasasBahia@CB, f0238.gerencía/CasasBahía@CB,
f0246.gerencia/CasasBahia@CB, f0259.gerencia/CasasBahia@CB,
f0260.gerencia/CasasBahia@CB, f0285.gerencia/CasasBahia@CB,
f0327.gerencia/CasasBahia@CB, f0332.gerencia/CasasBahia@CB,
f0341.gerencia/CasasBahia@CB, f0344.gerencia/CasasBahia@CB,
f0349.gerencia/CasasBahia@CB, f0356.gerencia/CasasBahia@CB,
f0387.gerencia/CasasBahia@CB, f0398.gerencia/CasasBahia@CB,
f0418.gerencia/CasasBahia@CB, f0437.gerencia/CasasBahia@CB,
f0537.gerencia/CasasBahia@CB, f0538.gerencia/CasasBahia@CB,
f0621.gerencia/CasasBahia@CB, f0344.grupo14/CasasBahia@CB,
charles.teixeira/CasasBahia@CB
cc: "Cristina"<f0026.operacional/casasbahia>, "Lucele"<f0059.operacional/casasbahia>,
"Vivian"<f0159.operacional/casasbahia>, "Bruna"<f0215.operacional/casasbahia>,
"Andressa"<f0260.operacional/casasbahia>,
"Dianice"<f0238.operacional/casasbahia>, "Helena"<f0246.operacional/casasbahia>,
"Diogo"<f0327.operacional/casasbahia>,
"Christiane"<f0344.operacional/casasbahia>,
"EIiana"<f0349.operacional/casasbahia>, "Neiva"<f0398.operacional/casasbahia>,
"Kella"<f0538.operaclonal/casasbahja>

Data: Sexta-feira, 03 De Julho De 2009 11:17


Assunto: Férias Agosto

Hoje é o último dia para fazer as programações:


1°Gerente inclui (P2CA/P2DA)
2° Funcionário aprova/reprova (WEB)
3° Gerente aprova (P2CA/P2DA)
4° Regional aprova

Douglas Fidelis
Ass. Adm. GR 14
Tel:31 31985930

fD344.administracao/CasasBahia escreveu: •

Informo que data de inicio paraférias de AgOStO é dia 10 , tanto para20 ou 30 dias em
descanso.

Considerando queas férias devem estar no sistema com 30 dias de antecedência, favor
incluir e providenciara aprovação por parte do funcionário até dia
03/07/2009(Sexta-feira), pois a Regional tem que aprovar.
Dúvidas me liguem

Douglas Fidelis
Ass. Adm. GR 14

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 289

De: Fábio M. Rosa/Ponto Frio/BR


Para: Ij0191 .gerencia/Ponto Frio/BR®Ponto Frio

Data: Quinta-feira, 01 De Novembro De 2012 20:39


Assunto: RESULTADO HOJE

Cristiano temos ainda 3 colegas sem vender nada de serviço ainda na sua loja. Vamos conversar e ver o que esta acontecendo.
P:tsêssão Á-[24 X80]
Arquivo Editar Exibir Conuinicação Ações Janela Ajuda

á? 5li lãI ^ ^
VEÍiOBS POR VEHDEDOR FUial: H 9i9l Data: 1 li 2812 DIflRIQl
lls.rcador ia Ehtnada "Garantia Giro Lento Seguro
llatricula flõma Qte '•/alor Valor Ote VaVoj- Ote Valor Qte V'alor
21 34070 GRISTÍHnE 16 2533 "6 142'.
2,1 34100 ELISAIIGEL 19 305 3 16 260 '
•*>
,2.1 T9'0T3 Rrifi 4 289'? 148"
n 79162 rlRRIO .9" 8447 3 274
2:1 92363 ,fiD,RIRMR 249 8405 1,0 533
21 144550 ROfiHLDO 5' 4677 1 1.43
,21 162159 ELIhME 8 5755 ' 112
'21 2:01278 Rí,]DERLhV 31 3755 B 165
21 226190 SHEÍLh 5 4188 3 2?"
21 253552 rdrLberto 6 6.306 2 631
21 261327 .RAQUEL. 8 1875 u
1S8
31 321990-líRRV 10 7998
21 4341:3.2 TArifiRA . 6 58,14,
n
21 450524 JQSE U 7605 :.3 471 .
21 48.3160 ROSEIERE •5 3355 1 103
21 5511:34 BLOiARE ?- 1612

Tüt!3;i filial 192. 5-5 3d'64 ^ .

ENTER-FRDC. PF2-I1Ê.HU PF3-REI PF6-flCUI'FüLRD0 PF9-fiVRHCH PFll-D.IR PftJ-FIM

01/041
'cár iConectado ao servidor remoto/host 10.205.0,1 utilizando lujpool V1238C15 e porta23 !PDF995 ativado NeOl:

iBioKl iranda Rosa


TeI:+55 31 96014284
Gerente Regional
Globex Utilidades S/A

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 290

De: juscelino.souza/CasasBahia
Para: f0059.gerencia, f0183.gerencia, f0217.gerencia, f0341 .gerencia, f0346.gerencia,
f0417-.gerencia, f0419.gerencia, f0420.gerencia, f0436.gerencia, f0437.gerencia,
f0497.gerencia, f0537.gerencla, f0550.gerencia, f0608.gerencia, f0620.gerencia,
f0636.gerencia, "Jusceilno" <jusceHnosouza@uai.com.br>, Juscehno
<juscelino.souza@casasbahia.com.br>, f0093.gerencia, f0346.grupo22,
f0387.gerencia, f0615.gerencla, f0621 .gerencia

Data: Segunda-feira, 29 De Abril De 2013 9:23


Assunto: GARANTIA DE ELETRO

Srs, ESPECIALMENTE aqueles abaixo do objetivos emencionados no relatório de sábado :


Preciso de 120 %deste TÓPICO, pois nao admitimos perder este objetivo eVOCÊ esta prejudicando
demais a regional.

Estamos acompanhando HORA a. HORA e esperamos que você faca o mesmo I!!

Juscelino J. Souza
Gerente Regional
Grupo 22 - Minas
Nova Casas Bahia S.A.
ViaVAREJO

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 291

De: Fábio M.iRosa/Ponto Frio/BR


Para: Ij0061 .gerencia/Ponto Frio/BR@Pontc Frio. Íj0173.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, IjOI 91.gerencia/Ponto
Frio/BR©Ponto Frio, ij0233.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio. Ij0257.gerencia/Ponto Frio/BR ©Ponto Frio,
Ij0263.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, ljÒ293.gerencia/Ponto Frio/BR ©Ponto Frio, Íj0331 .gerencia/Ponto
Frio/BR®Ponto Frio, Ij0363.gerencia/Ponto Frio/BR ©Ponto Frio, l|0523.gerencia/Ponto Frio/BR ©Ponto Frio,
ÍjO528.g0rencia/Ponto Frio/BR ©Ponto Frio, Ij0622.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, Ij0445.gerencia/Ponto
Frio/BR ©Ponto Frio,
Frio/BR©Ponto Frio, ij0623.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, Ij0861 .gerencia/Ponto
ij0913.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio
cc: Ij0913.gerencia/Ponto Frio/BR ©Ponto Frio

Data: Quarta-feira, 28 De Novembro De 2012 12:48


Assunto: FORA DE UNHA ATÉAGORA.

SEGUE FORA DE LINHA ATÉ AGORA. EU VOU SUSPENDER AS SENHAS DE QUEM NÃO VENDER.

1Sessão B-[24 x80] - 'õi


Arquivo Editar Exibir Comunicação Ações Janela Ajuda

M\ Uli 1^ ^ @] ^1 1«)
S2NG Retjional; 21 9057 Oala: 20 11 2012 DIfiRIG

GIRO LENTü( FGRfi DE LINHR ( X )

) f-ll Ote Valor Venda


21 0051 1 178,00
21 0173
O
O 299,00
21 0191 1 930;00
21 0233
21 0257 1 ^72,00
21 0263
21 0280
21 0293
21 0331
21 0363
21 Ú^AS
21 0523
21 0528 ^
21 0022
TOT 9 3.119,17

ENTER-PROCESSft PF2-MENU PF5'R£GI0NniS


PF6'-ftCUMULftD0 PFT-RtGlÜNHL PF3-nVftNCn Pl-J i-EMPRESn P02-F1M

01/035
MJin b
f(^ IConectado ao servidor remoto/host 10.205.0.1 utilgando lu/pool V1238C15 e porta23 IPDF995 ativado Ne02!

f*^'FabioM, Rosa a ! Sessão B-[24 ... ( 0 Microsoft Excel... , @AdobeReader m

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 292

De: Fábio M: Rosa/Ponto Frio/BR


Para: Ij0061.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, Ij0173.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, 1)0191.gerencia/Ponto
Frio/BR ©Ponto Frio, Ii0233.gerencla/Ponto Frio/BR@Ponto Frio. I]0257.gerencia/Ponto Frio/BR ©Ponto Frio,
Ij0263.gérencia/Ponto Frio^R© Ponto Frio, l]0293.gerencía/Ponto Frio/BR© Ponto Frio, 1)0331 .gerencia/Ponto
Frio/BR@Ponto Frio, Ii0363.gerencla/Ponto Frio/BR©Ponto Frio, Ij0523.gerencia/Ponto Frio/BR ©Ponto Frio,
IÍ0528.gerencia/Ponto Frío/BR@Ponto Frio, Ij0622.gerencia/Ponto Frio/BR ©Ponto Frio, IÍ0445.gerencla/Ponto
Frio/BR ©Ponto Frio, Ij0623.gerencia/Ponto Frio/BR©Ponto Frio, Ij0861 .gerencia/Ponto Frio/BR ©Ponto Frio,
Ij0913.gerencla/Ponto Frio/BR©Ponto Frio, 1)0913.gerencia/Ponto Frio/BR©Ponto Frio

Data: Quarta-feira, 28 De Novembro De 2012 13:03


Assunto: FORA DE LINHAATÉ AGORA 11 HORAS

FORADE LINHA ATÉAGORA 11 HORAS. VAITER LOJAQUEVAI FICAR SEM SENHA AMANHÃ PARA TRABALHAR.
\ Sessão B - [24 x 80]
Arquivo Editar Exibir Comunicação AçSes Janela Ajuda

^ Pd) 1^1 *^| 1


S2NG Regional: 21 0067 Data ?n 11 7017 DIflRIG

GIRO LENTO( ) FÜRR DE LINHfl ( K )

Emp Fil Ote Valor Venda


21 0061 2 1.177,00
21 01 /3 3 799,00
?1 0191 1 • 93.0,00
21 0233
21 025? 1 472,00
21 0263
21 0280
21 0793
71 0331
71 0363
21 0445
21 0523
21 0528
21 0622
5.496,54

ENTÊR-PROCESSn Pr-2-MENU PF5 RaGIÜMilTS


PF6-fiCUMULRDD PF7-REGTnNPll Pr-8-RVRNCH Pf-U-EHPRFSn Pn2-FIM

Mün ' b " 01/035


IConectadoao servidor remoto/host 10.205.0.1 utilizando lu/poolV1238C15 e porta 23 1PDF995 ativado Ne02:

' f?" PabtoM. Rosa... aISessão B-[24 ... '^3 MicrosoftExcel... Adobe Reader... PT

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 293

De: Fábio M. Rosa/Ponto Frlo/BR


Para: lj0061 .gerencia/Ponto Frío/BR@Ponto Frio, Ij0173.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, Ij0191.gerencia/Ponto
Frio/BR@Ponto Frio, Ij0233.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, Ij0257.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio,
Ij0263.gèrencia/Ponto Frio/BR@ Ponto Frio, Ij0293.gerencia/Ponto Frlo/BR ©Ponto Frio, lj0331.gerencia/Ponto
Frio/BR@Ponto Frio, Ij0363.gerencia/Ponto Frlo/BR©Ponto Frio, l]0523.gerencia/Ponto Frio/BR@ Ponto Frio,
Ij0528.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, Ij0622.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, Ij0445.gerencia/Ponto
Frio/BR@Ponto Frio, Ij0623.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, Ij0861.gerencia/Ponto Frio/BR@ Ponto Frio,
Ij0913.gèrencla/Ponto Frio/BR@Pontò Frio, Ij0913.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio

Data: Quarta-feira, 28 De Novembro De 2012 14:03


Assunto: RESULTADO DE FL ATE AGORA 12 HORAS

RESULTADO DE FL ATE AGORA 12 HORAS.

í Sessão B - [24 x 80]


Arquivo Editar Exibir Comurâca;ão Ações Janela Ajuda

m\ m\^\ h ] (D aj
S2NG Regional: 21 0057 Data: 28 11 20Í7 DIRRIO

GIRO LENTG( ) FORR DE LINHfi ( X )

Emp P i l Ote Valür Venda


2,1 0051 2 1.177,00
2V 0173 4 376,31
21 0191 1 930,00
21 0233 1. 119,00
% *
21 0257 1 472,00
21 0263 4 311,.65
21 0280

'21 0293
21 0331
,21 0363 J 44,90
21 0-145
21 0523
21 0528 1 234,00
21 0622
TOT ' 28 7..89i,31

FNTEH-PRÜCESSf-i ' Pf-2-MENÜ PF5-REGI0NR1S


PE6-fiCUnUL0D0 PFT-PERIONOL PFB-fiVONCfi PFil-EtlPRESn • PO:í~FlM

fisn' ^
-- -- - — - -

0 01/0^
fconectado aoservidor remoto/host 10.205.0.1 utilizando lu/pool V1238C15 e porta 23

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 294

De: Fábio M: Rosa/Ponto Frio/BR


Para: Ij0061.gerencia/Ponto Fric/BR@Ponto Frio, Ij0173.gerencia/Ponto Frio/BR® Ponto Frio, IjOI 91.gerencia/Ponto
Mo/BR@Ponto Frio, Ij0233.gerencia/Ponto Frio/BR©Ponto Frio, Ij0257.gerencla/Ponto Frio/BR ©Ponto Frio,
Ij0263.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, Ij0293.gerencia/Ponto Frio/BR®Ponto Frio, Ij0331.gerencia/Ponto
Fíio/BR@Ponto Frio, Ij0363.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, Ij0523.gerencia/Ponto Frio/BR ©Ponto Frio,
Ij0528.gèrencia/Ponto Frio/BR® Ponto Frio, Ij0622.gerencia/Ponto Frio/BR ©Ponto Frio, l]0445.gerencia/Ponto
Frio/BR ©Ponto Frio, Ij0623.gerencla/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, l]0861.gerencia/Ponto Frio/BR ©Ponto Frio,
Ij0913.gerencía/Ponto Frio/BR@Pcnto Frio, 110913.gerencÍa/Ponto Frio/BR © Ponto Frio

Data: Quarta-feira, 28 De Novembro De 2012 15:00


Assunto: FORA DE LINHAATÉ 13H0RAS

SEGUE RESULTADO ATÉ AGORA 13 HORAS ETEM LOJA QUE AINDA NÃO VENDEU NADA ETEM LOJA QUE PAROU DE
VENDER.
VÃO FICAR SEM SENHA.

-? Sessão B - [24 X80] íkmm


Arquivo Editar Exbir Çornunica^So Apões Janela -Ajuda
{^1 mM\ ^ ^ ti[J e|#l •
S2NG Regional: 21 0Ob7 Data 20 II 20í? DIfiRIO

GIRO LENTü( ) FORfl DE LINHfi ( X )

Emp F i l 0 te Valor Venda


21, 0861 3 1.286,00
21 01 /3 4 376,81.
21 0191 1. 930,00
21 0233 1 119,00
21 0257 l 472,00
21 0253 5 975,65
21 0200
21 0293 4 142,80
21 0331
21 0363 4 882,90
21 0445
21 0523
21 0528 2 1.658,00
21 0622
11.064,04

ENTÊR-PROCESSfl PI-2-MENÜ PF5-RlUinHftl,S


PF6-fiCUMULH0n PFY-REGIDNÍIL PÍ-e-PVRNCR PFll-EHPRESn PH2 FlM

Milíl b
Iconeáado aoservidor remoto/host 10.205.0.1 utilizando lu/pool V1238CI5e porta 23 IPDF995 ativadoNe02:
[««éjina
's iniciar-- |'£^ f- ni s...

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 295

De: Fabío M: Rosa/Ponto Frio/BR


Para: Ij0061.gérencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, Ij0173.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, IjOI 91.gerencia/Ponto
Frio/BR@Ponto Frio, Ij0233.gerencla/Ponío Frio/BR@Ponto Frio, Ij0257.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio,
Ij0263.gérencia/Ponto Frio/BR ©Ponto Frio, Ij0293.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, Ij0331.gerencia/Ponto
Frio/BR ©Ponto Frio, Ij0363.gerencia/Ponto Frio/BR©Ponto Frio, Ij0523.gerencla/Ponto Frio/BR ©Ponto Frio,
Ij0528.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, Ij0622.gerencia/Ponto Frio/BR©Ponto Frio, Ij0445.gerencia/Ponto
Frio/BR@Ponto Frio, l|0623.gerencia/Ponto Frio/BR ©Ponto Frio, lj0861 .gerencia/Ponto Frio/BR ©Ponto Frio,
Ij0913.gerencia/Ponto Frio/BR ©Ponto Frio, Ij0913.gerencia/Ponto Frio/BR©PontoFrio

Data: Quarta-feira, 26 De Novembro De 2012 16:00


Assunto: FORA DE LINHA ATÉ AS 14 HORAS

Ainda esta muitopouco a vendados fora de linhae tem loja aindazeradana venda

Sessão B - [24 X 00]


Arquivo Editar Exibir Coiminicação A;5es Janela Ajuda

S7MG Regional; 21 0057 Data: 28 11 201.2 DIRRIG

GIRO LENTO( ) FORfi DE LINHR ( X )

Emp Fil Qts Vrílüt Venda


2J 0051 l] 2.285,2b
21 0173 8 2.348,81
21 0191 1 930,00
21 0233 2 456,00
21 0257 2 622,00
21 0263 7 2.254,55
21 02G0
21 0293 5 400,80
21 0331
21 0363 6 2.585,90
21 0^45 1 8/,12
21 0523 2 765,00
21 0528 A 2.263,30
a
21 0522 »

TüT 65 21.388,15

ENTER-PROCtSSfi Pr-2-MENU " PF5-RF,GTí}NRIS


PF6-RCUMULnD0 PF7-REG10NRL PF8-í-Wr)NCÒ PFIl-EMPRESfi PÍ-12-FIM

01/035
[Conectado ao serÀdorremoto/host10.205.Q.1 udlizando lu/pool V1238C15 e porta 23 PDF995 ativatki Ne02

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 296

De: Fábio M. Rosa/Ponto Frlo/BR


Para: Ij0061.gerencia/Ponto Frlo/BR @Ponto Frio, Ij0173.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, Ij0191.gerencia/Ponto
Frio/BR@Ponto Frio, Ij0233.gerencla/Ponto Frio/BR@ Ponto Frio, Ij0257.gerencia/Ponto Frio/BR@ Ponto Frio,
Ij0263.gerencia/Ponto Frlo/BR@Ponto Frio, Ij0293.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, Ij0331.gerencia/Ponto
Frio/BR@ Ponto Frio, Ij0363.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, Ij0523.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio,
Ij0528.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, Ij0622.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, Ij0445.gerencia/Ponto
Frio/BR@Ponto Frio, Ij0623.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, ij0861.gerencia/ponto Frio/BR@ Ponto Frio,
Ij0913.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, l]0913.gerencia/Ponto Frio/BR®Ponto Frio

Data: Quarta-feira, 28 De Novembro De 2012 17:30


Assunto; FORA DE LINHAATÉ AGORA 15:30 HORAS

Até agora temos loja com zero de fora de linha.


OS FORA DE LINHA PRINCIPALMENTE DE MOVEIS TEM QUE SER EMITIDO NOTA ATÉ DIA 30/11 IMPRETERIVELMENTE.

fíSèssãõB- [2"4x'8Ò]
Arquivo Editar Exibir Comunicação Ações Janela Ajuda

5li

S2NG Regional,: 9057 . Data 28 l i 2012- DlfiRIÜ

GIRO LENTO( FÜRfl DE LÍNHfi ( K )


Emp Fí-L Qte Valor Venda
zx' .0061 6 3.098,09
21 0173 2. 348-, 81
2Í 0191 1 930,00
21 0233 ' '3 • 1.055,00'"
21 0257 2 62-2,00
-21 0263 11 4.226„65
'21 0280 •-

21 0293 15 1.503,^3
21 . 8331
21. 0363 .8- 3.735,90
21 0/^145 12 . 2.222,-82
21 0S23 • 8 1.343,75
21 0528 5 3.241;30 -
2-1 0622
TOT 187 31.817,-23

ENTER-PROGÈSSfl PF2-tlENU PF5-ReGI0NfiIS


PF5-flCUt1ULfiD0 PF7-REGI0NÓL PF8-flVftNCn .PFll-EKPRÊSn Pfi2-FIH

b
iConectado ao servidorremoto/host10.205.0.1utilizando lu/pcol V1238C15e porta 23 1PDF995 ativado Ne02:

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 297

De: Fábio M. Rosa/Ponto Frio/BR


Para: Ij0061.gerencia/Ponto Frio/BR @Ponto Frio, Ij0173.gerencla/Ponto Frio/BR©Ponto Frio, IjOI 91 .gerencia/Ponto
Frio/BR ©Ponto Frio, Ij0233.gerencla/Ponto Frio/BR©Ponto Frio, Ij0257.gerencia/Ponto Frio/BR ©Ponto Frio,
Ij0263.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, Ij0293.gerencla/Ponto Frio/BR© Ponto Frio, IÍ0331 .gerencia/Ponto
Frio/BR ©Ponto Frio, Ij0363.gerencía/Ponto Frio/BR©Ponto Frio, Ij0523.gerencia/Ponto Frio/BR ©Ponto Frio,
Ij0528.gerencia/Ponto Frio/BR©Pcnto Frio, Ij0622.gerencia/Ponto Frio/BR ©Ponto Frio, iÍ0445.gerencia/Ponto
Frio/BR ©Ponto Frio, Ij0623.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, l]0861.gerencia/Ponto Frio/BR ©Ponto Frio,
Ij0913.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, Ij0913.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio

Data: Quarta-feira, 28 De Novembro De 201218:13


Assunto: FORA DE UNHA ATÉ 16 HORAS

SEGUE RESULTADOIdE FORADE UNHA ATEAGORA


AINDA ESTA MUITOTÍMIDA A VENDA E APROVEITEM POIS EM DEZEMBRO NÃO VAI TER ESTA MAMATA.
OS FLDE MOVEIS TEM QUE VENDER TUDO E EMITIR NOTA ATÉ SEXTA SEM FALTA.
Sessão B -[24x80]
Arquivo Editar Enbir Comunicarão Ações Janela Ajuda

h\%\ M\M\ 1^1


S2NG Regional; 21 0057 Data 28 n 2012 DIfiRIO

GIRO LENTü( ) FORfi DE LINHfi ( X )

Emp Fil gte Valor Venda


21 0061 9 3.4^15, «19
21- 0173 9 3.747,81
21 0191 1 930,00
21 0233 3 1.055,00
21 0257 2 622,00
21 02-63 12 4.336,65
21 0280
21 0293 16 1.552,48
21 0331
21 0363 12 4.932,90
21 , 04^15 12 2.??2,82
21 0523 10 2.283,55
21 0528 6 3.929,30
21 0622
TOT 12^ 36.976,73

ENTER-PROCESSR PF2-MENU PFB-REGIONfilS


PF6-RCUMÜLRD0 PF7-REGI0NRL PFO-r-WriNCfl PF1.1" EHPRF.-SR PRZ-FTM

01/035
Conectado ao servidor remoto/host 10.205.Q.1 ubiizando lu/pool V1238C15 e porta 23 PDP995 ativado Ne02!

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 298

De: Fábio M. Rosa/Ponto FrIo/BR


Para: Ij0061.gerencia/Ponto Frio/BR®Ponto Frio, l]0173.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, Ij0191.gerencia/Ponto
Frío/BR@Pcnto Frio, l|0233.gerencia/Ponto Frio/BR ©Ponto Frio, Ij0257.gerenc!a/Ponto Frio/BR@Ponto Frio,
Íj0263.gerencia/Ponto Frlo/BR@Pcnto Frio, Ij0293.gerencia/Ponto Frio/BR ©Ponto Frio, ÍÍ0331.gerencia/Ponto
Frio/BR,©Ponto Frio, i]0363.gerencía/Ponto Frio/BR ©Ponto Frio, l]0523.gerencia/Ponto Frio/BR ©Ponto Frio,
Ij0528.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, ij0622.gerencia/Ponto Frio/BR ©Ponto Frio, iÍ0445.gerencia/Ponto
Frio/BR® Ponto Frio, Ij0623.gerencla/Ponto Frio/BR ©Ponto Frio, ij0861 .gerencia/Ponto Frio/BR©Ponto Frio,
Ij0913.g'erencia/Ponto Frio/BR ©Ponto Frio
cc: l|0913.gerencia/Ponto Frio/BR©Ponto Frio

Data: Quarta-feira, 28 De Novembro De 2012 19:49


Assunto: FORA DE LINHAATÉ O MOMENTO 17:48 HORAS

FORA DE LINHA ATE O MOMENTO. MELHOROU MAS PODERÍAMOS TER DADO MUITO MAIS RESULTADO SE
CONSIDERARMOS OS DESCONTOS E A NÃO VENDA DESERVIÇOS.

•3-.! Sessão B - [24 X80] •: • mQ


Arquivo Editar E»bir Comunicação Ações Janela Ajuda

mJ 1 @ 1^1 N 1^*1^11 jyjÈi


S2NG Regional: 21 9057 Data; 20 11 2012 DIRRIO ,

GIRD LENTQ( ) FORR DE LINHfi ( X )

- Erojj Fil Qte Valor Venda


21 0061 16 5.190,12
21 0173 20 5.16d,81 -•

21 0191 /| 1.361,67
21 0233 3 1.056,00
21 0257 15 2.155,00
21 0263 1^ d.779,97
21 0200
21 0293 2/1 . 3.9/16,33
21 033.1 2 1.057,61
21 0363 13 6.131,90
21 0-1^5 13 2.272,72

21 0523 10 ' 2.283,66
21 0528 11 7.351,61

21 0622
TOT 185 51.3?/],32

ENTER-PRÜCESSfl PF2-MENU PF5-REGI0NfiXS


PFõ-nCUMULfiDO PF7~REGL0NÍU PF8~0VRNCn PFll-aiPRESfl PR2-FIM

Man b fí 01/035
|i^ [Conectado aoservidor remoto/host 10.205.0.1 utjTtzandolü/poolVlZSSClSe porta 23 IPDF995 ativadoNeQ2;

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 299

De: juscelino.souza/CasasBahia
Para: rita.raimundo/CasasBahia@CB, f0059.operacional/CasasBahia@CB,
f0093.operacionaI/CasasBahia@CB, f0183.operacional/CasasBahia@CB,
f0217.operacional/CasasBahia@CB, f0341.operacionaI/CasasBahia@CB,
f0346.operacional/CasasBahia @CB, f0387.operacional/CasasBahla@ CB,
f0417.operaclonal/CasasBahia@CB, f0419.operacional/CasasBahia@CB,
f0420.operacional/CasasBahia@CB, f0436.operacionaI/CasasBahia@CB,
f0437.operacional/CasasBahia@CB, f0497.operacional/CasasBahia@CB,
f0537.operacional/CasasBahia@CB, f0550.operacional/CasasBah|a@CB,
f0608.operacional/CasasBahia@CB, f0615.operacional/CasasBahia@CB,
f0621 .operacional/CasasBahia@CB, f0059.gerencia/CasasBahia@CB,
f0093.gerencia/CasasBahia@CB, f0183.gerencia/CasasBahia@CB,
f0217.gerencia/CasasBahia@CB, f0341 .gerencia/CasasBahia@CB,
f0346.gerencia/CasasBahia@CB, f0387.gerencia/CasasBahia@CB,
f0417.gerencia/CasasBahia@CB, f0419.gerencia/CasasBahla@CB,
f0420.gerencia/CasasBahia@CB, f0436.gerencÍa/CasasBahia@CB,
í0437.gerencia/CasasBahia@CB, f0497.gerencia/CasasBahia@CB,
f0537.gerencia/CasasBahia@CB, f0550.gerencia/CasasBahia@CB,
f0608.gerencia/CasasBahia@CB, f0615.gerencia/CasasBahia@CB,
f0620.gerencia/CasasBahia@CB, f0621.gerencia/CasasBahia@CB,
f0636.gerencia/CasasBahia@CB, juscelino.souza@casasbahia.com.br,
juscellnosouza@uai.com.br, f0346.grupo22/CasasBahia@CB

Data: Sexta-feira, 10 De Maio De 2013 15:36


Assunto: TROCA DE PRODUTOS STD COLABORADORES

Srs, boa tarde!

Esperamos que não estejam AUTORIZANDO TROCAS PARA COLABORADORES, sem nossa
aprovação...

CONSIDERAREMOS FALTA GFRAVE, constando no "Diário de bordo" do PDL...

Juscelino/ GR G 22

STD N"

LOJA;

DATA:

NOME DO COLABORADOR:

MATRÍCULA:

CPF :

CÓDIGO DO PRODUTO:

DESCRIÇÃO DO PRODUTO:
DATA DA COMPRA:

PRAZO DE GARANTIA DE FÁBRICA :

TEVE DESCONTO ESPECIAL ? QUAL O % ?

VALORES DO DESCONTO (RS)

PRODUTO VENDIDO NOVO OU NO ESTADO ?

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 300

De: Luiz C. Costa/Ponto Frio/BR


Para: Ij0028.gerencia/Ponto Frio/BR @Ponto Frio, ij0029.gerencia/Ponto Frio/BR @Ponto
Frio, Ij0114.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, Ij0122.gerencia/Ponto
Frio/BR@Ponto Frio, Ij0127.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio,
ijOI49.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, ij0330.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto
Frio, lj0360.gerenGia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, lj0361 .gerencia/Ponto
Frio/BR@ Ponto Frio, ii0366.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio,
Ij0428.gerencia/Ponto Frio/BR©Ponto Frio, ij0471.gerencia/Ponto Frio/BR ©Ponto
Frio, Ij0484.gerencia/Ponto Frio/BR©Ponto Frio, Ij0539.gerencia/Ponto
Frio/BR ©Ponto Frio, ij0676.gerencia/Ponto Frio/BR© Ponto Frio,
Ij0161 .gerencia/Ponto Frio/BR©Ponto Frio

Data: Segunda-feira, 28 De Novembro De 2011 17:51


Assunto: DETERMINAÇÃO SOLICITAÇÕES de MÓVEIS

Senhores Gerentes,

DETERMINAÇÃO: TODOS OS PEDIDOS de MÓVEIS solicitados diretamente pela loja PRECISA


PRIMEIRO ter a anuência do seu SUPERVISOR de LOJAS.

De nada adianta fechar lay-out, ajustes etc e depois A LOJA sair PEDINDO mais PRODUTOS que
cabe ou
solicitando produtos INADEQUADOS.

Temos Ipjas ABORROTADAS deMÓVEIS e OUTRAS TOTALMENTE ERI^DAS emjua ,


composição
de conjuntos, armonias de ambientes etc.

Lembro-lhes que se algum GERENTE passa a sua senha para fazer REQUISIÇÃO a
RESPONSABILIDADE
éDO GERENTE (VC NÃO TEM ESTA AUTONOMIA)

ESPERO QUE TODOS CUMPRAM ESTA DETERMINAÇÃO.


RAQUEL/IRMA/IRANIe LÚCIA, fV me MANTER INFORMADO se a partir desta DATA alguma
loja
começar a fazer requisição de MÓVEIS sem antes ligar para vcs.
NÃO quero estar criando um DIFICULTADOR, mas SIM um CONTROLE e acerto maior em quais os
produtos
e cores/ ambientes etc.-

OBRIGADO.

Luiz Carlos Costa


Gerente Regional B.Hte.
Rua Tupinambás N. 346- Centro-B.Hte-MG.
CEP= 30120-070
03 Andar-Diretoria M.G
Email: lcosta@pontofrio.com.br
Fax :(31)3222-6332.
Cel: (31)9723-9005
Globex Utilidades S/A/ Ponto Frio.

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 301

De: Luiz C. Costa/Ponto Frio/BR


Para: ij0428.gerencia/Ponto Frio/BR ©Ponto Frio, Ii0122.administracao59/Ponto
Frio/BR@Ponto Frio

Data: Quinta-feira, 31 De Maio De 2012 18:37


Assunto: Res: LIBERAR TELEFONE...

Nao autorizado.

Mensagem original
De: lj0428.geréncia
Enviada em: 31/05/2012 18:36 ZW3
Para: Ij0122.administracao59
Cc: Luiz Costa
Assunto: LIBERAR TELEFONE...

Igor,
gentileza verificar a possibilidade deliberar o telefone que fica na área administrativa para fazer ligações
para celular, pois não temos nenhum telefone liberado para tais ligações, dificultando assim a operação
da loja. (CORPORATIVO FICA ODIA INTEIRO SOBRECARREGADO. EM VÁRIOS MOMENTOS
VOCÊS PRECISAM FALAR EMERGENCIALMENTE NA LOJA E O TELEFONE ESTA
_OCULPADO.) _ __ ____
TEL > 031 - 3363 - 2464

Eudes José
Gerente Loja - Itaú Power Shopping
Contagem / M.G.
Tel > 9624-9044

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 302

ANEXO VII

Documentos Comprovando que o


Gerente não tem Poderes para
Realizar Manutenção em sua Filial
sem Autorização do Regional

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 303

Data: Quinta-feira, 14 De Janeiro De 2010 20:43


Assunto: ****URGENTE***** Autorização para Saida de Caixa .

Contagem, 14 de Janeiro de 2010

De: Sr. Joel Mesquita - Gerente Regional Gr.l4


Para: Gestores

Assunto : Autorização para saida de caixa.

Informo que está terminantemente proibido fazer quaisquer despesas de saida de caixa sem autorização
do regional Sr. Joel Mesquita conforme abaixo :
* Material de Limpeza
* Material de Escritório
* Locução
* Lanches e Refeições
* Decoração de Lojas Data Sazonais
* Carro de Som
* Dist. Tablóide . ,
* Cartazista
* CD
* Pipoca
* Palhaço
* Flash em Rádio
* Frete
* Carreto
* Combustiyel
* Condução
* Xerox
* Água
* Jornais e Revista
* Montagem de Bicicletas
* Cópia de Chave
* Cabo de Aço
* Sindicato
* Dedetização
* Elétrica
* Hidráulica
* Vidraçaria
* Serralheria
* Pintura
* Elevador
* e Outros

Procedimento para Solicitação de Autorização


* Ligar para o Regional.
* Solicitar jünto a Secretária (Supervisão) protocolo de autorização.
* Preencher Saída de Caixa informando todos os dados e o n° do protocolo de autorização.
* Saídade CaixaConcluída (Despesas Cadastradas): o próprio gestoraprova na filial.
* Saída de CaixaConcluída (Não Cadastradas): o Regional estará aprovando nas 2® e 5^ feiras.
* Despesas comManutenção: A pessoaque for fazero serviço deve obrigatoriamente apresentar uma
Autorização da regional apropriada para esta finalidade, constando serviço a ser feito e valor acertado.
Após a execução do serviço e conferência do gestor, deve ser feito a Saída de Caixa e informar na Saída
o n® do protocolo que está na Autorização de serviço.
Conto com o costumeiro comprometimento de todos quanto a redução de despesas.

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 304

De: Luiz Cláudio Cardoso de Oliveira/Ponto Frio/BR


Para: Ij0149.gerencia@pontofrio.com.br, IjOI59.gerencia®pontofrio.com.br,
lj0160.gerencia@pontofrio.com.br, lj0288.gerencia@pontofrlo.com.br,
lj0332.gerencia@pontofrio.com.br, lj0334.gerencia@pontofrio.com.br,
Ij0364.gerencia@pontofrio.com.br, lj0368.gerencia@pontofrio.com.br,
Ij0370.gerencia@pontofrio.com.br, lj0371.gerencia@pontofrio.com.br,
Ij0372.gerencia@pontofrio.com.br, lj0421.gerencia@pontofrio.com.br,
lj0422.gerencia@pontofrio.com.br, Ij0428.gerencia@pontofrio.com.br,
Ij0538.gerencia@pontofrio.com.br, Ij0590.gerencia@pontofrio.com.br,
lj0677.gerencia@pontofrio.com.br, lj0749.gerencia@pontofrio.com.br

Data: Quinta-feira, 04 De Agosto De 2011.15:44


Assunto: AUTORIZAÇÃO PARA SAÍDA DE CAIXA

Srs GERENTES,

é expressamente proibido fazer qualquer saída de caixa sem a autorização do Gerente Regional.
Vamos combinar uma coisa: Iremos formalizar os pedidos de autorização via email para ficar registrado,
informando no email detalhadamente o motivo e o valor solicitado.

Qualquer saída de caixa sem minha autorização será considerado falta grave.

abs

câu'~" ~ " ~ ~

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 305

De: Ij0122.administracao59/Ponto Frio/BR


Para: 1Í0028 derencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, |j0029.gerencia/Ponto Fno/BR@Ponto
Frio Ij0114.gerencia/Ponto Frlo/BR®Ponto Fn^^J^l^^gerena^Ponto
Frio/BR@Ponto Frio. ij0127.gerencia/Ponto Frir,/RR@Ponto
1Í0149 aerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, lj0161.gerencia/Ponto Fno/BR@Pon o
Frio IjOSSO.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto
Frlo/BR@Ponto Frio, 110361 .gerencia/Ponto Fno/BR@Ponto Fno, /Dntí^pnniT.
Ii0366.gerencla/Ponto Frio/BR@Ponto Frio,
Frio, lj0471 .gerencia/Ponto
Frin/RR@Ponto Frio 110539Frio/BR@ Ponto Frio/BR@Ponto Frio,
qerencia/Ponto *
lj0676.gerenGÍa/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, !j0933.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto
Frio . ,/r» .
cc: Ij0028.operacional/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, °
FrÍo/BR@Pònto Frio, Ij0122.operacional/Ponto ° Üí
Ii0127.'operacionai/Ponto Frio/BR@Ponto Frio,
Frio/BR@Ponto Frio, Ij0161.operacional/Porito Frio/BR@Ponto Frio,
I10330.operacional/Ponto Frio/BR@ Ponto Frio, lj0361 .operacional/Ponto
Frio/BR@Ponto Frio, Ij0428.operacional/Ponto Fno/BR@Ponto Fno,
Ii0484.operacional/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, Ij0539.operacional/Ponto
Frio/BR@Ponto Frio, ii0676.operacionaí/Ponto Frio/BR@Ponto Fno, _ .
Ij0933.operacional/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, Luiz C. Costa/Ponto Fno/BR@Ponto

Data: Segunda-feira, 09 De Julho De 201211:50


Assunto; Saída de Caixa

IMPORTANTE...

Não está autorizado a fazer retirada no caixa sem a autorização da regional.


Tem filial que está retirando, emitindo saída de caixa elogo depois liga para solicitar autonzaçao. Ese
iião for aprovada??? Quem vai assumir???? Por tanto é PROIBIDO, mesmo porque nao enorma da
empresa ficar com despesa parada nafilial.

Atenciosamente,
Igor Maciel - Adm GR 59
Tel.: (31)3198- 5929
Corporativo: (31) 9680- 6826
RTnRÍl!li0122.adminístracao59@pontofrÍQ.com.br

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 306

Boa Tarde

Senhores Gestores

Informo que apartir de Hoje 01/07, todas as saídas de caixa referente a Verba de 500,00 com
Manutenção eas Despesas Operacionais 20í?, 00 deverão serpassadasprimeiramente pelo Regional
Fernando Segatto, ou seja todas Manutenções so serão realizadas com a autorização do Regional.

Todas saídas de caixa feita pelo codigo 80, deveram conterprotocolo do comitê e Protocolo de
Confirmação
pela Regional com o Dreyfus/Jessica.

Obs: Ocód 80^ (Despesas Operacionais) são especificas, ou seja ,nãopoderá ser usada para
manutenção Emergencial, ou sera reembolsadospelo responsável da saida de Caixa

Jessica Cristina-Grupol4, 59 e 60
VOIP: 13445928/13445932
Casas Bahia/PontoFrio

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 307

De: Comunicado Lojas/Ponto Frio/B R


Para: Comunicado Lojas/Ponto Frio/BR@Ponto Frio
oco: Ij0372.gerencla/Ponto Frio/BR

Data: Sexta-feira, 20 De Abri! De 2012 14:46


Assunto; 177/04 - PROCEDIMENTO DE SOLICITAÇÃO DE MANUTENÇÃO NAS LOJAS

Abrangência: Todas as LojasPontofrio

Prezado Gerente,

Informamos que tnda Solicitação de Manutenção deve ser enviada para oe-m^ do Gerente Regional
ou do Administrativo da respectiva gerência regional. Para efètiVáção.da solicitação de manutenção e
obrigatório opreenchimento do e-mail de solicitação contendo todos os itens listados abaixo.
Assunto do e-mail: Informar onúmero centro de custo da loja, seguido da palavra "Manutenção (Ex..
Loja XXXX - Manutenção);

Loja: Informar o Centro de Custo damanutenção;


Serviço: Informar o tipo do serviço a serrealizado;
SoUcitante: Informar o nome da pessoa qué solicitou o serviço;
Telefone : Informar um telefone de contato com a loja;
Descrição da Manutenção: Breve descrição da manutenção que devera ser realizada.
Serviços disponíveis:
Ar condicionado (rrianutenção no ar condicionado); , ^ j j i • '•
Elétrica (lâmpadas, refletores, spots, timer, elétrica para informática, pontos de rede, iuminana,
tomada, antena, automação);
Gerador (manutenção no gerador);
Hidráulica (entupimentos, vazamentos, problemas nadescarga); « •
Reparos Civis - telhado, proteção contra incêndio (para-raios), vidros, espelhos, pintura,
serxaíheria, portas metálicas, pastilhas, alvenaria, revestimentos, notificação de adequaçao predial
^ Outro^(toldo, totem, soleira, painel de ACM, reparo de mobiliário, lonas, notificação de
adequação de fachada, escada rolante).

IMPORTANTE - Nos Casos Emeraenciais , quando houver risco eminente de interrupção do


fimcionamento da loja ou risco àintegridade física de colaboradores eclientes, as loj^ possuem um valor
mensal para atender às necessidades emergenciais de manutenção. Esse valor será utilizado através de
Saída de Caixae deve ser registrado no setorde manutenção.
Exemplos de casos emergenciais; cano estourado causando alagamento, problema na re^geraçao do
nobreak, não fimcionamento do gerador, não funcionamento da cabine pnmana, pnncipio de incêndio,
arrombamentos, fechadura da loja quebrada, vidro do balcão show case quebrado, entre outros.
Para realizar oregistro da despesa, ENVIE um e-mail com os dados da manutenção eE^FOIME os
dados da saída de caixa, conforme abaixo, para o Gerente Regional com copia para o Admimstrativo
Regional:

Assunto do e-mail: Informar onúmero centro de custo da loja, seguido da palavra "Manutenção (Ex..
Loja XXXX - Manutenção);
Loja: Informar o Centro de Custo da manutenção;

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 308

Serviço: Informaro tipo do serviçorealizado;


Solicltante: Informar a pessoa que solicitou o servi^ ;
Telefone ; Informar um telefone de contato com a loja;
Descrição da Manutenção: Breve descrição da manutenção emergencial realizada;
Observação; Informar que amanutenção foi paga com saída de caixa número XXXX no valor de RS
XXXX. i

Para consultar o Centro de Custo deManutenção acesse o Portal no endereço; Lojas - PF / Processos
Loja/ Tabelas e formulários/ Centro deCusto de Lojas para abertura dechamado junto à manutenção.
Certos da atenção de todos!

Comunicado"Lojas ' • . • . . >


E-mail: comunicado.lojas@pontofrio.còm.br

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 309

http://coirelocb.casasbahia.com.br/mail 13/f0418ger.nsf/($.

De: andressa assuncao/CasasB ahia

Para: f0026.gerencia/CasasBahia(5>CB, f0139.gerencia/CasasBahia@CB, f0159.gerencia/CasasBahia@CB,


f0215.gerencia/CasasBahia@CB, f0238.gerencia/CasasBahIa@CB, f0246.gerencia/CasasBahia@CB,
f0259.gerencia/CasasB^ia@CB, f0260.gerencia/Cas^Bahia@CB, f0285.gerencia/CasasBahia@CB,
f0332.gerencia/CasasBahia@CB, f0327.gerencia/CasasBahia@CB, f0344.gerencia/CasasBahia@CB,
f0349.gerencia/CasasBahia@CB, f0356.gerencia/CasasBahia@CB, f0398.gerencia/CasasBahia@CB,
f0418.gerencia/CasasBahia@CB, f0552.gerencia/CasasBahia@CB, í0609.gerencia/CasasBahia@CB,
f0681.gerencia/CasasBahia@CB, f0344.grupo14/CasasBahia@CB, f1694.gerencia/CasasBahia@CB,
f1682.gerencia/CasasBahia@CB, f1731.gerencia/CasasBahia@CB, f1741.gerencia/CasasBahia@CB,
f01742.gerencia@casasbahiacom.br, füD26.operac!onal/CasasB^ia@CB,
f0139.operacipnal/CasasBahia@CB, f0159.operacionaI/CasasBahia@CB,
f0215.operacíonal/CasasBahia@CB, f0238.operacional@casasbahia.com.br,
f0246.operacional/CasasBahia@CB, f0259.operacional/CasasBahia@CB,
f0260.operacional/CasasBahia@CB, f0285.operacional/CasasBahia@CB,
f0327.Dperacional/CasasBahia@CB, f0332.operacionai/CasasBahia@CB,
f0344.Dperacional/CasasBahia@CB, f0356.òperacional/CasasBahia@CB,
f0398.operaciona!/CasasBahia@CB, f0418.operacionai/CasasBahia@CB,
f0552.operaciona!/CasasBahia@CB, f0509.operacional/CasasBahia@CB,
f0681.operacional/CasasBahia@CB, f1682.operaclonal/CasasBahia@CB,
f1694.operacional/CasasBahÍa@CB, f1731.operacional/CasasBahia@CB,
f1741.operaciona!@casasbahiacom.br
cc: femando.segatto/CasasBahia@CB

Data: Terça-feira, 01 De abril De 201416:26


Assunto: Urgente : SAÍDAS DE CAIXA MANUTENÇÃO GR.14

Contagem , 01 de Abril de 2014

Pessoal, bom dia !

Notamos mês passado que as filiais não vêm cumprindo as regras para autorização de sádas de caixade
manutenção (vertDa mesal de R$ 500,00).

Esta verbaé gerenciada pela regional e não deve ser comprometida antes da autorização da mesma.

Temos uma planilha de controle onde são anotados todos os gastos , protocolos e números de OM paraprestaçãode
contas ao comitê de despesa, portanto segue abaixo as normas para utilização da verba:

1 - Ligar para a regional para verificar a disponibilidade de valor referente ao mês vigente.
2 - Enviar e-mail para solicitação de OM ( para a regional)
3 - Após o recebimento do e-mail com o numero de OM , abrir protocolo no comitê de despesas e informar o numero
(da OM ) na descrição da solicitação.

Ide 2 22-08-2014 14:22

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 310

De: Werley A. Oliveira/Ponto Frio/BR


Para: li0927.gerencia@pontofrio.com.br, Ij05i4.geren9ia@pontofrio.com.br,
Ij0365.gerenoia@pontofrio.com.br, Ii0159.gerencia@pontofno.com
l{0Í60:aemnSai&^^^
lj0332.gerencia@pontofrio.com.br, l|0334.gerencia@pontofrio.com.br,
I10372.gerencia@pontofrio.com.br, ij0421 .gerenciagpontofrio.
ii0422.qerencia@pontofrio.com.br, lj0538.gerencia@pontofrio.com.Dr,
lj0590.gerencia@pontofrio.com.br, Ij0677.gerencia@pontofrio.com.br
cc; f0344.grupo14@casasbahia.com.br

pata:. - , .Sèxtá-feira, 05 De Outubro De 2012 17:00


•MANUTENÇ^^ DE LOJA

Apáíir de hoje fica OBRIGATÓRIA comprir todoas as etapas abaixo.


Sèiil nenhuma excessão.
Wèrley

Boa tarde Gestores,

í^^ânÜgição da filial até ovalor de 500,00 reais terá oseguinte Procedimento


í? íníp^& ao Regional a necessidade demanutenção.
á&fiíiM dévèrà fazer 11^ e pedir para o comitê dedespesas o protocolo.
l^uâfiHo. àutòrizado oprotocolo, deverá encaminhar um email no modelo abaixo parâ
BP344;GRUP014@GASASBAHIA.C0M.BR.

Loja:
Cod:'
Serviço:
Tel:
Descrição:
Valor:
Protocolo:

Segue a explicação de cada item:


Loja: (Número da sua filial) ^ ,
Centro de custo: (Onúmero do centro de custo de sua filial, segue atabela com omesmo, tavor
guardar o número de sua loja)

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 311

De: joel.mesquita/CasasBahia OiG4


Para: f0621.gerencia/CasasBahia®CB, f0344.grupo14/CasasBahia@CB,
"f0344.adfnlnistracao" <f0344.admlnistracao@casasbahia.com.br>

Data: Sexta-feira, 03 De Junho De 2011 17:42


Assunto: Res: liberaço de gasto com manutenção

Ok autorizado

Att,
Joel Mesquita
Ger.Reg.Gr.l4
Tel: (31)3198.5932
VoiP: 4+1+344
'oelmesquita@casasbahia.com.br

De: ÍD621.gerencia
Enviada em: 03/06/2011 17:26 ZW3
Para: jR)344.grupol4
Ce: joel.mesquita
Assunto: liberaço de gasto com manutenção

BOA NOITE GOSTARIA QUE LIBERASSE PARA NOS O GASTO ABAIXO.


LOJA:1621 COD 6709
SERVIÇO:VIDRAÇARIA
SERVIÇO:MANUTENÇAO
SOLICITANTE :92886
TEL:03899519517
DESCRIÇAO:TROCA DE UM VIDRO DA VITRINE DOPORTÁTEIS
VALOR:35,00
MUITO OBRIGADO

CLAUDIONOR

GESTOR FL-0621

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 312

•f
De: joel.mesquita/CasasBahia OiCo
Para: f0621.gerencia/CasasBahia@CB, f0344.grum14/CasasBahia@CB,
"f0344 administração" <f0344.administracao@casasbahia.com.br>

Data: Sexta-feira, 03 De Junho De 2011 17:17


Assunto: Res; liberação de gasto com manutenção

Ok autorizado

Att,
Joel Mesquita
Ger.Reg.Gr.14
Tel: (31)3198.5932
VoiP: 4+1+344
joel.mesquita@casasbahia.coni.br

De: fD621.gerencia
Enviada em; 03/06/2011 16:53 ZW3
Para: f0344.grupol4
Ce; joel.mesquita
Assunto: liberaçãode gasto com manutenção

BOATARDE GOSTARIA QUENOS AJUDASSE.


LOJA:1621 COD 6709
SERVIÇOrMANUTENÇAO
SOUCITANTE:92886

DKCMÇAO MANUTENÇAO:CO^^ DE FECHADURA PARA VITRINE ECABO DE AÇO


VALOR:28,00
MUITO OBRIGADO

vtLAUDIONOR
GESTOR FL-0621

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Fls.: 313

.D
De: joel.mesquita/CasasBahia
Para: f0621.gerencia/CasasBahia@CB, f0344.aciminislracao/CasasBahia@CB, 0106
"f0344.grupo14" <f0344.grupo14@casasbahia.com.br>

Data: Terça-feira, 14 De Junho De 2011 9:58


Assunto: Res: manutenção

Autorizado!

Att,
Joel Mesquita
Ger.Reg.Gr.14
Tel: (31) 3198.5932
VoiP: 4+1+344
ioel.mesquita@casasbahia.com.br

De: f0621.gerencia
Enviada em: 14/06/2011 09:49 ZW3
Para: f0344.administracao
Ce: joel.mesquita
Assunto: manutenção

BOM DIA . ,
GOSTARIA QUE LIBERASSE A MANUTENÇÃO DA LOJA.
LOJA:1621 COD;6709 -
SERVIÇO:MANUTENÇAO DA LOJA
SOLICITANTE:92886
TEL:03899519517
DESCRIÇAO:COMPRA DE CABO DE AÇO EREMOVERDOR
VALOR:38,40
MUITO OBRIGADO
\
/

CLAUDIONOR

GESTOR FL-0621

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Fls.: 314

Joel Mesquita

De: ít)621.gerencia
Eavíada em: 05/09/2011 07:50 ZW3
Para: joel.mesquita
Cc: f0344.grupol4
Assunto: MANUTENÇÃO NA LOJA

bom dia gostaria que liberasse a saidade caixa abaixo.


loja;1621 cod 6709
serviço :manutençao
solicitanterclaudionor cangussu
tel:038995I5417
desc:compras detampos de vaso,compra de uma fechadura para casa da bomba,lampadas
valor: 195,60
muito obrigado

Montes Claros, 02 de agosto de 2011.

Atenciosamente,

CLAUDIONOR CANGUSSU
Gestor fl 1621
Corp.(38) 9951.5417

iA.na.onn

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Fls.: 315

De: joel.mesquita/CasasBahia
Para: f0621 .gerencia'CasasBahia@CB
cc: f0344.administracao/CasasBahia@CB

Data: Sexta-feira, 16 De Setembro De 2011 13:26


Assunto: Res: PEDIDO DE LIBERAÇÃO PARA MANUTENÇÃO

Cangucu,
E as lâmpadas queimadas?
Faca um novo email incluindo elas.

Danubia,

Autorizado, abrir OM, vamos fazer via verba loja.

De: fD621.gerencia
Enviada em: 16/09/2011 12:49 ZW3
Para: joel.mesquita
Cc: f0344.administracao
Assunto: PEDIDO DE LIBERAÇÃO PARA MANUTENÇÃO

boa tarde chefe gostaria que liberasse a manutenção abaixo.


loja: 1621 cod 6709
servi ço:manutençao
solicitante:claudionor cangussu
tel:03899515417
desc:ll ralos para banheiro 13,50 cada total 148,50
04 fechaduras para vitrine. 12,00 cada total 48,00
cartaz da loja dos saldos 37,00
total. 233,50
Montes Claros, 02 de agosto de 2011.

Atenciosamente,

CLAUDIONOR CANGUSSU
Gestor fl 1621
Corp.(38) 9951.5417

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Fls.: 316

De: IÍ0428.gerencia/Ponto Frio/BR


Para: ' monica.santos@casasbahia.com.br

Data: Sexta-feira, 19 De Agosto De 2011 22:21


Assunto: Despesa com condução

Favor autorizar saída de caixa para pagamento de condução ida e volta R$5,10 referente a homologação
de funcionários no sindicato de Contagem dia 16/08/2011

att,

Tais

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Fls.: 317

De: "comiie.desp0sa@viavarejo.com.br" <comite.despesa@viavarejo.com.br>


Para: "f1740.gerencia@casasbahia.com.br" <f1740.gerencia@casasbahia.com.br>,
"f1740.gerencia@casasbahia.com.br" <f1740.gerencia@casasbahia.com.br>

Data: Quarta-feira, 23 De dezembro De 2015 07:30 PM


Assunto: Comitê Despesas-Formulário Despesa-N®02000181995 {1450899061978)

== COMITÊ DE DESPESAS ==
- Formulário de Solicitação de Despesas -

POR GENTILEZA, NÃO RESPONDER ESTE EMAIL.

Protocolo N.°: 02000181995


Status: Aprovada
Solicitante: NEIVA SILVA TIENGO
Analista: ERICA APARECIDA SANTOS ALVES
Data: 23/12/2015
Parecer:
Descritivo: RETIRADA DE CHAVE QUEBRADA NA PORTA DA LOJA E COPIA DE
OUTRA CHAVE

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 318

Contagem,28 de Dezembro de 2015

Serviço: Chaveiro

Solícitante: Neiva Silva Tiengo / Filial 1740


Cargo: , Gerente

Telefone: 031-35218400
Retirada de chave quebrada e copia da chave da
Descrição da Manutenção: porta da loja
Centro de Custo: 6827

Valor: R$ 40,00
Protocolo: 02000 181995

Situação do Protocolo: Aprovado

Suysliam Oliveira
Aux. Escritório GR14
Corporativo:{31) 7132-4183
Voip:13445926

Esta mensagem (incluindo anexos, se houver) contém informações confidenciais para o


destinatário, tem fins específicos e é protegida por lei.
Se você não é o destinatário desta mensagem, você deve apagá-la imediatamente.
Qualquer divulgação, cópia ou distribuição desta mensagem, sem prévia autorização da Via
Varejo é estritamente proibida.

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 319

De: f0344.grupo14/CasasBahia
Para: f1740.gerencia@casasbahia.com.br

Data: Terça-feira, 29 De dezembro De 2015 03:17 PM


Assunto: gnc: RES: Manutenção Filial 1740 / Chaveiro

Contagem,29 de Dezembro de 2015

Boa Tarde.
Segue numero de OM e Nota para saida de manutenção.

Suysiiam Oliveira
Aux. Escritório GR14
Corporativo:(31) 7132-4183
Voip:13445926

--- Encaminhado porf0344.grüpo14/CasasBahia em 29/12/2015 13:15 —


Para: "f0344.grupo14@viavarejo.com.br" <f0344.grupo14@viavare]o.com.br>, OM - Ordem de Manutenção
<omordem@multivarejogpa.com.br>
De: OM - Ordem de Manutenção <omordem@mu!tivarejogpa.com.br>
Data: 29/12/2015 12:52
Assunto: RES: Manutenção Filial 1740 / Chaveiro

Bom Dia,

Ordem 41710397 com nota 1553339

Glancarío Ribeiro Brito

Call Center - Manutenção

(11 4004-0010 (opção 03)

De: f0344.grupo14@viavarejo.com.br [mailto:f0344.grupo14@viavarejo.com.br]


Enviada em: segunda-feira. 28 de dezembro de 2015 15:19
Para: OM - Ordem de Manutenção
Assunto: Manutenção Filial 1740 / Chaveiro
Prioridade: Alta

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 320

De: f1740.gerencia/CasasBahia
Para: fernando.segatto/CasasBahia(S)CB
cc: f0344.grupo14/CasasBahia@CB

Data: Segunda-feira, 18 De janeiro De 2016 06:06 PM


Assunto: Ene: FORMULÁRIO PARA SOLiCiTAÇÃO DE OM

Boa tardei!!

Fernando.

Segue abaixo solicitação para autorização referente a confecção da cópia tetra chave da porta da ioja, pois a
mesma quebrou.

Serviço: Cópia da tetra chave da porta ioja


Solicítante: Neiva Silva Tiengo
Cargo: Gerente de loja
Telefone: 31-35218400

Descrição da Manutenção: cópia de tetra chave da porta da loja


Centro de Custo: 6827

Valor: 27,00
Protocolo:

Situação do Protocolo:

Neiva S. Tiengo
Gerente FL -1740
Deus é Fiei

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 321

http://coiTeiocb.casasbahia.com. br/mai116/f0356ger.nsf/($.

De: f0356.gerencia/CasasBahla
Para: lgor.maciel/CasasBahia@CB

Data: Segunda-feira, 16 De março De 2015 23:00


Assunto: Autorização para a troca de fechadura***URGENTE'

Bom dia!!!

igor,

Gostaria de saber se já posso abrir o protocolo para troca da fechadurado estoque de risco e coiocação das tetra
chaves tanto no quartinho de celuiarquanto da porta de saída da ioja. Pois no mês passado você não autorizou a
fazer devido não estar iiberado ainda o vaior para manutenção. Fico no aguardo pois este serviço é muito importante
devido se tratar do estoque de risco.

Obrigada.

Att,
Neiva S. Tiengo
Gerência Filial 1356
Deus é Fiel....

1 de 1 15-04-2015 12:59

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 322

De: f1740.gerencia/CasasBahia
Para: f0344.grupo14/CasasBahia@CB

Data: Segunda-feira, 28 De dezembro De 2015 04:33 PM


Assunto: FORMULÁRIO PARA SOLICITAÇÃO DE OM

Boa tarde!!!!

Suysliam.

Gentileza solicitar O.M ao departamento responsável. Obrigada.

Retirada de chave quebrada e copia da chave da


Serviço:
porta da loja
Solicita nte: Neiva Silva Tiengo / Filial 1740
Cargo: Gerente

Telefone: 031-35218400

Descrição da Manutenção: compra de presilhas e lacres para amarrar celulares


Centro de Custo: 6827

Valor: R$ 40,00
Protocolo: 02000181995

Situação do Protocolo: Aprovado

Att.

Neiva S. Tiengo
Gerente,
Filial 1740

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 323

Enviada em: segunda-feira, 28 de dezembro de 2015 15:16


Para: OM - Ordem de Manutenção
Assunto: Manutenção Filial 1740
Prioridade: Alta

Contagem,28 de Dezembro de 2015

compra de presilhas e acres para amar


Serviço:
rar celulares

Solicitante: Neiva Silva Tiengo / Filial 1740


Cargo: Gerente

Telefone: 031-35218400

comp ra de presilhas e lacres para amarrar


Descrição da Manutenção:
celulares
Centro de Custo: 6827

Valor: R$ 175,00
Protocolo: 02000176769
Situação do Protocolo: Aprovado

Suysliam Oliveira
Aux. Escritório GR14
Corporativo:(31) 7132-4183
Voip:13445926

• Esta mensagem (incluindo anexos, se houver) contém informações confidenciais para o


destinatário, tem fins específicos e é protegida por lei.
• Se você não é o destinatário desta mensagem, você deve apagá-ia imediatamente.
• Quaiqüer divulgação, cópia ou distribuição desta mensagem, sem prévia autorização da Via
Varejo é estritamente proibida.

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f746c5e
Fls.: 324

De: f0344.grupo14/CasasBahia
Para: f1740.gerencia@casasbahla.com.br

Data: Terça-feira, 29 De dezembro De 2015 03:38 PM


Assunto: Ene: RES: Manutenção Filiai 1740/Kit Segurança

Contagem, de Dezembro de 2015

Suysliam Oliveira
Aux. Escritório GR14
Corporativo:(31) 7132-4183
Voip:13445926

— Encaminhado porf0344.grupo14/CasasBahia em 29/12/2015 13:37 —


Para: "f0344.grupo14@viavarejo.com.br" <f0344.grüpo14@viavare]o.com.br>, CM - Ordem de Manutenção
<omordem@muItivarejogpa.com .br>
De: OM - Ordem de Manutenção <omordem@multivarejogpa.com.br>
Data: 29/12/2015 12:52
Assunto: RES: Manutenção Filiai 1740

Bom Dia,

Ordem 41710395 com nota 1553336

Glancarlo Ribeiro Brito

Cai! Center- Manutenção

(11 4004-0010 (opção 03)

De: f0344.grupo14@vlavarejo.com.br [mailto:f0344.grupo14@viavarejo.com.br]

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De: Ij0122.administracao59/Ponto Frio/BR


Para: Ij0028.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, Ij0029.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto
Frio, Ij0114.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, Ij0122.gerencia/Ponto
Frio/BR@Ponto Frio, Ij0127.gerencia/Ponto Frjo/BR@Ponto Frio,
IjOI 49.gerencia/Ponto Frlo/BR@Ponto Frio, Ij0161 .gerencia/Ponto Frio/BR ©Ponto
Frio, Ij0330.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, Ij0360.gerencia/Ponto
Frio/BR@ Ponto Frio, 1)0361.gerenciá/Ponto Frio/BR©Ponto Frio,
Ij0366.gerencia/Ponto Frio/BR©Ponto Frio, Ij0428.gerencia/Ponto Frio/BR© Ponto
Frio, Ij0471 .gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, Ij0484.gerencia/Ponto
Frio/BR© Ponto Frio, lj0539.gerencia/Ponto Frio/BR©Ponto Frio,
Ij0676.gerencja/Ponto Frio/BR©Ponto Frio, Ij0028.operacional/Ponto Frio/BR@Ponto
Frio, Ij0114.operacional/Ponto Frió/BR@Ponto Frio, Ij0122.operacional/Ponto
Frio/BR ©Ponto Frio, IjOI 27.operaciónal/Ponto Frio/BR© Ponto Frio,
Íj0149.operacional/Ponto Frio/BR©Ponto Frio, Ij0161 .operacional/Ponto
Frio/BR©Ponto Frio, Ij0330.operacional/Ponto Frio/BR©Ponto Frio,
Ij0360.operacional/Ponto Frio/BR©Ponto Frio, Ij0361 .operacional/Ponto
Frio/BR©Ponto Frio, í]0428.operaciònaí/Ponto Frio/BR©Ponto Frio,
Ij0484.operacional/Ponto Frio/BR©Ponto Frio, Íj0539.operacional/Ponto
Frio/BR©Ponto Frio, Ij0676.operacionai/Ponto Frio/BR©Ponto Frio
cc: Luiz C. Costa/Ponto Frio/BR@Ponto Frio, tatiane.ramos©casasbahia.com.br,
delio.santos©casasbahia.com.br, Recrutamento BHE/Ponto Frio/BR©Ponto Frio,
Rose A. Silva/Ponto Frio/BR©Ponto Frio, Raquel D. Cordeiro/Ponto Frio/BR ©Ponto
Frio

Data: Quinta-feira, 01 De Março De 2012 19:11


Assunto: *** URGENTÍSSIMO *** Procedimento Salda de Caixa Condução

Belo Horizonte (MG), 01 de Março de 2012


Srs. Gerentes,
Boa Tarde!!!!

A partir deste momento, toda saida de caixa referente a condução urbana (ou seja, não possui
comprovante) deverá ser encaminhado a Tabela de condução Urbana (em anexo ou portal
Aba CSC) como forma de comprovação. Todas as saidas de caixa de condução devem
sempre seguir com esta tabela assinada pelo gerente e carimbada (ou matricula),
além do protocolo da autorização da Regional (que já é de costume).

Obs.: Caso este procedimento não seja cumprido, será considerado falta
grave. Orientar todas as operadoras de caixa para não aceitar saida de
condução sem a Tabela de condução Urbana.

Atenciosamente,

Vivían Natália - Adm Reg. 059


• Corporativo: (031) 9680- 6826
Email: 110122.administracao59 © pontofrio.com.br

Anexos:

Tabela de condução urbana.pdf

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Fls.: 326

De: Íj0122.administracao59/Ponto Frio/BR


Para: Ij0428.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio
\
Data: Sexta-feira, 23 De Março De 2012 18:02
Assunto: ResiESTACIONAMENTO...

Belo Horizonte (MG), de Março de 2012

505/03

Atenciosamente,
Igor Maciel - Adm GR 59
Corporativo: (031) 9680- 6826
Email: 110122.admínistracao59@pontofrio.com.br

Ij0428.gerencia/Ponío Frio/BR escreveu:

Para: Ij0122.administracao59/Ponto Frio/BR@Ponto Frio


De: Ij0428.gerencia/Ponto Frio/BR
Data: 20/03/2012 18:10
Assunto: ESTACIONAMENTO...

Igor,
gentileza autorizar a saída de caixa no valor de R$ 18.00, referente a pagamento de estacionamento no
dia 20/03 por ocasião de reunião na regional.

Eudes José
Gerente Loja - Itaú Power Shopping
Contagem / M.G.
Tel > 9624-9044

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Fls.: 327

De: Ij0122.admiinistracao59/Ponto Frio/BR


Para: Ij0428.gerencia/Ponto Frio/BR ©Ponto Frio

Data: Quarta-feira, Ü7 De Dezembro De 2011 17:22


Assunto: ResiESTACIONAMENTO...

Aut: 933/12

Atenciosamente,

Vivian Natália - Adm Reg. 059


Corporativo: (031) 9680- 6826
Email: Ii0122,administracao59@ pontofrio.com.br

—Ij0428.gerencia/Ponto Frio/BR escreveu: —

Para: Ij0122.adminlstracao59/Ponto Frlo/BR@Ponto Frio


De: ij0428.gerencia/Ponto Frio/BR
Data: 07/12/2011 14:04
Assunto: ESTACIONAMENTO...

Vivian,

gentileza autorizar o reembolso de R$ 22,00 , valor pago para estacionamento no dia 30/11,
por ocasião de reunião com o regional Luiz Carlos na loja 0122.
Eudes José.

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Fls.: 328

De: Ij0122.administracao59/Ponto Frio/BR


Para: Ij0428.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio

Data: Segunda-feira, 30 De Janeiro De 2012 12:11


Assunto: Res:Autorização

Tais,

Segue...

Atenciosamente,

Vivian Natália - Adm Reg. 059


• Corporativo: (031) 9680- 6826
Email: Ii0122.adininistracao59@pontofno.com.br

Ij0428.gerencia/Ponto Frio/BR escreveu:

Para: Ij0122.admmistracao59/Ponto Frio/BR@Ponto Frio


De: Ij0428.gerencia/Ponto Frio/BR
Data: 28/01/2012 18:02
Assunto: Autorização

Boa tarde!

Vivian,

Favor enviar autorização para pagar transporte dos fimcionarios abaixo:

Hebet Wagner - R$5,50 para comparecer a audiência trabalhista dia 20/01/12 - Aut: 938/01

Tais Mendes - R$5,50 homologação sindicato de contagem - Aut: 939/01


R$6,50 comprar conente de celular - Aut: 954/01

Daniela - R$6,50 buscar etiqueta dat - Aut: 940/01

Treinamento:

LEONARDO 6,50

JACKSAON 6,50

RENATA 6,50

ROSÂNGELA 6,50

FABIANA 6,50

MIRTES 6,50

MARLUCE 6,50

CRISTIANE 6,50

MEIRB 6,50

THALYTA 6,50

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Fls.: 329

MARLENE 6,50
CARLOS 6,50
GIOVANI 6,50
DAYSE 6,50
NATALIA 6,50
THIAGO 6,50
HEBET 6,50

Total: R$ 110,50 - Aut: 941/01

Att,

Tais

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Fls.: 330

De: Ij0122.administracao59/Ponto Frio/BR


Para: lj0428.gerencia/Ponto Frio/BR@Ponto Frio

Data: Quarta-feira, 09 De Novembro De 2011 8:29


Assunto: Res:áutorização

Aut: 973/11.

Atenciosamente,

Vivian Natália - Adm Reg. 059


Corporativo: (031) 9680- 6826
Email: liO 122.administracao59@pontofno.com.br

Ij0428.gerencia/Ponto Frio/BR escreveu:

Para: Ij0122.admmistracao59/Ponto Frio/BR@PontoFrio


De: Ij0428.gerencia/Ponto Frio/BR
Data: 08/11/2011 17:41
Assunto: autorização

Boa tarde!

Vivian,

Favor autorizar R$8,00 para copia de chave.


Att,

Tais

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Fls.: 331

De: "comite.despesa@viavarejo.com.br" <comlte.despesa@vlavarejo.com.br>


Para: "Ij0428.gerencia@pontofrlo.com.br" <lj0428.gerencia@pontofrio.com.br>,
"Ij0428.gerencia@pontofrlo.com.br" <lj0428.gerencia@pontofrio.com.br>

Data: Sexta-feira, 01 De Fevereiro De 2013 17:17


Assunto: Comitê Despesas-Formulário Despesa-N-01000058546 (1359746143750)

== COMITÊ DE DESPESAS ==
- Formulário 'de Solicitação de Despesas -

POR GENTILEZA, NÃO RESPONDER ESTE EMAIL.

Protocolo N.°: 01000058546


Status: Aprovada
Solicitante: EUDES JOSE DA SILVA
Analista: SAULO TEIXEIRA GONÇALVES
Data: 01/02/2013
Descritivo: SOLICITO AUTORIZACAO PARA CONDUCAO NO VALOR DE R$ 2,90 X2 = 5,80
POR DIA PARA 23 DIAS NO MES DE FEVEIRO, DEVIDO A COLABORADORA SER
TRANSFERIDA PARA
NOSSA FILIAL

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https://pje.trt10.jus.br/pjekz/validacao/23061314383318400000035727075?instancia=1
Número do documento: 23061314383318400000035727075
Fls.: 332

ANEXO VIII

Documentos Comprovando que na


Abertura da Loja o Sistema da
Reclamada Emite um Relatório
com Horário e os Dados do
Empregado que Realizou a
Abertura - Procedimento Idêntico
no Fechamento da Loja

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Fls.: 333

'XI01: PROCEDIMENTO: ABERTURA DALOJA


„• 102: LOJA: 0191-CONS.LAFAIETE
>L ^03: VERSÃO: 6.40- Data de Instalação: 09/ABR/2008
»EN0004: DATA: 2/5C008 - 07:55:14
>EN0005: MA"míCULA^" 400911 - RONALDO ANJOS VIVEIROS
'EN0006: Iniciando peto,terminal MG191V17 pelo IP
:» Será utilizado p NOVC^MÓDULO DE VENDAS.
iNDOOOO: Est^)^ecendo çyn^o com o FTP.
:ND0001: Conexão com,eÍTP estabelecida com sucesso.
'EN0005: INICIANDO ABERTURA DALOJA
'EN0089: Ccntador^consorc' = OOQOOOO
=»EN0089: Ccntador'contratos' = 0213003
»EN0089: ContadorTnvt' = 0000000
PEN0089: Contador'idcxa' = 0002265
PEN0089: Contadoi'nsucartao' = 0053987
PEN0089: Contadoi'nsucrfser' = 0082799
PEN0089: Contadoi^nsuciz" = 0000002
PEN0089: Contador'nsuctz2004' = 0036704
PEN0089: Contador'nsuIlha' = 0000000
PEN0D89: Contador*nsuinventano' = 0000085
PEN0089: Contadofnsulogred= 0699786
PEN0089: Contador^nsumapafiscar = 0002973
ipENOOaO: Contador'nsumov' = 0023212
tPEN0089: Contador^nsunf = 0012057
)PEN0089: Ccntador'nsupsg'= 1332152
PEN0089: Contador'nsusangria' = 0041636
PEN0089: Contador'nsutransacao' = 0572328
)PEN0089: Contador^^idds' = 0282960
)PEN0089: Contadof'presentes' - 0001136
)PEN0089:Contador'recit)os' = 000000
)PEN0a89; Contador'rpl' = 0000001
)PEN0089: Contadoi^seqoc' = 0000358
)PEN0089: Contador^stc' = 0007840
)PEN0089: Contadortransacoes' = 0544402
lENDOOOO: Estabelecendo conexão com o FTP.
IEND0001: Conexão com o FTP estabelecida com sucesso.
nrPOOOl: Pathda Regional: AXRX/RX/MGl/
TP0001: Path daLoja: ^RX/RX/LJ0191/
TP0001: Path de Transferência:
5END0002: Recebendo Arquivos da-Regional. IfDCRX/RX/MGi/j
TP0002: [/TXRX/RXAflGl/1.1«RtM.WSZ recebido com sucesso!
TP0002- inXRXffWMGU] /UJQOIrWSZ recebido com sucesso!
TP0002- r/TXRXmX/MGl/] BANC01 .WSZ recebido ccm sucesso
TP0002- [/TXRXffüUMGU] BONU01.WSZ recebido com sucedo!
TT0002: rnXRXyRXmiGI/] CART01.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002- [míKmXMGUl CBAR02.WSZ recebido com sucesso
FTP0002- r/TXRX/RX/MGI/] CNPA01 .WSZ recebido com sucesw
FTP0002- r/TXRX/RX/MGl/l CNPR01 .WSZ recebido com sucesso!
FTP0002- VTXfíXmXMGUl CNTB01 .WSZ recebido com sucesso
FTP0002- r/TXRX/RXrtWGl/] CPRO01.WSZ
FTP0002-rnXRX/RX/MGl/3DIR.WST recebido
recebido çom suc^so!
com sucesso! .
FTP0002- r/TXRX/RXfl^Gin FEAT02.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002- rnXRX/RXrtVlGlO FINA01.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002- rnXRX/RXrtWlGU] GPTPOl.WSZ recebido com sucessol
FTP0002: Í^RX/RX/MGl/l UCA01 .WSZ recebido com sucesso
FTP0002: [mCRX/RXffiflGl/l LOJA01.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002- rnXRXmJVMGl/] MOED01 .WSZ recebido com sucessol
FTP0002- inXRXmXrtWGl/] NOIV01.WSZ recebido com sucesso!
FTF0002- inXRXmX/MGin PFPG01 .WSZ recebido com sucesso
FTP0002: rTTXRXffOVMGl/l PREL02.WSZ recebido cornsuc^ol
FTP0002; [fTXfíXiPXMGlí] PR0DD6.WSZ recebido com sucessol
FTP0002- mRX/RX/MGl/1 PROM01.WSZ recebido com sucessol
FTP0002: [nTCRXffWMGU] PRXY02.WSZ recebido com sucesso
FTP0002: raRX/R)UMGI/l SRNF01.WSZ recebido com sucesso
FTP0002: [rTXRXfRKMGVl TAXA01 .WSZ recebido com sucesso
FTP0002* rnXRX/RX/WlGl/1 TBPR02.WSZ recebido com sucesso
FTP0002- r/TXRX/RXMGI/l TBTP01 .WSZ recebido com sucesso
FTP0002: ínXRX/RX/MGI/] TCST01 .WSZ recebido com sucessol
FTP0002' ínXRX/RX/WlGV] TMSG01.WSZ recebido com sucesso
FTP0002: [/TXRX/RX/MGl/I VDCS01 .WSZ
SEND0002: Recebendo Arquivos da Loja. [n7(RX/R)^0191/]
FTPOOOZ: r/TXRXffWU0191/] ESTO02.WSZ recebido wm sucesso!
FTP0002- [/TXRX/RXrtJ0191/l EVENTUALWST recebido com sucesso!
FTP0002- [nXRXmXA.J0191/I FINA02.WSZ recebido com sucesso
FTP0002- [ÍTXRX/RXAJ0191/1 FINA03.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002- n^RX/RX/U0191/] HORA01.WSZ recebido com sucesso
FTPCOOZ: I/TXR)VRXflJ0191/l MESGOI.WSZ recetí'^»
FTP0002- [/rXRX/RX/LJ0191/lTS005065.WSZ recebido com sucesso
FTP0002- r/TXRX/R)VU0191/] TS005066.WSZ recebido com sucesso
FTP0002: iraRXffWUOI 91/1 TS005067.WSZ recebido com sucesso
FTP0002: [/TXRX/RX/LJ0191/] TS00S068.WSZ recebido_^ sucessol
OPEN0201: Criando diretórios a partir do arquivo DIR.WST

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Fls.: 334
:: r 5í^:r.~r^T0; ^EflTlIRA DA LOJA
EN0002: LOJA: 0191 -CONS.LAPAIETE
EN0003: VERSÃO: 6.40 -Dsia
EèíGS04; uAT/v _- .
EN0005: MATRICULA: 400911 - RONALDO ANJOS
"ENOOOB: Iniciando oelo terminalMG191V17 oelo IP
» Será utilizado o NOVO MODULO DE VENDAS.
{4DOOOO: Estatielecendo conexão com o FTP.
ND0001: Conexão cSdm o FTP es^leçid? com sucesso.
ENDÜ05: INICIANDO ABERTUÍíADALOJA
tN0089: Contador'consorc' = 0000000
EN0089: Contador'contratos' = 0213551
'EN0089: ContadoiTnvf = OOOOODO
'EN0089: Contadoi^idcxa' = 0002277
'EN0089: Coritadoi^nsucartao' = 0054342
'EN0089: Contadofnsucrfser" = 0083167
>EN0089: Contadór*nsuctz' = 0000002
'EN0089: Contacíornsuctz2aD4' = uifôBrjB
'EN0089: Contadornsuiiha' = õuDüuuu
•tNuuoa: ucnraaornsuinventano" = uuuuubo
>EN0ÕS9: Coníadornsuiogrec = u/uzzi i
>EN0089: Contador'nsumapaflscal'= 0002976
'EN0089: Contador'nsumov' = 0023249
'ENüüSã: Contador'nsunf = 0012087
'EN0089: Ccntador'nsupsg' = 1337284
>EN0089:Ccntador'nsusangria' = 0041798
>EN0089;Contadoi^nsutransacao' = 0574255
'EN0089: Contador'pedidos'= 0283717
^ÈNÒÒ89: Contador'pr^htes' = 0001136
'EN0089: Ccntador'recibos' = 000000
'EN0089: Contador'rDr = 0000001
?ENOò|^iContador'seaoc' =0000362
PES^^: Contadcr'stc' =0007864
=»^^89: Ccntador*transacoes' =0.5^6302
ENDOOOO: Estabelecendo conexâòj^ oFTP.
END0001: Conexão com o FTP com sucesso.
rPOOOl: Path da Regional:
rP0001:PathdaLo]a: 7TXRX/R^/LJ0191/
rPOOOl: PathdeTransferência; /TXRX/TX/LJ0191/
END00D2; Recebendo Arquivos daRegional. [/TXRX/RX/MGl/]
rP0002: r/TXRXfftX/MGI/l 18ER01.WSZ recebido com sucesso!
rP0002- [/TXRX/RX/MGI/] AUQ01 .WSZ recebido com sucesso!
rP0002- [/TXRX/RX/MGl/1 BANC01.WSZ recebido com sucesso!
rP0002: [/TXRX/RX/MGI/] BONU01.WSZ recebido com sucesso!
rP0002: [nXRXrtWMGl/] CART01.WSZ recebido com sucesso!
TP0aO2- [/TXRX/RX/MG!/] CBAR02.WSZ recebido com sucesso!
TPQ002- [/TXRX/RX/MGI/] CNPA01.WSZ recebido cõm sucesso!
TP0002- [/TXRX/RX/MG!/] CNPR01.WSZ recebido com sucesso!
TP0002: [/TXRXffüCflWGl/] CNTB01.WSZ recebido com suc^ol
TP0002- [/TXRX/RX/MGI/] CPRO01.WSZ recebido com sucesso!
TP0002- [/TXRX/RX/MG!/] DIR.WST recebido com sucesso!
TP0002- [/TXRX/RX/MGI/] FEAT02.WSZ recebido com sucesso!
TP0002: [/TXRX/RXrtVlG!/] FINA01.WSZ recebido com sucesso!
TP0002- [/TXRXrtWMGI/] GPTP01 .WSZ recebido com sucesso!
TP0ÕÒ2- r/tXRX/RX/MGl/] UCAOl.WSZ recebido com sucesso!
TP0002- [/TXRX/RX/MG!/] LOJA01.WSZ recebido com sucesso!
TP0002: [/TXRX/RX/MGI/] MOED01.WSZ recebido com sucesso!
TP0002- Í/TXRX/RX/MGI/] NOIV01 .WSZ recebido com sucesso!
TP0002: [/TXRXffüüMG!/] PFPG01 .WSZ recebido com sucesso
TP0002- [/TXRX/RX/MGI/J PREL02.WSZ recebido com sucesso!
TP0002: í/TXRXflWMGI/] PROD06.WSZ recebido com sucesso!
•TP0002- [/TXRX/RX/MG!/] PROM01 .WSZ r^bido com sucesso!
TP0002- [/TXRXm/MGl/] PRXY02.WSZ recebido com sucesso!
TP0002- [/TXRX/RXMG!/] SRNF01 .WSZ recebido com sucesso!
TP0002: [/TXRX/RX/MGIO TAXA01 .WSZ recebido com sucesso!
TP0002- [/TXRX/RX/MGI/] TBPR02.WSZ recebido com sucesso!
•TP0002- [/TXRX/RX/MGI/] TBTP01.WSZ recebido com sucesso!
TP0002- [/TXRXfflX/MGI/] TCST01 .WSZ recebido com sucesso!
TP0002: [/TXRX/RX/MGI/] TMSG01.WSZ recebido com sucesso
:TP0002: [/TXRX/RX/MG!/] VDCS01 .WSZ recebido com sucesso!
5END0002: Recebendo /Vquivos daLoja. [/TXRX/RX/LJ0191/]
n-p0002- [/TXRXmX/U0191/] ESTO02WSZ recebido com sucesso!
-TP0002- [/TXRX/RX/U0191/] EVENTUAL.WST recebido com sucesso!
TP0002- [/TXRXmX/U0191/] FINA02.WSZ recebido com sucesso!
TT0002:1/TXRX/RXflJ0191/l RNA03WSZ recebido com sucesso!
••TP0002- [/TXRX/RX/U0191/] HORA01.WSZ recebido com sucesso!
TT0Q02- [/TXRXfftX/U0191/] MESG01.WSZ recebido com sucesso!
=TP0002- [/TXRX/RX/U0191/] TS005073.WSZ recebido com sucesso
nP0002- [/TXRX/RX/LJ0191/1 TS005074.WSZ recebido com sucesso)
FTPOOOZ- [/TXRX/RX/U0191/] TS005075.WSZ recebido com sucesso
FTF0002- [/TXRX/RX/U0191/] TS005076.WSZ recebido com sucesso
n'P0002- [/TXRX/RXflJ0191/]TS005077.W6Z recebido com sucesso!

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - ab848c0
Fls.: 335

PEN0001: PROCEDIMENTO: ABERTURA DA LOJA


PÉN0002: LOJA0191 - CONS.LAFAIETE
PÉNÒÔOS: VERSÃO: 6.33 - Data deInstalação: 1a/MAR/2008
f'ENÓdC)4; DATA 31/3/2008- 07:42:14
iPENQOÜS: MATRÍCULA 400911 - RONALDO , „ „^
IPEN0006: Iniciando pelo temiina! mg191v17 pelo IP 10.31.91.32
s» Será utilizado o NOVO MÓDULO DEVEND/^S.
lENDOOOO; Estat)elecendo conexãocomo FTP.
1END0001: Conexão como FTPestabelecida ccai sucesso.
iPENOOOS: INICIANDO ABERTURA DA LOJA
IPEN0089: Contador'consorc' = 0000000
JPEN0089: Contadoi^contratos' = 0209938
)PEN0089: Contador^vf = 0000000
5PEN0089: Contadofidcxa" = 0002168
>PEN0089: Contador'nsucartao' = 0051947
3PEN0089: Contador'nsucífeei' = 0080B68
)PEN0089: Contador'nsuctz' = 0000002
)PEN0089: Ccntador'nsuctz2004' = 0035686
3PEN0089:ContadoT'nsuIlha' = 0000000
3PEN00a9: Contado;'nsuinventario' = 0000084
)PEN0089: Contador'nsulogrec' = 0684189
DPEN0089: Contador'nsumapafiScar - 0002948
DPEN0089: Contador'nsumov' = 0022623
DPEN0QB9: Contadoi*nsunf = 0011727
DPEN0089: Contador^nsupsg' = 1296806
DPEN0089: Contador'nsusangria' = 0040576
DPEN0089: Ccntadoi'nsutransacao' = 0559978
DPEN0089: Contador'pedidos' = 0278521
DPEN0099: Contadot*presentes' = 0001134
OPEN0089: Contador'recibos' = OOOOOO
0PEND089: Contador'fpr = 0000001
OPEN0089: Contador'seqoG' = 0000332
OPEN0089: Conlador'stc' = 0007611
DPEN0089: Contadortransacoes'" 0529594
SENDOOOO: Estabelecendoconexão como FTP.
SEND0001: Conexão com o FTPestabelecida comsucesso.
FTP0001: Pathda Regional; /TXRX/RX/MGl/
FTP0001: Pathda Lqa: /T^RX/RX/LJ0191/
FTPOOOT. Path de Transferência: /TXRX/TX/IJ0191/
SEND0Q02" Recebendo Arquivos daRegional. [TDCRX/RX/MGl/]
FrP0002- rnXRXflWMGl/1 18ER01.WSZ recebido t^sucessol
FTT^002- l/TXRX/RX/MGl/] AUQ01 .WSZ recebido com sucesso!
FTP0002:í/TXRXfftX/MGU] BANC01.WSZ tepebWp cam suç^o
FTP0002- [HXRXffWMGI/] BONU01 .WSZ recebido m su(^o
FTP0002- I/TXRX/RX/MGI/] C/VRT01 .WSZ récebido com sucesso!
FTP0DO2- r/T^RXflWMGl/l CBAR02.WSZ recebido com suc^ol
FTP0002- [HXRX/RX/MGl/l CNPA01.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002- [/TXRXflWMGI/l CNPR01.WSZ recebido com sucesso!
FTP00Ü2- [/rXRXffWMGl/] CNTB01 .WSZ recebido corn sucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/MGl/1 CPRO01 .WSZ recebida com sucesso!
FTP00Ü2: rnXRX/RXflVlGI/] DIR.WST recebido com sucesso!
FTP0002:1/TXR)URX/MG1/1 FEAT02.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002- rnXRX/RX/MGl/] FINAOI.WSZ recebido com sucesso!
FTP0D02: l/TXRX/RX/MGl/] GPTP01 .WSZ recebido com sucesso!
FTP0002": [ÍTmKíKfMGV] UCAQ1 .WSZ recebido com sucesso!
FTPÜ002- ínXRX/RX/M6!/l L0JAG1 .WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: [nXRX/RX/MGl(I,Jiflé0X)1.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: inXRX/RX/!yi91Ò#iypi.yvsz recebido com sucesso!
FTPD002- [/TXRXffOWlGÜ] PFPGQ1 .WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: t/TXRX/RXÂlG!/] PRÉL02.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002- [/TXRX/iWMGl/] PROD06.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002- í/rXRXffWMGl/l PROM01 .WSZ recebido com sucesso!
FTP0002; inXRX/RXMG!/] PRXY02.WSZ recebido comsucesso
FTP0002- inXRXrtWMGl/] SRNF01 .WSZ recebido com sucesso
FTP0002: r/TXRXffWMG!/] TAXAÜl .WSZ recebido com sucesso
FTP0002- in^RX/RXrtíGI/] TBPR02.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002- [fTXRX/RX/MGl/] TBTP01 .WSZ recebido com sucesso!
FTPQ002: r/TXRXffÜUMGin TCST01 .WSZ recebido com sucesso!
FTPOG02- r/TXRX/RX/MGI/] TMSG01 .WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/MGl/] VDCS01 .WSZ recebido com sucesso!
SEND0Q02: Recebendo Arquivos da Loja. [/TXRX/RX/LJ0191/]
FTP0002- [ÍTXRXfftXAJü191/] EST0Ü2.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002- [nXRXff?XAJ0191/l EVENTUALWST recebido com sucesso!
FTP0002- [/TXRXflWUü191/] FINA02.WSZ recebido com sucesso!
FTPQ002- [/TXRX/RX/U0191/] FINA03.WSZ recebido com sucesso!
FTP0QO2- I/TXRXffWU0191/] HORA01.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002- [/TXRXmXAJ0191/] MESG01 .WSZ recebido com sucesso!
FTP0D02- [/TXRX/RXAJ0191/] •TS004982.WSZ recebido com sucesso!
FTPD002- inXRX/RXAJ0191/l TS004983.WSZ recebido com sucesso .
FTPOQ02: [/TXRX/RXrtJ0191/] TS004984.WSZ recebido com sucesso!
OPEN020V. Criando diretórios a partir doarquivo DIR.WST
OPEN0203: Todos os diretórios jaexistiam (nenhum foi criado)

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - ab848c0
Relatório de Abertura da Loja 0191 em 08/07/2009 Fls.: 336

OPENOOOi; PROCEDIMENTO: ABERTURA DA LOJA


OPEN0002: LOJA: 0191 - CONS.LAFAIETE
OPEN0Ü03: VERSÃO: 6.80 - Data de instalação: 16/ABR/2009
OPEN0004: DATA: 8/7/2009-07:31:32
OPEN0005: MATRÍCULA: 400911 - RONALDO ANJOS
OPEN0006: Iniciando pelo terminal MG191A02 pelo IP
==» Será utilizado o NOVO MÓDULO DE VENDAS.
SENDOOQO: Estabelecendo conexão com o FTP.
SEND0001: Conexão com o FTP estabelecida com sucesso.
SENDOOOO: Estabelecendo conexão com o FTP.
SEND0001: Conexão com o FTP estabelecida com sucesso.
OPEN0005: INICIANDO ABERTURA DA LOJA
OPEN0089: Contadoi^consorc' - 0000000
OPEN0089: Contador'contratos' = 0256014
OPEN0089: Contador'fnvt' = 0000000
OPEND089: Contador'idcxa' = 0003625
OPEN0089: Contador'nsucartao' = 0098750
OPENQ089: Contador'nsucrfser' - 0103394
OPEN0089: Contadct^nsuctz' = 0000002
OPENOOB9: Contador'nsuctz2004'= 0047629
PPEN0089: Contador'nsui!ha' = 0000000
OPEN0089: Contador^nsulnyentario' = 0000088
OPEN0089: Contador'nsulogrec' = 0884829
OPEND089: Cbntador^nsumapafiscal' = 0003347
OPEN0089; Contador'nsumov' = 0029088
OPEN00.89: Contadoi^nsunf - 0015221
OPEN0089: Coníador'nsupsg' = 1832045 _
OPEN0089: Contador^nsusangria' = 0055432
OPEN0089: Contador'nsutransacao' = 0714841
OPEN0089: Contador'pedídos' = 0338454
OPEN0089: Contador'presentes' = 0001139
OPEN0089: Contador'recibos' = 000000
OPEN0089: Contadcr'rpÍ' = 0000001
OPEN0089: Contadoi^seqoc' = 0000704
OPEN0089: Contador^stc' = 0010212
OPENOÜ89: Contador'transacoes' = 0760470
SENDOOOO: Estabelecendo conexão com o FTP.
SEND0001: Conexão com o FTP estabelecida com sucesso.
FTP0001: Path da Regional: /TXRX/fWMGl/
FTP0001:PathdaLoja: /TXRX/RX/LJ0191/
FTP0001: Path de Transferência:/TXRX/TX/LJ0191/
SÉND0002: RecebendoArquivos da Regional. [/TXRX/RX/MGI/]
FTP0002: [rrXRX/RX/MGI/j 18ER01.WSZ recebido com sucesso!
FTPd002: i/TXRX/RX/MGI/j ALIQ01.WSZ recebido com sucesso! .
n'P0002: [/TXRX/RX/MGÍ/] BANC01 .WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/MG!/] BONU01 .WSZ recebido com sucesso!
FTP0002:1/TXRX/RX/MGI^ CART01 .WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/] CBAR02.WSZ recebido com sucesso!
FTPOÓ02: [/TXRX/RX/MGI/] CNPA01 .WSZ recebido com sucesso!
FTPOOQ2: [/TXRX/RX/MGI/] CNPR01.WSZ recebido com sucesso!
FTPQ002: [/TXRX/RX/MGI/] CNTB01.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/MG!/] CPRO01 .WSZ recebido com sucesso!
FTPÒOOZ: [/TXRX/RX/MGI/] DIR.WST recebido com sucessol
FTPdo62: [/tXRX/róC/MG!/] FEAT02.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/] FINA01.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/MG!/] GPTP01.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/j GPTP02.WSZ recebido com sucessol
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/] LJCA01.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/] LOJA01.WSZ recebido com sucessol
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/] LOJA02.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/] MOED01.WSZ recebido com sucessol
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/] NOIV01.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/] PFPGOI.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/] PREL02.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/] PROD06.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/MG!/] PROM01.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/] PRXY02.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/] SRNF01.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/MG!/] TAXA01.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/] TBPR02.WSZ recebido com sucessol
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/] TBTP01 .WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/MG!/] TCST01.WS2 recebido com sucessol
FTP0002: [/TXRX/RX/MGl/] TMSG01.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/MG!/] VDCS01.WSZ recebido com sucessol
SEND0002: RecebendoArquivos da Loja. [/TXRX/RX/LJ0191/]
FTPQ002: [/TXRX/RX/U0191/] ESTO02.WSZ recebido com sucessol
FTP0002: [/TXRX/RXyLJ0191/] EVENTUALWST recebido çqm. sucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/LJ0191/] FINA02.WSZ recebido com sucesso!
rTP0Q02: [/TXRX/RX/LJ0191/] FINA03.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/LJ0191/]TS006214.WSZ recebido com sucessol
FTP0002; Í/TXRX/RX/U0191/] TS006215WSZ recebido com sucesso!
OPEN0201: Criando diretórios a partir do arquivo DIR.WST
OPEN0203: Todosos diretórios ]a existiam (nenhum foicriado)
OPEN0011: Descompactando os arquivos disponíveis
OPEN0013:1 arqurvo(s) descompactado(s) de: W:\INTERFAC\RECPEND\18ER01.WSZ

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - ab848c0
Relatório de Abertura da Loja 0191 em 15/05/2009 Fls.: 337

OPEN0001: PROCEDIMENTO: ABERTURA DA LOJA


OPEN0002: LOJA: 0191 - CONS.LAFAIETE
OPEN0003: VERSÃO: 6.80 - Data de instalação: 16/ABR/2009
OPEN0Ü04: DATA: 15/5/2009-07:35:57
OPENOOÜ5: MATRICULA: 400911 - RONALDO ANJOS
OPEN0006: Iniciando pelo terminal MG191A02 pelo IP
==» Será utilizado o NOVO MÓDULO DE VENDAS.
SENDOOOO: Estabelecendo conexão com o FTP.
SEND0001: Conexão com o FTP estabelecida com sucesso.
SENDOOOO: Estabelecendo conexão com o FTP.
SEND0001: Conexão com o FTP estabelecida com sucesso.
OPEN0005: INICIANDO ABERTURA DA LOJA
OPEN0089: Conladoi^consorc" = 0000000
OPEN0089: Contador^contratos' 0251526
OPEN0089: Contadoi^fnvt = 0000000
OPEN0089: Contador'idcxa' = 0003476
OPEN0089: Con{ador'nsucartao' = 0092613
OPENOd89: Contador*nsucrfser' = 0101254
OPENOOB9: Contador'nsuctz'= 0000002 "
OPEN0089: Contadcr'nsúctz2004' = 0046564
OPEN0089: ConladoTnsüilha' = OOOOOOO
OPEN0089: ContadoTnsuiriventario' = 0000088
OPEN0089: Contador'nsulogrec' = 0868046
OPEN0089: Contadcr'nsümapafiscar - 0003303
OPEN0089: Contador^nsumoV = 0028410
OPEN0089: Contador'nsunf = 0014796
OPEN0089: Contador-nsupsg' = 1774285
OPEN0089: Contador'nsusangria' = 0054076
OPEN0089: Contador'nsutransacao'= 0702256
OPEN0089: ContadoTpedidcs' = 0332853
OPEN0089: Contador'presentes' = 0001139
OPEN0089: Contadcr'redbos' = OOOOOO
OPEN0089: Contador*rpr = 0000001
OPEN0089: Contador'seqoc' = 0000672
OPEN0089: Contador'stc' = 0009974
OPEN0089: Contadoi^transacoes' - 0736131
SENDOOOO: Estabelecendo conexão com o FTP.
SEND0001: Conexão com o FTP estabelecida com sucesso.
FTP0001: Path da Regional: /TXRX/RX/MGl/
FTPOOOl: Path da Loja: n^RX/RX/LJ0191/
FTP0001: Path de Transferência: /TXRX/TX/LJ0191/
SEND0002: Recebendo Arquivos da Regional.[/TXRX/RX/MGI/j
FTP0002: [/TXRX/RX/MGl/] 18ER01.WSZ recebido com sucèssol
FTP0002: [nXRX/RX/MGI/j ALIQ01 .WSZ recebido comsucessol
FTP0002: [/TXRX/RX/MGl/] BANC01 .WSZ recebido com sucessol
FTP0002; [/TXRX/RX/MGl/] BONU01 .WSZ recebido com sucessol
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/] CART01.WSZ recebido com sucessol
FTP0002: [/TXRX/RX/MGl/] CBAR02.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/MGl/] CNPA01.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/MGl/] CNPR01.WSZ recebido com sucessol
FTP0002: [/TXRX/RX/MGl/] CNTB01 .WSZ recebido com sucessol
FTP0002: [/TXRX/RX/MGl^ CPRO01 .WSZ recebido com sucesso!
FTP00G2: [/TXRX/RX/MGl/] DIR.WST recebido comsucessol
FTP0ÒO2: [/TXRX/RX/MGl/] FEAT02.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/MGl/] F1NA01.WSZ recebido comsucesso!
FTPQ002: [/TXRX/RX/MGl/] GPTP01.WSZ recebido comsucessol
FTP0002: [/TXRX/RX/MGl/] GPTP02.WSZ recebido comsucessol
FTP0002: [/TXRX/RX/MGl/] UCA01.WSZ recebido comsucessol
FTP0002: [/TXRX/RX/MGl/] LOJA01.WSZ recebido com sucessol
FTP0002: [/TXRX/RX/MGl^ LOJA02.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/MGl/] MOED01.WSZ recebido com sucessol
FTP0002: [/TXRX/RX/MGl/] NOIV01.WSZ recebido comsucessol
FTP0002: [/TXRX/RX/MGIÍ PFP601.WSZ recebido com sucessol
FTP0002: [/TXRX/RX/MGl/] PREL02.WSZ recebido com sucessol
FTP0002: [/TXRX/RX/MGl/] PROD06.WSZ recebido com sucessol
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/] PROM01.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/] PRXY02.WSZ recebido com sucessol
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/] SRNF01.WSZ recebido com sucessol
FTP0002: [/TXRX/RX/MGl/] TAXA01 .WSZ recebido comsucessol
FTPQ002: [/TXRX/RX/MGI/] TBPR02.WSZ recebido comsucessol
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/] TBTP01.WSZ recebido comsucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/] TCST01 .WSZ recebido comsucessol
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/] TMSG01.WSZ recebido comsucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/] VDCS01.WSZ recebido com sucesso!
SENDQD02: Recebendo Arquivosda Loja. [/TXRX/RX/LJ0191/1
FTP0002: [/TXRX/RX/LJ0191/] ESTO02.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/U0191/] EVENTUAL.WST recebido com sucesso!
FTPd002: [/TXRX/RX/LJ0191^ FINA02.WSZ recebido com sucessol
FTP0002: [/TXRX/RX/LJ0191/] FINA03.WSZ recebido com sucessol
FTP0d02: [/TXRX/RX/LJ0191/] TS006071 .WSZ recebido com sucessol
FTP0002: [/TXRX/RX/UOI91/] TS006072.WSZ recebido com sucessol
FTP0002: [/TXRX/RX/LJ0191/] TS0D6073.WSZ recebido com sucesso!
OPEN0201: Criando diretórios a partir do arquivo DIR.WST
OPEN0203: Todosos diretórios ja existiam (nenhum foicriado)
OPEN0011: Descompactando os arquivos disponíveis

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - ab848c0
Relatório de Abertura da Loja 0191 em 17/07/2009 Fls.: 338

OPENOOOi: PROCEDIMENTOrABERTURA DA LOJA


OPEN0002: LOJA: 0191 -CONS.LAFAIETE
OPEN0003: VERSÃO: 6.80 - Data de Instalação: 16/ABR/2009
OPEN0004: DATA; 17/7/2009 - 07:31:24
OPEN0005: MATRÍCULA: 400911 - RONALDOANJOS
OPENOOQ6: Iniciando pelo terminal MG191A02 pelo IP
==» Será utílizado o NOVO MÓDULO DE VENDAS.
SENDOOOO: Estabelecendo conexão com o FTP.
SEND0001: Conexão com o FTP estabelecida com sucesso..
SENDOOOO: Estabelecendo conexão com o FTP.
SEND0001: Conexão com o FTP estabelecida com sucesso.
OPEN0005: INICIANDO ABERTURA DA LOJA
OPEN0089: Contador'consorc' = 0000000
OPEN0089: Contadoi^contratos' = 0256747
OPEN0089: Contador'fnvf = 0000000
OPEN0089: Contador'idcxa' = 0003649
OPEN0089: Contadoi^nsucartao'= 0100089
OPEN0089: Contador^nsucrfser* = 0103848
OPEN0089: Contadoi^nsuctz' = 0000002
OPEN0089: Contador'nsuctz2004' = 0047829
OPEN0089: Contador^nsuiiha' = 0000000
OPÈN0089: Contador^nsulnventario' = 0000089
OPEN0089: Contador'nsüIogrec' = 0888084
OPEN0089: Contador'nsumapaflscar = 0003355
OPENOÓ89: Contador'nsumov' = 0029449
OPEN0089: Contadoi^nsunf = 0015544
OPEN0089: Cobtador^nsupsg' = 1847152
OPEN0089: Cdntador'r3SUsangria' = 0055691
OPEN0089: Contador'nsutransacao'= 0717297
OPEN0089: Contador^pedldcs' = 0339604
OPEN0089: Contadoi^presenles' = 0001139
OPEN0089: Ccntadcr'recibos' = 000000
OPEN0089: Contador'rpr = 0000001
OPEN0089: Ccntador^seqoc' = 0000708
OPEN0089: Contador'stc' = 0010460
OPEN0089; Ccntadcr'transacoes' = 0765883
SENDOOOO: Estabelecendo conexão com o FTP.
SENDOOOi: Conexão com o FTP estabelecida com sucesso.
FTP0001: Path da Regional: /TXRX/RX/MGI/
FTP0001:PathdaLo]a: /TXRX/RX/LJ0191/
FTP0001: Path deTransferênda: /TXPOC/TX/LJ0191/
SEND0002: RecebendoArquivos da Regional. [/TXRX/RX/MGl/]
FTP0002:1/TXRX/RX/MGI/] 18ER01.WSZ recebido com sucessol
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/] AUQ01 .WSZ recebido com sucessol
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/j BANC01.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002- [/TXRX/RX/MGI/] BONU01.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/] C/VRT01.WSZ recebido com sucessol
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/] CBAR02.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002- [/TXRX/RX/MGi4 CNPAOI.WSZ recebido com sucessol
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/] CNPR01.WSZ recebido com sucessol
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/] CNTB01.WSZ recebido com sucesso!
FTP0Q02: [/TXRX/RX/MGI/] CPROOI.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/] DIR.WST recebido com sucesso!
FTPdOD^ [/TXRX/RX/MGI/] FEAT02.WSZ recebido com sucessol
FTP0002: [/TXRX/RX/MGl/] FINA01.WSZ recebido com sucesso!
rrP0002- [/TXRX/RX/MGI/] GPTP01.WSZ recebido com sucessol
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/] GPTP02.WSZ recebido com sucessol
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/] UCA01.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/MG!/] LOJA01.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/MG|4 LOJA02.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002- [/TXRX/RX/MGI/] MOED01.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/] NOlVOl.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/] PFPG01 .WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/] PREL02.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/] PROD06.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/MG!/] PROMOl.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/] PRXY02.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/] SRNF01.WSZ recebido com sucessol
FTP0002- [/TXRX/RX/MGI/] TAXA01.WSZ recebido com sucessol
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/] TBPR02.WSZ recebido com sucesso!
FTP0002- [/TXRX/RX/MGI/] TBTP01.WSZ recebido com sucessol
FTP0002: [/TXRX/RX/MGI/] TCST01.WSZ recebido com sucessol
'nP0002:[/TXRX/RX/MGI/] TMSG01 .WSZ recebido com sucessol
TP0002: [/TXRX/RX/MGl4 VDCS01 .WSZ recebido com sucessol
SEND0002: Recebendo Arquivos da Loja. [/TXRX/RX/LJ0191/]
FTP0002: Í/TXRX/RX/U0191/] ESTO02.WSZ recebido com sucessol
nP0002: [/TXRX/RX/LJ0191/] EVENTUAL.WST recebido com sucessol
TP0002; [/TXRX/RX/U0191/] FINA02.WSZ recebido com sucessol
ÍP0002: [/TXRX/RX/LJ0191/] FINA03.WSZ recebido com sucessol
rp0002: [/TXRX/RX/UOISI/] TS0a6234.WSZ recebido com sucesso!
fP0002: (/TXRX/RX/LJ0191/] TS006235.WSZ recebido com sucesso!
í^EN0201: Criando diretórios a partir do arquivo DIR.WST
OfEN0203: Todos os diretórios ja existiam (nenhum foi criado)
OP-NOOlI: Descompactando os arquivos disponíveis
OPÊN0013:1 arquivo(s) descompactado(s) de: W:\INTERFAC\RECPEND\18ER01.WSZ

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ANEXO IX

Holerite Contendo Pagamento


De horas extras a empregado
Ocupante do cargo de gerente
Comprovante Errefutável do efetivo
controle de jornada

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POnTOjFRIO Demonstrativo de Pagamento


Tipo
Nome
CRISTIANO JORGE ROCHA MENEZES Pagamento de.Salário
Referérida ' ' Salário -
Matrícula . LojaTrab Depto
00501565 0445 . 0003 01/2012 RS ***3.200,00

190,4 2.773,33
1 .SOBX NOBNAL TBAB.
29,2 *426,67
'8 Vè& n VSEÓADÒS
1.355,00
98 VÉBáÒ 0!&
183,49
ÍOl INTEGR.B.B. RO DSR
121 IRT.8BEUX0 HO DSR SíJí?£á2
. 775,00
180 FRBKXO KREOlOOmCB
4,64
306 PBXKZO BSCARGR
3.200,00
786 AJDDA DB COSTO III
1,71
Sr72 SR.RBCARSR CBIiDLAR
32,00
348 COHT.CORFmERAIIVR
430,78
351 IHSS
971,02
353 IK80ST0 DB RBRDX
21,74
356 DBSP.MED/BOSeiT.
13,00
,366 CESTX BASICR
17,47
367 SEGORO DE VlpÁ
960,00
371 SDIRHT.KTOSM"
8,90
460 SE6VIDA STUSXLIAR
36,53
483 COBVERIO MEDICO -
12,00
617 COHV. CDORTOL06ICO
132,11
703 DBSC. KOLTICBEQDE
35,76
711 DBSC.tOlLTlCB.PARC.

Agência/Conta Corrente Depósito FGTS Total Proventos


•**9.912,79
Total Descontos
***2.871,31
Arredondamento |
***o,òo|
1
3477/10125172 «***537,02
Líquido
VALOR LIQUIDO DEPOSITADO EM SUA CONTA CORRENTE NO ***7.241,48
SANTANDER BANESPA

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ANEXO X – Defesa da Reclamada


- Dispensa de Gerente por
Descumprimento de Jornada de
Trabalho – Parte 1

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ANEXO X – Defesa da Reclamada


- Dispensa de Gerente por
Descumprimento de Jornada de
Trabalho – Parte 2

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ANEXO XI

Documento Comprovando o
Efetivo pagamento de Prêmios

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São Caetano do Sul, 30 de Julho de 2012.

Assunto: Premiações para Agosto/12 (Gerentes Loja - Pontofrio)

A) PRÊMIO ESTÍMULO SÓBRÊ FATURAMENTO

^^J.inento -m M é '*

Até 1.299.999 875 585 390 260 260

De 1.300.000 a 2.599.999 2.6^ 1.755 1.170 780 260 -

De 2.600.000 a 3.899.999 4.390 2.925 1.950 1.300 780 -

Acima de 3.900,000 6.150 4.095 2.730 1.820 1.300 -

B) PRÊMIOS DE PERFORMANCE (EXTRATO DE VENDAS)


ffll^^^ron Hjwan

175 175 175 175


.100% á 104%

105% a 109% 265 265 265 265

400 400 400 400


110% a 114%

115% ou mais (60^' fBOO^ 600 600

C) PRÊMIOS DE GARANTIAS. SEGUROS E SERVIÇOS

tinqimcnto

100% a 109%

110% a 119%

120% ou mais

100%'a 104% 100 30% ou mais

105% a 119% 200

120% ou mais 300

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Fls.: 432

São Caetano do Sul, 30 de Julho de 2012.

Assunto: Premiações para Agosto/12 (Gerentes Loja —Pontofrio)

A) PRÊMIO ESTÍMULO SÓBRÈ FATURAMENTO

'' ''

Até 1.299i999 875 390 260 260 -

1 1

De 1.300.000 a Z599.999 2.630^ 1.755 1.170 780 260 -

De 2.^00.000 a 3.899.999 4.390 2.925 1.950 1.300 780 -

«.

Acima de 3.900.000 6.150 4.095 2.730 1.820 1.300 -

B) PRÊMIOS DE PERFORMANCE /EXTRATO DE VENDÀS)

100% a 104%

105% a 109%

110%,a 114%

115% ou mais

C) PRÊMIOS DE GARANTIAS. SEGUROS E SERVIÇOS

100% a 109%

110%'a119%
120% ou mais

100%'a 104% 100 30% ou mais

105%; a 119% 200

120% ou mais 300

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - ab848c0
Fls.: 433

São Caetano do Sul, 05 de Dezembro de 2011,

Ref= PREMIAÇÔES PARA DEZEMBRO DE 2011 (Gerentes de Lojas PF)

( >M/PRÊMIO ESTÍMULO SOBRE FATURAMENTO vX'


Em Dezembro de 2011 os Gerentes de Lojas serão premiados sobre o faturamento das filiais
(proporcional aos dias trabalhados no mês), conforme critério abaixo.

Premiação dos Gerentes de Loja


Cota das Vendas
Valor do
•faturamento
115% ou
da filiai
mais
114%an0%! 109%al05%il04%al00% 99% d 95%
94% !

nn^noann-j
í 1.299.999,00 R$ 875,00 l R$ 585,00 j R$ 390,00 j R$ 260,00 R$260,00 ; -o- ;
de RS I
1.300.000,00 ;
R$ 2.630,00 I R$ 1.755,00 j R$ 1.170,00 RS 780,00 RS 260,00 -o-

até R$ \
• 2.599.999,00 i
i de R$ j
2.600.000,00 !
R$ 4.390,00 ; R$ 2.925,00 j RS 1.950,00 R$1.300,00 j R$ 780,00 ; -o-
i até R$ I
! 3.899.999,00 !
; acima de
1 R5 IRS 6.1 50,00 RS 4.095,00 ; RS 2.730,00 R$1.820,00 RSl:300,00j -o-
i 3.900.000,00 i
A.2) Apuração da Premiação (Venda informada) = 01/12/2011 a31/12/2011. ^
A.3) Oprêmio estímulo acima referenciado será apurado com base no cadastramento dos Gerentes de Lojas
.efetuado no sistema S2GA.

B) PRÊMIOS DE PERFORMANCE (EXTRATO DE VENDAS)


B.l) Valor das Premiações
Performance deVendas' ^ R$ 175,00/' (100% a 104%)
RS 265,00/ 005% a 109%)
RS 400,00/ 010% a 114%)
— RS-éÔOjOÍLC (115% ou mais)

Performance de R$ 175,00 (100% a 104%)


R$ 265,00 005% a 109%)
R$ 400,00 (110% a 114%)
R$ 600,00 015% ou mais)

Performance de Lucro Bruto de Eletro R$ 175,00 (100% a 104%)


R$ 265,00 (105% a 109%)
R$ 400,00 (110% a 114%)
R$ 600,00 015% ou mais)

Performance de Lucro Bruto de Móveis R$ 175,00 (100% a 104%)


R$ 265,00 (105% a 109%)
R$-400,00 010% a 114%)
R$ 600,00 015% ou mais)

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B.2) Apuração daPremiação (Venda informada) = 01/12/2011 a 31/12/2011.


B.3) O prêmio estimulo acima referenciado será apurado com base no cadasíramento dos Gerentes de Lojas
efetuado no sistema S2GA.

C) PRÊMIOS DE GARANTIA. GARANTIA DE MÓVEIS. SEGURO. SEGURO DE VIDA PROTEGIDA


H PREMIADA. SEGURO QDONTOfEXTRATO DE SERVIÇOS) E TECNO PESSOAL

C.l) PRÊMIO . VALOR

Garantia (Cota) ^ R$ 250,00 (100% a109%)


R$500,00
R$ 500,00 (110% a 119%)
R$ 750,00 (120% ou mais)

Garantia deMóveis (Cota) R$ 165,00 (1QQ,% a 109%)


• R$325,00 ,(110%,-all9%)
R$49Ói0Ó (120% òümais)

Quitação Garantida R$ 125^,00 (45% óu mais)


Seguro Residencial R$ 125,00 < (100% a 109%)
R$250,00 (110% a 119%)
RS 375,00 " (120% oumais)

Tecno Pessoal R$ 100,00 (100% a 105%)


R$ 200,00 (106% ou mais)

C.2) Apuração da Premiação (Venda informada) = 01/12/2011 a31/12/2011.


0.3) Oprêmio estimulo acima referenciado será apurado com base no cadastramento dos Gerentes de Lojas
efetüado no sistema S2GA.
D) Venda informada mencionai^ nòs itens A.2, .B.2.e C.2 não concluída, será estornada na premiação do
niê^eguinte. • - y, , .
'E)-Os v^ores, informados-nas•premiações dos-itens A.-B e C serão lançados np demonstfatíyo :dò
adiantamento 01/2012 (caso infom^ção^viada pelo Departamento" de Custos for recebida/até o; terceiro dia;
útil de Janeiro) oü no denionstrátiVo de pagi^ento' 01/2012 (caso informação envia'dá'pelo Departamènto de
Custos for recebidaapós terceiro dia útil de Janeiro). . - /

ROBERTO FULCHERBERGUER
Vice Presidente Comercial

C.C.: Sr. Michael Klein


Sr. Raphael Klein
Sr. Jorge Fernando Herzog
Sr. Orivaldo Padílha
Sr. Fernando Enes Solleiro
Sr. Abel Ornejas
Diretorias Regionais de Lojas
Gerentes Regionais
Gerentes de Filiais
Departamento de Recursos Flumanos
Departamento de Serviços (Garantia/ Seguros)
Departamento de Custos
Centro de Tecnologia - Desenvolvimento
Arquivo

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São Caetano do Sui, 1 de Fevereiro de 2012.

Assunro; Pr^mlações para Fevereira/12 (G arant^e a. Loj ^Po nxo Fria)


j* V /'i í-j

mwm.

At _ [9
1 De 1.300.000 a 2.599.999 2.630 1.755 •1.170

4.390 1.300
! De 2.600.000 e 3.899.999
1.820 1.300
3.900.000 6.150

B) PRÊMIOS DF PFRFORMANCE (EXTRÂTO DF VENDAS)


r^r»» 1"^V"

lifeVendas"em Geral " ^'yèMa Móveis

100% a 104% 175 • • . 175 :•" \'i75,?'


265 265 . 265
105% a 109% 265

110% a 114% 400 400 400 ^ ; ;• .... . - 400-:

600 • • 600
1 1 5% ou mais 600 600

C) PRÊMIOS DF GARANTIAS. SEGUROS ESERVIÇOS

^Garantia Eletro ^ Jt ^^^Garantia Moveis Seguro Residencial

165 125
• 100% o 109% - 250

325 250
110% e 119% 500

490 375
1 20% ou mais 750

;,Teçnp Pessoal^- H&Qüiê^âó Garantida

100 mais 125


100% e 105%

1 06% o ú mais 200

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pontofrioi
São Caetano do Sul, 1 de Junho de 2013.

Assunco; Premiações para Junho/2013 (Gerentes Loja - Ponto Frio)


-1-.Í l.--- ^ 'i -v', - i " - „ J:- ..

A) PRÊMIO ESTÍMULO SOBRE FATURAMENTO

Até 1.299.999

. De 1.300.000» 2.599.999 2.630 1.755 1.170

De 2.600.000 e 3.899.999 . 4.390 2.925 1.950 1.300

Acima de 3.900.000 6.150 4.095 2.730 1.820 1.300

B) PRÊMIOS DE PERFORMANCE (EXTRATO DE VENDAS)

""

JHKroBhitcfiEletro^

; 100% e 104%" 175 175 175 175

i 105% a 109% 265 265 . 265 265

i 110% a 114% 400 .400 400 400

1 1 5% ou mais 600 600 600 600

C) PRÊMIOS DE GARANTIAS. SEGUROS E SERVIÇO

??Szf:
W- Seâí|ro.:Qdbnu^ a3araritiílítóyê(&5 tGaraBia^etrol

100 100 125 125 125 175


100% a 104%

105% a 109% 150 150 200 200 200 300

110% 0 119% 250 250 325 325 325 500

1 20% ou m 0 1s 375 375 490 490 490 750

;íXeçoô;,l?â3<)ãí)} PF

100% a 104% 100 30?^ 125

105% a 119% 200

1 20% ou mais 300

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São Caetano do Sul, 2 de Maio de 2012.

Assunto; Premiaçôes para Maio/12 (Gerentes Loja Pqnto Frio)

A) PRÊMIO ESTÍMULO SOBRE FATU^MENt&

A=«.1.299.999
1*15% ou mats

875 585
^1j09%aí05% í

390. "' 2éQ • 260


s
D« 1.300.000 a 2.599.999 2.630 1.755 .1.170 780 : 260 ••-' -

De 2.600.000 e 3.899.999 4.390 2.925 1.950 1.300 780 -

Acima Oe 3.900.000 6.150 4.095 2.730 1.820 1.300 -

B) PRÊMIOS DE PERFORMANCE (EXTRATO DE VENDAS)

/ Vendas emGera] . im ^a'Moveis •"


100% a 104% 175;" 175 '• 175 • •; -; • 175 '•
105% a 109% 265 - 265 • 265- . • 265 ^

110% a 114% 400 .400 . '• 400 400

1 1 5% ou mais 600 - 600 600 600

C) PRÊMIOS DE GARANTIAS. SEGUROS E SERVIÇOS


i m
m

100% a 109%

; 110% o 119%
' 1 20% ou mais

1 100% a 104% 100 ou m « t s 125


1

105% a 119% 200

S 1 20% ou mais 300 -

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1) Os prêmios são calculados sobre o faturamento de 01/05/2012 a 31/05/2012.


2) Os prêmios acima referenciados são apurados com base no cadastramento dos Gerentes
Lojas efetuados no sistema S2GA.

3) Se a vencia for cancelada em até 03 meses, o valor da venda é estornado no mês seguinte.
'4) Ovalor dó prêmio total é pago no Adiantamento de Junho/2012. " ; •

01/05/2012 a 31/05/2012 nto de Junho/12

Roberro F u Ic h ©r b ar g u e r
Vlce-Prasl denre Oomerctal

' C/C: Michael Kletn


Raphae] Klèin
Jorge Fernando Herzog
Claudia Ell^
, Fernando Enes Soileíro
Abel Omelas
^ ' ' Aiitón.OIjvejra
,'s' .i Diretorias Regionais
?'Gerentes Regionais
;' ,' ., Gereritès Lojas
' Piai^ejàmento e Administração de Vendas
I Controladona-Custos,
. . ,CSC - Adr^ninistraçlo Pessoal
[' ' • Centro de Tecnologia - Desenvolviníento

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Fls.: 439

São Caetano do Sul, 09 de Agosto de 2011.


VPC; 28 /2011.

Ref= PREMIAÇÔES PARA AGOSTO DE 2011 (Gerentes de Filiais)

A) PRÊMIO ESTÍMULO SOBRE FATURAMENTO


A.l) Em Agosto de 2011 os Gerentes das filiais serão premiados sobre o faturamento das
filiais (proporcional aos dias trabalhados no mês), conforme critério abaixo=

Premiação dos Gerentes de Loja


Cota das Vendas
Valor do
faturamento até
115% ou mais 114%a 110% 109%a 105% 104% alOO% 99% a 95%
da filial 94%

ate R$ RS 260,00 RS 260,00


R$ 875,00 RS 585,00 RS 390,00 -0-
1.299.999,00

de R$
1.300.000,00
R$ 2.630,00 RS 1.755,00 RS 1.170,00 RS 780,00 RS 260,00 -0-
até R$
2.599.999,00
de R$
2.600.000,00
R$ 4.390,00 RS 2.925,00 RS 1.950,00 RSl.300,00 RS 780,00 -0-
até R$
3.899.999,00
acima de

R$ R$ 6.150,00 RS 4.095,00 RS 2.730,00 RS1.820,00 RSl.300,00 -0-

3.900.000,00

A.2) Apuração da Premiação (Venda informada)= 1/08/2011 à 31/08/2011.

A.3) O prêmio .estímulo acima referenciado será apurado com base no cadastramento
dos Gerentes de Lojas efetuado no sistema S2GA.

B) PRÊMIOS DE PERFORMANCE (EXTRATO DE VENDAS)

B.l) Valor das Premiações=


Performance de Vendas. .R$ 175,00 (100% a 104%)
R$ 265,00 (105% a 109%)
R$ 400,00 (110% a 114%)
RS 600,00 (115% ou mais)

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Fls.: 440

Performance de Móveis R$ 175,00 (100% a 104%)


R$ 265,00 (105% a 109%)
R$ 400,00 (110% a 114%)
R$ 600,00 (115% ou mais)
Performánce de Lucro Bruto de Eletro R$ 175,00 (100% a 104%)
R$ 265,00 (105% a 109%)
I ' R$ 400,00 (110% a 114%)
i' R$ 600,00 (115% ou mais)
Performánce de Lucro Bruto de Móveis R$ 175,00 (100% a 104%)
! R$ 265,00 (105% a 109%)
' R$ 400,00 (110% a 114%)
R$ 600,00 (115% ou mais)

B.2) Apuração da Premíação (Venda Informada) = 1/08/2011 à 31/08/2011.

B.3) O prêmio estimulo acima referenciado será apurado com base no cadastramento dos
Gerentes de Lojas efetuado no sistema S2GA.
I

C) PRÊMIOS DE (GARANTIA. GARANTIA DE MÓVEIS. SEGURO. SEGURO DE VIDA PROTEGIDA


E PREMIADA. SEGURO ODQNTO(EXTRATO DE SERVIÇOS) E TECNO PESSOAL
I

C.1) PRÊMIO VALOR


Garantia (Cota) R$ 250,00 ( 100% a 109%)
R$ 500,00 ( 110% a 119%)
R$ 750,00 ( 120% ou mais)

Garantia de Móveis (Cota) R$ 165,00 (100% á 109%)


R$ 325,00 (110% a 119%)
R$ 490,00 (120% ou mais)

Seguro (Participação seguro sobre vendas a crédito) R$ 125,00 (80% ou mais )

Seguro de Vida Protegida e Premiada (cota) .R$ 165,00 (100% a 109%)


; R$ 325,00 (110% a 119%)
R$ 490,00 (120% ou mais)
Seguro Odonto R$ 125,00 (100% a 109%)
R$ 250,00 (110% a 119%)
: R$ 375,00 (120% ou mais)
Tecno Pessoal R$100,00 (100% a 105%)
I R$ 200,00 (106% ou mais)
f *

C.2) Apuração da Premiação (Venda informada)= 1/08/2011 à 31/08/2011.


i

C.3)iO prêmio estímulo acima referenciado será apurado com base no cadastramento
dos Gerentes de Lojas efetuado no sistema S2GA.

D) Venda informada mencionada nos itens A.2, B.2 e C.2 não concluída, será estornada
na premiação do mês seguinte.
E) Os valores informados nas premiações dos Itens A, B e C serão lançados no

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Fls.: 441

demonstrativo do adiantamento 09/2011 (caso informação enviada pelo Departamento


de Custos for recebida até o terceiro dia útii de Setembro) ou no demonstrativo de
pagamento 09/2011 (caso informação enviada pelo Departamento de Custos for
recebida após terceiro dia útil de Setembro).

ROBERTO FULCHERBERGUER
Vice Presidente Comercial

C.C.: Sr. Michael Klein


Sr. Raphael Klein
Sr. Jorge Fernando Herzog
Sr. Orivaldo Padilha
Sr. Fernando Enes Solleiro
Sr. Abel Ornelas
Diretorias Regionais de Lojas
Gerentes Regionais
Gerentes de Filiais
Departamento de Recursos Humanos
Departamento de Serviços (Garantia/ Seguros)
Departamento de Custos
Centro de Tecnologia - Desenvolvimento
Arquivo

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Fls.: 442

São Caetano do Sul, 31 de Janeiro de 2011.


VPC: 5/2011.

Ref= PREMIAÇÔES PARA FEVEREIRO DE 2011 (Gerentes de Filiais)


I

A) PRÊMIO ESTÍMULO SOBRE FATURAMENTO


A.l) Em Fevereiro de 2011 os Gerentes das filiais serão premiados sobre o faturamento
das filiais (proporcional aos dias trabalhados no mês), conforme critério abalxo=

Premiação dos Gerentes de Loja

Cota das Vendas


Valor do
faturamento até
da filial 115% ou mais 114%a 110% 109%a 105% 104%al00% 99% a 95%
94%

até RS
RS 875,00 RS 585,00 RS 390,00 RS 260,00 RS 260,00 -0-
1.299.999,00

de RS
1.300.000,00
RS 2.630,00 RS 1.755,00 RS 1.170,00 RS 780,00 RS 260,00 -o-
até RS
2.599.999,00
de RS
2.600.000,00
RS 4.390,00 RS 2.925,00 RS 1.950,00 R$1.300,00 RS 780,00 -o-
até RS
3.899.999,00
acima de

RS RS 6.150,00 RS 4.095,00 RS 2.730,00 R$1.820,00 R$1.300,00 -0-

3.900.000,00

A.2) Apuração da Premiação (Venda informada)= 1/02/2011 à 28/02/2011.

A.3) O prêmio estímulo acima referenciado será apurado com base no cadastramento
dos Gerentes de Lojas efetuado no sistema S2GA.

B) PRÊMIOS DE PERFORMANCE (EXTRATO DE VENDAS)

B.l) Valor das Premiações=


Performance de Vendas. .R$ 175,00 (100% a 1049é)
R$ 265,00 (105% a 109%)
R$ 400,00 (110% a 114%)
RS 600,00 (115% ou mais)

Performance de Móveis RS 175,00 (100% a 104%)

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Fls.: 443

R$ 265,00 (105% a 109%)


R$ 400,00 (110% a 114%)
R$ 600,00 (115% ou mais)
Performance de Lucro Bruto de Eletro R$ 175,00 (100% a 104%)
R$ 265,00 (105% a 109%)
R$ 400,00 (110% a 114%)
R$ 600,00 (115% ou mais)
Performance de Lucro Bruto de Móveis R$ 175,00 (100%.a 104%)
R$ 265,00 (105% a 109%)
R$400,00 (110% a 114%)
R$ 600,00 (115% ou mais)

B.2) Apuração da Premiação (Venda informada) = 1/02/2011 à 28/02/2011.

B.3) O prêmio estimulo acima referenciado será apurado com base no cadastramento dos
Gerentes de Lojas efetuado no sistema S2GA.

C) PRFMIOS DE GARANTIA. GARANTIA DE MÓVEIS. SEGURO E SEGURO DE VIDA


PROTEGIDA E PREMIADA E SFGtlRO ODQNTOfEyTRATO DE SERVIÇOS)

C.l)PR£MiQ VALOR
Garantia (Cota) R$ 250,00 ( 100% a 109%)
RS 500,00 ( 110% a 119%)
R$ 750,00 { 120% ou mais)

Garantia de Móveis (Cota) R$ 165,00 (100% a 109%)


R$ 325,00 (110% a 119%)
R$ 490,00 (120% ou mais)

Seguro (Participação seguro sobre vendas a crédito) R$ 125,00 (80% ou mais )

Seguro de Vida Protegida e Premiada (cota) RS 165,00 (100% a 109%)


RS 325,00 (110% a 119%)
RS 490,00 (120% ou mais)
Seguro Odonto RS 125,00 (100% a 109%)
RS 250,00 (110% a 119%)
RS 375,00 (120% ou mais)

C.2) Apuração da Premiação (Venda informada)= 1/02/2010 à 28/02/2011.

C.3) O prêmio estimulo acima referenciado será apurado com base no cadastramento
dos Gerentes de Lojas efetuado no sistema S2GA.

D) Venda informada mencionada nos itens A.2, 8.2 e C.2 não concluída, será estornada
na premiação do mês seguinte.
E) Os valores informados nas premiações dos itens A, B e C serão lançados no
demonstrativo do adiantamento 03/2011 (caso informação enviada pelo Departamento
de Custos for recebida até o terceiro dia útil de Março) ou no demonstrativo de

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Fls.: 444

f0577.gerencia/CasasBahia@CB f0581 .gerencia/CasasBahia@CB,


f0582.gerencia/CasasBahia @CB f0583.gerencia/CasasBahia @CB,
f0589.gerencia/CasasBahía@CB f0590.gerencia/CasasBahía@CB,
f0591 .gerencla/CasasBahía @CB f0592.gerencia/CasasBahía@CB,
f0593.gerencla/CasasBahia@GB f0594.gerencia/CasasBahla@CB,
f0595.gerencia/CasasBahia @CB f0596.gerencia/CasasBahia @CB,
f0597.gerencia/CasasBahia @CB f0601 .gerencia/CasasBahla@CB,
f0602.gerencia/CasasBahia @CB f0605.gerencia/CasasBahia@CB,
f0607.gerencia/CasasBahia@CB f0611 .gerencia/CasasBahia@CB,
f0612.gerencia/CasasBahia @CB f0614.gerencia/CasasBahia @CB,
f0616.gerencÍa/CasasBahia@ CB ro621 .gerencia/CasasBahia@CB,
f0622.gerencia/CasasBahia@CB f0623.gerencia/CasasBahia@CB,
f0627.gerencia/CasasBahia@CB f0631 .gerencia/CasasBahia@CB,
f0415.gerencia/CasasBahia@ CB f0608.gerencia/CasasBahia @CB,
f0524.gerencia/CasasBahia @CB f0172.gerencia/CasasBahia @CB,
f0634.gerencia/CasasBahia @CB f0578.gerencia/CasasBahia@CB,
f0641.gerencia/CasasBahia@CB f0642.gerencia/CasasBahia @CB,
f0645.gerencia/CasasBahia@CB f0646.gerencia/CasasBahia@CB,
f0648.gerencia/CasasBahia@CB f0632.gerencia/CasasBahia@CB,
f0563.gerencia/CasasBahia@CB f0620.gerencia/CasasBahia@CB,
f0613.gerencia/CasasBahia@CB f0374.gerencia/CasasBahia@CB,
f0385.gerencia/CasasBahia@CB f0639.gerencia/CasasBahia @CB,
f0160.gérencia/CasasBahia@CB f0625.gerencia/CasasBahia@CB,
f0294.gerencia/CasasBahia @CB f0199.gerencia/CasasBahia @CB,
f0094.gerencia/CasasBahia @CB f0394.gerencia/CasasBahia@CB,
f0638.gerencia/CasasBahia @CB f0010.gerencia/CasasBahia@CB,
f0504.gerencia/CasasBahla@CB f0573.gerencia/CasasBahia @CB,
f0439.gerencia/GasasBahia @CB f0515.gerencia/CasasBahia@CB,
f0610.gerencia/CasasBahia@CB jose.roberto/CasasBahia@CB,
zenaide. ramos/CasasBahia @ CB julio.manciní/CasasBahia@CB,
edna.ferreíra/CasasBahia@CB, conceicao.melhado/CasasBahia@CB

Data: Quarta-feira, 01 De Julho De 2009 9:55


Assunto: PREMIAÇÕES PARA JULHO DE 2009 (Gerentes de Filiais)

São Caetano do Sul, 1 de Julho de 2009.


DEX: 26/2009.
Ref= PREMIAÇÕES PARA JULHO DE 2009 (Gerentes de Filiais)
A1 PRÊMIO ESTÍMULO SOBRE FATURAMENTO E RESULTADO LÍQUIDO POSITIVO DAS
FILIAIS

A.l) Em Julho de 2009 os Gerentes das filiais com resultado líquido positivo serão premiados sobre o
faturamento das filiais (proporcional aos dias trabalhados no mês), conforme critério abaixo=

Premiação dos Gerentes de Lojas |


até
j
Valor do faturamento 92% 1
100% ou mais de cota das ! de 99% a 93% da cota das j da i
da filial vendas | vendas ) cota 1
das i
1
vendas!

atcRS 1.299.999,00 R$ 260,00 i R$ 260,00 í -0- ;


i

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Fls.: 445

de RS 1.300.000,00 | j i
!

até RS 2.599.999,00 1 RS 780,00 i RS 260,00 1 -0-

de R$2.600.000,00 j 1
1
R$ 1.300,00 RS 780,00 1 -0- 1
até RS 3.899.999,00 | 1
i
i

1
acima de | 1
1

R$ 1.820,00 R$ 1.300,00 -0-


R$ 3.900.000,00 1
1
i

A.2) Apuração da Premiação = 1/7/2009 à 31/7/2009.


A.3) O prêmio estimulo acima referenciado será apurado com base no cadastramento dos Gerentes de
Lojas efetuado no sistema S2GA e os valores apurados serão lançados no demonstrativo do pagamento
" '8/2009 (em 4/9/2009).
B) PRÊMIOS DE PERFORMANCE CEXTRATO DE VENDAS') PARA FILIAL COM RESULTADO
LIQUIDO POSITIVO

B.l) Valor da Premiação R$700,00

B.2) Apuração da Premiação = 1/7/2009 à 31/7/2009.

B.3) O prêmio estimulo acima referenciado será apurado com base no cadastramento dos Gerentes de
Lojas efetuado no sistema S2GA e os valores apurados serão lançados no demonstrativo de pagamento
08/2009 (em 4/9/2009).

O PRÊMIOS DE GARANTIA. GARANTIA DE MÓVEIS. SEGURO E SEGURO DE VIDA


PROTEGIDA E PREMIADA (EXTRATO DE SERVIÇOS^ PARA FILIAIS COM RESULTADO
LIQUIDO POSITIVO

C.n PRÊMIO VALOR

Garantia (Cota) R$250,00 (Perf. de 100% a 109% )


RS500,00 (Perf. de 110% ou mais)
Garantia de Móveis (Cota) RS125,00 (Perf. de 100% a 109%)
R$250,00 (Perf. de 110% ou mais)
Seguro (Cota) R$125,00 (Perf. de 100% a 109%)
R$250,00 (Perf. de 110% ou mais)
Seguro de Vida Protegida e Premiada (cota)...R$ 200,00 (Perf. de 100% a 109%)
RS 400,00 (Perf. de 110% ou mais)

C.2) Os valores apurados serão informados ao Departamento de Recursos Humanos, que providenciará
os lançamentos no demonstrativo de pagamento 08/2009 (em 4/9/2009).

SAMUEL KLEIN
Presidente

C.C.: Sr. Michael Klein

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Fls.: 446

ANEXO XII

DOCUMENTO COMPROVANDO A

EXISTÊNCIA DE JORNADA
CONTRATUAL DE 7,20 HORAS
DIÁRIA, EM QUE PESE LABORAR
EM HORÁRIO MUITO MAIS
EXTENSO

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Fls.: 447
. Ponto Frio :: Intranet Corporativa
Aplicativos Aniversário Biblioteca Classificados Fotos Lojas Mural Notícias Políticas Telefones Fundação
Ponto Eletrônico - Espelho do Colaborador
Colaborador Gerente RH Si

Mês: ABRluaOH •
00474916 • EUDES JOSE DA SILVA

Horário: 08:30 12:00 13:30 18:30 situação: Ati


Data Dia Entrada Saída Entrada Saída Abono
01/04/2011 Sexta-Feira -
23:10 . .

02/04/2011 Sábado - - - .

03/04/2011 Domingo - - • -

04/04/2011 Segunda-Feira - - - -

05/04/2011 Terça-Feira - - - .

06/04/2011 Quarta-Feíra - - - .

07/04/2011 Quínta-Feira - - - -

08/04/2011 Sexta-Feira 08:55 - - -

09/04/2011 Sábado - - - -

10/04/2011 Domingo - - - -

11/04/2011 Segunda-Feira - - - -

12/04/2011 Terça-Feira - - - -

13/04/2011 Quarta-Feira -
00:55 - -

14/04/2011 Quinta-Feíra - - - -

15/04/2011 Sexta-Feira - - - -

16/04/2011 Sábado - - - -

17/04/2011 Domingo - - -

18/04/2011 Segunda-Feira - . - -

19/04/2011 Terça-Feira - - - -

20/04/2011 Quarta-Feira - - - -

Quínta-Feira
21/04/2011 - - - -

riRADENTES

"Sexta-Feira '
2"2/04/20"Í1 - - - -

SEXTA FEIRA DA PAJXAO

23/04/2011 Sábado - - - -

24/04/2011 Domingo - - - -

25/04/2011 Segunda-Feira - - - -

26/04/2011 Terça-Feira - - - -

27/04/2011 Quarta-Feira - - - -

28/04/2011 Quínta-Feira - - - -

29/04/2011 Sexta-Feira - - - -

30/04/2011 Sábado - - - -

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Fls.: 448

Cartão de Ponto
GLOBEXUTIUDADESSiA.
Emissão; Abril Seção: 03040.0114-60300.99.2-0114/020 - LJ MINAS SHOPPING •VEND Data:04/05/2009
AV.CRISTIANO MACHADO, 4000 LJ 152
C.N.P.J. 33.041.260/014548 Período: 01/04/2009 a 30/04/2009

Colaborador: 00474916 • EUDES JOSE DA SILVA Carteira de Trabalho: 023622


Função: DA0066 - GERENTE LOJA IV Cargo: GERENTE DE LOJA

Data Dia Entrada Saída Entrada Saída Abono


01/04/2009 Quarta-Felra
02/04/2009 Qulnta-Felra
03/04/2009 Sexta-FeIra
04/04/2009 Sábado
05/04/2009 Domingo
06/04/2009 Seguhda-FeIra
07/04/2009 Terça-Felra
08/04/2009 Quarta-Felra
09/04/2009 Qulnta-Felra
10/04/2009 Sexta-FeIra
SEXTA FEIRA DA PAIXAO
11/04/2009 Sábado
12/04/2009 Domingo
13/04/2009 Segunda-FeIra
14/04/2009 Terça-Felra
15/04/2009 Quarta-Felra
16/04/2009 Qulnta-Felra
17/04/2009 Sexta-FeIra
18/04/2009 Sábado
19/04/2009 Domingo
20/04/2009 Segunda-Felra
21/04/2009 Terça-Felra
-
TIRADENTES —-
22/04/2009 Quarta-Felra
23/04/2009 Qulnta-Felra
24/04/2009 Sexta-FeIra
25/04/2009 Sábado
26/04/2009 Domingo
27/04/2009 Segunda-Felra
28/04/2009 Terça-Felra
29/04/2009 Quarta-Felra
30/04/2009 Qulnta-Felra

Quadro de Horário
Segunda-Feira 08:30 12:00 13:30 18:30
Terça-Felra 08:30 12:00 13:30 18:30
Quarta-Felra 08:30 12:00 13:30 18:30
Qulnta-Felra 08:30 12:00 13:30 18:30
Sexta-Feira 08:30 12:00 13:30 18:30
Sábado 08:30 10:00

Reconheço a exatidão e confirmo a freqüência constante deste cartão


EUDES JOSE DA SILVA

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Fls.: 449
N/ V VV V V V N
•• . 1Ponto Frio Comercia] e Marketing Serv Compartilhados CFO Canais de Vendas Novos Negócios Pontocred Fundacao
1220623!
Aplicativos Agenda Aniversário Bate-Papo Biblioteca Cardápio Classificados Fotos Glossário Lojas Mapa Mural Noticias Políticas Telefones

Ponto Eletrônico - impressão de banco de horas


Colaborador Gerente RH Sí

Período: Junho -2008 ^


òNiSuiFrÀWIi P^atuàiIízakTconsu&taI

Loja: 0114 LOJA LAPA / SAO PAULO Período: 01/06/2008 à 30/06/2008


1
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Situação Saldo Saldo Saldo
Chapa Nome
Atual Anterior do Período Atual
00801791 ADRIANA DOMINGOS Ativo 00:00 00:00 00:00

ADRIANE FERREIRA DE
00768999 Ativo -00:46 01:20 00:34
SOUZA

00734334 ADRIANO DOS SANTOS Ativo -01:48 -04:54 -06:42

00649392 ÂNGELO MARCOS ARRUDA Ativo 12:30 07:50 20:20

00535880 ANTONIA DE OLIVEIRA Ativo 03:25 -01:26 01:59

CAMILA EDUARDA LOIOLA


00787829 Ativo 00:00 00:00 00:00
DOS SANTOS

CARLA RODRIGUES DE
00628578 Ativo 00:00 00:00 00:00
FREITAS

00254730 DALVA DE OLIVEIRA Ativo -09:36 00:00 -09:36


lüi
lU
00706608 DANIEL FARAJ LEMOS Ativo 11:03 12:49 23:52
i
00795589 DANIELLE BARBOSA COELHO Ativo -02:11 01:17 -00:54

00787438 DRIELE BARBOSA SANTANA Ativo •00:07 05:48 05:41

00746839 EDER MIRANDA GONÇALVES Ativo 13:35 -02:09 11:26

EDUARDO ALVES DE
00793292 Ativo 11:45 08:41 20:26
CARVALHO

00707973 ELIANA SANTOS DA SILVA Ativo -60:17 00:00 -60:17

00474916 EUDES JOSE DA SILVA Ativo 00:00 00:00 00:00

00634923 FABIANO SOUZA JERONIMO Ativo 15:03 06:51 21:54

00750070 FERNANDES EUDES TORRES Ativo 01:59 -00:39 01:20

FERNANDO CARDOSO DE
00809466 Ativo 00:00 00:00 00:00
AQUINO
GUSTAVO BRASIL DE
00799495 Ativo -04:44 -13:01 •17:45
CARVALHO

00761374 HARLEI DE OLIVEIRA ALMEIDA Ativo 17:24 13:36.. 31:00

00623454 IVAN JUNIO DE SOUZA Ativo -14:15 -20:14 -34:29

00707736 JOSIIVÍARA REIS NEVES Ativo 00:11 10:39 10:50

JULIANA LUCIA ESTEVES


00706594 Ativo 11:17 06:09 17:26
GODDARD

00768018 LUCIANE ALVES MACIEL Ativo 08:06 -00:07 07:59

00804278 LUIZA FALCAO DE MOURA Ativo 00:00 -00:35 -00:35

00434142 MARILIA DOS SANTOS Ativo -32:57 -11:31 •44:28

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Saldo do Banco de Horas Fls.: 450
Loja: 0676 LOJA BOULEVARD SHOPPING BH / BELO HORIZONTE Período: 01/03/2011 à 31/03/2011

Chapa Nome Situação Atual Saldo Anterior Saldo do Período Saldo Atual

00968066 ALISSON CARVALHO SIMAO A 00:00 00:00 00:00

00968177 ALLAN CÉSAR SOARES E SILVA A 00:00 00:00 00:00

00968166 ANA CLAUDIA DE PAULA SILVA A 00:00 00:00 00:00

00968077 ANA PAULA COSTA DE OLIVEIRA A 00:00 00:00 00:00

00968233 ANDERSON.CARLOS SANTOS DA SILVA A 00:00 00:00 00:00

00649392 ÂNGELO MARCOS ARRUDA A 00:00 00:00 00:00

00939521 BRUNO CARVALHO DINIZ A 00:00 00:00 00:00

00856537 CARLOS AUGUSTO NOVAES DE OLIVEIRA A 00:00 00:00 00:00

00018372 CLEITON PEDRO FREITAS A 00:00 00:00 00:00

00928187 CRISTIANO FIALHO LACERDA A 00:00 00:00 00:00

00769073 DANIELLE APARECIDA PAULO A 00:00 00:00 00:00

00968266 DAVI ELEUTERIO SILVA A 00:00 00:00 00:00

00474916 EUDES JOSE DA'SILVA A 00:00 00:00 00:00

00968144 FABIANA MARQUES BARAGLI AGUIAR A 00:00 00:00 00:00

00733168 FABIO HENRIQUE FONSECA LAGE F 00:00 00:00 00:00

00968211 FERNANDO APARECIDO DE SOUSA A 00:00 00:00 00:00

00968155 GERMANO RAFAEL PEREIRA DA ANUNCIACAO A 00:00 00:00 00:00

00027112 GLAUCIO JUNIO GOMES DA SILVA A 00:00 00:00 00:00

00968188 HERMAN DECIO BRANDAO DOS SANTOS A 00:00 00:00 00:00

00035845 JOSE CARLOS DE PAULA A 00:00 00:00 00:00

00968111 LUCIANA ROSA A 00:00 00:00 00:00

00020472 MÁRCIO NERY DE OLIVEIRA A 00:00 00:00 00:00

00968268 MARILENE REGINA AFONSO A 00:00 00:00 00:00

00968222 MARLON PETERSON NOGUEIRA A 00:00 00:00 00:00

00968099 patrícia dos SANTOS SILVA A 00:00 00:00 00:00

00968044 PAULO SÉRGIO DORIA DE MIRANDA A 00:00 00:00 00:00

00968200 PRISCYLLA GIL GOMES A 00:00 00:00 00:00

00051017 RICARDO ROGER LOURES DE JESUS A 00:00 00:00 00:00

00020005 ROGÉRIO RONALDO OLIVEIRA SILVA A 00:00 00:00 00:00

00968088 SIRLENE CRISTINA LUIZ VIEIRA A 00:00 00:00 00:00

00025890 VERA LÚCIA MELO DA SILVA A 00:00 00:00 00:00

00580134 WAGNER VALERIO DE SOUZA A 00:00 00:00 00:00

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - ab848c0
Fls.: 451
CARTÃO DE PONTO
MATRÍCULA: 21 94803 MÊS/ANO: 6/2014
DEPARTAMENTO: 3
NOME: EUDESJOSE DASILVA • FILIAL: 1418

CARGO: GERENTE DE LOJA III PERÍODO; 21.05.2014 A 20.06.2014


SINDICATO.: 118 ' - - JORNADA17.2 " -
flPÒSALÁRIO: SaLáRÍO FIXO
CNPJ:33041260/1305-30
RAZÃO VIA VAREJO S/A

MARCAÇÕES DO FUNCIONÁRIO
18 PERÍODO 2» PERÍODO OCORRÊNCIAS HORÁRIO
Dia

s JOR.: 07:20 ITV.: 01:05


21 QUA

22 QUl

23 SEX '

24 SAB

25 DSR

26 ^

27 TER

28 QUA

29 QUl

30 SEX

31 a4B

1 DSR

3 TER

4 QUA

5 QUl

6 SEX

7 SAB •

8 DSR

9 SBB

10 TER

11 QUA

12 QUl

13 SEX

14 SAB

15 DSR

1 6 SEQ

17 TER

1 8 QUA

19 FERIA

20 SB<

RESUMO DO PERÍODO AFASTAMENTO DO PERÍODO

HORAS TRABALHADAS 176,00 HORAS COMP 27.05.2014 A27.05.2014 7,20

D.S.R PAGOS 36,40

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - ab848c0
Fls.: 452
CARTÃO DE PONTO
MATRÍCULA; 21 94803 MÊS/ANO: 5/2013
DEPARTAMENTO; 3
FlUAL; 428
NOME EUDESJOSE DASILVA

CARGO; GEREhfTEDELOJAIll PERÍODO: 21.04.2013 A 20.05.2013


SINDICATO.:'129- - -.JORNADA: 7.2
'ripo SALÁRIO: SALÁRIO RXO
CNPJ: 33041260/0485-23
RAZÃO VIA VAREJO S/A

MARCAÇÕES DO FUNCIONÁRIO
2« PERÍODO OCORRÊNCIAS HORÁRIO
Dia 1» PERÍODO

21 DSR
JOR.: 07:20 ITV.: 01:05
22 9=R

23 TB=l

24 QUA

25 QUI

26 SEK

27 SAB

28 DSR

29 ^

30 TER

1 FERIA

2 QUI

3 SB<

4 SAB

5 DSR

6 SEQ

7 THT

8 QUA

9 QUI

10 SB(

1 1 SAB

12 DSR

13

'

14 TER

1 5 QUA

16 QUI

17 SB<

1 8 SAB

19 DSR

20

RESUMO DO PERÍODO AFASTAMENTO DO PERÍODO

HORAS TRABALHADAS 168.40 HORAS COMP 16.05.2013 A16.05.2013 7,20

D.S.R PAGOS 44,00

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - ab848c0
Fls.: 453
CARTÃO DE PONTO
MATRÍCULA: 21 94803 MÊS/ANO: 4/2014
DEPARTAMENT0:3
NOME: BJDESJOSE DA SILVA FlUAL 1418

CARGO; GERENTE DE LOJA 111 PERÍODO: 21.03.2014 A 20.04.2014


SINDICATO.: 118 JORNADA:7.2
TIPO SALÁRIO: SALÁRIO FIXO
CNPJ:33041260/1305-30
RAZÃO VIAVAREJO S/A

MARCAÇÕES DO FUNCIONÁRIO
'

PERÍODO 2» PERÍODO OCORRÊNCIAS HORÁRIO


Dia

JOR.: 07:20 ITV.: 01:05


21 SEK

22 SAB

23 DSR

24 sa3

25

26 QUA

27 QUI •

28 SEK

29 SAB

30 DSR

31 SSi

1 7H=I

2 QUA

3 QUI

4 SEX

5 SAB

6 DSR

7 SB3

8 TER

9 QUA

10 QUI

11 FERIA

12 SAB

13 DSR

14 SB3 1

15 TER

1 6 QUA

17 QUI

18 FERIA

19 SAB

20 DSR

RESUMO DO PERÍODO AFASTAMENTO DO PERÍODO

HORAS TRABALHADAS 154,00 HORAS COMP 08.04.2014 A08.04.2014 7,20

D.S.R PAGOS 51,20 HORAS COMP 19.04.2014 A19.04.2014 7,20

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CARTÃO DE PONTO
MATRÍCULA: 21 501565 MÊS/ANO: 4/2013
NOME: CRISTIANO JORGE ROCHA MENEZES FILIAL; 191 DEPARTAMENTO: 3

CARGO: GERENTE DE LOJA II PERÍODO: 21.03.2013 A 20.04.2013


TIPO SALARIO; SALÁRIO.FIXO SINDICATO.: 262 JORNADA: 7,2
RAZAO VIA VAREJO S/A
CNPJ:33041260/0161-68

MARCAÇÕES DO FUNCIONÁRIO
Dia PERÍODO- 2« PERÍODO OCORRÊNCIAS HORÁRIO
21 QDI
JOR.: 07:48 ITV.: 01:05
22 SEX

23 SA6
JOR.: 05:00
24 DSR

25 SEG
JOR.: 07:48 ITV.: 01:05
26 TER

27 QUA

28 QÜI

29 FERIA

30 SAB
JOR.: 05:00
31 DSR

1 SEG

2 TER

3 QUA

4 QÜI

5 SEX

6 SAB

7 DSR

8 SEG

9 TER

10 QUA

11 QUI

12 SEX

13 SAB

14 DSR

15 SEG

16 TER

17 QUA

18 QUI

19 SEX

20 SAB

RESUMO DO PERÍODO
AFASTAMENTO DO PERÍODO
HORAS TRABALHADAS
C 51. 20 FER.DESC. 01.04.2013 A20.04.2013 146,40
D.S.R PAGOS
22,00

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Fls.: 455
CARTÃO DE PONTO
MATRÍCULA: 21 501565 MÈS/ANO: 6 / 2012
NOME: CRISTIANO JORGE ROCHA MENEZES FJtlAL: 445 DEPARTAMENTO: 3
CARGO; GERENTE DE LOJA I
PERÍODO: 21.05.2012 A 20.06.2012
TIPO SALARIO: salArio fixo
SINDICATO.: 248
<• . V. JORNADA: 7,2
RAZAO VIA varejo s/a
ÜiNrj:d3041260/0514-00

MARCAÇÕES DOFUNCIONÁRIO
1® PER ODO 2» PERÍODO OCORRÊNCIAS HORÁRIO
21 SEG
JOR.: 07:48 ITV.: 01:05
22 TER

23 QüA

24 QUI

25 SEX

26 SAB
JOR.: 05:00
27 DSR

28 SEG

29 TER

30 QÜA

31 QÜI
JOR.: 07:48 ITV.: 01:05
1 SEX

2 SAB
JOR.: 05:00
3 DSR

4 SEG
JOR.; 07:48 ITV.: 01:05
5 TER

6 QÜA

7 FERIA

8 SEX

9 SAB
JOR.: 05:00
10 DSR

11 SEG
JOR.: 07:48 ITV.: 01:05
12 TER

13 QÜA

14 QUI

15 SEX

16 SAB
JOR.; 05:00
17 DSR

18 SEG

19 TER

20 .QÜA

RESUMO DO PERÍODO
AFASTAMENTO DO^ PERÍODO
HORAS TRABALHADAS
'Ç. 117,20 AOT., RH
23.05.2012'A25.05.2012
P^.R PAGOS —^'*= 22,00
36,40 AUT. RH
28.05.2012 A30.05.2012 22,00
AUT. RH •
0- l8.O6.20i2 A20.06.2012 22,00
• - •

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Fls.: 456
CARTÃO DE PONTO
MATRÍCULA; 21 501565
MÊS/ANO: 9/2012
NOME: CRISTIANO JORGE.- ROCHA MENEZES
" FILIAL: 445 DEPARTAMENTO: 3
CARGO: GERENTE DE LOJA I '
PERÍODO: ,.21.08.2012 A 20.09.2012
TIPOSALARIO: salário fixo
SINDICATO.: 248
JORNADA:7,2
RAZAO VIA VAREJO S/A
CNPDT33041260/0514-00

MARCAÇÕES DOFUNCIONÁRIO
1® PERÍODO 2» PERÍODO
OCORRÊNCIAS HORÁRIO
21 TER

22 QDA

23 QüI
JOR.; 07:48 ITV.: 01:05
24 SEX

25 SAB
JOR.; 05:00
26 OSR

27 SEG
JOR.: 07:48 ITV.: 01:05
28 TER

29 QÜA

30 QDI

31 SEX

1 sab;
JOR.: 05:00
2 DSR

3 SEG

4 TER

5- QüA
JOR.: 07:48 ITV.; 01:05
6 QUI

7 FERIA

8 SAB

JOR.; 05:00
9 DSR

10 SEG

JOR.: 07:48 ITV.: 01:05


11 TER

12 QÜA

13- QDI

14 SEX

15 SAB

JOR-.: 05:00
16 DSR

17 SEG

18 TER

19 FERIA

20 QUI
JOR.: 07:48 ITV.: 01:05
RESUMO DO PERÍODO
AFASTAMENTO DO PERÍODO.
HORAS TRABALHADAS
132,00 ADT. RH
,21.08.2012 A22.08.,2012 14,40
d.-s."r"pagos-'
36,40 ADT. RH
03.09.2012 A04.09.201-Í 14,40
HORÃS COMP
17.09.2012 Al7.09.2012 7,20
AUT. RH
18.09.2012 A19.09.2012 14,40

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Fls.: 457
CARTÃO DE PONTO
MATRÍCULA: 21 501565'
MÊS/ANO; 8 / 2012
NOME: CRISTIANO JORGE ROCHA MENEZES
FILIAL: 445 DEPARTAMENTO:3
CARGO: GERENTE DE MJA I
PER|ODO: ,21.07.2012 A 20.08.2012
TIPO SALÁRIO; SALÁRIO FIXO
SINDICATO.: 248 ' ' JORNADA: 7,2
RAZAO VIA VAREJO S/A .
CNPJ:33041260/0514-00

MARCAÇÕES DO FUNCÍONARíO
PERÍODO 2° PERÍODO T I OCORRÊNCIAS HORÁRIO
21 SAB

JOR.: 05.; 00
22 DSR

23 SEG

24 TER

25 QÜA

26 QUI JOR.07!48 ITV. ; 01;0S

27 SEX

28 SAB

JOR.; 05:00
29 DSR

30 SEG

31 TER
JOR.; 07:48 ITV.: 01:05

1 QÜA .

2 QUI

3 SEX

4 SAB

JOR.: 05:00
5 DSR

6. SEG

7 TER

8 QÜA JOR.: 07:48 ITV.: 01:05

9 QUI

10 SEX

11 SAB

JOR.: 05:00
12 DSR

13 SEG

14 TER
JOR.: 07:48 JTV.: 01:05

15 QUA

16- QUI

17 SEX

18 SAB

JOR.: 05:00
19 DSR

20 SEG

RESUMO DOPERÍODO
• AFASTAMENTO DO PERÍODO
HORAS TRABALHADAS
154,00 AÜT. RH
D.S.R PAGOS
23.07.2012 A23.07.2012-
HORAS COMP
24.07.2012 A24.07.2012
HORAS COMP
06.08.2012 A06.08.2012 7,20
HORAS COMP
20.08.2012 A20.08.2012 7,20

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Fls.: 458
CARTÃO DE PONTO
MATRÍCULA- 21 501565 ' Mtc/AMn ,
MES/ANO: 10/2012
NOME: CRISTIANO JORGE ROCHA MENEZES ' FILIAL; 445 ' •
DEPARTAMENTO: 3
CARGO: GERENTE DE LOJA I peoíonr*. o, «« •* •
TiDnoAiAo,«
TíPOSALARIO: salário fixo. . 21.09.2012
siNinínATr». ..o " A 20.10.2012
JORNADA: 7,2

CNPJ;33041260/0514-00

MARCAÇÕES DO FUNCIONÁRIO
PERÍODO 2®.PERÍ0D0
OCORRÊNCIAS HORÁRIO
21 SEX

22 SAB JOR.: 07:48 ITV.; 01:05

23 DSR JOR.; 05:00

24 SEG

25 TER JOR.: 07:48 líV.: 01:05

26 QÜA •

27 QUI

28 SEX

29 SAB

30 DSR JOR.: 05:00.

2 TER JOR.: 07:48 ITV.; 01:05

3 QüÁ

4 QUI

5 . SEX

6 SAB

7 . DSR JOR.; 05:00

8 SEG

9 TER JOR.: 07:48 ITV.: 01:05

10 QüA

11 QDI

12 FERIA

13 SAB

14 DSR JOR.: 05:00

15 SEG

16 TER JOR.: 07:48 ITV.: 01:05

17 QUA

Í8 QUI
19 SEX

20 SAB

JOR.: 05:00
RESUMO DOPERÍODO
HORAS TRABALHADAS

d-s.r pagos
36,40

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Fls.: 459
CARTÃO DE PONTO
MATRÍCULA: 21 ' 501565
MÊS/ANO: 3'/ 2013
NOME: CRISTIANO JORGE ROCHA MENEZES
FILIAL: 191 •" DEPARTAMENTO: 3 '
CARGO: GERENTE DE LOJA II
PERÍODO: 21.02.2013 A 20.03.2013
TIPO SALARIO: salário fixo -
SINDICATO.; 262
RA2A0 VIA VAREJO S/A JORNADA:?, 2
CnhJ:33041260/0161-68
MARCAÇÕES DO FÜNCICNARIQ
Í^PERÍODO 2" PERÍODO
. OCORRÊNCIAS
21 QÜI HORÁRIO

22 SEX JOR.: 07:48 ITV.: 01:05

23 SAB

24 DSR JOR.: 05:00

25 SEG

26 TER JOR.: 07:48'ITV.: 01:05

27 QUA

28 QUI

1 SEX

3 DSR JOR.: 05:00

4 SEG

5 TER JOR.: 07:48 ITV.: 01:05

6 QUA

7 -QÜI

8 SEX

9 SAB

10 DSR JOR.: 05:00

11 SEG

12 TER JOR.: 07:48 ITV.: 01:05


13 QUA

14 QÜI

15 SEX

16 SAB

17 DSR 05:00

18 SEG

19 TER JOR.: 07:48 ITV.: 01:05


20 QUA

RESUMO DO PERÍODO
HORAS TRABALHADAS
190,40
D.S.R PAGOS
29,20

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - ab848c0
https://pje.trt10.jus.br/pjekz/validacao/23061314383534100000035727078?instancia=1
Número do documento: 23061314383534100000035727078
Fls.: 1460
Fls.:

ATA DE AUDIÊNCIA

PROCESSO: 1000912-10.2019.5.02.0009
RECLAMANTE FERNANDO DOS SANTOS SANTANA
RECLAMADO VIA VAREJO S/A

Em 11 de dezembro de 2019, na sala de sessões da 9ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO/SP, sob a


presidência da Exmo(a). Juíza VIVIAN PINAREL DOMINGUEZ, realizou-se audiência relativa ao
processo identificado em epígrafe.

Às 14h32min, aberta a audiência, foram, de ordem da Exmo(a). Juíza do Trabalho, apregoadas


as partes.

Presente o(a) reclamante, acompanhado(a) do(a) advogado(a), Dr(a). ALESSANDRA


CRISTINA DIAS, OAB nº 144802/MG.

Presente o(a) preposto(a) do(a) reclamado(s), Sr(a). NAYARA PAULA BARROS DA SILVA,
acompanhado(a) do(a) advogado(a), Dr(a). CINTHYA CHRISTINA ZEFERINO MESQUITA, OAB nº
288506/SP.

INCONCILIADOS

Deferida a juntada de defesa(s) escrita(s) com documentos pela(s) reclamada(s).

Concede-se prazo de 5 dias para que o(a) reclamante se manifeste acerca da defesa e
documentos juntados, sob pena de preclusão.

Depoimento pessoal do(a) reclamante: que trabalhava das 8h30 às 20h30/21h de segunda-
feira a sábado; que fazia em média 30 minutos de intervalo, afirmando que retornava às atividades após
concluir sua alimentação; que o depoente sempre prestou serviços em lojas de rua que funcionam no
horário padrão das 9h às 20h; que a abertura e o fechamento da loja são de responsabilidade do gerente;
que essa atividade não pode ser feita pela coordenadora de atendimento loja; que o vendedor líder tem
autorização para fazer esse procedimento apenas quando está cobrindo o gerente; que trabalhou em lojas
de porte 1 (Guarulhos), 2 (Brás) e 3 (Liberdade), ao que se recorda; que a Sra. Alessandra trabalhava em
loja de porte 3 (Tatuapé); que a Sra. Marlini também trabalhava em loja de porte 3 (Ipiranga); que a
última loja em que prestou serviços foi na região do Brás (filial 1532); que nesta loja trabalhavam
aproximadamente 15 vendedores; que era a coordenadora de atendimento quem fazia as escalas de folgas
e férias desses vendedores; que não tinha autorização para admitir e demitir funcionários; que quanto à
demissão do empregado Jailson, informou que o depoente só finalizou o procedimento de dispensa
(colheu a assinatura do Sr. Jailson nos documentos que vieram prontos do regional), pois quando
ingressou na loja o regional já tinha autorizado a dispensa desse empregado; que só podia aplicar
advertências e suspensões após autorizado pelo regional; que o regional visitava a loja de 4 a 5 vezes no
mês; que nessas visitas presenciais, o regional dava orientações, olhava a organização da loja e falava
sobre resultados; que o gerente passava as metas que já vinham prontas do regional para os vendedores;
que era do regional a determinação para alocação dos vendedores nos setores da loja de acordo com o
desempenho de cada um; que esse desempenho era acompanhado pelo regional diretamente no sistema;
que em média, o regional cuidava de 14 a 16 lojas.

Assinado eletronicamente por: VIVIAN PINAREL DOMINGUEZ - 11/12/2019 16:12:03 - 06f579d


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19121116113654300000162399461
Número do processo: 1000912-10.2019.5.02.0009 ID. 06f579d - Pág. 1
Número do documento: 19121116113654300000162399461

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
Fls.: 2461
Fls.:

Depoimento pessoal do(a) preposto(a) da reclamada: que trabalha na reclamada desde


fevereiro de 2017, como auxiliar de processo; que o reclamante ingressou na reclamada como vendedor e
em junho de 2009 passou a gerente, função esta que desempenhou até a rescisão contratual; que todos os
gerentes estão sujeitos às mesmas regras e condições de trabalho; que o gerente de loja é subordinado ao
gerente regional; que na reclamada é dito que o gerente regional possui um "grupo" que trabalha com ele,
grupo este integrado por cada um dos gerentes das lojas de responsabilidade deste regional; que o
regional possui secretária e coordenadora; que existe um comitê para análise da movimentação de pessoal
(contratação/dispensa); que apesar da existência desse comitê, a decisão final sobre a contratação de
empregados é do gerente da loja; que o gerente da loja não precisa comunicar ao gerente regional sobre a
contratação/demissão de empregados; que desconhece o documento de fl. 114 e seguintes do PDF em
ordem crescente, afirmando que "qualquer pessoa pode criar documentos e colocar um balãozinho"; que
no momento de contratação ou dispensa o gerente da loja deve preencher o documento "movimentação
de pessoal"; que o documento é encaminhado ao comitê, que faz a análise sobre eventual estabilidade ou
condição de ex-empregado; que o comitê faz a devolução do documento ao gerente da loja, indicando
eventuais pendências; que o documento retorna ao gerente da loja que encaminha ou não para o RH; que
desconhece o documento de fl. 155 do PDF em ordem crescente; que há na reclamada o sistema ADP;
que as movimentações de pessoal não são registradas nesse sistema e sim no PRWEB; que o gerente da
loja está autorizado a dar descontos superiores ao previsto no sistema, sem precisar de autorização do
regional; que quanto ao documento de fl. 162 do PDF em ordem crescente, informou que cada filial
possui um limite para fornecimento de descontos e que caso ultrapassado, cabe ao gerente da loja avaliar
se deve ou não contatar o regional para conceder novamente; que não há necessidade de autorização do
regional para realizar trocas fora do prazo; que o reclamante não fazia negociações com fornecedores;
que o reclamante não tinha horário a cumprir; que o reclamante recebeu algumas horas extraordinárias;
que as horas extraordinárias pagas correspondiam aos dias em que o reclamante trabalhou nas suas
folgas, aceitando substituir em outras lojas; que eram remuneradas as horas correspondentes a todo o
período de funcionamento da loja; que o sistema da reclamada pode ser acessado por biometria ou
matrícula e senha; que não há registro no sistema dos horários em que há o acesso; que é o gerente o
responsável por fazer a escala de férias e folgas; que há um procedimento na reclamada denominado
MOVVE; que é um conjunto de práticas adotadas pelo gerente, como por exemplo, treinamentos,
feedback, contagem de produtos e inventários; que não há necessidade de utilização diária pelo gerente;
que reconhece o documento de fls. 173 do PDF em ordem crescente como um exemplo dessas rotinas do
gerente de loja; que desconhece a prática 3x3; que as paradigmas Alessandra e Marlini também são
gerentes de loja; que não acontece de um gerente de loja porte 2 ser alocado em loja de porte
diferenciado; que o reclamante sempre atuou em lojas de porte 2; que há necessidade do gerente assinar o
mapa de caixa no final da jornada; que o sistema não registra o horário em que esse mapa é assinado; que
o mapa é colocado dentro do cofre junto com o malote.

Pergunta(s) indeferida(s): "se a depoente sabe quantas pessoas trabalham diretamente com o
gerente regional?" Indeferida nos termos do art. 765 da CLT, pois o cargo objeto da controvérsia não é o
de gerente regional. Protestos do reclamante. "O comitê era formado por quem?"; "se é o gerente quem
fazia a abertura e fechamento da loja?" Indeferida pois já há confissão do reclamante nesse sentido.
Protestos. "Se o cargo de coordenadora de loja é considerado de confiança pela reclamada?; "qual a
função da coordenadora de loja?".

Inverto o ônus da prova, tendo em vista que a reclamada argui fatos impeditivos/extintivos das
pretensões formuladas pelo reclamante, iniciando a colheita dos depoimentos pela testemunha da ré.

Única testemunha do reclamado(s): BRUNO LUIS SANTOS SOUZA, identidade nº


53160355, casado(a), nascido em 14/11/1991, residente e domiciliado(a) na Avenida Santório, 255 -
Jardim Modelo - São Paulo/SP. Advertida e compromissada. Depoimento: que trabalha na reclamada
desde 15/08/2016; que trabalhou com o reclamante na filial 1532 de março / abril de 2018 a fevereiro de

Assinado eletronicamente por: VIVIAN PINAREL DOMINGUEZ - 11/12/2019 16:12:03 - 06f579d


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19121116113654300000162399461
Número do processo: 1000912-10.2019.5.02.0009 ID. 06f579d - Pág. 2
Número do documento: 19121116113654300000162399461

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
Fls.: 3462
Fls.:

2019; que o reclamante era gerente da filial e o depoente atuava como vendedor; que não sabe dizer qual
o porte da filial 1532; que é o gerente que faz a entrevista para contratação de empregados; que após a
realização da entrevista, a questão é repassada ao regional e fica no aguardo de sua aprovação para que o
empregado inicie as atividades; que advertências são aplicadas pelo gerente da loja, não sabendo dizer se
com ciência do regional; que a filial 1532 possui em média de 25 a 30 empregados; que a loja possui
vendedores, dois vendedores líderes, um gerente de loja e uma coordenadora; que a escala de férias é
feita pelo gerente em conjunto com a coordenadora; que a chave da loja fica na posse do gerente, da
coordenadora e dos vendedores líderes; que a loja de rua funciona das 9h às 20h; que o gerente não fica
na loja no horário da abertura ao fechamento; que não sabe dizer o horário praticado pelo gerente,
informando que é a coordenadora quem abre a loja; que as metas são passadas pelo gerente da loja; que o
gerente podia fazer a alocação dos vendedores nos setores; que descontos podiam ser autorizados pelos 4
responsáveis da filial; que não sabe dizer quanto tempo de intervalo era usufruído pelo reclamante,
informando apenas que todos os empregados tinham direito a uma hora; que o acesso do gerente ao
sistema ADP possuía funcionalidades diferenciadas (advertências, ponto, admissão e demissão); que
dispensas precisavam passar previamente pelo comitê e pelo regional, a quem cabia a decisão final; que a
depender do valor do desconto, havia necessidade de buscar autorização junto ao regional; que não sabe
dizer se para acessar o sistema precisava utilizar a biometria no início da jornada; que nunca substituiu o
gerente.

Pergunta(s) indeferida(s): "quem abre e fecha a loja?" Protestos.

Primeira testemunha do reclamante: ANTONIO SANITÁ JUNIOR, identidade nº 33645176-


3, casado(a), nascido em 19/01/1982, residente e domiciliado(a) na Rua Rio Grande, 491 - Vila Homero
Oton - Santo André/SP. Advertida e compromissada. Depoimento: que trabalhou na reclamada de agosto
de 2008 a final de setembro de 2017; que no final do contrato o depoente era gerente de vendas; que em
maio de 2013 o depoente foi promovido a gerente trainee e em janeiro de 2014 passou a gerente de
vendas; que dentro da loja há um único empregado no cargo de gerente de vendas; que trabalhou com o
reclamante com os mesmos regionais, informando o nome de Marcelo Souza e Simone; que demonstrou
desconhecimento quanto à classificação das filiais em portes 1,2 e 3; que podiam fazer a abertura da loja
o gerente, a coordenadora e o vendedor líder escolhido junto com o regional; que o depoente já prestou
serviços em lojas de rua e de shopping, informando que nas lojas de rua precisava cumprir o horário das
8h30 até às 20h/20h30; que o depoente sempre fazia a abertura da loja, informando que se precisasse
comparecer em alguma reunião, a coordenadora poderia fazê-lo; que há determinação do regional para
que o gerente abra e feche a loja; que todos os gerentes de loja devem prestar serviços no horário que
compreende 30 minutos antes e 30 minutos após o horário de funcionamento das filiais; que havia
necessidade de registrar o início e o fim de sua jornada de trabalho por meio biométrico; que todas as
mesas possuíam o registro biométrico, informando que as informações eram repassadas ao regional e
também à pessoa que fazia a coordenação das coordenadoras de loja; que fazia de 30 a 35 minutos de
intervalo, informando ao Juízo que era orientado a permanecer nas dependências da loja com foco nas
vendas; que eventuais atrasos, saídas antecipadas e faltas precisavam ser comunicadas previamente ao
regional; que já recebeu negativas do regional quanto a esses pedidos; que não podia fazer trocas após o
prazo estabelecido pela reclamada; que não podia admitir e dispensar empregados; que recolhia os
currículos recebidos na filial e encaminhava-os toda sexta-feira para a matriz via malote; que a seleção
era feita pelo regional junto com o núcleo de contratações; que eventuais indicações para demissão eram
feitas em conjunto pelo gerente e pelo regional e encaminhadas para o comitê; que na visão do depoente
a autorização para fazer o desligamento era dada pelo regional; que a aplicação de advertências e
suspensões precisava passar pelo crivo do regional; que o próprio sistema possui um limite de descontos
que podem ser dados pelos vendedores; que descontos superiores a esse limite são levados pelo vendedor
ao gerente, que liga para o regional e usa a senha do regional para autorizar; que não assinava contratos e
procurações; que a coordenadora era responsável por questões administrativas como férias, folga e ponto
dos empregados; que conhece o procedimento MOVVE, que é um cronograma com uma série de
atividades que devem ser desempenhadas diariamente nos horários pré-definidos; que as atividades não
podiam ser delegadas, pois precisavam ser realizadas com login e senha; que a rota 3x3 consiste na

Assinado eletronicamente por: VIVIAN PINAREL DOMINGUEZ - 11/12/2019 16:12:03 - 06f579d


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19121116113654300000162399461
Número do processo: 1000912-10.2019.5.02.0009 ID. 06f579d - Pág. 3
Número do documento: 19121116113654300000162399461

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
Fls.: 4463
Fls.:

necessidade de percorrer as dependências da filial no início, no fim e no meio do expediente para


verificar eventuais falhas de preço e arrumação, bem como desligamento dos computadores e
esvaziamento completo da loja antes do seu fechamento; que deveria fazer o registro no sistema Ágile,
aplicativo de celular em que era possível encaminhar fotos; que os lançamentos deveriam ser feitos no
sistema de acordo com os horários pré-determinados pela reclamada; que essas práticas eram objeto de
auditoria mensalmente; que foi realocado em três filiais na função de gerente, informando que não houve
alteração do seu salário fixo; que o gerente não tem autorização para indicar funcionários a promoção;
que a promoção é feita pelo regional; que o regional utiliza como base para fazer promoções as práticas
registradas no aplicativo MOVVE; que todos os empregados faziam o controle biométrico nas mesas de
trabalho; que além dos terminais nas mesas de trabalho há o controle de ponto da loja; que o gerente faz
o controle de seus horários de trabalho em qualquer terminal da filial; que o depoente nunca descumpriu
negativas do regional quanto às suas solicitações para atrasos e faltas; que o depoente não fez entrevistas
de candidatos a emprego; que ao que sabe, as entrevistas são feitas pelo regional; que ao que sabe, o
regional tem a responsabilidade de cuidar de 14 ou 15 lojas; que todos os descontos que excederem as
previsões do sistema só podem ser dados pelo regional; que a alocação dos empregados nos setores da
filial é feita em comum acordo pelo gerente e pelo regional; que a meta da loja vem pelo sistema; que
eventuais empregados afastados eram comunicados pela coordenadora; que o próprio sistema fazia a
distribuição da meta para os empregados ativos; que como gerente, cuidava da arrumação da loja,
verificando a exposição dos produtos, com foco nas vendas.

O reclamante dispensa a oitiva de suas outras testemunhas presentes.

As partes não têm outras provas a produzir.

Fica encerrada a instrução processual.

As partes poderão apresentar razões finais, no prazo comum de 05 dias, sob pena de preclusão.

Conciliação final rejeitada.

Para JULGAMENTO designa-se a data de 21/01/2020, às 17h46min.

As partes serão intimadas da sentença por diário oficial.

Cientes os presentes.

Audiência encerrada às 16h01min.

Ficam dispensados os presentes da assinatura da ata, nos termos do artigo 3º, parágrafo 5º, do
provimento GP/CR nº 09/13.

Nada mais.

VIVIAN PINAREL DOMINGUEZ

Juíza do Trabalho

Assinado eletronicamente por: VIVIAN PINAREL DOMINGUEZ - 11/12/2019 16:12:03 - 06f579d


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19121116113654300000162399461
Número do processo: 1000912-10.2019.5.02.0009 ID. 06f579d - Pág. 4
Número do documento: 19121116113654300000162399461

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
Fls.: 1464
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ATA DE AUDIÊNCIA

PROCESSO: 1000671-29.2019.5.02.0076
RECLAMANTE GABRIEL ADAMI PAMPLONA
RECLAMADOS VIA VAREJO S/A

Em 22 de julho de 2019, na sala de audiências da 76ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO/SP, sob a
presidência da Exmo(a). Juíza PAULA LORENTE CEOLIN, realizou-se audiência relativa ao processo
identificado em epígrafe.

Às 16h06min, aberta a audiência, foram, de ordem da Exmo(a). Juíza do Trabalho, apregoadas


as partes.

Presente o(a) reclamante, acompanhado(a) do(a) advogado(a), Dr(a). ALESSANDRA


CRISTINA DIAS, OAB nº 144802/MG.

Presente o(a) preposto(a) do(a) reclamado(s), Sr(a). Adriana Aiech de Menezes, acompanhado
(a) do(a) advogado(a), Dr(a). ANA CAROLINA SIMIONATO GALLI, OAB nº 325019/SP. Concede-se
o prazo de 05 dias para juntada de substabelecimento.

Primeira tentativa de acordo frustrada.

Concede-se ao(à) autor o prazo de 5 dias para manifestação sobre defesa e documentos, a
contar de 23/07/2019.

Indagada pelo juízo e tendo em vista a alegação de inépcia da inicial quanto a um dos
paradigmas apontados, a patrona do reclamante informa que permanecerá como paradigma para a prova
oral a ser produzida o senhor Wagner Soares.

Depoimento pessoal do(a) reclamante: que durante o período imprescrito o reclamante se


ativava como gerente de loja, e assim permaneceu até sua saída; que o depoente não era a autoridade

Assinado eletronicamente por: PAULA LORENTE CEOLIN - 22/07/2019 17:54:26 - 6540bce


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Número do processo: 1000671-29.2019.5.02.0076 ID. 6540bce - Pág. 1
Número do documento: 19072217440039700000145687833

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
Fls.: 2465
Fls.:

máxima na loja e sim o gerente regional, o qual era seu superior hierárquico, o qual comparecia na loja
cerca de 4x por semana, lá permanecendo entre 01 a 04 horas, a depender da visita; que o depoente era
gerente de vendas; que o depoente, o vendedor líder e a coordenadora de atendimento ficavam
responsáveis pela loja mas sempre passavam para o gerente regional; que o depoente era o encarregado
das vendas dos vendedores da loja e a coordenadora a encarregada na parte administrativa e quanto estes
lhe passava algo, este o depoente, encaminhava para o regional; que não podia contratar ou demitir
pessoas, mas sempre com a autorização do regional; para aplicar advertências o depoente repassava ao
regional e este dizia se podia ou não; que considerava que não tinha subordinados pois toda decisão a ser
tomada tinha que reportar ao regional; que registrava seu horário através de biometria na entrada e saída,
assim como os demais; que não enviavam o espelho de ponto, se quisesse tinha que solicitar e nem
sempre lhe enviava; que embora marcasse o horário corretamente, o que constava no sistema não
correspondia ao trabalhado, pois o que constava no espelho era uma carga horária de 08 horas e vinte;
que de segunda a sexta trabalhava das 11:00 às 22:30/23:00, no sábado das 09:30 às 22:30/23:00 e aos
domingos das 13:30 às 20:30/21:00h; que nem sempre tinha uma folga semanal, acabava por acumular e
não era paga; que havia holerites com o pagamento de horas extras que não correspondem às realizadas e
pagavam um valor mínimo; que como gerente o que o sistema lhe permitia dar de desconto o vendedor
líder e a coordenadora também conseguiam, acima disto, tinha que passar para o regional; que as férias
eram marcadas pela coordenadora no sistema e encaminhadas ao regional para aprovação; que fazia trinta
minutos, no máximo 40 de intervalo; que não era possível usufruir de uma hora pois os vendedores, o
vendedor líder e a coordenadora o chamavam para auxiliar no atendimento, pois o fluxo de clientes era
muito grande; que o senhor Wagner era gerente de vendas em outra loja; que no período imprescrito
trabalhou na loja do shopping Morumbi e nos últimos dois anos na loja do shopping São Caetano; que
em ambas só havia o depoente como gerente de vendas, que o paradigma também exercia essa função,
mas em outra loja, no Lar Center, pertencente à mesma regional das duas lojas que o depoente trabalhou;
que o paradigma desempenhava as mesmas funções do reclamante; que tinha acesso ao sistema igual ao
do vendedor líder e da coordenadora; que repassava aos vendedores as metas enviadas pelo regional; que
o regional cobrava o depoente e este acompanhava os vendedores; que nas lojas em que o depoente
trabalhou, trabalhavam aproximadamente 19 funcionários (na última loja) e no Morumbi um pouco mais;
que não sabe dizer quantas pessoas trabalhavam na loja em que o paradigma trabalhava;

Depoimento pessoal do preposto do(s) reclamado(s)(s): que o reclamante tinha cargo de


confiança e por isso não tinha horário registrado, nem biometria; que acima dele não havia ninguém, que
o reclamante era autoridade máxima na loja; que o vendedor líder e a coordenadora não tinham o mesmo
acesso que o reclamante ao sistema, esta última tem cargo de confiança e possui alçadas limitadas; que o
reclamante era o superior hierárquico dos vendedores da loja; que o reclamante trabalhou em lojas de
pequeno porte, na média de 20 a 25 funcionários; que o reclamante podia contratar e dispensar pessoas
sem aval do gerente regional; que o paradigma ainda é gerente de vendas da loja Center Norte e foi
também da loja de Guarulhos e de Santana e o que difere nas atribuições do reclamante é que se tratam
de lojas de porte maior, faturamento maior, maior número de funcionários e o paradigma se tornou
gerente em abril de 2010; que as condições de trabalho e as regras são as mesmas para todos os gerentes
na reclamada; que o gerente regional é quem está acima na hierarquia do gerente de vendas; que os
subordinados do reclamante eram todos os vendedores e caixas e estoquistas, da coordenadora, a qual
inclusive era subordinada ao reclamante; que a coordenadora não responde ao car e não tem esse cargo
na empresa; que o reclamante não tinha um horário a cumprir e sim flexibilidade de entrar mais tarde ou
mais cedo, conforme a cao entrava; que o gerente regional possui uma equipe, composta por ele e mais
dois assistentes; que para admitir e dispensar não é necessário o preenchimento de documento
denominado movimentação de pessoal; que não existe comitê para analisar admissão e demissão de
funcionários; que não reconhece o documento de fls. 67 e não pertence à reclamada; que o timbre
constante do documento pertence à empresa; que na empresa existe um sistema chamado ADP; que
exibido a tela de fls. 109 a depoente não reconhece como sendo do sistema; que para conceder desconto
além do que está no sistema o reclamante não precisava pedir autorização para o regional, pois existem
peças que estão no saldo e o reclamante sabe a alçada que possui para isso; que não reconhece a tela de
fls. 115 como sendo da empresa; que para efetuar troca de mercadoria fora do prazo legal, o reclamante
não tinha que solicitar autorização do regional; que existe um comitê de despesa na loja e só para
apresentação dos valores retirados, mas não para aprovar a retirada; que existe um departamento
chamado de prove, responsável pelo treinamento; que para a mudança dentro da filial não precisa de
autorização do setor de layout; que o crediário não tem um setor próprio; que para acesso ao sistema o

Assinado eletronicamente por: PAULA LORENTE CEOLIN - 22/07/2019 17:54:26 - 6540bce


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19072217440039700000145687833
Número do processo: 1000671-29.2019.5.02.0076 ID. 6540bce - Pág. 2
Número do documento: 19072217440039700000145687833

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
Fls.: 3466
Fls.:

reclamante não precisava de biometria, pois o sistema já liberava automaticamente para os exercentes de
cargo de confiança; que não reconhece a tela de fls. 113; que o reclamante negociava com fornecedor e
assinava contrato de compra em nome da empresa, juntamente com departamento comercial; que ele
negociava compra de mercadoria para loja; que existe um setor específico para isso, mas que ele tinha
autonomia para escolher as mercadorias que ele queria para a loja dele, quais os mais viáveis; que o
gerente não era responsável por fazer as práticas do MOV; que não reconhece o documentos de fls. 126
/127; que quando há transferência de uma loja de menor porte para maior porte o salário fixo aumenta;
que o mesmo se aplica à troca de loja Ponto Frio, Casas Bahia e vice-versa; que o reclamante não recebia
horas extras; que indagada sobre a rubrica "integr H.E. no DSR" diz se tratar de um erro do rh; e que em
todos os meses que isso aparece é um erro; que o reclamante não tinha horas para calcular o salário,
poderia ter variação se tivesse afastado ou férias;

Primeira testemunha do reclamante: Claudinei Ananias da Silva, identidade nº 18704499,


residente e domiciliado(a) na Rua dr. Amancio de Carvalho,, 1133- Bahia das Neves- São Bernardo do
Campo. Advertida e compromissada. Depoimento: " que trabalhou na reclamada entre dezembro de
2007 e setembro de 2018, na função inicial de vendedor e após o ano de 2013 como gerente de vendas;
que trabalhou na mesma regional que o reclamante, nas filias da Anália Franco, shopping ABC e
shopping Center Norte; que os vendedores se reportam no caso de vendas ao gerente de vendas e estes
por sua vez ao regional, o qual dá a decisão final na situação; que quem dispensa funcionário é o
regional, que o regional é quem determinava o desligamento de pessoas, e o gerente de vendas preenchia
a mp- que o regional é quem abria as vagas para contratação e ele que decidia se contratava ou não; que
não podia conceder desconto maior do que o aprovado pelo sistema e somente após falarem com o
gerente regional ou sua staff, o qual enviava uma senha; que esse desconto podia ser vetado; que como
gerente, marcava digital quando entrava e quando saía; que de segunda à sexta entrava às 11:00h e saía às
22:30/23:00h, sábados das 09:30 às 22:30/23:00h e domingo das 11:30/12:00 até às 20:00h, que o horário
de domingo variava conforme o shopping; que tinha uma folga na semana; que o paradigma era gerente
do center norte, nas Casas Bahia e o depoente era gerente do Ponto Frio no mesmo shopping e na mesma
época; que a loja que o paradigma trabalhava era fisicamente maior que a do reclamante, bem como tinha
um pouco mais de vendedor; que não sabe dizer quando o paradigma se tornou gerente; que tinham
reuniões dos gerentes com o gerente regional e isso se dava mensalmente; que chegou a participar de
reuniões junto com o reclamante; que o que era passado pelo gerente regional nessa reuniões se aplicava
a todos; que o gerente regional é autoridade máxima na loja, pois o depoente como gerente de vendas
reportava àquele; que o gerente de vendas é subordinado ao gerente regional; que o gerente regional tem
um staff de aproximadamente 05 ou 06 pessoas; que durante a jornada de trabalho o gerente de vendas
mantém contato com o gerente regional e sua equipe de vendas; que o gerente de vendas tem seu horário
de trabalho determinado pelo gerente regional para cada gerente; que todos tem o mesmo horário a
cumprir, mas que pode variar conforme se tratar de loja de rua ou de shopping; que tinha 30 ou 40
minutos de intervalo para almoço; que se precisasse sair mais cedo, chegar mais tarde ou sair no meio do
expediente devia pedir autorização para o regional e somente se ele autorizasse podiam sair; que deveria
apresentar atestado se fosse faltar; que podia acontecer do regional negar a saída; que o gerente podia
realizar troca de mercadoria fora do prazo legal somente com a autorização do regional; que para aplicar
penalidades tinha que comunicar ao regional sobre a situação e este autorizava qual penalidade a ser
aplicada; que para fazer manutenção tinha que fazer uma solicitação para o gerente regional, através de
um protocolo, e somente com a autorização daquele era possível; que o gerente não faz negociação com
fornecedor, tampouco assina contrato em nome da empresa; que também não assinava procuração em
nome da empresa; que questões relativas à férias, ponto dos funcionário e folgas são de responsabilidade
da CAL com a regional (CAR); que conhece o MOV , que significa Modelo Operacional Via Varejo de
excelência, o qual consistia as práticas que o gerente tinha que executar na loja; que para fazer essas
práticas tinha horário e isso vinha da regional; que essas práticas eram feitas diariamente, de segunda a
sábado; que se deixasse de fazer alguma das práticas ou em horário diferente era penalizado com
pontuação e até demissão; que havia uma prática denominada rota 3x3, que consistia numa vistoria feita
na loja, no layout, nos funcionários na hora que chega, no horário intermediário e no final do expediente;
que essas informações eram passadas para o regional através de um aplicativo do celular; que quando se
muda de uma loja de menor porte para uma loja de maior porte não se muda o valor do salário fixo,
somente mudando a premiação, a de maior porte tem um valor maior; que quando muda de loja Ponto
Frio para Casas Bahia e vice-versa também não há mudança, somente de premiação; que o depoente
tinha um acesso diferente dos demais funcionário, mediante uma senha pessoal e intransferível e por ser a

Assinado eletronicamente por: PAULA LORENTE CEOLIN - 22/07/2019 17:54:26 - 6540bce


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19072217440039700000145687833
Número do processo: 1000671-29.2019.5.02.0076 ID. 6540bce - Pág. 3
Número do documento: 19072217440039700000145687833

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
Fls.: 4467
Fls.:

pessoa quem autoriza as vendas efetuadas pelos vendedores; que um regional cuida por volta de 15 a 18
lojas e o regional visita as lojas cerca de 4x por mês, mais ou menos; que as metas de vendas são
passados do regional para o gerente e estes as repassam para os vendedores; que os gerentes conforme o
regional passa as metas, vão cobrando dos vendedores para que as mesmas sejam atingidas; que os
gerentes possuem poder para assinar inventários, mediante um visto no documento representando a
regional;

O reclamante dispensa a oitiva de sua testemunha. A patrona do reclamante requereu a juntada


de depoimento da preposta aqui presente para comprovar contradição. Indagada pelo juízo, a patrona
disse se tratar de depoimento pessoal prestado em outro processo, prestado no processo de reclamante
diverso, embora do mesmo cargo. Indefiro, pois a finalidade do depoimento pessoal é obter confissão e o
preposto não depõe sob compromisso e além disso, deve ter conhecimento dos fatos, entendendo este
juízo que isto se refere a cada processo. Protestos.

A reclamada dispensa a oitiva de suas testemunhas.

Razões finais poderão ser apresentadas no prazo comum de 48 horas por memoriais.

As partes declaram que não têm outras provas a produzir e requerem o encerramento da
instrução processual. Defiro.

Partes renitentes às exaustivas propostas conciliatórias.

Razões finais remissivas.

Para Julgamento fica designado o dia 09/08/2019, às 16:30 horas, de cuja sentença serão as
partes intimadas via DOE.

Cientes os presentes.

Audiência encerrada às 17:37.

Nada mais.
PAULA LORENTE CEOLIN
Juíza do Trabalho

Reclamante Reclamado(s)

Advogado(a) do Reclamante Advogado(a) do Reclamado(s)

Assinado eletronicamente por: PAULA LORENTE CEOLIN - 22/07/2019 17:54:26 - 6540bce


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19072217440039700000145687833
Número do processo: 1000671-29.2019.5.02.0076 ID. 6540bce - Pág. 4
Número do documento: 19072217440039700000145687833

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
Fls.: 5468
Fls.:

<aud_diretor_secretaria>

p/ Diretor(a) de Secretaria

Assinado eletronicamente por: PAULA LORENTE CEOLIN - 22/07/2019 17:54:26 - 6540bce


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19072217440039700000145687833
Número do processo: 1000671-29.2019.5.02.0076 ID. 6540bce - Pág. 5
Número do documento: 19072217440039700000145687833

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
Fls.: 1469
Fls.:

ATA DE AUDIÊNCIA

PROCESSO: 1000909-38.2018.5.02.0608
RECLAMANTE LUCIANO BATISTA BANDEIRA
RECLAMADOS VIA VAREJO S/A

Em 21 de janeiro de 2019, na sala de audiências da 8ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO - ZONA


LESTE/SP, sob a presidência da Exmo(a). Juíza TANIA BEDE BARBOSA, realizou-se audiência relativa
ao processo identificado em epígrafe.

Às 09h26min, aberta a audiência, foram, de ordem da Exmo(a). Juíza do Trabalho, apregoadas


as partes.

Presente o(a) reclamante, acompanhado(a) do(a) advogado(a), Dr(a). THIAGO MARTINS


RABELO, OAB nº 222513/RJ.

Presente o(a) preposto(a) do(a) reclamado(s), Sr(a). ANA Carolina CAVALLARI DE ABREU,
acompanhado(a) do(a) advogado(a), Dr(a). TATIANA ALVES PEREIRA, OAB nº 290164/SP.

INCONCILIADOS.

Primeira testemunha do reclamante: DaLMO LIMA BRASIL, identidade nº 043.518.654-07,


nascido em 08/08/1982.

Testemunha contraditada pela ré por ter ação contra a reclamada e por troca de favores/interesse.
Inquirida a testemunha confirma a existência de ação e nega interesse em beneficiar ou prejudicar
quaisquer partes e, informa que o reclamante não foi convidado para ser sua testemunha. Contradita
rejeitada, há entendimento constante na Súmula 357 do TST no sentido de que "não torna suspeita a
testemunha o simples fato de estar litigando ou ter litigado contra o mesmo empregador", pois por si só
não é capaz de alterar o ânimo de depor. Protestos.

Advertida e compromissada. Depoimento: "que trabalhou na reclamada de 2004 a 2018, como


gerente a partir de 2009 até a saída; que trabalhou em diversas lojas, em 5 ou 6 lojas, sendo a última o
Lar Center, por pouco mais de 1 ano; que trabalhou em Osasco, por 11 meses, também no Super
Shopping em Osasco de 2014 a 2016; que trabalhou em Paraisópolis, dentre outras; que trabalhava das
11h as 23h, sendo 1 gerente por loja; que as lojas de Shopping são das 10h as 22h, que o padrão dos
gerentes é trabalhar das 11h até aproximadamente 22h30min/23h, de segunda-feira a sexta-feira, e aos
sábados das 9h as 22h30min/23h, e aos domingos das 13h às 21h; que nas datas comemorativas os
horários ão das 9h às 23h, com exceção da Blackfriday que é das 8h às 23h; que raramente fazem 1 hora
de intervalo intrajornada, normalmente o intervalo é de 20 a 30 minutos pois são interrompidos na hora
do almoço; que tinha 1 dia de descanso semanal, salvo na época de datas comemorativas que não tinha

Assinado eletronicamente por: TANIA BEDE BARBOSA - 21/01/2019 12:06:57 - 95cc562


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19012110215931800000127659389
Número do processo: 1000909-38.2018.5.02.0608 ID. 95cc562 - Pág. 1
Número do documento: 19012110215931800000127659389

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
Fls.: 2470
Fls.:

descanso; que não trabalhou com o reclamante na mesma loja; que o reclamante é gerente desde 2010,
sabe disso porque se encontravam em reuniões e conversavam sobre isso, e também sobre valores; que
nunca recebeu horas extras, mas já recebeu DSRs sobre horas extras sem qualquer explicação; que
estavam subordinados a mesma gerência regional; que para os gerentes são as mesmas regras e rotinas,
dentro da regional; que tinha departamento de admissão e demissão responsáveis por tai atribuições, que
para demitir funcionários era necessário submeter ao regional; que para aplicar penalidade também
precisava passar o caso para o regional, somente verbal fazia direto; que para conceder descontos, tinha
um pré-aprovado no sistema, passando disso, precisava pedir autorização para o regional, e nesse caso o
vendedor reportava ao depoente e o depoente reportava ao regional; que dentro do limite pré-autorizado
no sistema o vendedor tem autonomia para conceder o desconto; que não tinha nenhuma autonomia em
relação ao horário, que tinha que cumprir estritamente os horários determinados pela reclamada; que as
lojas do depoente tinham em média 16/18 funcionários, todas eram de porte semelhante e o movimento
também era semelhante, assim como o volume de vendas; que o reclamante trabalhou no Shopping
Mooca, São Caetano e Anália Franco, que tais lojas são de porte semelhante a que o depoente trabalhou,
salvo Anália Franco que é um pouco maior; que a premiação é vinculada ao faturamento da loja, que
tinha a meta de vendas e serviços; que para acessar o sistema tinha que inserir a digital e era dessa forma
que era feito o controle de horário pelo regional; que para sair mais cedo tinha que pedir autorização sob
pena de ser punido, que o depoente nunca saiu sem avisar; que o regional comparece na loja duas vezes
por semana, permanecendo de 2 a 3 horas ; que são 18 a 20 lojas por regional; que o regional cuida de
outras lojas, e quando não pode comparecer tem a staff que cuida por telefone; que as escalas são
determinadas pela coordenadora de atendimento da loja e esta responde a coordenadora de atendimento
regional; que em caso de falta e atrasos dos vendedores eles falam diretamente com a coordenadora de
atendimento. Nada mais.

Primeira testemunha do reclamado(s): Daniel APARECIDO SIQUEIRA SILVA, identidade nº


42.865.12-4, nascido em 10/04/1986.

CONTRADITADO pelo reclamante por já ter sido preposto da reclamada. Inquirido afirma que
nunca foi preposto. Contradita rejeitada por falta de provas.

Advertida e compromissada. Depoimento: "que trabalha na reclamada desde 2007, na função


atual de coordenador de atendimento loja (call); que trabalhou na mesma loja do reclamante na loja do
Shopping Mooca por cerca de 3 meses, no final do contrato de trabalho do reclamante; que o reclamante
trabalhava das 12h até as 22h; que o depoente chegava por volta das 9h/10h; que o reclamante
permanecia na loja até o fechamento, o que poderia se estender um pouco além das 22h, pois esperava
todos os clientes finalizar; que via o reclamante chegando meio dia; que os horários declinados são de
segunda-feira a sábado, e aos domingos o reclamante trabalhava das 12h às 20h; que em datas
comemorativas e blackfriday o reclamante chegava mais cedo; que se o vendedor for se atrasar ou faltar
fala diretamente com o gerente, apresentando atestado ao depoente; que não via o horário de saída do
reclamante pois saía antes, que a credita que o reclamante poderia entrar na hora que quisesse pois não
via nenhuma exigência para que cumprisse determinado horário, mas não tem certeza; que nunca
presenciou o reclamante chegar mais tarde; que o regional comparece na loja 1 mês por mês no máximo;
que a escala de trabalho é feita em conjunto, gerente e coordenador de atendimento; que a contratação
pode ser feita na própria loja, já a demissão passa por algumas etapas e é submetida ao gerente regional;
que o gerente tem autonomia para aplicar advertências e suspensões; que o depoente já participou de
reuniões com os gerentes, pois eventualmente os coordenadores são convidados, mas normalmente são só
os gerentes; que nunca participou de reuniões com os gerentes em que o reclamante estivesse presente;
que o chefe imediato do depoente, dentro da loja era o reclamante, mas o depoente também se reportava a
coordenadora de atendimento regional; que pelo que sabe gerente não recebe hora extra; que o depoente é
coordenador de atendimento desde abril de 2017. Nada mais.

As partes presentes não tem outras provas a produzir e requerem o encerramento da instrução
processual. Deferido.

Assinado eletronicamente por: TANIA BEDE BARBOSA - 21/01/2019 12:06:57 - 95cc562


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19012110215931800000127659389
Número do processo: 1000909-38.2018.5.02.0608 ID. 95cc562 - Pág. 2
Número do documento: 19012110215931800000127659389

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
Fls.: 3471
Fls.:

Razões finais por memoriais, no prazo comum de 48 horas, no silêncio, serão tidas como
remissivas.Conciliação final rejeitada.

Designa-se para JULGAMENTO a data de 24/01/2019, às 17h00min.

As partes serão intimadas da sentença.

Cientes os presentes .

Audiência encerrada às 10h20min.

Nada mais.

TANIA BEDE BARBOSA


Juíza do Trabalho

Reclamante Reclamado(s)

Advogado(a) do Reclamante Advogado(a) do Reclamado(s)

Assinado eletronicamente por: TANIA BEDE BARBOSA - 21/01/2019 12:06:57 - 95cc562


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19012110215931800000127659389
Número do processo: 1000909-38.2018.5.02.0608 ID. 95cc562 - Pág. 3
Número do documento: 19012110215931800000127659389

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
Fls.: 472

ATA DE AUDIÊNCIA

PROCESSO: 1001671-97.2019.5.02.0065
RECLAMANTE MARCIO DE OLIVEIRA CARVALHO
RECLAMADOS VIA VAREJO S/A

Em 05 de março de 2020, na sala de audiências da 6ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO


- ZONA LESTE/SP, sob a presidência da Exmo(a). Juíza SANDRA REGINA ESPOSITO DE
CASTRO, realizou-se audiência relativa ao processo identificado em epígrafe.

Às 09h15min, aberta a audiência, foram, de ordem da Exmo(a). Juíza do Trabalho,


apregoadas as partes.

Presente o(a) reclamante, acompanhado(a) do(a) advogado(a), Dr(a). ALESSANDRA


CRISTINA DIAS, OAB nº 144802/MG.

Presente o(a) preposto(a) do(a) reclamado(s), Sr(a). Alessandra da Silva,


acompanhado(a) do(a) advogado(a), Dr(a). DANIELA GONCALVES DOS SANTOS, OAB nº
212223/SP.

Pretensão do(a) reclamante para acordo: R$ 650.000,00. Proposta da reclamada: R$


100.000,00. Sugestão do Juízo: R$ 265.000,00.

INCONCILIADOS.

Depoimento pessoal do(a) reclamante: que o depoente sempre foi gerente; que
estava subordinado ao gerente regional mas este não permanecia na loja todos os dias; que
no shopping, o último local de trabalho, trabalhou das 11h às 22h30/23h, na escala 6x1; que
na loja de rua, anteriormente, trabalhava das 8h30 às 20h30/21h, trabalhando de segunda a
domingo, sendo dois domingos no mês; que não recebia o pagamento e nem tinha folga
durante a semana quando trabalhava aos domingos, que o valor pago no holerite não
correspondia a um dia de trabalho; que a paradigma trabalhava dentro do mesmo Shopping

Assinado eletronicamente por: SANDRA REGINA ESPOSITO DE CASTRO - Juntado em: 05/03/2020 15:46:47 - 5450406

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
Fls.: 473

em outra loja da mesma rede Ponto Frio; que o segmento das lojas era o mesmo que apenas a
loja do depoente vendia o dobro da loja da paradigma; que a paradigma também era gerente;
que antes disso a paradigma trabalhava no mesmo Shopping e o depoente na loja de rua; que
nessa época acredita que as vendas também eram no mesmo volume entre as lojas de rua e
de Shopping; que fazia 30 minutos de intervalo apenas se alimentando no refeitório e
retornando ao trabalho; que não se lembra de ter feito uma hora de intervalo; que o depoente
não tinha poder de demitir, advertir ou admitir funcionário; que assinava às vezes documento
demissional como aviso prévio de funcionário. Nada mais.

Depoimento pessoal do preposto do(s) reclamado(s)(s): que o gerente regional


não interfere no poder de admissão, demissão e advertência do gerente de loja; que após
repergunta a preposta afirma que está nervosa e afirma que o gerente regional precisa assinar
tais documentos sim; que o gerente regional pode inclusive se opor à aplicação da penalidade;
que no caso de contratação a decisão é do gerente de loja e não comporta oposição do
regional; que o gerente de loja pede autorização ao gerente regional para descontos maiores
nas mercadorias; que o gerente de loja só libera desconto que está pré aprovado no sistema,
acima disso é o gerente regional; que o reclamante não poderia dispor de numerário para
utilização em manutenção/reparo da loja por exemplo; que não sabe responder sobre o prazo
da empresa para troca de mercadoria; que o reclamante não fazia compras de mercadorias
para a loja; que não existe gerente administrativo na loja; que não existe funcionário CAL
(coordenador administrativo de loja); que não se lembra se o reclamante fazia escala de férias
e folgas, que confirma que o mesmo era gerente e que gerente faz isso mas não sabe dizer do
reclamante; que o reclamante trabalhava das 9h às 22h de segunda-feira a sexta-feira; que o
reclamante também trabalhava aos finais de semana e feriados mas não se recorda o horário;
que o reclamante fazia uma hora de intervalo para refeição e descanso; que o reclamante
quando trabalhava no final de semana tinha folga compensatória; que o reclamante não tinha
controle escrito de jornada e ele próprio controlava sua jornada; que não sabe se para acessar
o sistema o reclamante colocava digital; que os demais funcionários tem controle de jornada
por biometria; que não sabe dizer como os funcionários acessam o sistema na loja. Nada mais.

Indeferida(s), sob protestos, a(s) seguinte(s) pergunta(s) do(a) patrono(a) do(a)


reclamante: se todas as regras são as mesmas para todos os gerentes da reclamada; se o
gerente é subordinado ao gerente regional; se o gerente regional possui equipe própria e
quantas pessoas fazem parte e as pessoas da equipe passam determinações para o gerente;
se existe comitê para análise de movimentação de pessoal; indeferidas todas as perguntas
relacionadas à comitê e movimentação de pessoal em razão das respostas já ofertadas pela
preposta em depoimento; se o reclamante assinava contrato e procuração em nome da
empresa; se existe senha do funcionário e matrícula para abertura e fechamento da loja; se
quando há transferência de gerente entre lojas o salário fixo se mantém independentemente
do porte da loja; como a reclamada calculou a hora extra paga em holerite; perguntas sobre
Modelo Operacional Via Varejo de Excelência (MOVVE), se tinha que fazer preenchimento ou
poderia delegar.

Primeira testemunha do reclamado(s): Valdemar Cruz do Vale, identidade nº


005.923.305-24, casado(a), nascido em 29/01/1982, residente e domiciliado(a) na Rua Telha,
376, Guarulhos/SP. Advertida e compromissada. Depoimento: que o depoente trabalha na
reclamada desde 2010, na função atual de gerente de loja; que não chegou a trabalhar com o
reclamante; que conhece o reclamante das reuniões que o encontrou por duas vezes; que o

Assinado eletronicamente por: SANDRA REGINA ESPOSITO DE CASTRO - Juntado em: 05/03/2020 15:46:47 - 5450406

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
Fls.: 474

depoente é gerente de loja do Ipiranga; que o reclamante foi gerente ultimamente do Shopping
Plaza; que o depoente não trabalhou com Alessandra Martins nem a conhece; que não sabe
dizer o horário de entrada e saída do reclamante porque era horário de Shopping; que nunca
foi à loja do Shopping Plaza; que a gerente regional do depoente era a Sr(a). Simone, mesma
do reclamante; que a gerente regional comparecia na loja do depoente uma a duas vezes por
mês; que o gerente regional além de comparecer para verificar as vendas e o movimento da
loja também decide sobre punição de funcionário após indicação pelo gerente da loja; que isso
vai para um comitê e o RH e o gerente regional decide; que a entrevista de admissão é feita
pelo gerente de loja que passa para o gerente regional que decide sobre a contratação; que
algumas advertências o próprio gerente de loja já pode aplicar tanto verbal quanto escrita e
enviar a documentação ao RH mas havendo caso especifico ou dúvida pode reportar ao
gerente regional e este decide sobre a advertência; que o depoente como gerente acessa o
sistema colocando a digital no início do trabalho, na saída não precisa; que só o gerente
regional controla seu horário na hora que abre e fecha a loja; que o gerente de loja faz a
escala de férias e folgas e não precisa passar para o gerente regional; que na loja existe o
coordenador de atendimento de loja (ADM) que trabalha na parte administrativa que faz por
exemplo escala de férias e folgas e é o cargo subordinado ao gerente de loja; que acima deste
cargo existe o cargo de coordenadora de atendimento regional (CAR) que é um cargo ligado
ao gerente regional e trata de toda a parte administrativa da loja. Nada mais.

O Juízo dispensa a testemunha do reclamante Sr(a). Antonio Sanita. Protestos do


reclamante.

As partes não têm outras provas a produzir. Fica encerrada a instrução processual.

Razões finais orais remissivas.

Conciliação final rejeitada.

Designa-se para JULGAMENTO a data de 06/03/2020, às 16h07min.

As partes serão intimadas da sentença pelo DEJT.

Eventuais petições, peças, documentos, manifestações, embargos, razões finais


ou recursos doravante juntados com sigilo nestes autos serão desconsideradas para
quaisquer fins.

Assinado eletronicamente por: SANDRA REGINA ESPOSITO DE CASTRO - Juntado em: 05/03/2020 15:46:47 - 5450406

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
Fls.: 475

Cientes os presentes.

Audiência encerrada às 10h08min.

Nada mais.

SANDRA REGINA ESPOSITO DE CASTRO


Juíza do Trabalho

Assinado eletronicamente por: SANDRA REGINA ESPOSITO DE CASTRO - Juntado em: 05/03/2020 15:46:47 - 5450406
https://pje.trtsp.jus.br/pjekz/validacao/20030512181420000000170610313?instancia=1
Número do processo: 1001671-97.2019.5.02.0065
Número do documento: 20030512181420000000170610313

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
Fls.: 476

ATA DE AUDIÊNCIA

 
PROCESSO: 1001569-69.2018.5.02.0434
RECLAMANTE NELITA CONCEICAO DOS SANTOS FERRO
RECLAMADOS VIA S.A.

Em 21 de junho de 2022, na sala de audiências da 4ª VARA DO TRABALHO DE SANTO


ANDRÉ/SP, sob a presidência do Exmo(a). Juiz VITOR SAULO JORGE SOUZA VESCIO,
realizou-se audiência relativa ao processo identificado em epígrafe.

Às 11h51min, aberta a audiência, foram, de ordem do Exmo(a). Juiz do


Trabalho, apregoadas as partes.

Presente o(a) reclamante, acompanhado(a) do(a) advogado(a), Dr(a).


DANIELLE CRISTINA VIEIRA DE SOUZA DIAS, OAB nº 116893/MG.

Presente o(a) preposto(a) do(a) reclamado(s), Sr(a). Luciana Cristina Sanches


Savoia, acompanhado(a) do(a) advogado(a), Dr(a). LUCAS GRISANTI FILOGONIO, OAB
nº 320310/SP.

As partes deverão verificar se todos os documentos de representação


processual estão nos autos (procuração, substabelecimento, contrato social e carta
de preposição) e, constatada a ausência, deverão junta-los no prazo de dez dias, para
a devida regularização.

A atual versão do sistema PJE possui ferramenta que permite à parte a


inclusão de habilitação de advogados, motivo pelo qual fica indeferido qualquer
requerimento de tal providência pelo Juízo.

Proposta da reclamada: não há.

Inconciliados.

Depoimento da reclamante no Id d4be4e1.

Em continuação ao depoimento da REPRESENTANTE DA RECLAMADO(A):


Inquirida, disse que:

52. compras cancelas ou trocadas são estornadas da premiação do gerente;

Assinado eletronicamente por: VITOR SAULO JORGE SOUZA VESCIO - Juntado em: 21/06/2022 14:53:40 - 271f2f4

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
Fls.: 477

53. após 2016 a reclamada não suprimiu ou reduziu o pagamento de algum


prêmio, mas apenas modificou o seu cálculo;

54. faturamento das lojas em que a reclamante trabalhou como gerente


eram de R$ 800.000,00 em uma e de R$ 899.000,00 a R$ 1.300.000,00 em outra, mas
não se recorda os nomes das unidades;

55. o gerente regional não pode aplicar penalidades à reclamante;

56. o gerente regional até pode admitir e demitir empregados mas essa
função é de gerente de loja;

57. o superior hierárquico ao gerente de loja é o gerente regional, mas na loja


o gerente de loja é a autoridade máxima;

58. os gerentes regionais da reclamante foram só os Srs Werley e Luiz Carlos


Costa;

59. os poderes dos gerentes de loja são os mesmos independentemente da


filial;

60. no MOVVE constavam todas as atividades que deveriam ser realizadas


pela reclamante, mas não quanto aos horários de execução, pois os horários que
havia eram apenas indicativos sem nenhuma vinculação;

61. a reclamante deveria lançar no sistema Agile as atividades realizadas no


MOVVE naquela época, prática hoje abolida, mas poderia ser em qualquer horário,
sequer precisando ser no mesmo dia;

62. a reclamada contava com equipe do PROV mas não faziam auditoria para
verificar se os gerentes de loja estavam cumprindo as normas, inclusive a
reclamante, mas tinham acesso aos lançamentos efetuados no Agile;

63. a reclamante não registrava a biometria no sistema;

64. a reclamante não tinha carga horária a cumprir;

65. cada loja tinha um CAL (Coordenador Administrativo de Loja) e era


considerado cargo de confiança e era responsável pela parte administrativa da loja e
era subordinado à reclamante como gerente de loja;

66. não havia um comitê para avaliação de dispensas, promoções e


demissões;

67. a reclamante fazia login e logout para utilizar o sistema;

68. não havia determinação de se fazer uma rota 3x3 do MOVVE na entrada,
uma no meio do dia e outra ao final do expediente;

Assinado eletronicamente por: VITOR SAULO JORGE SOUZA VESCIO - Juntado em: 21/06/2022 14:53:40 - 271f2f4

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
Fls.: 478

69. a reclamante era responsável por abrir e fechar a loja, mas poderia
delegar essa função para a CAL;

70. a loja abria às 9h e fechava às 21h, sendo que no Shopping o horário era
das 10h ás 22h;

71. a reclamante não precisava de autorização do reginal para sair mais cedo
ou entrar mais tarde;

Indeferida(s) a(s) seguinte(s) pergunta(s) do(a) patrono(a) do(a) reclamante


por irrelevantes ou já respondidas: “como que eram apuradas as horas extras para
realizar o pagamento de reflexo de horas extras no DSR nos contracheques”.
Protestos.

Invertida a ordem dos depoimentos apenas para fim de otimização e


liberação da preposta que tem compromisso às 14h.

INQUIRIÇÃO DA ÚNICA TESTEMUNHA DO(A) RECLAMADO(A):

GUSTAVO RODRIGO DO CARMO, portador(a) da Cédula de Identidade RG nº


32.133.789-x, residente e domiciliado(a) à Rua João Eboli, 100 - torre I - apto 163 -
Planalto - SBCampo. Contraditada a testemunha sob alegação de interesse na causa.
Inquirido(a) o(a) depoente disse que não tem interesse no desfecho da lide; já atuou
como preposto da reclamada em outras ações. Indefiro a contradita porque o fato de
ter sido preposto em outro processo não é hipótese que, por si só, gere ausência de
isenção de ânimo. Protestos. Advertida e compromissada a testemunha respondeu
que:-

01. já trabalhou junto com a reclamante mas não se recorda do período, acreditando
ter sido em 2015 ou 2016;

02. a reclamante exercia o cargo de gerente de loja;

03. à época o depoente exercia o cargo de gerente de loja, mas não trabalhava na
mesma loja que a reclamante;

04. o gerente de loja é a autoridade máxima dentro da loja;

05. o gerente de loja pode admitir, demitir e aplicar penalidades como suspensão aos
empregados;

06. à época da reclamante não se recorda quem era o gerente regional;

07. o gerente de loja deveria comunicar ao gerente regional no caso de faltas e


atrasos, como também para sair mais cedo, mas não precisava de aval;

08. não sabe como era feito o cálculo das premiações da reclamante;

09. o cálculo das premiações variava de acordo com o porte de cada loja;

Assinado eletronicamente por: VITOR SAULO JORGE SOUZA VESCIO - Juntado em: 21/06/2022 14:53:40 - 271f2f4

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
Fls.: 479

10. para promoção, admissão, demissão, transferência era necessário da aprovação


do gerente regional e do gerente da filial de destino (no caso de transferência),
seguindo os trâmites do RH;

11. esse procedimento relatado no item 10 dependia de uma "Movimentação de


Pessoal" (MP) hoje chamada de RP, cujo significado não se recorda;

12. o gerente de loja não precisava de aval para a aplicação de penalidades;

13. não se recorda quantos meses trabalhou com a reclamante;

14. por um período depoente e reclamante eram subordinados ao mesmo regional,


mas não se recorda do período;

15. não sabe se o gerente regional poderia vetar o gerente de loja de chegar mais
tarde ou sair mais cedo em uma ocasião específica, mas isso nunca aconteceu com o
depoente;

16. não havia determinação para que o gerente de loja abrisse e fechasse a loja;

17. não se recorda se a reclamante anotava ponto por biometria, mas sabe que
houve um momento na reclamada que para acessar o sistema tinha que registrar a
biometria, mas não sabe qual período foi esse;

18. havia preríodos de tempo pré estabelecidos no MOVVE para que determinadas
práticas fossem realizadas pelo gerente de loja, práticas essas que também
constavam no MOVVE;

19. apresentado o documento de Id 3c94952, não soube dizer a que se refere os


horários contidos no documento;

20. o regional passava agenda com horários e atividades que deveriam ser feitas
pelos gerentes;

21. não se recorda se ao final de cada prática elas deveriam ser lançadas no sistema
Agile, mas se lembra que havia papeis e um arquivo onde deveriam ser guardadas;

22. não se recorda dos horários em que a rota 3x3 deveria ser realizada;

23. a equipe do PROV fazia avaliações para verificar se os gerentes estavam


cumprindo as atividades, era avaliado inclusive quanto aos horários se os gerentes
estavam cumprindo as atividades nos horários estabelecidos;

24. não sabe se o PROV fazia auditoria;

25. não sabe se o PROV utilizava os dados do Agile para fazer as avaliações;

26. não sabe se admissões e demissões passavam por um comitê;

Assinado eletronicamente por: VITOR SAULO JORGE SOUZA VESCIO - Juntado em: 21/06/2022 14:53:40 - 271f2f4

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
Fls.: 480

27. o gerente poderia aplicar penalidade livremente, independentemente de


burocracia, e não sabe se isso era avaliado pelo comitê;

28. não se lembra se os descontos que os gerentes poderiam aplicar já eram pré
cadastrados no sistema;

29. não se recorda se, à época em que a reclamante trabalhou, para conserto de ar
condicionado ou fazer alguma despesa com a filial era necessário algum tipo de
autorização. Nada mais.

Neste ato, às 13h13, com a concordância da reclamante, a preposta é liberada da


presente audiência.

INQUIRIÇÃO DA PRIMEIRA TESTEMUNHA DO(A) RECLAMANTE:

MARCELO RIBEIRO FERNANDES, portador(a) da Cédula de Identidade RG nº


21.612.397, residente e domiciliado(a) à Rua Ohaio, 131 - Parque das Américas -
Mauá. Advertida e compromissada a testemunha respondeu que:-

01. não trabalhou junto com a reclamante na mesma loja, mas trabalhou na mesma
regional, sendo que o depoente também era gerente de loja;

02. para admitir, demitir e efetuar a transferência de empregados era necessário


autorização do regional. Melhor dizendo, na verdade o gerente não pedia para
demitir ninguém, mas apenas relatava o que estava acontecendo para o regional
sem fazer nenhum pedido e o gerente regional tomava a decisão. Para admissão era
o mesmo processo, sendo que o gerente de loja sequer fazia entrevista com os
candidatos;

03. o mesmo procedimento acima para a aplicação de penalidade, sendo que o


gerente de loja sequer fazia o pedido para aplicação de penalidade;

04. não sabe se havia um comitê que tratava de admissão, demissão e transferência
de empregados;

05. os poderes de um gerente em uma loja eram iguais em todas as lojas;

06. os comissionamentos e premiações eram feitos de igual forma entre todas as


lojas;

07. o gerente não tinha liberdade para fixar seu horário de trabalho;

08. era o gerente regional quem determinava o horário a ser cumprido pelos
gerentes de loja;

09. o gerente regional determinava que os gerentes de loja deveriam fazer a


abertura e fechamento da loja, cumprindo os horários de abertura e fechamento
para o público, sendo que o gerente regional também determinava os horários de
abertura e fechamento da loja;

Assinado eletronicamente por: VITOR SAULO JORGE SOUZA VESCIO - Juntado em: 21/06/2022 14:53:40 - 271f2f4

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
Fls.: 481

10. o gerente de loja deveria permanecer na loja durante todo o período, da abertura
até o fechamento, esclarece que a CAL também tinha as chaves da loja, mas o
regional mandava que o gerente estivesse na abertura e fechamento da loja, mas
ambos poderiam abrir a loja, mas para fechar apenas o gerente;

11. as lojas de rua abriam ás 8h ou às 9h e fechavam às 19h ou 20h, sendo que as


lojas de shopping funcionavam das 10h às 22h, sendo que o gerente tinha que abrir
a loja e fazer os procedimentos prévios e também fechar a loja aguardando a saída
do último cliente;

12. geralmente o último cliente costumava a sair da loja por volta das 22h30min
/22h40min (loja do shopping), sendo que esses 30 ou 40 minutos a mais após o
fechamento da loja do shopping também se aplicava à loja de rua;

13. havia fiscalização quanto à jornada de trabalho do gerente através da biometria


digital, mas essa biometria não era do cartão de ponto. Não soube responder do que
se trata essa biometria e nem o que ela consistia. A biometria era usada na entrada e
na saída;

14. para entrar mais tarde ou sair mais cedo o gerente de loja tinha que solicitar
autorização para o regional;

15. para se ausentar durante o expediente também precisava de autorização do


regional;

16. o regional poderia negar a autorização mencionada acima;

17. os descontos que o gerente poderiam dar já eram pré estabelecidos no sistema;

18. gastos com manutenção não poderiam ser feitos livremente pelo gerente, era
necessário autorização do regional;

19. o gerente de loja não poderia negociar com os fornecedores e também não
poderia assinar contratos em nome da empresa;

20. dentro da loja a autoridade máxima era o gerente regional, o "dono da loja", mas
o gerente regional não trabalhava na loja, passava na loja em média duas vezes na
semana e cuidava de cerca de 15 a 20 lojas;

21. dentre as pessoas que trabalhavam na loja, a maior autoridade dentro da loja
não era o gerente de loja, mas sim o gerente regional.
Este Juízo destaca que estava se referindo apenas às pessoas que trabalhavam na
loja mas mesmo assim o depoente insiste em dizer que era o gerente regional;

22. as questões administrativas como ponto, férias eram resolvidas pela CAL, que era
subordinada ao gerente regional e ao CAR (Coordenador Regional) e não ao gerente
de loja;

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Fls.: 482

23. o gerente de loja não tinha nenhum subordinado;

24. o gerente de loja não podia mandar nada na loja e nem em ninguém, mas apenas
o gerente regional, sendo que não poderia mandar nem dar nenhuma ordem quanto
a nada, a nenhum tema, sobre nenhuma pessoa;

25. no MOVVE havia descrição de todas as atividades que o gerente tinha que realizar
e os horários em que deveriam ser realizadas;

26. todas as atividades tinham que ser realizadas, inclusive nos horários pré
determinados;

27. as atividades eram lançadas no sistema Agile ao final de cada prática;

28. havia rota 3x3 que deveria ser executada na abertura, no meio do dia e ao
fechamento da loja;

29. quando fazia um lançamento utilizava de matrícula e senha;

30. a remuneração do gerente era composta de salário mais premiação;

31. apresentado o documento de Id 66b6dc5, confirma que é o documento onde


havia as premiações e os respectivos valores pagos aos gerentes;

32. havia reuniões com todos os gerentes da regional com periodicidade mensal;

33. nessas reuniões falavam quem tinha batido e quem não tinha batido a meta,
através da exposição em um telão;

34. se lembra que a reclamante sempre batia as metas;

35. o depoente foi gerente de dezembro de 2010 a março de 2018;

36. o depoente trabalhou na mesma regional que a reclamante em dois períodos:


durante o ano de 2016 e depois do meio de 2017 até março de 2018;

37. a reclamada não fornecia relatório das metas atingidas pelos gerentes;

38. a reclamada possuía campanhas de incentivo no final de 2017 começo de 2018,


de validade trimestral;

39. na campanha de incentivo recebiam R$ 300,00 se batesse a meta no primeiro


mês, se batesse a meta no segundo mês recebia R$ 600,00 e, se batesse a meta no
terceiro mês, recebia R$ 900,00, mas se não batesse de forma consecutiva recebia
apenas R$ 300,00 em cada mês em que batesse a meta;

40. não havia relatório onde o gerente pudesse consultar as vendas a prazo e as
vendas à vista;

Assinado eletronicamente por: VITOR SAULO JORGE SOUZA VESCIO - Juntado em: 21/06/2022 14:53:40 - 271f2f4

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Fls.: 483

41. não havia relatório onde o gerente pudesse consultar as vendas canceladas e não
faturadas ;

42. o gerente não recebia premiação sobre os juros, sendo que os valores
computados eram só os valores à vista, independentemente de ter sido feito no
crediário ou no cartão de crédito;

43. as vendas não faturadas não entravam no cálculo das premiações;

44. as trocas efetuadas em outra loja eram estornadas da premiação do gerente;

45. as vendas canceladas também eram estornadas da premiação;

46. a emissão da nota fiscal acontecia na entrega e não na hora da venda;

47. não havia relatório onde o gerente pudesse ver as vendas pendentes de entrega;

48. os prêmios existentes sempre foram os mesmos durante todo o período em que
o depoente foi gerente, e os valores também sempre foram os mesmos;

49. não sabe dizer qual era o porte da loja da reclamante;

50. não sabe com qual frequência o gerente regional visitava a loja especificamente
da reclamante;

51. como gerente de loja as atividades eram a de ajudar os vendedores na venda,


realizar as práticas do MOVVE e se reportar ao regional sobre qualquer incidência e
não era hierarquicamente superior aos outros empregados da loja, "nem mesmo no
papel";

52. o superior hierárquico dos vendedores era o gerente regional;

53. o gerente de loja tinha o mesmo patamar hierárquico que os vendedores e


caixas, bem como o mesmo grau de responsabilidade;

54. ao seu entender era o regional, através da biometria, quem controlava os


horários de entrada e saída dos gerentes de loja;

55. o controle de entrada e saída dos vendedores era feito pela CAL;

56. a escala dos vendedores também era feita pela CAL. Nada mais.

Neste ato, às 14h12min, as testemunhas são dispensadas da presente sessão.

A reclamante dispensa a oitiva de suas demais testemunhas.

Razões finais no prazo de dez dias corridos.

Assinado eletronicamente por: VITOR SAULO JORGE SOUZA VESCIO - Juntado em: 21/06/2022 14:53:40 - 271f2f4

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
Fls.: 484

Após o prazo supracitado restará encerrada a instrução processual. Para


julgamento fica designado o dia 05 (cinco) de julho de 2022, às 17h20min, cientes as
partes de que a publicação da sentença dar-se-á através da Imprensa Oficial.

Cientes.

Nada mais.

Audiência encerrada às 14h15min.

(assinado digitalmente)

VITOR SAULO JORGE SOUZA VESCIO

Juiz do Trabalho

Assinado eletronicamente por: VITOR SAULO JORGE SOUZA VESCIO - Juntado em: 21/06/2022 14:53:40 - 271f2f4
https://pje.trt2.jus.br/pjekz/validacao/22062114532194500000261042822?instancia=1
Número do processo: 1001569-69.2018.5.02.0434
Número do documento: 22062114532194500000261042822

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
Fls.: 1485
Fls.:

2ª VARA DO TRABALHO DE DIADEMA

TERMO DE AUDIÊNCIA RELATIVO AO PROCESSO 1000357-24.2019.5.02.0031

Em 21 de novembro de 2019, na sala de sessões da 2ª VARA DO TRABALHO DE DIADEMA


/SP, sob a direção do Exmo(a). Juiz ADEMAR SILVA ROSA, realizou-se audiência relativa a Ação
Trabalhista - Rito Ordinário número 1000357-24.2019.5.02.0031 ajuizada por ANDERSON LUIZ DO
NASCIMENTO em face de VIA VAREJO S/A.

Às 14h47min, aberta a audiência, foram, de ordem do Exmo(a). Juiz do Trabalho, apregoadas


as partes.

Presente o reclamante, acompanhado do(a) advogado(a), Dr(a). ALESSANDRA CRISTINA


DIAS, OAB nº 144802/MG.

Presente o preposto do reclamado, Sr(a). DAYANI CRISTINA DE JESUS, acompanhado(a)


do(a) advogado(a), Dr(a). MARIANA FABRIS, OAB nº 277295/SP.

Pretensão do autor para acordo: R$500.000,00. Proposta da reclamada: R$36.000,00.

CONCILIAÇÃO REJEITADA.

Requerem as partes a produção de prova oral dos seguintes temas: cargo de confiança,
equiparação salarial e jornada. A reclamada requer ainda a produção de prova quanto à ciência do autor
sobre os valores pagos a título de prêmios. Defiro.

Depoimento pessoal do(a) reclamante: que trabalhou na ré de 19.09.2002 a 19.07.2018; que


passou a ser gerente em 2009, na unidade de Mauá, filial 45, tendo sido registrado como tal apenas em
2011; que não podia contratar ou dispensar pessoas por conta própria; que não possuía numerário à
disposição para despesas das lojas que gerenciava; que a jornada de trabalho era das 9:30 às 21 horas nas
lojas de rua, de segunda a sexta e, aos sábados, o início era às 7 horas, com encerramento como nos
demais dias; que não havia trabalho aos domingos nas lojas de rua; e em lojas de shopping das 11 às 22
/23 horas, de segunda a sexta e no sábado das 9 às 22h:30/23 horas, e domingos alternados das 11:30 às
20:30/21 horas; que usufruía de 30 min de intervalo intrajornada durante todo o contrato de trabalho; que
trabalhava em feriados; que trabalhou com Sr. André Venancio de Oliveira na mesma cidade de São
Paulo, mas jamais na mesma loja; que nunca trabalharam na mesma loja ainda que em épocas diferentes;
que trabalhou nas filiais do Ipiranga (628), por um ano, entre 2014 e 2015 e Shopping Tamanduateí (337)
na cidade de São Paulo por aproximadamente um ano, cujas datas não se recorda; que não sabe dizer em
quais lojas trabalhou o Sr. André Venancio de Oliveira; que nas ruas as lojas funcionavam para o público
das 9 às 20 horas e nos shoppings das 10 às 22 horas; que não trabalhou todos os feriados, mas não sabe
dizer em quais os fez; que sempre registrou sua jornada digitalmente, exceto o intervalo; que a jornada
era fiscalizada pela gerência regional; que as autoridades máximas das lojas eram os gerentes
administrativos e comercial, ambos sob ordens do gerente regional; que os gerentes das lojas não tinham
poderes para autorizar a ausência da "Cal", gerente administrativa; que não sabe precisar a quantidade de
lojas gerenciadas pelo gerente regional, mas estima em 17 no mínimo; que quando tinha que se ausentar
se reportava ao gerente regional; que as chaves das lojas ficavam em poder dos gerentes e dos
vendedores líderes; que as chaves para os líderes eram dadas pelo gerente regional,responsável inclusive
por suas promoções; que as cópias das chaves eram passadas para os líderes pelos gerentes; que poderia
dar apenas advertência verbal aos funcionários, não escritas e nem suspensões; que exibido o documento
de fls 1421 informa que a assinatura lá aposta é sua, mas ressalva somente pode emitir o documento após

Assinado eletronicamente por: ADEMAR SILVA ROSA - 21/11/2019 18:31:46 - 25afd60


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19112118121264800000159827988
Número do processo: 1000357-24.2019.5.02.0031 ID. 25afd60 - Pág. 1
Número do documento: 19112118121264800000159827988

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
Fls.: 2486
Fls.:

ordem recebida do gerente regional que é quem efetivamente determina a dispensa; que quando havia
falta de vendedor, este deveria comunicar a ausência à gerente administrativa; que o depoente e gerente
administrativa podiam autorizar o destravamento dos pontos dos vendedores para continuarem as vendas
após, 7h:20; que sua jornada jamais coincidia com a da "Cal"; que os dois períodos de meia hora após a
jornada de 7h:20 dos vendedores eram efetuadas pelo depoente quando a gerente administrativa já tinha
encerrado sua própria jornada; que as funcionárias Romilda e Elisângela foram dispensadas pelo gerente
regional e não pelo depoente; que a dispensa é comunicada por telefone e mediante sistema; que não
tinha acesso à totalidade dos serviços e produtos oferecidos pela loja e que constavam do sistema. Nada
mais.

Depoimento pessoal do(a) preposto(a) do(s) reclamada(s): que o autor era gerente de loja;
que não sabe dizer a jornada do autor, uma vez que o próprio autor a gerenciava; que não sabe dizer se o
autor usufruía de intervalo intrajornada; que o autor jamais trabalhou com o Sr. André Venâncio; que as
lojas em que trabalharam autor e paradigma tinham faturamentos diferentes, assim como quantidade de
funcionários; que o autor poderia contratar e dispensar funcionários sem a participação de nenhuma outra
instância da reclamada; que todos os gerentes comerciais da reclamada trabalham pelas mesmas normas;
que os gerentes comerciais são subordinados aos gerentes regionais; que os gerente regional possui
equipe que o assessora, composta de três pessoas aproximadamente; que o comitê que trata de
contratação na reclamada não faz avaliação de quem será contratado ou dispensado, apenas a
documentação pertinente; que exibidos os documento de fls 105/109, diz não reconhecê-los; que o timbre
de fls 106 é da reclamada; que não havia necessidade de o gerente preencher o documento denominado
M P para contratar ou dispensar funcionários; que exibido o documento de fls 147, afirma que o sitema
ADP é da reclamada; que exibido o documento de fls 147 e seguintes diz não reconhecer como
produzido pela reclamada; que o timbre de fls 148 do sistema ADP não é reconhecido como da
reclamada; que a análise de documento é feito pelo setor de RH da empresa; que não é possível haver
desconto além do que consta do sistema; que o comité de despesa serva para calcular o faturamento e os
gastos da reclamada; que eventual gasto realizado pelo gerente comercial não necessita de aval desse
comité, apenas a comunicação para ciência da despesa; que trocas fora do parao estabelecido pela ré e
efetuado pelo gerente sem necessidade de comunicação do regional; que o departamento de nome PROVI
é responsável pelo treinamento dos vendedores já contratados; que o comitê regional não pode barrar
contratação ou dispensa efetuada pelo gerente comercial; que o gerente comercial pode negociar com o
fornecedor e efetuar as compras respectivas; que o "CAL" é considerado cargo de confiança pela ré; que
no início da jornada o gerente pode acessar o sistema por aposição de matrícula e senha ou de sua digital;
que o fechamento de caixa é assinado pelo gerente ou pela "CAL"; que o horário não fica registrado no
sistema; que exibido o documento de fls 1369, afirmou que a verba sob código 101 refere-se ao dissídio
da categoria e foi lançado com outra nomenclatura por engano; que após 2016 foi corrigido o equívoco e
os valores eram pagos de novembro a janeiro; que após essa data o código 101 continuou sendo paga
com outra denominação; que o gerente da loja é superior hierárquica da "CAL", e sob sua orientação e´
que pode fazer escalas, controle de ponto dos funcionários; que a "CAR" é superior hierárquica à "CAL"
e subordinada ao gerente regional, não possuindo qualquer ligação com o gerente da loja; que em caso de
divergência entre ordens do gerente e da CAR, prevalece a desta última; que existe o programa de
treinamento denominado MOVI, destinado aos vendedores; que as praticas sugeridas por esse sistema
não eram de cumprimento obrigatório pelo gerente; que havia sugestão de horário, mas não
obrigatoriedade; que a "ROTA 3.3" era a averiguação da loja efetuada pelos gerentes (comercial e
"CAL") e vendedor líder; que não havia estabelecimento de horário, apenas sugestão; que cada um dos
integrantes da Rota tinha as sua próprias práticas; que a Rota era chamada 3.3 por que era compst posr
três integrantes; que não havia necessidade de lançar as práticas no aplicativo Àgile. Nada mais.

Indeferida(s) a(s) seguinte(s) pergunta(s) do patrono do autor: por que era formado o comitê;
sob qual nomenclatura aparece o código 101 após a correção de 2016. Por se tratar de questão visualizada
em documentos juntado pela ré, a presente pergunta é inócua e tumultuária, motivo pelo qual advirto o
autor que que perseverar em tal conduta sofrerá sanção prevista no art 81 do CPC. Protestos do
reclamante. se há alteração de salário fixo quando o gerente são transferidos de lojas com faturamento
meno para lojas com faturamento maior. Protestos.

Assinado eletronicamente por: ADEMAR SILVA ROSA - 21/11/2019 18:31:46 - 25afd60


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19112118121264800000159827988
Número do processo: 1000357-24.2019.5.02.0031 ID. 25afd60 - Pág. 2
Número do documento: 19112118121264800000159827988

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
Fls.: 3487
Fls.:

Primeira testemunha do reclamante: CLAUDINEI ANANIAS DA SILVA, identidade nº


19704499, casado(a), nascido em 29/08/1969, GERENTE DE LOJA, residente e domiciliado(a) na RUA
DR AMANCIO DE CARVALHO, 1133 - SÃO BERNARDO DO CAMPO. Advertida e
compromissada. Depoimento: " que trabalhou na ré de 2007 a 2018; que inciou como vendedor
passando a gerente de vendas em 2013; que foi gerente de vendas em mais de uma unidade, de portes
diferentes; que quando mudou de uma unidade da outra não teve alteração de salário fixo; que chegou a
trabalhar na mesma loja em que o autor trabalhou,teno substituindo-o; que trabalhava das 11 às 22:30 /23
horas, em lojas de shopping; que trabalhou me lojas de rua, das 9 às 20:30/21 horas; que registava a
marcação do ponto por digital, tanto na entrada como na saída; que o registro era obrigatório; que o
horário de intervalo para refeição não era registrado. que usufruía de 30/40 min de intervalo intrajornada;
que é o gerente regional e não o de loja quem tem poderes para contratar e dispensar funcionários; que o
gerente preenchia. com a orientação do gerente regional, os dados necessários à movimentação de
pessoal, (MP); que o depoente não tinha poderes para aplicar penalidades, exceto sob mando do gerente
regional; que pertencia à mesma regional que o autor; que havia reuniões mensais do gerente regional
com o gerente de loja e, demais orientações eram repassadas por telefone; que o gerente não tem poder
para negociar com fornecedores ou fazer compras para a loja; que os descontos eram limitados aos
valores expostos no sistema, e, acima disso, somente com autorização do regional, que a troca de
mercadorias fora do prazo só com autorização do regional; que o gerente não tinha autorização para
efetuar gastos com despesas da loja; que o gerente não assina contrato ou procuração em nome da
reclamada; que a "CAL" da loja é quem fz escala de férias, reporta ausências, encaminhando as
informações à regional; que não ha necessidade de intervenção do gerente de vendas no encaminhamento
dessas informações ao regional; que a jornada de gerente é determinada pela regional; que existe padrões
nas jornadas par aloja de rua e de shopping; que em caso de ausência ou atraso, o gerente deve reportar
ao regional o ocorrido; que não sabe dizer se isso ocorreu com o autor em alguma reclamante; que por
várias vezes já houve negativa do regional às solicitações deste jaez efetuado pelo depoente; que conhece
o sistema MOVI, consistente na realização de práticas pelos gerentes, obrigatórias, com estabelecimento
de horário para suas realizações; que não era possível delegar tais práticas; que dentre as prática, há o
procedimento Rota 3.3, realizada três vezes por dia, em horários pré- estabelecidos, de manhã, assim que
iniciava a jornada, de tarde e de noite, antes de fechar, consistente em verificação das condições da loja,
que os resultados dessas verificações eram repassadas ao regional por meio de celular, por aplicativo cujo
nome não se recorda; que a fiscalização era realizada por meio de celular e por funcionários, disfarçados,
que compareciam à loja para verificação da realização das rotinas; que conheceu gerente que foi
dispensado por não cumprir as práticas; que sabe disso porque foi informado pelo próprio gerente
dispensado; que acredita que o gerente em questão não foi dispensado por justa causa; que não é possível
delegação da rota pelo gerente, apenas pela regional; que era informado pela regional quando havia
fiscalização por funcionários disfarçados, a posteriori; que em caso de não funcionamento do sistema
MOVI os registros são feitos em papel; que o depoente não sabe se o autor recebeu qualquer penalidade;
que o depoente recebeu penalidade em razão de desconto dado em produto em promoção, apesar de
haver autorização no sistema para fazê-lo; que o depoente sempre atuou como gerente efetivo, inclusive
quando ocupou o cargo que era ocupado pelo autor trabalhava; que não sabe dizer o nome de qualquer
funcionário dispensado pelo autor em razão de determinação do comitê; que não é possível acessar o
sistema exclusivamente mediante matrícula e senha; que o gerente poderia acessar o sistema em qualquer
ponto da loja, desde que houvesse o acesso biométrico; que as lojas, apesar de pertencer ao mesmo
regional, são de portes diferentes; que as ausências da CAL eram autorizadas apenas pela regional; que
os gerentes não têm poderes para delegar tarefas à CAL, apenas o regional; que não havia fiscalização do
usufruto do intervalo intrajornada; que o padrão de contratação e dispensa de funcionários era o mesmo
em todas as lojas, inclusive naquelas em que não trabalhou o autor; que não sabe informar o nome de
funcionários indicados pelo reclamante para contratação ou demissão que tenham sido rejeitados pela
regional, mesmo porque, jamais trabalhou em concomitância na mesma loja com o autor; que poderia
prorrogar por duas vezes a jornada dos vendedores, que era o permitido pelo sistema e, mais que isso,
somente o regional. Nada mais.

Segunda testemunha do reclamante: ANDERSON DA SILVA MENDES, identidade nº


457897466, casado(a), nascido em 04/08/1983, VENDEDOR, residente e domiciliado(a) na RUA
MARTIM AFONSO, 226 -BL 1 AP 26 - DIADEMA. Advertida e compromissada. Depoimento: " que
trabalhou com o autor em diadema, na loja 1295, de março de 2017 até a dispensa do autor; que o
depoente era vendedor; que trabalhava das 9 às 18 horas e também das 11:40 às 20:30/21 horas; que esta

Assinado eletronicamente por: ADEMAR SILVA ROSA - 21/11/2019 18:31:46 - 25afd60


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19112118121264800000159827988
Número do processo: 1000357-24.2019.5.02.0031 ID. 25afd60 - Pág. 3
Número do documento: 19112118121264800000159827988

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
Fls.: 4488
Fls.:

unidade era de rua; que quando entrava no primeiro período, iniciava a jornada juntamente com a do
autor; que quando trabalhava no seguindo período, encerrava sua jornada juntamente com a do autor; que
o autor usufruía de 15 a 20 min em média de intervalo intrajornada; que quando saía mais cedo, deixava
o reclamante trabalhando e, quando entrava mais tarde, encontrava o reclamante já em labor; que o
reclamante, para acessar o sistema, obrigatoriamente o fazia com a aposição da digital; que quando o
sistema biometrico apresentava defeitos, registrava seu ponto co computador,, no mesmo utilizado pelo
autor; que neste caso, o registro era corretamente efetuado no cartão de ponto; que não sabe dizer se o
autor foi apenado na reclamada; que em caso ded ausência do depoente, deveria avisar o gerente ou a
CAL, que afirmavam que iriam "ver com a regional"; que na unidade acima dita, a CAL permanecia das
9 às 18 horas; que após as 18 horas, em caso de imprevisto que necessitassem retirar o funcionário da
atividade, estes deveria comunicar o gerente, que deveria solicitar autorização do regional para liberá-lo;
que as chaves das lojas eram de posse dos gerentes, da CAL e dos funcionários líderes, estes apenas
quando não encontravam-se presente aqueles; que as chaves aos funcionários líderes eram dadas pelos
gerentes e pela CAL; que por algumas vezes usufruiu do intervalo intrajornada juntamente com o autor, e
que estima em média três vezes por semana; que as refeições empregado são tomadas na cozinha, por
todos os funcionários da loja, inclusive depoente e reclamante; que por várias vezes, quando ía tomar
suas refeições, já encontrava o autor assim o fazendo; que a diferença máxima entre os horários de início
dos intervalos de ambos era de 5 minutos; que Romilda e Elisângela forma dispensadas da loja mas não
sabe quem promoveu a dispensa; que na época da dispensa o reclamante era gerente da loja; que a
dispensa pode ser efetuada pela CAL ou pelo gerente; que não se recorda de ninguém que tenha sido
dispensado pela CAL; que as duas prorrogações de 30 minutos após a jornada do funcionário eram
efetuadas pelo gerente ou pela CAL e, mais que isso ,sob autorização do regional, o gerente ou a CAL;
que não sabe dizer se o autor trabalhou em todos os feriados; que nos feriados em que o depoente
trabalhou, o reclamante estava na maioria deles; que não sebe estimar quantos feriados trabalhou por ano;
que a escala para trabalho nos feriados é repassada pela CAL, que diz que é elaborada pela regional.
Nada mais.

Neste ato, às 17h:14, é dispensada a preposta da reclamada, após a entrada em sala de


audiência da testemunha abaixo qualificada.

Primeira testemunha do reclamado(s): GLÁUCIA DUARTE DOS SANTOS, identidade nº


46197079-x, divorciado(a), nascido em 19/01/1990, COORDENADORA DE ATENDIMENTO LOJA,
residente e domiciliado(a) na RUA ARISTIDES ZANELLA, 52 - SÃO BERNARDO DO CAMPO.
Advertida e compromissada. Depoimento: " que trabalha na ré desde 2008; que é coordenadora de
atendimento de loja desde 2011; que trabalhou com o autor desde 2017, na loja 1295; que o autor era
gerente de loja; que realizava jornada das 8:45 às 17h:20, de segunda a sábado; que o autor trabalhava
das 9/9:30 até às 20:30/20:40h, de segunda a sábado, sendo que neste dia, o início era às 8:30h; que não
sabe informar a jornada do autor aos domingos, mas sabe dizer a loja funciona das 9 às 17 horas; que o
autor usufruía de 1 hora de intervalo intrajornada; que não havia fiscalização da jornada do autor; que o
gerente era a autoridade máxima na loja; que a gestora superior da depoente é a Sra. Paola, "CAR"
(coordenadora administrativa regional); que em caso de ausência, a autorização para a falta era dada pelo
reclamante; que o autor era chefe da depoente; que precisava comunicar a CAR de sua ausência; que o
reclamante contratou e dispensou funcionários, após receber autorização para tanto do regional; que não
sabe dizer se todas as pessoas indicadas para dispensa o foram; que todas as pessoas indicadas para
contratação foram; que as chaves da loja ficavam com com a depoente e o autor e com vendedor líder na
ausência do gerente; que os vendedores líderes são indicados pelo gerente para ficarem com as chaves;
que as prorrogações de 30 minutos são feitas primeiramente pelo funcionário e, na segunda e terceira
vez, pelo gerente; que não é possível nova prorrogação além das três retromencionadas; que as prorroga;
que não sabe dizer em quais feriados o reclamante trabalhou; que não se recorda se o reclamante se
ausentou da reclamada; que o reclamante era quem autorizava os funcionários a faltarem; que a loja em
que a depoente trabalha é de porte três; que todos os funcionários têm acesso a todos só produtos e
serviços vendidos pela loja constantes do sistema; que o gerente poderia visualizar toda a loja pelo
sistema; que em caso de divergência, os responsáveis podem ligar ao setor de RH que orienta como
efetuar o chamado; que no sistema há campo descritivo da divergência encontrada; que não se recorda de
o reclamante fez qualquer dessas intervenções; que usufruía de intervalo intrajornada em sequência com
o autor, indo primeiro; que não se recorda se o autor já foi chamado durante o intervalo intrajornada para
socorrer algum funcionário; que. melhor esclarecendo, não sabe dizer de o autor usufruía de 1 hora de

Assinado eletronicamente por: ADEMAR SILVA ROSA - 21/11/2019 18:31:46 - 25afd60


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19112118121264800000159827988
Número do processo: 1000357-24.2019.5.02.0031 ID. 25afd60 - Pág. 4
Número do documento: 19112118121264800000159827988

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
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intervalo; que para acesso ao sistema não é necessário biometria ou senha; que o sistema é aberto; que
para acesso ao "sistema aberto", todos os outros empregados tinham que após sua digital; que não sabe
dizer como o sistema é capaz de reconhecer quem o opera, a fim de exigir ou não a identificação; que em
caso de dispensa de funcionários, há necessidade de autorização do regional, não o sendo em caso de
contratação, feita diretamente na loja; que já substituiu o gerente de loja em folgas deste; que nunca
participou de reuniões entre gerente de vendas e gerente regional, mas as havia; que não se recorda do
que era repassado nessas reuniões; que nos últimos dois anos/dois anos e meio, é que os gerentes
necessitam de autorização para contratação de funcionários; que antes disso não havia qualquer
interferência do regional na contratação; que sabe dessas informações porque é quem realizava os atos
administrativos das contratações; que não se recorda se todos os indicados pelo autor foram contratados;
que não se recorda de ninguém que tenha sido indicado para contratação; que não sabe dizer se a
indicação do funcionário líder era repassado ao regional; que não havia necessidade de o gerente da loja
informar oa regional das ausências dos funcionários; que sabe dessas informações porque ela própria
poderia abonar faltas sem intervenção do regional; que as questões administrativas da unidade ficavam a
cargo da depoente; que o sistema MOVI consistia em sitsema que gerenciava as atividades da depoente,
do reclamatne e dos vendedores líderes; que nesse sistema havia o horário para a realização de inúmeras
tarefas; que a Rota 3.3 consistia em verificação de condiçoes das loja em três vezes por dia, nos horários
das 09 às 10, das 14 às 15 e das 20/20:30 horas; que o reclamante participava de todas as rotas, todos os
dias, exceto aos domingos; que a partir do final de 2018 as atividades eram lançadas no aplicativo Àgile;
que ante disso não havia necessidade de lançamento; que havia fiscalização do cumprimento desas
prática a cada 2 ou três meses, por equipe que permanecia 5 dias n aloja; que jamais presenciou o
descumprimento dessas práticas; que jamais participou das conversas do autor com o gerente regional.
Nada mais.

Indeferida(s) a(s) seguinte(s) pergunta(s) do patrono do autor: se houvesse divergência entre a


CAR e o gerente de loja, sobre faltas da depoente , qual prevaleceria. Protestos do autor.

As partes não têm provas a produzir, razão pela qual se encerra a instrução processual.

Razões finais em 48 horas.

Conciliação final rejeitada.

Para JULGAMENTO designa-se a data de 06.12.2019, às 16h: 45.

As partes serão intimadas da decisão via DEJT.

Cientes os presentes.

Audiência encerrada às 18 horas.

ADEMAR SILVA ROSA

Juiz do Trabalho

Assinado eletronicamente por: ADEMAR SILVA ROSA - 21/11/2019 18:31:46 - 25afd60


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Número do processo: 1000357-24.2019.5.02.0031 ID. 25afd60 - Pág. 5
Número do documento: 19112118121264800000159827988

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Ata redigida por SUELY SERRANO RODRIGUES, Secretário(a) de Audiência.

Assinado eletronicamente por: ADEMAR SILVA ROSA - 21/11/2019 18:31:46 - 25afd60


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19112118121264800000159827988
Número do processo: 1000357-24.2019.5.02.0031 ID. 25afd60 - Pág. 6
Número do documento: 19112118121264800000159827988

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TERMODEAUDIÊNCIA

PROCESSO: 1001440-39.2019.5.02.0043
RECLAMANTE FERNANDO VIANNA
RECLAMADOS VIA VAREJO S/A

Em 12 de dezembro de 2019, na sala de audiências do 43ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO


/SP, sob a presidência da Exmo(a). Juíza CAMILA DIAS CARDOSO, realizou-se audiência relativa ao
processo identificado em epígrafe.

Às 11h32min, aberta a audiência, foram, de ordem da Exmo(a). Juíza do Trabalho, apregoadas


as partes.

Presente o(a) reclamante, acompanhado(a) do(a) advogado(a), Dr(a). ALESSANDRA


CRISTINA DIAS, OAB nº 144802/MG.

Presente o(a) preposto(a) do(a) reclamado(s), Sr(a). ANDREIA CRISTINA LACINTRA


LOPES, acompanhado(a) do(a) advogado(a), Dr(a). THATIANE GRACCE CEZAR ESTEVES, OAB nº
329865/SP.

As partes terão o prazo de 05 dias para regularização da representação processual, se necessário,


sob as penas da lei.

Conciliação rejeitada.

Deferida a juntada de defesa(s) escrita(s), acompanhada(s) de documento(s).

Concede-se prazo de 05 dias para manifestação sobre a(s) defesa(s) e documentos, sob pena de
preclusão.

Depoimento pessoal da parte reclamante: que nos últimos 5 anos de contrato o autor
trabalhou em unidades da loja Ponto Frio nos seguintes locais: Shopping Center Norte, Lar Center,
Anália Franco, Golden e Grand Plaza; que nessas lojas o reclamante trabalhou como gerente de vendas,
tendo como atividades: verificar a limpeza dos produtos, etiquetas, cartazes, preços, assim como
acompanhar o resultado de vendas dos vendedores; que tanto os vendedores quanto o vendedor líder se
reportavam ao autor quanto à questões que envolvessem vendas; que questões administrativas eram
resolvidas com o coordenador de atendimento de loja (CAL); que não havia outro gerente na área de
vendas na loja; que havia um gerente regional responsável por cerca de 18 lojas; que a referida pessoa
apenas comparecia na unidade cerca de 01 vez por semana; que algumas questões de vendas envolvendo
autorização de preço, por exemplo, somente poderiam ser resolvidas pelo gerente regional; que no
período até junho/2017 o reclamante trabalhava das 09:00 às 22:30/23:00 horas de segunda a sexta,
posteriormente passou a entrar às 11:00h e sair no mesmo horário; que por todo o período trabalhou aos
sábados das 09:00 às 22:30/23:00 horas e aos domingos das 13:00 às 21:00 horas; que possuía folga em
média 01 vez por semana, em dias variáveis; que em feriados comerciais como Black Friday e Dia das
Mães, assim como em datas de liquidação da loja, o depoente trabalhava das 08:00 às 23:30/24:00 horas;
que no feriado de Black Friday, chegava até mais cedo, às 07:30h; que havia orientação do regional para
intervalo para almoço de apenas 30 minutos, o que era feito na própria loja; que havia uma média de 14
/15 vendedores em cada loja; que ao que se recorda que em aproximadamente em 2015 foi criado o cargo
de coordenador de atendimento de loja (CAL); que antes do referido cargo existia uma gerente
administrativa, e posteriormente foi alterada essa nomenclatura; que o gerente administrativo e o CAL se
reportavam ao gerente regional; que era necessário passar para o regional contratações e desligamentos,
assim como entradas e saídas fora do horário do depoente, que o depoente precisava de autorização do

Assinado eletronicamente por: CAMILA DIAS CARDOSO - 12/12/2019 17:30:18 - 78d0c55


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Número do processo: 1001440-39.2019.5.02.0043 ID. 78d0c55 - Pág. 1
Número do documento: 19121212454598300000162524621

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
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regional para aplicação de penalidades como suspensão; que eventuais descontos em vendas somente
pode ser feito com valor que já consta no sistema ou com autorização do regional; que o sistema está
condiciona o valor tanto para o autor quanto para os vendedores; que em média conseguia folga em 02
domingos por mês; que normalmente as liquidações e as datas comerciais implicam a extensão do horário
por 02 ou 03 dias; que nas semanas que antecedem o Natal o autor trabalhava no horário relatado nas
datas comerciais. Nada mais.

Depoimento pessoal da reclamada: que o reclamante era gerente de loja, com as seguintes
atividades: abertura e fechamento da loja, metas de vendas e acompanhamento das vendas pelos
vendedores, que em cada loja havia também um responsável pela área administrativa, chamado CAL; que
havia também um gerente regional responsável por cerca de 17 a 27 lojas; que alguns procedimentos
demandavam autorização do referido gerente regional, a exemplo de contratações e demissões e
descontos em produtos que excedessem o limite pré-autorizado na loja; que não existiam outras restrições
na área de vendas que dependessem de autorização do regional; que o autor não precisava de autorização
do regional para aplicação de punições; que o reclamante trabalhava de 12:00 às 22:00 horas durante a
semana e das 10:00 às 22:00 horas aos finais de semana.; que a cada domingo trabalhado o autor tinha
uma folga; que a folga semanal do autor poderia ser em dias variados; que não sabe dizer se havia
controle de horário por parte do regional; que sabe dizer que havia um controle de presença do autor
mediante biometria; que não sabe dizer se havia controle de horário ao final do expediente; que havia
orientação para intervalo de 01:05h, mas que não havia controle desse intervalo; que a única diferença
entre os gerentes de lojas de shopping e de rua diz respeito ao horário de trabalho, pois os gerente de
lojas de shoppings observam o horário de funcionamento dos shoppings; que o gerente da loja segue
ordens do gerente regional; que o gerente regional possui uma equipe de 3 a 4 pessoas, que o auxiliam no
gerenciamento das lojas sob sua responsabilidade; que a referida equipe transita pelas lojas em média de
01 vez por semana a 15 dias; que não há necessidade de autorização do regional para troca de mercadoria
fora do período; que em caso de manutenção na loja o gerente deve pedir autorização para o comitê de
despesa; que o gerente não negocia compra de mercadorias com fornecedores; que o gerente responsável
por assinar documentações gerais de interesse da loja, mas que não assina diretamente contratos com
fornecedores; que em caso de saída antecipada o gerente deve comunicar ao gerente regional; que não
existe mais as práticas denominadas MOVVE; que tais práticas consistiam em verificação da loja em
reuniões entre o gerente, o CAL e o vendedor líder; que tais práticas ocorriam diariamente e com horários
determinados, a depender de cada uma das verificações que eram feitas; que a rota 3x3 significa verificar
se a loja está limpa, os produtos precificados e vendedores uniformizados; que isso é feito 03 vezes por
dia; que era feito no início, no meio e fim do dia; que já aconteceu do autor chegar antes dos horários
informados para abertura e fechamento.

Indeferida(s) a(s) seguinte(s) pergunta(s) da(o) parte reclamante: “Se a cada prática
realizada do MOVVE era necessário informar pelo aplicativo do celular?”; "Se havia alguma penalidade
se essas práticas não fossem cumpridas?". Protestos da parte reclamante.

Nada mais.

Primeira testemunha da parte reclamante: Claudinei Ananias da Silva, RG/CPF nº


18704499, residente e domiciliado(a) na Rua Dr. Amancio de Carvalho, 1133 - Baeta Neves - São
Bernardo do Campo/SP. Contraditada a testemunha por motivo de amizade. Inquirida, alegou que: não
possui relação de amizade com o autor, não o encontrando socialmente, tampouco frequentando sua casa.
Contradita indeferida por ausência de provas. Protestos da(o) reclamada.

Advertida e compromissada. Depoimento: "que trabalhou na reclamada de dezembro/2007 a


setembro/2018; que trabalhou com o reclamante de 2016 a 2018 na mesma regional; que depoente e
reclamante não trabalharam juntos na mesma loja; que o depoente era gerente de vendas da loja onde
trabalhava; que não tratava de questoes de venda com o autor, apenas com o gerente regional; que
depoente e reclamante se encontravam em reuniões mensais que ocorriam na própria regional; que quem
convocava referidas reuniões era o gerente regional; que o depoente era o único gerente de vendas da sua
loja, havendo também a CAL da área administrativa; que a referida CAL se reportava ao gerente
regional; que os vendedores e o vendedor líder da sua loja se reportavam ao depoente em questões
relacionadas a vendas; que as metas eram passadas pelo regional e gerenciadas pelo depoente em relação

Assinado eletronicamente por: CAMILA DIAS CARDOSO - 12/12/2019 17:30:18 - 78d0c55


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19121212454598300000162524621
Número do processo: 1001440-39.2019.5.02.0043 ID. 78d0c55 - Pág. 2
Número do documento: 19121212454598300000162524621

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
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às vendas dos vendedores; que como gerente atuava em área de negociação de vendas, assim como na
verificação de limpeza e organização da loja; que a CAL era responsável pelo ponto dos vendedores e
também elaborava metas que eram passadas para o regional para aprovação; que tais metas eram
comunicadas ao depoente para cumprimento; que penalidades eram antes passadas ao regional para
verificação das medidas a serem tomadas; que o depoente registrava o seu ponto em biometria assim
como todos os outros vendedores; que não assinava espelho de ponto ao final do mês; que entradas ou
saídas fora do horário eram comunicadas ao regional, que poderia indeferir; que em caso de troca de
produtos fora do prazo tinha que pedir autorização para o regional; que o regional fixava o horário de
trabalho do depoente que era das 11:00 às 22:30h; que o horário de trabalho do depoente coincidia com o
horário do shopping onde ficava sua loja; que as orientações passadas nas reuniões poderiam ser para
todas as unidades ou para lojas específicas; que o depoente fazia entre 30 a 40 minutos de intervalo; que
a orientação para fruir o intervalo era do regional; que já ocorreu com o depoente de ter a saída indeferida
pelo regional; que quem cuidava do horário de entrada e saída dos vendedores era o responsável
administrativo da loja, inclusive intervalos; que a escala de almoço era passado pelo administrativo. Nada
mais."

A parte reclamante não tem mais testemunhas.

A reclamada não tem testemunhas.

As partes declaram que não têm outras provas a produzir, ficando encerrada a instrução
processual.

Razões finais no prazo comum de 05 dias, no qual poderá a reclamante se manifestar sobre
defesa e documentos conforme acima registrado.

Conciliação final rejeitada.

Designa-se audiência de JULGAMENTO para o dia 07/02/2020, às 17h47min.

As partes serão intimadas da sentença por meio de publicação no D.E.J.T.

Cientes os presentes. Nada mais. Audiência encerrada às 12h42min.

CAMILA DIAS CARDOSO

Juíza do Trabalho

Assinado eletronicamente por: CAMILA DIAS CARDOSO - 12/12/2019 17:30:18 - 78d0c55


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19121212454598300000162524621
Número do processo: 1001440-39.2019.5.02.0043 ID. 78d0c55 - Pág. 3
Número do documento: 19121212454598300000162524621

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
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ATA DE AUDIÊNCIA
PROCESSO: 1000364-13.2019.5.02.0614
RECLAMANTE: APARECIDO JOSE DA SILVA
RECLAMADO: VIA VAREJO S/A

Em 29 de abril de 2019, na sala de sessões da 14ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO - ZONA
LESTE/SP, sob a direção da Exma. Juíza ANDREA CUNHA DOS SANTOS GONCALVES, realizou-se
audiência relativa ao processo identificado em epígrafe.

Às 11h50min, aberta a audiência, foram, de ordem da Exma. Juíza do Trabalho, apregoadas as


partes.

Presente o reclamante, acompanhado da advogada Dra. ALESSANDRA CRISTINA DIAS,


OAB nº 144802/MG.

Presente a preposta da reclamada, Sra. ADRIANA AIECH DE MENEZES, acompanhada da


advogada Dra. CARMEN REGINA CARDOSO RIBEIRO, OAB nº 289504/SP, a quem defiro o prazo
de cinco dias para juntada de substabelecimento.

INCONCILIADOS.

Proposta da reclamada para acordo: R$ 50.000,00.

Pretensão do reclamante para acordo: R$ 700.000,00.

O juízo recebe a defesa e dá vistas ao autor, que poderá manifestar-se no prazo de dois dias.

Requer o reclamante aplicação da pena de confissão à reclamada, tendo em vista existir


pagamento de horas extras nos holerites, a seu ver, sem o correspondente controle de jornada juntado;
além disso, o salário é pago pelo número de horas, que não são fixas em cada mês. O requerimento será
apreciado quando da prolação da sentença.

Depoimento pessoal do reclamante: como gerente não poderia admitir nem dispensar
empregados, o que competia ao regional; não poderia advertir empregado; nesses casos o depoente ligava
para o regional, o qual cuidava de dezessete ou dezoito lojas; se não conseguisse falar com o regional, o
depoente ligava para a central, que o assessorava; a escala de férias era feita pela gerente administrativa
da loja; em caso de ausência de funcionários era a administrativa que cuidava do caso; o depoente
cuidava da limpeza, precificação e assessorava os vendedores quanto às vendas; o regional tinha a
responsabilidade maior pela loja; o regional não ficava na loja; na loja a parte administrativa ficava na
responsabilidade da gerente administrativa e a parte de vendas cabia ao depoente e ao vendedor líder; as
chaves do cofre ficava com a administrativa; o administrativa fazia o fechamento do caixa e assinavam a
operadora do caixa e o depoente; a administrativa tinha acesso ao estoque junto com os estoquistas;
quando era solicitado pelo regional alguma reunião com os vendedores, era feita pelo vendedor líder,
pelo depoente ou pela gerente administrativa; quem respondia ao regional pelas metas da loja eram o
vendedor líder e o gerente de vendas; participam das reuniões com o regional o gerente de vendas e em
alguns casos o administrativo e o líder; o depoente não entrevistava candidatos, o que cabia ao RH junto
com o regional; o depoente não poderia indicar, apenas pedia para se cadastrar para a vaga; a equipe era
subordinada ao depoente e administrativo, bem como ao vendedor líder; as lojas em que trabalhou
tinham de dez a doze vendedores; o depoente trabalhou no Shopping Mauá (Ponto Frio), na Vila Diva
(Casas Bahia) e no Central Plaza (Ponto Frio); passou a gerente no final de 2005; em caso de atraso de
vendedores, era preciso avisar ao regional, o qual passava pela loja de duas a três vezes por semana; as
lojas de rua funcionavam das 09h às 20h; as de shopping, das 10h às 22h; o depoente trabalhava da
abertura ao fechamento na loja de rua; na loja de shopping chegava às 11h; usufruía de trinta minutos de
intervalo para refeição; era o estoquista e a administrativa que recebiam os produtos; ao chegar na loja o
depoente registrava a digital para acessar o sistema, ficando registrado o horário. Nada mais.

Assinado eletronicamente por: ANDREA CUNHA DOS SANTOS GONCALVES - 29/04/2019 14:02:54 - 56ad93c
https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19042913515803400000137132430
Número do processo: 1000364-13.2019.5.02.0614 ID. 56ad93c - Pág. 1
Número do documento: 19042913515803400000137132430

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
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Indeferidas, por descabidas, as seguintes perguntas do patrono da reclamada: "se tinha acesso a
todas as informações dos vendedores, se tinha senha com acessos diferenciados aos sistemas". Protestos.

Depoimento pessoal do representante da reclamada: o reclamante era o único gerente da


loja; havia encarregado administrativo, mas a autoridade máxima na loja era o reclamante, o qual
respondia ao regional; o reclamante poderia admitir e dispensar funcionários, sem necessidade de passar
pelo crivo do regional; não se lembra do nome de empregados que tenham sido admitidos ou dispensados
pelo reclamante; exibido o holerite de folha 1278 (ID. 2252c78 - Pág. 21), afirma que o pagamento de
horas extras no DSR é erro de RH; exibido o holerite de 1279 (ID. 2252c78 - Pág. 22), afirma tratar-se da
mesma situação; o reclamante recebia salário fixo por mês; indagada acerca da variação de horas nos
holerites, afirma que também nesse caso tratou-se de erro; sempre que o valor do salário for diferente nos
holerites é porque houve erro do RH; o sistema informatizado da reclamada é o mesmo em todas as
filiais; todos os gerentes trabalham sob as mesmas regras, o que muda é a meta e a premiação conforme o
porte da loja; o reclamante trabalhou em lojas de pequeno porte; o regional não tem uma equipe, mas
apenas uma secretária e uma assistente; o reclamante poderia conceder descontos sem autorização do
regional; o regional do reclamante foram Novais, Ânderson, Simone, Edvaldo; não conhece Luís
Cláudio, nem Werley de Oliveira; exibido o documento de folha 103 (id 4a01b42), afirma não se tratar
de documento da reclamada; existe comitê, mas destinado à parte de logística; não existe documento
chamado movimentação de pessoal; o reclamante fazia a entrevista e contratava, passando a seguir para o
RH; exibido o documento de folha 152 (ID. f70fbdb - Pág. 2), afirma que a tela não é da reclamada;
existe o sistema ADP para os funcionários; exibido o documento de folha 144 (ID. ff25c73 - Pág. 1),
afirma que não pertence à reclamada; não existe um comitê de despesas; em caso de necessidade de
manutenção na filial o reclamante tinha autonomia para retirar valor do caixa; existe o departamento
Prove responsável por treinamento para os vendedores; o crediário da loja submete-se à CAL (antigo
administrativo), mas também responde ao gerente da loja; atualmente a CAL é considerada cargo de
confiança; tudo na loja passa pelo reclamante; a CAL responde ao gerente; o gerente combina com a
CAL a abertura e o fechamento da loja, a CAL abre a loja e o gerente fecha; o reclamante trabalhava no
segundo turno, no caso de shopping das 14h às 22h e na loja de rua das 12h às 20h; o sistema era liberado
automaticamente para o reclamante, sem necessidade de registrar digital, o que não era necessário em
nenhum momento; no caso dos vendedores para ter acesso ao sistema era preciso antes registrar o ponto;
exibida a tela de folha 149 (ID. c6276a3 - Pág. 2), afirma que também não pertence à reclamada; ao final
da jornada o gerente não tinha que assinar o mapa de caixa junto com o operador de caixa; André
Venâncio era gerente em loja de maior faturamento; se há mudança de uma loja de menor para maior
porte não há mudança no salário fixo, apenas da premiação; depoente e paradigma tinham as mesmas
funções, a distinção estava no faturamento da loja e na quantidade de funcionários; poderia acontecer de
haver transferência entre lojas de diferentes bandeiras, mantendo-se o salário fixo. Nada mais.

Primeira testemunha do reclamante: ÂNDERSON LUIZ DO NASCIMENTO, RG nº


47074092 SSP SP, CPF 309.413.868-30, brasileiro, nascido em 05.09.1982, casado, desempregado, com
domicílio na Rua dos Vianas, 3545, bloco 4, ap 4, São Bernardo do Campo, SP. Compromissada e
advertida, disse que: trabalhou na reclamada de 2002 a 2018; trabalhou com o reclamante na filial 279
em São Bernardo em 2002, onde o depoente ficou até 2009, ao final como gerente; depois disso não
trabalharam juntos na mesma loja, mas sob a mesma regional; na época o regional era Ademilson Lima;
não conhece Luís Cláudio nem Werley; havia diferença na remuneração do gerente, quanto à premiação,
conforme fosse o porte da loja; o salário fixo era o mesmo; era o regional quem admitida e dispensava
empregados; o RH enviava os candidatos para o regional e o gerente conversava com o candidato na
filial, reportando ao regional, que depois informava se a pessoa havia passado ou não; havia casos em
que o gerente considerava o candidato apto ao cargo, mas o regional não aceitava; como gerente o
depoente chegou a receber pagamento de horas extras; o gerente tinha controle de jornada pelo regional e
também através do controle biométrico; não sabe informar se o salário como gerente era calculado por
mês ou por hora, sendo que a hora extra era paga em valor pequeno; exibida a tela de folha 149,
reconhece-a, tratando-se de tela de registro de presença; geralmente pegavam na filial o resultado do
candidato e encaminhavam ao regional, que remetia ao comitê; esse encaminhamento era feito por email;
exibido o documento de folha 103, afirma tratar-se de manual disponibilizado pela reclamada para todos
os gerentes, onde era previsto que qualquer dispensa dependia da gerência regional; admissão, promoção,
transferência tinham que passar pelo regional e o comitê; não era possível o próprio gerente fazer essas

Assinado eletronicamente por: ANDREA CUNHA DOS SANTOS GONCALVES - 29/04/2019 14:02:54 - 56ad93c
https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19042913515803400000137132430
Número do processo: 1000364-13.2019.5.02.0614 ID. 56ad93c - Pág. 2
Número do documento: 19042913515803400000137132430

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
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movimentações sem passar pelo regional e o comitê; o regional tinha uma equipe de três a quatro
pessoas; não tinham liberdade de horário, o qual era determinado pelo regional; se precisassem sair
durante a jornada de trabalho tinham que pedir autorização ao regional, da mesma forma quanto a
entradas posteriores e saídas antecipadas; diariamente o regional entrava em contato pedindo informações
da filial e dos colaboradores da área de vendas, bem como quanto ao resultado da loja; esse contato era
feito tanto pelo próprio regioal quanto pelo pessoal de sua equipe; se a loja estivesse indo bem o regional
ligava poucas vezes; caso contrário, as ligações eram constantes; mesmo o regional precisava passar a
contratação e a dispensa ao crivo do comitê; não assinavam contrato ou procuração em nome da
reclamada, não negociavam com fornecedores; a CAL cuidava da parte administrativa; antes era a
encarregada administrativa; quando houve mudança de nomenclatura, nada mudou quanto às funções;
havia vendedores líderes que também tinham contato com o regional; o gerente dava descontos de acordo
com o sistema e acima disso precisava da liberação do regional; no caso de necessidade de manutenção
na loja o gerente não tinha autonomia para fazer uso do caixa da loja, tinha que passar para o regional e
este pedia autorização ao comitê de despesas da reclamada; o gerente não tinha ingerência sobre o
crediário da loja, tinha que ser passado para o coordenador, que repassava para a mesa de crédito para
autorização; o gerente não poderia alterar o layout da loja; o gerente aplicava penalidades apenas com
autorização; o depoente assinava o documento da dispensa, admissão e penalidades após a autorização do
regional, sem o quê o depoente não conseguiria sequer imprimir o documento; ao chegar na loja
registravam a digital e no final também faziam o registro para fechar a loja, acionar o alarme e assinar o
mapa; ao fazer o registro aparecia na tela o horário; o depoente participava de reunião junto com o
regional e o reclamante; nessas reuniões as regras eram as mesmas para todos os gerentes, independente
do porte da filial; na loja de rua o horário era das 09h/09h30 às 20h30/21h; no shopping o gerente
chegava às 11h e ficava até 22h30/23h; esses eram os horários determinados pelo regional; o intervalo
para refeição era de trinta minutos; em caso de emergência e necessidade de fechar a loja antes do
horário, tinham que antes pedir autorização ao regional, mesmo em caso de assalto; todos tinham acesso
ao botão de pânico; a chave do cofre ficava com a CAL; o regional comparecia na filial uma vez por
semana; não sabe informar a quantidade de lojas pelas quais o regional era responsável; o gerente da loja
delegava as funções aos vendedores; o regional passa as metas; o gerente faz as reuniões na loja para
passar as informações e as metas já passadas pelo regional; a empresa envia a meta da loja, sendo que o
próprio sistema distribui entre os vendedores; em caso de desfalque, o gerente remaneja os vendedores;
como gerente o depoente não tinha subordinados; na área administrativa os colaboradores respondiam à
CAL e na área de vendas, ao gerente; o vendedor da loja conversa com o gerente, que passa para o
regional; o gerente não tem acesso a senhas específicas; o gerente tem o poder de acompanhar no sistema
as vendas dos vendedores, olhar o resultado diariamente; o depoente chegou a advertir funcionário, mas
após a liberação pelo regional; na ausência do regional, a administrativa do regional também respondia,
mas o depoente não poderia; as reuniões com o regional eram mensais; o gerente não libera o sistema
para prorrogação de jornada; precisavam contatar o regional para liberar o sistema quando travava; caso
não conseguissem contato com o reginal, falavam com a central e se não fosse possível não era feita a
prorrogação para o vendedor; acessavam o estoque os colaboradores do próprio setor e a CAL; o gerente
poderia acessar o estoque, mas toda a coordenação era pela gerente administrativa. Nada mais.

Primeira testemunha da reclamada: ALCIDES MARCELO AGATTI, RG nº 19639894 SSP


SP, CPF 155.234.298-05, brasileiro, nascido em 16.05.1973,casado, gerente de loja, com domicílio na
Rua Vinte e Oito de Julho, 77, ap 71, bloco A, Fundação, São Caetano do Sul, SP. Compromissada e
advertida, disse que: trabalha na reclamada desde 2014; não trabalhou com o reclamante na mesma loja;
encontravam-se em reuniões mensais; eram da mesma regional; o gerente regional na época era Edvaldo
e Simone; quando o gerente precisa dispensar um empregado passa essa intenção para o regional e se o
comitê aprovar faz a dispensa; sem aprovação do comitê o gerente não pode demitir; na contratação o
gerente faz a entrevista, passa o candidato para nova entrevista pela equipe do regional e se houver
aprovação por parte deste é feita a contratação; se não houver aprovação o gerente não pode contratar; o
depoente tinha acesso aos extratos de premiações, comissões, poderia advertir verbalmente e por escrito,
suspender; é o gerente da loja quem autoriza a prorrogação de jornada pelos vendedores; o regional
passava na loja pelo menos uma vez por mês; o regional cuida de vinte e três lojas em média; o gerente
faz a escala de férias e de folgas dos empregados da loja; a chave do cofre fica em poder do gerente da
loja e assistente administrativo (CAL); o gerente não marca ponto, mas registra a digital para acessar o
sistema, não aparece o horário; exibida a tela de folha 149, afirma que existe essa tela, mas a digital é
registrada em outro programa; desconhece para que serve a tela de folha 149, podendo ser uma tela mais

Assinado eletronicamente por: ANDREA CUNHA DOS SANTOS GONCALVES - 29/04/2019 14:02:54 - 56ad93c
https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19042913515803400000137132430
Número do processo: 1000364-13.2019.5.02.0614 ID. 56ad93c - Pág. 3
Número do documento: 19042913515803400000137132430

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
Fls.: 4497
Fls.:

antiga; no caso de promoção o gerente faz a indicação para o regional, devendo haver o consenso do
regional; o gerente não pode tomar a decisão sozinho; em caso de desfalque, o gerente faz o
remanejamento de vendedores; têm acesso ao estoque o gerente da loja, os estoquistas, os líderes e o
CAL; o depoente tem vinte e cinco subordinados; caso o colaborador tenha que sair mais cedo avisa o
gerente da loja, que libera se for possível; o depoente trabalha das 09h às 19h, podendo flexibilizar o
horário desde que comunique ao regional; o depoente usufruía de uma hora e cinco minutos para almoço;
o regional liga para o gerente para conversar sobre os resultados da loja todos os dias; no caso de
emergência, como assalto, o gerente tem autonomia para fechar a loja; na saída da loja o depoente não
registra a digital; o gerente recebe salário fixo, sempre o mesmo valor por mês, e parte variável; exibido o
holerite de folha 97 (ID. d4bf5bc - Pág. 58), não sabe a que se refere a integração de horas extras no
DSR, acreditando que pode se referir ao trabalho em feriados; nesse caso vem no holerite a rubrica
pagamento de feriado; a filial do depoente é de rua; o depoente já trabalhou em shopping; a loja do
depoente abre às 09h e fecha às 20h; não sabe informar o horário de trabalho do reclamante, nem o
intervalo para refeição; existe o vendedor líder; o gerente tem o auxílio do vendedor líder; os vendedores
podem se reportar ao líder para sair mais cedo; a CAL faz todo o trabalho administrativo, exceto vendas;
o gerente determina a escala de férias e folgas e a CAL executa; ao final da jornada o gerente faz o
fechamento do mapa de caixa, que não precisa ser enviado para ninguém; consta o horário em que o
mapa foi fechado; não sabe informar se o reclamante fazia o registro do início e do término da jornada de
trabalho. Nada mais.

Requer o reclamante prazo para juntar termo de audiência com depoimento da preposta
presente. Defiro o prazo de dois dias. Após, independente de nova intimação, a reclamada poderá
manifestar-se no mesmo prazo.

As partes não têm outras provas a produzir. Fica encerrada a instrução processual.

Razões finais no prazo de 24 horas após o decurso dos prazos acima concedidos.

Conciliação final rejeitada.

Designo para julgamento a data de 10.05.2019, às 17h20min, de cuja decisão as partes serão
intimadas por meio do Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho - DEJT.

Cientes as partes. Nada mais.

Audiência encerrada às 13h31min.

ANDREA CUNHA DOS SANTOS GONCALVES

Juíza do Trabalho

José Daniel da Costa

Secretário de Audiência

Assinado eletronicamente por: ANDREA CUNHA DOS SANTOS GONCALVES - 29/04/2019 14:02:54 - 56ad93c
https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19042913515803400000137132430
Número do processo: 1000364-13.2019.5.02.0614 ID. 56ad93c - Pág. 4
Número do documento: 19042913515803400000137132430

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
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ATA DE AUDIÊNCIA
PROCESSO: 1001267-21.2018.5.02.0020
RECLAMANTE DALMO LIMA BRASIL
RECLAMADOS VIA VAREJO S/A

Em 08 de maio de 2019, na sala de audiências da 20ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO/SP, sob a
presidência do Exmo. Juiz RAPHAEL JACOB BROLIO, realizou-se audiência relativa ao processo
identificado em epígrafe.

Às 10h47min, aberta a audiência, foram, de ordem do Exmo. Juiz do Trabalho, apregoadas as


partes.

Presente o reclamante, acompanhado da advogada, Dra. ALESSANDRA CRISTINA DIAS,


OAB nº 144802/MG.

Presente a preposta da reclamada, Sra. ANA CAROLINA CAVALLARI DE ABREU,


acompanhada da advogada, Dra. CINTHYA CHRISTINA ZEFERINO MESQUITA, OAB nº 288506/SP.

INCONCILIADOS.

Concedo à parte autora o prazo de 10 dias para manifestação acerca das defesas e documentos.

A patrona do reclamante, quanto à prova oral, pretende a oitiva do depoimento da preposta e de


uma testemunha acerca dos seguintes fatos: horário de trabalho (geral) e ausência do cargo de confiança.

A patrono da reclamada, por sua, vez pretende a prova dos mesmos fatos, horário de trabalho
(geral) e confirmação do cargo de confiança.

A patrona do reclamante ainda requer seja considerada confessa a reclamada quanto à ausência
do cargo de confiança na medida em que as fichas financeiras revelam o pagamento de horas extras,
documentos ID. ee0bffa e ID. 0557cda.

O requerimento será apreciado oportunamente.

Depoimento pessoal do reclamante:

PERGUNTAS DO PATRONO DA RECLAMADA: que havia na última loja que o depoente


trabalhou em média 16 funcionários; que as escalas de trabalho eram feitas pela coordenadora de
atendimento; que o depoente não tinha que aprovar as escalas; que autoridade máxima da loja era o
gerente regional, que não ficava propriamente na loja e gerenciava em média 18 lojas; que o gerente
regional tinha uma equipe de 6 pessoas: coordenadora regional, layout, gerente de negócios, secretária,
coordenador do departamento de treinamento da empresa, coordenadora de crédito; que "os vendedores
quando tinham alguma situação reportavam para mim e eu passava para o regional para tomar decisão",
exemplo "se o vendedor precisasse de um preço, eu precisaria solicitar ao regional de seria possível fazer
ou não"; que o depoente não poderia advertir os funcionários da loja, que a função do depoente era
apaziguar o problema e a partir daí entrava em contato com o regional que decidia se seria uma
advertência verbal ou escrita; que o depoente não poderia dar uma sugestão a respeito da penalidade que
deveria ser aplicada.

Depoimento pessoal da preposta da reclamada:

PERGUNTAS DO PATRONO DA PARTE AUTORA: que o sistema informatizado da


reclamada é o mesmo de todas as filiais; que as condições de trabalho dos gerentes são as mesmas,
podendo variar de acordo com a loja, que cita como exemplo tamanho da equipe, metas; que todos os
gerentes são "autonomia dentro da loja" e fora da loja, o gerente regional que cuida daquela loja; que

Assinado eletronicamente por: RAPHAEL JACOB BROLIO - 08/05/2019 13:08:10 - 45aed1f


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19050813042091400000138058531
Número do processo: 1001267-21.2018.5.02.0020 ID. 45aed1f - Pág. 1
Número do documento: 19050813042091400000138058531

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
Fls.: 2499
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cada gerente regional geralmente cuida de 20 lojas; que geralmente o gerente regional tem um
coordenador que o auxilia; que o gerente de loja em algumas coisas deve se reportar ao regional; que
quanto à admissão, demissão o reclamante fazia a indicação; para admissão o reclamante poderia marcar
entrevista na loja e a demissão também fazia indicação ao R H; que o gerente regional entra para estar
ciente para o que está acontecendo na loja; que para demissão e admissão deveria ser preenchido pelo
gerente um documento de movimentação de pessoal; que este documento não precisava ser aprovado por
outra pessoa, sendo apenas um encaminhamento ao regional; que não havia como dispensar ou contratar
sem o preenchimento do referido documento; que geralmente referido documento passava pelo regional;
que se houvesse um desconto superior ao permitido pelo sistema o reclamante deveria entrar em contato
com atendimento à loja e verificar se haveria a possibilidade de fazer alguma inclusão no sistema, muito
embora isso geralmente não acontece; que exibido documento 129, ID. 9b325dd, disse que não tem nome
de funcionário, matricula nenhuma; que perguntado se a tela é do sistema da empresa disse que sem os
dados acima não tem como dizer; que trocas fora do prazo legal quem autorizava era o gerente da loja;
que a negociação que o reclamante poderia praticar vem direto do centro de distribuição; que contrato de
prestação de serviço para a loja o reclamante poderia assinar; que o reclamante não registrava o horário
de trabalho; que o reclamante precisava fazer login no sistema para iniciar a jornada; que o reclamante
fazia o fechamento do mapa de caixa; que quando o reclamante não estivesse presente na loja, poderia ser
substituído por um vendedor; que essa assinatura não era feita no sistema da empresa, que essa assinatura
era feita via folha, documental; que o reclamante tinha autonomia para fazer o horário de trabalho; que
dentro da loja tem o coordenador de atendimento da loja; que o gerente faz a escala de férias, folgas e o
coordenador faz a digitação; que o coordenador não faz registro de ponto, porém não tem a mesma
autonomia que o gerente.

Indeferidas as seguintes perguntas da parte autora: Se havia um comitê para autorizar as


admissões e dispensa; existia um setor específico para troca; se existe um comitê de despesa; se existe
um setor específico para layout da loja; se existe um departamento na empresa chamado Prove,
responsável por treinamento e entrevista de candidato; se o crediário da loja tem supervisor próprio; se
aloja tinha vendedor líder, se o vendedor líder trabalha junto com o gerente e tem acesso ao gerente
regional. Protestos.

Primeira testemunha do reclamante: MARIO GUEDES, identidade nº 13695373, casado,


nascido em 14/10/1960, aposentado, residente e domiciliado na Rua Antonio Juvenal, 117, São Paulo/SP.
Advertida e compromissada. Depoimento: "que trabalhou para a reclamada de 01/09/2000 a 2018; que
não trabalhou na mesma loja que o reclamante; que encontrava com o reclamante nas reuniões com o
regional, que eram marcadas 2 vezes por mês; que loja de rua geralmente o horário de trabalho do
gerente é das 8h30 às 20h30; que o depoente trabalhou em loja de rua e em loja de shopping; que as
últimas lojas que o reclamante trabalhou foram lojas de shopping; que o horário de loja de shopping era
das 11h30 até 22h00/22h30; que o reclamante trabalhou na loja de Osasco e Lar Center, não se
recordando os períodos; que as duas lojas de Osasco e Lar Center são lojas de pequeno porte, ambas no
shopping; que o reclamante trabalhava de segunda a sábado e 2 domingos no mês, no horário já
mencionado; que todos os gerentes tinham 30 minutos de intervalo para refeição e descanso, que isso é
geral.

PERGUNTAS DO PATRONO DA PARTE AUTORA: que nas reuniões o regional passava as


mesmas determinações para todos os gerentes; que o penúltimo gerente regional era o mesmo para o
reclamante e depoente; que não podia fazer aplicação de penalidades; que manutenções na loja só
poderiam ser feitas com autorização do regional; que não tinham autonomia para liberação de crédito;
que registravam o horário de trabalho por meio do computador, no próprio sistema do computador; que o
registro era feito no início e fim da jornada; que os horários ditos acima tem diferença para os sábados e
domingos, que o horário trabalho de abertura no sábado na loja de shopping às 10h00 às 22h30 e aos
domingos das 11h00 às 21h00; que não assinavam nenhum contrato em nome da empresa.

Indeferidas as seguintes perguntas da parte autora: se tinha autonomia para admitir e demitir
empregados; se podia fazer desconto de acordo com a conveniência do gerente; se o gerente podia fazer
troca fora do prazo; se podia promover empregados, alterar salário; quem era responsável por escala de
férias ou folgas; que se podia alterar o layout da loja; se tinha liberdade para fazer o horário de trabalho;
se precisasse sair durante o horário de trabalho; a quem o gerente era subordinado; se o gerente mantém

Assinado eletronicamente por: RAPHAEL JACOB BROLIO - 08/05/2019 13:08:10 - 45aed1f


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19050813042091400000138058531
Número do processo: 1001267-21.2018.5.02.0020 ID. 45aed1f - Pág. 2
Número do documento: 19050813042091400000138058531

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
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contato com o gerente regional durante a jornada e se mantém contato com a equipe do regional; se as
lojas tinham vendedor líder, se o vendedor líder trabalhava junto com o gerente.

Protestos.

PERGUNTAS DO PATRONO DA RECLAMADA: que em datas de reuniões que houvesse a


participaçaõ do gerente, outros funcionários poderiam fechar a loja; que perguntado mais uma vez sobre
o intervalo intrajornada disse que era padrão, 30 minutos; que os vendedores podiam se reportar para
CAL, o líder e o gerente; que a CAL e líder poderiam se reportar ao gerente regional diretamente.

Indeferida a seguinte pergunta da parte reclamada se houvesse problema com algum


funcionário, como procederia. Protestos.

Dispensada a outra testemunha do reclamante.

A reclamada dispensa sua testemunha.

Declaro encerrrada a instrução processual.

Razões finais no prazo comum de 5 dias antes da data do julgamento.

Inconciliadas as partes.

Para julgamento, fica designado o dia 23/05/2019, às 16h01, quando as partes serão
cientificadas da decisão.

Cientes.

Término da audiência 11h54min.

Nada mais.

RAPHAEL JACOB BROLIO

Juiz do Trabalho Substituto

Assinado eletronicamente por: RAPHAEL JACOB BROLIO - 08/05/2019 13:08:10 - 45aed1f


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19050813042091400000138058531
Número do processo: 1001267-21.2018.5.02.0020 ID. 45aed1f - Pág. 3
Número do documento: 19050813042091400000138058531

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
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ATA DE AUDIÊNCIA

PROCESSO: 1001361-16.2019.5.02.0090
RECLAMANTE DANIEL ROZENDO COSTA
RECLAMADOS VIA VAREJO S/A

Em 18 de dezembro de 2019, na sala de sessões da 90ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO/SP,


sob a presidência da Exmo(a). Juíza ANDREA RENZO BRODY, realizou-se audiência relativa ao
processo identificado em epígrafe.

Às 10h43min, aberta a audiência, foram, de ordem da Exmo(a). Juíza do Trabalho, apregoadas as partes.

Presente o(a) reclamante, acompanhado(a) do(a) advogado(a), Dr(a). ALESSANDRA


CRISTINA DIAS, OAB nº 144802/MG.

Presente o preposto do(a) reclamado(s), Sr(a). JULIANA BASTOS DE OLIVEIRA,


acompanhado(a) do(a) advogado(a), Dr(a). CINTHYA CHRISTINA ZEFERINO MESQUITA, OAB nº
288506/SP.

INCONCILIADOS.

A reclamada apresenta defesa.

Neste ato é disponibilizada a defesa para o reclamante.

Concedo prazo de 2 dias para o(a) reclamante se manifestar sobre defesa e documentos.

Depoimento pessoal do(a) reclamante: que como coordenador de atendimento coordenava


toda parte administrativa da loja ( cartão de ponto, horário de funcionários, controle de estoque, caixa);
que não tinha subordinados; que como gerente trabalhava na parte de vendas loja e não tinha
subordinados; que os vendedores eram subordinados diretamente ao regional que não ficava no local,
mas vistava o local; que enquanto coordenador respondia para o coordenador de atendimento regional
que não ficava na loja; que como gerente da loja respondia para o regional; que se houvesse algum
problema na loja repassava para o regional e este dizia o que fazer; que tudo passava para o regional; que
o regional passava na loja uma vez por mês e ficava o dia todo; que como encarregado batia ponto,
registrando no relógio e como gerente e coordenador antava através de biometria nos terminais da loja;
que vendedores e e demais funcionários registravam nos relógios de ponto e se tivessem problemas
registravam nos terminais; que durante todo o período teve 30 minutos de intervalo e não fazia mais
porque tinha que dar apoio na loja e atender clientes; que não podai admitir e demitir funcionários,

Assinado eletronicamente por: ANDREA RENZO BRODY - 18/12/2019 12:45:51 - 36d761b


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19121812193916100000163379801
Número do processo: 1001361-16.2019.5.02.0090 ID. 36d761b - Pág. 1
Número do documento: 19121812193916100000163379801

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
Fls.: 2502
Fls.:

podendo sugerir, mas era avaliado pelo regional; que fazia a prévia da entrevista; que fez a entrevista
com a funcionária Ilca e indicou para o regional que efetuou a contratação; que não possui senha
diferente dos demais funcionários; que até determinado limite qualquer funcionário da loja poderia
conceder desconto; que qualquer situação de problema com funcionário o depoente reportava ao regional
e este dizia se poderia advertir ou não; que se o empregado tivesse que chegar mais tarde ou sair mais
cedo falava com o depoente e este reportava ao regional; que o regional era responsável por cerca de 15 a
16 lojas com 25 a 30 funcionários cada; que não poderia acessar as comissões pelo sistema; que a meta
vinha do regional e o depoente repassava para os vendedores; que não podia fazer nada sem autorização
do regional e o cargo de gerente da loja era para resolver problemas com os clientes, o que também era
feito por alguns vendedores. Nada mais

Depoimento pessoal da reclamada: que o sistema de controle de jornada é o mesmo em todas


as filias da reclamada; que não sabe se quando há problema no relógio biométrico o registro é feito
através do Pcom; que não há como fazer o registro dos horários pelos terminais com biometria; que
quando os relógios estragam a anotação da jorna é feita em papel e repassado para o gerente da loja e
depois transferido para o espelho de ponto; que não há distinção no espelho de ponto entre a marcação
biométrica e a manual; que se o funcionário não concordar com o espelho de ponto no final do mês deve
falar com o gerente; que as faltas injustificadas e compensação constam no cartão de ponto; que não sabe
o que é "ponto livre"; que quando o funcionário chega na loja deve fazer o registro do horário; que não
tem como registrar menos de 1 hora de intervalo no relógio de ponto; que não há orientação do regional
para o banco de horas ficar com minimo de horas possível; que o reclamante trabalhava das 08h às 18h,
em todos os cargos; que o encarregado administrativo cuida da parte administrativa e o coordenador
possui algumas atividades dentro da loja além da administrativa com os vendedores e caixas da loja,
dando apoio; que o coordenador é subordinado ao gerente da loja e este ao gerente regional; que o
gerente regional não possui uma equipe que trabalha diretamente com ele; que não existe o cargo de
coordenador regional; que o gerente da loja admite e dispensa funcionário da loja sem passar pelo
regional; que existe comitê para analisar movimentação de empregados na loja; que o comitê discute
sobre problemas da loja e o gerente da loja apresenta situação de funcionários que podem não estar
correspondendo ao esperado, mas quem decide se vai se mandado embora ou não é o gerente da loja; que
não reconhece o documento de fls. 128 e seguintes, mas o timbre é da empresa; que o gerente da loja tem
autonomia para conceder descontos além do que o sistema permite; que a tela de fl. 176 não é da ré; que
para troca de mercadoria não é necessário autorização do regional; que o gerente regional toma conta das
lojas da região; que o gerente da loja não pode tratar com o fornecedor, somente o regional; que o
reclamante não assinava contrato em nome da empresa; que no caso de admissão e dispensa o gerente da
loja preenche um documento denominado " movimentação de pessoal"; que não sabe o que é "MOVVE",
mas sabe que foi extinto em 2018; que como gerente e coordenador o reclamante precisava colocar a
biometria para acessar o sistema e o horário fica registrado no sistema; que no final da jornada também é
necessário colocar a biometria para fechar o sistema e horário também fica registrado; que não sabe se o
reclamante substituiu as férias de Fabiana de Jesus Alves; que o cargo de encarregado administrativo não
foi extinto e na loja há este cargo e o de coordenador de atendimento. Nada mais.

Indeferida a seguinte pergunta: " se tem como saber se o funcionário concordou ou não com o
espelho de ponto ?"; "se a depoente sabe o que aconteceu nos dias em que não tem horário de entrada e
não tem justificativa na folha de ponto de fl. 1069?"; " como é calculada a jornada no dia em que não tem
horário na folha de ponto?"; " se o gerente regional tem secretaria ?";

" de quem é a decisão final sobre admissão e dispensa de empregados", uma vez que a preposta
já responde que era o gerente da loja" .

" do se trata as informações de fls 128 e 129?"

" que situação específica o gerente regional trata?"

Assinado eletronicamente por: ANDREA RENZO BRODY - 18/12/2019 12:45:51 - 36d761b


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19121812193916100000163379801
Número do processo: 1001361-16.2019.5.02.0090 ID. 36d761b - Pág. 2
Número do documento: 19121812193916100000163379801

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
Fls.: 3503
Fls.:

" se tinha que passar o documento de movimentação pessoal para o gerente regional?", porque a
depoente já respondeu

" se o gerente regional poderia barrar a contratação ou dispensa feita pelo gerente da loja",
porque a depoente já respondeu

Protestos.

Requer o reclamante: " seja limitada a oitiva das testemunhas presentes nesta assentada uma vez
que a reclamada não trouxe qualquer testemunha para ser ouvida".

Indefere-se por ausência de previsão legal. Protestos.

Redesigna-se a presente audiência INSTRUÇÃO para o dia 30/04/2020 às 11h40, devendo as


partes comparecerem, sob pena de confissão.

Sai ciente(s) 1 testemunha(s) do(a) reclamante: VLADIMIR PEREIRA DE CASTRO, com


endereço Av Vila Ema, 3881, apto 75, Bloco 2, Vila Ema, CEP 03281-001

As demais testemunhas comparecerão independentemente de intimação., sob pena de preclusão.

O reclamante reitera os protestos.

Audiência encerrada as 11h30

Cientes. Nada mais.

ANDREA RENZO BRODY


Juíza do Trabalho

Reclamante Reclamado(s)

Assinado eletronicamente por: ANDREA RENZO BRODY - 18/12/2019 12:45:51 - 36d761b


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19121812193916100000163379801
Número do processo: 1001361-16.2019.5.02.0090 ID. 36d761b - Pág. 3
Número do documento: 19121812193916100000163379801

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
Fls.: 4504
Fls.:

Advogado(a) do Reclamante Advogado(a) do Reclamado(s)

<aud_diretor_secretaria>

Diretor(a) de Secretaria

Assinado eletronicamente por: ANDREA RENZO BRODY - 18/12/2019 12:45:51 - 36d761b


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Número do processo: 1001361-16.2019.5.02.0090 ID. 36d761b - Pág. 4
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Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
Fls.: 1505
Fls.:

ATA DE AUDIÊNCIA

PROCESSO: 1001416-08.2018.5.02.0605
RECLAMANTE DERALDO APARECIDO VIEIRA MAIA
RECLAMADO VIA VAREJO S/A

Em 25 de outubro de 2018, na sala de audiências da 5ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO -


ZONA LESTE/SP, sob a presidência do Exmo. Juiz LUCIANO LOFRANO CAPASCIUTTI, realizou-se
audiência relativa ao processo acima identificado.

Às 11h57min, aberta a audiência, foram, de ordem do Exmo. Juiz do Trabalho, apregoadas as partes.

Presente o(a) reclamante, acompanhado(a) do(a) advogado(a), Dr(a). ALESSANDRA CRISTINA DIAS,
OAB nº 144802/MG.

Presente o(a) preposto(a) do(a) reclamado(s), Sr(a). FABIO DE SOUZA, acompanhado(a) do(a)
advogado(a), Dr(a). JOSE CARLOS HOLANDA SILVA, OAB nº 327706/SP.

INCONCILIADOS

Para conciliação a Reclamada oferece R$ 66.000,00, mas o Reclamante aceita, no mínimo, R$


300.000,00.

O Reclamante requer a confissão da Reclamada considerando que em holerites, como por exemplo de fls.
47, há pagamento de integração de horas extras no DSR, bem como que nos mesmo holerites o salário do
Reclamante era pago considerando quantidade de horas, mas não houve a juntada de controle de ponto
pela Reclamada. O requerimento será apreciado em sentença.

Depoimento pessoal do reclamante: que a última loja em que o depoente trabalhou foi em São Mateus
(filial 1031) desde junho de 2013; que a função do depoente nesta loja era a de gerente de vendas; que na
mesma loja também havia um gerente administrativo; que o depoente não era subordinado a este e este
não era subordinado ao depoente; que o depoente era subordinado ao gerente regional; que este visitava a
loja aproximadamente uma vez por semana; que nas ocasiões em que o gerente regional não estava na
loja o depoente tratava com ele por telefonemas; que os vendedores da loja erma subordinados
diretamente ao gerente regional, cabendo ao depoente apenas fazer a intermediação deste com os
vendedores quando necessário; que escalas de férias e horários de trabalho eram elaboradas pelo gerente
administrativo; que o depoente não tinha autonomia nem mesmo para conceder descontos, sendo que
quando um cliente pedia desconto o depoente tinha que contatar o gerente regional; que o depoente
também trabalhava atendendo clientes como vendedor; que o depoente não tinha autonomia para admitir,
suspender ou demitir empregados, o que cabia apenas ao gerente regional; que o gerente regional era
responsável por 20/24 filiais; que na filial 1031 trabalhavam 126 empregados; que a filial 1031 era a
maior loja da Reclamada; que as demais filiais do gerente regional tinham menos empregados; que o
gerente regional era a autoridade máxima da loja, mesmo quando ausente na loja; que o depoente afirma
que o gerente regional tem que ser contatado sempre quando um cliente de qualquer uma de suas filiais
solicita desconto, afirmando que o procedimento é o vendedor da loja reportar o pedido ao gerente de
vendas e este necessariamente ter que contar o gerente regional; que o depoente foi substituído na função
com sua demissão pelo Sr. Fabio de Sousa; que a Dra. Maria Gorete, vendedora, trabalhou com o
depoente na filial 1031; que a transferência dela para tal loja foi autorizada pela diretoria e pelo gerente
regional; que o depoente não teve influência na transferência, mas apenas informou à Sra. Maria Gorete
que havia vaga na filial; que um vendedor recebia R$ 8.000,00/9.000,00 em média; que o depoente não
era submetido a controle formal de ponto, mas informa que para abrir e fechar o sistema, no início e no
término do expediente, tinha que colocar impressão digital em aparelhos; que era o depoente quem fazia

Assinado eletronicamente por: LUCIANO LOFRANO CAPASCIUTTI - 25/10/2018 13:43:16 - e96ff01


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18102513084429200000121603285
Número do processo: 1001416-08.2018.5.02.0605 ID. e96ff01 - Pág. 1
Número do documento: 18102513084429200000121603285

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
Fls.: 2506
Fls.:

o fechamento dos caixas na loja; que fazia em média 30/40 minutos de intervalo; que o depoente nunca
foi orientado sobre não fazer uma hora de intervalo. Nada mais.

Depoimento pessoal do preposto da Reclamada: que o Reclamante trabalhou por fim na filial 1031,
"por um bom tempo", acha que por mais de 4 anos, sempre como gerente de loja; que na loja também
havia um gerente administrativo, subordinado ao Reclamante; que todos os empregados da loja eram
subordinados ao Reclamante, 90/95 profissionais; que dependendo da mercadoria vendida, o próprio
vendedor podia conceder desconto, ou então, só o Reclamante, ou, ainda, apenas o gerente regional; que
indagado se o Reclamante era submetido ao controle de ponto, diz que não, mas "a gente marca
biometria" esclarecendo que apenas quando chegava para trabalhar o Reclamante inseria sua impressão
digital em algum terminal de vendas da loja; que não sabe dizer se o Reclamante fazia o mesmo quando
ia embora, mas afirma que não havia necessidade; que não sabe dizer se o Reclamante tinha flexibilidade
quanto a horários de trabalho, podendo por exemplo entrar mais cedo ou sair mais tarde; que o depoente
é gerente de loja e não tem tal flexibilidade; que quando o depoente precisar sair mais cedo ou chegar
mais tarde precisar pedir autorização do gerente regional; que acredita que o mesmo ocorria com o
Reclamante; que não sabe informar jornadas de trabalho efetivamente realizadas pelo Reclamante; que
não sabe dizer se o Reclamante recebia valores a título de horas extras; que o Reclamante em conjunto
com o gerente administrativo faziam escalas de horários de trabalho e férias dos empregados da loja; que
o Reclamante tinha autonomia para decidir e aplicar advertências e suspensões aos empregados; que para
dispensa de empregados o Reclamante tinha que agir em conjunto com o gerente regional, com o RH e
um comitê da empresa; que melhor esclarecendo, o gerente da loja pode indicar empregado para
demissão, sendo que então a demissão tem que ser aprovada pelo gerente regional e depois pelo referido
comitê; que o Reclamante tinha autonomia para decidir sobre admissão do empregado; que para
admissão ou demissão de empregados o gerente da loja tem que preencher no sistema documento
próprio; que todos os gerentes de loja trabalham "sob as mesmas condições"; que o gerente de loja é
subordinado ao gerente regional; que o prazo para a troca de mercadorias é de 3 dias; que para troca com
mais de 3 dias havia necessidade de autorização do gerente da loja, sendo que este próprio gerente
deliberava, conforme o caso, se haveria necessidade de contatar o gerente regional; que o Reclamante em
nenhuma hipótese poderia retirar dinheiro do caixa, como por exemplo para adquirir lâmpadas para troca;
que havia supervisor para o setor de crediário; que tal supervisor não era subordinado ao gerente da loja,
mas a um departamento próprio; que o gerente de loja não negociava com fornecedores; que o gerente de
loja não assinava contratos em nome da Reclamada; que o gerente de loja podia apenas indicar
empregados para promoção mas não tinha poder para decidir a este respeito; que não sabe informar
quanto tempo de intervalo o Reclamante fazia. Nada mais.

Indeferida(s) a(s) seguinte(s) pergunta(s), pois irrelevantes ou já respondidas: " Se o gerente regional
possui uma equipe? De quantas pessoas? Se existe no sistema da Reclamada uma margem de desconto
pré-estabelecida tanto para os vendedores quanto para os gerentes? Se além dessa margem era necessária
autorização do regional? Se o gerente administrativo respondia ao administrativo do regional? Se no caso
de mudança do layout da loja era necessária autorização do regional? Se no caso de admissão e dispensa
a documentação que era preenchida pelo gerente tinha que necessariamente passar pela autorização do
regional? Se no final da jornada o gerente tem que assinar eletronicamente o mapa de caixa? Se o horário
que foi assinado fica registrado no sistema? Se o gerente é responsável por abrir e fechar a loja? Se
quando o sistema de ponto biométrico estraga, os vendedores registram horários no mesmo terminal em
que o gerente coloca digital?". Protestos do Reclamante que deverão ser fundamentados em 48 horas, sob
pena de condenação por litigância de má-fé.

A reclamada é considerada confessa quanto aos fatos desconhecidos por seu(sua) preposto(a).

Diante desta decisão, considerando que a Reclamada sustenta fato impeditivo à pretensão do Reclamante
de receber pelas alegadas horas extras e as afirmações feitas pelo preposto, inverte-se a ordem de oitiva
das testemunhas.

Primeira testemunha da Reclamada: JOSÉ LAUDIVÃ DA SILVA, identidade nº 30271541-


1, casado(a), nascido em 05/06/1974, residente e domiciliado(a) na RUA DAS ESTRELAS, 1089- SP
/SP. Advertida e compromissada. Depoimento: "que é empregado da Reclamada desde 2009, sendo
vendedor desde 2013; que trabalhou com o Reclamante na filial 1031; que o depoente sempre trabalhou

Assinado eletronicamente por: LUCIANO LOFRANO CAPASCIUTTI - 25/10/2018 13:43:16 - e96ff01


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18102513084429200000121603285
Número do processo: 1001416-08.2018.5.02.0605 ID. e96ff01 - Pág. 2
Número do documento: 18102513084429200000121603285

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
Fls.: 3 507
Fls.:

nesta loja; que na época do Reclamante trabalhavam mais de 90 vendedores; que os vendedores eram
subordinados ao Reclamante; que os vendedores não tinham qualquer autonomia para conceder
descontos, mas tinham que tratar sobre este assunto com o gerente de loja; que o Reclamante tinha
autonomia para dar descontos, mas não sabe dizer se ele próprio decidia a este respeito ou se tinha que
pedir autorização ao gerente regional; que o Reclamante cominava advertências ou suspensões, mas não
sabe dizer se era ele quem decidia a este respeito ou se a decisão cabia a instância superiores; que não
sabe dizer se o Reclamante tinha autonomia para decidir sobre admissão, promoção ou demissão de
empregados; que o depoente anota ponto biométrico na entrada e na saída e intervalos usufruídos; que
indagado se o Reclamante batia ponto, diz que não sabe precisar quanto à gerência, mas afirma que já viu
o Reclamante batendo ponto, seja quanto ao início do expediente seja quanto ao término; que autoridade
máxima da loja era o Reclamante. Nada mais.

Indeferida(s) a(s) seguinte(s) pergunta(s) do Reclamante, pois irrelevante ou já respondida: " Em


qual sentido o Reclamante era a autoridade máxima da loja e se o depoente sabe se o Reclamante tomava
decisões por conta própria ou se precisava de autorização superior? ". Protestos do Reclamante que
deverão ser fundamentados em 48 horas, sob pena de condenação por litigância de má-fé.

O(a) Reclamado(a) dispensa a oitiva de outras testemunhas.

O(a) Reclamante dispensa a oitiva de testemunhas.

Sem outras provas, fica encerrada a instrução processual.

Razões finais remissivas.

Última proposta conciliatória frustrada.

Fica designada audiência para julgamento para o dia08 de novembro de 2018 às 17:26 horas, sendo que
do resultado as partes serão oportunamente intimadas.

Cientes os presentes.

Término da audiência às 12h58min.

Nada mais.

LUCIANO LOFRANO CAPASCIUTTI

Juiz do Trabalho

Assinado eletronicamente por: LUCIANO LOFRANO CAPASCIUTTI - 25/10/2018 13:43:16 - e96ff01


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18102513084429200000121603285
Número do processo: 1001416-08.2018.5.02.0605 ID. e96ff01 - Pág. 3
Número do documento: 18102513084429200000121603285

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - f5426d2
https://pje.trt10.jus.br/pjekz/validacao/23061314383586800000035727080?instancia=1
Número do documento: 23061314383586800000035727080
Fls.: 1508
Fls.:

PODER JUDICIÁRIO ||| JUSTIÇA DO TRABALHO


TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO
14ª Vara do Trabalho de São Paulo - Zona Leste ||| RTOrd 1000364-13.2019.5.02.0614
RECLAMANTE: APARECIDO JOSE DA SILVA
RECLAMADO: VIA VAREJO S/A

Poder Judiciário Federal

Justiça do Trabalho

Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região

14ª Vara do Trabalho da Zona Leste de São Paulo/SP

Aos 10 dias do mês de maio do ano de 2019, às 17:20 horas, na sala de


audiências da 14ª Vara do Trabalho de São Paulo - Zona Leste, sob a Presidência da MMª Juíza do
Trabalho Andréa Cunha dos Santos Gonçalves, deu-se início à audiência de julgamento do Processo nº
1000364-13.2019.5.02.0614. Ausentes as partes. Proposta final de conciliação prejudicada. Proferiu-se a
seguinte

SENTENÇA

APARECIDO JOSE DA SILVA ajuizou reclamação trabalhista em face


de VIA VAREJO S/A, requerendo horas extras; diferenças de salários e prêmios decorrentes de
pretendida equiparação salarial com paradigma que indicou; integrações de prêmios e PLR de 2018.
Estes e demais pedidos às fls. 15/17. A defesa arguiu a prescrição quinquenal. No mérito, asseverou que
por todo o período imprescrito o reclamante exerceu a função de gerente de loja, estando enquadrado na
exceção contida no artigo 62, II da CLT. Que como gerente de loja o reclamante podia admitir, demitir e
advertir seus subordinados. Que o demandante era "dono de seu tempo", não sendo submetido a qualquer
tipo de controle de jornada. Que encontram-se ausentes os requisitos do artigo 461 da CLT. Que a
reclamada pagava premiação por mera liberalidade, já que não havia previsão legal, contratual ou
normativa para quitação desta verba. Que os prêmios eram pagos aos que tivessem desempenho superior
ao ordinário, e em conformidade com política interna da empresa. Que as metas eram alteradas
periodicamente. Que até junho de 2016 a premiação era paga levando em conta apenas o atingimento de
metas. Que após o modelo se tornou mais complexo, com a criação de pilares, faixas de premiação e
observando o desenvolvimento individual do empregado. Que não é devida a PLR postulada. Pugnou
pela improcedência da ação. Provas documental e testemunhal. Réplica às fls. 1374/1389. Propostas
conciliatórias rejeitadas. É o relatório.

Assinado eletronicamente por: ANDREA CUNHA DOS SANTOS GONCALVES - 09/05/2019 10:24:47 - efd6cac
https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19042915482101700000137161716
Número do processo: 1000364-13.2019.5.02.0614 ID. efd6cac - Pág. 1
Número do documento: 19042915482101700000137161716

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 2509
Fls.:

DECIDE-SE

Prescrito o direito de ação quanto aos títulos cujas lesões de direito


tenham se verificado anteriormente a 13/03/2014 (artigo 7o, XXIX da Constituição Federal).

Como é cediço, a configuração da hipótese prevista no artigo 62, II


consolidado exige a constatação de amplos poderes de mando e gestão, de tal modo que aquele que
exerce o cargo de confiança possui atribuições de tal ordem elevadas que sua presença é equivalente à
presença do próprio empregador naquele ambiente de trabalho. A contrario sensu, são indicativas de que
o empregado não exerce cargo de gestão as seguintes situações, a título meramente exemplificativo: a
presença constante do empregador ou de terceiros por este indicados no local de trabalho; fixação de
alçadas muito limitadas; restrição ao contato com fornecedores; centralização de processo seletivo e
rescisório na pessoa do empregador ou de terceiros.

Com a prefacial, o reclamante colacionou aos autos farta prova


documental comprovando a subordinação e a ausência de autonomia nas admissões e dispensas,
concessão de descontos e marcação de ponto. Saliento, nesse passo, que em depoimento pessoal a própria
preposta da reclamada fez saber ao Juízo "que todos os gerentes trabalham sob as mesmas regras".

Em depoimento pessoal (fl. 1371), a preposta da reclamada disse não se


lembrar do nome de empregados que tenham sido admitidos ou dispensados pelo reclamante. Aplico à
reclamada a pena de confissão quanto ao fato desconhecido por sua preposta.

Destaco, ainda, que dos demonstrativos de pagamentos constantes dos


autos constam valores discriminados a título de reflexos de horas extras. Por amostragem, cito o
documento de fl. 1259, do qual consta quantia quitada a título de "INTEGR.H.E. NO DSR", sob código
101. Indagada a respeito (fl. 1371), a preposta limitou-se a atribuir o fato a "erro".

Dos demonstrativos de pagamentos constantes dos autos, constato, ainda,


que o próprio salário era quitado em função do número de horas laboradas por mês. Indagada acerca da
variação de horas nos holerites (fl. 1371), a preposta disse que também nesse caso tratou-se de erro,
acrescentando "que sempre que o valor do salário for diferente nos holerites é porque houve erro do RH"
(?).

Portanto, constato que a prova documental revelou não apenas que o


controle de jornada do autor era possível, como também que efetivamente ocorria. Não é outra a
informação que se extrai da prova oral colhida.

Assinado eletronicamente por: ANDREA CUNHA DOS SANTOS GONCALVES - 09/05/2019 10:24:47 - efd6cac
https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19042915482101700000137161716
Número do processo: 1000364-13.2019.5.02.0614 ID. efd6cac - Pág. 2
Número do documento: 19042915482101700000137161716

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 3510
Fls.:

Com efeito, a testemunha do reclamante (fls. 1371/1372) declarou que era


o regional quem admitia e dispensava empregados; que o RH enviava os candidatos para o regional, e o
gerente conversava com o candidato na filial, reportando ao regional, que depois informava se a pessoa
havia passado ou não; que havia casos em que o gerente considerava o candidato apto ao cargo, mas o
regional não aceitava; que como gerente o depoente chegou a receber pagamento de horas extras; que o
gerente tinha controle de jornada pelo regional e também através do controle biométrico; que geralmente
pegavam na filial o resultado do candidato e encaminhavam ao regional, que remetia ao comitê; que
havia manual disponibilizado pela reclamada para todos os gerentes, que previa que qualquer dispensa
dependia da gerência regional; que admissão, promoção e transferência tinham que passar pelo regional e
pelo comitê, não sendo possível o próprio gerente fazer essas movimentações sem passar pelo regional e
pelo comitê; que os gerentes não tinham liberdade de horário, que era determinado pelo regional; que se
precisassem sair durante a jornada de trabalho tinham que pedir autorização ao regional, da mesma forma
quanto a entradas posteriores e saídas antecipadas; que diariamente o regional entrava em contato
pedindo informações da filial e dos colaboradores da área de vendas, bem como quanto ao resultado da
loja; que mesmo o regional precisava passar a contratação e a dispensa ao crivo do comitê; que não
assinavam contrato ou procuração em nome da reclamada, e não negociavam com fornecedores; que o
gerente dava descontos de acordo com o sistema e, acima disso, precisava da liberação do regional; que
no caso de necessidade de manutenção na loja o gerente não tinha autonomia para fazer uso do caixa da
loja, tinha que passar para o regional, e este pedia autorização ao comitê de despesas da reclamada; que o
gerente não tinha ingerência sobre o crediário da loja, tinha que ser passado para o coordenador, que
repassava para a mesa de crédito para autorização; que o gerente não poderia alterar o layout da loja; que
o gerente aplicava penalidades apenas com autorização; que o depoente assinava o documento da
dispensa, admissão e penalidades após a autorização do regional, sem o quê o depoente não conseguiria
sequer imprimir o documento; que ao chegar na loja registravam a digital e no final também faziam o
registro para fechar a loja, acionar o alarme e assinar o mapa; que, ao fazer o registro, aparecia na tela o
horário; que o depoente participava de reunião junto com o regional e o reclamante; que nessas reuniões
as regras eram as mesmas para todos os gerentes; que em caso de emergência e necessidade de fechar a
loja antes do horário, tinham que antes pedir autorização ao regional, mesmo em caso de assalto; que o
regional passava as metas; que a meta da loja fixada pela empresa era distribuída entre os vendedores
pelo próprio sistema; que como gerente o depoente não tinha subordinados; que o gerente não tinha
acesso a senhas específicas; e que o depoente chegou a advertir funcionário, mas após a liberação pelo
regional.

A própria testemunha da reclamada (fls. 1372/1373) declarou que, quando


o gerente precisa dispensar um empregado, passa essa intenção para o regional, e se o comitê aprovar faz
a dispensa; que sem aprovação do comitê o gerente não pode demitir; que na contratação o gerente faz a

Assinado eletronicamente por: ANDREA CUNHA DOS SANTOS GONCALVES - 09/05/2019 10:24:47 - efd6cac
https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19042915482101700000137161716
Número do processo: 1000364-13.2019.5.02.0614 ID. efd6cac - Pág. 3
Número do documento: 19042915482101700000137161716

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 4511
Fls.:

entrevista, passa o candidato para nova entrevista pela equipe do regional, e, se houver aprovação por
parte deste, é feita a contratação; que se não houver aprovação o gerente não pode contratar; que o
gerente registrava sua digital para acessar o sistema; que no caso de promoção o gerente fazia a indicação
para o regional, devendo haver o consenso do regional; que o gerente não podia tomar a decisão sozinho;
que o gerente de loja podia "flexibilizar" seu horário, desde que comunicasse ao regional; que o regional
ligava para o gerente para conversar sobre os resultados da loja todos os dias; e que ao final da jornada o
gerente fazia o fechamento do mapa do caixa, e que constava o horário em que o mapa havia sido
fechado.

Da prova oral colhida, restou evidente que o reclamante não exercia cargo
de confiança, aos moldes do quanto previsto no artigo 62, II da CLT. Segue, daí, que a ausência nos
autos de controles de jornada do autor atrai a aplicabilidade ao caso presente do quanto disposto na
Súmula 338, I, 2ª parte do c. TST. Acolho, portanto, as jornadas declinadas no exórdio como as
efetivamente praticadas pelo reclamante*, a que, defiro, deste modo, o pagamento de horas
extraordinárias, por todo o período imprescrito do contrato de trabalho (observados os dias efetivamente
laborados), assim consideradas as excedentes às oito diárias e quarenta e quatro semanais, conforme se
apurará em liquidação de sentença, por simples cálculos. [*Quando mencionados na prefacial dois
horários como de entrada e/ou de saída, deverá ser observada a média dos mesmos. Assim, a título
exemplificativo, quando o reclamante mencionou no exórdio saída às 20:30/21 horas, deverá ser
observado o encerramento da jornada às 20:45 horas. Esclareço, ainda, que os "dois domingos por mês"
referidos na prefacial deverão ser entendidos como labor em domingos alternados, cf. ora fixado pelo
Juízo. Fixo, ainda, que os feriados laborados devem ser considerados apenas aqueles coincidentes com a
escala de trabalho daí resultante, excetuados, em qualquer caso, Natal e Ano Novo (cf. inicial). Fixo,
ademais, que os saldões ocorriam no primeiro dia útil de cada bimestre (somando, assim, seis ao ano) e
que os inventários se davam no último dia útil de cada mês (somando, assim, doze ao ano). Fixo, por fim,
que deve ser observado como Black Friday a sexta-feira, o sábado e o domingo da terceira semana do
mês de novembro de cada ano, cf. ora arbitrado pelo Juízo]. As horas extras diárias ora deferidas deverão
ser pagas com o adicional normativo (cf. parâmetros, percentuais e períodos de vigência das CCT's
constantes dos autos), garantido o mínimo de 50% nos termos do artigo 7º, XVI da Constituição Federal.
Observar-se-ão o divisor 220 e a integralidade da remuneração auferida. Em vista da não concessão
integral de intervalos para descanso, acolho o pleito de 1 hora extra, acrescida do adicional normativo (cf.
parâmetros, percentuais e períodos de vigência das CCT's constantes dos autos), garantido o mínimo de
50%, com fundamento no artigo 71, §4º da CLT. Os domingos e feriados laborados sem folga
compensatória são devidos em dobro, nos termos da legislação vigente. Face à habitualidade da
realização de horas extras, estas deverão refletir nos descansos semanais remunerados e feriados, e com
estes refletir em férias acrescidas do terço, décimos terceiros salários, depósitos fundiários acrescidos da
multa de 40% e aviso prévio.

Assinado eletronicamente por: ANDREA CUNHA DOS SANTOS GONCALVES - 09/05/2019 10:24:47 - efd6cac
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Fls.: 5512
Fls.:

Quanto ao intervalo intrajornada, observo que não restou demonstrado


ajuste para fruição de duas horas diárias. Ainda que assim não fosse - a saber, ainda que tivesse restado
cabalmente comprovado que o intervalo contratualmente ajustado era mesmo de 2 horas -, melhor sorte
não assistiria ao reclamante, eis que, de todo o modo, com o deferimento de uma hora extra diária (cf.
supra) resta francamente observado o cumprimento do mínimo legal. A propósito, a jurisprudência:

"INTERVALO INTRAJORNADA. DUAS HORAS. O julgado

deferiu ao autor uma hora extra diária pela supressão do horário de intervalo. Sustenta o

reclamante que desde a sua admissão, o intervalo assinalado era de duas horas. Sendo condição

mais benéfica, devem ser deferidas duas horas extras diárias pela supressão do intervalo. A

concessão de duas horas de intervalo, ainda que tenha ocorrido, a nosso ver não altera a

interpretação do art. 71 da CLT. Pela exegese do artigo 71, §4º da CLT e a Súmula 437 do TST, as

horas extras são devidas apenas pela supressão do intervalo intrajornada para refeição e descanso

mínimo. O intervalo mínimo previsto para a jornada superior a seis horas é de uma hora. Assim, a

pretensão de duas horas extras pela sonegação não tem amparo legal, ainda que existente

pactuação neste sentido" (TRT-2 - RO: 00019501620125020431 SP 00019501620125020431 A28,

Relator: FRANCISCO FERREIRA JORGE NETO, Data de Julgamento: 22/08/2013, 14ª TURMA,

Data de Publicação: 30/08/2013, grifei).

Por outro lado, e ainda no que tange às horas deferidas em razão da


ausência de fruição (integral) do intervalo intrajornada, observo, por oportuno, que é entendimento deste
Juízo que as alterações de direito material introduzidas na legislação pátria pela Lei nº 13.467/2017
somente se aplicam aos contratos de trabalho iniciados a partir de sua entrada em vigor, em 11/11/2017 -
o que não é o caso do contrato de trabalho objeto da presente, que teve início em 04/08/1997. Observo,
nesse passo, e também por oportuno, que a OJ 307 da SDI-1 do C. TST (hoje convertida no item I da
Súmula 437 do c.TST) já explicitava que mesmo a simples redução do horário do intervalo intrajornada,
conduz ao pagamento, como tempo suplementar, do período integral. Portanto, o simples fracionamento
da pausa leva o empregador à obrigação de efetuar o pagamento de todo o tempo a ele destinado, como
hora de trabalho prestado em sobrejornada e com o acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da
remuneração da hora normal de trabalho (artigo 71 da CLT).

Ainda, há de se ter em conta que o teor da OJ 354 da SDI-I do C. TST


(hoje convertida no item III da Súmula 437 do c.TST) já definia a natureza da parcela prevista no artigo
71, § 4º, da CLT, como salarial, na hipótese da não concessão ou redução, pelo empregador, do intervalo
mínimo intrajornada para repouso e alimentação, repercutindo, por consequência, no cálculo de outras
parcelas salariais.

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Fls.: 6513
Fls.:

No que tange ao pedido de horas extras referentes ao intervalo


interjornadas, impende consignar que falta amparo legal para o pedido de horas suplementares
decorrentes de (eventual) desrespeito ao intervalo interjornada de onze horas. O artigo 66 da CLT não
prevê o pagamento como hora extraordinária do período inferior a 11 horas. A desobediência do
dispositivo é remetida ao artigo 75, de atribuição da Delegacia Regional do Trabalho. De se notar que
quando o legislador quis que as horas desprezadas fossem consideradas como horas suplementares,
determinou-o de maneira expressa (artigo 71, § 4º, CLT), razão pela qual improcede o pedido.

A fim de obstar o enriquecimento sem causa jurídica lícita, determino a


dedução, das horas extras e respectivos reflexos supra deferidos, dos valores já quitados sob mesmos
títulos, cf. demonstrativos de pagamentos constantes dos autos.

Quanto ao pedido de integrações de prêmios, cumpre salientar que, por


óbvio, o Judiciário não pode interferir no modus operandi da empresa, já que esta é a detentora dos riscos
de seu empreendimento. E, com efeito, o pagamento de prêmios não decorria de expressa disposição
legal, normativa ou contratual, de modo que razão assiste à reclamada ao argumentar que referida verba
era quitada por mera liberalidade. Destaco, por fim, que da prova oral colhida restou evidente que o
pagamento de prêmios dependia do atingimento de metas, sendo necessário salientar, daí, que verbas cuja
quitação depende do atingimento de metas possuem natureza indenizatória, e não salarial. Improcede o
pleito, portanto.

O pedido de diferenças salariais a título de equiparação salarial depende


da prova dos requisitos elencados no artigo 461 e parágrafos da Consolidação das Leis do Trabalho,
quais sejam: identidade de função, trabalho de igual valor, com mesma produtividade e perfeição técnica,
para um mesmo empregador, numa mesma localidade, entre trabalhadores cuja diferença de tempo de
serviço não exceda a dois anos. Além disso, o trabalho deve ter sido concomitante, sendo vedada a
equiparação quando existente quadro de carreira ou em sendo o paradigma trabalhador readaptado.

Nenhuma prova produziu o reclamante, como lhe cabia (artigo 818 da


CLT), quanto a estarem presentes todos os requisitos previstos no artigo 461 da CLT.

Em depoimento pessoal (fl. 1371), a preposta da reclamada declarou que


o reclamante trabalhou em lojas de pequeno porte, e que o paradigma era gerente em loja de maior
faturamento, e com maior quantidade de funcionários. E a testemunha do reclamante (fl. 1371)
confirmou ao Juízo que havia diferença na remuneração do gerente, conforme fosse o porte da loja.

Em particular, quanto à pretensão de diferenças de prêmios, destaco que


em defesa esclareceu a ré que os mesmos dependiam também do desenvolvimento individual de cada

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Fls.: 7514
Fls.:

empregado, pelo que se revela descabida a pretensão inicial de percepção, pelo autor, do valor
equivalente aos prêmios recebidos pelo paradigma.

Do exposto, julgo improcedente o pedido b da inicial (fl. 16).

Alegou o reclamante na inicial (fl. 15) que durante todo o seu contrato de
trabalho recebeu PLR, no valor de 100% do décimo terceiro salário. Argumentou que, deste modo, o
pagamento da verba em questão incorporou-se ao seu contrato de trabalho. Que, todavia, não recebeu a
PLR proporcional de 2018, ano da rescisão.

Em sua defesa (fls. 1230/1231), a reclamada não contestou expressamente


as alegações iniciais de que a PLR sempre foi paga ao obreiro, e no valor correspondente a 100% de sua
remuneração.

Como é cediço, inclusive na rescisão contratual antecipada, é devido o


pagamento da PLR de forma proporcional aos meses trabalhados, pois o ex-empregado concorreu para os
resultados positivos da empresa (Súmula 451, 2ª parte, do c. TST).

Do exposto, e por não quitada a verba em questão (cf. TRCT, fl. 1248),
defiro ao reclamante o pagamento da PLR proporcional de 2018 (11/12**, R$ 7.006,84). [**O
reclamante foi pré-avisado de sua dispensa em 03/09/2018, sendo o aviso prévio indenizado (cf. TRCT,
documento citado). Como o contrato de trabalho objeto da presente perdurou por 21 anos completos, nos
termos da Lei nº 12.506/2011, a data projetada do aviso prévio é 02/12/2018].

Em depoimento pessoal (fl. 1371), a preposta da reclamada atribuiu a


"erro" todas as inconsistências entre os termos da defesa apresentada (ref. à alegação de exercício pelo
reclamante de cargo de confiança) e a prova documental produzida pela própria demandada. Os termos
do depoimento pessoal da preposta colidiram frontalmente com aqueles do depoimento de sua própria
testemunha (ref. à mesma questão, e cf. fundamentação supra). Do exposto, fica a reclamada reputada
litigante de má-fé por ter alterado a verdade dos fatos tentando induzir o Juízo a erro (artigo 793-B, II da
CLT), ficando, assim, condenada (artigo 793-C da CLT) à multa de 1,1% do valor da causa (R$
17.488,47), bem como a indenizar o autor no valor de 9,9% do valor da causa (R$ 157.396,19).

Não há que se reputar o autor litigante de má-fé, posto não restar


configurada qualquer das hipóteses previstas no artigo 793-B da CLT.

Nos termos do artigo 791-A da CLT, condeno a reclamada ao pagamento


de honorários de sucumbência, fixados em 5% (cinco por cento) sobre o valor que resultar da liquidação
da sentença. Esclareço, ainda, que o valor a ser pago fica limitado a 5% (cinco por cento) do valor

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Fls.: 8515
Fls.:

atribuído à causa. Isso porque este é o parâmetro a ser utilizado para aferição do valor dos honorários
devidos pelo autor, sendo necessário haver paridade de tratamento entre as partes.

Outrossim, face à procedência parcial das pretensões deduzidas na petição


inicial, nos termos do § 3º do artigo 791-A da CLT, condeno o(a) reclamante ao pagamento dos
honorários de sucumbência, no importe de 5% (cinco por cento) sobre o valor estimado dos pedidos
julgados improcedentes (cf. valores indicados na prefacial).

Fica vedada a compensação entre os honorários.

Não tendo o autor comprovado insuficiência de recursos para pagamento


das custas do processo, e tendo auferido ao longo da contratualidade remuneração superior a 40% do
limite máximo dos benefícios do Regime geral da Previdência Social (cf. §§4º e 3º do artigo 790 da
CLT), indefiro-lhe a gratuidade da prestação jurisdicional.

Diante do exposto, julgo:

- EXTINTOS COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO os pleitos anteriores a


13/03/2014 (artigo 487, II do Código de Processo Civil);

- PROCEDENTES EM PARTE os demais pedidos formulados por


APARECIDO JOSE DA SILVA em face de VIA VAREJO S/A, para condenar a reclamada a pagar ao
reclamante: a) horas extras e seus reflexos em descansos semanais remunerados e feriados, e com estes
em férias acrescidas do terço, décimos terceiros salários, depósitos fundiários acrescidos da multa de
40% e aviso prévio, consideradas como extras as excedentes às oito diárias e quarenta e quatro semanais,
observados o adicional normativo (cf. parâmetros, percentuais e períodos de vigência das CCT's
constantes dos autos), garantido o mínimo de 50% (e de 100% para domingos e feriados); o divisor 220;
a integralidade da remuneração auferida e as jornadas acolhidas como as efetivamente praticadas
(inclusive quanto à ausência de fruição integral do intervalo intrajornada) e b) PLR proporcional de 2018
(11/12, R$ 7.006,84), conforme se apurar em liquidação de sentença, observados os limites da
fundamentação, parte integrante deste dispositivo, ficando absolvida dos demais pedidos. A fim de obstar
o enriquecimento sem causa jurídica lícita, determino a dedução, das horas extras e respectivos reflexos
supra deferidos, dos valores já quitados sob mesmos títulos, cf. demonstrativos de pagamentos constantes
dos autos. Observar-se-á a evolução salarial do reclamante. Juros de mora calculados a partir do
ajuizamento da ação e pro rata die (Súmula 200 do Tribunal Superior do Trabalho). Correção monetária
na forma da Súmula 381 do Tribunal Superior do Trabalho. Descontos fiscais e previdenciários na forma
da Súmula 368 do Tribunal Superior do Trabalho e, à exceção do critério de cálculo, na forma da Súmula

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Fls.: 9516
Fls.:

17 do TRT da 2a Região, sendo que a contribuição previdenciária deverá ser recolhida de forma bipartida
sobre as verbas de natureza salarial - artigos 43 e 44 da Lei nº 8.212/1991 e Lei nº 8.620/1993 (horas
extras e respectivo adicional; reflexos deferidos em descansos semanais remunerados e em décimos
terceiros salários). Nos termos do artigo 791-A da CLT, condeno a reclamada ao pagamento de
honorários de sucumbência, fixados em 5% (cinco por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da
sentença. Esclareço, ainda, que o valor a ser pago fica limitado a 5% (cinco por cento) do valor atribuído
à causa. Isso porque este é o parâmetro a ser utilizado para aferição do valor dos honorários devidos pelo
autor, sendo necessário haver paridade de tratamento entre as partes. Outrossim, face à procedência
parcial das pretensões deduzidas na petição inicial, nos termos do § 3º do artigo 791-A da CLT, condeno
o(a) reclamante ao pagamento dos honorários de sucumbência, no importe de 5% (cinco por cento) sobre
o valor estimado dos pedidos julgados improcedentes (cf. valores indicados na prefacial). Fica vedada a
compensação entre os honorários. Fica a reclamada reputada litigante de má-fé por ter alterado a verdade
dos fatos tentando induzir o Juízo a erro (artigo 793-B, II da CLT), ficando, assim, condenada (artigo
793-C da CLT) à multa de 1,1% do valor da causa (R$ 17.488,47), bem como a indenizar o autor no
valor de 9,9% do valor da causa (R$ 157.396,19). Custas pela reclamada no importe de R$ 10.000,00,
calculadas sobre o valor da condenação, fixado em R$ 500.000,00. Notifiquem-se as partes. Cumpra-se.
Nada mais.

Andréa Cunha dos Santos Gonçalves

Juíza do Trabalho

SAO PAULO,9 de Maio de 2019

ANDREA CUNHA DOS SANTOS GONCALVES


Juiz(a) do Trabalho Titular

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Fls.: 517

Fls.: 1

Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região

Ação Trabalhista - Rito Ordinário


1001308-44.2021.5.02.0614

Processo Judicial Eletrônico

Data da Autuação: 25/08/2021


Valor da causa: R$ 159.966,21

Partes:
RECLAMANTE: CAIO AUGUSTO BASTOS DE SOUZA
ADVOGADO: ALESSANDRA CRISTINA DIAS
ADVOGADO: DANIELLE CRISTINA VIEIRA DE SOUZA DIAS
ADVOGADO: MARCOS ROBERTO DIAS
RECLAMADO: VIA S.A.
ADVOGADO: RICARDO LOPES GODOY
ADVOGADO: RAQUEL NASSIF MACHADO PANEQUE
PAGINA_CAPA_PROCESSO_PJE

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Fls.:
Fls.: 2518

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
14ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO - ZONA LESTE
ATOrd 1001308-44.2021.5.02.0614
RECLAMANTE: CAIO AUGUSTO BASTOS DE SOUZA
RECLAMADO: VIA VAREJO S/A

Aos 18 dias do mês de janeiro do ano de 2022, às 12:10 horas,


na sala de audiências da 14ª Vara do Trabalho de São Paulo – Zona Leste, sob a
Presidência da MMª Juíza do Trabalho Andréa Cunha dos Santos Gonçalves, deu-se
início à audiência de julgamento do Processo nº 1001308-44.2021.5.02.0614. Ausentes
as partes. Proposta final de conciliação prejudicada. Proferiu-se a seguinte

SENTENÇA

CAIO AUGUSTO BASTOS DE SOUZA ajuizou reclamação


trabalhista em face de VIA VAREJO S/A, requerendo horas extras, intervalos intra e
interjornada, integrações de comissões sobre DSR, diferenças de comissões ref. a
vendas não faturadas ou objeto de cancelamento ou troca, diferenças de comissões
ref. a vendas parceladas, diferenças de prêmio estímulo e PLR proporcional de 2020.
Estes e demais pedidos às fls. 18/20. A reclamada arguiu a inépcia da inicial e, no
mérito, impugnou os pedidos. Réplica às fls. 640/680. Provas documentais e
testemunhais. Propostas conciliatórias prejudicadas. É o relatório.

DECIDE-SE
 

A petição inicial é apta, tendo possibilitado o oferecimento da


defesa e o julgamento da pretensão.

Rejeito a impugnação do valor dado à causa, tendo em vista que


a reclamada sequer apresentou qualquer cálculo que apontasse valor diverso, sendo a
impugnação, portanto, meramente genérica. 

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Fls.:
Fls.: 3519

Desde a inicial (fl. 08), o reclamante já impugnava os controles


de jornada mantidos pela ré, sob alegações de que não retratam sua real jornada de
trabalho e de que eram manipulados pela reclamada, que neles fazia alterações,
inclusive com inserções de compensações fictícias. Em sede de réplica (fls. 640/680) e,
diante dos controles de jornada que foram colacionados aos autos com a defesa (fls.
391/419), o reclamante ratificou sua impugnação expressa a tais documentos,
afirmando que não eram registrados seus reais dias e horários trabalhados. 

A reclamada ao juntar espelhos de ponto sem a assinatura do


reclamante, atraiu para si o ônus da prova. À análise.

Em depoimento pessoal (fls. 684/685), declarou o reclamante


que não tinha acesso ao espelho de ponto, sequer pelo sistema. Que iniciava a jornada
de trabalho entre 12:30 e 13 horas, trabalhando até o horário em que todos fossem
embora, entre 22:15 e 23 horas. Que tinha uma folga semanal. Que no domingo a
jornada era reduzida, entre 11 e 11:30 horas até às 21, 21:30 horas. Que trabalhava
dois domingos por mês. Que nas datas comemorativas, como dia das mães e dos pais,
o horário mudava, entrava às 09, 9:30 horas e trabalhava até 22, 22:30 horas. Que seis
vezes ao ano havia saldão e trabalhava quase no mesmo horário das datas
comemorativas. Que o inventário era das 07 às 16 horas, uma vez ao mês. Que na
black friday, durante três dias do final de semana, o horário era das 07 às 22:30, 23
horas, sem registro do ponto. Que trabalhava em feriados no horário do domingo. E
que nunca fazia uma hora de intervalo para refeição, que normalmente tinha trinta
minutos de intervalo, porque era chamado para atender retorno ou por falta de
funcionário.

A testemunha do reclamante (fls. 686/687) confirmou os


horários informados pelo autor, inclusive quanto às datas comemorativas. Confirmou,
também, que registravam a saída, mas tinham que aguardar a saída do último cliente
para que todos fossem embora juntos. Que não tinham acesso ao espelho de ponto.
Que usufruíam apenas de 30 minutos de intervalo.

A testemunha da reclamada também confirmou que tinham que


aguardar a saída do último cliente para irem embora. Disse que o reclamante
trabalhava à noite, no mesmo horário que a depoente e que se tivesse algum cliente
acontecia de ele ficar além do horário. Que também acontecia de chegar mais cedo

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Fls.:
Fls.: 4520

caso fosse combinado com algum cliente para não perder a venda. Que ela própria não
fazia horas extras, pois tinha seu horário fixo por ser caixa. E, em que pese alegar que
não fazia menos de uma hora de intervalo porque o ponto ficava travado, confirmou
que acontecia de o vendedor atender a um cliente e aguardar o ponto destravar para
realizar a venda e que nesse caso constava a hora integral de intervalo.

Da prova oral colhida, acolho o depoimento da testemunha do


autor e tenho a seguinte jornada de trabalho como a efetivamente praticada pelo
reclamante, excetuando-se o período de 03/2020 a 07/2020: em escala 6x1, das 12:45
horas às 22:30 horas, de segunda a sábado; dois domingos ao mês das 11:15 horas às
21:15 horas; nas datas de saldão (6 vezes ao ano) e nas datas comemorativas, como dia
das mães, dos pais, das crianças, dos namorados e Natal das 09:15 às 22:15 horas; seis
vezes ao ano; uma vez ao mês, em dia de inventário, das 07 às 16 horas; na black friday
, durante três dias do final de semana, das 07 às 22:45 horas; em feriados no horário
do domingo; sempre com 30 minutos de intervalo para refeição.

Face à jornada acolhida como a efetivamente praticada, defiro


ao reclamante o pagamento do adicional normativo de 60% nos termos das CCTs
juntadas aos autos (fls. 83/131), por todo o período de vigência do contrato de
trabalho, exceto no período de 03/2020 a 07/2020 (observados os dias efetivamente
laborados), assim consideradas as excedentes às oito diárias e quarenta e quatro
semanais, conforme se apurará em liquidação de sentença, por simples cálculos.
Observar-se-ão o divisor 220 e a integralidade da remuneração auferida. Os domingos
e feriados laborados sem folga compensatória são devidos em dobro, nos termos da
legislação vigente. Face à habitualidade da realização de horas extras, estas deverão
refletir nos descansos semanais remunerados, e com estes refletir em férias acrescidas
do terço, décimos terceiros salários, depósitos fundiários acrescidos da multa de 40% e
aviso prévio.
 

Em vista da não concessão integral de intervalos para


descansos, defiro ao reclamante a indenização de que trata o §4º do artigo 71 da CLT,
observados 30 minutos como período suprimido.
 

O reclamante não logrou demonstrar, por qualquer meio de


prova, que o intervalo intrajornada contratualmente ajustado fosse mesmo de 2 horas
diárias. Ainda que assim não fosse, melhor sorte não assistiria ao reclamante, eis que,
de todo o modo, restou deferido o mínimo legal. A propósito, a jurisprudência, e

Assinado eletronicamente por: ANDREA CUNHA DOS SANTOS GONCALVES - Juntado em: 19/01/2022 16:45:00 - ae70ad2

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Fls.:
Fls.: 5521

mutatis mutandi:
 

“INTERVALO INTRAJORNADA. DUAS HORAS. O julgado


deferiu ao autor uma hora extra diária pela supressão do horário de
intervalo. Sustenta o reclamante que desde a sua admissão, o intervalo
assinalado era de duas horas. Sendo condição mais benéfica, devem ser
deferidas duas horas extras diárias pela supressão do intervalo. A concessão
de duas horas de intervalo, ainda que tenha ocorrido, a nosso ver não altera
a interpretação do art. 71 da CLT. Pela exegese do artigo 71, §4º da CLT e a
Súmula 437 do TST, as horas extras são devidas apenas pela supressão do
intervalo intrajornada para refeição e descanso mínimo. O intervalo mínimo
previsto para a jornada superior a seis horas é de uma hora. Assim, a
pretensão de duas horas extras pela sonegação não tem amparo legal, ainda
que existente pactuação neste sentido” (TRT-2 - RO:00019501620125020431
SP 00019501620125020431 A28, Relator: FRANCISCO FERREIRA JORGE NETO,
Data de Julgamento: 22/08/2013, 14ª TURMA, Data de Publicação: 30/08/2013,
grifei).

A fim de obstar o enriquecimento sem causa jurídica lícita,


determino a dedução, das verbas supra deferidas, dos valores já quitados sob mesmos
títulos, cf. documentos de fls.361/371 e 570/612.
 

Não há como se afastar a aplicação da Súmula 340 do c.TST,


tendo em vista que o reclamante exerceu a função de vendedor, sendo comissionista
puro (cf. restou incontroverso). Assim, tendo remuneração baseada tão somente em
comissões, não faz jus o autor às horas extras postuladas, mas apenas ao adicional de
horas extras, na forma preconizada pela Súmula 340 do C. TST, já que a hora em si,
laborada além da jornada legal, era paga com a percepção das comissões.
 

Não vislumbra o Juízo, da leitura das normas coletivas, previsão


ou intenção de afastar a aplicação da aludida Súmula do c.TST, porquanto os próprios
instrumentos normativos referem-se ao pagamento do adicional a ser calculado sobre
a média de comissões, não fazendo menção ao pagamento das horas extras acrescidas
de adicional. 

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Fls.: 6522

Nas CCT’s constantes dos autos, a determinação é para a


multiplicação da média horária (média de comissões dividida por 220) por 0,6. Implica
dizer que a norma convencional determina, em verdade, que o labor extraordinário
dos comissionistas é remunerado por meio do acréscimo salarial de horas extras (o
que corresponde ao adicional de horas extras).

Em qualquer caso, não há colisão com o quanto preceituado na


Súmula 340 do c. TST. Entendimento contrário refugiria à razoabilidade, porquanto
estar-se-ia a remunerar duas vezes o mesmo trabalho, já que o vendedor
comissionista, como dito, tem seu labor em sobrejornada remunerado pelas comissões
auferidas neste período, sendo devido apenas o adicional. 

No que tange ao pedido de horas extras referentes ao intervalo


interjornadas, impende consignar que falta amparo legal para o pedido de horas
suplementares decorrentes de eventual desrespeito ao intervalo interjornadas de onze
horas. O artigo 66 da CLT não prevê o pagamento como hora extraordinária do período
inferior a 11 horas. A desobediência do dispositivo é remetida ao artigo 75, de
atribuição da Delegacia Regional do Trabalho. De se notar que quando o legislador quis
que as horas desprezadas fossem consideradas como horas suplementares,
determinou-o de maneira expressa (artigo 71, § 4º, CLT), razão pela qual improcede o
pedido. 

Quanto ao pagamento da PLR, julgo improcedente o pedido,


tendo em vista que o autor não colacionou aos autos norma coletiva que garantisse
seu direito ao benefício.

Alegou o reclamante na inicial que, além das comissões sobre


vendas de produtos, auferia também comissões sobre a comercialização de serviços.
Que, todavia, tais parcelas, de natureza salarial, não refletiram nos DSR’s. Deduziu, daí,
pedido de integrações destas comissões sobre serviços em DSR’s e, com estes, em
demais verbas de direito.
 

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Fls.: 7523

Ainda que o reclamante tenha descrito diferenças em sede de


réplica, ressalto, por oportuno, que prêmios possuem natureza indenizatória, e, assim,
não se integram à remuneração e não refletem em demais verbas de direito. 

Rejeito, assim, a tese inicial.


 

Do exposto, julgo improcedente o pedido de diferenças de


integrações das comissões sobre serviços em DSR’s, e com estes em férias e terço,
décimos terceiros salários, depósitos de FGTS e multa de 40%, aviso prévio e adicional
de horas extras. 

Alegou o reclamante na prefacial que mensalmente, ao conferir


o valor recebido a título de comissões, verificava a percepção de quantia inferior à
devida, no importe médio de 30%. Deduziu, daí, pedidos de diferenças de comissões
sobre vendas não faturadas, sobre vendas canceladas e sobre vendas objeto de troca.
 

A defesa, de sua parte, aduziu que as comissões eram pagas


sobre vendas faturadas, ou seja, efetivamente concluídas (após o pagamento pelo e
entrega do produto ao cliente). Que as vendas realizadas no último terço do mês não
tinham as respectivas comissões pagas no mês imediatamente posterior, mas eram
devidamente adimplidas no próximo fechamento de folha, sem prejuízo para o
reclamante. Que vendas canceladas não implicam em entrega de produto ao cliente e
não sendo de fato concretizadas, não geram direito a comissões. Que caso a reclamada
não estornasse a comissão de uma venda cancelada, teria que pagar comissão sobre
produto que sequer vendeu. Que, no caso de troca, a comissão é paga pela venda
efetivamente concluída após o procedimento de troca. Que havia a regra de que o
mesmo vendedor da venda original atendia o cliente no momento da troca. Que nas
raras ocasiões em que o primeiro vendedor não pode realizar o novo atendimento, o
reclamante também auferia comissão sobre o valor da venda efetivamente concluída
por ele, após ultimado o procedimento de troca de uma mercadoria inicialmente
vendida por um seu colega. 
 

Não vislumbra o Juízo como acolher a tese inicial quanto à


existência de venda não faturada, notadamente porque o autor na prefacial não
apresentou qualquer explicação plausível para que a reclamada efetuasse a venda mas
não a faturasse. Muito mais plausível a tese defensiva, de que apenas em razão das

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Fls.: 8524

datas de fechamento do mês ocorria de as vendas realizadas no último terço do mês


não terem as respectivas comissões pagas no mês imediatamente posterior, sendo,
todavia, adimplidas no próximo fechamento de folha, sem qualquer prejuízo para a
reclamante. 
 

Ademais, cumpre salientar que, por óbvio, o Judiciário não pode


interferir no modus operandi da empresa, já que esta é a detentora dos riscos de seu
empreendimento. 

Nesse sentido, afigura-se razoável que produtos vendidos pelo


reclamante, mas posteriormente trocados pelo cliente com outro vendedor, gerem
comissões a este, e não àquele, eis que o primeiro produto nesta hipótese retornou ao
estoque da ré, com todos os ônus daí decorrentes. No mesmo sentido, afigura-se
igualmente razoável que vendas que acabam por não concretizadas não gerem
comissões aos vendedores.
 

Do exposto, julgo improcedente o pedido de diferenças de


comissões sobre vendas não faturadas, sobre vendas canceladas e sobre vendas
objeto de troca. Indevidos seus reflexos, por acessórios que são. 
 

Alegou o reclamante na prefacial que, nas vendas de produtos e


serviços através de parcelamento, recebia comissões calculadas apenas sobre o valor
da venda à vista. Que nessas situações, embora vendesse produtos e serviços com o
valor acrescido de juros e demais encargos do financiamento, o cálculo de suas
comissões era feito sobre um valor fictício da mercadoria (valor à vista) e não sobre
aquele pelo qual de fato foi comercializado.

A defesa, de sua parte, asseverou que o reclamante auferia


comissão calculada sobre o valor do produto à vista, sem os juros cobrados pelo
cedente do crédito. Que a obtenção de crédito é uma operação entre o cliente da
reclamada e uma instituição financeira. Que tal modalidade de pagamento gerava para
a reclamada despesas administrativas. Que não haveria sentido algum em pagar
comissão ao vendedor, empregado da reclamada, sobre o valor dos juros que o banco
cobrou do cliente ao conceder-lhe crédito, em operação desenvolvida após a conclusão
da venda. 
 

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Fls.: 9525

Razão assiste à ré. Com efeito, não havendo previsão


convencional ou no contrato individual de trabalho de pagamento de comissões sobre
o valor efetivamente pago pelo cliente, os juros das vendas a prazo não devem integrar
a base de cálculo das comissões. Do exposto, julgo improcedente o pedido.

Sustentou o reclamante na inicial que foi ajustado entre as


partes o pagamento de “prêmio estímulo”, incidente sobre a venda de produtos. Que,
todavia, a reclamada não quitava corretamente os valores devidos a título dessas
comissões, já que excluía de sua base de cálculo os valores dos encargos decorrentes
das vendas a prazo, assim como aquelas não faturadas no período.

Sendo tal a causa de pedir, reporto-me aos termos da


fundamentação supra e julgo igualmente improcedente o pedido.
 

Nos termos do artigo 791-A da CLT, condeno a reclamada ao


pagamento de honorários de sucumbência, fixados em 5% (cinco por cento) sobre o
valor que resultar da liquidação da sentença. 
 

Ante o julgamento pelo STF da ADI nº 5766, a qual decidiu pela


inconstitucionalidade do artigo 791-A, § 4º, da CLT, indevidos honorários sucumbenciais
pela parte autora, ainda que procedente em parte a ação.
 

Preenchidos os requisitos exigidos pelo artigo 790, §3º da


Consolidação das Leis do Trabalho, defiro a gratuidade da prestação jurisdicional ao
autor.

PARÂMETROS DE LIQUIDAÇÃO
 

Em conformidade com a decisão conjunta do Supremo Tribunal


Federal, proferida nas ADC 58, ADC 59, ADI 5.867 E ADI 6.021, deverão ser observados
os seguintes parâmetros para a liquidação:

a) Correção monetária tomando-se por época própria o mês


subsequente ao da prestação de serviços, a partir do dia 1º (art. 459, §1º da CLT e

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Súmula 381 do C. TST), excepcionando-se as verbas rescisórias, caso em que a correção


monetária será devida após o prazo estabelecido no art. 477, § 6º da CLT; 

b) Índice de correção monetária pelo IPCA-e, na fase pré judicial;

c) Após a distribuição da ação (art. 883 da CLT c/c art. 240 do


CPC), os créditos deverão ser atualizados pela taxa Selic (que contempla juros e
correção monetária).

Nesse particular, cito o entendimento da jurisprudência pátria


acerca da aplicação imediata das decisões proferidas em processos afetados por
repercussão geral:
 

“APLICAÇÃO IMEDIATA DA INTERPRETAÇÃO DADA


EM REGIME DE REPERCUSSÃO GERAL. DESNECESSIDADE DE TRÂNSITO EM
JULGADO. ACLARATÓRIOS REJEITADOS. 1. A jurisprudência desta Corte
está firmada no sentido da aplicação imediata da interpretação dada pelo
Supremo Tribunal Federal em regime de repercussão geral independente
da publicação ou trânsito em julgado do julgado. Recentemente esse
entendimento foi aplicado pela Corte Especial deste Tribunal. 2. Embargos
de declaração rejeitados. (EDcl no RECURSO ESPECIAL Nº 1.126.106 - PR
(2009/0041285-0), Rel. Ministro JOEL ILAN PACIORNIK, julgado em 23/08
/2018).
 

No caso de compensação por danos morais ou multa por


descumprimento de obrigação de fazer, deverá ser aplicada a Selic, porquanto
superveniente a decisão do STF em relação às Súmulas 362 do c. STJ e 439 do c. TST. 

Diante do exposto, julgo PROCEDENTE EM PARTE o pedido


formulado por CAIO AUGUSTO BASTOS DE SOUZA em face de VIA VAREJO S/A, para
condenar a reclamada a pagar ao reclamante: a) adicional normativo de horas extras e
seus reflexos em descansos semanais remunerados, e com estes em férias acrescidas
do terço, décimos terceiros salários, depósitos fundiários acrescidos da multa de 40% e
aviso prévio; e b) indenização de que trata o §4º do artigo 71 da CLT, observados 30
minutos como período suprimido, em vista da não concessão integral de intervalos
para descansos, conforme se apurar em liquidação de sentença, observados os limites
da fundamentação, parte integrante deste dispositivo, ficando absolvida dos demais
pedidos. Juros e correção monetária na forma da fundamentação. Descontos fiscais e

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previdenciários na forma da Súmula 368 do Tribunal Superior do Trabalho e, à exceção


do critério de cálculo, na forma da Súmula 17 do TRT da 2a Região, sendo que a
contribuição previdenciária deverá ser recolhida de forma bipartida sobre as verbas de
natureza salarial - artigos 43 e 44 da Lei nº 8.212/1991 e Lei nº 8.620/1993 (adicional de
horas extras e reflexos deferidos em descansos semanais remunerados e em décimos
terceiros salários). Condeno ainda a reclamada ao pagamento de honorários
advocatícios em favor do patrono do reclamante, fixados em 5% sobre o valor que
resultar da liquidação da sentença. Preenchidos os requisitos exigidos pelo artigo 790,
§3º da Consolidação das Leis do Trabalho, defiro a gratuidade da prestação
jurisdicional ao autor. Custas pela reclamada no importe de R$ 600,00, calculadas
sobre o valor da condenação, fixado em R$ 30.000,00. Notifiquem-se as partes.
Cumpra-se. Nada mais.

SAO PAULO/SP, 19 de janeiro de 2022.

ANDREA CUNHA DOS SANTOS GONCALVES


Juíza do Trabalho Titular

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https://pje.trt2.jus.br/pjekz/validacao/22011909272572500000241184884?instancia=1
Número do processo: 1001308-44.2021.5.02.0614
Número do documento: 22011909272572500000241184884

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Fls.: 1528
Fls.:

PODER JUDICIÁRIO ||| JUSTIÇA DO TRABALHO


TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO
40ª Vara do Trabalho de São Paulo ||| ATOrd 1000804-82.2019.5.02.0040
RECLAMANTE: CLAUDINEI ANANIAS DA SILVA
RECLAMADO: VIA VAREJO S/A

TERMO DE AUDIÊNCIA

Processo nº 1000804-82.2019.5.02.0040

Aos quatorze dias (quinta-feira), do mês de novembro, do ano de dois mil


e dezenove, às 13h03, na sala de audiência desta Vara, foram, por ordem da MM Juíza do Trabalho,
EUMARA NOGUEIRA BORGES LYRA PIMENTA, apregoados os litigantes:

CLAUDINEI ANANIAS DA SILVA, reclamante.

VIA VAREJO S/A, reclamada.

Ausentes as partes.

Prejudicada a proposta final de conciliação.

Submetido o processo a julgamento, foi proferida a seguinte:

SENTENÇA

CLAUDINEI ANANIAS DA SILVA, qualificado na inicial, propõe


reclamação trabalhista em face de VIA VAREJO S/A, alegando que prestou serviços no período de
14.12.2007 a 24.09.2018, quando foi injustamente dispensado; que prestava horas extras as quais não
foram pagas; que não usufruía de uma hora de intervalo para refeição e descanso; que exercia função
idêntica à do paradigma que aponta, percebendo salário inferior; que é devida a Participação nos Lucros e
Resultados; que é devida a integração da verba "prêmios" nos repousos semanais remunerados. Pleiteia
os títulos e valores elencados na inicial, além de honorários advocatícios. Dá à causa o valor de R$
1.144.912,16. Juntou procuração e documentos.

A reclamada, em defesa, invoca a prescrição quinquenal; no mérito, alega


que os descansos semanais foram devidamente pagos, sendo indevida a integração pretendida; que o
autor exercia cargo de confiança, não fazendo jus às horas extras pretendidas; que o obreiro usufruiu de
forma correta do intervalo intrajornada; que não houve a alegada identidade funcional, não fazendo jus às
diferenças salariais pleiteadas; que não é devida a participação dos lucros e resultados de 2018; impugna
os pedidos formulados. Pede a improcedência. Junta procuração e documentos.

Assinado eletronicamente por: EUMARA NOGUEIRA BORGES LYRA PIMENTA - 13/01/2020 17:05:02 - 894d3b9
https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19101014190896900000155063777
Número do processo: 1000804-82.2019.5.02.0040 ID. 894d3b9 - Pág. 1
Número do documento: 19101014190896900000155063777

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 2529
Fls.:

Manifestação do reclamante (ID b36d8a4).

Ouvidos os depoimentos pessoais e inquirida uma testemunha da


reclamada (ID 668d8b1).

Sem outras provas, encerrada a instrução processual.

Razões finais do reclamante (ID 4dbc6dc).

Propostas conciliatórias rejeitadas.

É o relatório.

DECIDO

DA PRESCRIÇÃO

Acolhe-se a prescrição quinquenal parcial em relação às parcelas


anteriores a cinco anos da propositura da presente ação, com fundamento no artigo 7º, XXIX, da
Constituição Federal.

DAS INTEGRAÇÕES DOS PRÊMIOS

Da análise dos recibos carreados aos autos, verifica-se que, ao contrário


do alegado em defesa, os prêmios habitualmente pagos não integraram o cálculo dos descansos semanais
remunerados.

Ressalte-se, neste passo, que o autor, no decorrer de seu pacto laboral,


recebeu valores a título de premiação, os quais se revestiram de nítido caráter salarial, por força do que
dispunha o art. 457, § 1º, da CLT, com a redação dada pela Lei nº 1.999/53.

Oportuno destacar, ainda, que as alterações introduzidas, no referido


dispositivo consolidado, com o advento da Lei nº 13.467/17, não podem alcançar o contrato de trabalho
do autor, eis que restaria caracterizada evidente afronta ao direito adquirido, nos moldes do art. 5º, inciso
XXXVI, da Constituição Federal).

Procede, assim, o pedido de reflexos dos prêmios pagos nos DSR's.

As diferenças de DSR's, em razão da integração, ora deferida, refletir-se-


ão em aviso prévio indenizado, 13ºs salários, férias acrescidas de um terço constitucional e FGTS com
indenização de 40%.

Assinado eletronicamente por: EUMARA NOGUEIRA BORGES LYRA PIMENTA - 13/01/2020 17:05:02 - 894d3b9
https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19101014190896900000155063777
Número do processo: 1000804-82.2019.5.02.0040 ID. 894d3b9 - Pág. 2
Número do documento: 19101014190896900000155063777

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 3530
Fls.:

DAS HORAS EXTRAS E REFLEXOS

A reclamada não produziu nenhuma prova capaz de evidenciar que o


reclamante ocupasse cargo de confiança, nos moldes do art. 62, inciso II, da CLT.

Com efeito, a testemunha ouvida pela própria reclamada restou por


confirmar que o autor não tinha poderes para admitir ou dispensar empregados, não poderia conceder
descontos além do previamente autorizado em sistema e não tinha autonomia para concessão de crédito,
sendo certo, ademais, que estava sujeito a fiscalização de jornada, especialmente se observado que
atrasos e saídas antecipadas deveriam ser comunicadas ao gerente regional.

Assim, há que se concluir que o autor estava sujeito ao regime de duração


do trabalho, razão pela qual sua empregadora deveria manter controles de sua jornada, conforme disposto
no art. 74, § 2º, da CLT.

Não tendo a reclamada mantido e carreado aos autos registros de ponto ou


produzido prova capaz de suprir a ausência dos referidos documentos, impõe-se a presunção de
veracidade das jornadas de trabalho apontadas em inicial, observados os limites da lide e do depoimento
pessoal do reclamante e os locais de trabalho indicados na ficha de registro juntada com a defesa (ID
a579ce7).

Destarte, acolhem-se como corretas as seguintes jornadas de trabalho do


autor:

a) de 19.06.14 a 30.06.15(na loja da Vila Luzita), das 09h00 às 20h45, em


média, de segunda-feira a sábado, e das 10h00 às 18h15, aos domingos, sendo que, uma vez ao mês, será
observado o labor das 7h00 às 23h00, para realização de inventários; serão considerados como
trabalhados cinco feriados por ano, das 08h30 às 18h00; nos dois dias que antecediam datas
comemorativas (Dia das Mães, Dia dos Pais e Natal) será considerado o labor das 08h00 às 21h00; na
"Black Friday", será observado o trabalho, por dois dias, das 08h00 às 21h00, e um dia, das 05h00 às
23h00; dois saldões por ano (cada um com duração de um dia), das 07h00 às 21h00; sempre com quatro
folgas semanais (das quais duas eram usufruídas aos domingos) e 40 minutos de intervalo para refeição e
descanso;

b) de 01.07.15 a 24.09.18(em lojas de shopping), das 11h15 às 22h45, em


média, de segunda-feira a sábado, e das 12h00 às 20h30, aos domingos, sendo que, uma vez ao mês, será
observado o labor das 7h00 às 23h00, para realização de inventários; serão considerados como
trabalhados seis feriados por ano, das 12h00 às 20h00; nos dois dias que antecediam datas
comemorativas (Dia das Mães, Dia dos Pais e Natal) e durante a "Black Friday" (por três dias), será

Assinado eletronicamente por: EUMARA NOGUEIRA BORGES LYRA PIMENTA - 13/01/2020 17:05:02 - 894d3b9
https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19101014190896900000155063777
Número do processo: 1000804-82.2019.5.02.0040 ID. 894d3b9 - Pág. 3
Número do documento: 19101014190896900000155063777

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 4531
Fls.:

considerado o labor das 10h00 às 23h00; dois saldões por ano (cada um com duração de um dia), das
10h00 às 23h00; sempre com quatro folgas semanais (das quais duas eram usufruídas aos domingos) e 35
minutos de intervalo para refeição e descanso.

Deste modo, procede o pedido de horas extras, assim entendidas aquelas


excedentes à 8ª hora diária e 44ª hora semanal, as quais serão acrescidas do adicional normativo de 60%.

Indevido o pagamento em dobro dos domingos trabalhados, eis que o


reclamante dispunha de folga semanal.

As horas laboradas aos feriados serão remuneradas com adicional de


100%, sem prejuízo do pagamento do dia de descanso.

O intervalo não integralmente usufruído (uma hora diária, no período


compreendido entre a admissão e 10.11.17, e o saldo remanescente de 25 minutos, a partir de 11.11.17)
será pago como hora extra com adicional de 60%, nos termos do § 4º, do art. 71 da CLT.

A inobservância do intervalo entre jornadas, previsto no art. 66 da CLT,


acarreta ao empregador a obrigação de pagar as horas extras correspondentes. Com efeito, a norma citada
tem como escopo proteger a saúde do trabalhador, em situação equiparada àquela de que trata o art. 71 do
mesmo diploma legal, razão pela qual cabível, na hipótese, a aplicação analógica do parágrafo 4º, da
mencionada norma consolidada.

Destarte, procede o pedido de horas extras, acrescidas do adicional de


60%, em razão do labor em período destinado a repouso, nos termos do art. 66, da CLT.

Procede, ainda, o pedido de reflexos das horas extras, ora deferidas, em


DSR's, aviso prévio, 13ºs salários e férias com 1/3, salvo no que tange àquelas decorrentes da
irregularidade na concessão de intervalos (artigos 71 e 66 da CLT), a partir de 11.11.17.

As verbas supra deferidas refletir-se-ão em FGTS (11,2%), salvo quanto


às diferenças de férias indenizadas e às horas extras referentes ao saldo do intervalo, que não são base de
cálculo da referida parcela.

Destaque-se que, considerando as alterações introduzidas pela Lei nº


13.467/17, as horas extras decorrentes dos intervalos não usufruídos, a partir de 11.11.17, possuem
natureza indenizatória, não havendo que se falar em reflexos nas demais parcelas contratuais. Indefere-se.

Assinado eletronicamente por: EUMARA NOGUEIRA BORGES LYRA PIMENTA - 13/01/2020 17:05:02 - 894d3b9
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Número do processo: 1000804-82.2019.5.02.0040 ID. 894d3b9 - Pág. 4
Número do documento: 19101014190896900000155063777

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 5532
Fls.:

Indevidos os reflexos das diferenças de DSR's (pela integração de horas


extras) nas demais verbas contratuais e rescisórias, por caracterizar reprovável "bis in idem" (Orientação
Jurisprudencial nº 394, da SDI 1 do C. TST).

Considerando que o autor percebia remuneração mista, as horas laboradas


além da 8ª diária e 44ª semanal serão calculadas, apenas, sobre o salário fixo e o adicional extraordinário
sobre o salário-hora fixo acrescido dos prêmios referentes às horas extraordinárias (Súmula 340 do C.
TST).

DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL

O reclamante, em inicial, postula o pagamento de diferenças salariais


decorrentes de equiparação, aduzindo que exerceu função idêntica a da paradigma que aponta, Sr.
Gabriel Adami Pamplona, percebendo, entretanto, salário inferior.

A reclamada, em defesa, não nega a identidade funcional.

Outrossim, o reclamado não logrou demonstrar nenhum fato impeditivo,


modificativo ou extintivo do direito do autor à isonomia postulada.

Primeiro, importante registrar que os fatos que envolvem a equiparação


salarial tiveram início antes do advento da Lei nº 13.467/17, razão pela qual são inaplicáveis, à hipótese,
as inovações invocadas em defesa.

Ademais, não se verifica óbice temporal para a isonomia, eis que,


conforme fichas de registro, o paradigma passou a gerente de loja em 01.03.12 e o reclamante, em
01.06.13, não havendo, portanto, diferença de tempo na função superior a 02 anos.

Por fim, imperioso concluir que reclamante e modelo laboravam na


mesma região metropolitana, nos exatos moldes do entendimento sedimentado na Súmula 6, inciso X, do
C. TST.

Deste modo, presentes os requisitos do art. 461 da CLT, procede o pedido


de diferenças salariais decorrentes de equiparação com o paradigma, Sr. Gabriel Adami Pamplona,
observada a prescrição quinquenal acolhida, com reflexos em aviso prévio, 13ºs salários, férias com 1/3 e
FGTS com indenização de 40%.

O montante devido será apurado em regular liquidação de sentença,


mediante a recomposição salarial do autor, observando-se a evolução do salário fixo pago ao modelo,

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Fls.: 6533
Fls.:

conforme documentos carreados aos autos, desconsideradas as parcelas de caráter personalíssimo


(inclusive a título de prêmios) percebidas pelo paradigma.

DO 14º SALÁRIO / DA PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E


RESULTADOS

Ressalte-se que o autor não traz aos autos documentos que comprovem a
quitação de 14º salário, nos moldes alegados em inicial. Ao contrário, os documentos carreados
evidenciam a quitação de participação nos lucros e resultados em montantes variáveis.

Ademais, a Cláusula 69ª, da CCT 2017/2018, estabelece que "para


cumprimento da Lei n° 10.101, de 19/12/2000, as empresas que assim o quiserem, poderão adotar e
aderir aos modelos de Contrato de Programa de Participação nos Lucros e Resultados oferecidos pelo
Sindicatos convenentes em Termo de Aditamento à presente Convenção".

O reclamante, entretanto, não comprova a celebração do acordo específico


para pagamento da referida parcela no ano de 2018.

Deste modo, não procede o pedido.

DA COMPENSAÇÃO

Não foram deferidas parcelas comprovadamente pagas pela reclamada,


não havendo que se falar, portanto, em compensação de valores.

DOS JUROS / DA CORREÇÃO MONETÁRIA

Os juros de mora e a correção monetária observarão as disposições


contidas no art. 39, "caput" e § 1º, da Lei nº 8.177/91 e do art. 879, § 7º, da CLT, observadas, a partir de
12.11.19, as alterações introduzidas pela Medida Provisória nº 905/2019.

Nos moldes da jurisprudência majoritária cristalizada na Súmula 381 do


C. TST, a correção monetária incidirá a partir da data em que o título se tornou exigível, considerando-se
como época própria para pagamento, quanto às parcelas com vencimento mensal, o quinto dia útil do mês
subsequente ao da prestação de serviços, com base no art. 459 da CLT.

Mencione-se, por oportuno, que na Ação de Arguição de


Inconstitucionalidade nº 479-60.2011.5.04.0231, através de decisão publicada em 07.08.15, o C. Tribunal

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Fls.: 7534
Fls.:

Superior do Trabalho declarou inconstitucional a atualização dos valores pela Taxa Referencial (TR), a
partir de 30 de junho de 2009, índice previsto no art. 39 da Lei 8.177/91, determinando, em substituição,
a adoção do Índice de Preços ao Consumidor Amplo - Especial (IPCA-E).

Todavia, nestes mesmos autos, o C. Tribunal Superior do Trabalho, ao


apreciar os Embargos Declaratórios opostos, modificou os efeitos da modulação, fixando-os a partir de
25.03.2015, e, em razão da liminar então concedida pelo Ministro Dias Toffoli (Reclamação RCL 22012
- ajuizada pela Federação Nacional dos Bancos - Fenaban), excluiu a determinação de reedição da Tabela
Única de cálculos trabalhistas com base no índice adotado - evidenciando, portanto, a ausência de
eficácia "erga omnes" da decisão proferida.

Ressalte-se que a Segunda Turma do E. Supremo Tribunal Federal restou


por julgar improcedente a Reclamação já citada (RCL 22012), revogando a liminar anteriormente
concedida, tendo prevalecido entendimento o sentido de que a decisão proferida pelo C. TST não
configura desrespeito ao decidido nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADI) 4357 e 4425.

Entretanto, esta decisão não restabelece, automaticamente, a adoção do


IPCA-E, mormente se considerada a mencionada modificação do julgado pelo C. Tribunal Superior do
Trabalho, quando da apreciação dos Embargos de Declaração opostos.

Frise-se, neste ponto, que não há, em sede de controle concentrado de


constitucionalidade, nenhuma decisão que afaste do mundo jurídico a aplicação da Taxa Referencial
(TR), no período anterior ao advento da Medida Provisória 905/19.

DOS DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS E FISCAIS

Ficam autorizados os descontos previdenciários cabíveis, nos moldes da


Súmula 368 do C. TST, mediante comprovação nos autos, observadas as estipulações da Consolidação
dos Provimentos da Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho.

O imposto de renda deverá ser calculado em observância às disposições


do § 1º, do art. 12-A, da Lei nº 7.713/88 (com a redação dada pela Lei nº 12.350/10) e da Instrução
Normativa RFB 1.127, de 07.02.11.

DA JUSTIÇA GRATUITA / DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

Tendo em vista a declaração de pobreza carreada, não infirmada por


outros elementos trazidos aos autos, nos moldes da Lei nº 7.115/83, concedo à parte reclamante os
benefícios da Justiça Gratuita, nos termos do art. 790, § 4º, da CLT.

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Fls.: 8535
Fls.:

Considerada a sucumbência recíproca, com base no art. 791-A e seus


parágrafos, da CLT, a reclamada arcará com honorários de sucumbência devidos aos patronos do
reclamante, à razão de 5% (cinco por cento) do valor que resultar da liquidação da sentença e o
reclamante arcará com honorários de sucumbência, a favor dos patronos da reclamada, no importe de R$
340,85 (5% do proveito econômico obtido).

PELO EXPOSTO, julgo PROCEDENTE EM PARTE a ação para, nos


termos da fundamentação supra, condenar a reclamada, VIA VAREJO S/A a pagar ao reclamante
CLAUDINEI ANANIAS DA SILVA:

a) Integração dos prêmios em DSR's e das consequentes diferenças de


DSR's em aviso prévio indenizado, 13ºs salários, férias acrescidas de um terço constitucional e FGTS
com indenização de 40%;

b) Horas extras com reflexos;

c) Diferenças salariais decorrentes de equiparação com reflexos.

O montante devido será apurado em regular liquidação de sentença,


observados os termos da fundamentação aduzida e a prescrição quinquenal acolhida.

Juros e correção monetária na forma da lei.

Ficam autorizados os descontos previdenciários e fiscais cabíveis,


mediante comprovação nos autos, na forma da lei.

Concedo à parte reclamante os benefícios da Justiça Gratuita, nos termos


do art. 790, § 4º, da CLT.

A reclamada arcará com honorários de sucumbência devidos aos patronos


do reclamante, à razão de 5% (cinco por cento) do valor que resultar da liquidação da sentença.

O reclamante arcará com honorários de sucumbência, a favor dos


patronos da reclamada, no importe de R$ 340,85 (5% do proveito econômico obtido).

Custas pela reclamada, calculadas sobre o valor da condenação, ora


arbitrado em R$ 200.000,00, no importe de R$ 4.000,00.

Intimem-se.

Nada mais.

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Fls.: 9536
Fls.:

EUMARA NOGUEIRA BORGES LYRA PIMENTA

JUÍZA DO TRABALHO

SAO PAULO,13 de Janeiro de 2020


EUMARA NOGUEIRA BORGES LYRA PIMENTA
Juiz(a) do Trabalho Titular

Assinado eletronicamente por: EUMARA NOGUEIRA BORGES LYRA PIMENTA - 13/01/2020 17:05:02 - 894d3b9
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Fls.: 537

Fls.: 1

Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região

Ação Trabalhista - Rito Ordinário


1001267-21.2018.5.02.0020

Processo Judicial Eletrônico

Data da Autuação: 04/10/2018


Valor da causa: R$ 1.741.352,43

Partes:
RECLAMANTE: DALMO LIMA BRASIL
ADVOGADO: THIAGO MARTINS RABELO
ADVOGADO: ALESSANDRA CRISTINA DIAS
ADVOGADO: DANIELLE CRISTINA VIEIRA DE SOUZA DIAS
ADVOGADO: MARCOS ROBERTO DIAS
RECLAMADO: VIA S.A.
ADVOGADO: DENIS SARAK
ADVOGADO: RICARDO MARIM
ADVOGADO: CAMILA LOUREIRO TONOBOHN
ADVOGADO: OSMAR DE OLIVEIRA SAMPAIO JUNIOR
ADVOGADO: DENISE DE CASSIA ZILIO
PAGINA_CAPA_PROCESSO_PJE

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Fls.: 2538
Fls.:

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO
20ª Vara do Trabalho de São Paulo

Reclamante: Dalmo Lima Brasil

Reclamada: Via Varejo S/A

Data e horário do julgamento: 23-maio-2019 às 16h01

Aberta a audiência, de ordem do MM. Juiz do Trabalho Raphael Jacob Brolio, as partes foram
apregoadas. Ausentes. Foi proferida a seguinte decisão:

SENTENÇA

Relatório

Dalmo Lima Brasil ajuizou reclamação trabalhista em face de Via Varejo S/A, alegou que sofreu lesões
de direito e formulou os respectivos pedidos e requerimentos. Deu à causa o valor de R$1.741.352,43 e
juntou documentos. Em audiência, não conciliados, a Reclamada ofertou defesa com documentos, em
relação à qual foi oportunizado prazo para réplica. Procedeu-se à oitiva das partes e de uma testemunha.
Sem outras provas a produzir, foi encerrada a instrução processual. Razões finais apresentadas pelo
Reclamante. Frustrada a derradeira tentativa conciliatória. É o relatório. Decido:

Fundamentação

Direito intertemporal - Lei 13.467/2017

Aspecto processual

Tratando-se de ação ajuizada após 11-nov-2017, a aplicação das normas de direito processual seguirá as
disposições da Instrução Normativa (IN) 41/2018 do C. TST.

Impugnação do valor de causa

Assinado eletronicamente por: RAPHAEL JACOB BROLIO - 23/05/2019 13:04:13 - 3d30ea8


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Número do processo: 1001267-21.2018.5.02.0020 ID. 3d30ea8 - Pág. 1
Número do documento: 19052309140328900000139660344

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 3539
Fls.:

O valor oferecido é compatível com o que se pleiteia. De todo modo, caso haja condenação, caberá a este
Juízo arbitrar o valor que norteará o pagamento de custas processuais e o depósito recursal. Rejeito.

Sem prejuízo, esclareço aos litigantes que liquidação de pedidos não se confunde com liquidação de
cálculos, na forma do quanto disposto no artigo 840, §1º, da CLT.

Artigo 400 do NCPC

O feito encontra-se suficientemente instruído, de modo que eventual ausência de documento será
analisada de acordo com o ônus da prova. Rejeito.

Impugnação de documentos

A impugnação feita pela Ré não se presta ao fim que se destina. Os documentos carreados aos autos
serão analisados e cotejados com as alegações das partes, cabendo ao magistrado valorá-los de acordo
com os limites de convicção deste Juízo, nos termos do artigo 371 do NCPC. Rejeito.

Prescrição quinquenal

Arguida pela Reclamada, forte no artigo 7º, inciso XXIX, da CF/88 estão prescritas as parcelas anteriores
a 04-out-2013, considerando a data de ajuizamento da petição inicial (04-out-2018). Ficam extintas, pois,
com resolução do mérito, nos termos dos artigos 316 e 487, II, do NCPC. Quanto aos reflexos em FGTS,
observe-se a Súmula nº 206 do C. TST.

Incidência dos prêmios em DSR

O Reclamante alegou que inúmeras parcelas recebidas no contracheque não incidiram no RSR (Repouso
Semanal Remunerado).

A Reclamada, porém, não infirmou a tese autoral, tampouco as diferenças apontadas na peça de ingresso
neste pertinente(fls.03-04, item "III"), limitando-se a sustentar a ausência de diferenças dos próprios
prêmios e campanhas de incentivos já pagos (vide teor de fls.975-982, item "5").

Sendo assim - tratando-se de massa salarial paga mensalmente em parcela variável - acolho o pedido de
integração dos valores contidos nos demonstrativos de pagamento (intitulados "prêmio", "prêmio
estimado", "prêmio estímulo", "prêmio performance", "prêmio garantia/seguro", "prêmio antecipado"
[premiações lançadas no adiantamento mensal], "prêmio gerência", "prêmio recarga celular") em DSRs, b
em como integração de todas essas parcelas+DSR em 13º salário, férias + 1/3, aviso prévio e FGTS+40%.

Eventuais repercussões em horas extras pleiteadas serão apreciadas em tópico próprio.

Enquadramento da parte autora

Limitação do artigo 62, II, da CLT

Assinado eletronicamente por: RAPHAEL JACOB BROLIO - 23/05/2019 13:04:13 - 3d30ea8


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Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 4540
Fls.:

Aduz a parte autora que exerceu funções meramente técnicas e operacionais, sem qualquer autonomia,
poder de gestão ou de administração, a despeito da nomenclatura do referido cargo ser de 'gerente de loja'.

A Reclamada impugnou os pleitos relativos à duração do trabalho aduzindo que o Autor estava
enquadrado no artigo 62, II, da CLT.

Parto da premissa de que a limitação da jornada ordinária e o pagamento das horas extras são matérias
com suporte constitucional, consoante se constata dos incisos XIII e XVI, do art. 7º, da Carta Magna, daí
resultando que a aplicação do artigo 62, II, da CLT, somente comporta interpretação estrita, como forma
de não macular diretos fundamentais do trabalhador.

No caso sub judice, destaco previamente a incongruência entre a própria tese de defesa (Reclamante não
possuía controle de jornada de trabalho) c/c o depoimento da preposta ("o reclamante não registrava o
horário de trabalho") e os demonstrativos de pagamento de salário de fls.1039, 1050 e 1061 (por
amostragem - nos quais há discriminação de horas extraordinárias adimplidas) - ocasiões em que o Autor
já exercia a função de gerente, diga-se.

E mais, a preposta da Ré, em depoimento pessoal, reconheceu:

"que as condições de trabalho dos gerentes são as mesmas, [...]; que todos os gerentes são
"autonomia dentro da loja" e fora da loja, o gerente regional que cuida daquela loja; que cada
gerente regional geralmente cuida de 20 lojas; que geralmente o gerente regional tem um
coordenador que o auxilia; que o gerente de loja em algumas coisas deve se reportar ao regional;
que quanto à admissão, demissão o reclamante fazia a indicação; para admissão o reclamante
poderia marcar entrevista na loja e a demissão também fazia indicação ao R H; que o gerente
regional entra para estar ciente para o que está acontecendo na loja; que para demissão e
admissão deveria ser preenchido pelo gerente um documento de movimentação de pessoal; que est
e documento não precisava ser aprovado por outra pessoa, sendo apenas um encaminhamento ao
regional; que não havia como dispensar ou contratar sem o preenchimento do referido documento
; que geralmente referido documento passava pelo regional; que se houvesse um desconto superior
ao permitido pelo sistema o reclamante deveria entrar em contato com atendimento à loja e
verificar se haveria a possibilidade de fazer alguma inclusão no sistema, [...]; que a negociação
que o reclamante poderia praticar vem direto do centro de distribuição; que contrato de prestação
de serviço para a loja o reclamante poderia assinar; [...] que o reclamante precisava fazer login no
sistema para iniciar a jornada;que o reclamante fazia o fechamento do mapa de caixa". (grifei e
negritei)

Fosse pouco, a única testemunha ouvida em juízo, Sr. Mário Guedes, completou dizendo:

"que trabalhou para a reclamada de 01/09/2000 a 2018; que não trabalhou na mesma loja que o
reclamante; que encontrava com o reclamante nas reuniões com o regional, que eram marcadas 2
vezes por mês; [...] que nas reuniões o regional passava as mesmas determinações para todos os
gerentes; que o penúltimo gerente regional era o mesmo para o reclamante e depoente; que não
podia fazer aplicação de penalidades; que manutenções na loja só poderiam ser feitas com
autorização do regional; que não tinham autonomia para liberação de crédito; que registravam o
horário de trabalho por meio do computador, no próprio sistema do computador; que o registro
era feito no início e fim da jornada; [...] que em datas de reuniões que houvesse a participação do
gerente, outros funcionários poderiam fechar a loja; [...] que os vendedores podiam se reportar
para CAL, o líder e o gerente; que a CAL e líder poderiam se reportar ao gerente regional
diretamente". (grifei e negritei)

Por fim, chamo a atenção para o teor da documentação juntada às fls.80-302, que corrobora a narrativa da
peça de ingresso.

Assinado eletronicamente por: RAPHAEL JACOB BROLIO - 23/05/2019 13:04:13 - 3d30ea8


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19052309140328900000139660344
Número do processo: 1001267-21.2018.5.02.0020 ID. 3d30ea8 - Pág. 3
Número do documento: 19052309140328900000139660344

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 5541
Fls.:

O conjunto probatório, portanto, demonstrou que a responsabilidade era compartilhada entre o líder, o
gerente de loja e o gerente regional.

Ademais, as restrições apontadas nos depoimentos acima são incompatíveis com o disposto no art. 62, II,
da CLT e não revelam a liberdade no poder de gestão - nem mesmo no sentido de que as decisões do
Autor e diretrizes tinham profundo impacto em todo o faturamento e estrutura da loja, tal como pretendeu
fazer crer a empresa demandada à fl.968.

O fato de ser gerente de loja em nada socorre a Reclamada, haja vista que não implica, por si só, a
existência de amplos e gerais poderes de gestão a ponto de enquadrar a parte autora no dispositivo do art.
62, II, celetista, sendo relevante a primazia da realidade. E esta indicou que o Reclamante estava,
inclusive, subordinado ao gerente regional, que, por sua vez, conta com coordenador que o auxilia.

Afasto, portanto, o enquadramento do Autor no artigo 62, II, da CLT, durante todo o período imprescrito
do vínculo. Fixada a condição contratual no que pertine à duração do trabalho, passo à análise da jornada.

Jornada de trabalho

A empregadora não logrou êxito em trazer aos autos os controles de jornada do empregado (que era sim
registrada, conforme demonstrado pela prova oral, friso), em que pese estivesse a isso obrigada, à luz do
disposto na Súmula 338 do C. TST.

Por ser assim, face à realidade fática vertida nos autos e estabilizada objetiva e subjetivamente a lide, fixo
o seguinte horário de trabalho da parte autora - observadas as filiais e períodos discriminados à fl.02,
item "I" (ID. 1da6f90 - Pág. 1) - fulcro nas alegações iniciais (fls.04-06) e nas nuances trazidas com o
depoimento da testemunha Mário (fls.1181-1182):

a) Labor em filiais de rua:

1. de segunda a sexta-feira das 9h45 às 20h30.


2. aos sábados das 8h às 20h30.
3. em 2 (dois) domingos ao mês das 9h às 18h.
4. em datas comemorativas (dia dos pais, dia das mães, dia das crianças, dia dos namorados e durante
as 2 (duas) semanas que antecediam o Natal), de segunda-feira a sábado das 7h às 21h45 e em
todos os domingos das 9h às 18h.
5. durante 3 (três) dias nos meses de novembro de cada ano, por ocasião da Black Friday (iniciando
um dias antes deste evento e terminando um dia após - frequência ora arbitrada), que ocorre
sempre ao final do referido mês (como é de conhecimento público e notório), das 6h às 22h.

b) Labor em filiais de shopping:

1. de segunda a sexta-feira das 11h45 às 22h15.


2. aos sábados das 10h às 22h30.
3. em 2 (dois) domingos ao mês e em todos os feriados civis e religiosos (exceto Natal, Ano Novo e
sexta-feira da paixão) das 13h30 às 20h30.
4. em datas comemorativas (dia dos pais, dia das mães, dia das crianças, dia dos namorados e durante
as 2 (duas) semanas que antecediam o Natal), de segunda-feira a sábado das 9h às 23h45 e em
todos os domingos das 13h30 às 20h30.
5. durante 3 (três) dias nos meses de novembro de cada ano, por ocasião da Black Friday (iniciando
um dias antes deste evento e terminando um dia após - frequência ora arbitrada), que ocorre
sempre ao final do referido mês (como é de conhecimento público e notório), das 9h às 23h.

c) Sempre usufruiu 30 (trinta) minutos de intervalo para refeição e descanso, em todas as filiais (de rua e
shopping), por todo o período imprescrito do contrato de trabalho.

Assinado eletronicamente por: RAPHAEL JACOB BROLIO - 23/05/2019 13:04:13 - 3d30ea8


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19052309140328900000139660344
Número do processo: 1001267-21.2018.5.02.0020 ID. 3d30ea8 - Pág. 4
Número do documento: 19052309140328900000139660344

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 6542
Fls.:

Por oportuno, chamo a atenção da parte autora para o fato de que não foi trazida qualquer especificação
quanto aos supostos meses e/ou dias da semana em que teriam sido realizados 6 (seis) saldões e 12 (doze)
inventários por ano na empresa demandada (tanto nas filiais de rua quanto nas dos shoppings) -
tampouco foram pormenorizados quais seriam os 5 (cinco) feriados civis e/ou religiosos, em média,
supostamente trabalhados por ano, em filiais de rua.

Horas extras e reflexos

Postula a parte autora o pagamento de horas extras pelos seguintes fatos geradores: (i) excedentes da 8ª
diária e 44ª semanal; (ii) por violação ao intervalo para refeição e descanso; (iii) em dobro pelo labor em
domingos e feriados; (iv) por violação ao intervalo do art.66 da CLT.

(i) Tendo em vista a jornada de trabalho fixada em tópico precedente, acolho o pedido.

(ii) Acolho o pedido sucessivo de 1 (uma) hora extra por dia efetivamente laborado, ante a redução do
intervalo intrajornada, nos termos da Súmula 437, IV, do C. TST.

Destaco, no pertinente, não vislumbrar nos autos qualquer previsão contratual, convencional (não houve
indicação a respeito) nem mesmo prova a dar supedâneo às alegações de fl.06, item "V" (foi "[...] contrat
ado com o Reclamante intervalo intrajornada de 2 horas [...]").

(iii) Acolho o pedido de pagamento em dobro das horas extras pelo labor em todos os feriados civis e
religiosos (exceto Natal, Ano Novo e sexta-feira da paixão), nos períodos em que trabalhou nas filiais
dos shoppings.

Rejeito nos interregnos em que houve labora nas filiais de rua, pois (friso) a parte autora não apontou um
sequer em que tenha trabalhado.

Em relação aos domingos, consta do artigo 7º, inciso XV, da CF/88: "repouso semanal remunerado, prefe
rencialmente aos domingos"(grifei e negritei).

A coincidência do DSR aos domingos está prevista apenas para o comércio, desde que observados os
requisitos do artigo 6º da Lei 10.101/00, que assim dispõe:

"Artigo 6º: Fica autorizado o trabalho aos domingos nas atividades do comércio em geral,
observada a legislação municipal, nos termos do art. 30, inciso I, da Constituição. Parágrafo único.
O repouso semanal remunerado deverá coincidir, pelo menos uma vez no período máximo de três
semanas, com o domingo, respeitadas as demais normas de proteção ao trabalho e outras a serem
estipuladas em negociação coletiva". (grifei e negritei)

É o caso do Reclamante. Assim, considerando que o Autor trabalhou em todos os domingos nas datas
comemorativas (dia dos pais, dia das mães, dia das crianças, dia dos namorados e durante as 2 (duas)
semanas que antecediam o Natal), acolho o pedido de pagamento em dobro pelo labor nessas
oportunidades, em conformidade com a legislação supra.

(iv) Não tendo havido prejuízo ao intervalo interjornada, conforme jornada fixada, rejeito o pedido de
pagamento de horas extras neste particular.

Por fim, dada a habitualidade e em vista da natureza salarial, acolho os reflexos dessas horas extras em
aviso prévio, DSRs (atento à OJ 394 da SDI-1 do TST), férias + 1/3, 13º salário e FGTS + 40%.

Parâmetros para as horas extras deferidas: (i) frequência e labor determinados de acordo com a
jornada fixada e divisor 220; (ii) adicional praticado nos holerites ou outro mais benéfico previsto em
norma coletiva; (iii) observância da Súmula 437 do C. TST; (iv) evolução salarial (consideradas as

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Número do processo: 1001267-21.2018.5.02.0020 ID. 3d30ea8 - Pág. 5
Número do documento: 19052309140328900000139660344

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Fls.: 7543
Fls.:

diferenças salariais ora deferidas - pela incidência dos prêmios em DSRs) e observância da Súmula 264
do C. TST (observadas as rubricas já constantes em holerites); (v) excluam-se do cálculo períodos de
afastamento da parte autora, tais como férias, faltas injustificadas e licenças, desde que devidamente
comprovados; (vi) não sejam repetidas no módulo semanal as horas extras já apuradas no módulo diário; (
vii) seja feito o recálculo de todo o período, com base na jornada de trabalho acima, apure-se o valor
devido e deduza-se o que já fora pago a idêntico título (OJ 415 da SDI-1 do C.TST), em conformidade
com os recibos de pagamentos de salários juntados até a presente data, porquanto já estabilizada a lide; (vi
ii) observância da Súmula 146 do C. TST para os feriados laborados; (ix) os feriados deverão ser
considerados como aqueles que sejam consentâneos com a Lei n. 9.093/95; (x) atenção aos parâmetros da
OJ nº 397 da SBDI-1 e da Súmula 340 do C. TST para a parte variável da remuneração (fl.03, item "II").

14º salário (Prêmio Especial - PLR)

A parte autora não juntou aos autos os instrumentos normativos da categoria que preveem o pagamento
deste benefício em particular (Participação nos Lucros ou Resultados no valor de 100% do 13º salário),
razão pela qual rejeito o pedido quanto à proporcionalidade no exercício de 2018.

Justiça gratuita

O artigo 790 da CLT, a partir da reforma trabalhista, em seus parágrafos 3º e 4º, assim passou a dispor
sobre a justiça gratuita:

§3º. É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer
instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a
traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por
cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.

§4º. O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar insuficiência de recursos
para o pagamento das custas do processo.

Logo, interpretando conjuntamente os dois parágrafos, entendo que a concessão de justiça gratuita:

a) àqueles que percebam salário igual ou superior a 40% do Regime Geral de Previdência Social[1],
depende de prova;

b) enquanto, aos trabalhadores que têm remuneração[2] menor que R$2.335,78[3], é presumida.

Diante da realidade destes autos (ausência de prova a sustentar os fatos narrados na fl.16, item "5" e na
declaração de fl.19), rejeito a justiça gratuita à parte autora.

Honorários advocatícios sucumbenciais

Desse modo, fulcro no artigo 791-A da CLT c/c o artigo 86, parágrafo único, do NCPC (neste último
caso, relativamente às horas extras pela redução do intervalo intrajornada e pelo labor em feriados),
fixo os honorários advocatícios de sucumbência em 10% (dez por cento) dos pedidos rejeitados, julgados
improcedentes, devidos pela parte autora em favor da parte Ré.

Igualmente, fixo os honorários advocatícios de sucumbência em 10% (dez por cento) dos pedidos
acolhidos, julgados procedentes, devidos pela parte Ré em favor da parte autora.

Assinado eletronicamente por: RAPHAEL JACOB BROLIO - 23/05/2019 13:04:13 - 3d30ea8


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Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 8544
Fls.:

Os valores referentes aos honorários sucumbenciais serão apurados oportunamente, em sede de


liquidação de sentença - observado o quanto disposto na OJ 348 da SBDI-1 do C.TST c/c o artigo 1º da
Lei 6.899/81.

[1] Disponível em: http://www.previdencia.gov.br/2019/01/portaria-oficializa-reajuste-de-343-para-


beneficios-acima-do-minimo-em-2019/ Acesso em 22-04-2019.

[2] Complexo de parcelas salariais.

[3] Limite máximo = R$5.839,45

Dispositivo

Em face do exposto, nos autos da ação trabalhista ajuizada por Dalmo Lima Brasil em face de Via
Varejo S/A, com base na fundamentação que integra o presente dispositivo, inclusive levando-se em
conta todos os parâmetros: acolho a prescrição quinquenal quanto às parcelas vencidas anteriormente a
04-out-2013, extinguindo-as com resolução do mérito, nos termos dos artigos 316 e 487, II, do NCPC.

Por fim, julgo PROCEDENTES EM PARTE os pedidos para condenar a Reclamada a pagar:

(i) integração dos seguintes títulos "prêmio", "prêmio estimado", "prêmio estímulo", "prêmio
performance", "prêmio garantia/seguro", "prêmio antecipado" [premiações lançadas no
adiantamento mensal], "prêmio gerência" e "prêmio recarga celular" nos DSRs, bem como
integração de todas essas parcelas+DSR em 13º salário, horas extras deferidas, férias + 1/3, aviso
prévio e FGTS+40%;

(ii) horas extras excedentes da 8ª diária e 44ª semanal; 1 (uma) hora extra por dia efetivamente
laborado, ante a redução do intervalo intrajornada; dobro das horas extras pelo labor em todos os
feriados civis e religiosos (exceto Natal, Ano Novo e sexta-feira da paixão), nos períodos em que
trabalhou nas filiais dos shoppings; dobro das horas extras pelo labor em todos os domingos, nas
filiais de rua e de shopping, em datas comemorativas (dia dos pais, dia das mães, dia das crianças,
dia dos namorados e durante as 2 (duas) semanas que antecediam o Natal); além de reflexos dessas
horas extras em aviso prévio, DSRs (atento à OJ 394 da SDI-1 do TST), férias + 1/3, 13º salário e
FGTS + 40%.

Improcedentes os demais pedidos.

Justiça gratuita indeferida.

Honorários advocatícios, na forma da fundamentação.

Sobre os valores apurados em liquidação de sentença incidem correção monetária e juros de mora,
conforme disposto no artigo 883 da CLT e nas Súmulas 200 e 211, ambas do C. TST, respeitando-se,
quanto aos juros e à correção monetária o contido no art. 39 da Lei nº 8.177/91 e o estabelecido pela
Súmula 381 do C.TST. Sendo o caso, deverá ainda ser observado o teor da Súmula 304 do C.TST, da OJ
382 da SBDI-1 do C.TST e da Súmula 9 deste E.TRT da 2ª Região.

Assinado eletronicamente por: RAPHAEL JACOB BROLIO - 23/05/2019 13:04:13 - 3d30ea8


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Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 9545
Fls.:

Sem prejuízo, esclareço aos litigantes que a matéria quanto aos índices de correção monetária
propriamente (TR/IPCA-e) será decidida de modo definitivo quando da liquidação de sentença, posto
que, no momento, existe ação em trâmite no C.TST (TST-RR-10260-88.2016.5.15.0146), que tem efeito e
rga omnes, ainda pendente de trânsito em julgado. A questão está sub judice e, portanto, o momento
oportuno para a decisão de qual será o índice aplicado, inclusive quanto ao aspecto temporal, será na
liquidação de sentença, preparatória à execução.

O imposto de renda, havendo, deverá ser suportado pela parte Autora, beneficiária do crédito. Para efeito
de IR, observe-se a OJ 400 da SDI-I do TST e a Instrução Normativa da RFB nº 1.500 de 2014.

Cada parte arcará com sua cota do INSS. Autorizado o desconto de IR e INSS que compete à parte
Autora, comprove a Reclamada recolhimento das contribuições fiscais e previdenciárias, no prazo legal,
tudo sob pena de execução direta (Súmula 368 do C.TST).

São de natureza indenizatória as parcelas constantes do artigo 28, §9º, da Lei 8.212/91.

Ficam advertidas as partes que, na hipótese de embargos de declaração manifestamente


protelatórios, será aplicada a multa do §2º do artigo 1.026 do NCPC.

Custas de R$8.000,00, pela Reclamada, calculadas sobre o valor arbitrado provisoriamente à condenação
de R$400.000,00 (artigo 789 da CLT).

Intimem-se as partes.

Oportunamente e, apenas se, após liquidação de sentença, for aferido valor de contribuições
previdenciárias nos termos da Portaria n. 582, de 11/12/2013, MF, publicada no DOU de 13/12/2013,
artigo 1º (superiores a R$20.000,00), intime-se o órgão jurídico da União.

Nada mais.

Raphael Jacob Brolio

Juiz do Trabalho

SAO PAULO,23 de Maio de 2019

RAPHAEL JACOB BROLIO


Juiz(a) do Trabalho Substituto(a)

Assinado eletronicamente por: RAPHAEL JACOB BROLIO - 23/05/2019 13:04:13 - 3d30ea8


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Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 546

Fls.: 1

Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região

Ação Trabalhista - Rito Ordinário


1000912-10.2019.5.02.0009

Processo Judicial Eletrônico

Data da Autuação: 12/07/2019


Valor da causa: R$ 1.354.582,08

Partes:
RECLAMANTE: FERNANDO DOS SANTOS SANTANA
ADVOGADO: THIAGO MARTINS RABELO
ADVOGADO: ALESSANDRA CRISTINA DIAS
ADVOGADO: DANIELLE CRISTINA VIEIRA DE SOUZA DIAS
ADVOGADO: MARCOS ROBERTO DIAS
RECLAMADO: VIA S.A.
ADVOGADO: ALEXANDRE LAURIA DUTRA
ADVOGADO: DENIS SARAK
PAGINA_CAPA_PROCESSO_PJE

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 2547
Fls.:

PODER JUDICIÁRIO ||| JUSTIÇA DO TRABALHO


TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO
9ª Vara do Trabalho de São Paulo ||| ATOrd 1000912-10.2019.5.02.0009
RECLAMANTE: FERNANDO DOS SANTOS SANTANA
RECLAMADO: VIA VAREJO S/A

Assinado eletronicamente por: VIVIAN PINAREL DOMINGUEZ - 27/01/2020 16:37:57 - b7415b3


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Número do processo: 1000912-10.2019.5.02.0009 ID. b7415b3 - Pág. 1
Número do documento: 19121117022594000000162415492

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 3548
Fls.:

SENTENÇA

PROCESSO Nº: 1000912-10.2019.5.02.0009 (RITO ORDINÁRIO)

RECLAMANTE: FERNANDO DOS SANTOS SANTANA

RECLAMADA: VIA VAREJO S/A

ORIGEM: 9ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO

RELATÓRIO

FERNANDO DOS SANTOS SANTANA, qualificado nos autos, ajuizou ação trabalhista em face
de VIA VAREJO S/A, também qualificada, pleiteando, em síntese, integração de prêmios, horas extras,
intervalo intrajornada, intervalo interjornada, equiparação salarial e participação nos lucros e resultados.
Requereu o benefício da Justiça Gratuita. Atribuiu à causa o valor de R$ 1.354.582,08. Instruiu a inicial
com procuração, declaração de hipossuficiência econômica e documentos.

Em audiência inaugural, foi recebida a defesa escrita da reclamada, em que pugnou pela
improcedência total dos pedidos.

Foram colhidos os depoimentos do reclamante, do preposto da reclamada e de testemunhas das


partes. Sem outras provas a produzir, foi encerrada a instrução processual.

Conciliação final rejeitada.

Réplica e razões finais apresentadas.

É o relatório, em síntese.

FUNDAMENTAÇÃO

VIGÊNCIA DAS NORMAS DE DIREITO MATERIAL NO TEMPO

A Lei 13.467/17, que modificou a legislação processual trabalhista, foi publicada no dia 14 de
julho de 2017, com vacatio legis de 120 dias e promoveu uma grande modificação em mais de 200
dispositivos da CLT.

A doutrina ensina que na solução de eventuais conflitos na aplicação da lei às situações concretas
devemos nos valer dos princípios próprios ao direito intertemporal. Dentre esses princípios está o da
irretroatividade da lei. Logo, a Lei 13.467/17 não se aplica aos fatos e contratos anteriores à sua vigência.

Extinto o contrato antes da Lei 13.647/17 ou vigente o contrato, a nova lei não se aplicará aos
fatos anteriores ou para retirar direitos adquiridos antes da vigência da lei. Assim, não será aplicada a
nova lei de forma retroativa.

Assinado eletronicamente por: VIVIAN PINAREL DOMINGUEZ - 27/01/2020 16:37:57 - b7415b3


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19121117022594000000162415492
Número do processo: 1000912-10.2019.5.02.0009 ID. b7415b3 - Pág. 2
Número do documento: 19121117022594000000162415492

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 4549
Fls.:

VIGÊNCIA DA NORMA PROCESSUAL. DIREITO INTERTEMPORAL

De acordo com o artigo 8º da Lei Complementar 95/98, a Lei nº 13.467/17, que disciplina
aspectos de direito processual e material, entrou em vigor em 11/11/2017, após o prazo de vacatio legis
de 120 dias.

Em princípio, de acordo com a teoria do isolamento dos atos processuais, consoante se verifica da
leitura do artigo 14 do CPC c/c o artigo 15 do mesmo diploma legal, as normas processuais alteradas pela
Lei 13.467/17 serão aplicadas aos processos em curso, respeitados os atos já praticados e as situações
consolidadas sob a vigência da lei revogada.

Entretanto, a novel legislação promoveu profundas alterações em normas processuais com efeitos
materiais (as chamadas normas bifrontes), que geram responsabilidades patrimoniais, tais como
pagamento de custas, honorários periciais e sucumbenciais, pelo que tais normas deverão ser aplicadas
para as reclamações trabalhistas ajuizadas a partir de 11/11/2017.

A lei processual vigente na data do ajuizamento da ação é a que rege as normas aplicáveis aos
direitos bifrontes - de natureza processual e material, tais como sucumbência e assistência judiciária
gratuita.

IMPUGNAÇÃO DE DOCUMENTOS

Rejeito a impugnação atinente aos documentos acostados aos autos pela parte reclamante, uma
vez que não há impugnação específica em relação ao conteúdo dos documentos apresentados.

Desse modo, na análise da prova, todos os documentos servirão de base para o convencimento do
Juízo e, certamente, se houver algum impertinente ao fim a que se pretende, será desconsiderado.

IMPUGNAÇÃO AO PEDIDO DE JUSTIÇA GRATUITA

Presentes os pressupostos exigidos pelo artigo 790, parágrafo 4º, da CLT (incluído pela Lei nº.
13.467/2017) c.c artigos 98 e 99, § 3º, do CPC, de aplicação subsidiária na seara laboral, com a
declaração de pobreza juntada aos autos (ID. 3d97403) e não havendo evidências que descaracterizem a
situação declarada, concedo à parte reclamante os benefícios da gratuidade judicial.

Impugnação rejeitada.

DA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL

Pronuncio a prescrição quinquenal, relativamente à pretensão de direitos eventualmente devidos e


anteriores a 12/07/2014, julgando extinto o processo, com resolução do mérito, em relação a tais pedidos,
com base no artigo 487, II do CPC, ressalvados os pedidos declaratórios (artigo 11, parágrafo único, da
CLT) e de FGTS sobre parcelas pagas, nos termos da nova redação da Súmula 362 do C. TST.

DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL

Em sua peça inaugural, o reclamante narra que foi admitido em 16/08/2000 e dispensado
imotivadamente em 01/02/2019. Foi contratado como pacoteiro, promovido a vendedor e posteriormente
a gerente. Alega que exercia atividades idênticas, com mesma produtividade e perfeição técnica que os
paradigmas indicados, sras. Alessandra e Marlyne, razão pela qual pleiteia equiparação salarial com
consequente pagamento das verbas reflexas.

Assinado eletronicamente por: VIVIAN PINAREL DOMINGUEZ - 27/01/2020 16:37:57 - b7415b3


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19121117022594000000162415492
Número do processo: 1000912-10.2019.5.02.0009 ID. b7415b3 - Pág. 3
Número do documento: 19121117022594000000162415492

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 5550
Fls.:

A reclamada sustenta que nunca houve identidade de funções e trabalho de igual valor entre os
comparados. Afirma que as funções e a produtividade entre autor e paradigmas eram distintas, além de
terem laborado em lojas diferentes, pelo que impugna as alegações iniciais.

Analiso.

A equiparação salarial prevista no artigo 461 da CLT objetiva impedir que o empregador trate
com desigualdade seus empregados no que tange a contraprestação pelos serviços.

Havendo tal alegação, poderá o Judiciário Trabalhista proceder à equiparação salarial do


trabalhador com o paradigma, exigindo-se para tanto o atendimento aos seguintes requisitos: a)
identidade de função; b) idêntica perfeição técnica; c) idêntica produtividade; d) diferença de tempo de
exercício na função não excedente a dois anos; e) mesma localidade; f) simultaneidade no exercício das
funções; g) mesmo empregador; h) inexistência de quadro de carreira instituído pela empregadora.

A Súmula 6, IX, do C. Tribunal Superior do Trabalho, por sua vez, fixa a interpretação de que o
ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou extintivo da equiparação salarial é do empregador, nos
moldes do artigo 818 da CLT e 373, II do Código de Processo Civil, aplicável ao processo do trabalho
por força do artigo 769 da CLT, mas mantém-se com o empregado o ônus de comprovar os fatos
constitutivos de sua pretensão.

No caso em análise, o reclamante declarou "que trabalhou em lojas de porte 1 (Guarulhos), 2


(Brás) e 3 (Liberdade), ao que se recorda; que a Sra. Alessandra trabalhava em loja de porte 3 (Tatuapé);
que a Sra. Marlini também trabalhava em loja de porte 3 (Ipiranga); que a última loja em que prestou
serviços foi na região do Brás (filial 1532); que nesta loja trabalhavam aproximadamente 15 vendedores".

Sobre o tema, a testemunha do autor limitou-se a declarar "que dentro da loja há um único
empregado no cargo de gerente de vendas; que trabalhou com o reclamante com os mesmos regionais,
informando o nome de Marcelo Souza e Simone; que demonstrou desconhecimento quanto à
classificação das filiais em portes 1,2 e 3".

Verifica-se por meio das fichas de registro dos funcionários que os históricos de lotação divergem
entre si, de modo que o autor e os paradigmas indicados atuaram em unidades de trabalho distintas.
Ademais, a prova oral confirma que cada loja contava com um único gerente.

Saliente-se que as filiais apresentam portes com classificações diversas, com base em seu número
de funcionários, faturamento mensal, demanda de vendas, circulação de clientes, dentre outros critérios.
Desse modo, é imperioso reconhecer que, em unidades que apresentam complexidades diversas, não há
trabalho idêntico e de igual valor dos respectivos gerentes em decorrência da notória diferença de
caraterísticas e peculiaridades do labor em cada loja.

Pelo exposto, rejeito o pedido de equiparação salarial.

DOS PRÊMIOS

O autor afirma que sempre recebeu salário fixo e prêmios fornecidos habitualmente como
contraprestação pelo trabalho. Requer a integração dos valores pagos a título de prêmios para que
componham sua remuneração global, bem como o consequente pagamento dos reflexos em descansos
semanais remunerados e verbas rescisórias quitadas.

A reclamada alega que o DSR foi corretamente calculado e pago sobre as verbas de natureza salarial,
salientando que as parcelas indicadas pelo reclamante possuem natureza indenizatória por se tratarem de
prêmios pagos sem habitualidade, razão pela qual improcede o pedido.

Em análise dos demonstrativos de pagamento do autor, verifica-se que a reclamada remunerou


prêmios sob rubricas diversas e em valores variáveis.

Assinado eletronicamente por: VIVIAN PINAREL DOMINGUEZ - 27/01/2020 16:37:57 - b7415b3


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Número do processo: 1000912-10.2019.5.02.0009 ID. b7415b3 - Pág. 4
Número do documento: 19121117022594000000162415492

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Contudo, não eram pagos mensalmente e de forma fixa os mesmos prêmios, como quer fazer crer
o reclamante, o que confirma a tese defensiva de que se trata de ato de vontade exclusiva da
empregadora, pagos de forma subjetiva conforme critérios, metas e parâmetros por ela fixados.

Desse modo, deixo de reconhecer a natureza salarial das verbas na forma pleiteada e, por
conseguinte, rejeito o pedido de integração para fins de reflexos em DSR.

Indefiro.

DA PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS

O reclamante pleiteia o pagamento de participação nos lucros e resultados proporcional do ano de 2019,
alegando que a verba não foi paga.

A reclamada sustenta que não há previsão em norma coletiva para o pagamento de PLR
proporcional, pelo que é indevido o pedido.

Inicialmente, cumpre destacar que a verba em debate foi paga ao reclamante nos anos anteriores,
como se observa nos comprovantes de pagamento.

Em que pese a tese defensiva, quanto à obrigatoriedade de remuneração dos lucros na forma
requerida, a súmula 451 do C. TST é expressa ao determinar o pagamento proporcional aos meses
trabalhados, tendo em vista que o obreiro concorreu para os resultados positivos da empresa.

Ressalte-se que o ônus de provar eventual inexistência de lucro da empresa ou de resultados


positivos individuais do empregado recai sobre o empregador, detentor dos meios probatórios para
demonstrar os fatos controvertidos.

Tendo em vista que não foi realizado o pagamento do benefício pleiteado ao autor, defiro o
pedido de quitação da PLR do ano de 2019 de forma proporcional aos meses trabalhados, respeitados os
critérios fixados na norma coletiva, a ser calculada em liquidação de sentença.

Não há que se falar em cômputo da projeção do aviso prévio indenizado no cálculo da PLR, pois
trata-se de período em que não houve real contribuição do empregado aos resultados da empresa.

Defiro, na forma da fundamentação.

DA JORNADA DE TRABALHO. HORAS EXTRAS

A limitação da jornada de trabalho através de normas estatais atende a uma necessidade de


integridade e harmonia física, psíquica e psicológica do trabalhador. Além de apresentar-se como um
fundamento de natureza social e econômica.

Seu objetivo maior está relacionado à saúde do trabalhador, em respeito ao princípio da dignidade
da pessoa humana e a garantia constitucional de que ninguém será submetido a nenhum tratamento
desumano e degradante, nos termos do disposto nos arts. 1º, III e 5º, III da CF/88.

Assim, o artigo 7º, XIII do texto constitucional estabelece como direito fundamental a duração do
trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação
de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.

De acordo com o artigo 4º da CLT, computa-se na jornada de trabalho não só o tempo


efetivamente trabalhado, mas também o tempo à disposição do empregador. Sem se falar ainda, que
dentro do conceito de tempo à disposição, o Direito brasileiro engloba o período necessário ao
deslocamento interno, entre a portaria da empresa e o local de trabalho (Súmula 429 do C. TST) e o
tempo residual constante do cartão de ponto (art. 58, §1º, CLT c/c Súmula 366 do C. TST).

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O trabalho que ultrapassar os limites fixados pela CF e pela CLT (art. 58) é considerado como
extraordinário e será remunerado com adicional de, no mínimo, 50% sobre a hora normal (art. 7º, XVI da
CRFB).

Vale registrar que cabe ao empregador fiscalizar a jornada de trabalho de seus empregados. É
obrigatória, inclusive, a anotação de entrada e saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, nas
empresas com mais de 10 empregados (Art. 74, §2º da CLT).

O autor afirma na exordial que cumpria jornada de trabalho de segunda-feira a sábado, das 08h30
às 20h30/21h00, com intervalo de 30 minutos para refeição e repouso, além de intensificar a jornada em
datas comemorativas, saldões, inventários, Black Friday e feriados. Alega que sobrejornada não foi
devidamente remunerada, pelo que requer seu pagamento.

A reclamada sustenta que o reclamante exerceu cargo de confiança, nos termos do artigo 62, II da
CLT e, consequentemente, não estava sujeito a controle de jornada. Salienta que o autor detinha
autonomia no desenvolvimento de suas atividades, possuía subordinados e era a autoridade máxima da
loja. Ainda, em razão do cargo, percebia remuneração diferenciada, ao menos 40% superior à dos
demais. Desse modo, afirma ser indevido o pagamento da sobrejornada pleiteada.

Analiso.

Para a configuração do cargo de gestão de que trata o dispositivo em questão, é necessário o


preenchimento de dois requisitos, cumulativamente: exercício de função de gestão e o recebimento de
salário não inferior a 40% do salário efetivo.

Ressalte-se que não basta a nomenclatura do cargo ocupado para o enquadramento do empregado
como gerente, devendo verificar as reais condições em que se desenvolveu a prestação de serviços, sendo
indispensável que seja exercido cargo de gestão, ao que se equiparam os diretores, chefes de
departamento ou filial.

Assim, esclareço que o cargo de confiança, de que trata o art. 62, II, da CLT, é aquele em que o
empregado exerce, por delegação, funções típicas de empregador, identificando-se com o poder diretivo a
que se refere o art. 2º da CLT.

O reclamante narrou em seu depoimento pessoal "que trabalhava das 08h30 às 20h30/21h00 de
segunda-feira a sábado; que fazia em média 30 minutos de intervalo, afirmando que retornava às
atividades após concluir sua alimentação; que o depoente sempre prestou serviços em lojas de rua que
funcionam no horário padrão das 09h00 às 20h00".

Sobre o tema, a testemunha da reclamada informou "que trabalha na reclamada desde 15/08/2016;
que trabalhou com o reclamante na filial 1532 de março/abril de 2018 a fevereiro de 2019; que o
reclamante era gerente da filial e o depoente atuava como vendedor; que não sabe dizer qual o porte da
filial 1532; que é o gerente que faz a entrevista para contratação de empregados; que após a realização da
entrevista, a questão é repassada ao regional e fica no aguardo de sua aprovação para que o empregado
inicie as atividades; que advertências são aplicadas pelo gerente da loja, não sabendo dizer se com
ciência do regional; que a filial 1532 possui em média de 25 a 30 empregados; que a loja possui
vendedores, dois vendedores líderes, um gerente de loja e uma coordenadora; que a escala de férias é
feita pelo gerente em conjunto com a coordenadora; que a chave da loja fica na posse do gerente, da
coordenadora e dos vendedores líderes; que a loja de rua funciona das 09h00 às 20h00; que o gerente não
fica na loja no horário da abertura ao fechamento; que não sabe dizer o horário praticado pelo gerente,
informando que é a coordenadora quem abre a loja; que as metas são passadas pelo gerente da loja; que o
gerente podia fazer a alocação dos vendedores nos setores; que descontos podiam ser autorizados pelos 4
responsáveis da filial; que não sabe dizer quanto tempo de intervalo era usufruído pelo reclamante,
informando apenas que todos os empregados tinham direito a uma hora; que o acesso do gerente ao
sistema ADP possuía funcionalidades diferenciadas (advertências, ponto, admissão e demissão); que
dispensas precisavam passar previamente pelo comitê e pelo regional, a quem cabia a decisão final; que a
depender do valor do desconto, havia necessidade de buscar autorização junto ao regional; que não sabe
dizer se para acessar o sistema precisava utilizar a biometria no início da jornada; que nunca substituiu o
gerente".

A testemunha do reclamante, por sua vez, informou "que trabalhou na reclamada de agosto de
2008 a final de setembro de 2017; que no final do contrato o depoente era gerente de vendas; que em

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maio de 2013 o depoente foi promovido a gerente trainee e em janeiro de 2014 passou a gerente de
vendas; que dentro da loja há um único empregado no cargo de gerente de vendas; que trabalhou com o
reclamante com os mesmos regionais, informando o nome de Marcelo Souza e Simone; que demonstrou
desconhecimento quanto à classificação das filiais em portes 1,2 e 3; que podiam fazer a abertura da loja
o gerente, a coordenadora e o vendedor líder escolhido junto com o regional; que o depoente já prestou
serviços em lojas de rua e de shopping, informando que nas lojas de rua precisava cumprir o horário das
08h30 até às 20h00/20h30; que o depoente sempre fazia a abertura da loja, informando que se precisasse
comparecer em alguma reunião, a coordenadora poderia fazê-lo; que há determinação do regional para
que o gerente abra e feche a loja; que todos os gerentes de loja devem prestar serviços no horário que
compreende 30 minutos antes e 30 minutos após o horário de funcionamento das filiais; que havia
necessidade de registrar o início e o fim de sua jornada de trabalho por meio biométrico; que todas as
mesas possuíam o registro biométrico, informando que as informações eram repassadas ao regional e
também à pessoa que fazia a coordenação das coordenadoras de loja; que fazia de 30 a 35 minutos de
intervalo, informando ao Juízo que era orientado a permanecer nas dependências da loja com foco nas
vendas; que eventuais atrasos, saídas antecipadas e faltas precisavam ser comunicadas previamente ao
regional; que já recebeu negativas do regional quanto a esses pedidos; que não podia fazer trocas após o
prazo estabelecido pela reclamada; que não podia admitir e dispensar empregados; que recolhia os
currículos recebidos na filial e encaminhava-os toda sexta-feira para a matriz via malote; que a seleção
era feita pelo regional junto com o núcleo de contratações; que eventuais indicações para demissão eram
feitas em conjunto pelo gerente e pelo regional e encaminhadas para o comitê; que na visão do depoente
a autorização para fazer o desligamento era dada pelo regional; que a aplicação de advertências e
suspensões precisava passar pelo crivo do regional; que o próprio sistema possui um limite de descontos
que podem ser dados pelos vendedores; que descontos superiores a esse limite são levados pelo vendedor
ao gerente, que liga para o regional e usa a senha do regional para autorizar; que não assinava contratos e
procurações; que a coordenadora era responsável por questões administrativas como férias, folga e ponto
dos empregados; que conhece o procedimento MOVVE, que é um cronograma com uma série de
atividades que devem ser desempenhadas diariamente nos horários pré-definidos; que as atividades não
podiam ser delegadas, pois precisavam ser realizadas com login e senha; que a rota 3x3 consiste na
necessidade de percorrer as dependências da filial no início, no fim e no meio do expediente para
verificar eventuais falhas de preço e arrumação, bem como desligamento dos computadores e
esvaziamento completo da loja antes do seu fechamento; que deveria fazer o registro no sistema Ágile,
aplicativo de celular em que era possível encaminhar fotos; que os lançamentos deveriam ser feitos no
sistema de acordo com os horários pré-determinados pela reclamada; que essas práticas eram objeto de
auditoria mensalmente; que foi realocado em três filiais na função de gerente, informando que não houve
alteração do seu salário fixo; que o gerente não tem autorização para indicar funcionários a promoção;
que a promoção é feita pelo regional; que o regional utiliza como base para fazer promoções as práticas
registradas no aplicativo MOVVE; que todos os empregados faziam o controle biométrico nas mesas de
trabalho; que além dos terminais nas mesas de trabalho há o controle de ponto da loja; que o gerente faz o
controle de seus horários de trabalho em qualquer terminal da filial; que o depoente nunca descumpriu
negativas do regional quanto às suas solicitações para atrasos e faltas; que o depoente não fez entrevistas
de candidatos a emprego; que ao que sabe, as entrevistas são feitas pelo regional; que ao que sabe, o
regional tem a responsabilidade de cuidar de 14 ou 15 lojas; que todos os descontos que excederem as
previsões do sistema só podem ser dados pelo regional; que a alocação dos empregados nos setores da
filial é feita em comum acordo pelo gerente e pelo regional; que a meta da loja vem pelo sistema; que
eventuais empregados afastados eram comunicados pela coordenadora; que o próprio sistema fazia a
distribuição da meta para os empregados ativos; que como gerente, cuidava da arrumação da loja,
verificando a exposição dos produtos, com foco nas vendas".

Diante da prova oral produzida, entendo que o autor não gozava de fidúcia especial que permita
seu enquadramento na exceção do art. 62, II da CLT. O reclamante não detinha efetivamente poderes de
gestão e administração em sua área de atuação, não exercendo atividades com nível de fidúcia
diferenciada. Ademais, quaisquer decisões de maior relevância necessitavam passar pelo crivo da
gerência regional, pelo que o autor não era dotado da alegada autonomia de atuação.

Por todo o exposto, é forçoso reconhecer que não se trata de empregado que gozava de confiança
excepcional, pelo que se sujeita ao regime de jornada previsto no Capítulo II da CLT.

Ausentes os requisitos para configuração de cargo de confiança e não se desincumbindo a


reclamada do ônus da prova quanto à jornada de trabalho realizada, fixo a jornada de trabalho de segunda-
feira a sábado, das 08h30 às 20h30, com 30 minutos de intervalo.

Assinado eletronicamente por: VIVIAN PINAREL DOMINGUEZ - 27/01/2020 16:37:57 - b7415b3


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Número do processo: 1000912-10.2019.5.02.0009 ID. b7415b3 - Pág. 7
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Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
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Com base na jornada de trabalho fixada, são devidas horas extraordinárias pela superação da 8ª
hora diária e 44ª hora semanal, não se computando na apuração do módulo semanal as horas extras já
calculadas pelo módulo diário, a fim de se evitar duplicidade.

Por habituais, nos limites do pedido, defiro os reflexos em aviso prévio indenizado (art. 487, §5º,
CLT), descansos semanais remunerados (Súmula 172, C. TST), férias acrescidas de um terço (art. 142,
§5º, CLT), 13º salários (Súmula 45, C. TST) e FGTS + 40% (Súmula 63, C. TST).

O intervalo intrajornada não é computado na duração do trabalho.

Para o cálculo das horas extras acima deferidas deverão ser observados os seguintes critérios: os
dias efetivamente trabalhados, com base na jornada fixada e no calendário civil; a evolução salarial da
parte reclamante; base de cálculo conforme Súmula 264 do Tribunal Superior do Trabalho; divisor 220;
adicional convencional.

Intervalo intrajornada

Diante da jornada reconhecida, e confirmada pela testemunha o gozo de somente 30 minutos de


intervalo, defiro o pagamento de uma hora extra diária pela supressão do intervalo intrajornada. Devidos,
ainda, seus reflexos em aviso prévio indenizado, descansos semanais remunerados, férias acrescidas de
um terço, 13º salários e FGTS + 40%.

Intervalo interjornada

Ante a jornada reconhecida, não há que se falar em supressão do intervalo interjornada. Rejeito.

Labor em domingos e feriados

Na adoção da escala 6x1, o trabalho em domingos, a princípio, não é extraordinário, mas trabalho
comum a ser compensado em outro dia. Apenas a falta de folga compensatória é que resulta no direito ao
recebimento em dobro.

A Constituição Federal, ao contrário do alegado pela parte autora, prevê que o descanso semanal
remunerado será concedido preferencialmente aos domingos e não obrigatoriamente, como quer fazer
crer o reclamante.

Dessa forma, constatado que a parte autora gozava de uma folga semanal, indefiro o pedido de
pagamento de domingos em dobro.

Ainda, extrai-se da inicial tão somente a alegação vaga de labor em feriados, não tendo a parte
autora indicado em quais datas ativou-se perante a reclamada, limitando-se à afirmação genérica.

Caberia ao reclamante especificar os feriados trabalhados durante o contrato de trabalho, ônus que
lhe incumbia nos termos do art. 818 da CLT e do art. 373, I, do CPC, indicando ao menos as datas sobre
as quais pretende pagamento da dobra.

Desse modo, indefiro.

DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS SUCUMBENCIAIS

Com fulcro no artigo 791-A da CLT (com redação dada pela Lei n. 13.467/17), são devidos
honorários advocatícios de sucumbência por ambas as partes, vedada sua compensação, ora fixados no pe

Assinado eletronicamente por: VIVIAN PINAREL DOMINGUEZ - 27/01/2020 16:37:57 - b7415b3


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rcentual 10% sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, em benefício da parte-autora; bem
como no percentual de 10% sobre os valores indicados na exordial, devidamente atualizados,
relativamente aos pleitos julgados improcedentes; extintos sem resolução do mérito quando tenham
expressão econômica ou com relação aos quais foi manifestada a renúncia pelo reclamante, em benefício
da parte-reclamada.

DA COMPENSAÇÃO/DEDUÇÃO

Não há que se falar em compensação de valores, eis que não existem débitos da parte reclamante,
oriundos da relação de trabalho, apontados pela reclamada.

No entanto, fica desde já autorizada a dedução de eventuais valores já pagos e devidamente


comprovados nos autos sob os mesmos títulos dos créditos decorrentes da presente condenação, a fim de
se evitar enriquecimento ilícito.

DOS JUROS DE MORA E DA CORREÇÃO MONETÁRIA

A correção monetária deverá incidir a partir do vencimento da obrigação, observando-se,


portanto, o disposto no art. 459, §1º da CLT, conforme dispõe a Súmula 381 do TST. A mesma forma de
correção deve ser observada em relação ao FGTS, nos termos da Orientação Jurisprudencial 302 da SDI-I
do TST.

O índice de atualização monetária aplicável será o IPCA, já pacificado pelo Supremo Tribunal
Federal nas ADI 4.357/DF e ADI 4.425/DF, e ratificado pela 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal, em
05/12/2017, ao rejeitar a Reclamação 22.012/RS ajuizada contra a decisão do Tribunal Superior do
Trabalho que determinou a adoção de tal índice, ante a inconstitucionalidade da TRD, prevista no art. 31
da Lei n. 8.177/91 e art. 879, parágrafo 7º, da CLT, incluído pela Lei n. 13.467/2017.

Quanto aos juros de mora, cumpre aplicar o disposto no art. 39, § 1.º, da Lei 8.177/91. Portanto,
os juros devem incidir "pro rata die", contados do ajuizamento da presente ação, conforme também
dispõe o art. 883 da CLT. A apuração dos juros de mora deve ser computada na forma da Súmula 200 do
TST, portanto, incidindo sobre o valor do principal já corrigido monetariamente.

DOS RECOLHIMENTOS PREVIDENCIÁRIOS E FISCAIS

Considerando o disposto no art. 43 da Lei n.º 8.212/91, art. 277 do Decreto n.º 3.048/99 e a atual
redação do art. 114, VIII, da CF/88, determino que a reclamada proceda ao recolhimento das
contribuições previdenciárias (quota empregado). Tal recolhimento deve observar os critérios previstos
na Súmula 368, II, do TST. Para fins do disposto no art. 832, §3º da CLT, declara-se que são
indenizatórias as parcelas deferidas nesta ação e que estão contempladas no art. 28, §9º da Lei 8.212
/1991, sendo as demais salariais.

Compete à reclamada, ainda, comprovar os recolhimentos previdenciários no prazo de 15 dias,


nos termos do art. 889-A da CLT.

Tais recolhimentos abrangem tanto aqueles devidos pela empregadora, como também o montante
correspondente à cota-parte da parte reclamante, que será devidamente descontada de seu crédito.

Determino, anda, a retenção do imposto de renda incidente sobre os valores ora deferidos, mês a
mês, nos moldes da Instrução Normativa RFB nº 1.127/11, publicada no DOU de 08.02.2011, do art. 12-
A da Lei nº 7.713, de 22.12.1988, com a redação dada pela Lei nº 12.350/2010 e da forma disposta na
Súmula 368, II, do TST. Cabe observar, ainda, o disposto na Orientação Jurisprudencial 400 da SDI-I do
TST, acerca da não incidência de contribuições fiscais sobre os juros de mora. Tal recolhimento deve ser
comprovado no prazo 15 dias, conforme prevê o art. 28 da Lei n.º 10.833/03.

Assinado eletronicamente por: VIVIAN PINAREL DOMINGUEZ - 27/01/2020 16:37:57 - b7415b3


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Cumpre mencionar não haver falar em responsabilidade integral da parte reclamada pelos
descontos previdenciários e fiscais. Neste sentido prevê a Orientação Jurisprudencial 363 da SDI-I do
TST.

DISPOSITIVO

ANTE O EXPOSTO e por tudo mais que dos autos consta, com base na fundamentação que
integra o presente dispositivo, decido:

1. pronunciar a prescrição quinquenal da pretensão de direitos devidos anteriores a 12/07/2014,


extinguindo-os com resolução do mérito;

2. julgar PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos formulados por FERNANDO DOS


SANTOS SANTANA em face de VIA VAREJO S/A, condenando a reclamada ao pagamento de:

a. participação nos lucros e resultados proporcional de 2019;

b. horas extras com base na jornada fixada e reflexos em aviso prévio, DSR, férias acrescidas de 1
/3, 13º salários e FGTS + 40%, observados os critérios e parâmetros estabelecidos na fundamentação;

c. uma hora extra diária a título de supressão do intervalo intrajornada e reflexos em aviso prévio,
DSR, férias acrescidas de 1/3, 13º salários e FGTS + 40%.

Arbitro honorários advocatícios de sucumbência na forma da fundamentação.

Os valores correspondentes às parcelas da condenação serão devidamente apurados em liquidação


de sentença por cálculos, observados os parâmetros fixados na fundamentação, que integra este
dispositivo.

Fica autorizada a realização dos descontos previdenciários e fiscais sobre os valores ora deferidos,
cabendo à reclamada o correspondente recolhimento, nos termos da fundamentação.

Conforme critérios estabelecidos na fundamentação, incidirão juros e correção monetária.

Defiro à parte autora o benefício da Justiça Gratuita.

Custas pela reclamada no importe de R$ 4.000,00, calculadas sobre o valor atribuído à


condenação de R$ 200.000,00, conforme art. 789, inciso I da CLT.

Atentem as partes para as previsões contidas nos artigos 80, 81 e 1.026, § 2º do CPC em vigor,
não cabendo embargos de declaração para rever fatos, provas ou a própria decisão ou, simplesmente,
contestar o que já foi decidido. O inconformismo das partes com esta decisão deve ser arguido em
recurso ordinário.

Intimem-se as partes.

Cumpra-se. Nada mais.

SAO PAULO,27 de Janeiro de 2020

Assinado eletronicamente por: VIVIAN PINAREL DOMINGUEZ - 27/01/2020 16:37:57 - b7415b3


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Número do processo: 1000912-10.2019.5.02.0009 ID. b7415b3 - Pág. 10
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Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
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VIVIAN PINAREL DOMINGUEZ


Juiz(a) do Trabalho Substituto(a)

Assinado eletronicamente por: VIVIAN PINAREL DOMINGUEZ - 27/01/2020 16:37:57 - b7415b3


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19121117022594000000162415492
Número do processo: 1000912-10.2019.5.02.0009 ID. b7415b3 - Pág. 11
Número do documento: 19121117022594000000162415492

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 1558
Fls.:

PODER JUDICIÁRIO ||| JUSTIÇA DO TRABALHO


TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO
76ª Vara do Trabalho de São Paulo ||| RTOrd 1000671-29.2019.5.02.0076
RECLAMANTE: GABRIEL ADAMI PAMPLONA
RECLAMADO: VIA VAREJO S/A

TERMO DE AUDIÊNCIA

Aos 09 dias do mês de agosto do ano de dois mil e dezenove às 16:30 min, na sala de audiências desta
Vara, por ordem do MMa. Juíza do Trabalho Substituta PAULA LORENTE CEOLIN, foram
apregoados os litigantes:GABRIEL ADAMI PAMPLONA, reclamante, VIA VAREJO S/A,
reclamada.

Ausentes as partes, foi o processo submetido a julgamento e proferida a seguinte:

SENTENÇA

RELATÓRIO

GABRIEL ADAMI PAMPLONA, qualificada na inicial, ajuizou a presente reclamatória trabalhista em


face de VIA VAREJO S/A, pelas razões que expôs, pleiteando a condenação da reclamada aos pedidos
de fls.15/17 do pdf e formulou demais requerimentos de estilo. Atribuiu à causa o valor de R$
1.773.267,23. Juntou documentos.

Inconciliados. A reclamada foi regularmente citada, apresentou defesa com preliminar, prejudicial de
mérito e resistiu às pretensões formuladas. Juntou documentos.

Réplica apresentada às fls. 1583 e seguintes.

Em audiência foram colhidos os depoimentos pessoais das partes e ouvida uma testemunha.

Sem outras provas, foi encerrada a instrução processual. Razões finais apresentadas pelo autor às fls.
1563 e seguintes e remissivas pela reclamada. Todas as propostas conciliatórias restaram infrutíferas.
Inconciliados. É o relatório. Decido.

FUNDAMENTAÇÃO

DO DIREITO INTERTEMPORAL

Registro que a lei processual possui aplicação imediata aos processos em curso, mas deve respeitar os
atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada (art.
14 do CPC).

Sendo assim, a nova legislação processual trazida com a Lei nº 13.467/17, vigente desde 11/11/2017, não
poderá prejudicar o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada, não afetando os atos
processuais praticados sob a égide da legislação anterior (Lei n. 13.467/17).

Assinado eletronicamente por: PAULA LORENTE CEOLIN - 22/08/2019 13:39:49 - d1f7a22


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19072218335544700000145699422
Número do processo: 1000671-29.2019.5.02.0076 ID. d1f7a22 - Pág. 1
Número do documento: 19072218335544700000145699422

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 2559
Fls.:

Nesse sentido, considerando que a presente ação foi ajuizada em 27/05/2019 e, portanto, posteriormente
a entrada em vigor da reforma trabalhista, aplica-se a respectiva Lei no presente processo, mas tão
somente em relação à parte processual, exceto quanto às relações ocorridas a partir de 11/11/2017, as
quais também se aplicam a parte material.

IMPUGNAÇÃO AO VALOR DA CAUSA

A Reclamada impugnou o valor da causa ao argumento de que o autor atribuiu valores excessivos,
descabidos e sem qualquer comprovação. Sem razão a reclamada.

De outro tanto, à reclamada carece interesse processual em impugnar o valor de causa, porquanto o que
foi atribuído na inicial permite a recorribilidade da decisão.

Frise-se, ainda, que no Processo do Trabalho o valor da causa é apenas a base de cálculo das custas
quando houver extinção do processo, sem julgamento do mérito, ou julgada improcedente a pretensão
(CLT, art. 789, II) autoral. Portanto, irrelevante se o valor estimado pelo autor é "irreal" ou "excessivo",
uma vez que, nos termos da lei, assumirá os ônus da estimativa ao valor atribuído à causa.

A ausência de interesse da empresa-reclamada impugnar o valor está também que, no caso de eventual
sucumbência, as custas serão calculadas sobre o valor arbitrado à condenação (art. 789, I, da CLT), não
pelo valor da causa.

Rejeito, pois, a impugnação por faltar interesse jurídico da reclamada no particular. Mantenho o valor
atribuído à causa na inicial.

INÉPCIA DA INICIAL

A inicial não é inepta, pois atende, de forma satisfatória, os requisitos do art. 840 da CLT, tendo,
inclusive, possibilitado apresentação de ampla e minuciosa defesa por parte da reclamada.

Ademais, em audiência o autor fez a escolha do paradigma.

Sendo assim, rejeito aa preliminar.

PRESCRIÇÃO QUINQUENAL

Suscitada em defesa, justifica-se o pronunciamento da prescrição quinquenal, conforme preceituado no


artigo 7º, XXIX, da Constituição Federal, bem como na nova redação do artigo 11, I, da Consolidação
das Leis do Trabalho, pelo que passam a ser inexigíveis os eventuais títulos reconhecidos em sentença,
anteriores a 27/05/2014, considerando-se a data de ajuizamento da ação, julgando-as extintas com
resolução do mérito, na forma do art. 487, II do CPC.

EQUIPARAÇÃO SALARIAL

O reclamante alega que exercia a mesma função que o paradigma Wagner Soares, mas que recebia
salário inferior, razão pela qual pretende o recebimento de diferenças salariais.

Em defesa, a reclamada argumenta que o paradigma possuía uma diferença de tempo de função superior
a dois anos que o reclamante, alegando, ainda, que eles não executavam as mesmas funções.

O deferimento do pedido de diferenças salariais por equiparação salarial, conforme disposto no artigo
461 da CLT, depende da verificação, in casu, de trabalho para mesmo empregador, na mesma localidade
(mesma região metropolitana), identidade de funções, trabalho de igual valor, com mesma produtividade,
perfeição técnica e diferença de tempo de serviço não superior a 02 anos, bem como a inexistência das
excludentes legais (art. 461, §2º e 4º e Súmula 6º, VI do TST).

Assinado eletronicamente por: PAULA LORENTE CEOLIN - 22/08/2019 13:39:49 - d1f7a22


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19072218335544700000145699422
Número do processo: 1000671-29.2019.5.02.0076 ID. d1f7a22 - Pág. 2
Número do documento: 19072218335544700000145699422

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 3560
Fls.:

Analisando a prova documental juntada pela reclamada, verifica-se que o paradigma passou a ser Gerente
de Loja em 01/04/2010 (fl. 1396) e o autor em 01/03/2012 (fl. 1201), ou seja, menos de 02 anos depois
do modelo.

Apesar disso, provado pela única testemunha ouvida nos autos que o paradigma laborava em loja diversa
e que ela era maior, bem como possuía mais vendedores, o que deduz que eles exerciam funções
diversas, no sentido de que as atribuições do paradigma eram mais complexas.

Assim, provado que o autor e o paradigma não executavam as mesmas tarefas, nos termos do art. 461 da
CLT, tendo a reclamada realizado prova de fato impeditivo da equiparação salarial e, portanto, se
desincumbindo de seu encargo probatório, conforme artigo 818, I da CLT c.c.

Dessa forma, indefiro o pedido e reflexos.

PRÊMIOS. INTEGRAÇÃO DSR´S

Alega o autor que recebia prêmios sob as rubricas " prêmio", "prêmio estimado", "prêmio performance",
"prêmio garantia/seguro", "prêmio antecipado, "prêmio gerência", "prêmio recarga celular, mas que tais
parcelas não eram integradas no DSR´s, pelo que requer.

Em defesa, a reclamada argumenta que tais prêmios foram devidamente integrados nos DSR´s, sendo que
alguns possuem natureza indenizatória e, por isso, não houve a devida integração.

A análise detida nos controles de pagamento do Reclamante revela que houve meses que foi integrado o
DSR´s, mas de outro lado, houve meses que não houve a devida integração, por exemplo, conforme
consta às fls. 1226/ 1232.".

A constância com que tais pagamentos foram feitos sob as rubricas prêmio antecipado, prêmio recarga
celular, PREMIO DE GERENCIA, prêmio performance, R.GARANTIA/SEGURO revelam a natureza
salarial dessas parcelas (ART. 457 DA CLT), contrariando a tese da defesa no sentido de serem
indenizatória.

Todavia, a Lei n. 13.467/17 (reforma trabalhista), alterou o art. 457 da CLT, o qual passou a prevê:

Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos

legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço,
as gorjetas que receber.

(...) §2°. As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação,
vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração
do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de
qualquer encargo trabalhista e previdenciário. (...) §4° Consideram-se prêmios as liberalidades
concedidas pelo empregador em

forma de bens, serviços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão de


desempenho superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades".

Assim, são devidas as integrações do período imprescrito até 10/11/2017 dos montantes pagos sob as
rubricas acima citadas em DSR's.

Devem ser deduzidos os valores pagos sob idêntica rubrica.

De outro lado, indefiro reflexos dos DSR´s, já com reflexos, nas demais verbas, a se evitar o bis in idem
(OJ 394 da SDI-I do TST).

Assinado eletronicamente por: PAULA LORENTE CEOLIN - 22/08/2019 13:39:49 - d1f7a22


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19072218335544700000145699422
Número do processo: 1000671-29.2019.5.02.0076 ID. d1f7a22 - Pág. 3
Número do documento: 19072218335544700000145699422

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 4561
Fls.:

Indefiro, ainda, a integração sobre as rubricas "Prêmios" ou "Prêmio Estimado", pois no período
imprescrito não se verifica o pagamento de tais parcelas.

HORAS EXTRAS

A reclamada em defesa, argumenta que o autor era Gerente com amplos poderes e, por isso, estava
enquadrado no inciso II do art. 62 da CLT e, portanto, não havia anotação da jornada.

O cargo de gerência se caracterizada pela fidúcia especial atribuída ao empregado, fidúcia esta
consubstanciada no exercício de encargos de gestão por delegação de algumas ou todas as funções dos
proprietários ou diretores, de modo tal que pode, em seu exercício, alterar ou modificar os destinos da
empresa.

Todavia, tal circunstância não restou configurada no presente caso, ante a insubsistência da prova oral
produzida pela reclamada, cujo ônus a ela incumbia nos termos do artigo 818, I da CLT, em razão da
alegação de fato impeditivo ao direito do reclamante.

Pela prova oral produzida, a única testemunha ouvida nos autos provou que:

" trabalhou na mesma regional que o reclamante, nas filias da Anália Franco, shopping ABC e shopping
Center Norte; que os vendedores se reportam no caso de vendas ao gerente de vendas e estes por sua vez
ao regional, o qual dá a decisão final na situação; que quem dispensa funcionário é o regional, que o
regional é quem determinava o desligamento de pessoas, e o gerente de vendas preenchia a mp- que o
regional é quem abria as vagas para contratação e ele que decidia se contratava ou não;

que não podia conceder desconto maior do que o aprovado pelo sistema e somente após falarem com o
gerente regional ou sua staff, o qual enviava uma senha; que esse desconto podia ser vetado; que como
gerente, marcava digital quando entrava e quando saía; que de segunda à sexta entrava às 11:00h e saía
às 22:30/23:00h, sábados das 09:30 às 22:30/23:00h e domingo das 11:30/12:00 até às 20:00h, que o
horário de domingo variava conforme o shopping; que tinha uma folga na semana; (...) ;

que tinham reuniões dos gerentes com o gerente regional e isso se dava mensalmente; que chegou a
participar de reuniões junto com o reclamante; que o que era passado pelo gerente regional nessa
reuniões se aplicava a todos; que o gerente regional é autoridade máxima na loja, pois o depoente como
gerente de vendas reportava àquele;

que o gerente de vendas é subordinado ao gerente regional; que o gerente regional tem um staff de
aproximadamente 05 ou 06 pessoas; que durante a jornada de trabalho o gerente de vendas mantém
contato com o gerente regional e sua equipe de vendas; que o gerente de vendas tem seu horário de
trabalho determinado pelo gerente regional para cada gerente; que todos tem o mesmo horário a
cumprir, mas que pode variar conforme se tratar de loja de rua ou de shopping;

que tinha 30 ou 40 minutos de intervalo para almoço; que se precisasse sair mais cedo, chegar mais
tarde ou sair no meio do expediente devia pedir autorização para o regional e somente se ele autorizasse
podiam sair; que deveria apresentar atestado se fosse faltar; que podia acontecer do regional negar a
saída;

que o gerente podia realizar troca de mercadoria fora do prazo legal somente com a autorização do
regional; que para aplicar penalidades tinha que comunicar ao regional sobre a situação e este
autorizava qual penalidade a ser aplicada; que para fazer manutenção tinha que fazer uma solicitação
para o gerente regional, através de um protocolo, e somente com a autorização daquele era possível;
que o gerente não faz negociação com fornecedor, tampouco assina contrato em nome da empresa; que
também não assinava procuração em nome da empresa;

que questões relativas à férias, ponto dos funcionário e folgas são de responsabilidade da CAL com a
regional (CAR); que conhece o MOV , que significa Modelo Operacional Via Varejo de excelência, o

Assinado eletronicamente por: PAULA LORENTE CEOLIN - 22/08/2019 13:39:49 - d1f7a22


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19072218335544700000145699422
Número do processo: 1000671-29.2019.5.02.0076 ID. d1f7a22 - Pág. 4
Número do documento: 19072218335544700000145699422

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 5562
Fls.:

qual consistia as práticas que o gerente tinha que executar na loja; que para fazer essas práticas tinha
horário e isso vinha da regional; que essas práticas eram feitas diariamente, de segunda a sábado; que
se deixasse de fazer alguma das práticas ou em horário diferente era penalizado com pontuação e até
demissão; que havia uma prática denominada rota 3x3, que consistia numa vistoria feita na loja, no
layout, nos funcionários na hora que chega, no horário intermediário e no final do expediente; que essas
informações eram passadas para o regional através de um aplicativo do celular; que quando se muda de
uma loja de menor porte para uma loja de maior porte não se muda o valor do salário fixo, somente
mudando a premiação, a de maior porte tem um valor maior; que quando muda de loja Ponto Frio para
Casas Bahia e vice-versa também não há mudança, somente de premiação;

(...); que um regional cuida por volta de 15 a 18 lojas e o regional visita as lojas cerca de 4x por mês,
mais ou menos; que as metas de vendas são passados do regional para o gerente e estes as repassam
para os vendedores; que os gerentes conforme o regional as metas, vão cobrando dos vendedores para
que as mesmas sejam atingidas; que os gerentes possuem poder para assinar inventários, mediante um
visto no documento representando a regional".

Nota-se que o obreiro não possuía autonomia para conceder descontos e nem para fazer trocas sem
autorização do Gerente Regional, não exercia poder disciplinar, não organizava escalas de horários de
outros empregados e muito menos opinava em admissões e dispensas.

Além disso, comprovado que o reclamante não tinha subordinados e, tampouco, possuía procuração pela
reclamada.

De todo o processado, provado que o reclamante não era a autoridade máxima da empresa e, sequer,
possuía atribuições dos proprietários ou diretores como poderes de mando e gestão.

Portanto, a prova judiciário-oral produzida, não autoriza a crer que o autor tivesse amplos poderes de
mando e gestão em relação aos demais empregados, pois ela não podia por si próprio gerir as decisões da
empresa.

Tenho, pois, que a reclamada não se desincumbiu do ônus de demonstrar em juízo que o reclamante era
exercente de encargo de gestão (CPC, art. 373, II). Não demonstrou, de modo inequívoco, que o autor
tinha poderes de mando, gestão e representação próprios da esfera do empregador, razão pela qual, a meu
sentir, não está inserido na exceção prevista no art. 62, II, da CLT.

Destarte, evidenciado pela prova judiciário-oral coligida que o reclamante não detinha, na prática,
poderes de mando, gestão e representação próprios da esfera do empregador, não está incluída na
exceção prevista no art. 62, II, da CLT, encontrando-se submetido às normas gerais de duração do
trabalho.

Ademais, restou comprovado pela prova oral produzida, especialmente pelo depoimento da testemunha
do autor e, observados os limites da inicial que ele laborava no seguinte horário: das 11:00 às 22:30 de
segunda a sexta-feira, aos sábados das 09:30 às 22:30 e dois domingos por mês das 13:30 às 20:30, com
uma folga semanal, e intervalo intrajornada de 40 minutos.

Dessa forma, diante da jornada acima fixada, julgo procedente o pagamento de horas extras e reflexos
que, considerando a jornada fixada, ultrapassava o limite da definição constitucional (CF/1988, art. 7º,
inciso XIII) da 8ª diária e da 44ª semanal. Tais horas extras deverão ser calculadas com o adicional de
50% ou outro mais benéfico, caso haja previsão em norma coletiva, e de 100% para os feriados
laborados, caso não tenha tido a folga compensatória, o divisor 220, considerando-se os dias
efetivamente trabalhados e a evolução salarial do autor, a base de cálculo na forma das Súmulas 264 e
340 do C.TST.

Por habituais, as HORAS EXTRAS deverão refletir em DSR´/domingos e feriados, aviso prévio, Férias+1
/3, nos 13º Salários e FGTS + multa de 40%.

Devem ser deduzidos os valores pagos a idênticos títulos.

Assinado eletronicamente por: PAULA LORENTE CEOLIN - 22/08/2019 13:39:49 - d1f7a22


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19072218335544700000145699422
Número do processo: 1000671-29.2019.5.02.0076 ID. d1f7a22 - Pág. 5
Número do documento: 19072218335544700000145699422

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 6563
Fls.:

De outro lado, indefiro reflexos dos DSR´s e do FGTS + multa de 40%, já com reflexos, nas demais
verbas, a se evitar o bis in idem (OJ 394 da SDI-I do TST).

Indefiro, ainda, o pedido de horas extras decorrentes dos domingos, pois compensados dentro da mesma
semana.

Intervalo Intrajornada

Em vista da jornada comprovada, defiro o pagamento de 20 minutos tendo em vista ser o período faltante
para uma hora, a fim de se evitar o enriquecimento sem causa da reclamante e pelo princípio da
razoabilidade. Tais minutos deverão ser calculados com o adicional de 50% ou outro mais benéfico, caso
haja previsão em norma coletiva, observando, ainda, o divisor 220, observando-se, ainda, os dias
efetivamente trabalhados, a evolução salarial do autor, a base de cálculo na forma das Súmulas 264 e 340
do C.TST.

Quanto aos reflexos, defiro do período imprescrito até 10/11/2017, pois para o período posterior, a
reforma trabalhista ingressou em vigor (Lei nº 13.467/17) e, desse modo, a respectiva verba passou a ser
de natureza indenizatória, conforme art. 71 parágrafo 4º da CLT, in verbis:

Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a
concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e,
salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.

(...)

§ 4o A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e


alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas do
período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora
normal de trabalho.

Assim, defiro os reflexos do período imprescrito até 10/11/2017 em HORAS EXTRAS/DSR´/domingos


e feriados, aviso prévio, Férias+1/3, nos 13º Salários e FGTS + multa de 40%.

De outro lado, indefiro reflexos dos DSR´s e do FGTS + multa de 40%, já com reflexos, nas demais
verbas, a se evitar o bis in idem (OJ 394 da SDI-I do TST).

INTERVALO INTERJORNADA

Diante da jornada provada, verifica-se que não houve infração aos artigos 66 e 67 da CLT, pelo que
indefiro o pedido e reflexos.

Do 14º SALÁRIO (PRÊMIO ESPECIAL- PLR de 2019)

Indefiro o pedido, pois o autor não juntou a norma coletiva, na qual assegura o seu direito.

LITIGÂNCIA DE MÁ FÉ

Indefiro, pois verifico que a reclamada não praticou qualquer uma das condutas previstas no artigo 793-B
da CLT, de modo a ensejar a aplicação das penalidades previstas no artigo 793-C do mesmo Estatuto
legal.

JUSTIÇA GRATUITA. IMPUGNAÇÃO

Considerando que o autor percebia salário superior a 40% dos benefícios do Regime Geral da
Previdência Social, conforme restou incontroverso nos autos, indefiro o pedido, nos termos do § 3.º do
artigo 790 da Consolidação das Leis do Trabalho.

Assinado eletronicamente por: PAULA LORENTE CEOLIN - 22/08/2019 13:39:49 - d1f7a22


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19072218335544700000145699422
Número do processo: 1000671-29.2019.5.02.0076 ID. d1f7a22 - Pág. 6
Número do documento: 19072218335544700000145699422

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 7564
Fls.:

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DE SUCUMBÊNCIA

Diante da procedência parcial dos pedidos, arbitro honorários advocatícios pela sucumbência recíproca,
vedada a compensação entre os honorários, na forma do art. 791-A, §3º da CLT.

Assim, o autor pagará os honorários advocatícios sucumbenciais em benefício do patrono da parte


contrária, ora fixados em 5% sobre o valor do proveito econômico obtido pela ré, ou seja, a diferença
entre o importe pleiteado e aquele efetivamente deferido, e a ré pagará os honorários advocatícios
sucumbenciais em benefício do patrono do autor, ora fixados em 5% sobre o valor que resultar da
liquidação de sentença (art. 791-A, caput e §2ºda CLT), a serem calculados na forma da OJ 348 da SDI I
do TST.

RECOLHIMENTOS FISCAIS E PREVIDENCIÁRIOS

Autorizo o desconto previdenciário, sendo certo que a dedução da cota parte do reclamante, a título de
contribuição previdenciária, deve ser feita mês a mês, obedecendo-se ao teto máximo de contribuição,
nos termos da legislação vigente (art. 276, § 4º do Decreto 3.048/99 e Prov. 01/96 do C.TST). Quanto aos
recolhimentos previdenciários e fiscais, deverá ser observado o disposto no Provimento No.01/96 e 03
/2005, ambos da Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho, mesmo porque, as obrigações decorrem de
imperativo legal (Lei 8.213/91 e Ordem de Serviço Conjunta No. 66 de 10/10/97 para INSS - apuração
mês a mês, e artigo 46 da Lei 8541/92 para IR - incidência sobre o total do crédito tributável - exceto
juros de mora - nos termos da OJ 400 da SDI-I do C.TST.

As deduções por imposto de renda na fonte são compulsórias e previstas em normas legais. Assim sendo,
autorizo o desconto fiscal, no que couber, na forma da Instrução Normativa 1.127 da Secretaria da
Receita Federal do Brasil, incidindo o imposto de renda sobre o valor da condenação, considerando,
exclusivamente, as parcelas de natureza salarial. Outrossim, por se tratar de determinação legal, não há o
que se falar em indenização pela dedução dos recolhimentos previdenciários e fiscais.

DOS JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA

Juros de mora a partir da data da distribuição do feito, à base de 1% ao mês, calculados pro rata die, de
acordo com a Lei nº 8.177/91, com aplicação do índice monetário do mês subsequente ao da prestação do
serviço.

Os créditos aqui deferidos deverão ser corrigidos com base na Tabela de Atualização de Créditos
Trabalhistas divulgadas pelo E. Regional.

Quanto à época própria, curvo-me ao que dispõe a Súmula 381 do C. TST do C. TST: "O pagamento
dos salários até o 5º dia útil do mês subsequente ao vencido não está sujeito à correção monetária. Se
essa data-limite for ultrapassada, incidirá o índice da correção monetária do mês subsequente ao da
prestação dos serviços."Assim, temos que a correção monetária é devida a partir do vencimento da
obrigação, nos termos do art. 459, parágrafo único, da CLT, c/c. art. 39, e parágrafo 1º da Lei 8.177/91 e
art. 5º, II, da Constituição Federal.

COMPENSAÇÃO

A fim de evitar o enriquecimento sem causa, defere-se a compensação de idênticas verbas pagas, nos
termos da fundamentação, desde que encontradas e discriminadas nos documentos trazidos ao processo,
observados os períodos de apuração e pagamento das respectivas parcelas, sendo os excessos do período
reputados como mera liberalidade empresarial, vedada a compensação destes.

DISPOSITIVO

Isto posto, passam a ser inexigíveis os eventuais títulos reconhecidos em sentença, anteriores a 27/05
/2014, considerando-se a data de ajuizamento da ação, julgando-as extintas com resolução do mérito, na

Assinado eletronicamente por: PAULA LORENTE CEOLIN - 22/08/2019 13:39:49 - d1f7a22


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19072218335544700000145699422
Número do processo: 1000671-29.2019.5.02.0076 ID. d1f7a22 - Pág. 7
Número do documento: 19072218335544700000145699422

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Fls.: 8565
Fls.:

forma do art. 487, II do CPC, julgo PROCEDENTES EM PARTE, os pedidos formulados por GABRI
EL ADAMI PAMPLONA em face de VIA VAREJO S/A para condenar a reclamada a pagar ao
reclamante, o que restar apurado em liquidação de sentença, tudo nos termos da fundamentação, a título
de:

- integrações do prêmio antecipado, prêmio recarga celular, PREMIO DE GERENCIA, prêmio


performance, R.GARANTIA/SEGURO do período imprescrito até 10/11/2017 dos montantes pagos sob
as rubricas acima citadas em DSR's.

Devem ser deduzidos os valores pagos sob idêntica rubrica.

- horas extras e reflexos que, considerando a jornada fixada, ultrapassava o limite da definição
constitucional (CF/1988, art. 7º, inciso XIII) da 8ª diária e da 44ª semanal. Tais horas extras deverão ser
calculadas com o adicional de 50% ou outro mais benéfico, caso haja previsão em norma coletiva, e de
100% para os feriados laborados, caso não tenha a folga compensatória, o divisor 220, considerando-se
os dias efetivamente trabalhados e a evolução salarial da autora, a base de cálculo na forma das Súmulas
264 e 340 do C.TST, com reflexos em DSR´/domingos e feriados, aviso prévio, Férias+1/3, nos 13º
Salários e FGTS + multa de 40%.

Devem ser deduzidos os valores pagos a idênticos títulos.

- 20 minutos a título de intervalo intrajornada, tendo em vista ser o período faltante para uma hora, a fim
de se evitar o enriquecimento sem causa da reclamante e pelo princípio da razoabilidade. Tais minutos
deverão ser calculados com o adicional de 50% ou outro mais benéfico, caso haja previsão em norma
coletiva, observando, ainda, o divisor 220, observando-se, ainda, os dias efetivamente trabalhados, a
evolução salarial do autor, a base de cálculo na forma das Súmulas 264 e 340 do C.TST, com reflexos do
período imprescrito até 10/11/2017 em HORAS EXTRAS/DSR´/domingos e feriados, aviso prévio,
Férias+1/3, nos 13º Salários e FGTS + multa de 40%.

Diante da procedência parcial dos pedidos, arbitro honorários advocatícios pela sucumbência recíproca,
vedada a compensação entre os honorários, na forma do art. 791-A, §3º da CLT.

Assim, o autor pagará os honorários advocatícios sucumbenciais em benefício do patrono da parte


contrária, ora fixados em 5% sobre o valor do proveito econômico obtido pela ré, ou seja, a diferença
entre o importe pleiteado e aquele efetivamente deferido, e a ré pagará os honorários advocatícios
sucumbenciais em benefício do patrono do autor, ora fixados em 5% sobre o valor que resultar da
liquidação de sentença (art. 791-A, caput e §2ºda CLT), a serem calculados na forma da OJ 348 da SDI I
do TST.

Com o fim de evitar o enriquecimento ilícito, autorizo a dedução dos valores pagos a idêntico título da
condenação.

Juros de mora a partir da data da distribuição do feito, à base de 1% ao mês, calculados pro rata die, de
acordo com a Lei nº 8.177/91.

O índice monetário cabível é o do mês seguinte ao da prestação do serviço.

Recolhimentos fiscais e previdenciários nos termos da fundamentação retro.

Custas pela reclamada, no importe de R$ 400,00, calculadas sobre o valor arbitrado à condenação de R$
20.000,00.

Ficam as partes alertadas no sentido de que os embargos manifestamente procrastinatórios podem


acarretar na condenação da multa de que trata o art. 538, parágrafo único do Código de Processo Civil.

Intimem-se as partes. Nada mais.

Assinado eletronicamente por: PAULA LORENTE CEOLIN - 22/08/2019 13:39:49 - d1f7a22


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Número do processo: 1000671-29.2019.5.02.0076 ID. d1f7a22 - Pág. 8
Número do documento: 19072218335544700000145699422

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SAO PAULO,22 de Agosto de 2019


PAULA LORENTE CEOLIN
Juiz(a) do Trabalho Substituto(a)

Assinado eletronicamente por: PAULA LORENTE CEOLIN - 22/08/2019 13:39:49 - d1f7a22


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Número do processo: 1000671-29.2019.5.02.0076 ID. d1f7a22 - Pág. 9
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Fls.: 1567
Fls.:

PODER JUDICIÁRIO ||| JUSTIÇA DO TRABALHO


TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO
12ª Vara do Trabalho de Guarulhos ||| ATOrd 1001498-18.2018.5.02.0030
RECLAMANTE: MARCEL MIRANDA ARANTES
RECLAMADO: VIA VAREJO S/A

ATADEAUDIÊNCIA

Aos 25 de outubro de 2019, na Sala de Sessões da MM. 12ª Vara do Trabalho

de Guarulhos, sob a direção da Exma. Sra. Laila Mariana Paulena Macedo, Juíza do Trabalho Substituta,

realizou-se a audiência para julgamento da ação trabalhista relativa ao processo e partes identificadas em epígrafe.

Ausentes as partes e seus procuradores.

A seguir, proferiu-se a seguinte SENTENÇA:

I - RELATÓRIO

MARCEL MIRANDA ARANTES, ingressa com a presente Reclamatória

Trabalhista em face de VIA VAREJO S/A, pleiteando, em suma, pagamento de horas extras, integração dos prêmios

a remuneração, equiparação salarial. Deu à causa o valor de R$ 1.491.414,32. Juntou documentos.

Devidamente notificadas as partes compareceram a audiência Inicial, sendo

infrutífera a primeira tentativa conciliatória, quando foi recebida a defesa da ré com documentos, suscitando

prescrição parcial, e contestou mérito.

Dada vistas ao autor da defesa, manifestou-se por escrito.

Em audiência de instrução foram ouvidos os depoimentos das partes e uma

testemunha a convite do reclamante.

Sem mais provas, encerrada a instrução processual.

Última tentativa conciliatória infrutífera.

Razões finais por memoriais.

É o breve relatório.

Assinado eletronicamente por: LAILA MARIANA PAULENA MACEDO - 25/10/2019 15:00:54 - 2128325
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Número do processo: 1001498-18.2018.5.02.0030 ID. 2128325 - Pág. 1
Número do documento: 19092614554714000000153360370

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 2568
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II - FUNDAMENTAÇÃO

1 - Da Antecipação da Data de Julgamento

Diante da reorganização de datas de audiências, esta magistrada antecipa a

prolação da sentença, marcada para o dia 04 de novembro de 2019, o que não causa qualquer prejuízo às partes,

que serão intimadas, e ainda prestigia a celeridade e economia processuais.

2 - Advertências

Com fundamento nos princípios da cooperação e boa-fé processuais,

expressamente previstos nos art. 6º do Código de Processo Civil, e implícito no art. 5º, inciso LXXVIII, da

Constituição da República de 1988, ficam advertidas as partes que eventuais Embargos de Declaração que não

apontem, expressamente, os vícios de contradição (entre os termos da própria decisão, e não entre a decisão e a

prova dos autos); obscuridade (que impeça que a sentença seja inteligível); ou omissão (em relação aos pedidos

formulados pelas partes, e não quanto aos argumentos eventualmente soerguidos que tenham sido rejeitados, de

forma implícita, pelos fundamentos da sentença) não serão conhecidos, sendo, assim, entendidos como

procrastinatórios, sujeitando a parte ao pagamento de multa legalmente previstas.

Ressalte-se, ainda, que eventuais erros materiais não exigem a interposição de

Embargos de Declaração para serem sanados, conforme disposto nos artigos 833 e 897-A, §1º, da CLT.

3 - Do Direito Intertemporal. Lei 13467/2017

De acordo com o artigo 8º da Lei Complementar n.º 95/98, a Lei n.º 13.467/2017,

que envolve aspectos de direito processual e material, entrou em vigor em 11 de novembro de 2017, considerando-

se o prazo de vacatio legisde 120 (cento e vinte) dias estabelecido no artigo 6º da lei da Reforma Trabalhista.

A Justiça do Trabalho, especialmente em momento de crise, é o instrumento

civilizatório que garante o equilíbrio das relações de trabalho.

Desse modo, a Lei n.º 13.467/2017 deve ser inserida no sistema jurídico

processual e material trabalhista vigente observando-se as regras e princípios, bem como compatibilidade e

constitucionalidade, do sistema processual como um todo, que não admitem transgressão, respeitando o ato jurídico

perfeito, direito adquirido e coisa julgada.

Assinado eletronicamente por: LAILA MARIANA PAULENA MACEDO - 25/10/2019 15:00:54 - 2128325
https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19092614554714000000153360370
Número do processo: 1001498-18.2018.5.02.0030 ID. 2128325 - Pág. 2
Número do documento: 19092614554714000000153360370

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 3569
Fls.:

Além disso, um dos princípios basilares do Direito do Trabalho é justamente a

inalterabilidade contratual lesiva ao empregado, parte vulnerável frente ao poder do empregador. Nesse aspecto, as

relações jurídicas são protegidas com o escopo de garantir o não retrocesso das condições do empregado, ou seja,

impedir a retirada de direitos e vantagens adquiridas pelo trabalhador, nos termos do artigo 468 da CLT, na

celebração do contrato de emprego.

Nesse sentido, a jurisprudência:

Os contratos submetem-se, quanto ao seu estatuto de regência, ao ordenamento


normativo vigente à época de sua celebração. Mesmo os efeitos futuros oriundos
de contratos anteriormente celebrados não se expõem ao domínio normativo de
leis supervenientes. As consequências jurídicas que emergem de um ajuste
negocial válido são regidas pela legislação em vigor no momento de sua
pactuação. Os contratos - que se qualificam com os atos jurídicos perfeitos -
acham se protegidos, em sua integralidade, inclusive quanto aos efeitos futuros,
pela norma de salvaguarda constante no artigo 5º, XXXVI, da Constituição da
República (STF - 1ª Turma - RE 209.519 - Rel. Min. Celso de Mello - DJ
29.08.1997).

O disposto no artigo 5º, XXXVI, da Constituição Federal se aplica a toda e

qualquer lei infraconstitucional, sem qualquer distinção entre lei de direito público e lei de direito privado, ou entre lei

de ordem pública e lei dispositiva (STF - Pleno - ADI - 493-DF - Min. Moreira Alves - DJ 04.09.1992).

Uma vez que o contrato de trabalho do reclamante foi celebrado em 06/07/1998 ,

ou seja, sob a égide da CLT anterior e, portanto, antes da vigência da Lei nº 13.467/2017, esta é inaplicável ao

presente caso, quanto ao direito material, em respeito ao princípio da vedação da decisão surpresa (artigo 10 do

CPC) e aos princípios constitucionais da segurança jurídica, inalterabilidade lesiva do contrato de emprego e do

devido processo legal.

Quanto às normas processuais com efeitos substanciais, aquelas que geram

responsabilidades patrimoniais às partes, tais como pagamento de custas, inclusive em arquivamento,

honorários periciais e honorários sucumbenciais, bem como as novas diretrizes para concessão da

gratuidade judicial, a Lei n.º 13.467/2017 deverá ser aplicada para a reclamação trabalhista ajuizada a partir de

11.11.2017,uma vez que ao tempo do ajuizamento da ação o autor é capaz de avaliar os riscos de um futuro

insucesso.

Não se pode impor uma lei nova que altere as regras da responsabilidade

programadas pela vigente ao tempo da propositura da ação, ou seja, que se imponha ao sujeito ao qual se outorgou

os benefícios da Gratuidade Judicial sob a tutela da lei antiga e pela valorização da jurisprudência ao tempo da

propositura da demanda, nos termos dos artigos 4º, 5º e 6º da Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro e

artigo 5º, XXXV da Constituição Federal.

Assinado eletronicamente por: LAILA MARIANA PAULENA MACEDO - 25/10/2019 15:00:54 - 2128325
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Número do processo: 1001498-18.2018.5.02.0030 ID. 2128325 - Pág. 3
Número do documento: 19092614554714000000153360370

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 4570
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Assim, uma vez que a presente reclamação trabalhista restou distribuída em 14/11

/2018, aplica-se integralmente as diretrizes da Lei nº 13.467/2017 quanto ao direito processual, em respeito ao

princípio da vedação da decisão surpresa (artigo 10 do CPC) e aos princípios constitucionais da segurança jurídica e

do devido processo legal.

4 - Impugnação aos documentos juntados pelas partes

Rejeito as impugnações das partes atinentes aos documentos acostados aos

autos respectivamente com a peça defensiva e petição inicial, uma vez que não há qualquer impugnação específica

em relação ao conteúdo dos documentos apresentados, nos termos do artigo 830 da CLT.

Desse modo, na análise da prova, todos os documentos servirão de base para o

convencimento do Juízoe, certamente, se houver algum impertinente ao fim que se pretende, serão desconsiderados.

Os documentos digitalizados e juntados aos autos por advogado particular,

inclusive, possuem a mesma força probante dos originais (artigo 11, § 1º, da Lei 11.419/2006; e artigo 14, "caput", da

Resolução 185/2013 do Conselho Nacional de Justiça).

5 - Da Impugnação aos Valores Indicados pela Autora

Rejeito a impugnação da reclamada atinente aos valores das pretensões

apresentadas pela autora em sua peça vestibular, tendo em vista a inexistência de qualquer prejuízo de ordem

processual, nos termos do artigo 794 da CLT.

E mais, os valores indicados na inicial são meras estimativas. Nenhum prejuízo é

suportado pela reclamada.

6 - Da Prescrição Quinquenal

A perda da pretensão pela inércia do titular no prazo que a lei considera ideal para

o exercício do direito de ação, no Direito do Trabalho, é de dois anos após o fim do contrato, retroagindo cinco anos

do ajuizamento da ação (art. 7, XXIX, CF e S. 308, I, TST), salvo quanto aos pedidos declaratórios, imprescritíveis

nos termos do art. 11, §1º da CLT, observada a contagem especial das férias (art. 149 da CLT), bem como do FGTS

como verba principal.

Assinado eletronicamente por: LAILA MARIANA PAULENA MACEDO - 25/10/2019 15:00:54 - 2128325
https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19092614554714000000153360370
Número do processo: 1001498-18.2018.5.02.0030 ID. 2128325 - Pág. 4
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Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 5571
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A presente ação foi proposta em 14/11/2018 sendo suscitada a prescrição

quinquenal pela Reclamada, assim pronuncio a prescrição das pretensões anteriores 14/11/2013, julgando-as

extintas com resolução do mérito nos termos do art. 487, II do CPC.

7 - Da Participação nos Lucros e Resultados

A Participação nos Lucros e Resultados é prevista na Lei nº 10.101/2000, sendo

que o art. 2º, §1º da referida norma estabelece que as regras instituidoras do PLR dependem de negociação coletiva.

Portanto, para ter o pedido apreciado se faz necessária que a parte autora junte o

instrumento coletivo que lhe outorga o direito ao PLR, como fato constitutivo (art. 818, CLT c/c 373, I, CPC aplicado

pelo art. 769, CLT). Por outro lado, se a análise do mérito do pedido relativo à PLR depender de prova documental

em posse da ré, o ônus da prova de sua produção à ela pertence, em face do princípio da aptidão da prova.

No caso da presente demanda, a cláusula 59 da CCT 2017/2018 estabelece que

para pagamento da PLR deverá ser celebrado ACT específico, porém o reclamante não anexou aos autos a

negociação coletiva, ônus que lhe incumbia por ser fato constitutivo de seu direito.

Em razão do exposto julgo improcedente o pedido.

8 - Da Natureza Jurídica dos Prêmios

Os prêmios são parcelas pagas ao trabalhador em virtude de um desempenho

profissional diferenciado.

A reclamada confessa em sua defesa que os prêmios eram aferidos e pagos

conforme o atingimento de metas de vendas pelas lojas, sendo que em todos os depoimentos ficou claro que o valor

das premiações dependia do porte da loja.

Portanto, referida verba constitui modalidade de salário condição, vinculado ao

desempenho obtido no preenchimento de exigências empresariais de produtividade, qualidade e/ou eficiência, por

parte de um trabalhador ou de todo o grupo.

Sendo que independentemente da denominação, conforme art. 9º da CLT e

princípio da primazia da realidade, impõe-se sua integração aos salários para todos os fins.

Assinado eletronicamente por: LAILA MARIANA PAULENA MACEDO - 25/10/2019 15:00:54 - 2128325
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Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 6572
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Em razão disso, reconheço que a parcela discriminada em recibos de pagamento

como "Premio Loja", "Premio Antecipado" e "Antecip. Premio Estim" tem natureza salarial, devendo ser integrada à

remuneração do reclamante, e, face a habitualidade, condeno a reclamada ao pagamento dos reflexos dessa

parcela em r.s.r., aviso prévio indenizado, 13º salário, férias e 1/3, recolhimentos de FGTS e multa de 40%.

Quanto aos nomeados "prêmio estimulo", "prêmio performance", "prêmio garantia

/seguro", "prêmio gerência", "prêmio recarga celular", o autor não comprovou seu recebimento, e não apontou os

fatos ensejadores para o reconhecimento da natureza salarial de cada um, sendo que diante da denominação é de

se presumir que tenham fatos geradores distintos, razão pela qual julgo improcedente o pedido no particular.

9 - Da Equiparação Salarial

O fundamento da pretensão tem sede no art. 461 da CLT, que concebe a

equiparação por identidade de função, aplicando-se no caso em análise a redação anterior a vigência da lei 13467

/2017.

A doutrina tem separado as exigências de sua admissibilidade distribuindo o ônus

probante entre empregado e empregador.

Genericamente, são requisitos cumulativos para que a equiparação ocorra nos

termos legais: 1) identidade de atribuições, pouco importando as funções nominalmente ocupadas pelos

comparandos (item III da S. TST 6); 2) trabalho de igual valor, ou seja, com a mesma produtividade (critério

qualitativo) e a mesma perfeição técnica (critério qualitativo); 3) prestado ao mesmo empregador; 4) na mesma

localidade(Conforme o item X da S. TST 6, a mesma localidade a que alude o art. 461 da CLT "...refere-se, em

princípio, ao mesmo município, ou a municípios distintos que, comprovadamente, pertençam à mesma região

metropolitana".); 5) entre empregados com diferença de tempo de serviço, na função (item II da S. TST 6), inferior a

dois anos; e f) inexistência de quadro de pessoal homologado pelo órgão competente (item I da S. TST 6).

Somente o primeiro é tido como fato constitutivo do direito do empregado, sendo

os demais classificados como fatos impeditivos, modificativos ou extintivos, a cargo do empregador.

No caso da lide, assim confessou a preposta:

"7 - que as condições de trabalho dos gerentes são as mesmas; 28 - que o


paradigma exercia as mesmas funções que o reclamante; 29 - que quando havia
transferência de gerente de menor porte para uma loja de maior porte, não há
alteração no salário fixo, somente na premiação, de acordo com o porte da loja;"

Assinado eletronicamente por: LAILA MARIANA PAULENA MACEDO - 25/10/2019 15:00:54 - 2128325
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Fls.: 7573
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Assim a tese defensiva da reclamada é de que o paradigma Sr. Andrê Venâncio,

recebia salário diferenciado porque sua premiação era maior, e não o salário base.

No entanto as fichas financeiras anexadas aos autos demonstram o contrário,

como se observa às fls. 1238 (ID b3878df), que indicam como salário base do paradigma no mês de março de 2018

o valor de R$ 9.549,72, e o do reclamante para o mesmo período foi de R$ 7.161,47, conforme recibo de pagamento

referente a março de 2018 anexado às fls. 1085 (Id. 93bf838).

Observo ainda que para o mesmo mês o autor recebeu prêmio loja no valor de R$

2.974,70, devidamente destacado no recibo, e o paradigma percebeu o valor de R$ 701,30, ou seja, não era o porte

da loja que influenciava na diferença de remuneração, tal como alega a reclamada.

Por outro lado, verifico das fichas de registro que o reclamante passou a exercer a

função de gerente de loja em 01/09/2011 (fls. 1072), e o paradigma em 01/10/2010, (fls. 1224), não tendo a

reclamada demonstrado diferenças nas atividades.

Por fim, quanto a localidade, entendo que reclamante e paradigma laboraram no

período imprescrito na mesma região metropolitana.

Considerando todo o exposto, reconheço a equiparação salarial do reclamante

com o paradigma André Venâncio de Oliveira, e, condeno a reclamada ao pagamento das diferenças salariais,

considerando apenas o salário básico deste, tendo em vista que as premiações tem natureza personalíssima,

devendo tais diferenças refletir em 13º salário, férias e 1/3 Constitucional, recolhimento de FGTS e multa de 40%.

Indevidos reflexos em r.s.r., diante da apuração mensal do salário base.

10 - Das Horas Extras

Alega a reclamada que o autor exercia cargo de confiança, não submetido a

controle de jornada, com remuneração superior aos seus subordinados, não tendo direito a horas extras.

Consoante o art. 62, II, da CLT, são excluídos do regime geral da duração do

trabalho, versado no Cap. II do Título II da CLT, "os gerentes, assim considerados o exercentes de cargos de gestão,

aos quais se equiparam para efeito do disposto nesse artigo, os diretores e chefes de departamento e/ou filial".

Assinado eletronicamente por: LAILA MARIANA PAULENA MACEDO - 25/10/2019 15:00:54 - 2128325
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Número do processo: 1001498-18.2018.5.02.0030 ID. 2128325 - Pág. 7
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Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
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Na antiga redação, o texto mencionava "os gerentes, assim considerados os que,

investidos de mandato, em forma legal, exerçam encargos de gestão e, pelo padrão mais elevado de vencimentos,

se diferenciem dos demais empregados, ficando-lhes, entretanto, assegurado o descanso semanal".

Não mais se exige, de conseqüência, mandato legal para os encargos de gestão,

e tampouco a ostensiva diferenciação salarial dos demais empregados.

No primeiro caso, talvez assim tenha procedido o legislador para corrigir um

equívoco doutrinário, porque aí se trata de um contrato de emprego, para qual não se exige forma determinada, e

não de um contrato de mandato, sendo ainda assaz distintos os institutos do mandato e da representação.

No segundo, a referência agora à diferenciação é objetiva, bastando que o

empregado gerente, ou a ele equiparado, receba gratificação de função inferior ao salário-base da função efetiva

acrescido de 40% (parágrafo único do art. 62). Em outras palavras, a gratificação de função, "se houver", terá de ser

inferior a 140% do salário-base da função efetiva. Caso não haja a gratificação de função ou caso o salário-base seja

da própria função de confiança, deve-se aplicar o critério distintivo anterior (subjetivo), da maior diferenciação salarial

em relação aos demais empregados, já que o novo critério tem o mesmo propósito do pregresso: o maior destaque

do empregado de confiança dos demais empregados comuns.

A confiança aí exigida é a excepcional, distinta da confiança genérica que repousa

em todo contrato de trabalho, da confiança específica dos bancários (§ 2º do art. 224 da CLT) e ainda da confiança

estrita de que fala o art. 499 da CLT.

Nessa confiança os encargos de gestão são vistos como atribuições superiores,

verdadeiramente substitutivas dos poderes diretivo e disciplinar do empregador, e ainda de ampla liberdade de

gestão, como se fora o gerente o seu alter ego.

Logo se vê, portanto, que referido dispositivo não prevê hipótese de concessão de

gratificação de função, valendo-se antes dessa mesma gratificação para diferenciar o chefe excluído do regime geral

da duração do trabalho daquele a ele submetido.

No caso dos autos os depoimentos prestados demonstram que o reclamante não

exercia cargo de confiança, vejamos:

Preposta: 8 - que o gerente é subordinado ao gerente regional; 21 - que na


condição de gerente o reclamante dava sugestões sobre fornecedores, mas não
poderia contratar diretamente;

Única testemunha ouvida, Sr. Fagner:

5 - que os gerentes são subordinados a Regional; 6 - que o regional é quem fixava


o horário de trabalho dos gerentes, inclusive do depoente; 13 - que o depoente

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acessava o sistema por biometria e para ter o horário registrado, tanto no início
como após o encerramento do dia; 14 - que acredita que o regional tinha acesso a
esses horários, pois nas reuniões eram cobrados; 15 - que o depoente fazia
intervalo de 30 minutos e média; 16 - que para saídas antecipadas ou durante a
jornada era necessário autorização do regional; 17 - que o regional às vezes
negava; 18 - que como gerente o depoente não podia fazer admissão ou dispensa
de funcionários que sempre passava pelo comitê do regional; 19 - que já teve
funcionários que não entrevistou, simplesmente vieram para sua loja; 20 - que o
depoente assinava as medidas disciplinares, mas elas vinham do regional; 21 -
que o depoente pegava orientação com o regional, reportando o tinha ocorrido nas
lojas; 22 - que acontecia de o regional negar a aplicação da penalidade requerida
pelo depoente; 30 - que a parte operacional da loja, folha de ponto, férias,etc,
ficava a encargo da CAL, que encaminhava para a CAR, que também é vinculada
ao regional, sem ingerência do gerente; 31 - que tanto o gerente, como a CAL e o
vendedor líder devem se reportar ao Regional;

Assim, reconheço que o reclamante não exercia cargo de confiança nos moldes

do art. 62 da CLT, e como a reclamada não anexou aos autos controle de jornada, fixo esta, conforme o depoimento

pessoal do reclamante, como sendo de segunda a sábado, das 11h30min às 22h30min, com 40 minutos de intervalo

intrajornada.

Como o reclamante laborava em jornada superior a 8ª diária e 44ª semanal,

condeno a reclamada ao pagamento das horas extras com adicional convencional de 60% (cláusula 16 das CCTs).

Não há que se falar em pagamento apenas do adicional, pois o autor não era comissionista, e sim percebia salário

fixo.

Por serem habituais e deterem natureza contraprestativa, devem as horas extras

refletir em r.s.r., feriados, aviso prévio, férias + 1/3 constitucional, 13º salário, recolhimento de FGTS e acréscimo de

40%.

Para fins de liquidação considere-se os dias efetivamente trabalhados, a evolução

salarial do autor, inclusive com as verbas reconhecidas de prêmios e o salário equiparado, e deduzam-se os valores

comprovadamente pagos a idêntico título. Divisor 220.

11 - Do Intervalo Intrajornada

O autor teve o intervalo mínimo de uma hora previsto no art. 71 da CLT concedido

parcialmente durante todo o contrato de trabalho, o que não atende à finalidade da norma que é o descanso e

alimentação do trabalhador para que possa continuar de forma hígida a prestação de serviços.

Sendo assim, e considerando o entendimento consolidado na Sumula nº 437 do

TST, condeno a reclamada a pagar ao autor uma hora extra diária pela concessão parcial do intervalo intrajornada,

acrescida do adicional convencional de 60%.

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Por serem habituais e deterem natureza contraprestativa, devem as horas extras

refletir em r.s.r., feriados, aviso prévio, férias + 1/3 constitucional, 13º salário, recolhimento de FGTS e acréscimo de

40%.

Para fins de liquidação considere-se os dias efetivamente trabalhados, a evolução

salarial do autor, inclusive com as verbas reconhecidas de prêmios e o salário equiparado, e deduzam-se os valores

comprovadamente pagos a idêntico título. Divisor 220.

12 - Do Intervalo Interjornada

Diante da jornada supra reconhecida o reclamante usufruía do descanso de 11

horas subsequentes ao término da jornada, previsto no art. 66 da CLT, motivo pelo qual julgo improcedente o pedido.

13 - Dos Domingos e Feriados

Diante da jornada supra reconhecida não houve labor aos domingos, e o

reclamante não comprovou labor aos feriados, e sequer demonstrou em quais feriados tenha supostamente

trabalhado, motivo por que julgo improcedente o pedido.

14 - Da Litigância de Má Fé

Para que a parte seja considerada litigante de má-fé é necessária a prova do dolo

e da prática de um dos atos do art. 793-B da CLT. No caso dos autos, não ficou demonstrado o dolo do reclamante

com o objetivo de lesar a parte contrária ou induzir este juízo a erro, tendo atuado dentro dos limites do exercício do

direito de ação que lhe é assegurado (art. 5, XXXV, CF).

Portanto, indefere-se o pedido.

O artigo 77 do CPC, mas também o art. 793-A e B da CLT estabelecem, como

deveres da parte, "expor os fatos em juízo conforme a verdade" e "proceder com lealdade e boa-fé". O artigo 77 do

CPC e o art. 793-B, inciso II da CLT reputa litigante de má-fé aquele que altera a verdade dos fatos. A conduta do

reclamado se enquadra nos dispositivos mencionados, representando absoluto desrespeito ao Poder Judiciário e às

partes contra quem litiga.

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Esta magistrada chegou a referida conclusão, analisando o depoimento da

preposta da reclamada, pois trouxe afirmações completamente inverídicas, e até absurdas, visando unicamente

alterar a verdade dos fatos:

"13 - não é necessário autorização do regional para conceder descontos; 14 - que


o gerente pode conceder o desconto que bem entender; 18 - que inclusive para
troca de layout da loja, o gerente tem autorização; 19 - "tudo que ele quiser fazer
na loja, ele tem autorização";"

Assim, com base no artigo 77, 79 e 80 do CPC e nos artigos 793-A, B e C da CLT,

reconhece-se o Reclamado como litigante de má-fé e condena-se a parte ré no pagamento de multa de 1% sobre o

valor da causa corrigido, além de indenização no montante de 2% sobre o valor da causa, valores que deverão ser

revertidos em favor da parte autora.

15 - Da Justiça Gratuita

A Constituição Brasileira previu como garantia de acesso à Justiça a gratuidade

para os que comprovarem a insuficiência de recursos. No mesmo sentido do texto constitucional, a Lei 13.467/2017

alterou a redação do art. 790, inserindo o parágrafo 4º, extinguindo a diferença entre a gratuidade decorrente da

assistência sindical (Lei n. 5584/70) e a chamada gratuidade extraordinária do art. 790, §3º da CLT, antes da Lei n.º

13.467, com vigência em 11/11/2017:

Art. 5º CF, LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos
que comprovarem insuficiência de recursos;

Art. 790, §4º § 4.º - O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que
comprovar insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo.

Observe-se que a lei fundamental positivou e constitucionalizou a regra expressa

no art. 1 da Lei n.º 7.115/83, art. 1º "A declaração destinada a fazer prova de vida, residência, pobreza, dependência

econômica, homonímia ou bons antecedentes, quando firmada pelo próprio interessado ou por procurador bastante,

e sob as penas da Lei, presume-se verdadeira.", sendo esse entendimento sedimentado na jurisprudência do TST ,

SDI-1, OJ n.º 304, convertida na Súmula n.º 463 do TST, item I após 2015 com o advento da nova codificação do

CPC, ampliando a gratuidade para as pessoas jurídicas no item II, excluindo dessas a mera declaração de pobreza,

em razão de sua natureza jurídica.

No mesmo sentido há precedente da 3ª Turma do TST, no RR-1002229-

50.2017.5.02.0385, publicado no DJE de 06/06/2019, sob a relatoria do Min. Alexandre de Souza Agra Belmonte: "a

nova regra não pode ser aplicada isoladamente, mas interpretada sistematicamente com as demais normas

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constantes da CLT, da Constituição da República e do CPC. "Não se pode atribuir ao trabalhador que postula na

Justiça do Trabalho uma condição menos favorável do que a destinada aos cidadãos comuns que litigam na Justiça

Comum, sob pena de afronta ao princípio da isonomia".

Dessa forma, ante o pedido de gratuidade e afirmação de impossibilidade de litigar

sem prejuízo a sua condição econômica, defiro a gratuidade ao reclamante.

16 - Dos Honorários Advocatícios

A partir de 11/11/2017 são devidos honorários sucumbenciais na Justiça do

Trabalho, conforme dispõe o art. 791-A da CLT.

A sucumbência parcial não é entendida pelos pedidos, mas pela ação. Sendo o

pedido parcialmente procedente, ainda assim é procedente. Portanto, fixam-se honorários sucumbenciais no importe

de 5% para cada parte do seguinte modo:

a) Valores dos pedidos improcedentes deverão ser calculados para os honorários

sucumbenciais devidos à Reclamada, pelo Reclamante, considerando-se o valor apontado na petição inicial;

b) Valores dos pedidos procedentes ou procedentes em parte deverão ser

calculados em competente liquidação de sentença para os honorários sucumbenciais devidos ao Reclamante, pagos

pela Reclamada.

Observe-se que o entendimento expressado pelo juízo atende à jurisprudência

sedimentada no Superior Tribunal de Justiça, Súmula 326 do STJ que informa: "Na ação de indenização por dano

moral, a condenação em montante inferior ao postulado na inicial não implica sucumbência recíproca.", pela

segurança jurídica do ordenamento pátrio e não surpresa, art. 10 do CPC c.c art. 769 da CLT, o entendimento

também é aplicável ao novel instituto trabalhista, existente apenas a partir de 11/11/2017 por meio da Lei n.º 13.467.

Considerando a gratuidade extraordinária deferida e o fato de o reclamante não

ter obtido nesta demanda, ou em outra que se tenha conhecimento, créditos para suportar essa despesa,

ressaltando-se que não houve acréscimo patrimonial ao reclamante, mas sim recomposição de valores devidos

preteritamente, as obrigações decorrentes da sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade, nos

termos do artigo 791-A, §4º da CLT.

17 - Dos Juros e Correção Monetária

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A correção monetária tem como foco recompor o valor do capital devassado pela

inflação.

Acompanhando o entendimento E. STF que declarou inconstitucionais o art. 100,

§2º da lei 9494/97, sob o fundamento de que o índice de correção da poupança não reflete a perda do poder

aquisitivo da moeda, o C. TST declarou inconstitucional o art. 39, caput da lei 8177/91, entendendo que a TR

também não reflete a recomposição da perda resultante da inflação, determinando a aplicação do IPCA-E, desde 30

de junho de 2009.

Sendo que o E. STF julgou improcedente a reclamação 22.012 MC/RS e revogou

a liminar anteriormente deferida que havia suspendido a decisão do TST que determinava aplicação do índice IPCA-

E., deve, portanto ser mantido o IPCA-E como método de correção monetária.

Desse modo, vigora o entendimento atual e majoritário do Colendo TST de que no

caso de débito trabalhista aplica-se a TRD até 24/03/2015 e o IPCA-E a partir de 25/03/2015(mesma data

estabelecida pelo STF em Questão de Ordem nas ADIs 4425 e 4357), com fundamento nas decisões do Pleno do

TST (nas quais se tratou do artigo 39 da Lei nº 8.177/1991), exceto quanto às demandas envolvendo a Fazenda

Pública.

A atualização é devida entre a data do vencimento da obrigação e seu efetivo

pagamento.

O índice de correção é o do mês subsequente ao da prestação de serviços, a

partir do dia 1º, pois a CLT garante uma faculdade do empregador de pagar até o 5º dia útil, conforme Sumula nº

381, do C. TST.

Os juros moratórios constituem indenização a ser paga pelo atraso no

cumprimento da obrigação, sendo forma de compor as perdas e danos.

Como tem natureza indenizatória (art. 404 do C. Civil) e seu fato gerador é o

retardamento no cumprimento da obrigação, não há incidência do Imposto de Renda, pois os juros não se

constituem em acréscimo patrimonial, nesse sentido a Orientação Jurisprudencial nº 400 da Subseção de Dissídios

Individuais 1.

Juros de 1% ao mês, simples (não capitalizados conforme art. 39, §1º da Lei 8177

/91), calculados sobre os valores já corrigidos (Sumula nº 200, do TST), a partir do ajuizamento da ação, na forma do

art. 883 da CLT.

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18 - Das Contribuições Fiscais e Previdenciárias

O art. 46 da lei 8541/92 prevê a incidência de Imposto de Renda sobre o crédito

deferido em ação judicial, sendo o empregador apenas o responsável pelo pagamento, autorizando a retenção do

crédito trabalhista, sendo nesse sentido a Sumula nº. 368, II, do C. TST.

Isso porque a retenção deve ocorrer no momento em que o rendimento se torna

disponível ao beneficiário.

O art. 12-A da lei 7713/88 determina a utilização do critério mensal para o cálculo

do Imposto de Renda, observando o regime de competência o que resultou na nova redação da Sumula nº 368 do C.

TST.

Imposto de renda a incidir sobre as parcelas tributáveis do crédito do reclamante,

devendo ser recolhido pelo reclamado, na forma da Sumula nº. 368 do TST, calculado mês a mês, ou seja,

observando o regime de competência na forma da lei 7713/88.

Com a alteração do art. 43 da lei 8212/91 pela MP 449/08, posteriormente

convertida na lei 11941/09, no período a partir de 05 de março de 2009, que abrange todo o contrato do reclamante,

o fato gerador da contribuição previdenciária é a prestação de serviços, adotando-se o regime de competência, e,

por isso, também incidem os juros e a correção a partir da prestação de serviços.

A multa, por sua vez, é penalidade destinada a compelir o devedor à satisfação da

obrigação a partir do seu reconhecimento, e, por isso, não incide desde a prestação de serviços, e sim a partir do

exaurimento do prazo de citação para pagamento.

A responsabilidade pela correção é do trabalhador e do empregador, e pelos juros

e multa apenas da empresa.

Conforme art. 276, § 4º do decreto 3048/99 e parâmetros da Sumula nº 368 do C.

TST, deduzam-se das parcelas devidas ao autor o valor correspondente à contribuição previdenciária, calculada mês

a mês, sendo que nos termos do artigo 832, parágrafo 3º, da CLT, a apuração da natureza jurídica das verbas

deverá ser feita de acordo com o disposto no artigo 28, parágrafo 9º, da Lei 8.212/91, em regular liquidação de

sentença.

III - DISPOSITIVO

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Isto posto, nestes autos de reclamatória trabalhista 1001498-18.2018.5.02.0030,

movida por MARCEL MIRANDA ARANTES, rejeito as preliminares suscitadas, pronuncio a prescrição das

pretensões anteriores 14/11/2013, julgando-as extintas com resolução do mérito nos termos do art. 487, II do CPC.,

e julgo parcialmente procedentes os pedidos formulados em face de VIA VAREJO S/A, para, nos termos da

fundamentação supra que passa a integrar esse dispositivo como se nele estivesse transcrita, condená-la ao

pagamento:

- dos reflexos das parcelas denominadas "Premio Loja", "Premio Antecipado" e

"Antecip. Premio Estim", diante do reconhecimento da natureza salarial, em r.s.r., aviso prévio indenizado, 13º

salário, férias e 1/3, recolhimentos de FGTS e multa de 40%;

- das diferenças salariais, diante do reconhecimento da equiparação salarial do

reclamante com o paradigma André Venâncio de Oliveira, considerando apenas o salário básico deste, devendo tais

diferenças refletir em 13º salário, férias e 1/3 Constitucional, recolhimento de FGTS e multa de 40%;

- horas extras, consideradas aquelas excedentes a 8ª diária e 44ª semanal, o que

for mais benéfico ao reclamante, com adicional convencional de 60% (cláusula 16 das CCTs);

- uma hora extra diária pela concessão parcial do intervalo intrajornada, acrescida

do adicional convencional de 60%.

- reflexos das horas extras e intervalares em r.s.r., feriados, aviso prévio, férias + 1

/3 constitucional, 13º salário, recolhimento de FGTS e acréscimo de 40%;

- multa de 1% sobre o valor da causa corrigido, além de indenização no montante

de 2% sobre o valor da causa, diante do reconhecimento da reclamada como litigante de má fé.

Concedo ao autor os benefícios da justiça gratuita.

Honorários sucumbenciais na razão de 5%, devidos na forma da fundamentação,

sendo que em relação ao reclamante as obrigações decorrentes da sucumbência ficarão sob condição suspensiva

de exigibilidade, nos termos do artigo 791-A, §4º da CLT

Para fins de liquidação considere-se os dias efetivamente trabalhados, a evolução

salarial do autor inclusive com as verbas reconhecidas de prêmios e o salário equiparado, e deduzam-se os valores

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As parcelas deferidas serão corrigidas pelo IPCA-E a partir do 1º dia do mês

subsequente a prestação de serviços, nos termos do artigo 459, § primeiro, da CLT e da Súmula 381 do TST,

inclusive os valores relativos ao FGTS (OJ SBDI-I TST número 302).

Sobre os valores apurados em liquidação de sentença, incidem juros de mora de

1% ao mês, simples (não capitalizados conforme art. 39, §1º da Lei 8177/91), a contar do ajuizamento da presente

demanda (art. 883, CLT) sobre o valor atualizado da condenação (S. 200, TST), observando-se os índices do mês

subsequente ao da prestação de serviços, a contar do primeiro dia (S. 381, TST).

Recolhimentos fiscais e previdenciários nos moldes da Súmula 368 do TST, com

os parâmetros da fundamentação, sendo que nos termos do artigo 832, parágrafo 3º, da CLT, a apuração da

natureza jurídica das verbas deverá ser feita de acordo com o disposto no artigo 28, parágrafo 9º, da Lei 8.212/91,

em regular liquidação de sentença.

Custas pela reclamada no valor de R$ 12.000,00 calculadas sobre o valor ora

fixado para a condenação de R$ 600.000,00.

Intimem-se as partes.

Nada mais

GUARULHOS,25 de Outubro de 2019

LAILA MARIANA PAULENA MACEDO


Juiz(a) do Trabalho Substituto(a)

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Fls.: 1583
Fls.:

PODER JUDICIÁRIO ||| JUSTIÇA DO TRABALHO


TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO
51ª Vara do Trabalho de São Paulo ||| RTOrd 1001595-52.2018.5.02.0051
RECLAMANTE: RAFAEL FELIX DE LIMA
RECLAMADO: VIA VAREJO S/A

Vistos.

Autos: 1001595-52.2018.5.02.0051

Reclamante: RAFAEL FELIX DE LIMA

Reclamada: VIA VAREJO S.A

Data: 2.08.2019

SENTENÇA

I - RELATÓRIO

RAFAEL FELIX DE LIMA ajuizou ação trabalhista em face de VIA VAREJO S.A, alegando os fatos
narrados na petição inicial e formulou os pedidos ali indicados. Atribuiu à causa o valor de R$
1.215.008,24. Juntou documentos.

Regularmente citada, a reclamada compareceu em juízo, apresentou contestação escrita veiculando as


suas razões de fato e de direito com base nas quais impugnava os pedidos do reclamante. Juntou
documentos.

Houve apresentação de réplica.

Foram ouvidas as partes, bem como, três testemunhas, sendo duas a convite do autor e uma a convite da
ré.

Sem outras provas, encerrou-se a instrução do feito.

Propostas conciliatórias infrutíferas.

É o relatório. Decido.

II - FUNDAMENTAÇÃO

Prescrição

Em face do disposto no artigo 7º, XXIX, da Constituição Federal, declaro extintos com resolução do
mérito os créditos anteriores a 6/12/2013, com fundamento no artigo 487, II, do CPC.

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Número do processo: 1001595-52.2018.5.02.0051 ID. dacc6bd - Pág. 1
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Fls.: 2584
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Equiparação salarial

Pretende o reclamante salário idêntico ao recebido pelas paradigmas Alessandra Martins Andrade e
Marlyne Grado Cozzubo, ambas gerentes de loja da reclamada.

Em defesa a reclamada afirmou que a paradigma Alessandra foi admitida na função de gerente antes do
reclamante e que ambas as paradigmas tinham maior experiência na função e maior produtividade em
razão das lojas em que atuavam.

A reclamada não produziu prova de diferença de produtividade e perfeição técnica, ônus que lhe
competia.

A paradigma Alessandra foi admitida na função de gerente de loja em 15/09/2014 (fl. 1390) e o
reclamante passou a ocupar essa função em 01/11/2015 (fl. 1118), o que demonstra que não havia tempo
de serviço superior a 2 anos, a justificar a diferença salarial.

Diante disso, os requisitos previstos no art. 461 da CLT foram preenchidos pelo autor e portanto, faz jus
o reclamante ao salário idêntico ao percebido pelo pela paradigma Alessandra Martins Andrade, a partir
de 01/11/2015, observada a evolução salarial do salário fixo.

A partir de 01/01/2016 o reclamante também faz jus ao salário idêntico ao da paradigma Marlyne Grado
Cozzubo (fl. 1392/1393), observada a evolução do salário fixo.

O autor, na fase de liquidação de sentença, deverá indicar a paradigma com a qual pretende o cálculo da
diferença salarial a partir de 01/01/2016, observando-se que as diferenças ora deferidas não se cumulam
mês a mês, devendo o reclamante indicar com qual delas está fazendo a apuração das diferenças e a partir
de qual mês.

As diferenças salariais ora deferidas ensejam reflexos em férias + 1/3, 13º salários, aviso prévio e FGTS
+ 40%.

Indefiro o pedido relativo a pagamento de diferenças de prêmios decorrentes da equiparação salarial,


porque a premiação é vinculada ao resultado pessoal de cada profissional e ao resultado das unidades em
que atuam, motivo pelo qual não há que se falar em isonomia entre os valores pagos ao reclamante e às
paradigmas.

Salários substituição

O reclamante alegou que quando atuou na função de vendedor habitualmente substituía os gerentes de
loja, mas que não recebeu corretamente a diferença salarial devida em razão das substituições (v. fl. 18).

A reclamada em defesa afirmou que, nas oportunidades em que o reclamante exerceu a função do
gerente, recebeu o salário substituição respectivo e negou expressamente que o reclamante tenha
substituído os gerentes Jeronildo Silva, Adriano Souza e Francisco Soares, indicados na petição inicial.

O autor aponta um salário substituição para o cargo de gerente que não se mostra razoável, diante dos
demais elementos dos autos. Observe que os salários fixos das paradigmas por ele indicadas
correspondiam a 4.500,00, em 2015, (Marlyne Grado) e a R$ 5.500,00 (Alessandra Martins Andrade) em
2014, enquanto o reclamante afirma que os gerentes que ele supostamente substituiu, no período em que
foi vendedor (ou seja, até 31/05/2014 - porque ele 01/06/2014 ele passou a gerente trainee), recebiam R$
6.500,00, além dos prêmios de gerência, no importe de R$ 3.000,00, totalizando R$ 9.500,00 por mês.

Nos demonstrativos de pagamento há comprovação de pagamento de salário substituição e nas folhas de


ponto a indicação dos dias em que ocorreram as substituições (fls. 1259/1260, por exemplo).

O reclamante não apontou diferenças em réplica, restringindo-se a reiterar os termos da petição inicial
(fls. 1630).

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Fls.: 3585
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Quanto às alegadas substituições de gerentes nos períodos de fevereiro/2014, de 45 dias entre os meses
março e abril/2014 e de 30 dias entre os meses de junho a outubro/2015, observo que todos os cartões de
ponto de juntados às folhas 1267 a 1270 (de fevereiro/2014 a abril/2014), consignam afastamentos por
horas de substituição, e a ficha financeira menciona o pagamento de hora substituição nos meses de
janeiro a maio/2014 (fl. 1234).

Em relação à alegada substituição ocorrida no ano de 2015, quando o reclamante já ocupava o cargo de
gerência, não faz jus ao salário substituição, já que a substituição de outro empregado ocupante do
mesmo cargo não enseja o pagamento da verba pleiteada.

Por tais razões, improcedente o pedido de pagamento de salário substituição e reflexos.

Diferenças de comissões pela venda de serviços

O reclamante na petição inicial alegou que a reclamada não repassava integralmente o valor da comissão
estipulada para a venda de serviços e que a ré lançava valores de venda inferiores ao real, gerando
comissões em valores menores.

A reclamada, em defesa, afirmou que pagava comissões de 7,5% sobre a venda de serviços e juntou
planilha relativa a um dia de vendas para demonstrar que era permitido ao reclamante a consulta ao
extrato de comissões.

O reclamante prestou serviços para a reclamada por aproximadamente 8 anos.

A prova oral colhida dá conta de que era possível o acesso ao sistema para obter informações sobre o
valor das comissões, inclusive o percentual sobre os serviços, que de acordo com a tela juntada era de
7,5%.

Também foi demonstrado pelo depoimento das testemunhas, e o reclamante também o reconheceu em
depoimento pessoal, que era possível realizar abertura de chamado para questionar a existência de
diferenças de comissões.

O autor, ao longo de aproximadamente 8 anos de contrato em que afirma ter sido vítima de cálculo
errado de comissões sobre venda de produtos e serviços, não juntou um só documento apto a demonstrar
que em qualquer oportunidade tenha feito qualquer reclamação relacionada a diferenças de comissões,
não obstante tenha afirmado em depoimento pessoal que fez diversas reclamaçõese que as respostas, que
eram remetidas por e-mail, eram sempre inconclusivas.

Nenhum e-mail foi anexado para corroborar tais alegações.

Não bastasse isso, é incontroverso que a reclamada disponibilizava acesso ao sistema para consulta do
montante de vendas realizadas e os respectivos valores de comissão, o que pode ser constatado no
histórico de consultas efetuadas pelo reclamante ao aplicativo Web, de folhas 1371/1377 (tanto como
vendedor, quanto como gerente).

No particular, o próprio reclamante em seu depoimento declarou que, como gerente, podia visualizar as
vendas de todos os vendedores para também acompanhar os resultados e metas, o que corrobora a tese de
que o reclamante tinha amplo acesso ao sistema de vendas efetuadas.

Ainda que o autor afirme que não era possível imprimir os relatórios, era perfeitamente possível tirar uma
foto da tela do computador da ré, com uso de celular, para demonstrar a existência das diferenças
alegadas ainda que por amostragem.

Note que, de acordo com a tese da petição inicial, a redução do percentual de comissão ajustado ocorria
todos os meses.

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Fls.: 4586
Fls.:

Não se mostra razoável presumir verdadeira a alegação do reclamante, de que todos os meses foi alijado
do recebimento integral das comissões sobre serviços, diante da ausência de juntada de qualquer
comprovante de reclamação ao setor responsável pelo cálculo das comissões e de qualquer imagem da
tela onde as comissões lançadas ficavam disponíveis para consulta.

Diante da ausência de qualquer indício de prova documental apta a corroborar a alegação feita pelo
reclamante, reputo não provado o fato constitutivo do direito do autor, reconheço como corretamente
pagas as comissões sobre serviços e julgo improcedente o pedido de pagamento de diferenças e reflexos.

Diferenças de comissões por vendas de mercadorias/serviços não faturadas, canceladas ou objeto


de troca

Alegou o autor que mensalmente observava a insuficiência de valores pagos a título de comissões, mas
que quando questionava ao setor responsável, apenas lhe informavam que se tratava de diferenças em
razão de vendas de mercadorias e serviços não faturadas no período ou objeto de cancelamento ou troca.

Em sua defesa a reclamada alegou que todas as comissões eram corretamente pagas e demonstrou
detalhadamente a forma de pagamento, inclusive em relação às vendas efetuadas após o período de
fechamento da folha, oportunidade em que a comissão correspondente era paga no mês subsequente ao
da venda.

Conforme explanado no tópico antecedente, o reclamante tinha pleno acesso a todas as vendas efetuadas
(produtos e serviços), à comissão referente a cada venda e não há prova de existência de nenhuma
reclamação contemporânea à suposta constatação de insubsistência de valores.

O reclamante não demonstrou que nos casos de troca da mercadoria a comissão era paga ao vendedor que
efetuou a troca, e não ao que ultimou a venda, já que a única testemunha questionada a respeito não tem
credibilidade para influenciar a formação de convicção deste Juízo, conforme será melhor analisado no
tópico de "Horas extras", e a preposta confirmou a tese defensiva no sentido de que a comissão é paga
para o vendedor que fez a venda originária e não para aquele que fez a troca.

Pelos motivos expostos, reconheço como corretamente pagas as comissões sobre mercadorias e serviços
e julgo improcedente o pedido de pagamento de diferenças e reflexos.

Diferenças de comissão sobre juros e encargos financeiros de vendas parceladas

O reclamante pretende o pagamento de diferenças de comissões pagas em vendas parceladas, alegando


que a reclamada pagou a comissão com base no preço da mercadoria/serviço à vista, mas entende que a
base de cálculo correta é o preço final pago pelo cliente, incluindo os juros e demais encargos.

O pedido é improcedente.

Não há qualquer demonstração de que as partes tenham convencionado o pagamento diferenciado das
comissões das vendas a prazo, na forma pretendida.

Ademais, o entendimento do E. TST é firme no sentido de que os juros e demais encargos financeiros
acrescidos às vendas a prazo não compõem a base de cálculo das comissões, conforme julgamentos a
seguir:

"RECURSO DE REVISTA. COMISSOES. BASE DE CÁLCULO. VENDAS A PRAZO. NÃO


INTEGRAÇÃO DOS JUROS E ENCARGOS FINANCEIROS 1. Os juros e os demais encargos
financeiros acrescidos às vendas a prazo não compõem a base de cálculo das comissões. Precedentes da
Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho. 2. Recurso de revista do Reclamante de que não se
conhece." (RR-361-77.2012.5.03.0037 , Relator Ministro: João Oreste Dalazen, Data de Julgamento: 22
/3/2017, 4ª Turma, Data de Publicação: DEJT 31/3/2017)

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Fls.: 5587
Fls.:

"RECURSO DE REVISTA. APELO INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI N.º 13.015/2014.


COMISSOES. BASE DE APURAÇÃO. VENDAS A PRAZO. DIFERENÇAS INDEVIDAS. Cinge-se a
controvérsia a saber se os juros e demais encargos financeiros acrescidos às vendas parceladas devem
compor a base de cálculo das comissões. No caso de empregado vendedor, as comissões devidas devem
ser apuradas sobre a chamada "venda auferida", e não sobre os valores majorados pelos acréscimos
decorrentes do financiamento. Isso porque a venda feita pelo empregado ao cliente deve ser separada da
operação de crédito que envolve o último e o empregador, relação esta de cunho diverso do ajuste
empregatício. Nestes casos, o empregado não tem nenhuma participação na operação de financiamento:
a ele não cabe a conferência de documentos e garantias comerciais do cliente, tampouco lhe poderão ser
imputadas quaisquer responsabilidades pela não quitação dos valores devidos, tampouco por eventuais
estornos de comissões sobre vendas cujo pagamento foi inadimplido. O ônus da atividade econômica
permanece, assim, a quem de direito, e deve ser assumido inteiramente pelo empregador. Recurso de
Revista conhecido e não provido." (RR-1517-20.2014.5.03.0138, Relatora Ministra Maria de Assis
Calsing, 4ª Turma, DeJT 17/2/2017) (grifos meus)

Julgo improcedente o pedido de diferenças de comissões por vendas parceladas e reflexos.

DSR sobre os prêmios pagos

O reclamante pretende o pagamento de descansos semanais remunerados sobre as diversas modalidades


de prêmios recebidas ao longo do contrato de trabalho.

Sem razão.

Observe que os prêmios pagos decorriam do implemento de determinadas condições pré-estabelecidas


(cumprimento de metas), sendo, portanto, pagos por mera liberalidade e de forma aleatória, não
repercutindo no pagamento do DSR conforme pretendido, diante da natureza da parcela.

Julgo improcedente o pedido de pagamento de descanso semanal remunerado sobre os prêmios pagos e
reflexos (item "a" do rol de pedidos").

Prêmio estímulo

Tendo em vista a improcedência dos pedidos de diferenças de comissões em todas as modalidades


pretendidas, inexistem as alegadas diferenças relacionadas ao prêmio estímulo pago

Improcedente o pedido de pagamento de diferenças de prêmio estímulo e reflexos..

Horas extras e reflexos

A reclamada juntou cartões de ponto do reclamante, com anotações variáveis da jornada, relativas ao
período em que ele trabalhou como vendedor.

As anotações realizadas não foram infirmadas por nenhuma prova em sentido contrário.

A segunda testemunha ouvida a convite do reclamante, Sr. Wilian dos Santos Araújo, faltou com a
verdade ao declarar que não era permitida a anotação correta da jornada de trabalho, ao declinar a jornada
de trabalho por ele realizada e a realizada pelo reclamante.

Com efeito, na presente ação o Sr. Wilian declarou que iniciava o serviço às 07h30/08h00, mas só batia o
ponto após fazer a limpeza e arrumação do setor e cartazear a loja, bem como participar de reunião; que
registrava a entrada às 8h45/9h geralmente e a saída às 17h30, mas permanecia na loja após esse horário.

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Número do processo: 1001595-52.2018.5.02.0051 ID. dacc6bd - Pág. 5
Número do documento: 19070213054885100000143705369

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Fls.: 6588
Fls.:

Nos autos do processo em que figurou como parte, afirmou na petição inicial que havia na reclamada um
funcionário exclusivo para proceder a alterações nos controles de jornada a fim de reduzir o número de
horas extras realizadas, de modo que a jornada de trabalho anotada não correspondia à efetivamente
realizada.

De forma diametralmente oposta, em seu depoimento pessoal como reclamante (ora testemunha)
reconheceu que anotava corretamente toda a jornada e os cartões de ponto juntados pela reclamada
demonstram que a jornada de trabalho normalmente realizada pela testemunha era das 8/8h30 às 17
/17h30 ou das 12h30 às 21h (fls. 1683 e seguintes).

Nesse contexto, diante das expressivas divergências observadas entre o depoimento do Sr. Wilian como
autor e como testemunha, a prova oral colhida não merece nenhuma credibilidade para infirmar a prova
documental trazida pela reclamada.

A testemunha ouvida a convite da ré, Sr. Juraci Manoel da Silva, por sua vez, declarou que marcava
corretamente os horários de entrada, de saída, assim como os intervalos para repouso e alimentação
quando atuou como vendedor.

Reconheço, portanto, a fidedignidade dos cartões de ponto juntados.

Em relação aos dias em que houver falta de alguma marcação, presume-se, em relação à(s) marcação
(ões) faltante(s), que o horário de entrada ocorreu às 8h00 (porque o pedido se interpreta restritivamente),
a saída às 17h30 (interpretação restritiva do pedido) e o intervalo para refeição e descanso, caso não
anotado, foi de 30 minutos.

A alegação de nulidade do acordo de compensação de horas arguido na petição inicial não se sustenta, já
que as normas coletivas juntadas pelo próprio autor preveem a possibilidade de adoção do banco de horas
(Cláusula 17ª) e há adesão do reclamante, conforme acordo individual escrito de folha 1120.

Em relação ao período em que o reclamante se ativou como gerente (a partir de 1/06/2014, cf. fls. 1118 e
1272) a reclamada juntou parcialmente os cartões de ponto do autor (nas funções de gerente trainee,
subgerente e gerente de loja, fls. 1271 a 1290), sem consignação de horários, argumentando que o
reclamante exercia cargo de confiança, nos termos do artigo 62, II, da CLT, pois, como gerente da loja o
reclamante possuía subordinados e era responsável por toda a loja.

Aduziu que na condição de gerente o reclamante detinha poderes de gestão, cabendo a ele coordenar as
rotinas administrativas, chefiar os vendedores da loja, assegurar o cumprimento de metas de vendas,
administrar os recursos humanos, afirmando que o autor era a autoridade máxima da loja.

A teor do disposto no referido dispositivo legal, não estão abrangidos pelo regime de duração do trabalho
"os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito
do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial".

O autor, na condição de gerente, tinha poderes para aplicar punições, para lançar no sistema ADP a
conduta irregular e a pena imposta, para admitir funcionários diretamente, para destravar o sistema de
vendas e os acessos a diversas telas de e-mail, de vendas, etc., conforme se depreende do depoimento da
testemunha Juraci Manoel da Silva, ouvida a convite da reclamada.

Todavia, isso não significa que ele exercesse atividade de gestão, equiparado a longa manusdo
empregador, porque se sujeitava a controle da jornada e não tinha liberdade de horários e autonomia para
se ausentar quando quisesse.

Tanto é assim que a testemunha da reclamada declarou que "não tem liberdade para se ausentar da loja
quando quiser; que como gerente de loja o depoente tem horário a cumprir; que trabalha de segunda a
sexta-feira das 12h até o fechamento da loja, às 22h/22h30, aos sábados trabalha das 10h às 22h/22h30
e aos domingos trabalha das 12h às 20h; que geralmente, como é gerente, aos sábados e domingos

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Fls.: 7589
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chega 30 minutos antes do horário de abertura da loja", corroborando a ausência da ampla autonomia
alegada em defesa.

Diante disso, rejeito a alegação de existência de cargo de confiança, nos termos do artigo 62, II, da CLT,
e presumo verdadeira a alegação do reclamante de que no período em que atuou como gerente (a partir
de 01/06/2014) trabalhou regularmente das 8h30 às 20h00, com 30 minutos de intervalo para refeição e
descanso, de segunda-feira a sábado, porque o pedido comporta interpretação restritiva.

Na semana que antecedia as datas comemorativas (Dia dos Pais, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia
dos Namorados), e nas duas semanas que antecediam o Natal, fixo que o reclamante laborava das 7h00 às
22h00, com 30 minutos de intervalo para repouso e alimentação, sendo que nos domingos que
antecediam essas datas a jornada de trabalho se estendia das 8h30 às 17h30.

Nos dias de Black Friday (3 dias no mês de novembro), fixo a jornada de trabalho do reclamante das
5h00 às 22h00, com 30 minutos de intervalo para repouso e alimentação.

Nas ocasiões de saldões (seis dias ao ano), fixo que o reclamante trabalhou das 7h00 às 22h00, com 30
minutos de intervalo para repouso e alimentação.

Nos dias de inventário (um por mês) a jornada de trabalho era das 6h00 às 20h00, com 30 minutos de
intervalo para repouso e alimentação.

Por fim, nos feriados trabalhados (4 ao ano), presumo verdadeira a alegação de que o reclamante
trabalhava das 8h30 às 17h30, com 30 minutos de intervalo para repouso e alimentação.

Defiro o pagamento de horas extraordinárias, assim consideradas as excedentes a 8 horas por dia ou 44
horas por semana, o que for mais benéfico para o reclamante, com adicional de 60% (Cláusula 18 da
Convenções Coletivas de Trabalho).

Em face da violação do intervalo para refeição e descanso, devida uma hora por dia efetivamente
trabalhado até 10/11/2017, com adicional de 50%, com natureza salarial (entendimento jurisprudencial
do E. TST), e devidos 30 minutos, a partir de 11/11/2017, de natureza indenizatória (Lei 13.467/2017),
com adicional de 50%, nos termos do artigo 71, § 4º, da CLT.

A partir de 11/11/2017 passou a ser devida apenas a indenização do período de intervalo para refeição e
descanso suprimido, providência que a reclamada adotou.

As horas trabalhadas em domingos e feriados deverão ser remuneradas com adicional de 100%.

A apuração das horas extras deverá ser feita com observância dos dias efetivamente trabalhados, vale
dizer, sem inclusão dos períodos de suspensão e interrupção do contrato de trabalho, utilização do divisor
220 e base de cálculo composta pelas parcelas de natureza salarial, observada a evolução salarial do
reclamante (inclusive diferenças salariais decorrentes de equiparação).

Tendo em vista que o reclamante percebia salário misto (salário fixo + comissões), o cálculo deve ser
feito da seguinte forma: [(salário fixo : 220 + 60%) x número de horas extras do mês] + [[(comissões :
número de horas efetivamente trabalhadas durante o mês) x60%] x número de horas extras do mês]].

Em relação às comissões é devido somente o adicional de horas extras, porque as comissões já


remuneram, de maneira singela, todas as horas trabalhadas, conforme OJ 235 da SDI-1 do TST.

Em face da habitualidade são devidos reflexos das horas extras e do intervalo para repouso e alimentação
violado até 10/11/2017em descansos semanais remunerados (inclusive feriados), 13º salários, férias
acrescidas de 1/3, aviso prévio, FGTS e respectiva multa de 40%.

Intervalo interjornada

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Fls.: 8590
Fls.:

Em relação ao período em que atuou como vendedor, considerando o reconhecimento da fidedignidade


dos cartões de ponto juntados e a ausência de apontamento específico de violação, indefiro o pagamento
de intervalo interjornada e reflexos até 31/05/2014.

Quanto ao período em que se ativou na função de gerente (trainee, subgerente e gerente de loja), a partir
de 1/06/2014, defiro o pagamento do intervalo interjornada nas ocasiões específicas em que houve
violação ao intervalo interjornada de 11 horas (como nos dias de Black Friday, por exemplo).

Conforme previsto pelo art. 66 da CLT, faz jus o reclamante ao pagamento das horas suprimidas
(faltantes para completar 11 horas de repouso), acrescidas do adicional de 50%.

O adicional é de 50%, e não o previsto na norma coletiva relativa às horas extras, porquanto o intervalo
interjornada possui natureza diversa daquelas.

Em face da habitualidade são devidos reflexos das horas decorrentes da violação de intervalo interjornada
em descansos semanais remunerados (inclusive feriados), 13º salários, férias acrescidas de 1/3, aviso
prévio, FGTS e respectiva multa de 40%

PLR de 2018

As fichas financeiras juntadas pela reclamada mostram que houve pagamento anual de PLR, sendo no
valor de R$ 400,00 em março/2014, R$ 1.500,00 em dezembro/2014 (fls. 1234, 1236), de R$ 2.825,89
em março/2015 (fl. 1238), R$ 1.125,06 em abril/2016 (fl. 1244), mas não houve pagamento da parcela
em 2017 e 2018.

O reclamante, no entanto, restringiu-se a juntar o Acordo de PLR firmado em 2011 (fl. 857), que
regulamentou o pagamento da PLR devida no exercício de 2011 apenas.

Tendo em vista que as Convenções Coletivas de Trabalho juntadas nada mencionam sobre o pagamento
da PLR, à ausência de acordo específico prevendo o pagamento da PLR no ano de 2018, não há se falar
em pagamento proporcional da PLR referida, já que incumbia ao reclamante comprovar o teor e vigência
de norma prevendo benefício extralegal.

Julgo improcedente o pedido.

Juros e correção monetária

Juros e correção monetária na forma da lei.

Época própria para atualização de débitos trabalhistas, observados a data do vencimento da obrigação e
os termos da Súmula 381 do TST.

Os juros, simples, deverão ser apurados nos termos do § 1º do artigo 39 da Lei 8177/91 e deverão incidir
a partir da data da propositura da ação, conforme artigo 883 da CLT.

Quanto à correção monetária, o STF já se posicionou sobre a inaplicabilidade da TR, que deve ser
substituída por índice de correção que reflita a inflação, possibilitando, pois, a efetiva recomposição da
perda econômica.

Considerando que a Lei 13.467/17 se limitou a repetir os termos do artigo 39 da Lei 8.177/91 ao
determinar a atualização dos créditos trabalhistas pela TR, a declaração de inconstitucionalidade se
estende àquela e impõe a aplicação do IPCA-e (a partir de 25.3.2015), conforme entendimento já adotado
pelo E. TST.

Outrossim, a aplicação do IPCA serve de incentivo à correta observância dos direitos sociais pelos
devedores.

Assinado eletronicamente por: VIVIANY APARECIDA CARREIRA MOREIRA RODRIGUES - 05/08/2019 10:59:02 - dacc6bd
https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19070213054885100000143705369
Número do processo: 1001595-52.2018.5.02.0051 ID. dacc6bd - Pág. 8
Número do documento: 19070213054885100000143705369

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Fls.: 9591
Fls.:

Justiça gratuita

A nova redação do artigo 790 da CLT estabelece em seu § 3º como condição objetiva para a concessão
da justiça gratuita, ser a parte detentora de salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite
máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social (R$ 5.645,80, em 2018).

O reclamante tinha rendimento mensal expressivamente superior ao requisito quantitativo mencionado e


não comprovou insuficiência de recursos para pagamento das custas do processo.

Diante disso, indefiro os benefícios da justiça gratuita ao reclamante.

Honorários sucumbenciais

Diante da sucumbência recíproca e com base no disposto no artigo 791-A da CLT, condeno a parte
reclamante a pagar honorários sucumbenciais em favor do patrono da reclamada à razão de 10% sobre o
valor atribuído aos pedidos improcedentes, a serem descontados do crédito do reclamante.

Paralelamente, observados o trabalho realizado, o tempo despendido e a natureza da causa (art. 791-A, §
2º da CLT), condeno a reclamada ao pagamento de honorários advocatícios em favor do patrono da parte
autora, no importe de 10% do valor da condenação, a ser apurado em liquidação de sentença.

Falso testemunho

Diante da existência de indícios de prática de crime de falso testemunho por parte da testemunha
WILIAN DOS SANTOS ARAUJO, expeça-se ofício ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal
para adoção das providências pertinentes.

Os ofícios deverão ser instruídos com cópia da ata de audiência Id a51bc86, dos documentos juntados
sob iDs 931c6b9, 30d48a3 e b3bed30, bem como da presente decisão.

Os ofícios deverão ser expedidos de imediato, independentemente do trânsito em julgado.

Considerando o disposto no artigo 793-D da CLT, a respeito do qual a testemunha WILIAN DOS
SANTOS ARAUJO foi expressamente advertida por ocasião do compromisso que prestou, condeno-a
por litigância de má-fé, no importe de 1,01% do valor da causa, devidamente atualizado.

III - DISPOSITIVO

Em face do exposto, declaro extintos com resolução do mérito os créditos anteriores a 6/12/2013, com
fundamento no artigo 487, II, do CPC e julgo procedentes em parte os pedidos formulados por
RAFAEL FELIX DE LIMA, reclamante, em face de VIA VAREJO S.A, reclamada, para condenar a
reclamada a pagar ao reclamante as seguintes parcelas, a serem apuradas nos termos da fundamentação:

a) Diferenças salariais por equiparação e reflexos em férias + 1/3, 13º salários, aviso prévio e FGTS +
40%;

b) Horas extras acrescidas de 60%;

c) Uma hora por dia efetivamente trabalhado até 10/11/2017, com adicional de 50%, com natureza
salarial (entendimento jurisprudencial do E. TST), e 30 minutos, a partir de 11/11/2017, de natureza
indenizatória (Lei 13.467/2017), com adicional de 50%, nos termos do artigo 71, § 4º, da CLT;

Assinado eletronicamente por: VIVIANY APARECIDA CARREIRA MOREIRA RODRIGUES - 05/08/2019 10:59:02 - dacc6bd
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d) Reflexos das horas extras e do intervalo para repouso e alimentação violado até 10/11/2017em
descansos semanais remunerados (inclusive feriados), 13º salários, férias acrescidas de 1/3, aviso prévio,
FGTS e respectiva multa de 40%;

e) Horas decorrentes da violação do intervalo interjornadas com adicional de 50%, e reflexos em


descansos semanais remunerados (inclusive feriados), 13º salários, férias acrescidas de 1/3, aviso prévio,
FGTS e respectiva multa de 40%;

O autor, na fase de liquidação de sentença, deverá indicar a paradigma a que se refere a diferença salarial
apurada a partir de 01/01/2016, observando-se que as diferenças ora deferidas não se cumulam mês a
mês, devendo o reclamante indicar com qual delas está fazendo a apuração das diferenças e a partir de
qual mês.

Juros, correção monetária e Previdência Social, na forma da lei.

Época própria para atualização de débitos trabalhistas, observados a data do vencimento da obrigação, a
incidência do IPCA-E, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal, e os termos da Súmula 381 do
TST.

Os juros, simples, deverão ser apurados nos termos do § 1º do artigo 39 da Lei 8177/91 e deverão incidir
a partir da data da propositura da ação, conforme artigo 883 da CLT.

Sobre os valores devidos ao reclamante ficam autorizados os descontos fiscais e previdenciários, na


forma da lei, observando-se, ainda, as disposições contidas no Provimento nº 1/96 da Corregedoria Geral
do C. TST, na Súmula nº 368 e nas OJs nº 363 e 400 da SDI-I daquela Corte, bem como que há
incompetência absoluta da Justiça do Trabalho para execução das alíquotas das contribuições
previdenciárias destinadas a terceiros.

Condeno a parte reclamante a pagar honorários sucumbenciais em favor do patrono da reclamada à razão
de 10% sobre o valor atribuído aos pedidos improcedentes, a serem descontados do crédito do reclamante.

Paralelamente, observados o trabalho realizado, o tempo despendido e a natureza da causa (art. 791-A, §
2º da CLT), condeno a reclamada ao pagamento de honorários advocatícios em favor do patrono da parte
autora, no importe de 10% do valor da condenação, a ser apurado em liquidação de sentença.

Condeno a testemunha WILIAN DOS SANTOS ARAUJO por litigância de má-fé, impondo-lhe
multa no importe de 1,01% do valor da causa, devidamente atualizado.

Descontos previdenciários observado o disposto no artigo 28 da Lei 8.212/1991.

Expeçam-se os ofícios determinados na fundamentação.

Custas pela reclamada, sobre o valor da condenação, ora arbitrado em R$ 530.000,00, no importe de R$
10.600,00.

Intimem-se as partes.

Nada mais.

São Paulo, 2 de agosto de 2019.

Viviany Aparecida Carreira Moreira Rodrigues

Juíza do Trabalho

Assinado eletronicamente por: VIVIANY APARECIDA CARREIRA MOREIRA RODRIGUES - 05/08/2019 10:59:02 - dacc6bd
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SAO PAULO,5 de Agosto de 2019


VIVIANY APARECIDA CARREIRA MOREIRA RODRIGUES
Juiz(a) do Trabalho Substituto(a)

Assinado eletronicamente por: VIVIANY APARECIDA CARREIRA MOREIRA RODRIGUES - 05/08/2019 10:59:02 - dacc6bd
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Número do processo: 1001595-52.2018.5.02.0051 ID. dacc6bd - Pág. 11
Número do documento: 19070213054885100000143705369

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
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PODER JUDICIÁRIO ||| JUSTIÇA DO TRABALHO


TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO
88ª Vara do Trabalho de São Paulo ||| ATOrd 1001190-65.2019.5.02.0088
RECLAMANTE: SAMUEL INACIO DUARTE
RECLAMADO: VIA VAREJO S/A

SENTENÇA:

SAMUEL INÁCIO DUARTE, devidamente qualificado, ajuizou, em 04.09.2019, reclamação


trabalhista em face de VIA VAREJO S/A, também qualificada, dizendo-se admitido em
06.02.2002 e dispensado em 01.11.2017. Em razão desses e de outros fatos e fundamentos que
expôs, formulou os pedidos constantes na inicial (fls. 2-17). Atribuiu à causa o valor de R$
1.164.905,07 e instruiu a inicial com documentos.

Conciliação rejeitada.

Resistindo a pretensão a reclamada apresentou resposta escrita sob a forma de Contestação


(fls. 808-829). Invocou a prescrição e, no mérito, propriamente dito, impugnou os pedidos pelos
fatos e fundamentos que expôs na defesa, a qual fez acompanhar de documentos.

Réplica do autor às fls. 1287-1304.

Colhidos os depoimentos das partes e de uma testemunha, foi encerrada a instrução processual.

Razões finais remissivas.

Renovada, a proposta conciliatória foi recusada.

É o relatório.

DECIDO:

Assinado eletronicamente por: JOSE CARLOS SOARES CASTELLO BRANCO - Juntado em: 13/04/2020 17:26:13 - 6043892

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 595

No mérito.

Da prescrição.

A presente reclamação foi ajuizada em 04.09.2019, data em que o curso do prazo prescricional
foi interrompido – art. 240, §1º do NCPC. Diante disso, acolho a prejudicial suscitada para
declarar prescritas as pretensões anteriores a 04.09.2014, na forma do art. 7º, XXIX da CRFB
/88, excetuando-se as de natureza declaratória, porque imprescritíveis, e as relativas ao FGTS,
porque sujeitas a prazo especial – art. 23, §5º da Lei 8036/90.

Diferentemente do que sustenta a reclamada em defesa, não houve por parte do reclamante,
pedido de diferenças de prêmios a ser atingido pela prescrição total.

Da integração dos prêmios – reflexos.

Incontroverso nos autos o recebimento de remuneração variável pelo autor sob a rubrica de
prêmios ao longo de todo o contrato de trabalho.

Prêmios podem ser conceituados como “parcelas contraprestativas pagas pelo empregador ao
empregado em decorrência de evento ou circunstância tida como relevante pelo empregador e
vinculada à conduta individual do obreiro ou coletiva dos trabalhadores da empresa”1.

O que define a natureza jurídica da parcela não é o nome a ela atribuído nem o acordo
entabulado entre as partes, mas sim a habitualidade de seu pagamento e os critérios aos quais o
pagamento é atrelado.

A reclamada não juntou aos autos a norma instituidora do prêmio. Tampouco explicou em defesa
o fato gerador e a base de cálculo da parcela. Não comprovou, portanto, a natureza jurídica da
remuneração variável que pagava ao autor.

De qualquer modo, cumpre registrar que há indícios nos autos de que a parcela paga sob o título
de prêmio ao reclamante, na verdade se tratava de comissão.

Assinado eletronicamente por: JOSE CARLOS SOARES CASTELLO BRANCO - Juntado em: 13/04/2020 17:26:13 - 6043892

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 596

É que os prêmios estão vinculados a uma condição incerta, não podendo ser vinculado a
uma condição necessariamente realizável, sob pena de se distorcer a finalidade do pagamento
da verba 2.

No caso em análise, os holerites constantes nos autos revelam que os prêmios pagos ao
reclamante o eram de modo habitual e, ainda, muitas vezes eram antecipados o que é
incompatível com a natureza da parcela, sempre vinculada a uma condição incerta. A título de
exemplo, reporto-me ao holerite de fls. 906.

Assim, havendo desvirtuamento no pagamento da parcela, impõe-se reconhecer a sua natureza


salarial, razão pela qual, defiro os seus reflexos em DSR e com estes em férias, acrescidas de 1
/3, 13º salário, horas extras e FGTS (c/ 40%), tudo conforme se apurar em regular liquidação de
sentença, considerando-se os valores discriminados nos holerites constantes nos autos sob a
rubrica de “prêmios”.

Da equiparação salarial.

Alegando ter exercido idêntica função que os empregados ANDRÉ VENÂNCIO DE OLIVEIRA e
DALMO LIMA BRASIL, com a mesma perfeição e produtividade, percebendo, contudo,
remuneração inferior, formulou o autor o pedido em epígrafe. A reclamada impugnou o pleito
assegurando que os paradigmas trabalhavam em localidade diversa e possuíam maior
produtividade e conhecimento técnico que o autor.

Em seu depoimento pessoal (fl. 1307) a ré afirmou possuir controle de faturamento de cada filial
e que os paradigmas trabalhavam em lojas de porte maior que a do autor. Todavia, não
comprovou suas alegações, notadamente pela ausência dos demonstrativos de faturamento das
lojas em que lotados cada um dos referidos empregados.

A testemunha ADRIANO DIAS DE SOUZA que também era gerente de loja e foi contemporâneo
do autor, afirmou que “conheceu os paradigmas André Venâncio e Dalmo Lima; que a loja em
que eles trabalhavam tinham igual porte, assim como a loja que o reclamante trabalhava” (fl.
1307).

A análise do acervo probatório demonstra que, apesar de exercer o cargo de gerente (cf. ficha de
registro de empregado – fl. 836), o autor recebia salário de R$ 6.734,00, enquanto o paradigma
DALMO LIMA BRASIL também era gerente de loja, mas recebia salario de R$ 9.027,18 (cf. ficha
de registro – fl. 1098) e o paradigma ANDRÉ VENÂNCIO DE OLIVEIRA, igualmente gerente de
loja, recebia salário de R$ 9.998,56 (cf. ficha de registro e histórico – fl. 1121). Imperativo notar
que nenhum dos paradigmas possuía tempo de serviço na função superior à dois anos, em
comparação à data de promoção do autor.

Assinado eletronicamente por: JOSE CARLOS SOARES CASTELLO BRANCO - Juntado em: 13/04/2020 17:26:13 - 6043892

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 597

Assim, com força no art. 5º, caput, 7º, XXX e XXXII e, ainda, no art. 461 da CLT, reconheço ao
autor o direito à equiparação salarial com o funcionário ANDRÉ VENÂNCIO DE OLIVEIRA
(considerando possuir o maior salário dentre os paradigmas), deferindo, em consequência, o
pedido de diferenças salariais existente entre o salário do autor e àquele percebido pelo
paradigma apontado, tudo conforme se apurar em liquidação de sentença observando-se os
valores discriminados nos holerites constantes nos autos (fls. 47-98 x 1128-1193).

Tendo em vista a periodicidade mensal e a natureza salarial da parcela, defiro o pedido de


reflexos das diferenças salariais ora deferidas em aviso prévio, 13º salário (inclusive
proporcionais), férias acrescidas de 1/3 (inclusive proporcionais) e FGTS (considerando a
indenização de 40%). Indevido os reflexos em DSR, uma vez que a periodicidade mensal das
diferenças salariais já inclui em cômputo tal parcela.

Quanto ao pleito de equiparação dos valores adimplidos a título de prêmios mensais, em seu
depoimento pessoal (fl. 1307) o autor reconheceu que “todos os gerentes ganhavam o mesmo
percentual sobre a produtividade de suas respectivas lojas”, equiparados, portanto. Indefiro, no
particular.

Das horas extras e reflexos.

Alegando ter laborado em sobre-jornada ao longo de todo contrato de trabalho, formulou o autor
o pedido em epígrafe. A reclamada impugna a jornada declinada pelo obreiro, assegurando que
o mesmo exercia cargo de confiança, nos termos do art. 62, II da CLT e, portanto, não estava
submetido a jornada controlada.

Sem razão a reclamada.

O efetivo exercício de cargo de gestão pressupõe autonomia do trabalhador para dirigir o seu
próprio horário de trabalho (impossibilitando qualquer ingerência do empregador nesse sentido),
o que não ocorria no caso dos autos.

De fato, os holerites do reclamante revelam pagamento de integrações de horas extras no


descanso semanal remunerado e descanso semanal remunerado trabalhado com adicional de
100% (cf. por exemplo, holerite de fls. 88), prova irrefutável de que a ré controlava a jornada de
trabalho do autor, tanto que, de maneira espontânea, quitou valores nesse sentido.

O pagamento de verbas dependentes do cumprimento de horas extras é situação incompatível


com o exercício de cargo de confiança. Portanto, fácil concluir, no caso dos autos, que a
reclamada tinha pleno controle da jornada de trabalho cumprida pelo obreiro o que afasta, in casu
, a aplicação da norma prevista no art. 62, II da CLT.

Assinado eletronicamente por: JOSE CARLOS SOARES CASTELLO BRANCO - Juntado em: 13/04/2020 17:26:13 - 6043892

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 598

Pois bem.

A reclamada não trouxe aos autos os cartões de ponto do autor ou mesmo qualquer documento
que tivesse embasado o pagamento das horas extras discriminadas nos holerites.

Por sua vez, a testemunha ADRIANO DIAS DE SOUZA (fl. 1307) que trabalhou na ré por dez
anos e também foi gerente afirmou que “em loja de rua, trabalhava das 8h00min às 20h00min;
que em lojas de shopping, o horário cumprido era das 11h00min às 23h00min; que usufruía 20
minutos de intervalo;...que na semana da black friday a jornada era estendida em cerca de
4horas diárias”.

Conforme se extrai da inicial, o reclamante teria laborado em loja de rua até maio de 2015 e, a
partir de então, na loja do shopping Metro Tucuruvi.

Desta forma, a partir do acervo probatório dos autos e considerando a delimitação do


depoimento pessoal do autor, fixo a jornada do reclamante da seguinte maneira: até maio de
2015, das 9h00min às 20h00min e no restante do período (junho de 2015 à novembro de 2017),
das 11h00min às 23h00min, sempre de segunda à domingo e em feriados, com uma folga
semanal, coincidente com um domingo por mês e 30 minutos de intervalo para descanso e
refeição. Fixa-se, ainda, a prorrogação dessa jornada em 4 horas diárias por três dias no mês de
novembro de cada ano, por ocasião da “black friday”.

Tal jornada de trabalho revela a existência de labor acima dos limites estabelecidos no art. 7, XIII
da CRFB/88. Defiro, assim, o pedido de pagamento das horas extras laboradas além da 8ª diária
e 44ª semanal, acrescidas de adicional normativo de 60% (cf. cl. 18 das CCT’s colacionadas aos
autos) para dias úteis, observados os seguintes parâmetros: o divisor 220, a globalidade salarial
(Súmula 264 do TST, que adoto), a evolução salarial do autor, a hora noturna de 52’30’’, os dias
efetivamente trabalhados e os parâmetros descritos na OJ 397 do TST (uma vez que o autor era
comissionista misto). Porque habituais as horas extras, defiro seus reflexos em DSR e, com
estes em: aviso-prévio, férias acrescidas de um terço, 13º salário e FGTS (c/ 40%). Para maior
clareza, é devido o recolhimento do FGTS sobre os reflexos das horas extras em DSR, 13°
salário e férias gozadas.

A jornada acima descrita também revela a inobservância do intervalo mínimo para descanso e
alimentação. A não concessão do intervalo intra-jornada fere a finalidade higiênica da norma que
o instituiu, razão pela qual o período deve ser remunerado de forma integral – art. 71, §4º da CLT
e Súmula 437, I, do C. TST, a que me reporto. Defiro, portanto, o pedido de pagamento de uma
hora diária, acrescida do adicional normativo de 60% (cf. cl. 18 das CCT’s colacionadas aos
autos) para dias úteis e 100% para domingos e feriados não compensados, observados os
seguintes parâmetros: o divisor 220, a globalidade salarial (Súmula 264 do TST, que adoto), a
evolução salarial do autor e os dias efetivamente trabalhados. Perfilho do entendimento

Assinado eletronicamente por: JOSE CARLOS SOARES CASTELLO BRANCO - Juntado em: 13/04/2020 17:26:13 - 6043892

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 599

doutrinário-jurisprudencial segundo o qual a verba ora deferida possui natureza salarial – Súmula
437, III do TST. Por esta razão defiro seus reflexos em DSR e, com estes em: aviso-prévio, férias
acrescidas de um terço, 13º salário e FGTS (c/ 40%).

Considerando a confissão do autor de que os domingos laborados eram compensados com


folgas, indefiro o pleito no particular.

Com relação aos intervalos inter-jornadas, a jornada de trabalho acima reconhecida, não revela a
inobservância do período mínimo de intervalo entre jornadas estabelecido no art. 66 da CLT.
Indefiro, portanto.

Da PLR.

O reclamante não trouxe aos autos a norma coletiva que fundamenta seu pedido. Sendo assim,
por ausência de amparo normativo e legal, indefiro.

Da gratuidade de justiça.

Nos termos do art. 790, §4º da CLT, a gratuidade de justiça será deferida àqueles que
comprovarem a insuficiência de recursos.

O reclamante juntou aos autos declaração de pobreza (cf. fl. 19), presumindo-se, assim, a
insuficiência de recursos, nos termos do art. 99, §3º do CPC.

Diante disso e à míngua de outras provas a afastar a presunção que milita em seu favor, defiro
ao autor o benefício da Justiça Gratuita.

Dos honorários advocatícios.

Nos termos do art. 791-A da CLT, condeno a reclamada a pagar honorários advocatícios em
favor do patrono do autor no importe correspondente à 5% sobre o valor da condenação apurado
em liquidação de sentença. Considerando que o reclamante sucumbiu em parte mínima do
pedido, deixo de fixar honorários advocatícios em favor do patrono da reclamada, na forma do
art. 86, parágrafo único do NCPC.

Assinado eletronicamente por: JOSE CARLOS SOARES CASTELLO BRANCO - Juntado em: 13/04/2020 17:26:13 - 6043892

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 600

Dos juros e correção monetária.

A correção monetária deverá observar o índice previsto no art. 879, §7º da CLT e, quanto às
verbas mensalmente devidas ao autor deverá incidir a partir do dia 1º do mês subseqüente a que
se referem – art. 459 da CLT e Súmula 381 do TST, que adoto. Quanto às demais verbas,
deverão ser corrigidas a partir do seu vencimento. Juros na forma do art. 883 da CLT e do art. 39
da Lei 8177/91.

Das contribuições previdenciárias e fiscais.

O desconto relativo ao imposto de renda deverá observar os parâmetros descritos no art. 12-A
da Lei 7713/88, regulamentado pela IN 1.500/2014 da RFB e devem incidir sobre os valores
devidos mês a mês, observadas as alíquotas e tabelas pertinentes de acordo com suas
vigências, para que não reste violado o princípio tributário da progressividade dos proventos (art.
153 da CF), sem incidir, contudo, sobre os juros de mora (OJ 400 da SBDI-1 do TST).

Quanto ao recolhimento previdenciário, o montante apurado deverá considerar o valor histórico


devido pelo empregado, observado o teto de contribuição – art. 276, §4 do Dec. 3048/99 e
Súmula 368 do TST, a que me reporto. Sendo do empregador a responsabilidade pelo
recolhimento das contribuições previdenciária e fiscal, autorizo a retenção, pela ré, dos valores
devidos a este título pelo reclamante.

Da dedução.

A fim de se evitar o enriquecimento sem causa do reclamante fica autorizada a dedução dos
valores já comprovadamente pagos sob o mesmo título das parcelas ora deferidas ao autor.

Da litigância de má-fé.

Assinado eletronicamente por: JOSE CARLOS SOARES CASTELLO BRANCO - Juntado em: 13/04/2020 17:26:13 - 6043892

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 601

A pena prevista no art. 793-C da CLT, não constitui direito da parte, mas cominação a ser
aplicada pelo magistrado caso este verifique algum ato contrário à boa-fé processual. No caso
dos autos, o autor não incorreu em nenhuma das condutas discriminadas no art. 793-B da CLT.
Indefiro.

Posto isso, assegurada a gratuidade de justiça ao autor e, considerando a prescrição declarada,


extingo o processo com resolução do mérito em relação às pretensões anteriores à 04.09.2014
(exceto quanto àquelas ressalvadas expressamente na fundamentação supra) na forma do art.
487, II do novo NCPC. No mérito propriamente dito, julgo o pedido PROCEDENTE EM PARTE,
para condenar VIA VAREJO S/A a pagar ao reclamante SAMUEL INÁCIO DUARTE, no prazo
de oito dias, conforme se apurar em regular liquidação de sentença, observados os parâmetros
da fundamentação supra que este decisum integra, as seguintes parcelas:

- reflexos dos prêmios;

- diferenças salariais decorrentes da equiparação e reflexos;

- horas extras e reflexos;

- horas intervalares e reflexos.

Juros, correção monetária e dedução na forma da fundamentação supra.

As parcelas relativas ao FGTS constantes na fundamentação supra deverão ser depositadas


diretamente na conta vinculada do autor – art. 26, parágrafo único da Lei 8036/90.

Ultimada a liquidação, deverá o réu comprovar nos autos o recolhimento das quotas
previdenciária e fiscal incidentes sobre as parcelas acima deferidas de natureza salarial
(diferenças salariais, horas extras e intervalares e reflexos em DSR’s e 13º salário), sob pena de
execução, na forma do art. 876 da CLT e provimento 01/96 da CGJT.

Assinado eletronicamente por: JOSE CARLOS SOARES CASTELLO BRANCO - Juntado em: 13/04/2020 17:26:13 - 6043892

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 602

Intime-se a União, com cópia desta sentença, para os fins previstos nos artigos 832, §4º e 876
parágrafo único da CLT.

Honorários advocatícios sucumbenciais, na forma da fundamentação supra.

Custas, pela reclamada, no valor de R$ 8.000,00, calculadas sobre o valor de R$ 400.000,00,


arbitrado à condenação para este fim específico, na forma do art. 789, IV e §2º da CLT.

Ficam as partes advertidas que eventuais embargos declaratórios calcados na mera


justificativa de prequestionamento (cf. Súmula 297 do TST), e, ainda, sob falso argumento
de contradição com os elementos de prova e narrativa fática serão tidos como
PROTELATÓRIOS, ensejando a aplicação da pertinente multa pecuniária.

Registre-se, intimem-se e cumpra-se.

1 DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. - 5 ed, São Paulo: LTR, 2006, pág.
747.

2 Ibidem, p. 749.

SAO PAULO/SP, 13 de abril de 2020.

JOSE CARLOS SOARES CASTELLO BRANCO


Juiz(a) do Trabalho Substituto(a)

Assinado eletronicamente por: JOSE CARLOS SOARES CASTELLO BRANCO - Juntado em: 13/04/2020 17:26:13 - 6043892
https://pje.trt2.jus.br/pjekz/validacao/20041317140548800000173947623?instancia=1
Número do processo: 1001190-65.2019.5.02.0088
Número do documento: 20041317140548800000173947623

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 1603
Fls.:

PODER JUDICIÁRIO ||| JUSTIÇA DO TRABALHO


TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO
9ª Vara do Trabalho de São Paulo - Zona Leste ||| ATOrd 1000896-02.2019.5.02.0609
RECLAMANTE: VAGNER SOARES PEREIRA
RECLAMADO: VIA VAREJO S/A

CONCLUSÃO

Nesta data, faço os presentes autos


conclusos à MM. Juíza do Trabalho, Dra. Mara Cristina
Pereira Castilho.

Para remanejamento de pauta, antecipo a audiência de julgamento para o dia 26.09.2019.

À mesa, para a prolação da sentença.

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL

JUSTIÇA DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO

9ª Vara do Trabalho de São Paulo - SP - ZonaLeste

TERMO DE AUDIÊNCIA

Processo nº 896/2019

(1000896-02.2019.5.02.0609)

Assinado eletronicamente por: MARA CRISTINA PEREIRA CASTILHO - 26/09/2019 11:39:53 - f9af9ed
https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19082915363318000000150054252
Número do processo: 1000896-02.2019.5.02.0609 ID. f9af9ed - Pág. 1
Número do documento: 19082915363318000000150054252

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 2604
Fls.:

Aos 26 dias do mês de setembro do ano dois mil e dezenove, 5ª feira, às


17h02min, na sala de audiências desta Vara, presentes a MM. Juíza do Trabalho, Drª MARA
CRISTINA PEREIRA CASTILHO, foram, por ordem da MM. Juíza, apregoados os litigantes

VAGNER SOARES PEREIRA, reclamante e

VIA VAREJO S/A, reclamada.

Ausentes as partes.

Proposta final conciliatória prejudicada.

Submetido o processo a julgamento, foi proferida a seguinte

SENTENÇA:

Pleiteia a parte autora pagamento das verbas descritas às fls. 15/17.

Em defesa, a reclamada arguiu preliminarmente prescrição quinquenal,


impugnou o valor atribuído à causa e, no mérito, pugnou pela improcedência dos pedidos formulados.

Encerrada a instrução processual.

Inconciliados.

DECIDE-SE:

Impugnação ao valor da causa:

Rejeito, pois o valor atribuído à causa guarda pertinência com o somatório dos
pedidos elencados na inicial.

Havendo julgamento de mérito com a procedência, ainda que parcial, o valor


da condenação corresponderá ao valor devido, sujeito à liquidação, com base nas provas apresentadas
pelas partes e não simplesmente aos indicados na peça de ingresso. Ocorrendo a improcedência de
pedidos, o autor arcará com os honorários sucumbenciais e custas, calculadas sobre o valor da causa por
ele mesmo atribuída, ou de cada pedido a que sucumbiu.

Prescrição quinquenal:

Assinado eletronicamente por: MARA CRISTINA PEREIRA CASTILHO - 26/09/2019 11:39:53 - f9af9ed
https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19082915363318000000150054252
Número do processo: 1000896-02.2019.5.02.0609 ID. f9af9ed - Pág. 2
Número do documento: 19082915363318000000150054252

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 3605
Fls.:

Acolho a prescrição quinquenal arguida para excluir da condenação os efeitos


pecuniários das parcelas anteriores a 31 de maio de 2014, consoante artigo 7º, inciso XXIX, da
Constituição Federal/88.

Jornada de trabalho:

Pleiteia o reclamante o pagamento de horas extras e reflexos decorrentes do


labor em sobrejornada, em domingos e feriados laborados sem contraprestação e da supressão do
intervalo intrajornada e entre as jornadas.

A demandada aduz que o reclamante exercia cargo de confiança, nos termos do


art. 62, II, da CLT, estando desobrigada de promover o controle de jornada.

Ao alegar tal fato, a reclamada atraiu para si o ônus de provar a existência do


referido cargo de confiança.

A caracterização do exercício de cargo de confiança, nos termos do art. 62, II,


da CLT, pressupõe a autonomia na função com poderes de mando e de gestão. Cuida-se de autoridade
máxima do local de trabalho, com poderes para tomadas de decisões que vão além das inerentes de
outros cargos. O empregado enquadrado no inciso II do art. 62 da CLT é, na expressão da doutrina, a
personificação do empregador no ambiente de trabalho, pelo que não faria sentido que ele estivesse
sujeito a controle realizado por esse empregador.

A acionada, contudo, não provou que o obreiro detinha amplos poderes, nos
moldes preconizados pela lei.

A reclamada optou por não produzir prova oral, dispensado suas testemunhas,
mesmo tendo alegado exercício de cargo de confiança.

Dito isto, afastado o exercício de cargo de confiança, cabia à demandada juntar


os controles de jornada do período. Como é cediço, a não apresentação injustificada desses registros gera
presunção de veracidade da jornada de trabalho indicada na inicial.

Acolho a jornada descrita na inicial, nos limites do depoimento do autor, qual


seja: a) de segunda-feira a sexta-feira, das 09h00 às 20h00min, e nos sábados, das 08h00min às
20h00min; b) labor na "black friday" (novembro), em 3 dias no ano, das 06h00min às 21h00min; c) em
datas comemorativas (dia dos pais e das mães) das 07h00min às 21h00min, apenas no sábado e domingo
(item 10 do depoimento); d) intervalo intrajornada de 30 minutos.

Ressalte-se que o demandante, em depoimento, não confirmou o labor nas


demais datas festivas e nas semanas que as antecedia, ou o trabalho em saldões e inventários, conforme
se depreende do item 11 de seu depoimento.

Não há pagamento em dobro pelo labor em domingos e feriados, pois havia


folga compensatória durante a semana, consoante item 7 do depoimento do autor.

Defiro o pagamento de horas extras decorrentes da extrapolação da jornada de


trabalho contratada, excedentes à 8ª hora diária ou 44ª semanal, bem como 1 hora extra diária (conforme
antiga redação do § 4º do artigo 71 da CLT, antes da Lei 13.467/2017 e Súmula 437, I, do TST), devido à
sonegação do intervalo mínimo legal para repouso e alimentação.

Assinado eletronicamente por: MARA CRISTINA PEREIRA CASTILHO - 26/09/2019 11:39:53 - f9af9ed
https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19082915363318000000150054252
Número do processo: 1000896-02.2019.5.02.0609 ID. f9af9ed - Pág. 3
Número do documento: 19082915363318000000150054252

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 4606
Fls.:

Frise-se que Lei n.º 13.467, de 13 de julho de 2017, não se encontrava vigente
durante parte considerável do contrato de trabalho do demandante. Trata-se o § 4º, do art. 71, da CLT,
com a redação dada pela Lei 13.467/2017 de norma de direito material e, por óbvio, não pode retroagir
para alcançar o contrato de trabalho do demandante.

O acionante não logrou êxito em comprovar que o intervalo intrajornada


contratual era de 2 horas. Ademais, o deferimento de horas extras pela supressão do intervalo destinado
ao repouso e alimentação refere-se ao desrespeito ao intervalo mínimo legalmente previsto, nos moldes
da referida súmula nº 437, I do C. TST.

Por habituais, defiro os reflexos sobre descansos semanais remunerados, aviso


prévio, férias com o terço constitucional e 13º salários. As horas extras deferidas e as diferenças de
descansos, aviso prévio, férias usufruídas com o terço e gratificação natalina em decorrência dos reflexos
das horas extras habituais deverão lançar reflexo sobre o Fundo de Garantia mais multa de 40%.

Os descansos semanais remunerados, acrescidos da média das horas extras,


não devem compor o salário do reclamante para os cálculos das demais verbas, pois estas devem sofrer
os reflexos do trabalho extraordinário uma única vez.

Serão observados os adicionais previstos nos instrumentos normativos


colacionados aos autos, pelo período de vigência de cada um; na ausência de previsão mais favorável,
será observado o adicional legal de 50%.

As horas extras deverão ser apuradas mês a mês, de acordo com a evolução e
globalidade salarial do reclamante. Deverão ser deduzidos os períodos de afastamentos.

Ressalte-se que, conquanto o obreiro tenha sido remunerado também por meio
de comissões, fato este incontroverso, o entendimento constante no enunciado da Súmula 340 do C. TST
deve ceder espaço à aplicação da norma mais favorável prevista nas normas coletivas acostadas, as quais
preveem fórmula de cálculo mais benéfica para a apuração das horas extras dos empregados
comissionistas.

À luz do exposto, fica afastada a aplicação da aludida súmula.

Intervalo entre jornadas:

Tendo em vista a jornada de trabalho acolhida no presente feito, conforme


tópico acima, vislumbra-se o desrespeito ao intervalo mínimo de 11h previsto no art. 66 da CLT, entre
duas jornadas de trabalho.

Defiro o pedido.

Serão remuneradas como extras apenas aquelas horas subtraídas do intervalo


mínimo pertinente (OJ 355, da SDI-1, do C. TST).

Devem ser considerados os demais parâmetros de cálculo, conforme item


anterior.

Devidos os mesmos reflexos do item anterior.

Incidência dos prêmios e comissões sobre os descansos semanais


remunerados:

Assinado eletronicamente por: MARA CRISTINA PEREIRA CASTILHO - 26/09/2019 11:39:53 - f9af9ed
https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19082915363318000000150054252
Número do processo: 1000896-02.2019.5.02.0609 ID. f9af9ed - Pág. 4
Número do documento: 19082915363318000000150054252

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 5607
Fls.:

Alega o reclamante que os diversos prêmios e comissões percebidos não


incidiram nos descansos semanais remunerados.

A reclamada informa que todas as parcelas pagas habitualmente e com


natureza salarial foram integradas ao salário do demandante. Expõe que a maioria das parcelas indicadas
pelo obreiro referem-se a parcelas indenizatórias, sem, no entanto, apontá-las.

Compulsando-se os recibos juntados com a defesa, contudo, não se vislumbra


o pagamento dos reflexos dos prêmios indicados na inicial sobre os descansos semanais remunerados.
Vale mencionar que os prêmios foram quitados como forma de contraprestação ao trabalho realizado,
tendo em vista que sequer informou a reclamada como eram estipuladas e computadas tais parcelas.
Evidente, pois, sua natureza salarial, de modo que devem incidir sobre os descansos semanais
remunerados.

Ressalte-se que Lei n.º 13.467, de 13 de julho de 2017, não se encontrava


vigente durante parte considerável do contrato de trabalho do demandante. O § 2º, do art. 457, da CLT,
com a redação dada pela Lei 13.467/2017 trata-se de norma de direito material e, por óbvio, não pode
retroagir para alcançar o contrato de trabalho do demandante.

Desse modo, condeno a ré a pagar os reflexos dos prêmios pagos, conforme


recibos juntados e identificados pelo autor (letra "a" do rol dos pedidos), nos descansos semanais
remunerados e destes (prêmios + dsr) no aviso prévio, 13º salário, férias + 1/3 e de tudo em FGTS e
multa de 40%.

Levar-se-á em consideração os valores constantes nos recibos juntados, para


fins de compensação.

Equiparação salarial:

Pleiteia o demandante o pagamento de diferença salarial, decorrente de


equiparação salarial, apontando como paradigma o sr. André Venâncio de Oliveira, sr. Tiago Favaro e a
sra. Joelma Cardoso.

No que se refere ao instituto da equiparação salarial, a distribuição do encargo


probatório impõe ao autor a prova dos fatos constitutivos de seu direito (identidade de função, de
empregador e localidade) e à ré o ônus de provar os fatos impeditivos, modificativos e extintivos
(inexistência de igualdade de perfeição técnica e de mesma produtividade, diferença de tempo de serviço
na função superior a dois anos e existência de quadro de carreira na empresa), tudo conforme dispõem os
artigos 818 da CLT e 373, I e II, do NCPC e Súmula 6 do colendo C. TST.

A reclamada alega que o 1o paradigma informado era gerente de loja, desde


janeiro de 2010 e o reclamante apenas passou a ocupar esse cargo em novembro de 2012.

Com razão a demandada.

Analisando o registro de empregado do 1o paradigma, sr. André Venâncio de


Oliveira, fl. 1154, verifica-se que ele assumiu o cargo de gerente, em 01/01/2010. Já o autor ocupou tal
cargo apenas em 01/11/2012, conforme ficha de fl. 1005. Há diferença, portanto, de tempo de serviço na
função superior a 2 anos.

Quanto aos demais, a ré informou que trabalharam em localidade (lojas)


diversa da do autor, cujo faturamento, número de funcionários eram diferentes, o que, segundo informou,
justificaria diferenças de valores pagos pelos prêmios, os quais estão atrelados ao cumprimento de metas.
Em suma, a reclamada alegou que havia diferença de produtividade entre paradigmas e o autor.

Assinado eletronicamente por: MARA CRISTINA PEREIRA CASTILHO - 26/09/2019 11:39:53 - f9af9ed
https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19082915363318000000150054252
Número do processo: 1000896-02.2019.5.02.0609 ID. f9af9ed - Pág. 5
Número do documento: 19082915363318000000150054252

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 6608
Fls.:

Os paradigmas citados exerciam o mesmo cargo que o reclamante, o que faz


presumir a identidade de funções. Cabia à reclamada comprovar a diferença de produtividade aduzida.

Em depoimento, a ré informou:

7. que a loja do Sr. Tiago tinha um porte maior que a da Sra. Joelma e a do
reclamante menor que a dos dois; 8. que a loja do reclamante havia de 35 a 40
funcionários, da Joelma, cerca de 20 a 23 funcionário e doTiago cerca de 45 a
50 funcionários 9. que o porte da loja da Sra. Joelma era maior mesmo tendo
menos funcionários que a do reclamante; 10. que a loja do Sr. Tiago faturava
mais, em seguida era a da Sra. Joelma e por último a loja do reclamante.

A empresa acionada, no entanto, nada trouxe aos autos que pudesse reforçar
tais assertivas.

Os recibos acostados com a defesa, fls. 1.207 e 1.278 e seguintes, indicam que
os paradigmas auferiam remuneração superior à do reclamante e a reclamada não logrou êxito em
justificar a diferença de valores atinentes.

As diferenças de prêmios e demais parcelas variáveis se justificam em virtude


do cumprimento de metas estipuladas em cada loja, de modo que o autor não faz jus às diferenças
relativas aos prêmios percebidos. Por óbvio, cada loja possui desafios de gerenciamento e metas de
vendas cujo atingimento implica pagamento de parcela variável de modo distinto. Trata-se de fato
inerente à própria natureza do salário variável.

As diferenças de salário-base (salário fixo) entre paradigmas e o obreiro, por


outro lado, não foram justificadas nos autos. Cabia à reclamada trazer elementos ao presente feito que
corroborasse a diferença do salário-base pago aos os funcionários envolvidos, os quais exerciam as
mesmas funções e ocupavam os mesmos cargos.

Vale destacar que a regra estampada no art. 461, da CLT, relativa à


consideração de "mesmo estabelecimento empresarial" para fins de apuração da isonomia salarial não se
aplica ao presente feito, pois a alteração promovida pela Lei 13.467/2017, por se tratar de norma de
direito material, não pode retroagir para alcançar o contrato de trabalho do demandante.

Dito isto, condeno a reclamada a pagar a diferença salarial postulada apenas


relativa ao salário fixo, a contar de 01/11/2012, observando o marco prescricional.

Serão observados os valores consignados nos documentos acostados com a


defesa (fichas de registro e holerites) relativos aos gerentes indicados como paradigma, sr. Tiago Favaro
e a sra. Joelma Cardoso, limitado ao valor indicado na inicial.

Defiro os reflexos em 13º salário, férias com o terço constitucional e das


diferenças salariais e diferenças decorrentes dos reflexos ora deferidos em 13º salários e em férias
usufruídas com o terço constitucional no Fundo de Garantia mais multa de 40%, conforme requerido.

Indefiro reflexos nos descansos semanais remunerados, pois a verba mensal já


os quita.

PLR proporcional:

Assinado eletronicamente por: MARA CRISTINA PEREIRA CASTILHO - 26/09/2019 11:39:53 - f9af9ed
https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19082915363318000000150054252
Número do processo: 1000896-02.2019.5.02.0609 ID. f9af9ed - Pág. 6
Número do documento: 19082915363318000000150054252

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 7609
Fls.:

Alega o autor que sempre recebeu a PLR dos anos anteriores, mas não recebeu
a PLR proporcional de 2018.

A reclamada aduz que nada é devido porquanto o autor deixou de juntar norma
coletiva prevendo o pagamento de PLR do período.

Com razão a reclamada.

A PLR deve ser estipulada por meio de negociação coletiva, inteligência do


art. 2º, da Lei 10.101 de 2000.

O reclamante não acostou aos autos instrumento normativo instituidor de tal


benefício atinente ao período abrangido pelo pedido.

Indefiro o pedido.

Ausência da testemunha - multa:

Face à ausência da testemunha Lincon Ferreira Gomes, sem qualquer


justificativa plausível, à audiência para a qual foi devidamente intimada e alertada para as consequências
de seu não comparecimento, conforme consignado em ata, fl. 1.425, foi aplicada multa no valor de
R$500,00, a qual deverá ser paga no prazo de 5 dias após o trânsito em julgado, sob pena de execução.

Litigância de má-fé da reclamada:

Indefiro, pois não vislumbro hipótese estampada no art. 793-B, da CLT. A


prova coligida ao feito apenas afastou a tese defensiva e não a ocorrência de má-fé da acionada.

Expedição de ofícios:

Oficie-se à SRTE noticiando a condenação da ré, no prazo de 48h, a contar do


trânsito em julgado da presente decisão.

Compensação: Serão compensadas as verbas comprovadamente pagas sob


mesmo título.

Justiça Gratuita:

O(a) reclamante auferia importância mensal inferior a 40% do limite máximo


dos benefícios do Regime Geral da Previdência Social e apresentou declaração de insuficiência
econômica. Sendo assim, concedo os benefícios da Justiça Gratuita.

Honorários sucumbenciais:

Tendo em vista a sucumbência recíproca, arbitro:

a) honorários em favor do advogado do(a) autor(a) e a cargo da reclamada, no


importe de 5% do valor bruto que resultar da liquidação da sentença (art. 791-A, caput e §§ 2º e 3º, com
nova redação dada pela Lei 13.467/2017);

Assinado eletronicamente por: MARA CRISTINA PEREIRA CASTILHO - 26/09/2019 11:39:53 - f9af9ed
https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19082915363318000000150054252
Número do processo: 1000896-02.2019.5.02.0609 ID. f9af9ed - Pág. 7
Número do documento: 19082915363318000000150054252

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 8610
Fls.:

b) honorários em favor do advogado da ré e a cargo do(a) reclamante, no


importe de 5% do valor atribuído aos pedidos rejeitados (PLR proporcional de 2018), vedada a
compensação entre os honorários.

Com relação à matéria, fixo novo entendimento para vedar procedimento


consistente em descontar do crédito do(a) autor(a), valor correspondente a honorários sucumbenciais.
Assim expõe o Desembargador Rafael Edson Pugliese Ribeiro, em oportuno e detalhado estudo:
"Gratuidade. Alcance da presunção da declaração de necessitado. A declaração de necessitado, sob o
amparo da Lei 7115/83 continuará em uso e com eficácia jurídica, com a garantia que a própria lei
assegura com presunção de veracidade (art. 1º da Lei 7115/83), e fortalecida pelo art. 99, parágrafo 3º
do CPC. Feita a declaração, presume-se verdadeira, desde que não seja confrontada com elementos
concretos oferecidos pela parte contrária para demonstrar uma realidade oposta à condição de
necessitado..." ("Reforma Trabalhista Comentada", Ed. Juruá, 1ª edição, 2018, fl. 237, item 2).

O(a) reclamante responderá pelos honorários sucumbenciais de 5% em relação


aos pedidos indeferidos, calculado sobre os valores a eles atribuídos, conforme já exposto.

Considerando que o(a) reclamante é beneficiário(a) da Justiça Gratuita e que


essa condição não sofreu alteração com o presente processo e, ainda, que as verbas deferidas decorrem do
contrato de trabalho e têm natureza salarial, não se pode permitir desconto dos valores a esse título das
verbas auferidas nesta ação. Os honorários arbitrados ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade,
na forma estabelecida no art.791-A, § 4º, da CLT e somente poderão ser executados se, nos dois anos
subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de
existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se,
passado esse prazo, tais obrigações da beneficiária.

Recolhimentos previdenciários e fiscais, na forma da Súmula 368 do C.TST.


Os juros de mora, por sua natureza indenizatória, não sofrerão descontos de imposto de renda.

A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições


previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de
acordo homologado, que integrem o salário-de-contribuição.

Doexposto, julgo PROCEDENTES EM PARTE os pedidos formulados para,


nos termos da fundamentação e prescrição acolhida, condenar a reclamada no pagamento de:

a) horas extras e reflexos;

b) reflexos dos prêmios;

c) diferença salarial e reflexos.

Tudo a se apurar no momento oportuno, observados os limites da petição


inicial. Possuem caráter salarial as verbas deferidas.

Honorários sucumbenciais, na forma da fundamentação, vedado o


desconto da obrigação atribuída à parte reclamante, de seu crédito.

Juros, na forma da lei, são devidos desde a distribuição. Para o cálculo da


correção monetária observar-se-ão os termos da Súmula 381 do Tribunal Superior do Trabalho com
adoção da TR.

Expeça-se ofício conforme determinação supra.

Intime-se a testemunha, sr. Lincon Ferreira Gomes, para que pague a


multa arbitrada no valor de R$500,00, nos termos da fundamentação.

Assinado eletronicamente por: MARA CRISTINA PEREIRA CASTILHO - 26/09/2019 11:39:53 - f9af9ed
https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19082915363318000000150054252
Número do processo: 1000896-02.2019.5.02.0609 ID. f9af9ed - Pág. 8
Número do documento: 19082915363318000000150054252

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 9611
Fls.:

Custas pela reclamada sobre o valor ora arbitrado em R$450.000,00, no


importe de R$9.000,00.

Atentem as partes para o disposto no art. 1.026, §2º e art. 80, VII, ambos do
CPC. Observe-se que a Súmula 297 do TST determina a necessidade de pré-questionamento em relação à
decisão de 2o grau, sendo inaplicável para as sentenças de 1o grau. Assim, eventuais embargos
declaratórios calcados em mera justificativa de pré-questionamento serão tidos como meramente
procrastinatórios, ensejando a aplicação da pertinente multa pecuniária.

Intimem-se as partes, nada mais.

MARA CRISTINA PEREIRA CASTILHO

Juíza Titular da 9ª Vara do

Trabalho de São Paulo - ZonaLeste

SAO PAULO,26 de Setembro de 2019

MARA CRISTINA PEREIRA CASTILHO


Juiz(a) do Trabalho Titular

Assinado eletronicamente por: MARA CRISTINA PEREIRA CASTILHO - 26/09/2019 11:39:53 - f9af9ed
https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19082915363318000000150054252
Número do processo: 1000896-02.2019.5.02.0609 ID. f9af9ed - Pág. 9
Número do documento: 19082915363318000000150054252

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 1612
Fls.:

PODER JUDICIÁRIO ||| JUSTIÇA DO TRABALHO


TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO
1ª Vara do Trabalho de Santo André ||| ATOrd 1000854-02.2019.5.02.0431
RECLAMANTE: VANESSA VASQUEZ DE VASCONCELOS
RECLAMADO: VIA VAREJO S/A

Vistos, etc.

Vanessa Vasquez de Vasconcelos, devidamente qualificada na inicial,


ajuíza em 02/07/2019, a presente reclamação trabalhista, em face de Via Varejo S/A, também
identificada, requerendo a procedência dos pedidos elencados na inicial de fls. 02/29. Dá à causa o valor
de R$ 879.601,84.

Realizada a audiência, resta frustrada a primeira tentativa de conciliação.

A reclamada junta contestação (fls. 1367/1453), com documentos.

Réplica é apresentada (fls. 2251/2273).

Produzidas provas documental e oral, com o depoimento pessoal das


partes e oitiva de testemunhas (fls. 2227/2231).

A instrução é encerrada, arrazoando as partes por escrito (fls. 2241/2245 e


2246/2250).

A última tentativa de conciliação é rejeitada.

Retornam os autos conclusos para julgamento.

É o relatório.

Considerações necessárias

Do Direito Intertemporal. Lei n. 13.467 de 13 de julho de 2017

A Lei n. 13.467 de 13 de julho de 2017, denominada "Reforma


Trabalhista", vigente desde 11/11/2017, introduziu e alterou diversas disposições da Consolidação das
Leis do Trabalho, tanto no que diz respeito ao direito material, quanto processual.

Assinado eletronicamente por: LOURDES RAMOS GAVIOLI - 01/10/2019 16:57:12 - 7554fc6


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19091115371493200000151560365
Número do processo: 1000854-02.2019.5.02.0431 ID. 7554fc6 - Pág. 1
Número do documento: 19091115371493200000151560365

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 2613
Fls.:

No caso em tela, tendo em vista que o contrato de trabalho esteve vigente


no lapso de 02/09/2013 a 22/02/2019, inaplicável as disposições de direito material previstas na lei
reformadora no lapso anterior a 11/11/2017, principalmente porque não é possível retroagir a lei para
alcançar fatos consumados anteriores à sua vigência. Nesse sentido, o art. 5º, inciso XXXVI, da CF e art.
6º da LINDB, que protegem o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.

Relativamente às normas processuais, distribuída a reclamação na


vigência da Lei n. 13.467/2017, aplicável as normas de direito processual contidas na nova legislação,
inclusive aquelas de natureza híbrida (processuais com repercussões materiais).

Prejudicial de Mérito

Prescrição

Ajuizada a demanda em 02/07/2019, pronuncio a prescrição quinquenal


das pretensões anteriores a 02/07/2014, nos termos do art. 7º, XXIX, da Constituição Federal. Neste
sentido, o item I, da Súmula n. 308 do C. Tribunal Superior do Trabalho.

Mérito

Prêmios. Reflexos. Descansos semanais remunerados

Os prêmios são pagos em razão do cumprimento de um critério


estabelecido pelo empregador, que pode beneficiar tanto o trabalhador individualmente, quanto o grupo.

No caso dos autos, a reclamante menciona que sempre recebeu inúmeras


parcelas intituladas como prêmios, quitadas em razão das atribuições desempenhadas, porém a reclamada
nunca quitou tais importâncias nos descansos semanais remunerados.

Em contrapartida, a reclamada sustenta que sempre quitou corretamente


os descansos semanais, sendo que a maioria das parcelas indicadas pela autora possuem natureza
indenizatória, pois foram pagas sem habitualidade.

Ocorre que ao contrário do alegado pela reclamada, os demonstrativos de


pagamento de fls. 1591/1616 provam que as parcelas denominadas prêmios (loja, recarga celular,
gerência) eram quitadas com habitualidade.

Assinado eletronicamente por: LOURDES RAMOS GAVIOLI - 01/10/2019 16:57:12 - 7554fc6


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19091115371493200000151560365
Número do processo: 1000854-02.2019.5.02.0431 ID. 7554fc6 - Pág. 2
Número do documento: 19091115371493200000151560365

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 3614
Fls.:

Ademais, observa-se que para o "prêmio recarga celular", por exemplo,


que foi quitado com menor habitualidade, a reclamada pagou os descansos semanais, como ocorreu nos
meses de abril a setembro de 2017 e dezembro de 2018 a (fls. 1592 e 1608/1613).

Outrossim, nota-se que a reclamada quitou férias, gratificação natalina,


aviso prévio e FGTS com base na remuneração total da reclamante, conforme recibos de fls. 1476 e 1603
/1605, por amostragem.

Como se não bastasse, os prêmios eram pagos em razão do desempenho


das vendas efetuadas na loja.

Por isso, concluo que os prêmios quitados à reclamante possuem natureza


salarial, razão pela qual devem incidir em descansos semanais remunerados, em face do disposto no art.
7º, "c", da Lei n. 605/49, autorizada a dedução de valores quitados a idêntico título.

Diante da natureza salarial da parcela e da habitualidade, devidos reflexos


em aviso prévio, gratificações natalinas (integrais e proporcionais), férias acrescidas de 1/3 (integrais e
proporcionais) e, de todos (com exceção das férias indenizadas), em FGTS com a multa de 40%.

Frise-se, por importante, que a situação ora analisada não se confunde


com a descrita no parágrafo 4º do art. 457 da CLT, com a redação dada pela Lei n. 13.467/2017,
principalmente porque os valores quitados à reclamante decorria das vendas corriqueiras ocorridas no
estabelecimento e não em razão de desempenho superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas
atividades, consoante previsão legal.

Ante o exposto, julgo procedente a pretensão, para condenar a reclamada


no pagamento de reflexos de todas parcelas intituladas prêmios, constantes nos comprovantes de
pagamento em descansos semanais remunerados, autorizada a dedução de valores quitados a idêntico
título; reflexos desta última parcela em aviso prévio, gratificações natalinas (integrais e proporcionais),
férias acrescidas de 1/3 (integrais e proporcionais) e, de todos (com exceção das férias indenizadas), em
FGTS com a multa de 40%.

Diferenças de comissões

As comissões quitadas com base em percentual de vendas somente são


exigíveis depois de ultimadas as transações a que se referem, conforme previsão contida no art. 466 da
CLT.

Assinado eletronicamente por: LOURDES RAMOS GAVIOLI - 01/10/2019 16:57:12 - 7554fc6


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19091115371493200000151560365
Número do processo: 1000854-02.2019.5.02.0431 ID. 7554fc6 - Pág. 3
Número do documento: 19091115371493200000151560365

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 4615
Fls.:

No caso dos autos, a reclamante sustenta que no período em que trabalhou


como vendedora, há diferenças de comissões a serem quitadas, uma vez que a reclamada: a) descontava a
comissão relativa a mercadorias e serviços não faturados, em razão de cancelamento ou troca; b) não
quitava os serviços (plano odontológico, seguro de vida protegida e premiada) com o percentual de 7,5%
convencionado; c) pagava valor inferior à venda de produtos e serviços parcelados, uma vez que
considerava o valor da venda a vista; e d) não quitava corretamente o prêmio estímulo, em razão das
irregularidades apontadas, já que esta parcela era calculada de acordo com o total das metas atingidas.

Por sua vez, a reclamada sustenta que sempre pagou corretamente as


comissões, sendo que a reclamante tinha acesso aos extratos de vendas e qualquer irregularidade poderia
ser esclarecida por meio dos diversos canais disponibilizados, juntando aos autos extratos das vendas
efetuadas pela autora (fls. 1667/1930).

Ocorre que a reclamante não impugna os extratos apresentados, tampouco


apresenta diferenças em seu favor, o que seria seu ônus, a teor do disposto nos arts. 818 da CLT e 373,
inciso I, do CPC.

Como se não bastasse, em depoimento pessoal confirma que tinha acesso


aos sistemas disponibilizados pela reclamada PRWeb e PCom, sendo este último utilizado para a
formalização das vendas. Em suas palavras: "conhece o sistema PRWeb e neste sistema há o registro de
dados pessoais e de dados da loja; ...dentro do sistema tem o PCom, que é o sistema utilizado pelos
vendedores e gerentes para formalização das vendas, dados dos clientes e liberação de senha mediante
autorização do regional".

De mais a mais, conquanto a reclamada admita em depoimento pessoal


que é feito estorno quando há cancelamento de vendas e é o vendedor que faz a troca quem recebe a
comissão, tais situações não ensejam o pagamento de diferenças, seja porque a comissão incide sobre o
valor da venda finalizada, conforme art. 466 da CLT, seja porque a reclamante também se beneficiou da
comissão quando fez a troca de venda efetuada por outros vendedores.

Portanto, incabível a condenação da reclamada em diferenças de


comissões e reflexos.

Improcede.

Duração do trabalho. Horas extraordinárias. Intervalo intrajornada.


Reflexos

Assinado eletronicamente por: LOURDES RAMOS GAVIOLI - 01/10/2019 16:57:12 - 7554fc6


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19091115371493200000151560365
Número do processo: 1000854-02.2019.5.02.0431 ID. 7554fc6 - Pág. 4
Número do documento: 19091115371493200000151560365

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 5616
Fls.:

A fim de preservar a saúde física e mental da trabalhadora, a Constituição


Federal fixa jornada de 8 horas diárias e 44 horas semanais, sendo referida norma relativa à saúde e
segurança do trabalho.

No mesmo sentido é a norma intervalar que tem como objetivo


proporcionar um descanso físico e mental à trabalhadora, a fim de que esta recupere suas forças, evitando
o desgaste, fadiga e prevenindo infortúnios.

Na situação em exame, a reclamante alega que sempre se ativou além dos


horários estipulados, sem receber corretamente pelas horas extras, afirmando que no período em que
trabalhou como vendedora, trabalhava de segunda a sábado das 8h às 18h/18h30min ou das 11h às 21h e
em dois domingos por mês das 9h às 19h, e quando se ativou como gerente, cumpria jornada de segunda
a sexta-feira, das 9h às 20h/20h30min e aos sábados das 8h às 20h/20h30min, sempre com 30 minutos de
intervalo. Além disso, informa jornada diferenciada na antecedência das datas comemorativas, saldões,
inventários, black friday e feriados.

Em contrapartida, a reclamada menciona que no período em que a


reclamante trabalhou como vendedora, se ativava em jornada de 7 horas e 20 minutos, com uma hora de
intervalo, sendo que eventuais extrapolações da jornada eram quitadas ou compensadas, enquanto que no
lapso em que a reclamante exerceu a função de gerente, estava enquadrada no art. 62, inciso II, da CLT.

Nesse contexto, a reclamada junta aos autos os cartões de ponto relativos


ao lapso de janeiro de 2014 a 15/11/2016 (fls. 1479/1513) e extrato de banco de horas (fls. 1514/1536).

Assim, analisando as provas pertinentes ao período em que a reclamante


exerceu a atividade de vendedora (02/07/2014 a 31/11/2016), verifico incongruências entre as provas oral
e documental.

Inicialmente, porque a reclamante afirma que a loja funcionava das


8h30min às 20h30min, mas que batia o ponto 40min/60min após a sua chegada, bem como que
continuava a trabalhar após a marcação do ponto, contudo nos cartões de ponto há anotações às 8h10min
(29/11/2014), 8h08min (24/12/2014), 8h07min (23/06/2015), 7h30min (21/11/2015), 21h20min (05/07
/2014), 21h48min (07/08/2014), dentre outros.

Ademais, a reclamante confirma em depoimento pessoal que na loja havia


trabalho em dois turnos (8h às 18h/18h30min e 11h às 20h/20h30min), cujos horários coincidem com os
horários registrados no ponto, conforme se aponta, por amostragem, nos dias 10/07/2015 (11h56 às
21h01min), 16/07/2015 (10h38min às 19h37min) e 23/12/2015 (8h38min às 19h42min).

Assinado eletronicamente por: LOURDES RAMOS GAVIOLI - 01/10/2019 16:57:12 - 7554fc6


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19091115371493200000151560365
Número do processo: 1000854-02.2019.5.02.0431 ID. 7554fc6 - Pág. 5
Número do documento: 19091115371493200000151560365

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 6617
Fls.:

Por sua vez, embora a reclamante afirme em depoimento pessoal que


trabalhavam em 8 a 10 vendedores na linha branca e 6 a 7 vendedores na telefonia, fazendo revezamento
no horário de intervalo, não se mostra verossímil que nunca tenha usufruído de uma hora de intervalo
para refeição e descanso, principalmente quando o sistema utilizado na reclamada bloqueia o acesso ao
sistema pelo vendedor na hora do intervalo.

Por isso, concluo que a prova oral não se mostra apta a invalidar os
cartões de ponto apresentados aos autos, razão pela qual, tenho-nos como válidos e aptos a demonstrar a
jornada cumprida pela reclamante.

Contudo, nos dias em que não há anotação no ponto, tampouco


justificativa de ausência, tal como se observa nos dias 11 e 12 de dezembro de 2015, acolho que a
reclamante trabalhou das 8h às 18h15min (pela média), com uma hora de intervalo para refeição e
descanso.

De outro turno, verifico que a reclamante logra êxito em apontar


diferenças em seu favor, uma vez que no lapso de 21/07/2014 a 20/08/2014, por exemplo, a reclamante
trabalhou em sobrejornada por aproximadamente 33,67, no entanto há quitação de 6,4 horas extras (fl.
1550).

Outrossim, observo que as folgas concedidas para os domingos


trabalhados foram irregulares, mormente porque não observado o intervalo obrigatório de sete dias para a
concessão da folga, tal como se nota nas semanas dos dias 22 de setembro a 02 de outubro de 2014 e 05 a
15 de janeiro de 2015, em que a autora trabalhou, respectivamente, 11 e 10 dias corridos para depois ter
folga.

De mais a mais, embora a reclamada aduza a existência de regime de


compensação na modalidade banco de horas, cabe lembrar que referido regime compensatório somente
pode ser considerado válido quando instituído por norma coletiva, consoante, inclusive, se direciona o
entendimento do C. Tribunal Superior do Trabalho, na Súmula n. 85, abaixo descrita:

As disposições contidas nesta súmula não se aplicam ao regime compensatório na


modalidade "banco de horas", que somente pode ser instituído por negociação coletiva.
(grifos acrescidos)

No entanto, conquanto as normas coletivas anexadas prevejam o sistema


de "banco de horas" (cláusulas 39), a reclamada não demonstra que cumpriu os seus requisitos,
principalmente porque não há acordo coletivo ou contrato individual de horas de trabalho com registro
nos Sindicatos.

Assinado eletronicamente por: LOURDES RAMOS GAVIOLI - 01/10/2019 16:57:12 - 7554fc6


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19091115371493200000151560365
Número do processo: 1000854-02.2019.5.02.0431 ID. 7554fc6 - Pág. 6
Número do documento: 19091115371493200000151560365

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 7618
Fls.:

Destarte, não sendo válido o regime compensatório adotado pela


reclamada, consequentemente as horas extras trabalhadas deverão ser regularmente quitadas.

Consequentemente, havendo extrapolação da jornada, é devido o


pagamento de horas extras, assim consideradas aquelas excedentes às 7h20min diárias e 44 semanais. No
entanto, considerando que a reclamante era comissionista pura, o cálculo das horas extras deverá
observar os parâmetros das cláusulas 41 dos instrumentos normativos anexados aos autos, a saber:

a) Apurar a média das comissões auferidas no mês acrescidas do DSR;

b) Dividir o valor encontrado no item "a" pelo número de horas mensais contratadas,
para obter o valor médio da hora/comissão;

c) Multiplicar o valor médio da hora/comissão, apurado no item "b", por 1,60 ou 2


(para os domingos e feriados trabalhados) conforme percentual da cláusula 040. O
resultado é o valor da hora/comissão, já incluso o adicional de hora extra;

d) Multiplicar o valor encontrado no item "c", pelo número de horas extras do


comissionista no mês. O resultado é o valor a ser pago ao comissionista a título de hora
extra no mês.

Por sua vez, havendo norma específica para a remuneração dos


comissionistas, não há falar na aplicação do entendimento contido na Súmula n. 340 do C. TST.

De outro turno, existindo pagamento de horas extras nos comprovantes de


pagamento, resta autorizada a dedução dos valores quitados a idêntico título.

Face à habitualidade, são devidos, ainda, reflexos em férias acrescidas de 1


/3 (CLT, artigo 142, §5º), décimos terceiros salários (Lei n. 4.090/62, artigo 1o e Súmula n. 45 do C.
TST) e, de todas (com exceção das férias indenizadas), em FGTS acrescido de 40% (art. 12 da Instrução
Normativa FGTS/MTE n. 25/2001).

Em contrapartida, considerando que o cálculo estipulado em norma


coletiva já incluem os descansos semanais, incabível condenação de reflexos em referida parcela, sob
pena de caracterizar duplo pagamento, o que é vedado pelo ordenamento jurídico.

No que diz respeito ao período posterior a 01/12/2016, em que a


reclamante exerceu a função de gerente, cabe lembrar que a regra da duração do trabalho é excepcionada
pelo legislador infraconstitucional nas situações descritas no art. 62, cujos trabalhadores não estão
submetidos ao capítulo da duração do trabalho, nos quais se enquadram os exercentes de cargos de gestão.

Em tal circunstância, a dispensa de controle de horário, na forma prevista


no art. 62, inciso II, e parágrafo único, da Consolidação das Leis do Trabalho, depende do preenchimento

Assinado eletronicamente por: LOURDES RAMOS GAVIOLI - 01/10/2019 16:57:12 - 7554fc6


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19091115371493200000151560365
Número do processo: 1000854-02.2019.5.02.0431 ID. 7554fc6 - Pág. 7
Número do documento: 19091115371493200000151560365

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 8619
Fls.:

de dois requisitos específicos, a saber: atribuições e poderes de gestão, inclusive para os chefes de
departamento, e distinção remuneratória, à base de, no mínimo, 40% (quarenta por cento) do salário
efetivo.

Desse modo, além do requisito objetivo, correspondente ao pagamento da


gratificação de pelo menos 40% (quarenta por cento) do salário efetivo, imprescindível a demonstração
do requisito subjetivo, referente ao desenvolvimento de atribuições e poderes de gestão.

No que diz respeito a esta última exigência, ensina a autora Vólia Bomfim
Cassar (Direito do trabalho; 8ª ed. rev. e atual. - Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2013,
pág. 659):

A confiança preconizada no art. 62, II, da Consolidação das Leis do Trabalho é aquela
que é depositada no empregado que exerce, por delegação, algum poder típico do
empregador, se confundindo com ele em alguns atos, similar àquela conceituada no art.
1.172 do Código Civil.

O principal poder do empregador é o de gerir a empresa com autonomia, bem como o


de disciplinar seus empregados. Desta forma, aquele empregado que tiver como função
a de gestão da empresa, do setor ou filial, com total autonomia, é um alto empregado
incluído do art. 62 da CLT e, portanto, excluído do Capítulo em estudo.

O poder disciplinar exercido pelo empregado de confiança não é requisito essencial


para seu enquadramento no art. 62 da CLT, pois é possível encontrar chefe, diretor ou
gerente que trabalhe sozinho (único empregado) com amplo poder de gestão, como
acontece nas pequenas empresas. Estes não terão subordinados, logo, não exercerão o
poder disciplinar. São exemplos do exercício do poder disciplinar: dar ordens, aplicar
punições, admitir e demitir, distribuir tarefas, alterar horários e local de trabalho etc.
Grifos acrescidos

Na situação em exame, analisando os comprovantes de pagamento


acostados aos autos (fls. 1591/1631), verifico que o requisito objetivo não está preenchido, pois as
remunerações brutas da reclamante, pertinentes ao lapso de janeiro a setembro de 2016, indica a média
de R$ 4.245,75, ao passo que a média de idêntico período no ano de 2017, indica a média de R$
5.418,11, que totaliza aumento aproximado de 27,5%, portanto, inferior aos 40% (quarenta por cento),
indicado em lei.

Por conseguinte, considerando que o parágrafo único do art. 62 da CLT é


claro ao determinar que o regime da duração do trabalho é aplicável aos empregados mencionados no
inciso II do artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, for
inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento), consequentemente a
reclamante estava sujeita ao capítulo em questão.

Desse modo, caberia à reclamada promover a juntada dos correspondentes


cartões de ponto, a fim de comprovar a jornada cumprida pela reclamante. Nesse sentido, o teor da
Súmula n. 338, I, do C. Tribunal Superior do Trabalho, abaixo reproduzida:

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Fls.: 9620
Fls.:

É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da


jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada
dos controles de frequência gera presunção relativa de veracidade da jornada de
trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário.

No entanto, não tendo a ré anexado aos autos os registros de ponto,


prevalece a jornada alegada na inicial, salvo se produzida prova em sentido contrário.

Nesse contexto, a reclamante, em depoimento pessoal, confessa que


sempre trabalhou em lojas de rua, que abriam às 9h e fechava entre 19h30min/20h.

De igual modo, a testemunha Antonio Sanitá Júnior, ouvido no processo


n. 1001595-52.2018.502.0051, informa que: "o gerente não tem autonomia de horário de entrada e
saída, pois, caso trabalhe em loja de rua, entra às 08h30/09 e sai às 20h/20h30; ...todos os gerentes
cumprem essa jornada".

Além disso, constato que no período em que a autora trabalhou como


vendedora, houve início antes das 8h, aproximadamente em seis vezes no ano, e extensão até as 22h, em
duas vezes, conforme se verifica, por amostragem, nos dias 09/01/2015 (05h10min às 20h50min), 14/01
/2015 (06h28min às 15h07min), 11/02/2015 (07h02min às 16h04min), 11/06/2015 (06h29min às
15h20min), 27/11/2015 (05h04 às 22h35min), 28/11/2015 (07h27min às 21h28min).

Relativamente ao intervalo, a reclamante não faz nenhuma demonstração


de que no período que trabalhou como gerente não usufruiu do intervalo legal, o que era seu ônus, a teor
do disposto nos arts. 818 da CLT e 373, inciso I, do CPC.

Por isso, concluo que a autora usufruía de uma hora de intervalo para
refeição e descanso.

Pelo exposto, acolho que a reclamante no período posterior a 01/12/2016,


trabalhou das 9h às 20h, de segunda a sábado, iniciando às 06 horas, em seis vezes por ano, sendo que
duas vezes correspondem ao black friday, em que houve prorrogação do horário até as 22h, assim como
trabalhou em quatro feriados por ano das 9h às 19h, sempre com uma hora de intervalo para refeição e
descanso.

Logo, tendo em vista que ultrapassada a jornada legal, devido o


pagamento de: horas extras, assim consideradas aquelas excedentes da 7h20min diária e 44h semanal,
observados os dias em que a reclamante comprovadamente esteve ausente em razão de faltas, licenças e
férias. No entanto, tendo em vista que a reclamante recebia valor fixo e prêmios sobre vendas, o cálculo
das horas extras deverá observar os parâmetros da Orientação Jurisprudencial n. 397 da 1ª Subseção de
Dissídios Individuais do C. TST, a saber: (a) em relação à parte fixa, são devidas as horas simples

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acrescidas do adicional de horas extras e no tocante à parte variável, é devido somente o adicional de
horas extras; (b) apuração do valor médio das comissões auferidas no mês, mediante divisão da soma
total das comissões auferidas no mês, pelo divisor 220; (c) multiplicação do valor da média horária
apurada com o adicional previstos nos instrumentos normativos (e na ausência, o adicional de 50% para
os dias úteis e de 100% para os domingos e feriados).

Face à habitualidade, são devidos reflexos em repousos remunerados (Lei


605/49, art. 7o, "a") e, de ambos, em aviso prévio (CLT, art. 487, §5º), férias acrescidas de 1/3 (CLT, art.
142, §5º), décimos terceiros salários (Lei n. 4.090/62, art. 1o e Súmula n. 45 do C. TST) e FGTS
acrescido de 40% (art. 12 da Instrução Normativa FGTS/MTE n. 25/2001).

Nesse ponto, revejo posicionamento anteriormente adotado por este juízo,


para incluir os descansos semanais na base de cálculo das demais parcelas contratuais, uma vez que se
trata de parcela autônoma que não se confunde com as horas extraordinárias prestadas.

Por fim, acolhido que a reclamante usufruiu do intervalo legal durante


todo o período imprescrito do contrato de trabalho, consequentemente indevida condenação neste
particular.

Ante o exposto, julgo parcialmente procedente o pedido, para condenar a


reclamada no pagamento de: (i) até 31/11/2016, horas extras, assim consideradas aquelas excedentes às
7h20min diárias e 44 semanais, observados os dias efetivamente trabalhados, bem como os parâmetros
das cláusulas 41 dos instrumentos normativos anexados aos autos, haja vista que a reclamante era
comissionista pura, autorizada a dedução de valores quitados a idêntico título, a saber: a) apuração da
média das comissões auferidas no mês acrescidas do DSR; b) divisão do valor encontrado no item "a"
pelo número de horas mensais contratadas, para obter o valor médio da hora/comissão; c) multiplicação
do valor médio da hora/comissão, apurado no item "b", por 1,60 ou 2 (para os domingos e feriados
trabalhados) conforme percentual da cláusula 040, sendo que o resultado é o valor da hora/comissão, já
incluso o adicional de hora extra; d) multiplicação do valor encontrado no item "c", pelo número de horas
extras do comissionista no mês, sendo que o resultado é o valor a ser pago ao comissionista a título de
hora extra no mês; (ii) reflexos em aviso prévio, férias acrescidas de 1/3, gratificações natalinas e FGTS
acrescido da multa de 40%; (iii) horas extras, a partir de 01/11/2016, assim consideradas aquelas
excedentes da 7h20min diária e 44h semanal, observados os dias em que a reclamante comprovadamente
esteve ausente em razão de faltas, licenças e férias, no entanto, tendo em vista que a reclamante recebia
valor fixo e prêmios sobre vendas, o cálculo das horas extras deverá observar os parâmetros da
Orientação Jurisprudencial n. 397 da 1ª Subseção de Dissídios Individuais do C. TST, a saber: (a) em
relação à parte fixa, são devidas as horas simples acrescidas do adicional de horas extras e no tocante à
parte variável, é devido somente o adicional de horas extras; (b) apuração do valor médio das comissões

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auferidas no mês, mediante divisão da soma total das comissões auferidas no mês, pelo divisor 220; (c)
multiplicação do valor da média horária apurada com o adicional previstos nos instrumentos normativos
(e na ausência, o adicional de 50% para os dias úteis e de 100% para os domingos e feriados); (iv)
reflexos em descansos semanais remunerados e, de ambos, em aviso prévio, férias acrescidas de 1/3,
gratificações natalinas e FGTS acrescido da multa de 40%.

Duração do Trabalho. Intervalo Interjornada. Reflexos

O intervalo interjornada, previsto no art. 66 da Consolidação das Leis do


Trabalho, estabelece um período mínimo de onze horas consecutivas para descanso entre duas jornadas
de trabalho.

A subtração do período destinado a esse intervalo gera o direito ao


pagamento de tal período, acrescido do respectivo adicional de 50%, por aplicação analógica do art. 71, §
4º, da CLT. Inteligência da Orientação Jurisprudencial n. 355 da 1ª Subseção de Dissídios Individuais do
C. Tribunal Superior do Trabalho, abaixo citada.

O desrespeito ao intervalo mínimo interjornadas previsto no art. 66 da CLT acarreta,


por analogia, os mesmos efeitos previstos no § 4º do art. 71 da CLT e na Súmula nº 110
do TST, devendo-se pagar a integralidade das horas que foram subtraídas do intervalo,
acrescidas do respectivo adicional.

Na hipótese dos autos, os cartões de ponto indicam que nem sempre


houve respeito ao intervalo interjornada previsto em lei.

Por amostragem, no dia 27/11/2015, a reclamante laborou até as


22h35min, com início às 5h04min do dia seguinte (fl. 1501).

De igual modo, no período em que não acostados os cartões de ponto,


acolhido que dois dias no ano, durante a black friday, a reclamante se ativou das 6h às 22h,
consequentemente também não usufruiu do intervalo legal.

Destarte, quando constatado intervalo interjornada inferior à legal de 11


horas nos cartões de ponto e nos dias de black friday, conforme jornada acolhida, deverá a reclamada
quitar o período não usufruído, com o adicional previsto nas normas coletivas anexadas aos autos (e na
sua ausência, o adicional legal de 50%).

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Frise-se, por oportuno, que em se tratando de intervalo não concedido, a


hora integral deve ser remunerada, com o respectivo adicional, ainda que a empregada seja comissionista,
de forma que nesta circunstância não é aplicável as regras contidas no instrumento normativo, tampouco
a lógica descrita na Orientação Jurisprudencial n. 397 da 1ª Subseção de Dissídios Individuais do C. TST.

Por isso, para cômputo da hora deverá ser utilizada o valor remuneratório
contido nos demonstrativos de pagamento acostados aos autos, conforme súmula n. 264 do C. TST.

Dada à natureza remuneratória da parcela, são devidos, ainda, reflexos em


repousos remunerados (Lei n. 605/49, art. 7o, "a") e, de ambos, em férias acrescidas de 1/3 (CLT, art.
142, §5º), décimos terceiros salários (Lei n. 4.090/62, artigo 1o e Súmula n. 45 do C. TST) e FGTS com
a multa de 40% (art. 12 da Instrução Normativa FGTS/MTE n. 25/2001).

Ante o exposto, julgo procedente o pedido, para condenar a reclamada no


pagamento de: horas extras, face à ausência de gozo integral do intervalo interjornada, quando constatado
intervalo interjornada inferior à legal de 11 horas nos cartões de ponto e nos dias de black friday,
conforme jornada acolhida, com quitação do período não usufruído, com o adicional previsto nas normas
coletivas anexadas aos autos (e na sua ausência, o adicional legal de 50%), de acordo com o valor
remuneratório contido nos demonstrativos de pagamento acostados aos autos; reflexos em descanso
semanal remunerado e, de ambos, em férias acrescidas de 1/3, gratificações natalinas e, de todos, em
FGTS com a multa de 40%.

Art. 384 da Consolidação das Leis do Trabalho

O intervalo de 15 (quinze) minutos, previsto no art. 384 da Consolidação


das Leis do Trabalho, é um direito assegurado às mulheres, que deve ser concedido antes do início do
período extraordinário do trabalho.

Referido intervalo se justifica em face das condições físicas e biológicas


da mulher, estando em consonância com o princípio da isonomia previsto no art. 5º, inciso I, da
Constituição Federal.

Nesse sentido, o posicionamento do C. TST, abaixo reproduzido:

EMENTA

(...) 3. INTERVALO PARA DESCANSO PREVISTO NO ART. 384 DA CLT.


CONSTITUCIONALIDADE. HORAS EXTRAS. Nos termos da decisão proferida por
esta Corte, em sua composição plena, no julgamento do processo IIN-RR-1540/2005-
046-12-00, o art. 384 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal. Compreensão

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que foi acolhida pelo Excelso STF no Recurso Extraordinário 658312/SC, julgado sob o
regime da repercussão geral. A inobservância do intervalo previsto nesse dispositivo
implica o pagamento das horas extras correspondentes ao período, por se tratar de
medida de higiene, saúde e segurança das trabalhadoras. Recurso de revista não
conhecido. (...)

(Processo: ARR - 1326-59.2012.5.09.0014; Data de Julgamento: 08/06/2016; Relator


Ministro: Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira; 3ª Turma, Data de Publicação:
DEJT 17/06/2016)

Na situação em exame, considerando que a reclamante submetia a jornada


extraordinária, até 10/11/2017, resta devido o pagamento do intervalo de 15 minutos.

Além disso, em se tratando de intervalo não concedido, aplicável a este a


disciplina contida no art. 71 da Consolidação das Leis do Trabalho.

Assim, não tendo havido concessão do intervalo intrajornada de 15


minutos quando a reclamante trabalhou em horas extras, resta devido o seu pagamento até 10/11/2017,
com o acréscimo do adicional previsto nos instrumentos normativos (e na ausência o adicional legal de
50% para os dias úteis e de 100% para os domingos e feriados), quando constatado labor após as
7h20min contratuais, conforme cartões de ponto e jornada acolhida.

Cabe ressaltar que a natureza salarial da hora intervalar suprimida decorre


do texto legal, na medida em que o parágrafo 4º do art. 71 determina que o empregador "remunere" o
período com o adicional correspondente. Nesse sentido, ainda, o item III, da Súmula do C. Tribunal
Superior do Trabalho, abaixo descrita:

Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, § 4º, da CLT, com redação
introduzida pela Lei nº 8.923, de 27 de julho de 1994, quando não concedido ou
reduzido pelo empregador o intervalo mínimo intrajornada para repouso e alimentação,
repercutindo, assim, no cálculo de outras parcelas salariais.

Desta maneira, é devido o pagamento de 15 minutos por dia, na forma do


§4º do artigo 71 da CLT, com o acréscimo do adicional previsto nos instrumentos normativos anexados
aos autos (e na sua ausência, o percentual de 50% para os dias úteis), devendo ser observados os dias
efetivamente trabalhados, o divisor 220, a evolução e globalidade salarial da autora (nos termos da
Súmula n. 264 do C. TST), consoante recibos de pagamento acostados aos autos.

Ressalte-se, por importante, que em se tratando de intervalo não


concedido, os minutos devem ser remunerados, com o respectivo adicional, ainda que a empregada seja
comissionista, de forma que nesta circunstância não é aplicável não é aplicável as regras contidas no
instrumento normativo, tampouco a lógica descrita na Orientação Jurisprudencial n. 397 da 1ª Subseção
de Dissídios Individuais do C. TST.

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Nesta circunstância, para cômputo da hora deverá ser utilizada o valor


remuneratório contido nos demonstrativos de pagamento acostados aos autos, nos termos da Súmula n.
264 do C. TST.

Dada à natureza remuneratória da parcela, são devidos, ainda, reflexos em


repousos remunerados (Lei n. 605/49, art. 7o, "a") e, de ambos, em férias acrescidas de 1/3 (CLT, art.
142, §5º), décimos terceiros salários (Lei n. 4.090/62, artigo 1o e Súmula n. 45 do C. TST) e FGTS com
a multa de 40% (art. 12 da Instrução Normativa FGTS/MTE n. 25/2001).

De outro turno, indevidos reflexos em aviso prévio, uma vez que o


período da condenação não abrange a base de cálculo desta parcela.

No que se refere ao período posterior a 11/11/2017, tendo em vista que a


revogação do art. 384 da CLT pela Lei n. 13.467 de 2017 faz presumir que o legislador optou por
equiparar as condições de labor existente entre homens e mulheres, em detrimento da condição especial
atribuída a estas pelo legislador anterior, consequentemente houve supressão da obrigatoriedade da
empregadora conceder intervalo de 15 minutos à empregada antes do exercício de jornada extraordinária.

Por consequência lógica, não existe dever de indenizar, razão pela qual
incabível condenação neste aspecto.

Ante o exposto, julgo parcialmente procedente a pretensão, para condenar


a reclamada no pagamento de: intervalo de 15 minutos não concedidos até 10/11/2017, com o adicional
previsto nos instrumentos normativos acostados aos autos (e na ausência, o adicional legal de 50% para
os dias úteis e 100% para os domingos e feriados), quando constatada extensão da jornada além das
7h20min contratual; observados os dias efetivamente trabalhados, o divisor 220, a evolução e globalidade
salarial, nos termos da Súmula n. 264 do C. TST: reflexos em descanso semanal remunerado e, de ambos,
em férias acrescidas de 1/3, gratificações natalinas e, de todos, em FGTS com a multa de 40%.

Participação nos Lucros e Resultados. 14º Salário

A participação nos lucros e resultados, segundo disposto no artigo 2º da


Lei 10.101/00, será objeto de negociação entre a empresa e seus empregados, como instrumento de
integração entre o capital e trabalho.

Ocorre que, conquanto a reclamante sustente que a reclamada não fez o


pagamento da parcela, relativa ao exercício de 2019, não trouxe aos autos a norma coletiva instituidora

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do benefício, ônus seu, a teor do disposto nos arts. 818 da Consolidação das Leis do Trabalho e 373,
inciso I, do Código de Processo Civil.

Com efeito, a norma coletiva acostada nas fls. 1156/1218 não obrigam as
empresas a quitar a parcela, facultando o pagamento.

Por sua vez, não sendo a parcela prevista em lei, a sua obrigatoriedade
somente se dá na hipótese de previsão em norma coletiva, não havendo falar em incorporação do direito
em seu contrato de trabalho.

Destarte, improcede a pretensão.

Justiça gratuita

Em face da declaração de pobreza acostada na fl. 31 e não existindo nos


autos elementos que permitam concluir que a declaração não represente a verdade, concluo que a
reclamante não tem condições de custear o processo sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família.

De mais a mais, a autora está desempregada e desse modo não possui


rendimentos.

Portanto, com amparo no artigo 790, parágrafo 4º, da Consolidação das


Leis do Trabalho, concedo os benefícios da justiça gratuita à reclamante.

Honorários advocatícios

Condeno a reclamada em pagamento de honorários advocatícios, no


percentual de 10% do valor a ser apurado em liquidação, incidente sobre as verbas objeto de condenação,
nos termos do caput do artigo 791-A da CLT.

Condeno a reclamante ao pagamento de honorários advocatícios à parte


adversa, ora fixados em 10% sobre o valor ora arbitrado de R$ 245.826,87, como correspondente aos
pedidos nos quais é sucumbente (diferenças de comissões, descritas nos itens 2.b, 2.c, 2.d.,, 2.e e PLR
proporcional de 2019), nos termos do caput do artigo 791-A da CLT, tudo nos termos do comando do §
3º, do mesmo dispositivo legal.

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A reclamante não é sucumbente nos demais pedidos, sendo positiva a


condenação em horas extras, cujo tópico possuem vários subtópicos.

Nesse caso, o Juízo compartilha do entendimento contido na tese de


número 40 aprovada em 27/10/2017 pelos Magistrados do Trabalho da 12ª Região - Santa Catarina em
Debate Institucional:

EMENTA: SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. O Juízo deferirá honorários de


sucumbência recíproca (art. 791-A, par. 3°, da CLT) apenas em caso de indeferimento
total do pedido específico. O acolhimento do pedido, com quantificação inferior ao
postulado, não caracteriza sucumbência parcial, pois a verba postulada foi acolhida.
Quando o legislador mencionou "sucumbência parcial", referiu-se ao acolhimento em
parte dos pedidos formulados na petição inicial.

No entanto, a fim de não caracterizar ofensa ao princípio do acesso à


justiça e da gratuidade aos declaradamente pobres, à luz do disposto no art. 5º, LXXIV, da Constituição
Federal, bem como tendo em vista o disposto nos arts. 791-A, § 4º, e 790, § 3º, da CLT, reconheço que
os honorários sucumbenciais devidos pela parte autora poderão ser compensados do seu crédito, desde
que não resulte em saldo igual ou inferior a 40% do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social vigente na data da liquidação da sentença, ou seja, o valor mínimo a que a parte autora
tem direito corresponde justamente ao valor de 40% do limite máximo dos benefícios do Regime Geral
de Previdência Social.

Eventuais diferenças de honorários sucumbenciais que não puderem ser


compensadas ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos
dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que
deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade,
extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário (art. 791-A, § 4º, da CLT).

Compensação. Dedução

Tendo em vista que a reclamada não comprova possuir créditos em favor


da autora, não há se falar em compensação.

No entanto, a fim de evitar enriquecimento ilícito da reclamante, autorizo


a dedução de valores quitados a idêntico título e já comprovados nos autos.

Natureza jurídica das parcelas

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Para fins do disposto no art. 832, § 3º, da CLT, declaro que as parcelas ora
deferidas têm natureza salarial, com exceção das previstas no art. 28, § 9º, da Lei n. 8.212/91.

Contribuições fiscais e previdenciárias

Deverá a reclamada comprovar o recolhimento das contribuições fiscais e


previdenciárias, autorizada a dedução da quota da autora, sobre as parcelas de natureza salarial, incidente
mês a mês, e observado o regime de competência, nos termos da Súmula n. 368 do C. Tribunal Superior
do Trabalho.

No cálculo do Imposto de Renda não há incidência dos juros de mora, nos


termos da Orientação Jurisprudencial n. 400 da 1ª Subseção dos Dissídios Individuais do C. Tribunal
Superior do Trabalho.

Juros e correção monetária

Incidirão juros de 1% ao mês, a partir do ajuizamento da reclamação (art.


883 da CLT), de forma simples e "pro rata die", nos termos do art. 39, § 1º, da Lei n. 8.177/91 e S. 200
/TST.

A correção monetária incidirá a partir das épocas próprias de


recolhimento, ou seja, a partir do mês subsequente ao vencido, com aplicação da TRD, nos termos do art.
39 da Lei n. 8.177/91, do art. 459, § 1º, da Consolidação das Leis do Trabalho e S. 381 do C. Tribunal
Superior do Trabalho.

DIANTE DE TODO O EXPOSTO, decido julgar PARCIALMENTE P


ROCEDENTES as pretensões formuladas por VANESSA VASQUEZ DE VASCONCELOS para
condenar a reclamada, VIA VAREJO S/A, nas parcelas abaixo descritas, observados os parâmetros da
fundamentação, que integram o presente dispositivo, a prescrição pronunciada, autorizados os descontos
fiscais cabíveis:

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a) reflexos de todas parcelas intituladas prêmios, constantes nos


comprovantes de pagamento em descansos semanais remunerados, autorizada a dedução de valores
quitados a idêntico título; reflexos desta última parcela em aviso prévio, gratificações natalinas (integrais
e proporcionais), férias acrescidas de 1/3 (integrais e proporcionais) e, de todos (com exceção das férias
indenizadas), em FGTS com a multa de 40%;

b) (i) até 31/11/2016, horas extras, assim consideradas aquelas excedentes


às 7h20min diárias e 44 semanais, observados os dias efetivamente trabalhados, bem como os parâmetros
das cláusulas 41 dos instrumentos normativos anexados aos autos, haja vista que a reclamante era
comissionista pura, autorizada a dedução de valores quitados a idêntico título, a saber: a) apuração da
média das comissões auferidas no mês acrescidas do DSR; b) divisão do valor encontrado no item "a"
pelo número de horas mensais contratadas, para obter o valor médio da hora/comissão; c) multiplicação
do valor médio da hora/comissão, apurado no item "b", por 1,60 ou 2 (para os domingos e feriados
trabalhados) conforme percentual da cláusula 040, sendo que o resultado é o valor da hora/comissão, já
incluso o adicional de hora extra; d) multiplicação do valor encontrado no item "c", pelo número de horas
extras do comissionista no mês, sendo que o resultado é o valor a ser pago ao comissionista a título de
hora extra no mês; (ii) reflexos em aviso prévio, férias acrescidas de 1/3, gratificações natalinas e FGTS
acrescido da multa de 40%; (iii) horas extras, a partir de 01/11/2016, assim consideradas aquelas
excedentes da 7h20min diária e 44h semanal, observados os dias em que a reclamante comprovadamente
esteve ausente em razão de faltas, licenças e férias, no entanto, tendo em vista que a reclamante recebia
valor fixo e prêmios sobre vendas, o cálculo das horas extras deverá observar os parâmetros da
Orientação Jurisprudencial n. 397 da 1ª Subseção de Dissídios Individuais do C. TST, a saber: (a) em
relação à parte fixa, são devidas as horas simples acrescidas do adicional de horas extras e no tocante à
parte variável, é devido somente o adicional de horas extras; (b) apuração do valor médio das comissões
auferidas no mês, mediante divisão da soma total das comissões auferidas no mês, pelo divisor 220; (c)
multiplicação do valor da média horária apurada com o adicional previstos nos instrumentos normativos
(e na ausência, o adicional de 50% para os dias úteis e de 100% para os domingos e feriados); (iv)
reflexos em descansos semanais remunerados e, de ambos, em aviso prévio, férias acrescidas de 1/3,
gratificações natalinas e FGTS acrescido da multa de 40%;

c) horas extras, face à ausência de gozo integral do intervalo interjornada,


quando constatado intervalo interjornada inferior à legal de 11 horas nos cartões de ponto e nos dias de bl
ack friday, conforme jornada acolhida, com quitação do período não usufruído, com o adicional previsto
nas normas coletivas anexadas aos autos (e na sua ausência, o adicional legal de 50%), de acordo com o

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valor remuneratório contido nos demonstrativos de pagamento acostados aos autos; reflexos em descanso
semanal remunerado e, de ambos, em férias acrescidas de 1/3, gratificações natalinas e, de todos, em
FGTS com a multa de 40%;

d) intervalo de 15 minutos não concedidos até 10/11/2017, com o


adicional previsto nos instrumentos normativos acostados aos autos (e na ausência, o adicional legal de
50% para os dias úteis e 100% para os domingos e feriados), quando constatada extensão da jornada além
das 7h20min contratual; observados os dias efetivamente trabalhados, o divisor 220, a evolução e
globalidade salarial, nos termos da Súmula n. 264 do C. TST: reflexos em descanso semanal remunerado
e, de ambos, em férias acrescidas de 1/3, gratificações natalinas e, de todos, em FGTS com a multa de
40%;

e) juros e correção monetária.

Defiro o benefício da justiça gratuita à reclamante.

A reclamada deve pagar custas de R$ 1.600,00, calculadas sobre o valor


de R$ 80.000,00, provisoriamente arbitrado à condenação, ao final complementadas, bem como recolher
e comprovar as contribuições previdenciárias e fiscais incidentes sobre os créditos oriundos da
condenação, autorizada a dedução da quota da reclamante.

Arcará a reclamada com o pagamento de honorários advocatícios, no


percentual de 10% do valor a ser apurado em liquidação, incidente sobre as verbas objeto de condenação,
nos termos do caput do artigo 791-A da CLT.

A reclamante pagará honorários advocatícios à parte adversa, ora fixados


em 10% sobre o valor ora arbitrado de R$ 245.826,87, como correspondente aos pedidos nos quais é
sucumbente (diferenças de comissões, descritas nos itens 2.b, 2.c, 2.d., 2.e e PLR proporcional de 2019),
nos termos do caput do artigo 791-A da CLT, tudo nos termos do comando do § 3º, do mesmo
dispositivo legal, observados os parâmetros da fundamentação.

Cumpra-se definitivamente após o trânsito em julgado.

Publique-se.

Registre-se.

Intimem-se as partes.

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Dispensada a manifestação da União, caso o valor das contribuições


previdenciárias devidas seja igual ou inferior a R$ 20.000,00 (Portaria MF n. 582/2013).

Nada mais.

SANTO ANDRE,1 de Outubro de 2019

LOURDES RAMOS GAVIOLI


Juiz(a) do Trabalho Substituto(a)

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Fls.: 632

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Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região

Ação Trabalhista - Rito Ordinário


1001416-08.2018.5.02.0605

Processo Judicial Eletrônico

Data da Autuação: 10/09/2018


Valor da causa: R$ 2.392.575,77

Partes:
RECLAMANTE: DERALDO APARECIDO VIEIRA MAIA
ADVOGADO: THIAGO MARTINS RABELO
ADVOGADO: ALESSANDRA CRISTINA DIAS
ADVOGADO: DANIELLE CRISTINA VIEIRA DE SOUZA DIAS
ADVOGADO: MARCOS ROBERTO DIAS
RECLAMADO: VIA S.A.
ADVOGADO: JOSE MARCELO BRAGA NASCIMENTO
ADVOGADO: DENIS SARAK
ADVOGADO: DENISE DE CASSIA ZILIO
TESTEMUNHA: NIVANIA XAVIER NEVES BIANCHI
PAGINA_CAPA_PROCESSO_PJE

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PODER JUDICIÁRIO ||| JUSTIÇA DO TRABALHO


TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO
5ª Vara do Trabalho de São Paulo - Zona Leste ||| RTOrd 1001416-08.2018.5.02.0605
RECLAMANTE: DERALDO APARECIDO VIEIRA MAIA
RECLAMADO: VIA VAREJO S/A

5ª VARA DO TRABALHO DA ZONA LESTE DE SÃO PAULO-SP

Processo n° 1001416-08.2018.5.02.0605

SENTENÇA

Reclamante: DERALDO APARECIDO VIEIRA MAIA

Reclamada: VIA VAREJO S/A

Data de prolação da sentença: 12 de dezembro de 2018

RELATÓRIO

DERALDO APARECIDO VIEIRA MAIA ajuizou, em 10/09/2018, Ação Trabalhista em face de VIA
VAREJO S/A. Alega ter sido empregado da Reclamada de 01/06/1988 a 08/04/2018, quando foi
dispensado sem justa causa. Requer a condenação desta nas parcelas resumidas ao final da prefacial,
além dos benefícios da justiça gratuita, correção monetária e juros de mora. Petição inicial acompanhada
de documentos. Atribui à causa valor de R$ 2.392.575,77.

A Reclamada apresentou defesa escrita, acompanhada de documentos. Impugna o valor atribuído à


causa; argui, em preliminar, inépcia da petição inicial; no mérito, aduz prescrição e contesta os pedidos
formulados.

Réplica apresentada em 11/10/2018.

Em audiência realizada em 25 de outubro de 2018, frustrada a tentativa de conciliação, foram ouvidos o


Reclamante, o preposto da Reclamada e uma testemunha. Sem outras provas, foi encerrada a instrução
processual. Razões finais remissivas. Proposta conciliatória frustrada.

FUNDAMENTAÇÃO

Assinado eletronicamente por: LUCIANO LOFRANO CAPASCIUTTI - 12/12/2018 10:51:07 - 2c93ce3


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Número do documento: 18102609300596100000121695203

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
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1. Impugnação ao valor da causa

A Reclamada impugna o valor atribuído aos pedidos e à causa, alegando que "(...) são totalmente
dissonantes dos pleitos exordiais, assim como apresentam valores desconexos e exorbitantes".
Entretanto, não possui interesse jurídico na fixação de valor inferior. Ocorre que, se for condenada, a
Reclamada arcará com custas calculadas sobre o valor arbitrado à condenação, a teor do art. 789, I, da
CLT, e não sobre o valor da causa. Ademais, tendo em vista a disciplina do art. 840, §1°, da CLT,
conforme redação conferida pela Lei nº 13.467/17, os pedidos foram expostos na petição inicial de forma
líquida, sendo que a Reclamada não especifica, nem mesmo por amostragem, qualquer incorreção acerca
dos cálculos apresentados pelo Reclamante.

Pelo exposto, mantenho o valor da causa como originalmente atribuído.

2. Inépcia da petição inicial

Os pedidos veiculados na petição inicial mostram-se aptos porque são certos e determinados, com a
indicação dos respectivos valores (art. 840, §1°, da CLT), e também porque foram formulados de modo
claro e preciso, decorrem logicamente dos fatos narrados, são juridicamente possíveis e compatíveis entre
si. Rejeito a preliminar.

3. Prescrição

A prescrição foi arguida tempestivamente (art. 193 do Código Civil).

Tendo em vista que a presente Reclamação Trabalhista foi ajuizada em 10/09/2018, declaro prescrito o
direito de reclamar parcelas vencidas anteriormente a 10/09/2013.

4. Reflexos de prêmios

I) Período anterior ao início de vigência da Lei nº 13.467/17 (até 10/11/2017):

Em relação ao período até 10/11/2017 a questão deve ser analisada e decidida com fundamento na
legislação pretérita, vigente à época. Assim, deve-se considerar que até então o art. 457, §1°, da CLT,
conferia natureza salarial também aos prêmios pagos pelo empregador ("abonos"):

"Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os


efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como
contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. § 1º - Integram o salário não
só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens,

Assinado eletronicamente por: LUCIANO LOFRANO CAPASCIUTTI - 12/12/2018 10:51:07 - 2c93ce3


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Número do processo: 1001416-08.2018.5.02.0605 ID. 2c93ce3 - Pág. 2
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Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
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gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador. § 2º


- Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para
viagem que não excedam de 50% (cinqüenta por cento) do salário percebido pelo
empregado" (grifo nosso).

O Reclamante afirma que recebia em holerites prêmios sob diversos títulos, mas que a Reclamada não
pagava a devida repercussão dos mesmos em DSR's.

A ex-empregadora sustenta que sempre pagou corretamente os prêmios devidos ao Reclamante; trata-se,
contudo, de tese impertinente, já que na prefacial não são postuladas diferenças de prêmios, mas
diferenças de integrações dos prêmios já pagos na remuneração dos descansos semanais.

Por outro lado, a Reclamada não nega a natureza salarial dos prêmios pagos, nem contesta,
especificamente, as diferenças relatadas e exemplificadas na petição inicial (item "III"), razão pela qual
se presume a veracidade a respeito destas questões, a teor da disciplina do art. 341, "caput", do Código de
Processo Civil.

Veja-se o exemplo do mês de junho/2017 (holerite documento ID 45d8790 - Pág. 9, juntado pela própria
defesa): foram pagos ao Reclamante R$ 1.325,60 de "PREMIO ANTECIPADO", R$ 2,12 de prêmio por
"RECARGA CELULAR" e R$ 346,70 de "PREMIO DE GERÊNCIA", mas somente R$ 0,41 a título de
"INT. PREMIO NO DSR"...

Diante do exposto, defiro ao Reclamante, em relação ao período até 10/11/2017 e conforme apuração em
regular liquidação de sentença, os reflexos em DSR's (nos termos do art. 7°, "c", da Lei n° 605/49) de
todos os valores já pagos a título de "prêmio", "prêmio p/ metas alcançadas", "prêmio estimado", "prêmio
performance", "prêmio garantia/seguro", "prêmio antecipado", "prêmio gerência" e "prêmio recarga
celular", conforme holerites já juntados aos autos. E diante da nítida natureza salarial destes valores (art.
457, "caput" e §1°, da CLT - conforme redação vigente à época), também são devidos reflexos em férias
+ 1/3, 13os salários e aviso prévio. A fim de impedir o enriquecimento sem causa, fica autorizada a
dedução das verbas comprovadamente pagas sob os mesmos títulos (conforme prova documental já
produzida nos autos).

II) Período a partir do início de vigência da Lei nº 13.467/17 (11/11/2017):

A partir de 11/11/2017 deve ser observada a redação imposta pela Lei nº 13.467/17 ao art. 457 da CLT:

"Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os


efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como
contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. (...). §2°. As importâncias,
ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado
seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a
remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não
constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário.
(...). §4° Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador em
forma de bens, serviços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de
empregados, em razão de desempenho superior ao ordinariamente esperado no
exercício de suas atividade" (grifo nosso).

Assinado eletronicamente por: LUCIANO LOFRANO CAPASCIUTTI - 12/12/2018 10:51:07 - 2c93ce3


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Número do processo: 1001416-08.2018.5.02.0605 ID. 2c93ce3 - Pág. 3
Número do documento: 18102609300596100000121695203

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 5636
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Portanto, a partir de 11/11/2017 (início de vigência da Lei nº 13.467/17) os prêmios e/ou abonos pagos
pelo empregador deixaram de ter natureza salarial, razão pela qual rejeito, em relação ao período a partir
de 11/11/2017, o pedido de reflexos em DSR's dos prêmios já pagos.

5. Jornada de trabalho

O Reclamante alega que trabalhava em sobrejornada, mas não recebia a correspondente remuneração,
postulando a condenação da Reclamada em horas extras e reflexos em outras verbas trabalhistas.
Informa, no item "IV" da petição inicial, as jornadas de trabalho supostamente realizadas.

A Reclamada, por sua vez, defende a inclusão do Reclamante na exceção do art. 62, II, da CLT: "O
Reclamante sempre exercer cargo de confiança, eis que sua função era de Gerente de Loja, o que
importa na aplicação da exceção prevista no artigo 62, II da CLT (...)".

"Art. 62. Não estão abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: (...). II
- os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se
equiparam para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de
departamento e/ou filial".

Este dispositivo exclui os empregados que exercem cargo de efetiva gestão da disciplina do Capítulo II
do Título II da CLT, que trata da duração do trabalho. Tais empregados, portanto, não são alcançados
pela norma inserida no art. 7°, XIII, da Constituição Federal.

A inclusão de um empregado na exceção legal em questão reclama a detenção, pelo mesmo, de elevados
poderes de gestão. Não basta apenas o exercício de atribuições elevadas na organização interna do
empregador, mas é indispensável que o empregado tenha poderes suficientes para ditar os rumos do
empreendimento, atuando como se fosse o próprio empregador.

Veja-se a Doutrina a este respeito:

"Independente ou não da existência de mandato na forma legal, em nossa


opinião, a exclusão da limitação da jornada normal exige que os gerentes ou os
equiparados tenham poderes de mandato, cujos atos obrigam a empresa. Não basta
a simples responsabilidade no trato das suas funções. Deverão ter os poderes de
gestão e de representação (= de mando), além de um padrão remuneratório
elevado face aos empregados" (grifos nossos) 1.

"É gerente aquele que tem poderes de gestão, como de admitir ou demitir
funcionários, adverti-los, puni-los, suspendê-los, de fazer compras ou vendas em
nome do empregador, sendo aquele que tem subordinados, pois não se pode falar
num chefe que não tenha chefiados. O atual inciso II do artigo 62 da CLT não mais
menciona a expressão 'mandato', que tanto poderia ser expresso ou tácito, mas o
gerente para ter poderes de gestão deve ter um mandato conferido pelo
empregador, ainda que verbal ou tácito, para administrar o empreendimento do

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Número do processo: 1001416-08.2018.5.02.0605 ID. 2c93ce3 - Pág. 4
Número do documento: 18102609300596100000121695203

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empresário. Embora a atual norma mencione apenas encargos de gestão, podemos


entender que a pessoa que tem encargo de gestão é aquela que tem mandato, ainda
que verbal ou tácito" (grifo nosso) 2.

"A função exercida, por sua vez, apresenta grau de responsabilidade


elevado. (...). Assim, para ser gerente, o empregado deve ter poderes para
representar o empregador na tomada de decisões de grande relevância para a
empresa, como admitir e dispensar empregados, aplicar penalidades disciplinares,
efetuar compras e transações em nome da empresa. Evidentemente, para que se
possa considerar o empregado como gerente, este também deve ter subordinados, a
quem são passadas determinações e diretrizes a serem cumpridas" 3.

Destaque-se, ainda, que o art. 62 da CLT institui exceções, de forma que a inclusão de um empregado em
sua disciplina configura fato impeditivo ao direito do mesmo de receber pelo trabalho realizado além das
jornadas máximas legalmente permitidas.

Nesta linha de raciocínio, cabia à Reclamada demonstrar a incidência do dispositivo legal em estudo no
caso concreto, a teor das normas processuais aplicáveis (art. 818, II, da CLT, com redação atual conferida
pela Lei nº 13.467/17). Entretanto, analisando os fatos alegados pelas partes e o conjunto probatório dos
autos conclui-se que a Reclamada não obteve êxito em desincumbir-se, satisfatoriamente, do referido
ônus probatório.

Pelo contrário, pois o preposto da Reclamada afirmou, por exemplo, que o Reclamante não tinha
autonomia para dispensar empregados e/ou para promovê-los: "(...) para dispensa de empregados o
Reclamante tinha que agir em conjunto com o gerente regional, com o RH e um comitê da empresa; que
melhor esclarecendo, o gerente da loja pode indicar empregado para demissão, sendo que então a
demissão tem que ser aprovada pelo gerente regional e depois pelo referido comitê (...); que o gerente
de loja podia apenas indicar empregados para promoção, mas não tinha poder para decidir a este
respeito (...)". O mesmo preposto também afirmou que "(...) todos os gerentes de loja trabalham 'sob as
mesmas condições' (...); que o gerente de loja não negociava com fornecedores; que o gerente de loja
não assinava contratos em nome da Reclamada (...)".

Veja-se, ainda a respeito das alegadas atribuições de gestão do Reclamante, o depoimento prestado pela
única testemunha, ouvida pela própria defesa: "(...) vendedor desde 2013; que trabalhou com o
Reclamante na filial 1031; que o depoente sempre trabalhou nesta loja; que na época do Reclamante
trabalhavam mais de 90 vendedores; que os vendedores eram subordinados ao Reclamante; que os
vendedores não tinham qualquer autonomia para conceder descontos, mas tinham que tratar sobre este
assunto com o gerente de loja; que o Reclamante tinha autonomia para dar descontos, mas não sabe
dizer se ele próprio decidia a este respeito ou se tinha que pedir autorização ao gerente regional; que o
Reclamante cominava advertências ou suspensões, mas não sabe dizer se era ele quem decidia a este
respeito ou se a decisão cabia a instância superiores; que não sabe dizer se o Reclamante tinha
autonomia para decidir sobre admissão, promoção ou demissão de empregados (...)" (grifos nossos).
Portanto, apenas este depoimento não permite qualquer conclusão sobre se o Reclamante tinha ou não
autonomia para conceder descontos a clientes, ou então para admitir, punir (aplicar advertências /
suspensões), promover ou dispensar empregados.

Ademais, é absolutamente incompatível a inclusão de um empregado na exceção do art. 62, II, da


CLT, como defende a Reclamada, e a submissão deste mesmo empregado a controle de ponto e o
pagamento de valores a título de horas extras.

A este respeito, o preposto da Reclamada afirmou - e confessou - em audiência:

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"(...) indagado se o Reclamante era submetido ao controle de ponto, diz


que não, mas 'a gente marca biometria' esclarecendo que apenas quando chegava
para trabalhar o Reclamante inseria sua impressão digital em algum terminal de
vendas da loja; que não sabe dizer se o Reclamante fazia o mesmo quando ia
embora, mas afirma que não havia necessidade; que não sabe dizer se o
Reclamante tinha flexibilidade quanto a horários de trabalho, podendo, por
exemplo, entrar mais cedo ou sair mais tarde; que o depoente é gerente de loja e
não tem tal flexibilidade; que quando o depoente precisar sair mais cedo ou chegar
mais tarde precisar pedir autorização do gerente regional; que acredita que o
mesmo ocorria com o Reclamante (...); que todos os gerentes de loja trabalham 'sob
as mesmas condições' (...)" (grifos nossos).

Ressalte-se que o art. 843, §1°, da CLT, permite ao empregador fazer-se substituir, em audiência, por
preposto que tenha conhecimento dos fatos: "Quando o preposto, por exemplo, diz que não sabe alguma
coisa, isso implica em confissão ficta e não real, tratando-se de presunção de veracidade dos fatos, que
pode ser elidida por prova em contrário" 4. Assim, devem ser interpretados em proveito do Reclamante
os fatos desconhecidos pelo preposto (por exemplo, se o Reclamante marcava biometria no término do
expediente diário - "quando ia embora").

A única testemunha, que foi ouvida pela defesa, também confirmou que o Reclamante era submetido a
controle de ponto: "(...) indagado se o Reclamante batia ponto, diz que não sabe precisar quanto à
gerência, mas afirma que já viu o Reclamante batendo ponto, seja quanto ao início do expediente seja
quanto ao término (...)".

Reitere-se: o preposto afirmou que o Reclamante não tinha liberdade (ou "flexibilidade") nem mesmo
para, querendo, "(...) entrar mais cedo ou sair mais tarde; que o depoente é gerente de loja e não tem tal
flexibilidade; que quando o depoente precisar sair mais cedo ou chegar mais tarde precisar pedir
autorização do gerente regional (...)"...

Por fim, não se pode ignorar que alguns dos holerites do Reclamante (documentos ID 0794316 - Págs. 2
e 6, por exemplo) retratam pagamentos a título de horas extras (no caso, "R.S.R. TRABALHADO 100 %").

Segue a Doutrina:

"(...) não há como aplicar a excepcional regra em questão [art. 62, II, da
CLT] quando o empregado, ainda que se alegue ser 'gerente', tenha a sua jornada
de trabalho controlada pelo empregador" 5.

"Se o empregado, porém, estiver sujeito a controle de horário, na entrada


e na saída do serviço, terá direito a horas extras, inclusive o gerente, porque aí não
se poderá falar em liberdade total do empregado, devendo ser aplicada a jornada
de oito horas e o módulo de 44 horas semanais" 6.

Por todo o exposto, resta que o Reclamante não era corretamente inserido na exceção do art. 62, II,
da CLT, não sendo, assim, excluído da incidência do disposto no Capítulo II do Título II da CLT.
Rejeito, portanto, tal tese defensiva.

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Como decorrência, cabia à Reclamada, ex-empregadora, controlar os horários de trabalho do Reclamante


(art. 74, §2°, da CLT), de sorte que a ausência, nos autos, de tal controle faz presumir a veracidade das
jornadas de trabalho declinadas na prefacial (Súmula n° 338, I, do E. TST). Certo que se trata de
presunção relativa, mas a defesa não produziu qualquer prova no sentido de afastá-la.

Mesmo porque, como já visto, o art. 843, §1°, da CLT, permite ao empregador fazer-se substituir, em
audiência, por preposto que tenha conhecimento dos fatos, o que não se verificou quanto ao aspecto em
pauta: o preposto da Reclamada afirmou que "(...) não sabe informar jornadas de trabalho efetivamente
realizadas pelo Reclamante (...); que não sabe informar quanto tempo de intervalo o Reclamante fazia".

Considerando os limites da prefacial e do depoimento pessoal do Reclamante, reconheço que ele cumpria
as seguintes jornadas de trabalho, sempre com apenas 35 minutos de intervalo para refeição e descanso
(média, conforme depoimento pessoal): I) em datas comemorativas (semana que antecedia o "dia dos
pais", semana que antecedia o "dia das mães", semana que antecedia o "dia das crianças", semana que
antecedia o "dia dos namorados" e duas semanas que antecediam o natal): das 07:00 às 22:00 horas de
segunda-feira a sábado e das 08:00 às 18:00 horas em todos os domingos; II) em outros seis dias por
ano ("saldões"): das 07:00 às 22:00 horas; III) em outros doze dias por ano ("inventários"): das 06:00
às 21:15 horas (média, conforme petição inicial); IV) por três dias em cada mês de novembro ("Black
Friday"): das 04:30 às 23:00 horas; e V) nos demais dias / períodos: das 08:15 às 21:15 horas (médias,
conforme petição inicial) de segunda-feira a sábado, das 08:30 às 18:45 horas (média, conforme petição
inicial) em dois domingos por mês e das 08:00 às 18:00 horas em cinco feriados por ano.

Quanto ao períodoanterior ao início de vigência da Lei nº 13.467/17 (até 10/11/2017), em relação aos s
alários fixos, são devidas ao Reclamante todas as horas laboradas além da 8ª diária até ser atingido o
limite de 44 horas trabalhadas na semana; a partir da 45ª hora, inclusive, são devidas todas as demais
horas trabalhadas na semana, enriquecidas dos adicionais de 60% (previsto nas normas coletivas juntadas
aos autos) e 100%. O adicional de 100% é devido em relação a todas as horas trabalhadas em domingos e
feriados; portanto, as horas trabalhadas nestes dias não devem ser consideradas para alcançar o limite de
44 horas laboradas na semana. Deve ser considerado o divisor 220 e a evolução quanto a valor dos
salários fixos. Quanto aos prêmios é devido apenas o adicional de 100% em relação a todas as horas
laboradas em domingos e feriados; excluídos estes dias, é devido apenas o adicional convencional de
60% em relação a todas as horas laboradas além da 8ª diária até ser atingido o limite de 44 horas
trabalhadas na semana; a partir da 45ª hora, inclusive, o adicional de 60% é devido em relação a todas as
demais horas trabalhadas na semana, "(...) calculado sobre o valor-hora das comissões [no caso,
prêmios] recebidas no mês, considerando-se como divisor o número de horas efetivamente trabalhadas"
(Súmula n° 340 do E. TST).

Destaco, a propósito, o entendimento firmado pela Orientação Jurisprudencial nº 397 da C. SDI1/TST: "C
omissionista misto. Horas extras. Base de cálculo. Aplicação da Súmula nº 340 do TST. O empregado
que recebe remuneração mista, ou seja, uma parte fixa e outra variável, tem direito a horas extras pelo
trabalho em sobrejornada. Em relação à parte fixa, são devidas as horas simples acrescidas do
adicional de horas extras. Em relação à parte variável, é devido somente o adicional de horas extras,
aplicando-se à hipótese o disposto na Súmula n.º 340 do TST".

Em relação ao período a partir do início de vigência da Lei nº 13.467/17 (11/11/2017)- quando os


prêmios deixaram de ter natureza salarial (art. 457, §2°, da CLT): defiro ao Reclamante, apenas em
relação aos salários fixos, todas as horas laboradas além da 8ª diária até ser atingido o limite de 44 horas
trabalhadas na semana; a partir da 45ª hora, inclusive, são devidas todas as demais horas trabalhadas na
semana, enriquecidas dos adicionais de 60% (previsto nas normas coletivas) e 100%. O adicional de
100% é devido em relação a todas as horas trabalhadas em domingos e feriados; portanto, as horas
trabalhadas nestes dias não devem ser consideradas para alcançar o limite de 44 horas laboradas na
semana. Deve ser considerado o divisor 220 e a evolução quanto a valor dos salários fixos

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Em todos os casos também são devidos reflexos em DSR's e feriados (Súmula n° 172 do E. TST), férias
+ 1/3 (art. 142, §5°, da CLT), 13os salários (Súmula n° 45 do E. TST) e aviso prévio (art. 487, §5°, da
CLT). Não são devidas integrações em outras parcelas dos reflexos das horas extras em DSR's, conforme
Jurisprudência pacífica (Orientação Jurisprudencial nº 394 da C. SDI1/TST).

A fim de impedir o enriquecimento sem causa, fica autorizada a dedução das verbas comprovadamente
pagas sob os mesmos títulos (conforme prova documental já produzida nos autos).

6. Intervalo intrajornada

O art. 71 da CLT disciplina, mesmo após a reforma introduzida pela Lei nº 13.467/17, que na jornada
diária com duração que excede 06 horas (como ocorria no caso concreto), é imprescindível a concessão
de intervalo mínimo de uma hora. Mas, como analisado no item anterior, tal comando legal não era
respeitado: o Reclamante usufruía apenas 35 minutos de intervalo para refeição e descanso.

I) Período anterior ao início de vigência da Lei nº 13.467/17 (até 10/11/2017):

Em relação ao período até 10/11/2017 a questão deve ser analisada e decidida com fundamento na
legislação pretérita, vigente à época.

Destina-se o intervalo intrajornada a permitir que o trabalhador, após um período de trabalho, alimente-se
e descanse o suficiente para recuperar suas energias e retornar ao seu posto em condições de bem
executar suas tarefas. Os objetivos do intervalo "concentram-se essencialmente em torno de
considerações de saúde e segurança do trabalho, como instrumento relevante de preservação da higidez
física e mental do trabalhador ao longo da prestação diária de serviços" 7. Neste mesmo sentido, veja-
se a doutrina do Juiz do Trabalho Homero Batista Mateus da Silva:

"O intervalo para refeição e descanso, delineado pelo extenso art. 71 da


CLT, corresponde a uma das mais importantes medidas de prevenção à fadiga e à
exaustão do trabalhador, inserindo-se seu estudo diretamente no conceito mais
amplo de segurança e medicina do trabalho. (...). Desnecessário grande esforço
para observar que na quase totalidade das profissões o rendimento do trabalhador
decresce ao longo da jornada e, se não efetuada nenhuma pausa para a refeição ou
o repouso, o esforço concentrado é praticamente perdido. Nem se faz necessário
que o trabalho seja braçal para se imaginarem as tonturas e os desequilíbrios que
afligirão o trabalhador privado de alimentação" 8.

Note-se que, além de possibilitar ao empregado sua adequada alimentação, o intervalo intrajornada tem
finalidades maiores, ligadas à saúde física e mental do trabalhador; e a lei anterior fixava presunção
absoluta no sentido de que tal finalidade só era atingida, nas jornadas diárias superiores a seis horas, em
intervalo de pelo menos uma hora. Intervalos inferiores, portanto, frustravam por completo os nobres
objetivos do instituto. Neste sentido, a propósito, era pacífica a Jurisprudência:

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Número do processo: 1001416-08.2018.5.02.0605 ID. 2c93ce3 - Pág. 8
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"Após a edição da Lei nº 8.923/94, a não concessão ou a concessão parcial


do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados
urbanos e rurais, implica o pagamento total do período correspondente, e não
apenas daquele suprimido, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da
remuneração da hora normal de trabalho (art. 71 da CLT), sem prejuízo do
cômputo da efetiva jornada de labor para efeito de remuneração" (Súmula nº 437,
I, do E. TST - grifo nosso).

A referida Súmula do E. TST também explicitava a natureza salarial da verba: "III - Possui natureza
salarial a parcela prevista no art. 71, § 4º, da CLT, com redação introduzida pela Lei nº 8.923, de 27 de
julho de 1994, quando não concedido ou reduzido pelo empregador o intervalo mínimo intrajornada
para repouso e alimentação, repercutindo, assim, no cálculo de outras parcelas salariais".

Pelo exposto, com fundamento no art. 71, §4°, da CLT, e adotando os entendimentos firmados pela
Súmula nº 437 do E. TST, defiro ao Reclamante, em relação ao período até 10/11/2017, mais uma hora
extra por dia de trabalho (não há fundamento legal, contratual ou convencional para o deferimento de
duas horas extras por dia de trabalho, como pretendido na petição inicial), enriquecida do adicional
convencional de 60%. São devidos, ainda, reflexos em DSR's e feriados (Súmula n° 172 do E. TST),
férias + 1/3 (art. 142, §5°, da CLT), 13os salários (Súmula n° 45 do E. TST) e aviso prévio (art. 487, §5°,
da CLT). Não são devidas integrações em outras parcelas dos reflexos das horas extras em DSR's,
conforme Jurisprudência pacífica (Orientação Jurisprudencial nº 394 da C. SDI1/TST). Deve ser
considerada como base de cálculo a totalidade da remuneração do Reclamante (salários fixos e prêmios),
bem como todos os demais critérios de cálculo fixados no item anterior.

Ressalte-se que a presente condenação deve ser paga sem prejuízo daquela deferida no item "5" desta
fundamentação, pois se tratam de parcelas que decorrem de infrações diferentes: trabalho além das
jornadas diária e semanal máximas permitidas e não concessão do intervalo intrajornada nos parâmetros
legalmente impostos. Não há que se falar, portanto, em "bis in idem". E por esta razão não é possível o
mesmo desfecho considerando os prêmios recebidos: veja-se que a condenação nos termos da Súmula nº
340 do E. TST somente diz respeito ao trabalho executado depois da jornada normal, pelo qual o
trabalhador já recebe a remuneração simples (prêmios auferidos durante a sobrejornada); e no presente
tópico comina-se uma punição ao empregador pela não observância dos intervalos mínimos para refeição
e descanso.

II) Período a partir do início de vigência da Lei nº 13.467/17 (11/11/2017):

A partir de 11/11/2017 deve ser observada a redação imposta pela referida Lei nº 13.467/17; em especial,
o atual §4° do art. 71 da CLT: "A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada
mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza
indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor
da remuneração da hora normal de trabalho" (grifos nossos).

Assim, defiro ao Reclamante, quanto ao período a partir de 11/11/2017, indenização em valor


equivalente a 25 minutos por dia de trabalho (apenas o período suprimido do intervalo mínimo de uma
hora), enriquecida do adicional convencional de 60%. Por se tratar de verba com natureza indenizatória,
não são devidos, em relação ao período em estudo, reflexos em outras verbas trabalhistas.

Tendo em vista que deve ser considerado o "valor da remuneração da hora normal de trabalho" (art. 71,
§4°, da CLT) e que, a partir de 11/11/2017 os prêmios deixaram de ter natureza salarial(art. 457, §2°, da
CLT), o cálculo deverá ser feito observando o divisor 220 e, como base de cálculo, apenas a evolução
quanto ao salário fixo do Reclamante.

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Também aqui a presente condenação deve ser paga sem prejuízo daquela deferida no item "5", pois se
tratam de parcelas que decorrem de infrações diferentes: trabalho além da jornada diária máxima
permitida e não concessão do intervalo intrajornada nos parâmetros legalmente impostos. Não há que se
falar, portanto, em "bis in idem".

7. Intervalo interjornadas

Diante das jornadas de trabalho realizadas pelo Reclamante, reconhecidas no item "5" desta
fundamentação, resta que nem sempre era respeitado o intervalo mínimo fixado no art. 66 da CLT: "Entre
2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para
descanso". Remete-se, ainda, à Orientação Jurisprudencial n° 355 da C. SDI1/TST:

"Intervalo interjornadas. Inobservância. Horas extras. Período pago como


sobrejornada. Art. 66 da CLT. Aplicação analógica do § 4º do art. 71 da CLT. O
desrespeito ao intervalo mínimo interjornadas previsto no art. 66 da CLT acarreta,
por analogia, os mesmos efeitos previstos no § 4º do art. 71 da CLT e na Súmula nº
110 do TST, devendo-se pagar a integralidade das horas que foram subtraídas do
intervalo, acrescidas do respectivo adicional".

I) Período até 10/11/2017 (anterior ao início de vigência da Lei nº 13.467/17):

Com fundamento nos arts. 66 e 71, §4°, da CLT (redações vigentes à época), e adotando o entendimento
firmado pela Orientação Jurisprudencial n° 355 da C. SDI1/TST, condeno a Reclamada a pagar ao
Reclamante, em relação ao período até 10/11/2017, todas as horas trabalhadas em prejuízo do intervalo
mínimo de onze horas entre uma jornada de trabalho e outra, enriquecidas do adicional convencional de
60%. São devidos, ainda, reflexos em DSR's e feriados (Súmula n° 172 do E. TST), férias + 1/3 (art. 142,
§5°, da CLT), 13os salários (Súmula n° 45 do E. TST) e aviso prévio (art. 487, §5°, da CLT). Devem ser
considerados todos os demais critérios de cálculo fixados no item "6.I".

II) Período a partir de 11/11/2017 (início de vigência da Lei nº 13.467/17):

A partir de 11/11/2017 deve ser observada a redação imposta pela referida Lei nº 13.467/17; em especial,
o atual §4° do art. 71 da CLT: "A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada
mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza
indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor
da remuneração da hora normal de trabalho" (grifei).

Assim, defiro ao Reclamante, a partir de 11/11/2017, indenização em valor equivalente ao período


suprimido do intervalo interjornadas mínimo de onze horas, enriquecida do adicional convencional de
60%. Por se tratar de verba com natureza indenizatória, não são devidos, em relação ao período em
estudo, reflexos em outras verbas trabalhistas.

Tendo em vista que deve ser considerado o "valor da remuneração da hora normal de trabalho" (art. 71,
§4°, da CLT) e que, a partir de 11/11/2017 os prêmios deixaram de ter natureza salarial(art. 457, §2°, da
CLT), o cálculo deverá ser feito observando o divisor 220 e, como base de cálculo, apenas a evolução
quanto ao salário fixo do Reclamante.

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8. Participação nos lucros e resultados

O art. 7°, XI, da Constituição Federal, disciplina que a participação nos lucros ou resultados é direito dos
empregados urbanos e rurais, "(...) conforme definido em lei". E a Lei n° 10.101/00 dispõe, no art. 2°,
"caput", que "A participação nos lucros ou resultados será objeto de negociação entre a empresa e seus
empregados, mediante um dos procedimentos a seguir descrito, escolhidos pelas partes de comum
acordo: I - comissão escolhida pelas partes, integrada, também, por um representante indicado pelo
sindicato da respectiva categoria; II - convenção ou acordo coletivo".

Nesta linha de raciocínio, o Reclamante não demonstrou qual seria a disciplina interna da Reclamada
para o pagamento da parcela perseguida quanto ao ano de 2018; ele sequer demonstrou que foi instituído
o pagamento de participação nos lucros e resultados na Reclamada em relação ao exercício de 2018
(mesmo porque o único instrumento normativo a este respeito, juntado aos autos com a petição inicial,
referia-se ao ano de 2011 - ID 93941c9), ou que os requisitos para o pagamento da participação nos
lucros e resultados foram preenchidos no caso concreto.

Pelo exposto, rejeito o pedido.

9. FGTS + 40%

São devidas as contribuições fundiárias sobre as parcelas deferidas nos itens "4.I" (Reflexos de prêmios.
Período anterior ao início de vigência da Lei nº 13.467/17 (até 10/11/2017)), "5" (Jornada de trabalho), "
6.I" (Intervalo intrajornada. Período anterior ao início de vigência da Lei nº 13.467/17 (até 10/11/2017))
e "7.I" (Intervalo interjornadas. Período até 10/11/2017 (anterior ao início de vigência da Lei nº 13.467
/17)) desta fundamentação, exceto sobre os reflexos em férias + 1/3 (Orientação Jurisprudencial n° 195
da C. SDI1/TST). Também é devida a indenização de 40% calculada sobre as contribuições fundiárias
ora deferidas. Tais valores são devidos diretamente ao Reclamante em razão da extinção contratual sem
justa causa.

10. Litigância de má-fé

Não é devida a condenação do Reclamante ou da Reclamada por litigância de má-fé, pois não se
vislumbra a prática de qualquer dos atos tipificados no art. 793-B da CLT.

11. Juros e correção monetária

São devidos juros moratórios a contar do ajuizamento (art. 883 da CLT), incidentes sobre a importância
da condenação, já corrigida monetariamente (Súmulas n° 200 e 211 do E. TST). A correção monetária
deve ser computada observando as épocas próprias, assim consideradas os vencimentos de cada parcela,

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atentando para o disposto na Súmula n° 381 do E. TST. Os juros de mora são devidos de forma simples
("pro rata die"), no importe de 1% por mês, e não capitalizados. Trata-se de expressa disciplina legal,
como se infere do art. 39, §1° da Lei n° 8.177/91.

Ressalte-se, ainda, que o art. 46 da Lei n° 8.541/92 exclui, em seu §1°, a incidência de imposto de renda
sobre juros de mora. Neste sentido, Orientação Jurisprudencial nº 400 da C. SDI1/TST, que deverá ser
observada em liquidação de sentença.

12. Assistência judiciária gratuita

Nos termos do art. 790, §§3° e 4°, da CLT, com redação conferida pela Lei nº 13.467/17, para o
deferimento do benefício da justiça gratuita há necessidade de comprovação de insuficiência de recursos
para o pagamento das custas do processo - no caso, de que o Reclamante percebe salário igual ou inferior
a 40% do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.

Tal quadro, contudo, não restou demonstrado nos autos; mesmo porque o Reclamante não cumpriu o
quanto determinado no despacho de 11/09/2018: "(...) junte aos autos cópia de sua CTPS(página
posterior à última anotação), visando evidenciar os saláriosrecebidos - ou que não recebe salários -, sob
pena de posterior indeferimento da gratuidade" (ID 8a61443 - grifo nosso).

Pelo exposto, indefiro a concessão dos benefícios da justiça gratuita ao Reclamante.

13. Honorários advocatícios

Tratando-se de processo ajuizado após o início da vigência da Lei nº 13.467/17, são devidos, nos termos
do art. 791-A da CLT, honorários de sucumbência, a serem pagos pela Reclamada diretamente aos
advogados constituídos pelo Reclamante, no importe ora arbitrado de 10% sobre o valor bruto (sem a
dedução dos descontos fiscais e previdenciários - Orientação Jurisprudencial n° 348 da C. SDI1/TST) e
atualizado da condenação, a ser apurado em regular liquidação de sentença.

Da mesma forma, e também com fundamento no art. 791-A da CLT, o Reclamante deve pagar
honorários de sucumbência em relação aos pedidos integralmente rejeitados, diretamente aos advogados
constituídos pela Reclamada, no importe ora também arbitrado de 10% sobre os valores de tais pedidos
(indicados na petição inicial), sem prejuízo de atualização monetária até o pagamento. Caso o valor
devido pelo Reclamante não seja pago espontaneamente no prazo de até oito dias contados do trânsito em
julgado, deverá ser deduzido do crédito deferido nesta sentença.

DISPOSITIVO

Diante de todo o exposto, ACOLHO EM PARTE os pedidos formulados por DERALDO APARECIDO
VIEIRA MAIA em face de VIA VAREJO S/A para condenar a Reclamada a pagar ao Reclamante:

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Número do processo: 1001416-08.2018.5.02.0605 ID. 2c93ce3 - Pág. 12
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a) até 10/11/2017: reflexos em DSR's de todos os valores já pagos a título de "prêmio", "prêmio p/ metas
alcançadas", "prêmio estimado", "prêmio performance", "prêmio garantia/seguro", "prêmio antecipado",
"prêmio gerência" e "prêmio recarga celular";

b) reflexos do item "a" em férias + 1/3, 13os salários e aviso prévio;

c) até 10/11/2017: quanto aos salários fixos, todas as horas laboradas além da 8ª diária até ser atingido o
limite de 44 horas trabalhadas na semana; a partir da 45ª hora, inclusive, são devidas todas as demais
horas trabalhadas na semana, enriquecidas dos adicionais de 60% e 100%. O adicional de 100% é devido
em relação a todas as horas trabalhadas em domingos e feriados. Quanto aos prêmios, apenas o adicional
de 100% em relação a todas as horas laboradas em domingos e feriados; excluídos estes dias, apenas o
adicional de 60% em relação a todas as horas laboradas além da 8ª diária até ser atingido o limite de 44
horas trabalhadas na semana; a partir da 45ª hora, inclusive, o adicional de 60% é devido em relação a
todas as demais horas trabalhadas na semana, calculado sobre o valor-hora dos prêmios recebidos no
mês, considerando como divisor o número de horas efetivamente trabalhadas. Devem ser consideradas as
seguintes jornadas de trabalho, sempre com 35 minutos de intervalo para refeição e descanso: em datas
comemorativas (semana que antecedia o "dia dos pais", semana que antecedia o "dia das mães", semana
que antecedia o "dia das crianças", semana que antecedia o "dia dos namorados" e duas semanas que
antecediam o natal): das 07:00 às 22:00 horas de segunda-feira a sábado e das 08:00 às 18:00 horas em
todos os domingos; em outros seis dias por ano ("saldões"): das 07:00 às 22:00 horas; em outros doze
dias por ano ("inventários"): das 06:00 às 21:15 horas; por três dias em cada mês de novembro ("Black
Friday"): das 04:30 às 23:00 horas; e nos demais dias / períodos: das 08:15 às 21:15 horas de segunda-
feira a sábado, das 08:30 às 18:45 horas em dois domingos por mês e das 08:00 às 18:00 horas em cinco
feriados por ano;

d) a partir de 11/11/2017: apenas quanto aos salários fixos, todas as horas laboradas além da 8ª diária até
ser atingido o limite de 44 horas trabalhadas na semana; a partir da 45ª hora, inclusive, são devidas todas
as demais horas trabalhadas na semana, enriquecidas dos adicionais de 60% e 100%. O adicional de
100% é devido em relação a todas as horas trabalhadas em domingos e feriados;

e) até 10/11/2017: mais uma hora extra por dia de trabalho, enriquecida do adicional de 60%;

f) a partir de 11/11/2017, indenização em valor equivalente a 25 minutos por dia de trabalho, enriquecida
do adicional de 60%;

g) até 10/11/2017: todas as horas trabalhadas em prejuízo do intervalo mínimo de onze horas entre uma
jornada de trabalho e outra, enriquecidas do adicional de 60%;

h) a partir de 11/11/2017, indenização em valor equivalente ao período suprimido do intervalo


interjornadas mínimo de onze horas, enriquecida do adicional de 60%;

i) reflexos dos itens "c", "d", "e" e "g" em DSR's e feriados, férias + 1/3, 13os salários e aviso prévio;

j) FGTS + 40% nos termos do item "9" da fundamentação.

A Reclamada também deve pagar honorários advocatícios diretamente aos advogados constituídos pelo
Reclamante, no importe de 10% sobre o valor bruto e atualizado da condenação. Também condeno o
Reclamante a pagar honorários advocatícios em relação aos pedidos integralmente rejeitados, diretamente
aos advogados constituídos pela Reclamada, no importe de 10% sobre os valores de tais pedidos, sem
prejuízo de atualização monetária até o pagamento. Caso o valor devido pelo Reclamante não seja pago
espontaneamente no prazo de até oito dias contados do trânsito em julgado, deverá ser deduzido do
crédito deferido nesta sentença.

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Os valores devem ser apurados em liquidação de sentença por cálculos, observados os limites da
fundamentação, parte integrante deste dispositivo, bem como a prescrição conforme fixada nesta mesma
oportunidade. Incidem correção monetária e juros, nos termos da fundamentação.

A fim de impedir o enriquecimento sem causa, fica autorizada a dedução das verbas comprovadamente
pagas sob os mesmos títulos (conforme prova documental já produzida nos autos).

Os descontos fiscais devem ser recolhidos e comprovados pela Reclamada depois de apurados
discriminadamente, atentando que o Imposto de Renda é incidente sobre o valor total da condenação,
referente às parcelas tributáveis, na data em que o importe tornar-se disponível, nos termos do art. 46 da
Lei n° 8.541/92, dos arts. 1º e 2º do Provimento TST/CG n° 1/96, do art. 3° da Instrução Normativa SRF
n° 491/05 e da Instrução Normativa RFB n° 1.127/11. Depois de comprovados, devem ser descontados
do crédito do Reclamante. A Reclamada também deve comprovar o recolhimento das contribuições
previdenciárias devidas por empregado e empregador, incidentes mês a mês, observado o limite máximo
do salário de contribuição, e retendo as importâncias correspondentes às contribuições devidas pelo
Reclamante, tudo nos termos da Lei n° 8.212/91, arts. 28 e 43, e do art. 3º do Provimento TST/CG n° 1
/96, sob pena de execução direta pela quantia equivalente (art. 114, VIII, da Constituição Federal).
Devem ser observados todos os demais critérios fixados pela Súmula n° 368 do E. TST.

Custas pela Reclamada, no importe de R$ 10.000,00, calculadas sobre o valor da condenação (art. 789, I,
da CLT), ora fixado em R$ 500.000,00.

Intimem-se as partes.

LUCIANO LOFRANO CAPASCIUTTI

Juiz do Trabalho

1 JORGE NETO, Francisco Ferreira. CAVALCANTE, Jouberto de Quadros Pessoa. Manual de Direito
do Trabalho. Tomo I. 2 ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2004. p. 540.

2 MARTINS, Sergio Pinto. Comentários à CLT. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2003. p. 115.

3 GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa. Curso de Direito do Trabalho. 5 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2011.
p. 856.

4 MARTINS, Sergio Pinto. Comentários à CLT. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2003. p. 819.

5 GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa. Curso de Direito do Trabalho. 5 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2011.
p. 856.

6 MARTINS, Sergio Pinto. Comentários à CLT. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2003. p. 116/117.

7 DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 2 ed. São Paulo: LTr, 2003. p. 917/918.

8 Curso de Direito do Trabalho Aplicado. Vol. 02. Jornadas e Pausas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. p.
147.

SAO PAULO,12 de Dezembro de 2018

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LUCIANO LOFRANO CAPASCIUTTI


Juiz(a) do Trabalho Titular

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Número do processo: 1001416-08.2018.5.02.0605 ID. 2c93ce3 - Pág. 15
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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO
6ª Vara do Trabalho de São Paulo - Zona Leste

PROCESSO nº : 1001671-97.2019.5.02.0065.

RECLAMANTE: MARCIO DE OLIVEIRA CARVALHO

RECLAMADO: VIA VAREJO S/A

Aos seis dias do mês de março do ano dois mil e vinte, às 16:07 horas, na sala de audiências
desta Vara, sob a presidência da Mma Juíza do Trabalho, Dra. SANDRA REGINA ESPÓSITO
DE CASTRO foram apregoados os litigantes: MARCIO DE OLIVEIRA CARVALHO, reclamante e
VIA VAREJO S/A, reclamada.

Ausentes as partes.

Conciliação prejudicada.

Submetido o processo a julgamento, foi proferida a seguinte

SENTENÇA

Relatório

Reclamação Trabalhista proposta por MARCIO DE OLIVEIRA CARVALHO contra VIA VAREJO
S/A.

Qualificado na Inicial, pretende o demandante os direitos arrolados no documento Id d9c34d4.


Junta documentos. Atribui à causa o valor de R$ 1.313.063,63.

Proposta inicial de conciliação rejeitada.

Defesa apresentada pela reclamada arguindo prejudicial de prescrição e, no mérito, pugnando


pela improcedência do pedido.

Réplica apresentada pelo autor.

Oitiva do reclamante, da preposta da reclamada e de uma testemunha em Audiência.

Sem outras provas, foi encerrada a instrução processual, sem que ocorresse conciliação.

Razões Finais remissivas.

Assinado eletronicamente por: SANDRA REGINA ESPOSITO DE CASTRO - Juntado em: 12/03/2020 14:47:15 - a7ff7a1

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
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É o Relatório.

Fundamentação

DA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL

Distribuída a presente demanda em 06/12/2019, acolho a prescrição quinquenal arguida pela ré


relativamente às parcelas patrimoniais vencidas anteriormente a 06/12/2014, nos termos do art.
7º, XXIX, da Constituição Federal, extinguindo o feito com julgamento do mérito conforme art.
487, II, do CPC.

DAS HORAS EXTRAS

Pugna o reclamante por horas extras sob alegação de que se ativou nas seguintes condições:

- em filiais de rua: segunda a sábado de 8:30/9:00 às 20:30/21:00, além de 2 domingos por mês
e 4 feriados por ano das 8:30 às 18:00, sempre com intervalo de 30 minutos;

- em filiais de shopping: de segunda a sexta-feira de 11:00 às 22:30/23:00 e aos sábados de 9:00


/9:30 às 22:30/23:00, também com 30 minutos de intervalo.

- Na semana que antecedia as datas comemorativas, como dia dos pais, mães, crianças e
namorados, bem como nas duas semanas que antecediam o natal, nas filiais de shopping
iniciava sua jornada às 9:00 e encerrava às 23:30/00:00 e nas lojas de rua iniciava às 7:00
encerrando às 22:00, com 30 minutos de intervalo intrajornada em todas as ocasiões; e em todos
os domingos das aludidas semanas de 12:00 as 21:00, quando em shopping e de 8:30 às 18:00
quando em filial de rua, também com 30 minutos intervalo;

- Eram realizados, em média, 6 saldões durante o ano, ocasiões em que cumpria jornada, em
loja de shopping de 9:00 às 23:30/00:00, e em loja de rua das 7:00 às 22:00, sempre com 30
minutos de intervalo;

- Participava ainda de 12 inventários, dentro de cada ano, ocasiões em que trabalhava o


Reclamante em média de 6:30 às 22:30/23:00, em shopping, e de 6:30 às 20:30/21:00, em loja
de rua, oportunidades em que também gozava de apenas 30 minutos de intervalo intrajornada;

- Nas ocasiões de Black Friday, que ocorriam geralmente no mês de novembro de cada ano,
com duração de três dias, laborava em média de 6:00 às 22:00 nas filiais de rua e de 8:00 às 00:
00 quando em shopping, com 30 minutos de intervalo;

- quando laborava em shopping, trabalhava ainda em todos os feriados, com exceção de natal e
ano novo, no horário de 12:00 às 21:00, com 30 minutos de intervalo.

Assinado eletronicamente por: SANDRA REGINA ESPOSITO DE CASTRO - Juntado em: 12/03/2020 14:47:15 - a7ff7a1

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
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Ao revés sustenta a reclamada que o autor ocupava cargo de gerência não estando, assim,
sujeito a controle de jornada e não fazendo jus a horas extras.

In casu, a prova produzida milita totalmente a favor da tese obreira.

Primeiramente a preposta da ré disse em Audiência que “o gerente regional não interfere no


poder de admissão, demissão e advertência do gerente de loja”. Após repergunta, afirmou que
estava nervosa e aduziu que “o gerente regional precisa assinar tais documentos sim; que o
gerente regional pode inclusive se opor à aplicação da penalidade; que no caso de contratação a
decisão é do gerente de loja e não comporta oposição do regional; que o gerente de loja pede
autorização ao gerente regional para descontos maiores nas mercadorias; que o gerente de loja
só libera desconto que está pré aprovado no sistema, acima disso é o gerente regional; que o
reclamante não poderia dispor de numerário para utilização em manutenção/reparo da loja por
exemplo; que não sabe responder sobre o prazo da empresa para troca de mercadoria; que o
reclamante não fazia compras de mercadorias para a loja; que não existe gerente administrativo
na loja; que não existe funcionário CAL(coordenador administrativo de loja); que não se lembra
se o reclamante fazia escala de féria se folgas, que confirma que o mesmo era gerente e que
gerente faz isso mas não sabe dizer do reclamante; que o reclamante trabalhava das 9h às 22h
de segunda-feira a sexta-feira; que o reclamante também trabalhava aos finais de semana e
feriados mas não se recorda o horário; que o reclamante fazia uma hora de intervalo para
refeição e descanso; que o reclamante quando trabalhava no final de semana tinha folga
compensatória; que o reclamante não tinha controle escrito de jornada e ele próprio controlava
sua jornada; que não sabe se para acessar o sistema o reclamante colocava digital; que os
demais funcionários tem controle de jornada por biometria; que não sabe dizer como os
funcionários acessam o sistema na loja”, o que dá amparo à tese da Inicial pois demonstra a
clara subordinação do reclamante ao gerente regional e que não havia a autonomia do
demandante nos moldes aventados pela defesa. Somado a isso a depoente não soube detalhar
informações acerca das atribuições do reclamante e seu horário de trabalho. E, diante desse
contexto, não merece credibilidade a afirmação acerca do gozo de uma hora de intervalo.

Já a testemunha patronal asseverou que “trabalha na reclamada desde 2010, na função atual de
gerente de loja; que não chegou a trabalhar com o reclamante; que conhece o reclamante das
reuniões que o encontrou por duas vezes”, o que impede o amplo conhecimento sobre as
questões debatidas. Acrescentou que “é gerente de loja do Ipiranga; que o reclamante foi
gerente ultimamente do Shopping Plaza (...) que não sabe dizer o horário de entrada e saída do
reclamante porque era horário de Shopping; que nunca foi à loja do Shopping Plaza; que a
gerente regional do depoente era a Sr(a). Simone, mesma do reclamante; que a gerente regional
comparecia na loja do depoente uma a duas vezes por mês; que o gerente regional além de
comparecer para verificar as vendas e o movimento da loja também decide sobre punição de
funcionário após indicação pelo gerente da loja; que isso vai para um comitê e o RH e o gerente
regional decide; que a entrevista de admissão é feita pelo gerente de loja que passa para o

Assinado eletronicamente por: SANDRA REGINA ESPOSITO DE CASTRO - Juntado em: 12/03/2020 14:47:15 - a7ff7a1

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
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gerente regional que decide sobre a contratação; que algumas advertências o próprio gerente de
loja já pode aplicar tanto verbal quanto escrita e enviar a documentação ao RH mas havendo
caso especifico ou dúvida pode reportar ao gerente regional e este decide sobre a advertência;
que o depoente como gerente acessa o sistema colocando a digital no início do trabalho, na
saída não precisa; que só o gerente regional controla seu horário na hora que abre e fecha a loja;
que o gerente de loja faz a escala de férias e folgas e não precisa passar para o gerente
regional; que na loja existe o coordenador de atendimento de loja (ADM) que trabalha na parte
administrativa que faz por exemplo escala de férias e folgas e é o cargo subordinado ao gerente
de loja; que acima deste cargo existe o cargo de coordenadora de atendimento regional (CAR)
que é um cargo ligado ao gerente regional e trata de toda a parte administrativa da loja”, corrobor
ando o já demonstrado acerca da subordinação ao gerente regional, além do controle de horário
sofrido.

Assim, acolho a tese obreira e fixo a seguinte jornada cumprida pelo autor:

- em filiais de rua: de segunda a sábado das 08:45h às 20:45h, além de 2 domingos por mês e 4
feriados por ano das 8:30 às 18:00, sempre com intervalo de 30 minutos;

- em filiais de shopping: de segunda a sexta-feira de 11:00 às 22:45h e aos sábados das 09:15h
às 22:45h, também com 30 minutos de intervalo.

- Na semana que antecedia as datas comemorativas, como dia dos pais, mães, crianças e
namorados, bem como nas duas semanas que antecediam o natal, nas filiais de shopping das 9:
00 às 23:45h e nas lojas de rua das 7:00 às 22:00, com 30 minutos de intervalo em todas as
ocasiões; e em todos os domingos das aludidas semanas das 12:00 às 21:00, quando em
shopping e de 8:30 às 18:00 quando em filial de rua, também com 30 minutos intervalo;

- 6 saldões durante o ano: em loja de shopping das 9:00 às 23:45h e em loja de rua das 7:00 às
22:00, sempre com 30 minutos de intervalo;

- 12 inventários por ano das 6:30 às 22:45h em shopping e das 6:30 às 20:45h em loja de rua,
com 30 minutos de intervalo;

- Black Friday, durante três dias no mês de novembro de cada ano, das 6:00 às 22:00 nas filiais
de rua das 8:00 às 00:00 quando em shopping, com 30 minutos de intervalo;

- todos os feriados, com exceção de natal e ano novo, no horário de 12:00 às 21:00, com 30
minutos de intervalo, quando do labor em shopping.

Em consequência, resta deferido o pedido de horas extras acima da 8ª diária e 44ª semanal,
bem como uma hora extra em face do intervalo irregularmente usufruído, nos termos do art. 71,
par. 4º da CLT, domingos e feriados laborados sem folga compensatória em dobro, adicional
convencional, além de reflexos em aviso prévio, DSR, férias acrescidas de 1/3, 13º salário e
FGTS + 40%.

Assinado eletronicamente por: SANDRA REGINA ESPOSITO DE CASTRO - Juntado em: 12/03/2020 14:47:15 - a7ff7a1

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 652

Cumpre salientar que os reflexos atinentes ao intervalo intrajornada são devidos até 10/11/2017,
sendo que, após tal data, aplicam-se as disposições da Lei 13.467/2017, que estabelece a
expressa natureza indenizatória da parcela. Tem-se também que é devida uma hora extra quanto
à pausa no período anterior à Reforma e, posteriormente, somente os minutos não usufruídos.

Por fim tem-se que, ao contrário do ocorrido com o art. 71, par. 4º, da CLT, não há previsão
expressa no art. 66 da CLT para pagamento como extra do período suprimido.

DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL

Nos termos do art. 461, da CLT, sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado
ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de
sexo, nacionalidade e idade.

Para aplicação de referida norma são necessários os seguintes requisitos: identidade de


funções, trabalho de igual valor, mesma localidade, mesmo empregador, simultaneidade na
prestação de serviço e inexistência de quadro organizado em carreira.

Pretende o reclamante equiparação salarial com a paradigma Sra Alessandra Martins


(englobando salário fixo e prêmios mensais) sob o argumento de que exercia a mesma função
que esta e percebia remuneração inferior.

Em sua defesa sustenta a reclamada o labor em localidades e períodos distintos, além de


constituírem os prêmios verbas decorrentes do empenho pessoal de cada funcionário, o que
obsta o pagamento isonômico pretendido.

In casu a documentação acostada pela própria defesa contraria a tese patronal.

A ficha de registro da paradigma Alessandra Martins aponta sua admissão em setembro de


2014, já na função de gerente, sendo que o Reclamante foi admitido em abril de 2015 no mesmo
cargo, inexistindo, portanto exercício na função superior a 2 anos. A evolução salarial de ambos
também é discrepante. Ademais, em Audiência, disse a testemunha da ré que “não trabalhou
com Alessandra Martins nem a conhece”.

Pelo exposto, acolho a tese da Inicial e defiro o pedido de diferenças salariais por equiparação
com a paradigma apontada na Inicial, Sra. Alessandra Martins, com os respectivos reflexos em
aviso prévio, férias acrescidas de 1/3, 13º salário e FGTS + 40%. Indevidos reflexos em DSR
diante da remuneração mensal.

Todavia, ficam excluídas da condenação as verbas de natureza personalíssima da paradigma, o


que engloba os prêmios posto que a natureza de tal verba está ligada a fatores variáveis e
individuais. Assim, as diferenças em questão abarcam tão somente o importe médio salarial de
R$ 1.500,00, conforme Inicial.

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Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 653

DA INCIDÊNCIA DOS PRÊMIOS NO DSR

Consta da Inicial que “O Reclamante desde o início de seu contrato de trabalho recebia inúmeras
parcelas intituladas “prêmio performance”, “prêmio de páscoa” (relativo a cada feriado), “prêmio
especial”, “prêmio estímulo”, “prêmio garantia e seguro”; e posteriormente passou a auferir, além
dos já relacionados também “prêmio gerência”, “prêmio antecipado”, dentre outros. Todavia, em
que pese aludidas parcelas terem nítido caráter salarial, já que pagas habitualmente e em
decorrência direta e exclusiva das atribuições desempenhadas pelo Reclamante, jamais foi pago
pela Reclamada a incidência de tais importâncias nos dias de RSR”. Pugna pelo pagamento.

A reclamada sustenta que os prêmios pagos com habitualidade foram devidamente integrados à
remuneração com a consequente quitação de reflexos.

Contudo, o reclamante apontou diferenças (tanto na exordial como em réplica) evidenciando que
a ré não efetuava a correta integração.

Assim, acolho a tese obreira e defiro o pagamento da incidência dos valores adimplidos a título
de “prêmio”, “prêmio estimulo”, “prêmio performance”, “prêmio garantia/seguro”, “prêmio
antecipado”, “prêmio gerência” e “prêmio recarga celular” em DSR, aviso prévio, 13º salário,
férias + 1/3 e FGTS + 40%, não havendo que se falar em enriquecimento do DSR para posterior
reflexo sob pena de bis in idem.

Fica autorizada a compensação de eventuais valores quitados sob os mesmos títulos, sob pena
de enriquecimento ilícito da parte.

DO PRÊMIO ESPECIAL DE FIM DE ANO (14º SALÁRIO)

Pretende o autor o recebimento da parcela em questão sob o argumento de que “durante todo o
contrato de trabalho a Reclamada adimpliu ao obreiro a parcela referente ao PLR no valor de
100% do 13º salário. Por tratar-se de condição mais benéfica, o pagamento da PLR incorporou-
se ao direito do Reclamante, pelo que é devido também o seu pagamento, de forma proporcional
aos meses laborados em 2019”.

A reclamada nega, de maneira geral, que seja devido o pagamento.

Em razão das diversas demandas ajuizadas contra a ré contendo referido pleito, é de


conhecimento do Juízo que a parcela corresponde a uma bonificação não havendo
obrigatoriedade de quitação do valor proporcional.

Rejeito.

DA LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ

Assinado eletronicamente por: SANDRA REGINA ESPOSITO DE CASTRO - Juntado em: 12/03/2020 14:47:15 - a7ff7a1

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 654

Não vislumbro a ocorrência das hipóteses previstas no art. 80 do CPC, razão pela qual rejeito o
pedido de aplicação de multa por litigância de má-fé.

DOS ÍNDICES DE ATUALIZAÇÃO

A atualização dos créditos decorrentes de condenação judicial será feita pela Taxa Referencial
(TR), divulgada pelo Banco Central do Brasil, conforme a Lei n° 8.177, de 1° de março de 1991
(art. 879, §7°, da CLT). Ademais, na correção monetária, deverá ser observado o índice do mês
subsequente ao da prestação de serviços. Nesse sentido a Súmula 381 do TST.

Afasto a utilização do IPCA-E para fins de correção, considerando o Ofício Circular CSJT GP SG
nº 15/2018 e a Tese Jurídica Prevalente Nº23 deste Tribunal, eis que a decisão do STF na
Reclamação Constitucional n. 22.012, de relatoria do Ministro Dias Toffoli ainda pende da
definitividade própria do trânsito em julgado.

DOS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA

O salário percebido pelo reclamante é superior a 40% do limite máximo dos benefícios do
Regime Geral da Previdência Social (R$ 2.440,42 – reajustado em 01/01/2020).

Assim, considerando-se a declaração firmada, indefiro os benefícios da Justiça Gratuita ao autor,


nos termos do art. 790, par. 3º, da CLT, com nova redação dada pela Lei 13.467/2017.

DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

Tendo em vista a sucumbência recíproca, arbitro honorários em favor do advogado do


reclamante e a cargo da reclamada no importe de R$ 44.528,30(5% do proveito econômico
obtido – R$ 890.565,97) e, a cargo do reclamante e a favor do advogado da ré no importe de R$
175,65 (5% da sucumbência - R$ 3.513,02) (art. 791-A, caput e §§ 2º e 3º, com nova redação
dada pela Lei 13.467/2017).

Dispositivo

POSTO ISTO, acolho a prescrição quinquenal arguida pela ré relativamente às parcelas


patrimoniais vencidas anteriormente a 06/12/2014, nos termos do art. 7º, XXIX, da Constituição
Federal, extinguindo o feito com julgamento do mérito conforme art. 487, II, do CPC e julgo PROC
EDENTE EM PARTE o pedido, condenando a reclamada VIA VAREJO S/A a pagar ao
reclamante MARCIO DE OLIVEIRA CARVALHO, nos termos da fundamentação que passam a
fazer parte integrante deste Decisum: horas extras acima da 8ª diária e 44ª semanal, bem
como uma hora extra em face do intervalo irregularmente usufruído, nos termos do art. 71, par.
4º da CLT (devida uma hora de intervalo e reflexos até 10/11/2017, após tal data, somente os
minutos não usufruídos, sem reflexos), domingos e feriados laborados sem folga compensatória
em dobro, adicional convencional, além de reflexos em aviso prévio, DSR, férias acrescidas de 1

Assinado eletronicamente por: SANDRA REGINA ESPOSITO DE CASTRO - Juntado em: 12/03/2020 14:47:15 - a7ff7a1

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
Fls.: 655

/3, 13º salário e FGTS + 40%, observada a jornada supra fixada e os dias efetivamente
trabalhados; diferenças salariais (no importe mensal de R$ 1.500,00) por equiparação com a
paradigma apontada na Inicial, Sra. Alessandra Martins, com os respectivos reflexos em aviso
prévio, férias acrescidas de 1/3, 13º salário e FGTS + 40%; incidência dos valores adimplidos a
título de “prêmio”, “prêmio estimulo”, “prêmio performance”, “prêmio garantia/seguro”, “prêmio
antecipado”, “prêmio gerência” e “prêmio recarga celular” em DSR, aviso prévio, 13º salário,
férias + 1/3 e FGTS + 40%, autorizada a compensação de eventuais valores quitados sob os
mesmos títulos, sob pena de enriquecimento ilícito da parte. Valores a apurar em liquidação de
sentença por simples cálculos.

Contribuições Previdenciárias e fiscais, no que couber, conforme Súmula 368 do TST, arcando
cada parte com o montante de sua responsabilidade, observando-se quanto à natureza das
verbas o disposto no art. 28 da Lei 8.212/91.

A atualização dos créditos decorrentes de condenação judicial será feita pela Taxa Referencial
(TR), divulgada pelo Banco Central do Brasil, conforme a Lei n° 8.177, de 1° de março de 1991
(art. 879, §7°, da CLT). Ademais, na correção monetária, deverá ser observado o índice do mês
subsequente ao da prestação de serviços. Nesse sentido a Súmula 381 do TST.

Custas pela reclamada no importe de R$ 17.811,32, calculadas sobre o valor da condenação,


ora arbitrado em R$ 890.565,97.

Arbitro honorários em favor do advogado do reclamante e a cargo da reclamada no importe de


R$ 44.528,30(5% do proveito econômico obtido – R$ 890.565,97) e, a cargo do reclamante e a
favor do advogado da ré no importe de R$ 175,65 (5% da sucumbência - R$ 3.513,02) (art. 791-
A, caput e §§ 2º e 3º, com nova redação dada pela Lei 13.467/2017).

Registre-se. Intimem-se as partes. NADA MAIS.

SANDRA REGINA ESPÓSITO DE CASTRO

Juíza do Trabalho

SAO PAULO/SP, 12 de março de 2020.

SANDRA REGINA ESPOSITO DE CASTRO


Juiz(a) do Trabalho Titular

Assinado eletronicamente por: SANDRA REGINA ESPOSITO DE CASTRO - Juntado em: 12/03/2020 14:47:15 - a7ff7a1
https://pje.trtsp.jus.br/pjekz/validacao/20031211304395400000171482754?instancia=1
Número do processo: 1001671-97.2019.5.02.0065
Número do documento: 20031211304395400000171482754

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 3a00896
https://pje.trt10.jus.br/pjekz/validacao/23061314383671200000035727082?instancia=1
Número do documento: 23061314383671200000035727082
Fls.: 1656
Fls.:

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO
16ª Turma

PROCESSO TRT/SP Nº 1001190-65.2019.5.02.0088 16ª. TURMA


RECURSO ORDINÁRIO
1ºRECORRENTE: SAMUEL INÁCIO DUARTE
2ºRECORRENTE: VIA VAREJO S.A
RECORRIDOS: OS MESMOS
ORIGEM: 88ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO
RELATOR: NELSON BUENO DO PRADO

RELATÓRIO

Inconformadas com a sentença de fls. 1309/1317, da lavra do Exmo. Juiz


José Carlos Soares Castello Branco, complementada pela decisão de embargos de fls. 1485/1486,
recorrem as partes. Apelo ordinário da reclamada às fls. 1428/1443, arguindo em sede de preliminar a
nulidade da sentença (cerceamento de defesa); no mérito, discute incidência dos prêmios nos DSR's;
equiparação salarial; horas extras; justiça gratuita e honorários de sucumbência. Recurso ordinário
adesivo interposto pelo reclamante às fls.1513/1517, pretendendo a modificação da sentença no que
tange aos seguintes tópicos: equiparação salarial (diferenças salariais a título de prêmios); horas extras (da
tas festivas, saldões e inventário); intervalo entre jornada, PLR e honorários de sucumbência.

Procurações outorgadas em conformidade com as disposições do art. 654


do Código Civil e da Súmula nº 456 do TST.

Preparo regular.

Contrarrazões tempestivas.

É o relatório.

VOTO

CONHECIMENTO

Assinado eletronicamente por: NELSON BUENO DO PRADO - 18/10/2020 19:25:25 - eae8221


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=20091618023585800000246361680
Número do processo: 1001190-65.2019.5.02.0088 ID. eae8221 - Pág. 1
Número do documento: 20091618023585800000246361680

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 2657
Fls.:

Conheço os apelos, por preenchidos os pressupostos de admissibilidade.

RECURSO ORDINÁRIO DA RECLAMADA

PRELIMINAR

1.Nulidade (cerceamento de defesa)

1.1.A matéria será analisada sob o aspecto meritório.

MÉRITO

1.Horas extras (exercício de cargo de confiança)

1.1.Sem razão.

1.2.A ré-recorrente aludiu em sua defesa que o reclamante, no exercício


da função de gerente de loja, era a autoridade máxima no estabelecimento não estando submetido a
controle de jornada.

1.3.Assim decidiu o Juízo de origem: "O efetivo exercício de cargo de


gestão pressupõe autonomia do trabalhador para dirigir o seu próprio horário de trabalho
(impossibilitando qualquer ingerência do empregador nesse sentido), o que não ocorria no caso dos
autos. De fato, os holerites do reclamante revelam pagamento de integrações de horas extras no
descanso semanal remunerado e descanso semanal remunerado trabalhado com adicional de 100% (cf.
por exemplo, holerite de fls. 88), prova irrefutável de que a ré controlava a jornada de trabalho do
autor, tanto que, de maneira espontânea, quitou valores nesse sentido. O pagamento de verbas
dependentes do cumprimento de horas extras é situação incompatível com o exercício de cargo de
confiança. Portanto, fácil concluir, no caso dos autos, que a reclamada tinha pleno controle da jornada
de trabalho cumprida pelo obreiro o que afasta, in casu, a aplicação da norma prevista no art. 62, II da
CLT".

1.4.Nos termos do art. 62, inciso II da CLT, os gerentes investidos em


poderes de gestão, equiparados aos diretores e chefes de departamento ou filial, não estão adstritos à
fiscalização de horário. Essa condição advém do fato de que tais empregados ostentam posição de
preeminência, tomando decisões capazes de impactar a própria estrutura administrativa do
empreendimento.

1.5.Na hipótese dos autos, infere-se que o autor estava submetido a


controle de jornada; nada obstante a recorrente deixasse de efetuar o pagamento do principal (horas extras

Assinado eletronicamente por: NELSON BUENO DO PRADO - 18/10/2020 19:25:25 - eae8221


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=20091618023585800000246361680
Número do processo: 1001190-65.2019.5.02.0088 ID. eae8221 - Pág. 2
Número do documento: 20091618023585800000246361680

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 3658
Fls.:

), os recibos de pagamento identificam o adimplemento da integração das suplementares em repouso


semanal remunerado, assim como o descanso semanal remunerado laborado com adicional de 100% (cem
por cento).

1.6.Há que se concluir, portanto, que em razão da submissão ao


cumprimento de jornada, o reclamante não exercia cargo de gestão, consoante declinado na peça
contestatória. Nesse sentido, incumbia à apelante a digitalização dos cartões de ponto, na forma do art.
74, § 2º da CLT; a omissão injustificada implica no reconhecimento dos horários de labor indicados na
prefacial (Súmula nº 338, inciso I, do TST).

1.7.Foi dito pelo autor na inicial: "...quando em filial de rua cumpria


jornada de segunda a sexta-feira de 9:00 às 20:30/21:00 e aos sábados de 7:30 às 20:30/21:00 e em 2
domingos por mês de 8:00 às 17:30/18:00, sempre com intervalo intrajornada de 30 minutos. Já na filial
de shopping levou a efeito sua jornada de segunda a sexta-feira de 11:00 às 22:30/23:00, aos sábados
de 8:30 às 22:30/23:00 e em 2 domingos por mês de 11:30 às 20:30/21:00, em todas as ocasiões com
intervalo de 30 minutos...Além disso, nas ocasiões de black Friday, que ocorriam geralmente no mês de
novembro de cada ano, com durações de três dias, laborava em média de 5:30 às 23:30 no shopping e
de 5:00 às 21:00/21:30 na rua, mantendo-se 30 minutos de intervalo intrajornada".

1.8.Houve produção de provas orais (audiência, fls. 1306/1308).

1.9.Depoimento do reclamante: "que até meados de junho de 2015


trabalhava das 9h00min às 21h00min; que a partir de então passou a trabalhar das 11h00min ás
23h00min; que trabalhava de segunda à domingo, com uma folga semanal, a qual coincidia, pelo menos,
em um domingo por mês; que usufruía 30 minutos de intervalo, no máximo".

1.10.Depoimento da testemunha do autor, única ouvida nos autos, sr.


Adriano Dias de Souza: "que trabalhou na reclamada: de 2007 à 2017, na função última de gerente...que
como gerente, em loja de rua, trabalhava das 8h00min pás 20h00min; que em lojas de shopping, o
horário cumprido era das 11h00min às 23h00min; que usufruía 20 minutos de intervalo; que encontrava
o autor em reuniões; que as lojas da reclamada seguem o mesmo padrão e horário; que na semana da
black friday a jornada era estendida em cerca de 4 horas diárias".

1.11.O MMº Juízo de origem balizou a condenação ao pagamento de


horas extras, com espeque nas provas colhidas em audiência, limitando acertadamente os efeitos da ficta
confessio.

1.12.Nego provimento.

Assinado eletronicamente por: NELSON BUENO DO PRADO - 18/10/2020 19:25:25 - eae8221


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=20091618023585800000246361680
Número do processo: 1001190-65.2019.5.02.0088 ID. eae8221 - Pág. 3
Número do documento: 20091618023585800000246361680

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 4659
Fls.:

2.Diferenças salariais (equiparação)

2.1.Com razão.

2.2.De acordo com o disposto no art. 461 da CLT e seus parágrafos,


vigente à época dos fatos, resta injurídica a discrepância salarial entre empregados que exerçam idêntica
função, com trabalho de igual valor (igual produtividade e mesma perfeição técnica), prestado ao mesmo
empregador, na mesma localidade e com diferença de tempo de serviço não superior a 2 (dois) anos.

2.3.Depoimento do reclamante: "que as lojas em que o depoente


trabalhou e a dos paradigmas tinham portes equivalentes; que todos os gerentes ganhavam o mesmo
percentual sobre a produtividade de suas respectivas lojas".

2.4.Depoimento do preposto: "que as lojas que os paradigmas Dalmo e


André trabalhavam tinham porte maior que a do autor...que a reclamada possui controle de faturamento
de cada filial".

2.5.Depoimento da testemunha do autor, única ouvida nos autos, sr.


Adriano Dias de Souza: "que não chegou a trabalhar com o autor na mesma loja, mas esclarece que
trabalhavam na mesma regional...que conheceu os paradigmas André e Venâncio Lima; que a loja em
que eles trabalhavam tinham igual porte, assim como a loja que o reclamante trabalhava".

2.6.A recorrente alegou que as lojas em que trabalhavam os paradigmas


detinham maior porte que a do autor, justificando, assim, a diferença de faturamento; entretanto, apesar
de admitir a posse de documentos comprobatórios deste fato, não houve a digitalização dos mesmos,
presumindo-se que as filiais gerenciadas pelos modelos indicados e pelo reclamante, possuíam o mesmo
porte físico.

2.7.Nada obstante se admita a possibilidade de que as filiais tivessem


faturamento similar, entendendo-se como tal, a mesma produtividade, as provas orais não trazem nenhum
indicativo de que o autor executasse suas atividades com a mesma perfeição técnica dos paradigmas.

2.8.A objeção legal à diferenciação no pagamento de salário entre


empregados executantes da mesma função, não prescinde da consecução dos requisitos insculpidos na
norma jurídica; os critérios para o reconhecimento do direito à equiparação não são presumíveis,
necessitando de comprovação efetiva dos fatos, o que na hipótese vertente, não ocorreu em sua
integralidade.

Assinado eletronicamente por: NELSON BUENO DO PRADO - 18/10/2020 19:25:25 - eae8221


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=20091618023585800000246361680
Número do processo: 1001190-65.2019.5.02.0088 ID. eae8221 - Pág. 4
Número do documento: 20091618023585800000246361680

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 5660
Fls.:

2.9.Ipso facto, dou provimento ao apelo a fim de excluir da condenação o


pagamento de diferenças salariais (equiparação).

3.Incidência dos prêmios nos DSR's

3.1.Sem razão.

3.2.Sustenta a recorrente que o autor na função de gerente se loja recebia


salário fixo, mais prêmios variáveis e com natureza salarial, sendo que não recebia comissões pois não
realizava vendas; por conseguinte, evidente a natureza indenizatória dos valores pagos a título de
"prêmio", não sendo devidas as integrações postuladas.

3.3.Os holerites constantes de fls. 838/913, demonstram que a rubrica


"prêmios" era paga mensalmente. Não há como se admitir o caráter indenizatório do título, na medida em
que a habitualidade no pagamento demonstra que não havia incerteza na auferição como no caso em que
se pressupõe o atingimento de metas, mas sim, retribuição decorrente do implemento do negócio (comissão
).

3.4.O contrato de emprego se encerrou antes da entrada em vigência da


Lei nº 13.467 de 11 de novembro de 2017, não sendo aplicável à espécie a novel redação do art. 457, § 2º
da CLT.

3.5.Nego provimento.

4.Justiça gratuita

4.1.Com razão.

4.2.A CLT, art. 790, § 3º, permite que o Juízo conceda a requerimento,
ou mesmo de ofício, os benefícios da justiça gratuita ao trabalhador que perceba salário igual ou inferior
a 40% (quarenta por cento) do limite máximo de benefícios do Regime Geral de Previdência Social. O
referido artigo de lei preleciona que o Julgador atue até mesmo de forma discricionária na concessão da
gratuidade.

4.3.O parágrafo 4º do artigo em referência, permite a concessão da justiça


gratuita a quem aufira renda maior que 40% (quarenta por cento) do teto previdenciário, todavia, o
postulante necessita fazer prova da hipossuficiência, sendo vedado ao Juízo obsequiar o benefício ao seu
arbítrio.

Assinado eletronicamente por: NELSON BUENO DO PRADO - 18/10/2020 19:25:25 - eae8221


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=20091618023585800000246361680
Número do processo: 1001190-65.2019.5.02.0088 ID. eae8221 - Pág. 5
Número do documento: 20091618023585800000246361680

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 6661
Fls.:

4.4.Na hipótese dos autos, o agravante auferiu como salário derradeiro o


importe de R$ 8.860,97 (oito mil, oitocentos e sessenta reais e noventa a sete centavos); incumbia ao
autor a comprovação da condição de hipossuficiência, a despeito do seu patamar salarial.

4.5.A simples declaração de pobreza digitalizada à fl. 19 não supre a


exigência de lei para a concessão dos benefícios da gratuidade; a prova do estado de miserabilidade exige
elementos palpáveis.

4.6.O reclamante não fez prova de que esteja desempregado, haja vista
que nem sequer cogitou trazer a cópia atualizada da CTPS.

4.7.Destarte, provejo o apelo com vistas a indeferir ao reclamante a


concessão dos benefícios da justiça gratuita.

RECURSO ORDINÁRIO ADESIVO DO RECLAMANTE

1.Equiparação salarial a título de prêmios

1.1.Prejudicado em face do decidido no tópico nº 02 do apelo patronal.

2.Horas extras (datas festivas - saldões e inventário)

2.1.Sem razão.

2.2.Ouvida a testemunha, não houve comprovação de labor nos períodos


aludidos no apelo, restringindo-se ao black Friday, o excesso de jornada laborado em evento patrocinado
pelo empregador (tópico 1.1.10 do apelo da reclamada).

2.3.Nego provimento.

3.Intervalo entrejornadas

3.1.Sem razão.

3.2.Os horários de trabalho ratificados pelo tribunal (tópico nº 01 do


apelo da ré), não revelam infringência ao disposto no art. 66 da CLT. Logo, o apelante não faz jus às
horas extras pretendidas.

3.3.Nego provimento.

4.PLR

Assinado eletronicamente por: NELSON BUENO DO PRADO - 18/10/2020 19:25:25 - eae8221


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=20091618023585800000246361680
Número do processo: 1001190-65.2019.5.02.0088 ID. eae8221 - Pág. 6
Número do documento: 20091618023585800000246361680

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 7662
Fls.:

4.1.Sem razão.

4.2.O art. 2º da Lei 10.101/2000, dentre outros, estabelece que a PLR será
objeto de negociação coletiva entre a empresa e seus empregados.

4.3.Ocorre, contudo, que ao perfazer a análise do conteúdo destes autos


eletrônicos, inferi que não houve a digitalização de instrumento normativo autorizador da implementação
da participação nos lucros e resultados, consoante bem observado na sentença.

4.4.Nego provimento.

MATÉRIA COMUM AOS APELOS

1.Honorários de sucumbência

1.1.Com razão a reclamada.

1.2.O MMº Juízo refutou parcialmente as pretensões expendidas na


exordial.

1.3.Em assim sendo, são devidos honorários de sucumbência em favor


dos advogados da reclamada na forma do art. 791-A da CLT (recíprocos), no percentual ora fixado de
5% (cinco por cento) dos pleitos julgados improcedentes, valores apurados na liquidação.

1.4.Em relação ao apelo autoral, entendo que o critério de fixação


veiculado na sentença está de acordo com o que preconiza o § 2º do art. 791-A da CLT..

1.5.A rigor do que disciplina o art. 85, § 11 do CPC, de aplicação


subsidiária (art. 769 da CLT), não vislumbro quaisquer motivações fático-jurídicas que justifiquem a
elevação dos honorários advocatícios sucumbenciais para patamar superior àquele delimitado pelo MMº
Juízo de origem.

1.6.Destarte, provejo o apelo patronal e, nego provimento ao do


reclamante.

É o voto.

Assinado eletronicamente por: NELSON BUENO DO PRADO - 18/10/2020 19:25:25 - eae8221


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=20091618023585800000246361680
Número do processo: 1001190-65.2019.5.02.0088 ID. eae8221 - Pág. 7
Número do documento: 20091618023585800000246361680

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 8663
Fls.:

Presidiu o julgamento o Exmo. Desembargador Orlando Apuene Bertão.

Tomaram parte no julgamento os Exmos. Desembargadores Nelson


Bueno do Prado (relator), Dâmia Avoli (revisora) e Orlando Apuene
Bertão.

Não houve sustentação oral.

CONCLUSÃO

Isto posto, ACORDAM os Magistrados da 16ª. Turma do Tribunal


Regional do Trabalho da 2ª. Região em: por unanimidade de votos, conhecer os apelos para: a) dar
provimento parcial ao recurso da reclamada fim de condenar de excluir da condenação o pagamento de
diferenças salariais (equiparação); indeferir ao reclamante a concessão dos benefícios da justiça gratuita,
e, condenar o autor ao pagamento dos honorários de sucumbência na forma do art. 791-A da CLT (recípr
ocos), no percentual ora fixado de 5% (cinco por cento) dos pleitos julgados improcedentes, valores
apurados na liquidação; b) negar provimento ao recurso do reclamante, nos termos da fundamentação.
Fica mantido o valor da condenação para efeito de custas.

NELSON BUENO DO PRADO


Relator

NBP-007

Assinado eletronicamente por: NELSON BUENO DO PRADO - 18/10/2020 19:25:25 - eae8221


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=20091618023585800000246361680
Número do processo: 1001190-65.2019.5.02.0088 ID. eae8221 - Pág. 8
Número do documento: 20091618023585800000246361680

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 1664
Fls.:

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO

PROCESSO nº 1000896-02.2019.5.02.0609 (ROT)


ORIGEM: 9ª VARA DO TRABALHO DE SAO PAULO - ZONA LESTE
RECORRENTES: VAGNER SOARES PEREIRA , VIA VAREJO S/A
RECORRIDOS: VAGNER SOARES PEREIRA , VIA VAREJO S/A
RELATOR: CELSO RICARDO PEEL FURTADO DE OLIVEIRA
Juiz(a) Prolator(a) da Sentença: MARA CRISTINA PEREIRA CASTILHO

RELATÓRIO

Inconformados com a respeitável sentença (ID. f9af9ed), cujo relatório


adoto, que julgou PARCIALMENTE PROCEDENTES os pleitos formulados, integrada pela r. decisão
de embargos declaratórios (ID. 4b1e139), dela recorre, ordinariamente, a reclamada, bem como,
adesivamente, o reclamante.

Insurge-se a ré quanto às horas extras e intervalares (artigos 66 e 71 da


CLT), diferenças de prêmios, honorários sucumbenciais e no tocante à equiparação salarial.

Preparo efetuado (depósito recursal e custas processuais).

Por sua vez, almeja o autor, adesivamente, a modificação do r. decisum a


quo em relação à apuração da isonomia salarial, PLR, honorários sucumbenciais e à multa aplicada à
testemunha ausente.

Preparo incabível na espécie.

Contrarrazões foram ofertadas pelos litigantes, conforme os autos.

Determinada em segunda instância a intimação da testemunha acerca da


penalidade que lhe foi imposta, quedando-se silente.

É o relatório.

FUNDAMENTAÇÃO

Assinado eletronicamente por: CELSO RICARDO PEEL FURTADO DE OLIVEIRA - 24/06/2021 22:06:55 - 4b536f6
https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=20082017111417200000233121225
Número do processo: 1000896-02.2019.5.02.0609 ID. 4b536f6 - Pág. 1
Número do documento: 20082017111417200000233121225

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 2665
Fls.:

VOTO

CONHEÇO dos recursos ordinário e adesivo interpostos pelas partes,


haja vista a observância dos requisitos de admissibilidade.

RECURSO ORDINÁRIO DA RECLAMADA

Horas extras e intervalares (arts. 66 e 71 da CLT).

Argumenta a recorrente que restou comprovado que o recorrido era a


autoridade máxima dentro da loja em que atuava como gerente. Insurge-se, ainda, quanto às horas extras
intervalares.

Prospera, em parte, a irresignação.

Para o enquadramento no art. 62, II, da CLT, faz-se mister o


preenchimento dos seguintes requisitos: poder de representação, poder de gestão, subordinação reduzida
e salário superior aos inferiores hierárquicos.

Entretanto, a ré não corroborou os referidos poderes, sequer tendo


produzido prova testemunhal, no particular.

Consequentemente, impunha-se-lhe o ônus de colacionar ao feito os


controles de frequência. Não o tendo feito, exsurge incensurável o acolhimento da jornada laboral
declinada à propedêutica, nos exatos termos da súmula 338, item I, do C. TST.

Observados os precisos contornos da via recursal, no que tange ao


intervalo intrajornada, impende limitar a 10/11/2017 o deferimento de uma hora extra por dia trabalhado,
mais reflexos, nos termos da súmula 437/TST e, a partir de 11/11/2017, tão somente a 30min por dia
labutado, acrescidos do adicional de sobrejornada, de forma indenizada, ante a nova dicção do parágrafo
4º do artigo 71 da CLT, conferida pela lei 13.467/2.017, vigente de 11/11/2017 em diante.

Assinado eletronicamente por: CELSO RICARDO PEEL FURTADO DE OLIVEIRA - 24/06/2021 22:06:55 - 4b536f6
https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=20082017111417200000233121225
Número do processo: 1000896-02.2019.5.02.0609 ID. 4b536f6 - Pág. 2
Número do documento: 20082017111417200000233121225

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 3666
Fls.:

Por sua vez, ante o horário de trabalho fixado na origem, revela-se


irreprochável o acolhimento de horas extras decorrentes da inobservância do intervalo mínimo insculpido
no artigo 66 consolidado, em conformidade com o teor da Orientação Jurisprudencial nº 355 da SDI-1 do
C. TST, mais respectivos reflexos.

Recurso parcialmente provido para limitar a condenação relativa à


inobservância do intervalo intrajornada nos seguintes termos: até 10/11/2017, o deferimento de uma hora
extra por dia trabalhado, mais reflexos, nos termos da súmula 437/TST e, a partir de 11/11/2017, tão
somente 30min por dia labutado, acrescidos do adicional de sobrejornada, de forma indenizada.

Reflexos dos prêmios.

Insurge-se a recorrente contra a r. sentença de primeiro grau no tocante à


condenação ao pagamento de reflexos do título em epígrafe e nas demais verbas contratuais e resilitórias.
Aduz que os pagamentos a título de prêmio dependiam do desempenho individual do empregado e este
não apontou diferenças. Sustenta que a rubrica não integra a remuneração (art. 457, § 2º, da CLT).

Improsperável o desiderato recursal.

Assentada a motivação judicial originária concernente à ausência de


indicação, pela ré, dos parâmetros da verba em apreço e diante da constatação da sua habitual quitação,
exsurge iniludível a sua natureza salarial.

Em corolário, inviável a limitação da condenação ao período contratual


anterior à alteração do artigo 457 da CLT, promovida pela lei 13.467/2.017, sob pena de malferimento ao
princípio da irredutibilidade salarial.

Frise-se que já restou determinada a dedução dos valores constantes nos


recibos acostados ao feito.

Equiparação salarial.

Assinado eletronicamente por: CELSO RICARDO PEEL FURTADO DE OLIVEIRA - 24/06/2021 22:06:55 - 4b536f6
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Número do processo: 1000896-02.2019.5.02.0609 ID. 4b536f6 - Pág. 3
Número do documento: 20082017111417200000233121225

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 4667
Fls.:

Não comprovou a reclamada a ventilada diferença de produtividade entre


reclamante e paradigmas (Tiago e Joelma), tampouco a ausência de prestação laboral na mesma
localidade (súmula 6, X, do C. TST: "O conceito de 'mesma localidade' de que trata o art. 461 da CLT
refere-se, em princípio, ao mesmo município, ou a municípios distintos que, comprovadamente,
pertençam à mesma região metropolitana"), ônus que lhe incumbia (súmula 6, VIII, do C. TST: "É do
empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou extintivo da equiparação salarial").

A expressão "mesmo estabelecimento empresarial" acrescida ao artigo


461 da CLT, pela lei 13.467/2.017 - que veio substituir a antiga dicção "mesma localidade" - não se
aplica à espécie, sob pena de malferimento do princípio da irredutibilidade salarial, porque o contrato de
trabalho iniciou-se antes da vigência do referido diploma legal.

Por conseguinte, injustificável a diferença existente nos salários-base.

Mantém-se, pois, a r. decisão vergastada.

Honorários sucumbenciais.

Mantida a sucumbência da recorrente, resta destacar que o percentual de


5% fixado na origem revela-se em harmonia aos parâmetros insculpidos no parágrafo 2º do art. 791-A da
CLT.

Improvê-se.

RECURSO ADESIVO DO RECLAMANTE

Apuração da isonomia salarial.

Assinado eletronicamente por: CELSO RICARDO PEEL FURTADO DE OLIVEIRA - 24/06/2021 22:06:55 - 4b536f6
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Número do processo: 1000896-02.2019.5.02.0609 ID. 4b536f6 - Pág. 4
Número do documento: 20082017111417200000233121225

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 5668
Fls.:

Segundo o arrazoado recursal, em suma, que a recorrida não comprovou o


maior faturamento das filiais em que laboravam os paradigmas, em relação àquela em que o recorrente se
ativava. Por outro lado, sendo os serviços idênticos, não haveria cogitar-se de premiação maior por parte
dos modelos.

Não logra êxito em seu intento.

Inexiste qualquer resquício probatório da natureza salarial da parcela


quitada aos paradigmas a título de prêmio.

Destarte, a parametrização da isonomia deve pautar-se unicamente pelo


salário-base auferido, não abrangendo a remuneração variável.

Nego provimento.

PLR.

O recorrente deixou de colacionar a norma coletiva prevendo o


pagamento da parcela em epígrafe em relação ao ano de 2.018, em prejuízo do acolhimento da pretensão.

Não se vislumbra confissão patronal quanto ao pagamento anual da


parcela em desarmonia ao disposto na lei 10.101/2.000, de modo a referendar a tese atinente à
incorporação do direito à parcela ao contrato de trabalho.

Recurso que não se provê.

Honorários sucumbenciais.

A sucumbência recíproca decorrente do parcial acolhimento dos pleitos


formulados afasta a incidência do parágrafo 4º do artigo 791-A da CLT.

A base de cálculo dos honorários advocatícios sucumbenciais a cargo do


reclamante foi de "5% do valor atribuído aos pedidos rejeitados", em consonância à tese recursal.

Assinado eletronicamente por: CELSO RICARDO PEEL FURTADO DE OLIVEIRA - 24/06/2021 22:06:55 - 4b536f6
https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=20082017111417200000233121225
Número do processo: 1000896-02.2019.5.02.0609 ID. 4b536f6 - Pág. 5
Número do documento: 20082017111417200000233121225

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 6669
Fls.:

Quanto ao percentual fixado em primeira instância, reportamo-nos ao


decidido por ocasião da análise do apelo patronal, rechaçando-se a argumentação expendida.

Improvê-se.

Multa aplicada à testemunha ausente.

A parte não detém legitimidade para pugnar pelo afastamento da multa à


qual foi condenada a testemunha que deixou de comparecer à audiência.

Não se conhece do apelo, no particular.

Acórdão

Do exposto,

ACORDAM os Magistrados da 7ª Turma do Tribunal Regional do


Trabalho da Segunda Região em CONHECER dos recursos ordinário e adesivo interpostos,
respectivamente, pela reclamada e pelo reclamante, exceto em relação à multa aplicada à testemunha, por
ausência de legitimidade recursal; no mérito, NEGAR PROVIMENTO ao do reclamante e DAR
PROVIMENTO ao da reclamada para limitar o r. comando sentencial em relação à inobservância do
intervalo intrajornada nos seguintes termos: até 10/11/2017, uma hora extra por dia trabalhado, mais
reflexos e, a partir de 11/11/2017, tão somente 30min por dia labutado, acrescidos do adicional de

Assinado eletronicamente por: CELSO RICARDO PEEL FURTADO DE OLIVEIRA - 24/06/2021 22:06:55 - 4b536f6
https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=20082017111417200000233121225
Número do processo: 1000896-02.2019.5.02.0609 ID. 4b536f6 - Pág. 6
Número do documento: 20082017111417200000233121225

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 7670
Fls.:

sobrejornada, de forma indenizada, em conformidade com a motivação constante do voto do Relator,


restando mantida, no mais, a r. decisão de origem, por seus próprios e jurídicos fundamentos, inclusive
valores arbitrados à condenação e custas processuais.

POR UNANIMIDADE DE VOTOS.

O Desembargador José Carlos Fogaça acompanha o Relator, in casu.

Presidiu o julgamento a Excelentíssima Desembargadora Dóris Ribeiro Torres Prina.

Tomaram parte do julgamento os Excelentíssimos Magistrados Federais do Trabalho:

Celso Ricardo Peel Furtado de Oliveira (RELATOR)


José Carlos Fogaça (REVISOR)
Gabriel Lopes Coutinho Filho

CELSO RICARDO PEEL FURTADO DE OLIVEIRA


Desembargador Relator

mcpd

VOTOS

Assinado eletronicamente por: CELSO RICARDO PEEL FURTADO DE OLIVEIRA - 24/06/2021 22:06:55 - 4b536f6
https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=20082017111417200000233121225
Número do processo: 1000896-02.2019.5.02.0609 ID. 4b536f6 - Pág. 7
Número do documento: 20082017111417200000233121225

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 1671
Fls.:

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO

PROCESSO nº 1000854-02.2019.5.02.0431 (ROT)


RECORRENTE: VANESSA VASQUEZ DE VASCONCELOS , VIA VAREJO S/A
RECORRIDO: VANESSA VASQUEZ DE VASCONCELOS , VIA VAREJO S/A
RELATOR: LIANE MARTINS CASARIN
JUIZ(A) PROLATOR(A) DA SENTENÇA:

INTERVALO DO ART. 384 DA CLT.Trata-se de jurisprudência


pacífica no C. TST que a proteção especial à mulher prevista no
artigo 384 da CLT foi recepcionada pela Constituição Federal de
1988. Assim, diante da constatação de prorrogação da jornada,
inclusive com condenação em horas extras, cabível o intervalo à
trabalhadora (período anterior à Reforma Trabalhista). Contudo,
após a edição da Lei 13.467/17 com a revogação do intervalo, não
é mais devido a concessão após 11.11.2017. Recurso ordinário da
reclamada que se nega provimento quanto ao tema.

Inconformados com a r. sentença, doc. ID nº 7554fc6, cujo


relatório adoto, complementada pela decisão proferida em sede de embargos de declaração
(doc. ID nº 587d76b), que julgou procedente em parte a ação, recorrem ordinariamente a
reclamada (doc. ID nº cdec04c) e a reclamante (doc. ID nº dfcea56).

Contrarrazões pela autora, doc. ID nº ae4276e e pela ré, doc. ID nº


73e33a3.

Assinado eletronicamente por: LIANE MARTINS CASARIN - 20/10/2020 14:55:35 - a0b65bb


https://pje.trt2.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=20032019525807900000063067727
Número do processo: 1000854-02.2019.5.02.0431 ID. a0b65bb - Pág. 1
Número do documento: 20032019525807900000063067727

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 2672
Fls.:

É o relatório.

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço dos


recursos.

Por uma questão de lógica jurídica, as matérias em comum


levantadas pelas partes serão analisadas em conjunto.

DO RECURSO DA RECLAMADA

DA INTEGRAÇÃO DE PRÊMIOS SOBRE DSR E REFLEXOS.

AUSÊNCIA DE APONTAMENTO DE DIFERENÇAS

Insurge-se a reclamada contra a r. sentença que a condenou ao


pagamento de integração dos prêmios nos DSR’s durante todo o contrato de trabalho da
autora. Afirma que, ainda que se considerasse a existência de habitualidade no pagamento de
tais verbas, seu enquadramento como salarial é expressamente vedado pelo art. 457, § 2º, da
CLT, não havendo, portanto, que se falar na sua integração.

Razão, contudo, não lhe assiste.

Os contracheques constantes dos autos revelam que os prêmios


eram pagos de forma habitual à reclamante, sob as mais variadas rubricas (prêmio antecipado,
prêmio loja, prêmio recarga celular, prêmio de gerência, etc). Ademais, como bem observou a
D. Juíza sentenciante, para o “prêmio recarga celular”, por exemplo, que foi quitado com
menor habitualidade, a reclamada pagou os descansos semanais remunerados, como ocorreu
nos meses de abril a setembro de 2017 e dezembro de 2018 (fls. 1592 e 16/08/1613).

Assinado eletronicamente por: LIANE MARTINS CASARIN - 20/10/2020 14:55:35 - a0b65bb


https://pje.trt2.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=20032019525807900000063067727
Número do processo: 1000854-02.2019.5.02.0431 ID. a0b65bb - Pág. 2
Número do documento: 20032019525807900000063067727

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 3673
Fls.:

Outrossim, nota-se que a reclamada quitou férias, gratificação


natalina, aviso prévio e FGTS com base na remuneração total da reclamante, conforme
recibos de fls. 1476 e 1603/1605, por amostragem. O que demonstra a natureza salarial dos
prêmios pagos à autora.

Por outro lado, não procede o pedido sucessivo da recorrente, no


sentido de ver excluídos os reflexos do prêmio a partir da vigência da nova redação do § 2º, do
artigo 457 da CLT (11/11/2017), que prevê a não integração dos prêmios na remuneração,
ainda que pagos de forma habitual. A situação dos autos é diversa daquela prevista no referido
artigo, uma vez que a natureza salarial dos prêmios pagos à reclamante decorre de condição
contratual que perdurou até o final do vínculo (22/02/2019) e não devido a eventual
desempenho superior ao esperado.

Diante de tal cenário, e porque pagos em razão da produção, os


prêmios constantes dos contracheques devem integrar o cálculo dos descansos semanais
remunerados, conforme determinado em sentença.

Mantenho.

DAS HORAS EXTRAS. PERÍODO COMO VENDEDORA (matéria


comum aos recursos)

Insurge-se a reclamada contra a r. sentença que considerou a


invalidade do banco de horas e a condenou ao pagamento de diferenças de horas extras no
período em que a reclamante exerceu as funções de vendedora (02/07/2014 a 31/11/2016).

A reclamante, por sua vez, pretende a reforma da r. sentença que,


não obstante o deferimento de horas extras, houve por bem considerar a veracidade dos
registros de horários anexados pela empregadora.

O inconformismo das partes, contudo, não prospera.

Com efeito, da análise dos elementos acostados aos autos,


notadamente da prova oral produzida, verifica-se que a reclamante não logrou comprovar os
horários de trabalho informados na inicial no período de 02/07/2014 a 31/11/2016, na medida
em que seu próprio depoimento se apresentou contraditório.

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Número do processo: 1000854-02.2019.5.02.0431 ID. a0b65bb - Pág. 3
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Fls.: 4674
Fls.:

Como bem observou o MM. Juízo de origem, a reclamante afirma,


em depoimento pessoal, que a loja de São Caetano, onde trabalhou como vendedora,
funcionava das 8h30min às 20h30min, mas que batia o ponto 40min/60min após a sua
chegada, bem como que continuava a trabalhar após a marcação do ponto. Contudo nos
cartões de ponto há anotações às 8h10min (29/11/2014), 8h08min (24/12/2014), 8h07min (23
/06/2015), 7h30min (21/11/2015), 21h20min (05/07/2014), 21h48min (07/08/2014), dentre
outros.

Ademais, a reclamante confirma em depoimento pessoal que na


loja havia trabalho em dois turnos (8h às 18h/18h30min e 11h às 20h/20h30min), cujos
horários coincidem com os horários registrados no ponto, conforme se aponta, por
amostragem, nos dias 10/07/2015 (11h56 às 21h01min), 16/07/2015 (10h38min às 19h37min)
e 23/12/2015 (8h38min às 19h42min).

Assim, diante de tais fatos, não há como deixar de considerar a


veracidade dos cartões de ponto anexados pela reclamada. Frise-se, por oportuno, que o art.
74 da CLT não exige a assinatura para a validade dos cartões de ponto, assim, a ausência de
assinatura nos cartões de ponto, por si só, não se afigura suficiente para invalidá-los, sendo
relevante o fato de serem ou não corretamente anotados.

Melhor sorte não assiste à reclamada.

Com efeito, da análise dos registros de horário, verifica-se que os


requisitos dispostos nas convenções coletivas de trabalho acostadas aos autos (p. ex. CCT
2018/2019 - doc. ID nº 1efa046 - Pág. 7) não foram devidamente observados pela reclamada,
impossibilitando a correta verificação da compensação de jornada e o respectivo saldo.

Observe-se que a reclamada descumpriu o quanto disposto no


item “g” da citada CCT, que assim dispõe: para o controle das horas extras e respectivas
compensações, ficam os empregadores obrigados a fornecer aos empregados, até o 5º
(quinto) dia do mês subsequente ao trabalhado, comprovantes individualizados onde conste o
montante das horas extras laboradas no mês; o saldo eventualmente existente para
compensação e o prazo limite para tal.

Frise-se que os extratos de banco de horas acostados pela


empregadora não possuem o condão de suprir tais requisitos, já que, além de não virem em
sua totalidade (como exemplo podemos citar a ausência dos meses de janeiro a novembro de
2016), ainda não constam o montante das horas laboradas no mês, bem como o prazo limite

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Fls.: 5675
Fls.:

para a compensação. Também não há como saber se tais extratos eram, efetivamente,
disponibilizados à empregada até o 5º (quinto) dia do mês subsequente ao trabalhado.

Destarte, afigura-se correta a r. decisão de origem que condenou a


reclamada ao pagamento de horas extras, assim consideradas aquelas excedentes às
7h20min diárias e 44 semanais, tendo por base os horários e dias consignados nos cartões de
ponto, exceto em relação aos meses em que não há anotação no ponto, tampouco justificativa
de ausência, cujo horário o MM. Juízo de origem arbitrou, pela média, como sendo das 8h00
às 18h51.

Mantenho.

DA APLICABILIDADE DA SÚMULA 340 DO TST

Insurge-se a reclamada contra a r. sentença que determinou a


observância dos parâmetros normativos para o cálculo das horas extras, afastando a aplicação
da Súmula 340 do C. TST.

Sem razão.

As convenções coletivas da categoria da autora trazem regras


específicas para o cálculo das horas extras dos comissionistas, devendo, portanto, prevalecer
o pactuado, tendo em vista o disposto no artigo 7º, XXVI da Constituição Federal.

Sendo assim, não há que se falar em aplicação da Súmula 340 do


C. TST.

Mantenho.

DO INTERVALO PREVISTO NO ARTIGO 384 DA CLT

Alega a reclamada ser indevido o pagamento do intervalo previsto


no artigo 384 da CLT, já que não se desincumbiu a autora do seu ônus de provar o labor em
sobrejornada.

Sem razão.

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Fls.: 6676
Fls.:

Trata-se de jurisprudência pacífica no C. TST, cujo Tribunal Pleno,


em sessão realizada em 17.11.2008, no julgamento do processo nº TST-IIN-RR-1.540
/20050461200.5, decidiu que a proteção especial à mulher prevista no artigo 384 da CLT foi
recepcionada pela Constituição Federal de 1988. Nesse sentido, o seguinte aresto:

"PROTEÇÃO AO TRABALHO DA MULHER. INTERVALO PARA DESCANSO.


ARTIGO 384 DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO. Nos termos da
jurisprudência dominante desta Corte uniformizadora, corroborada pelo
Supremo Tribunal Federal no julgamento do RE nº 658.312, o artigo 384 da
Consolidação das Leis do Trabalho foi recepcionado pela Constituição da
República. O descumprimento do intervalo previsto no referido artigo não
importa em mera penalidade administrativa, mas, sim, em pagamento do tempo
correspondente, nos moldes do artigo 71, § 4º, da CLT, tendo em vista tratar-se
de medida de higiene, saúde e segurança da trabalhadora. Precedentes. Incide,
no caso, o teor da Súmula nº 333 do TST. Agravo de instrumento a que se nega
provimento" (Processo: AIRR -1695-87.2011.5.02.0271 Data de Julgamento: 06
/05/2015, Relator Ministro: Cláudio Mascarenhas Brandão, 7ª Turma, Data de
Publicação: DEJT 08/05/2015).

O entendimento foi ratificado pelo Excelso STF, conforme aresto a


seguir transcrito, no Recurso Extraordinário nº 658.312 SC:

"Recurso extraordinário. Repercussão geral reconhecida. Direito do Trabalho e


Constitucional. Recepção do art. 384 da Consolidação das Leis do Trabalho
pela Constituição Federal de 1988. Constitucionalidade do intervalo de 15
minutos para mulheres trabalhadoras antes da jornada extraordinária. Ausência
de ofensa ao princípio da isonomia. Mantida a decisão do Tribunal Superior do
Trabalho. Recurso não provido. 1. O assunto corresponde ao Tema nº 528 da
Gestão por Temas da Repercussão Geral do portal do Supremo Tribunal
Federal na internet. 2. O princípio da igualdade não é absoluto, sendo mister a
verificação da correlação lógica entre a situação de discriminação apresentada
e a razão do tratamento desigual. 3. A Constituição Federal de 1988 utilizou-se
de alguns critérios para um tratamento diferenciado entre homens e mulheres: i)
em primeiro lugar, levou em consideração a histórica exclusão da mulher do
mercado regular de trabalho e impôs ao Estado a obrigação de implantar
políticas públicas, administrativas e/ou legislativas de natureza protetora no
âmbito do direito do trabalho; ii) considerou existir um componente orgânico a
justificar o tratamento diferenciado, em virtude da menor resistência física da
mulher; e iii) observou um componente social, pelo fato de ser comum o
acúmulo pela mulher de atividades no lar e no ambiente de trabalho - o que é
uma realidade e, portanto, deve ser levado em consideração na interpretação
da norma. 4. Esses parâmetros constitucionais são legitimadores de um
tratamento diferenciado desde que esse sirva, como na hipótese, para ampliar
os direitos fundamentais sociais e que se observe a proporcionalidade na
compensação das diferenças. 5. Recurso extraordinário não provido, com a
fixação das teses jurídicas de que o art. 384 da CLT foi recepcionado pela
Constituição Federal de 1988 e de que a norma se aplica a todas as mulheres
trabalhadoras." (RECURSO EXTRAORDINÁRIO 658.312 SANTA CATARINA;
RELATOR: MIN. DIAS TOFFOLI - DATA DE PUBLICAÇÃO DJE 10/02/2015 -
ATA Nº 7/2015. DJE nº 27, divulgado em 09/02/2015).

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Fls.: 7677
Fls.:

Esse entendimento restou cristalizado, inclusive, por este E.


Regional, com a publicação de sua Súmula nº 28.

No caso presente, restou decidido que a reclamante laborava em


sobrejornada, sendo certo que o intervalo do art. 384 da CLT não era concedido, tampouco
remunerado como extraordinário.

Desta forma, diante da constatação de prorrogação da jornada,


impõe-se remunerar o intervalo previsto no artigo 384 da CLT, não concedido pelo
empregador, a exemplo da disposição contida no artigo 71, § 4º, da CLT.

Contudo, diante da edição da Lei 13.467/17 com a revogação do


intervalo em questão, não é mais devido a concessão após 11.11.2017.

Assim, afigura-se acertada a decisão de origem que deferiu o


pagamento até 10/11/2017.

Mantenho.

DA DOBRA POR LABOR AOS DOMINGOS E FERIADOS

Afirma a reclamada merecer reforma a r. sentença, no que se


refere à condenação da recorrente ao pagamento da dobra em razão dos domingos e feriados
laborados. Afirma que era ônus da recorrida provar em quais domingos e feriados teria
laborado, encargo do qual não se desincumbiu.

Razão, contudo, não lhe assiste.

As convenções coletivas trazidas com a inicial dispõem a respeito


do labor aos domingos estabelecendo várias regras. À guisa de exemplo, cito a convenção
coletiva de 2018/2018, em sua cláusula 40ª, cujo teor segue transcrito (doc. ID nº 1efa046 -
Pág. 12):

"40 - TRABALHO AOS DOMINGOS - Na forma do Decreto 99.467, de 20/08


/90, c/c a Lei 605/49, artigo 6º da Lei 10.101, de 19/12/2000 e legislação

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Fls.: 8678
Fls.:

municipal aplicável, o trabalho aos domingos, para as empresas filiadas ao


Sindilojas-SP - Sindicato dos Lojistas do Comércio de São Paulo, rege-se pelas
seguintes disposições:

a) trabalho em domingos alternados (1x1), ou seja, a cada domingo trabalhado


segue-se outro domingo, necessariamente, de descanso;

b) adoção do sistema 2x1 (dois por um), ou seja, a cada dois domingos
trabalhados, segue-se outro domingo, necessariamente, de descanso, fazendo
jus o comerciário que cumprir tal jornada a mais 3 (três) dias de folga,
anualmente;

c) tanto no sistema 1x1 quanto no sistema 2x1, deve ser respeitado o descanso
semanal remunerado;

d) ressarcimento de despesas com transporte, de ida e volta, sem nenhum ônus


ou desconto para o empregado;

e) jornada contratual, remunerada como dia normal de trabalho;

f) as empresas que tem cozinha e refeitórios próprios, e fornecem refeições, nos


termos do PAT, fornecerão alimentação nesses dias ou, fora dessas situações,
fornecerão documento refeição ou indenização em dinheiro, no valor de R$
16,00 (dezesseis reais), para jornada de até 6 (seis) horas e acima disso
conforme segue:

(..);"

Como visto, a norma coletiva não elasteceu o número de dias


trabalhados a fim de fazer valer o direito ao descanso semanal remunerado, até porque não
poderia contrariar as disposições do artigo 7º, inciso XV, da Constituição da República, que
garante o repouso semanal remunerado dentro do intervalo de sete dias.

No presente caso, como bem registrou o MM Juízo de origem, a


reclamada não observava o intervalo obrigatório de sete dias para a concessão da folga
semanal. Como exemplo, são citadas as semanas de 22 de setembro a 02 de outubro de 2014
e 05 a 15 de janeiro de 2015, ocasiões em que a autora laborou, respectivamente, 11 e 10 dias
corridos sem folga semanal.

Destarte, não há que se falar em reforma.

DO INTERVALO INTERJORNADA

Afirma a reclamada que não há que se falar em pagamento de


horas extras em razão de intervalo interjornada, já que, além de tal intervalo acarretar bis in

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Fls.: 9679
Fls.:

idem, uma vez que a recorrida já receberá pelo labor além da 8ª diária e 44ª semanal; ainda a
autora não laborava em horário extraordinário a ponto de comprometer o intervalo de 11 horas
entre uma jornada e outra.

Razão não lhe assiste.

Analisados os cartões de ponto, verifica-se que nem sempre era


observado o intervalo legal de 11 horas entre uma jornada e outra. Cito o exemplo dado pela r.
sentença, onde, no dia 27/11/2015, a reclamante laborou até as 22h35 de um dia, iniciando
sua jornada no dia seguinte às 07h27 (doc. ID nº fbab47f - Pág. 23).

Ademais, nos períodos em que não foram acostados cartões de


ponto, restou acolhido pela r. sentença que durante a black Friday a reclamante ativou-se das
06h00 às 22h00, não sendo respeitado, portanto, o intervalo legal interjornada.

Mantenho.

DAS HORAS EXTRAS. DO CARGO DE CONFIANÇA. ARTIGO


62, II, DA CLT

A recorrente alega que a reclamante exercia cargo de confiança,


conforme exceção prevista no art. 62, II da CLT, sendo indevidas horas extras a partir de 01/12
/2016.

O inconformismo, contudo, não prospera.

Primeiramente, o art. 62, II da CLT traduz-se em exceção às


normas sobre a duração do trabalho e prevê que "gerentes, assim considerados os exercentes
de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para o efeito do disposto neste artigo, os
diretores e chefes de departamento ou filial". Trata-se assim de empregados que exercem
suas atividades com um vínculo de fidúcia especial do empregador, possuindo um maior grau
de responsabilidade frente aos demais empregados e poderes para representar o empregador.

In casu, a própria testemunha ouvida pela empregadora afirmou


que as admissões e demissões dependiam de aprovação do gerente regional, superior
hierárquico dos gerentes de loja, o que já demonstra a ausência de autonomia da reclamante
no exercício de suas funções.

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Fls.:
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680

Além disso, dispõe o parágrafo único do artigo mencionado acerca


de previsão específica a respeito de gratificação de função não inferior a 40%. E embora não
seja obrigatório o recebimento da gratificação, é fato que para se enquadrar na exceção deve
o empregado perceber salário consideravelmente superior aos demais empregados.

No presente caso, como bem apontou a decisão recorrida, as


remunerações brutas da reclamante, pertinentes ao lapso de janeiro a setembro de 2016
(período em que laborou como vendedora), indica a média de R$4.245,75, ao passo que a
média de idêntico período no ano de 2017 (período em que atuou como gerente), indica a
média de R$5.418,11, que totaliza aumento aproximado de 27,5%, portanto inferior aos 40%
(quarenta por cento), indicado em lei.

Assim, considerando que a prova documental evidencia que não


houve o implemento do referido requisito legal, não há como enquadrar a autora na exceção
prevista no art. 62, II, da CLT.

Mantenho.

HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA (matéria comum aos


recursos)

Insurge-se as partes quanto à sua condenação ao pagamento de


honorários advocatícios sucumbenciais no importe de 10% sobre as verbas objeto de
condenação (reclamada) e sobre os pedidos indeferidos (reclamante). Pretendem a isenção da
parte que lhes cabe, bem como a majoração do percentual à parte adversa.

Razão parcial lhes assiste.

Na presente hipótese, considerando a sucumbência recíproca, são


mesmo devidos os honorários por ambas as partes, na forma do art. 791-A caput, da CLT.

Os honorários advocatícios sucumbenciais são inovação trazida


pela Lei 13.467/17, por meio da inclusão do artigo 791-A na CLT, in verbis:

Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão


devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5%
(cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor

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que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou,


não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.

§1º Os honorários são devidos também nas ações contra a Fazenda


Pública e nas ações em que a parte estiver assistida ou substituída pelo
sindicato de sua categoria.

§2º Ao fixar os honorários, o juízo observará:

I - o grau de zelo do profissional;

II - o lugar de prestação do serviço;

III - a natureza e a importância da causa;

IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu


serviço.

§3º Na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará honorários de


sucumbência recíproca, vedada a compensação entre os honorários.

§4º Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha


obtido em juízo, ainda que em outro processo, créditos capazes de
suportar a despesa, as obrigações decorrentes de sua sucumbência
ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser
executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da
decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a
situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de
gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do
beneficiário.

§5º São devidos honorários de sucumbência na reconvenção.

Tratando-se de norma processual, é cediço que sua aplicação é


imediata, desde que observadas regras de direito intertemporal, especialmente em relação ao
princípio do não prejuízo aos litigantes por conta da nova lei processual. As normas que visam
beneficiar as partes são de aplicação imediata, ao contrário de normas que restringem
garantias ou criam novos ônus processuais, como é o caso dos honorários sucumbenciais sob
análise.

Portanto, uma vez que o presente feito foi ajuizado após a vigência
da Lei 13.467/17, correta a sentença ao condenar ambas as partes em honorários advocatícios

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Fls.:
Fls.:12
682

sucumbenciais, observando-se que a suspensão da exigibilidade da verba ao beneficiário da


justiça gratuita somente será devida caso este "não tenha obtido em juízo, ainda que em outro
processo, créditos capazes de suportar a despesa", na forma do §4º do art. 791-A da CLT.

No entanto, reduzo os honorários para 5% sobre as verbas objeto


de condenação – valor que resultar da liquidação da sentença (reclamada) e sobre os pedidos
julgados totalmente improcedentes, conforme valores da inicial (reclamante), em observância
ao art. 791-A da CLT.

DO RECURSO DA RECLAMANTE

DAS DIFERENÇAS DE COMISSÕES

- Das Vendas Não Faturadas, Canceladas ou Objeto de Troca

Insurge-se a recorrente contra a r. sentença que indeferiu as


diferenças de comissão decorrentes das vendas não faturadas, canceladas ou objeto de troca,
sob o fundamento de que os estornos por cancelamento são lícitos, bem como que a
recorrente se beneficiava de trocas dos colegas.

Razão lhe assiste.

O preposto da recorrente admitiu a realização de desconto em


razão de venda não concretizada ou substituída. Vejamos (doc. ID nº 6dd5750):

Depoimento pessoal do(a) preposto da reclamada: (...); que quando há


cancelamento de vendas é feito estorno e fica registrado no relatório de vendas
do vendedor; que em regra o vendedor que fez a venda faz a troca da
mercadoria, no entanto, caso haja impossibilidade do vendedor realizar a troca,
o que fez a troca recebe a comissão; (...).

Em que pese o entendimento do MM. Juízo a quo, de acordo com


o art. 466 da CLT, consideram-se efetuadas as vendas quando concluída a transação, ou seja,

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quando realizado o acordo entre o comprador e o vendedor. Assim, uma vez efetivada a
venda, não há falar em não pagamento da comissão correspondente em virtude de
cancelamento ou troca pelo cliente, visto que o risco da atividade empresarial é do empregador.

Nesse sentido, a jurisprudência do C. TST, in verbis:

PRÊMIOS. VENDA FRUSTRADA. O Tribunal Regional condenou a reclamada


a pagar diferenças de prêmios, mesmo com o cancelamento das vendas, pois é
vedada transferência do ônus do empreendimento ao empregado. A
jurisprudência deste Tribunal Superior do Trabalho tem adotado o entendimento
de que a comissão é devida depois de ultimada a transação pelo empregado,
sendo que a transação é ultimada quando ocorre o acordo entre o comprador e
o vendedor, e não no momento do cumprimento das obrigações decorrentes
desse contrato. Assim, as comissões são devidas ao empregado, mesmo que o
negócio não venha a se concretizar por culpa do empregador ou por
cancelamento voluntário do contratante. Precedentes. Óbice da Súmula 333 do
TST e do art. 896, § 7°, da CLT. Recurso de revista não conhecido.(Processo
: ARR - 447-47.2013.5.04.0017; Orgão Judicante: 2ª Turma; Relatora:
MARIA HELENA MALLMANN; Julgamento: 23/10/2019; Publicação: 25
/10/2019)

Desta forma, concluo que a troca de mercadoria e o cancelamento


de vendas não conferem ao empregador o direito de proceder ao estorno das comissões
auferidas pelo empregado que efetuou a venda, o que somente pode ocorrer em caso de
insolvência do comprador.

Destarte, dou provimento ao recurso, no particular, para acrescer à


condenação o reembolso de comissões estornadas, conforme os relatórios juntados pela ré,
com reflexos em horas extras, dsr's, 13º salários, férias acrescidas de 1/3, aviso prévio, FGTS
e multa de 40%.

- Vendas Parceladas – Cálculo das Comissões sobre Preço à Vista

Insurge-se a reclamante contra a r. sentença, aduzindo que faz jus


a diferenças de comissões, porque ao efetuar vendas a prazo recebia a comissão calculada
apenas sobre o valor da venda à vista. Alega fazer jus à comissão com base no valor do
produto acrescido dos juros e demais encargos advindos do financiamento.

Razão, contudo, não lhe assiste.

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Inicialmente, cumpre registrar que não há prova de que as partes


pactuaram o pagamento de comissões sobre o valor bruto das vendas. Ademais, inexiste
ilicitude no cálculo das comissões sobre o valor líquido, sem a inclusão de juros bancários e
demais acréscimos decorrentes do financiamento.

Nesse sentido, segue a jurisprudência do C. TST, a saber:

RECURSO DE REVISTA.APELO INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI N.º


13.015/2014. COMISSÕES. BASE DE APURAÇÃO. VENDAS A PRAZO.
DIFERENÇAS INDEVIDAS. Cinge-se a controvérsia a saber se os juros e
demais encargos financeiros acrescidos às vendas parceladas devem compor a
base de cálculo das comissões. No caso de empregado vendedor, as
comissões devidas devem ser apuradas sobre a chamada "venda auferida", e
não sobre os valores majorados pelos acréscimos decorrentes do
financiamento. Isso porque a venda feita pelo empregado ao cliente deve ser
separada da operação de crédito que envolve o último e o empregador, relação
esta de cunho diverso do ajuste empregatício. Nestes casos, o empregado não
tem nenhuma participação na operação de financiamento: a ele não cabe a
conferência de documentos e garantias comerciais do cliente, tampouco lhe
poderão ser imputadas quaisquer responsabilidades pela não quitação dos
valores devidos, tampouco por eventuais estornos de comissões sobre vendas
cujo pagamento foi inadimplido. O ônus da atividade econômica permanece,
assim, a quem de direito, e deve ser assumido inteiramente pelo empregador. R
ecurso de Revista conhecido e não provido. Processo:RR - 1517-
20.2014.5.03.0138 Orgão Judicante: 4ª Turma Relatora: MARIA DE ASSIS
CALSING Julgamento: 15/02/2017 Publicação: 17/02/2017

Mantenho.

- Da Venda de Serviços – Comissões Adimplidas em Valores


Inferiores ao Pactuado

Insurge-se a autora contra a r. sentença, aduzindo que cabia à


empregadora apresentar os documentos com os percentuais pactuados, os valores dos
serviços e a forma de cálculo dos valores adimplidos mensalmente a título de comissões pela
venda de seguros.

Sem razão a recorrente.

Ao contrário do que alega a autora nas razões recursais, afere-se


que a reclamada acostou aos autos extrato de venda de seguros e serviços (doc. ID nº
056b4cb).

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Assim, cabia à reclamante demonstrar que são devidas as


diferenças de comissões pela venda de seguros, ônus do qual não se desincumbiu
satisfatoriamente, a teor do art. 818 da CLT e art. 373, I, do CPC/15.

Nada a reformar.

- Do Adimplemento Irregular do Prêmio Estímulo

Insurge-se a autora contra a r. sentença, aduzindo que faz jus a


diferenças a título de “prêmio estímulo”, decorrentes do deferimento das diferenças de
comissões pelas vendas a prazo e das diferenças de comissões pelas vendas não faturadas.

O inconformismo merece acolhimento parcial.

O preposto da reclamada confirmou que o prêmio estímulo é uma


gratificação paga pelo atingimento de metas. Entretanto, a reclamada não trouxe aos autos
qualquer documento comprobatório das metas estipuladas, de modo a atestar os meses em
que a autora teria direito, de fato, ao recebimento do prêmio estímulo pelo atingimento de
metas.

Ainda que assim não fosse, deferidas as diferenças de comissões


pelas vendas não faturadas (cancelamentos/trocas), resta evidente que a conduta culposa da
ré, que não observou o cálculo correto das comissões da autora, causou-lhe prejuízo com
relação ao recebimento da verba denominada "prêmio estímulo", vez que o seu recebimento
estava condicionado ao atingimento das metas fixadas pela reclamada.

Por outro lado, cumpre registrar que a reclamante afirma, em


exordial, que tal prêmio era pago no importe de 0,1%, 0,2%, 0,3% ou 0,4% sobre o total das
vendas de produtos no mês, dependendo da meta alcançada. Afirmou, também, que, caso a
reclamada lançasse de forma correta os valores de todas as vendas efetuadas mensalmente
pela autora (vendas a prazo e vendas não faturadas), faria jus ao prêmio estímulo no importe
máximo de 0,4% sobre a totalidade das vendas mensais.

Entretanto, restou deferido, in casu, apenas a devolução relativa


aos estornos efetivados pela empregadora em decorrência de vendas canceladas ou objeto de
troca, de forma que se afigura excessiva a alíquota de 0,4% postulada pela recorrente.

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Dessa forma, condeno a ré ao pagamento das diferenças de


"prêmio estímulo", no importe de 0,2% sobre o total das vendas de produtos no mês, conforme
extratos anexados aos autos, com reflexos nos DSRs, aviso prévio, 13º salário, férias+1/3,
FGTS+40%.

Defere-se a compensação de valores pagos sob o mesmo título e


comprovados nos autos.

DOMINGOS E FERIADOS

DO INTERVALO INTERJORNADA – PAGAMENTO DO PERÍODO


INTEGRAL DE 11 HORAS INDEPENDENTEMENTE DO TEMPO SUPRIMIDO

Afirma a autora que, em sendo reformado o r. julgado para


invalidar os espelhos de ponto, devem ser deferidos os feriados e domingos laborados, na
forma dobrada, bem como horas extras decorrentes da não observância do intervalo legal de
11 horas entre uma jornada e outra de trabalho, tudo de acordo com a jornada fixada.

Mantida a r. sentença quanto à veracidade dos registros de ponto


acostados pela empregadora, não há que se falar em reforma quanto ao tema.

Frise-se que a decisão de origem determinou o pagamento


dobrado dos domingos e feriados laborados, bem como de horas extras relativas ao período
interjornada, quando não devidamente observado, considerando os cartões de ponto
acostados aos autos, assim como nos períodos em que ausentes tais apontamentos. E assim
deve ser mantida.

Nada a reformar.

DO INTERVALO INTRAJORNADA

Pretende a autora a reforma da r. sentença que indeferiu o pedido


de horas extras decorrentes da fruição irregular do intervalo intrajornada.

Razão, contudo, não lhe assiste.

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Com efeito, competia à reclamante provar o fato constitutivo do


direito pleiteado, ou seja, de que não cumpria o horário legal destinado a descanso e refeição.
E desse ônus não se desvencilhou satisfatoriamente, na medida em que nenhuma prova
trouxe aos autos a fim de confirmar suas alegações.

Frise-se que não há como considerar o depoimento de sua única


testemunha ouvida, já que a jornada informada por ela foi contrariada pela própria autora em
depoimento pessoal.

Destarte, nenhuma reforma merece a r. sentença quanto ao tema.

DA PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS

Pretende a reclamante a reforma da r. sentença que indeferiu o


pedido de pagamento proporcional da PLR de 2019. Afirma que a própria ré admite o
pagamento de tal parcela, sustentando em sua defesa que não é devido à recorrente a PLR do
ano de 2019, vez que a mesma é paga através do cumprimento de metas daquele ano.

Sem razão.

Na hipótese dos autos, os instrumentos coletivos juntados aos


autos não preveem o pagamento de PLR. Frise-se que o pagamento de PLR em anos
anteriores não supre o encargo de se proceder à juntada das normas coletivas, uma vez que
não se aplica à PLR o princípio da habitualidade (art. 3º da Lei 10.101/00).

Assim, não demonstrada pela autora norma estabelecendo o


pagamento, valores e forma de cálculo da PLR, não procede o respectivo pleito.

Mantenho.

DA APLICAÇÃO DA MULTA DE 1% DO VALOR DA CAUSA POR


OPOSIÇÃO DE EMBARGOS DECLARATÓRIOS

Insurge-se a recorrente contra a r. decisão que a condenou em


multa de 1% sobre o valor da causa, por considerar protelatórios os embargos de declaração
opostos.

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Razão lhe assiste.

Com efeito, não vislumbro, in casu, o intento protelatório da


recorrente, na medida em que se verifica que esta exerceu o direito processual a ela
assegurado pelo ordenamento jurídico pátrio de questionar aspectos da r. sentença que, no
seu entender, se apresentavam omissos.

Destarte, dou provimento ao recurso, no particular, para absolver a


reclamante do pagamento da multa de 1% do valor da causa.

Em vista do exposto, ACORDAM os Magistrados da 3ª Turma do


Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região em CONHECER dos recursos ordinários e,
no mérito, por unanimidade de votos, DAR PROVIMENTO PARCIAL ao da reclamada, para
reduzir os honorários sucumbenciais para 5% sobre as verbas objeto de condenação; e, por
igual votação DAR PROVIMENTO PARCIAL ao da autora, para: 1) acrescer à condenação o
reembolso de comissões estornadas, conforme relatórios juntados pela ré, com reflexos em
horas extras, dsr's, 13º salários, férias acrescidas de 1/3, aviso prévio, FGTS e multa de 40%;
2) condenar a ré ao pagamento das diferenças de "prêmio estímulo", no importe de 0,2% sobre
o total das vendas de produtos no mês, conforme extratos anexados aos autos, com reflexos
nos DSRs, aviso prévio, 13º salário, férias+1/3, FGTS+40%; 3) absolver a reclamante do
pagamento da multa de 1% do valor da causa, por embargos protelatórios; e 4) reduzir os
honorários de sucumbência para 5% sobre os pedidos julgados totalmente improcedentes.
Defere-se a compensação de valores pagos sob o mesmo título e comprovados nos autos.
Tudo conforme fundamentação constante do voto. Mantenho o valor arbitrado à causa para
fins de custas processuais.

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Presidiu o julgamento a Exma. Desembargadora Kyong Mi Lee.

Tomaram parte no julgamento: a Exma Juíza Liane Martins Casarin, a


Exma. Desembargadora Mércia Tomazinho e a Exma. Desembargadora Rosana de Almeida Buono.

LIANE MARTINS CASARIN


Juíza Relatora

g/

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Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região

Agravo de Petição
1000874-90.2018.5.02.0604
Relator: IVANI CONTINI BRAMANTE

Processo Judicial Eletrônico

Data da Autuação: 05/10/2021


Valor da causa: R$ 1.475.580,69

Partes:
AGRAVANTE: VIA S.A.
ADVOGADO: MAURICIO GALVES MARQUES DE OLIVEIRA
ADVOGADO: CYBELE MILENA TAMURA VIEIRA
ADVOGADO: GUILHERME GRANADEIRO GUIMARAES
ADVOGADO: ALESSANDRA DE ALMEIDA FIGUEIREDO
ADVOGADO: DENIS SARAK
ADVOGADO: DENISE DE CASSIA ZILIO
ADVOGADO: JOSE MARCELO BRAGA NASCIMENTO
ADVOGADO: TATIANA ALVES PEREIRA
AGRAVADO: ANTONIO SANITA JUNIOR
ADVOGADO: MARCOS ROBERTO DIAS
ADVOGADO: DANIELLE CRISTINA VIEIRA DE SOUZA DIAS
ADVOGADO: ALESSANDRA CRISTINA DIAS
ADVOGADO: THIAGO MARTINS RABELO
PAGINA_CAPA_PROCESSO_PJE

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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO

PROCESSO nº 1000874-90.2018.5.02.0604 (RO)


RECORRENTE: ANTONIO SANITA JUNIOR
RECORRIDO: VIA VAREJO S/A
RELATOR: IVANI CONTINI BRAMANTE

EMENTA
CARGO EM CONFIANÇA. EXCEÇÃO DO ART. 62, II DA CLT. A
questão deve ser analisada sob o prisma do efetivo exercício, pelo
empregado, das funções de confiança. Aplicável a primazia da realidade,
Súmula 102 do TST, por analogia. Para a caracterização do cargo de
confiança máxima, para fins de exceção prevista no artigo 62, inciso II da
CLT, somente pode ser considerado aquele empregado que possui amplos
poderes de mando, gestão, representação e substituição do empregador.
Verdadeiro "longa manus" do empregador. Posição que, ainda, lhe
permite admitir, dispensar, dirigir, controlar e fiscalizar o trabalho dos
empregados sob sua subordinação, substituindo-se na pessoa do
empregador. Frise-se que, é necessária prova inequívoca do efetivo
exercício de cargo de gestão, como verdadeiro substituto do empregador
para enquadrar-se o trabalhador na exceção do art. 62, II da CLT. E, ao
contrário do ditado pela sentença a prova oral não revelou que o
reclamante possuía as características necessárias a esse
enquadramento, ao contrário, demonstrou que, não obstante a
nomenclatura do cargo, o reclamante exercia função puramente técnica
seguindo as normas estritamente ditadas pela reclamada, sem qualquer
poder negocial. Reformo. Dou Provimento.

RELATÓRIO

Adoto o relatório da sentença de id. c0fd0e1, que julgou a ação


Improcedente.

Embargos Declaratórios interpostos id. 4a29672, Acolhidos para sanar o


erro material, id. ecd66ca.

Recurso Ordinário interposto pelo reclamante id. 83ac4d9, insurgindo-se


contra a sentença no que se refere as horas extras (inaplicabilidade do art. 62, II da CLT - Cargo de
Gerente de Loja - Inexistência de Autonomia - Controle da Jornada de Trabalho); equiparação salarial;
PLR (Súmula 451, TST) e quanto a Justiça Gratuita e honorários sucumbenciais.

Assinado eletronicamente por: IVANI CONTINI BRAMANTE - 27/02/2019 13:04:55 - 83a4a2c


https://pje.trt2.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18122123534392700000040845137
Número do processo: 1000874-90.2018.5.02.0604 ID. 83a4a2c - Pág. 1
Número do documento: 18122123534392700000040845137

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 3692
Fls.:

Contrarrazões id. c615c7f - Preliminar de Deserção.

É o relatório.

Preliminar em Contrarrazões - Deserção - Não Conhecimento - Justiça Gratuita

Pois Bem. A ação foi ajuizada em 20.06.2018, ou seja, já na vigência da


Lei 13.467/2017, que deu nova redação ao art. 790 da CLT, § 3º:

"É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do


trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita,
inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40%
(quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social."

E com amparo nesse mesmo dispositivo, o Juiz indeferiu os benefícios da


justiça gratuita, nos seguintes termos: Indeferem-se os benefícios da Justiça Gratuita em favor da
reclamante, porquanto a mesma recebe salário superior a 40% do limite máximo dos benefícios do
Regime Geral da Previdência Social, nos termos do art. 790, § 3º da CLT.

Note-se que, segundo a nova redação do art. 790, par. 3º da CLT, a


simples declaração de pobreza não mais ampara a concessão do benefício, uma vez que a legislação atual
exige a indicação de elementos concretos sobre a situação de hipossuficiência.

Caso dos autos, tendo em vista que a declaração de hipossuficiência (id.


98992bf) se soma ao fato de que o reclamante foi dispensado sem justa causa pela reclamada e resta
"desempregado", consoante se verifica de sua CTPS (id. 43994b5), o que justifica a concessão dos
benefícios da justiça gratuita e a isenção das custas. Afasto a preliminar de deserção. Nego Provimento.

Conhecimento - Conheço dos recursos, pois presentes os pressupostos de


admissibilidade.

MÉRITO

Recurso do Reclamante

Itens de recurso

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Gerente - Enquadramento na Exceção do art. 62, II da CLT

Decisão Recorrida - Que o reclamante era gerente de loja e não estava


sujeito ao controle de jornada, nos termos do art. 62, II da CLT.

Tese Recursal - Não há prova da fidúcia necessária para o respectivo


enquadramento.

Tese Decisória - Pois Bem. A questão deve ser analisada sob o prisma do
efetivo exercício, pelo empregado, das funções de confiança. Aplicável a primazia da realidade, Súmula
102 do TST, por analogia. Para a caracterização do cargo de confiança máxima, para fins de exceção
prevista no artigo 62, inciso II da CLT, somente pode ser considerado aquele empregado que possui
amplos poderes de mando, gestão, representação e substituição do empregador. Verdadeiro "longa
manus" do empregador. Posição que, ainda, lhe permite admitir, dispensar, dirigir, controlar e fiscalizar o
trabalho dos empregados sob sua subordinação, substituindo-se na pessoa do empregador. Frise-se que, é
necessária prova inequívoca do efetivo exercício de cargo de gestão, como verdadeiro substituto do
empregador para enquadrar-se o trabalhador na exceção do art.62, II da CLT. Vejamos a prova oral:

Depoimento pessoal do reclamante: que nos últimos 05 anos o


depoente foi gerente trainee em 2013, em meados de novembro de 2013 foi promovido a subgerente
e de 02/01/2014 até a saída foi gerente de loja; (...)

Primeira testemunha do(a) reclamante: DERALDO APARECIDO


VIEIRA MAIA. Depoimento: que o depoente trabalhou na reclamada de 13/08/1984 até 01/03/2018;
que trabalhou com o reclamante de 2014, não se recordando do mês, acredita que foi no início de
2014; que o depoente trabalhou diretamente com o reclamante apenas 6 meses; que nessa época o
depoente era gerente de vendas e o reclamante era subgerente de vendas; que o depoente se
reportava ao gerente regional; que o subgerente fazia as mesmas funções com o gerente; que como
subgerente o reclamante arrumava loja, atendia os clientes, verificava a limpeza dos mostruário;
que sentava com vendedor para negociação; que o depoente trabalhou com reclamante na loja de
São Matheus; que na loja do depoente havia um gerente, que era o depoente e dois subgerentes; que
o subgerente não era subordinado ao depoente, mas ao gerente regional; que o depoente não
acompanhava o serviço do gerente regional; que na loja do depoente o gerente regional comparecia
uma a duas vezes por semana para ver limpeza e arrumação da loja; que o depoente nunca admitiu
e nem demitiu ninguém na loja; que o depoente alega que "se um funcionário seu" faltasse quem
repassava a informação para era administrativa da loja para o gerente regional resolver; que na
época do reclamante o gerente regional era o senhor Roberto Maneti; que o depoente não tinha cartão

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Número do processo: 1000874-90.2018.5.02.0604 ID. 83a4a2c - Pág. 3
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de ponto como gerente; que o depoente abria e fechava a loja, trabalhando das 08h30 as 21h00; que o
depoente abria a loja com uma senha para desativar o alarme; que como gerente o reclamante
arrumava a loja, verificava promoções, mercadorias entrando em ofertas, limpeza dos
mostruários, produtos em exposição, necessidade de limpeza dos ambientes como banheiro e
refeitório, verificava precificação e disponibilidade mercadoria nos estoques; que o depoente não
podia dar desconto além do limite do sistema sem autorização do regional, sendo o mesmo limite
utilizado pelo vendedores; que se o depoente quisesse dar desconto teria que pedir autorização do
regional; que já aconteceu do depoente dar desconto com autorização do regional através de senha
numérica que o gerente regional passava pela telefone e depoente digitava a senha; que o depoente
fazia de 30 a 40 minutos de intervalo; que não fazia 01 hora de intervalo porque a loja era muito grande;
que trabalhou por um tempo na mesma regional que o reclamante, contudo quando o reclamante foi para
outra loja trabalharam em regionais diferentes; que o depoente trabalhava nas Casas Bahia e nunca
trabalhou no Ponto Frio; que o depoente a senhora Alessandra trabalhou na mesma filial que o
reclamante, nas Casas Bahia, quando foi promovida em razão de ação interna da empresa; que o
depoente participava de reunião com o gerente regional, juntamente com o reclamante, cerca de 01
vez ao mês; que as reuniões eram com gerentes das Casas Bahia e do Ponto Frio, sendo que as
regras eram as mesmas; que não presenciava os outros gerentes abrindo e fechando a loja, sabendo
apenas que a regra era para todos os gerentes; que essa regra era falada na reunião; que não preenchia
documentos para admissão de funcionários, apenas para demissão, sendo enviado para o gerente
regional; que o documento se chamava "movimentação de pessoal"; que o depoente não assinava o
referido documento; que o documento era preenchido no sistema, sendo que qualquer pessoa tinha
acesso para preencher o documento no sistema, inclusive os vendedores; que o gerente regional
autorizava a admissão e dispensa com sua senha pessoal no sistema; que no documento constava o
nome do gerente regional e também o nome de quem enviou o documento; que já viu o gerente
regional não autorizar em diversas oportunidades; que em um dos casos o funcionário estava
solicitando desligamento e o gerente regional não autorizou; que o depoente nunca advertiu qualquer
de seus funcionários; que em uma situação específica, como em caso de briga entre funcionários, o
depoente reportou ao regional para decidir se demitiria ou aplicaria advertência; que os casos de
admissão e demissão eram procedimentos normais, não repassados na reunião com o gerente
regional; que não era possível fazer troca de mercadoria fora do prazo legal; que o gerente regional tem
uma equipe composta de 04 pessoas, com os cargos de administrativa regional, a exemplo de Paola,
Cleonice; que as vezes o gerente regional ia visitar sozinho e as vezes ia visitar com o equipe; que a
senhoras Paola e Cleonice sempre faziam visitas; que o depoente era subordinado ao gerente
regional; que ninguém se reportava ao depoente na loja; que o depoente se considera um vendedor
comum; que o depoente fazia vendas e que todo mundo cuidava da loja, assim como o depoente,
inclusive os vendedores; que qualquer cliente consumidor poderia procurar tanto ao vendedor

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como ao gerente na loja, que não havia qualquer diferença; que o depoente nunca trocou o layout da
loja; que a empresa tem um departamento de layout; que o depoente nunca fez manutenção da loja; que o
depoente já chegou a não abrir a loja, oportunidade em que reportou ao gerente regional, e então a
administrativa abria a loja ou era enviada outra pessoa; que o vendedor não podia abrir a loja;
que quando depoente precisava sair antes do fechamento da loja o procedimento era o mesmo; que
o depoente já chegou a ter negada a autorização do gerente regional para sair mais cedo da loja e o
depoente ficava na loja; que o depoente entrava em contato com a administrativa do regional cerca de
06 a 07 vezes por dia; que o depoente não assinava procuração e contrato em nome da empresa; que
existe um departamento de treinamento chamado prove, responsável por fazer entrevista com os
candidatos; que o depoente nunca participou de entrevistas, mas via as entrevistas porque o pessoal do
departamento ia na loja; que o depoente acessava o sistema por meio da digital, ficando registrado no
sistema o horário do acesso; que no final da jornada o operador de caixa fazia um mapa de caixa e
o depoente assinava eletronicamente, sem conferir o que estava assinando; que os vendedores não
podiam assinar eletronicamente estes mapas de caixa; que os mapas de caixa eram enviados todos
os dias no final da jornada; que o próprio sistema enviava automaticamente os relatórios; que já
aconteceu de o reclamante esquecer de enviar os relatórios e no dia seguinte o regional cobrar
porque não enviou; que o depoente não tinha autorização para promover funcionários e reajustar
salários; que o administrativo era responsável pela escala de férias e folgas dos vendedores; que o
depoente trabalhou em filial de shopping a cerca de 08 anos, mas não junto com o reclamante; que a
determinação para abrir e fechar a loja era para gerente de filial de rua e para gerente de filial de
shopping; que o depoente recebia salário fixo como gerente de vendas, sendo o último salário R$
14.700,00, sendo que a média do salário do vendedor era de R$ 7.000,00; que o administrativo que
abria a loja quando o depoente não estava entrava todos os dias com o depoente as 08h30; que o depoente
nunca trabalhou no ponto frio; que o depoente não recebia comissão como gerente, apenas os
vendedores; que não sabe dizer a margem de lucro do Ponto Frio sobre o qual era calculado o salário do
gerente. Nada mais.

Testemunha única do(a) reclamada: COSMO GUEDES VIEIRA,


profissão gerente. Depoimento: que nunca trabalhou com o reclamante na mesma filial; que não
tinha contato com o reclamante; que não sabe dizer nada a respeito do trabalho do reclamante; que
o depoente é gerente de loja e nunca trabalhou na mesma loja que o reclamante; que o depoente
tinha contato com o reclamante em reuniões uma vez por mês; que o depoente é gerente desde 2013; q
ue o depoente se reporta ao gerente regional; que os vendedores e caixas da loja se reportam ao
depoente; que o depoente tem jornada livre e não faz controle de jornada; que o depoente sempre se
reporta ao regional em caso de brigas na loja, por exemplo, podendo aplicar as penalidades cabíveis;
que quando algum funcionário não vai trabalhar o atestado pode ser entregue para o gerente ou para o

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administrativo; que as faltas de funcionários são gerenciadas pelo administrativo da loja ou pelo gerente;
que existe o desconto que o vendedor pode dar, e tem o desconto que o gerente pode dar sem
autorização do gerente regional; que dependendo do valor do desconto, o depoente se reportava ao
gerente regional para envio da senha de desconto; que o depoente nunca trabalhou no Ponto Frio; que
para admissão o RH manda o candidato para a loja e o gerente faz uma entrevista; que para
demissão o gerente indica o candidato para o regional e o regional leva para comitê aprovar o
desligamento; que o depoente preenchia o documento de movimentação de pessoal, sendo que tal
documento é feito pelo gerente quando aprovado pelo comitê; que para aplicação de advertência
verbal não era necessário passar nenhum documento, mas advertência por escrito o depoente
repassava uma cópia para o regional; que o gerente não tinha que abrir e fechar a loja necessariamente;
que no shopping a loja abre as 10h00, mas o gerente tem até 12h00 para entrar, ficando até o fechamento
as 22h00; que a loja de rua abre as 09h00 e o gerente tem até as 11h00 para chegar, ficando até o
fechamento; que isto ocorre desde que o depoente foi promovido; que o depoente nunca trabalhou com o
reclamante e não sabe se o reclamante abria e fechava a loja; que se o depoente precisasse sair durante
a jornada comunicava ao regional e, após autorização, o depoente saia; que nunca aconteceu do
regional não autorizar; que o depoente acessava o sistema com digital; que quando o depoente acessa
o sistema com a digital é possível ver o horário no qual ocorreu o acesso, ficando registrado; que no
final da jornada o depoente conferia e assinava o mapa de caixa, não sendo enviado para lugar nenhum,
nem mesmo no final do mês, assinando somente no sistema para o fechamento da loja, ficando o horário
da assinatura registrado no sistema; que o depoente não assinava procuração e contrato em nome da
empresa. Nada mais.

E, ao contrário da r.sentença de mérito, a prova oral revelou que o


reclamante não possuía as características necessárias ao enquadramento no art. 62, II da CLT, ao
contrário, demonstrou que, não obstante a nomenclatura do cargo ocupado, o reclamante exercia função
puramente técnica seguindo as normas estritamente ditadas pela reclamada, sem qualquer poder negocial.
Reformo.

No que tange ao reconhecimento da jornada, em contraponto com a


ausência de cartões de ponto sob a alegação de exercício de cargo em confiança, cumpre uma primeira
análise, senão vejamos. Considerando-se o patamar mínimo civilizatório, a Constituição Federal em seu
art. 7º fixou limite à jornada diária como sendo de 08 horas e semanal de 44 horas. A premissa, portanto,
é a de que a Constituição da República não afastou o trabalho extraordinário dos exercentes de cargo em
confiança.

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Some-se a isso que o próprio preposto da reclamada afirma que o


reclamante "tinha módulo de trabalho", a saber: "(...) que como gerente o reclamante fazia o fechamento
da loja, entrando em 12h00 / 13h00 e ficando até as 22h00 (...)"

Destarte, não se entrega ao "alvedrio" do empregador a possibilidade ou


não de controle de jornada de seus empregados. Isso porque, como sabido, nos termos do art. 74,
parágrafo 2o. da CLT, é dever do empregador anotar os horários de trabalho dos seus empregados,
incumbindo-lhe apresentar os controles de jornada aos autos, independentemente de requerimento da
parte contrária, ou de determinação do juiz. Trata-se de prova documental que deve ser apresentada pelo
empregador, em virtude do princípio da aptidão para a produção da prova. Essa prática (controle do
horário de trabalho do empregado) possui dupla finalidade, sendo a primeira a de ter a empresa controle
das horas trabalhadas pelos seus funcionários e, a segunda para que os empregados possam conferir se o
seu salário corresponde às horas efetivamente trabalhadas. Diante desse raciocínio, os controles de
freqüência se fariam necessários. Diante da ausência dos referidos documentos, em atendimento a
Súmula 338 do TST, reformo a sentença, acolho a jornada descrita pelo reclamante em seu depoimento
pessoal - das 9h as 20.30h todos os dias e aos domingos alternadamente das 9h até as 18h; que a partir de
02.01.2014 na filial Vila Carrão até 06.2014, das 9h as 20.30h; em 06.2014 na filial Parque São Lucas
das 9h as 20.30h; em junho de 2016 na filial "1001", das 10h as 22h.

As horas extras serão computadas como as excedentes a 8ª diária e/ou 44ª


semanal (de forma não cumulativa e a mais benéfica ao trabalhador), observado o divisor 220, acrescidas
do adicional normativo (obedecidos os Instrumentos Coletivos juntados aos autos e respectiva validade) e
na ausência o legal, observados: a evolução e a globalidade salarial (Súmula 264 TST); e reflexos em
dsr's (Súmula n° 172 do E. TST), férias + 1/3 (art. 142, §5°, da CLT), 13os salários (Súmula n° 45 do E.
TST), aviso prévio (art. 487, §5°, da CLT) e FGTS + 40% (Súmula n° 63 do E. TST).

Devido também a hora intervalar, já que a prova oral revelou a prática de


seu gozo parcial. E, a redação do parágrafo 4º, do artigo 71, da CLT, dada pela Lei 8.923/94, norma de
caráter publico, objetivou assegurar o gozo efetivo do intervalo para refeição e descanso e punir sua
violação. Isto porque o intervalo intrajornada tem por finalidade a proteção da saúde do trabalhador, de
modo a assegurar a reposição de suas energias psicofísicas. Destarte, a não concessão ou a concessão
parcial do intervalo gera o direito à remuneração da hora do intervalo suprimido, hora cheia - 01 hora e
não somente os minutos residuais, como se jornada extraordinária fosse, com os correspondentes reflexos
em dsr's (Súmula n° 172 do E. TST), férias + 1/3 (art. 142, §5°, da CLT), 13os salários (Súmula n° 45 do
E. TST), aviso prévio (art. 487, §5°, da CLT) e FGTS + 40% (Súmula n° 63 do E. TST). Inteligência da
Súmula 437 do C.TST. Observada a prescrição ditada pela sentença. Dou Provimento.

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Equiparação Salarial

Decisão Recorrida - Não havendo descrição das atividades


desempenhadas pelo paradigma impossível fazer qualquer comparação com as atribuições exercidas pelo
reclamante porque também sequer foram mencionadas por ele. Isto porque, o ônus da prova em relação a
identidade de funções é do autor, não tendo desincumbido desse mister por ausência de descrição das
atividades desempenhadas por ambos e por falta de elementos para aferição do pleito, não há que falar
em equiparação salarial, por tratar-se de um requisito imprescindível.

Tese Recursal - Insiste na tese de equiparação salarial.

Tese Decisória - Os requisitos ensejadores da equiparação elencados no


art. 461 da CLT são: trabalho para o mesmo empregador, na mesma localidade, mesma função
simultaneamente, igual produtividade e perfeição técnica e diferença de exercício na mesma função não
superior a dois anos e, por fim, inexistência de quadro de carreira.

A questão sobre o ônus probatório das controvérsias relativas à


equiparação salarial foi resolvido pela Súmula 6, VIII do TST (antiga Súmula 68), quando informa que a
prova das excludentes que afastam a isonomia salarial (tempo superior a 02 anos e existência de quadro
de carreira, diferença de perfeição técnica e diferença de produtividade) recai sobre o empregador,
bastando ao empregado a comprovação do fato constitutivo do direito perseguido, ou seja, a identidade
de função.

Vejamos. Apesar de o Reclamante no cargo de gerente de loja, a partir de


01.2014, possuir o mesmo cargo e idênticas atribuições aos demais gerentes da reclamada, recebeu
remuneração e prêmios em valor inferior aos que eram adimplidos aos demais gerentes de loja. Afirma
que executava idênticas atividades, com a mesma perfeição técnica e desenvoltura que os gerentes de loja
Alessandra Martins Andrade e Marlyne Grado Cozzubo, com remuneração inferior. Narra que as
paradigmas em salário fixo superava o do reclamante no valor médio mensal de R$ 3.000,00.

Renunciou ao pedido de equiparação salarial em relação ao paradigma


MARLYNE GRADO COZZUBO, homologado pelo Juízo com extinção, com resolução do mérito, nos
termos do artigo 487, III, "c", do CPC/2015.

E, a instrução processual, nos termos do julgado primevo não favoreceu


ao reclamante, considerando que a prova lhe cabia.

Sua testemunha apenas tangenciou a questão aduzindo que: "(...) o


depoente trabalhava nas Casas Bahia e nunca trabalhou no Ponto Frio; que o depoente a senhora

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Alessandra trabalhou na mesma filial que o reclamante, nas Casas Bahia, quando foi promovida em razão
de ação interna da empresa; (...)". Não obstante tal afirmativa, o próprio reclamante confessou: "nunca
trabalhou na loja do Ponto Frio, onde a senhora Alessandra trabalhava; que o depoente não acompanhava
as atividades do paradigma". Mantenho a improcedência. Nego Provimento.

PLR (Súmula 451, TST)

Decisão Recorrida - Nada obstante, não fez prova alguma da alegação e


não indicou cláusula de negociação coletiva. E em análise detida da CCT de 2016/2017 (ID cda37eb) não
se observa a determinação de pagamento de PLR.

Tese Recursal - Insiste no pedido de pagamento da proporcionalidade da


PLR, aduzindo que própria contestação ofertada nos autos, a recorrida não nega que existe o pagamento
de PLR, apenas tenta afastar o direito do recorrente ao seu recebimento sob a alegação de que tal parcela
somente é devida quando o empregado labora os 12 meses do ano.

Tese Decisória - Ao contrário do afirmado pelo reclamante a defesa


assim impugnou o pedido: "(...) este benefício só é concedido por forma de norma coletiva que
regulamente a sua obrigatoriedade de concessão, contudo, o reclamante não invoca e nem enquadra o seu
pedido em norma coletiva existente".

Destarte, o reclamante não indicou onde está previsto o direito pleiteado e


não provou que fazer jus à verba, ônus que lhe competia por se tratar de fato constitutivo de seu direito.
Mantenho a improcedência. Nego Provimento.

Honorários Sucumbenciais

Pois Bem. Com razão Rafael E. Pugliese Ribeiro (Reforma Trabalhista


Comentada. Editora Juruá, 1ª edição. 2018) ao afirmar que o Principio da Causalidade é gênero, sendo
que o princípio da sucumbência uma das espécies e, nesse passo a Lei 13.467/17 não acolheu o principio
da causalidade ampla prevista no Código de Processo Civil.

Com efeito, o caput do artigo 791-A, da CLT, estatui que: "Ao advogado,
ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de
5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da
sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da
causa."

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Deste modo, o fato gerador dos honorários advocatícios na Justiça do


Trabalho, se dá somente nas hipóteses em que resultar crédito para a parte autora, equivale dizer: nos
casos em que houver condenação, incide sobre o valor liquidado da sentença ou o proveito econômico
obtido.

A imposição de honorários advocatícios no processo do trabalho se


distância da sucumbência típica do processo civil e, assume feições de efetiva sucumbência creditícia, o
que permite defini-la, no sistema processual brasileiro, como sucumbência atípica.

Portanto, é factível afirmar que o processo do trabalho não acolheu o


Princípio da Causalidade, mas tão somente o Princípio da Sucumbência, e ainda, na modalidade estrita,
que pode ser denominada de Principio da Sucumbência Estrita, Atípica, Mitigada, ou Creditícia.

Diante disso temos que, a Lei 13.467/17 (art. 791- A da CLT) não acolheu
o Principio da Causalidade Ampla prevista no Código de Processo Civil, ao revés, adotou o Principio da
Sucumbência Estrita, Atípica, Mitigada, ou Creditícia.

Portanto, a alteração legislativa foi meramente subjetiva, consistente


apenas na colmatação do sistema, diante da revogação da Lei 1.060/50 e na ampliação do beneficiário
dos honorários, que deixou de ser apenas o sindicato da categoria profissional e agora pode ser aplicado
ao advogado particular do autor da ação (seja ele empregado ou empregador) ou do reconvinte.

Repiso que, o legislador, mediante a Lei 13.467/17, não pretendeu alterar


o Princípio da Sucumbência Mitigada que enseja a aplicação dos honorários advocatícios no processo do
trabalho e, que sempre se distanciou do processo civil. Ao contrário, manteve o tradicional modelo que
condiciona sua incidência ao fato de ser a parte credora de determinado valor reconhecido judicialmente.

Finalmente, temos que os honorários advocatícios, na Justiça do Trabalho,


não decorrem do Principio da Causalidade e tampouco da mera Sucumbência, mas limita-se às sentenças
condenatórias que resultem a existência de crédito em favor da parte vencedora ou, obrigação de outra
natureza de que resulte um proveito econômico mensurável ou estimado pelo valor da causa.

Diante disso, pelo Principio da Sucumbência Estrita, Atípica, Mitigada,


ou Creditícia, adotado pela Lei 13.467/17, e tendo em vista que sua incidência se dê apenas sobre o valor
que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo,
sobre o valor atualizado da causa, conclui-se que: não são devidos os honorários advocatícios, na

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Justiça do Trabalho, nas hipóteses de improcedência, desistência, renúncia, extinção sem análise de
mérito. Inteligência literal do artigo 791-A da CLT, combinado com a interpretação histórica e
sistemática com os artigos 14 e 16 da Lei 5584/70 e 11 da Lei 1060/50.

Isto porque, que não se aplicam de forma subsidiária ou supletiva, as


regras sobre honorários advocatícios do CPC, diante da regulamentação própria e da incompatibilidade
normativa e principiológica com o processo do trabalho.

Destarte, reformo a sentença para afastar da condenação da reclamante ao


pagamento dos honorários de sucumbência. Dou Provimento.

Critérios de Liquidação

Os descontos fiscais e previdenciários observaram o artigo 12-A, §1º da


Lei 7.713/88 (regime de competência); o artigo 43, da Lei 8212/91; a Súmula 368, II e as OJs 363 e 400,
todas do C.TST.

No tocante à fixação dos critérios de cálculo das verbas deferidas deverão


ser atualizadas com juros de 1% ao mês, a partir do ajuizamento da ação, e correção monetária, a partir
do mês subseqüente ao da prestação dos serviços, na forma do art. 883 da CLT (na forma do art. 39 da
Lei 8.177/91 (TRD) até 24/03/2015 e pelo IPCA-E a partir de 25/03/2015), e da Súmula 200 TST.

Diante da sucumbência, a reclamada deverá arcar com custas, ora fixadas


em R$ 400,00 com base no valor arbitrado à condenação (R$ 20.000,00).

DISPOSITIVO

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Número do processo: 1000874-90.2018.5.02.0604 ID. 83a4a2c - Pág. 11
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Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.:
Fls.:13
702

Pelo Exposto, Acordam os Magistrados da 4ª Turma do Tribunal Regional


do Trabalho da Segunda Região em, por unanimidade de votos: Conhecer do Recurso Ordinário do
Reclamante e Conhecer das Contrarrazões e Afastar a Preliminar de Deserção, no mérito DAR-
LHE PROVIMENTO PARCIAL para reformar a sentença de origem para acolher a jornada das 9h as
20.30h todos os dias e aos domingos alternadamente das 9h até as 18h; a partir de 02.01.2014 até
06.2014, das 9h as 20.30h; em 06.2014 das 9h as 20.30h; em junho de 2016 na filial "1001", das 10h as
22h; as horas extras serão computadas como as excedentes a 8ª diária e/ou 44ª semanal (de forma não
cumulativa e a mais benéfica ao trabalhador), observado o divisor 220, acrescidas do adicional normativo
(obedecidos os Instrumentos Coletivos juntados aos autos e respectiva validade) e na ausência o legal,
observados: a evolução e a globalidade salarial (Súmula 264 TST); e reflexos em dsr's (Súmula n° 172 do
E. TST), férias + 1/3 (art. 142, §5°, da CLT), 13os salários (Súmula n° 45 do E. TST), aviso prévio (art.
487, §5°, da CLT) e FGTS + 40% (Súmula n° 63 do E. TST); devida também a hora intervalar, já que a
prova oral revelou a prática de seu gozo parcial, como se jornada extraordinária fosse, com os
correspondentes reflexos em dsr's (Súmula n° 172 do E. TST), férias + 1/3 (art. 142, §5°, da CLT), 13os
salários (Súmula n° 45 do E. TST), aviso prévio (art. 487, §5°, da CLT) e FGTS + 40% (Súmula n° 63 do
E. TST). Inteligência da Súmula 437 do C.TST. Observada a prescrição ditada pela sentença, para afastar
da condenação da reclamante ao pagamento dos honorários de sucumbência; descontos fiscais e
previdenciários observaram o artigo 12-A, §1º da Lei 7.713/88 (regime de competência); o artigo 43, da
Lei 8212/91; a Súmula 368, II e as OJs 363 e 400, todas do C.TST. No tocante à fixação dos critérios de
cálculo das verbas deferidas deverão ser atualizadas com juros de 1% ao mês, a partir do ajuizamento da
ação, e correção monetária, a partir do mês subseqüente ao da prestação dos serviços, na forma do art.
883 da CLT (na forma do art. 39 da Lei 8.177/91 (TRD) até 24/03/2015 e pelo IPCA-E a partir de 25/03
/2015), e da Súmula 200 TST. Diante da sucumbência, a reclamada deverá arcar com custas, ora fixadas
em R$ 400,00 com base no valor arbitrado à condenação (R$ 20.000,00), tudo na forma e limites da
fundamentação constante do voto da Relatora.

Presidiu a sessão o Excelentíssimo Desembargador Presidente Ricardo Artur Costa e Trigueiros.

Tomaram parte no julgamento as Excelentíssimas Desembargadoras Ivani Contini Bramante, Ivete


Ribeiro e Lycanthia Carolina Ramage.

Relatora: Ivani Contini Bramante.

Presente o(a) representante do Ministério Público.

Assinado eletronicamente por: IVANI CONTINI BRAMANTE - 27/02/2019 13:04:55 - 83a4a2c


https://pje.trt2.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18122123534392700000040845137
Número do processo: 1000874-90.2018.5.02.0604 ID. 83a4a2c - Pág. 12
Número do documento: 18122123534392700000040845137

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.:
Fls.:14
703

IVANI CONTINI BRAMANTE


Relator

vfm

VOTOS

Assinado eletronicamente por: IVANI CONTINI BRAMANTE - 27/02/2019 13:04:55 - 83a4a2c


https://pje.trt2.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18122123534392700000040845137
Número do processo: 1000874-90.2018.5.02.0604 ID. 83a4a2c - Pág. 13
Número do documento: 18122123534392700000040845137

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 1704
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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO

PROCESSO nº 1000364-13.2019.5.02.0614 (RO)


RECORRENTES: APARECIDO JOSE DA SILVA, VIA VAREJO S/A
RECORRIDOS: VIA VAREJO S/A, APARECIDO JOSE DA SILVA
RELATORA: ROSANA DE ALMEIDA BUONO

EMENTA
VIOLAÇÃO DO INTERVALO INTERJORNADA CONFIGURA
HORAS EXTRAORDINÁRIAS. O desrespeito ao limite previsto no art.
66 da CLT implica trabalho no período destinado ao repouso, devendo ser
remunerado como horas extraordinárias aqueles minutos suprimidos do
intervalo interjornada. Aplicáveis a orientação jurisprudencial de nº 355
da SDI-I do C. TST e súmula de nº 26 deste Regional.

RELATÓRIO

Adoto o relatório da r. sentença de fls. 1402/1410, proferida pela 14ª Vara


do Trabalho de São Paulo - Zona Leste, que julgou PROCEDENTE EM PARTE a presente reclamação
trabalhista.

Recurso ordinário interposto pela reclamada às fls. 1420/1435, em que


postula a reforma da r. sentença quanto às horas extras, PLR e multa por litigância de má-fé.

Recurso ordinário adesivo interposto pelo reclamante às fls. 1442/1451,


em que pretende a condenação da reclamada ao pagamento de horas extras pelo desrespeito ao intervalo
interjornada, diferenças salariais decorrentes de equiparação salarial, a isenção quanto aos honorários
advocatícios e a majoração dos honorários advocatícios arbitrados a seu favor.

Contrarrazões apresentadas pelo reclamante às fls. 1453/1470 e pela


reclamada às fls. 1474/1478.

FUNDAMENTAÇÃO

Conheço dos recursos ordinários interpostos, por presentes os


pressupostos processuais de admissibilidade.

Assinado eletronicamente por: ROSANA DE ALMEIDA BUONO - 02/10/2019 13:50:26 - ec367d1


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19073018101414300000216083617
Número do processo: 1000364-13.2019.5.02.0614 ID. ec367d1 - Pág. 1
Número do documento: 19073018101414300000216083617

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 2705
Fls.:

MÉRITO

DO RECURSO ORDINÁRIO DA RECLAMADA

Do cargo de confiança

Afirma a recorrente que o reclamante estava enquadrado no art. 62, II da


CLT, exercendo cargo de confiança, com nítidos poderes de gestão e ausência de controle de jornada.
Argumenta que, como gerente, possuía senhas para conceder os descontos, indicava contratações, fazia
entrevistas e aplicava punições.

Acrescenta que o reclamante não ratificou a absurda jornada declinada em


inicial e postula, caso mantida a condenação, que seja restringida ao pagamento do período suprimido
nos termos da nova redação do art. 71 da CLT.

De plano, cumpre enfatizar que o cargo de confiança de que trata o artigo


62, II da CLT é aquele em que seu ocupante exerce alguma ou todas as funções do empregador de tal
modo que sua atuação pode alterar ou modificar os destinos da empresa, identificando-se como longa
manus do empregador.

Invocado o cargo de confiança do artigo 62, II, era da ré o ônus de provar


as suas assertivas quanto ao enquadramento do obreiro em tal figura que alija o trabalhador do capítulo
celetista da duração do trabalho.

Contudo, desse ônus a reclamada não se desincumbiu.

Com efeito, as testemunhas ouvidas confirmaram que o reclamante, como


gerente de loja, não tinha autonomia para contratar ou dispensar funcionários, cabendo a decisão ao
gerente regional.

A testemunha convidada pela reclamada, além de ter confirmado que


cabiam à gerência regional as decisões acerca da admissão e dispensa de empregados, relatou que para
acessar o sistema o gerente registra a digital e que há necessidade de participação do gerente no
fechamento do mapa de caixa, do qual consta o horário em que realizada a tarefa. Ainda, disse que caso
precisasse flexibilizar sua jornada precisava comunicar o regional (fls. 1372/1373).

Assinado eletronicamente por: ROSANA DE ALMEIDA BUONO - 02/10/2019 13:50:26 - ec367d1


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19073018101414300000216083617
Número do processo: 1000364-13.2019.5.02.0614 ID. ec367d1 - Pág. 2
Número do documento: 19073018101414300000216083617

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 3706
Fls.:

A testemunha trazida pelo reclamante, por seu turno, afirmou que o


gerente sequer poderia aplicar penalidades aos vendedores da loja sem autorização do superior
hierárquico (fls. 1372).

No mais, consta dos demonstrativos de pagamento do reclamante que o


salário fixo variava de acordo com a quantidade de horas trabalhadas no mês conforme fls. 1261 e 1263,
por exemplo.

Revela o conjunto probatório, portanto, que o reclamante não detinha


poderes de mando e gestão, bem como que a reclamada controlava a sua jornada, ainda que de forma
indireta, exigindo a autenticação através de digital ao início da jornada para acesso ao sistema e que
participasse do fechamento do mapa de caixa ao final do expediente.

Mostra-se correta, portanto, a r. sentença que afastou o enquadramento do


reclamante perante o art. 62 da CLT, acolhendo a jornada declinada em inicial ante a não apresentação
dos controles de jornada.

Contudo, razão parcial assiste à recorrente quanto ao intervalo para


refeição e descanso.

Considerando-se que o contrato de trabalho encerrou-se somente em


setembro de 2018, dou provimento ao apelo para restringir a condenação ao pagamento do período
suprimido do intervalo para refeição e descanso (30 minutos) após a entrada em vigor da Lei 13.467
/2017 em 11.11.2017, sem a incidência de reflexos nos termos do art. 71, § 4º da CLT.

Com efeito, as alterações de direito material promovidas pela Lei 13.467


/2017 aplicam-se aos contratos de trabalho em vigor, respeitadas as situações já consumadas sob a égide
da lei pretérita nos termos do art. 6º da LINDB.

Reformo nos termos supra.

Da PLR

Aduz a recorrente que cabia ao reclamante juntar a norma coletiva que


contivesse previsão de pagamento proporcional da PLR a empregados dispensados, não tendo se
desvencilhado de seu ônus probatório, razão pela qual deve ser a parcela excluída da condenação.

Assinado eletronicamente por: ROSANA DE ALMEIDA BUONO - 02/10/2019 13:50:26 - ec367d1


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19073018101414300000216083617
Número do processo: 1000364-13.2019.5.02.0614 ID. ec367d1 - Pág. 3
Número do documento: 19073018101414300000216083617

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 4707
Fls.:

O reclamante alegou, na inicial, que a reclamada quitava PLR no valor de


100% de seu 13º salário, postulando a quitação de forma proporcional no último ano de trabalho.

A reclamada não só não impugnou expressamente a alegação do


reclamante, como apresentou demonstrativos dos quais consta o pagamento de PLR como, por exemplo,
nos holerites de fls. 1267 e 1294.

De acordo com o princípio da aptidão para a prova, poderia também a


reclamada ter apresentado a norma coletiva que embasa o pagamento da parcela, providência não
tomada, contudo.

Assim sendo, reputo correta a condenação da reclamada ao pagamento da


parcela de forma proporcional, nos termos da Súmula nº 451 do C. TST.

Da multa por litigância de má-fé

Insurge-se a reclamada contra a multa por litigância de má-fé que lhe foi
aplicada, argumentando que o reclamante ocupava o cargo de gerente e, portanto, estava enquadrado no
art. 62, II da CLT.

O Código de Processo Civil dispôs sobre a obrigatoriedade das partes


procederem com boa-fé (art. 5º), sendo certo que a Lei 13.467/2017 introduziu na CLT os arts. 793-A a
793-D para tratar justamente da responsabilidade por dano processual.

Nesta sintonia, o artigo 793-B da CLT reputa litigante de má-fé aquele


que alterar a verdade dos fatos (inciso II), sendo certo que a reclamada foi condenada ao pagamento de
multa e de indenização em razão do depoimento de sua preposta.

Isso porque, quando questionada, a preposta atribuiu a erro do RH todas


as inconsistências constantes dos demonstrativos de pagamento do reclamante, sendo certo que o
depoimento da testemunha da reclamada foi em sentido oposto.

Com efeito, reputo que a reclamada efetivamente atuou de má-fé ao negar


a correção da prova documental por ela mesma apresentada e diante das incongruências entre seu
depoimento e o da testemunha por ela convidada.

Assinado eletronicamente por: ROSANA DE ALMEIDA BUONO - 02/10/2019 13:50:26 - ec367d1


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19073018101414300000216083617
Número do processo: 1000364-13.2019.5.02.0614 ID. ec367d1 - Pág. 4
Número do documento: 19073018101414300000216083617

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 5708
Fls.:

No entanto, não emerge a ocorrência de efetivo prejuízo ao reclamante em


razão do exposto, razão pela qual dou provimento ao apelo para excluir da condenação a indenização de
9,9% sobre o valor da causa, mantendo a multa aplicada.

DO RECURSO ORDINÁRIO ADESIVO DO RECLAMANTE

Do intervalo interjornada

Pretende o reclamante horas extras pela violação do intervalo


interjornada, argumentando que não se trata de mera irregularidade administrativa.

O artigo 66 da CLT constitui norma cogente de ordem pública, visando


possibilitar intervalo de descanso mínimo ao trabalhador entre duas jornadas de trabalho.

Se a ocorrência de labor em jornada além da contratual implica


necessariamente a quitação deste como extraordinário e incidência nos consectários legais, o mesmo deve
se dar quando do trabalho em período destinado por lei ao repouso e refeição.

Assim, em aplicação analógica, o desrespeito ao limite mínimo de 11


horas entre as jornadas implica trabalho no período destinado ao repouso, devendo, por conseguinte, ser
remunerado como horas extras aqueles suprimidas do intervalo interjornada. Nesse sentido a Súmula 26
deste Regional e a Orientação Jurisprudencial n. 355 da SDI-1 do C. TST:

"SÚMULA 26 - TRT-SP. Intervalo entre jornadas. Artigo 66 da


Consolidação das Leis do Trabalho. Inobservância. Horas extras. A inobservância do intervalo mínimo
de 11 horas previsto no art. 66 da CLT resulta no pagamento de horas extras pelo tempo suprimido."

"OJ-SDI1-355 INTERVALO INTERJORNADAS. INOBSERVÂNCIA.


HORAS EXTRAS. PERÍODO PAGO COMO SOBREJORNADA. ART. 66 DA CLT. APLICAÇÃO
ANALÓGICA DO § 4º DO ART. 71 DA CLT. O desrespeito ao intervalo mínimo interjornadas previsto
no art. 66 da CLT acarreta, por analogia, os mesmos efeitos previstos no § 4º do art. 71 da CLT e na
Súmula nº 110 do TST, devendo-se pagar a integralidade das horas que foram subtraídas do intervalo,
acrescidas do respectivo adicional."

Assinado eletronicamente por: ROSANA DE ALMEIDA BUONO - 02/10/2019 13:50:26 - ec367d1


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19073018101414300000216083617
Número do processo: 1000364-13.2019.5.02.0614 ID. ec367d1 - Pág. 5
Número do documento: 19073018101414300000216083617

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 6709
Fls.:

Portanto, impõe-se a reforma da sentença para o fim de deferir ao


reclamante o pagamento de horas extraordinárias decorrentes da violação do intervalo interjornada
quanto ao tempo faltante para se atingir onze horas de descanso, de acordo com a jornada acolhida pela r.
sentença.

Devidos reflexos desses em DSRs, férias com 1/3, 13º salários, FGTS e
multa de 40%, limitados, contudo, à entrada em vigor da Lei 13.467/2017 em razão da regra de
hermenêutica no sentido de que onde há a mesma razão, aplica-se o mesmo direito.

Da equiparação salarial

Sustenta o reclamante que tanto ele como o paradigma ocupavam o cargo


de gerente de loja, de forma que há presunção de que realizavam as mesmas atividades, pertencendo o
ônus da prova à reclamada. Aponta que trabalhavam na mesma loja conforme se verifica das fichas de
anotações da CTPS e que a reclamada não comprovou o labor em localidades diferentes, pelo que deve
ser reconhecida a equiparação salarial.

O reclamante apontou como paradigma o Sr. André Venâncio de Oliveira,


argumentando que ele recebia salário fixo e prêmios superiores a ele.

A análise da ficha de anotações e atualizações da CTPS do reclamante


revela que ele ocupou o cargo de gerente de loja sob os códigos 402843 e 4590 desde 01.07.2015 e
01.01.2016, respectivamente (fls. 1254/1255).

O paradigma apontado, por sua vez, ocupou as mesmas funções que o


reclamante, tendo sido promovido inicialmente a gerente de loja (código 402843) em 01.01.2010 e
depois sob o código 4590 a partir de 01.01.2016 (fls. 1345/1346).

No mais, verifica-se da ficha do reclamante que ele laborou na Via Varejo


Shopping Mauá, loja 976, como gerente, no período de 01.01.2016 a 01.08.2017 (fls. 1255), sendo certo
que o paradigma trabalhou na mesma loja no período de 01.08.2017 a 01.07.2018 (fls. 1346).

Não se sustentam, portanto, as alegações da reclamada no sentido de que


laboraram em localidades diversas, sendo certo que mesma localidade deve ser interpretada como mesmo
município ou mesma região metropolitana (Súmula nº 6 do C. TST).

Assim, considerando-se os termos do depoimento da preposta da


reclamada que confirmou a identidade de funções, bem como da testemunha convidada pelo reclamante,

Assinado eletronicamente por: ROSANA DE ALMEIDA BUONO - 02/10/2019 13:50:26 - ec367d1


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19073018101414300000216083617
Número do processo: 1000364-13.2019.5.02.0614 ID. ec367d1 - Pág. 6
Número do documento: 19073018101414300000216083617

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 7710
Fls.:

segundo a qual havia diferença na remuneração apenas quanto à premiação, deve ser acolhido
parcialmente o pedido.

Havendo diferença de tempo na função de gerente de loja sob o código


4590 inferior a dois anos entres eles, dou provimento ao apelo para deferir ao reclamante o pagamento
das diferenças salariais entre reclamante e paradigma a partir de 01.01.2016, considerando-se o salário
fixo de ambos, sendo devidos reflexos em 13º salários, férias + 1/3, aviso prévio e depósitos de FGTS +
40%.

Registre-se, por oportuno, que tendo sido a equiparação salarial


reconhecida em período anterior às alterações introduzidas pela reforma trabalhista, não há alteração da
condenação, sendo certo que as diferenças salariais deferidas a partir de 2016 são incorporadas ao salário
do reclamante.

Dos honorários advocatícios sucumbenciais

Aduz o recorrente que eventuais créditos obtidos pelo trabalhador neste


ou em outro processo trabalhista possuem natureza alimentar, não sendo capazes de suportar as despesas
com honorários advocatícios. Postula seja declarada a isenção quanto aos honorários advocatícios
sucumbenciais.

Por outro lado, pleiteia a majoração do percentual dos honorários


advocatícios arbitrados a seu favor, argumentando que a reclamada é uma das maiores empresas do ramo
varejista do país.

Considerando que a presente Reclamação Trabalhista foi proposta em


13.03.2019, correta a condenação do reclamante ao pagamento dos honorários advocatícios.

No entanto, cumpre mencionar que vencido o beneficiário da justiça


gratuita, desde que não tenha obtido em juízo, ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar
a despesa, o pagamento da sucumbência ficará sob condição suspensiva de exigibilidade.

Contudo, no presente feito, o reclamante obteve créditos capazes de


suportar a despesa, pelo que não há que se falar em condição suspensiva de exigibilidade.

Por fim, entendo que os honorários advocatícios sucumbenciais devem ser


fixados em observância ao princípio da razoabilidade, em percentuais estabelecidos pela norma, com
observância do disposto no art. 791-A da CLT, e por este motivo mantenho o percentual arbitrado na
origem em 5%.

Assinado eletronicamente por: ROSANA DE ALMEIDA BUONO - 02/10/2019 13:50:26 - ec367d1


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19073018101414300000216083617
Número do processo: 1000364-13.2019.5.02.0614 ID. ec367d1 - Pág. 7
Número do documento: 19073018101414300000216083617

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 8711
Fls.:

Ante o exposto,

ACORDAMos Magistrados da 3ª Turma do Tribunal Regional do


Trabalho da 2ª Região em conhecer dos recursos ordinários interpostos pelas partes e, no mérito, por
maioria de votos, vencida a Exma. Desembargadora Kyong Mi Lee (dá provimento mais amplo ao
recurso, com a exclusão das horas extras e reflexos), DAR PROVIMENTO PARCIAL ao apelo da recl
amada para restringir a condenação ao pagamento do período suprimido do intervalo para refeição e
descanso (30 minutos) após a entrada em vigor da Lei 13.467/2017 em 11.11.2017, sem a incidência de
reflexos nos termos do art. 71, § 4º da CLT, bem como para excluir da condenação a indenização de
9,9% sobre o valor da causa; e, por maioria de votos, vencida a Exma. Desembargadora Kyong Mi Lee
(intervalo interjornadas e PLR; dá provimento menos amplo ao recurso), DAR PROVIMENTO
PARCIAL ao apelo do reclamante para acrescer à condenação o pagamento de horas extraordinárias
decorrentes da violação do intervalo interjornada e reflexos em DSRs, férias com 1/3, 13º salários, FGTS
e multa de 40%, limitados os reflexos, contudo, à entrada em vigor da Lei 13.467/2017, para acrescer à
condenação diferenças salariais entre reclamante e paradigma a partir de 01.01.2016, considerando-se o
salário fixo de ambos, sendo devidos reflexos em 13º salários, férias + 1/3, aviso prévio e depósitos de
FGTS + 40%. Mantém-se, no mais, a r. sentença, rearbitrando-se à condenação o valor de R$ 300.00,00.

Presidiu o julgamento o Exmo. Desembargador Nelson Nazar - Presidente Regimental.

Tomaram parte no julgamento a Exma. Desembargadora Rosana de Almeida Buono, a Exma.


Desembargadora Kyong Mi Lee e a Exma. Desembargadora Margoth Giacomazzi Martins.

ROSANA DE ALMEIDA BUONO


Desembargadora Relatora

5/

VOTOS

Assinado eletronicamente por: ROSANA DE ALMEIDA BUONO - 02/10/2019 13:50:26 - ec367d1


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19073018101414300000216083617
Número do processo: 1000364-13.2019.5.02.0614 ID. ec367d1 - Pág. 8
Número do documento: 19073018101414300000216083617

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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO

PROCESSO Nº 1000804-82.2019.5.02.0040

RECURSO ORDINÁRIO

ORIGEM: 40ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO

RECORRENTES: VIA VAREJO S.A. e CLAUDINEI ANANIAS DA SILVA

RECORRIDOS: OS MESMOS

Ementa:

HORAS EXTRAS. CARGO DE GESTÃO NÃO


COMPROVADO. O cargo de confiança do qual trata o art. 62,
II, da CLT é aquele que, para o seu exercício, o empregado
detém poder de autonomia, representa o empregador frente a
terceiros e até com ele se confunde, sem esquecer, por claro,
possuir padrão salarial diferenciado, superior ao dos demais. À
falta de elementos caracterizadores do poder de gestão, incabível
o enquadramento no indigitado artigo celetista.

Adoto o relatório da sentença (fls. 1717/1725) que, juntamente com o


decidido nos embargos de declaração (fls. 1758/1759), julgou parcialmente procedentes os pedidos da
inicial.

Recurso ordinário da RECLAMADA (fls. 1738/ 1752) discordando de sua


condenação em: 1) reflexos de comissões e prêmios em DSR; 2) horas extras; 3) equiparação salarial; 4)
honorários de sucumbência; por fim, 5)diz ser inaplicável o IPCA-e como índice de correção monetária.

Depósito recursal e custas (fls. 1753/1756 ).

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Recurso ordinário do RECLAMANTE (fls. 1766/ 1775) pugnando por


horas extras, assim consideradas as excedentes à 8ª hora diária ou à 44ª hora semanal, utilizando-se o
parâmetro mais benéfico ao recorrente. Pede o pagamento de uma hora de intervalo e não apenas do
período suprimido. Pretende seja afastada a aplicação da Súmula 340 do C. TST. Requer a integração à
base de cálculo das diferenças salariais do valor da premiação paga aos paradigmas, nos exatos termos da
inicial. Pede PLR proporcional referente ao ano de 2018. Discorda de sua condenação em honorários
sucumbenciais e pretende a majoração daqueles fixados em seu favor.

Justiça Gratuita deferida em sentença (fls. 1724).

Contrarrazões (fls. 1778/1796 e 1797/1804).

Desnecessária a remessa dos autos ao Ministério Público do Trabalho nos


termos do art. 85, § 1º, do Regimento Interno deste E. Regional.

É o relatório.

VOTO

I- DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE

1- Conheço dos recursos porque atendidos os pressupostos legais de


admissibilidade.

DO RECURSO DA RECLAMADA

II- DA SUBSTITUIÇÃO DO DEPÓSITO RECURSAL

2- Em sede de preliminar examino a pretensão da reclamada, apresentada


a fls. 1805/1808, de substituir o depósito recursal existente nos autos por seguro-garantia.

3- Indefiro o pedido.

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4- O depósito do qual trata o art. 899 da CLT é prévio e deve ser feito e
comprovado no prazo alusivo ao recurso (Súmula 245 do C. TST).

5- Escolhida a modalidade da garantia (depósito recursal, fiança bancária


ou seguro garantia judicial) opera-se a preclusão consumativa do ato, cabendo aguardar, para a sua
movimentação, o momento processual oportuno (art. 899, § 1º, da CLT).

6- Aliás, o § 11 do art. 899 da CLT em passo algum autoriza a


substituição posterior do depósito em dinheiro por outro de natureza diversa.

III- DOS REFLEXOS DE COMISSÕES E PRÊMIOS EM DSR

7- Insurgiu-se a reclamada contra a sua condenação ao pagamento dos


reflexos das comissões e prêmios habitualmente pagos em repousos semanais remunerados, sob a
alegação de que sempre efetuou o correto pagamento do título.

8- Sem razão.

9- Analisando os holerites carreados com a defesa é fácil perceber que a


ré não quitava a debatida repercussão (fls. 1408/1538).

10- Daí, mantenho a sentença que a condenou ao pagamento dos reflexos


das comissões quitadas mensalmente nos repousos semanais remunerados.

IV- DAS HORAS EXTRAS

11- Insistiu a recorrente que o autor ocupava cargo de gestão nos moldes
do art. 62, II, da CLT.

12- O dispositivo celetista em questão assim dispõe:

Art. 62. Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo:

(...)

II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se


equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou
filial.

Parágrafo único. O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados
mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança,
compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo

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salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento). (Redação dada ao artigo pela Lei
nº 8.966, de 27.12.1994, DOU 28.12.1994).

13- Portanto, a legislação prescreve dois requisitos para a configuração de


cargo de confiança para fins de não controle de jornada: 1. o exercício de cargo de gestão; e 2. o
recebimento de gratificação não inferior a 40% do salário.

14- Cargo de gestão é aquele que, para o seu exercício, o trabalhador


tenha poder de autonomia "nas opções importantes a serem tomadas, poder este em que o empregado se
substitui ao empregador" (COMENTÁRIOS À CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO, VA
LENTIN CARRION, 26.ª edição, pág. 112), ou seja, o empregado representa o empregador frente a
terceiros e até com ele se confunde, sem esquecer, por claro, possuir padrão salarial diferenciado,
superior ao dos demais.

15- Cumpre, então, destacar a excepcionalidade do cargo de gestão, o


qual não viola a limitação constitucional de jornada (art. 7º, XIII) justamente em virtude dessa conjuntura
fática particular e ínsita aos poderes de gestão, cujo exercício e controle estão totalmente ligados à
eficiência de resultados, sendo indiferente o seu tempo à disposição(art. 4º da CLT).

16- O ônus de prova dos elementos caracterizadores do cargo de gestão


cabe à empresa que o alega (arts. 818, II, da CLT e 373, II, do Novo Código de Processo Civil), a qual
dele não se desvencilhou.

17- Isso porque confessou o preposto da ré "que o reclamante, como


gerente de loja, estava subordinado ao gerente regional; (...) que a admissão poderia ser decidida pelo
próprio gerente de loja; que dispensas por justa causa deveriam passar pelo gerente regional e pelo
departamento jurídico; que o reclamante, para admissão de funcionários, assinava um documento
denominado "movimentação de pessoal", sendo que este não passava pelo gerente regional; que a
autorização de movimentação de pessoal no sistema cabia ao setor de RH ou ao departamento
jurídico, dependendo da situação; que poderia haver a contratação autorizada pelo reclamante, mas
negada pelo RH da empresa; que o reclamante poderia efetuar um desligamento sem justa causa,
sendo que este também poderia ser negado pelo RH; que para conceder algum desconto além do que
estava no sistema da loja, o reclamante deveria entrar em contato com o comitê de despesas da
reclamada, eis que esta liberação dependia da alçada de desconto concedida à loja; que o reclamante
poderia autorizar reparos na loja, dentro do centro de custos autorizado para a loja, sendo que, caso
este valor fosse ultrapassado, a autorização deveria partir do comitê de despesas; que o reclamante
poderia fazer troca de produtos fora do período estabelecido, desde que tivesse sido efetuado seguro
garantia; que o reclamante poderia fazer a gestão do setor de crédito, mas a concessão de crédito cabia
ao comitê respectivo; (...) que eram pagas horas extraordinárias quando do trabalho aos domingos,

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sendo que era mensurado o trabalho por 8 horas; que as horas trabalhadas no mês também eram
calculadas com base em 8 horas diárias; (...) que o reclamante cumpria jornada flexível, em média, das
12 às 20h30/21h30. Nada mais."(grifei - fls. 1709).

18- A testemunha portada pela própria reclamada, única ouvida em


audiência, igualmente afirmou "que a depoente acredita que em 90% de suas atividades, o reclamante
estivesse sujeito a autorização do gerente regional" (fls. 1710).

19- Tenho que o reclamante estava subordinado ao gerente regional.


Portanto, não possuía a esperada autonomia do cargo de gestão. Ainda, não há qualquer prova nos autos
de que o obreiro percebesse os 40% de gratificação (padrão salarial diferenciado).

20- Por conseguinte, escorreita a sentença ao excluir o postulante da


exceção em debate.

21- Daí, subsiste a jornada nos termos fixados pelo Juízo a quo, pois
coerente com as provas produzidas nos autos, quais sejam:

a) (na loja da Vila Luzita), das de 19.06.14 a 30.06.15 09h00 às 20h45, em média, de
segunda-feira a sábado, e das 10h00 às 18h15, aos domingos, sendo que, uma vez ao
mês, será observado o labor das 7h00 às 23h00, para realização de inventários; serão
considerados como trabalhados cinco feriados por ano, das 08h30 às 18h00; nos dois
dias que antecediam datas comemorativas (Dia das Mães, Dia dos Pais e Natal) será
considerado o labor das 08h00 às 21h00; na "Black Friday", será observado o trabalho,
por dois dias, das 08h00 às 21h00, e um dia, das 05h00 às 23h00; dois saldões por ano
(cada um com duração de um dia), das 07h00 às 21h00; sempre com quatro folgas
semanais (das quais duas eram usufruídas aos domingos) e 40 minutos de intervalo para
refeição e descanso; b) de 01.07.15 a 24.09.18(em lojas de shopping), das 11h15 às
22h45, em média, de segunda-feira a sábado, e das 12h00 às 20h30, aos domingos,
sendo que, uma vez ao mês, será observado o labor das 7h00 às 23h00, para realização
de inventários; serão considerados como trabalhados seis feriados por ano, das 12h00
às 20h00; nos dois dias que antecediam datas comemorativas (Dia das Mães, Dia dos
Pais e Natal) e durante a "Black Friday" (por três dias), será considerado o labor das
10h00 às 23h00; dois saldões por ano (cada um com duração de um dia), das 10h00 às
23h00; sempre com quatro folgas semanais (das quais duas eram usufruídas aos
domingos) e 35 minutos de intervalo para refeição e descanso (fls. 1718/1719).

22- De rigor a condenação da reclamada em horas extras decorrentes do


labor em sobrejornada, da parcial supressão dos intervalos intra e interjornada e seus reflexos. Nada a
reparar.

V- DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL

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23- Refutou a demandada o reconhecimento da igualdade de funções entre


o reclamante e o paradigma Gabriel Adami Pamplona.

24- Pois bem. Rezava o art. 461 do Estatuto Consolidado, vigente à época
dos fatos:

Art. 461 Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo
empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo,
nacionalidade ou idade.

§ 1º - Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual
produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo
de serviço não for superior a 2 (dois) anos.

25- Em se tratando de controvérsia que envolve equiparação salarial,


oportuno mencionar que o C. TST, por meio da Súmula 6, já condensou alguns entendimentos, inclusive
quanto ao ônus da prova, da seguinte forma:

EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ART. 461 DA CLT.

III - A equiparação salarial só é possível se o empregado e o paradigma exercerem a


mesma função, desempenhando as mesmas tarefas, não importando se os cargos têm, ou
não, a mesma denominação.

VIII - É do empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou extintivo da


equiparação salarial (grifei).

26-Daí, cabe ao autor primeiramente provar a identidade de funções (arts.


818, I, da CLT e 373, I, do novo Código de Processo Civil); caracterizada esta, o ônus de provar que o
labor era executado sem iguais produtividade e perfeição técnica passa à reclamada (arts. 818, II, da CLT
e 373, II, do novo Código de Processo Civil).

27- É incontroverso nos autos que a diferença de tempo de serviço entre o


reclamante e o paradigma não era superior a dois anos.

28- Ainda, a ré não demonstrou diferenças de produtividade ou perfeição


técnica. Tampouco há prova nos autos de que o autor e o paradigma tenham efetivamente laborado em
municípios distintos, ônus que competia à reclamada (arts. 373, II, do CPC e 818, II, da CLT).

29- O preposto da ré confessou em audiência "que Gabriel exercia as


mesmas funções que o reclamante" (fls. 1709).

30- Portanto, subsiste a condenação no pagamento de diferenças salariais


e reflexos.

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VI- DO ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA

31- O direito à correção monetária surge, efetivamente, com a liquidação


do feito. Assim, somente em tal momento processual é possível discutir qual o índice aplicável, pois não
há como estabelecer antecipadamente qual a norma legal que estará vigente nessa fase.

32- Dessarte, reformo para estabelecer que a correção monetária deverá


observar o índice previsto em Lei no momento da liquidação do feito.

DO RECURSO DO RECLAMANTE

VII- DAS HORAS EXTRAS

33- O reclamante insistiu para que seja acrescida à condenação em horas


extras excedentes à 8ª diária ou à 44ª semanal a locução "o que for mais benéfico".

34- Para evitar discussões desnecessárias na fase de execução, reformo


nestes termos.

VIII- DO INTERVALO

35- Quanto ao intervalo intrajornada, cumpre esclarecer que o contrato de


trabalho do autor teve vigência de 14.12.2007 a 24.09.2018. Daí, inaplicável a Reforma Trabalhista in
casu até a entrada em vigor da Lei nº 13.467/2017, em 11.11.2017. Nesse sentido disciplina o art. 6º da
LINDB, in verbis: "A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o
direito adquirido e a coisa julgada".

36- É inegável que as situações jurídicas encerradas antes da vigência da


Lei nº 13.467/2017, ou seja, antes de 11.11.2017, são atos jurídicos perfeitos, vez consumados segundo a
lei vigente à época.

37- Tudo não fosse suficiente, quando dos fatos era pacífico nesta
Especializada o entendimento de que a não concessão de intervalo intrajornada, bem assim aquele
usufruído a menor, gerava o dever de remunerar integralmente o período, acrescido do adicional
correspondente, bem como patente a natureza salarial dessas horas, nos termos do art. 71, § 4º, da CLT e
da Súmula 437, I, do C. TST:

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INTERVALO INTRAJORNADA PARA REPOUSO E ALIMENTAÇÃO. APLICAÇÃO DO


ART. 71 DA CLT (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 307, 342, 354, 380 e
381 da SBDI-1) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012

I - Após a edição da Lei nº 8.923/94, a não-concessão ou a concessão parcial do


intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e
rurais, implica o pagamento total do período correspondente, e não apenas daquele
suprimido, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora
normal de trabalho (art. 71 da CLT), sem prejuízo do cômputo da efetiva jornada de
labor para efeito de remuneração.

(...)

III - Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, § 4º, da CLT, com redação
introduzida pela Lei nº 8.923, de 27 de julho de 1994, quando não concedido ou
reduzido pelo empregador o intervalo mínimo intrajornada para repouso e alimentação,
repercutindo, assim, no cálculo de outras parcelas salariais.

(...).

38- Assim, mantenho a sentença a qual deferiu ao demandante até 10.11.


2017 o pagamento, como hora extra, da integralidade do tempo previsto em lei para a fruição do
descanso (uma hora), tendo em vista o disposto no art. 71, parágrafo 4º, da CLT, bem como os reflexos
em aviso prévio, férias mais 1/3, 13º salário, DSR's e FGTS mais 40%. A partir de 11.11.2017, devido
apenas o período suprimido, cuja natureza é indenizatória, com o respectivo adicional.

IX- DA BASE DE CÁLCULO DAS DIFERENÇAS SALARIAIS

39- Pretendeu o recorrente a integração à base de cálculo das diferenças


salariais o valor da premiação paga aos paradigmas.

40- Sem razão.

41-Tais valores possuem natureza personalíssima, pois são aferidos


consoante as vendas realizadas pelos empregados.

42- Nada a reparar.

X- DA SÚMULA 340 DO C. TST

43- Postulou o autor seja afastada a aplicação da Súmula 340 do C. TST.

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44- Com razão. Não há falar, na hipótese, na aplicação do entendimento


da referida Súmula, vez que o empregado recebia remuneração mista: salário fixo e comissões, e a
mencionada Súmula é dirigida aos comissionistas puros.

45- Reformo.

XI- DA PLR 2018

46- Insistiu o reclamante no pedido de PLR proporcional ao ano de 2018.

47- Por certo que a quitação de uma obrigação deve ser comprovada pelo
suposto devedor. Todavia, cabe ao demandante demonstrar a existência de tal direitoquando este não
possui previsão legal expressa.

48- Este é o caso dos autos. Incumbia ao postulante apresentar o


instrumento normativo com a previsão de PLR para o ano de 2018, bem como indicar a cláusula que
supostamente lhe conferiu tal direito. Como não o fez, improcede o pleito.

49- Mantenho.

DA MATÉRIA COMUM AOS RECURSOS

50- Considerando que ambas as partes recorreram no que diz respeito à


condenação no pagamento de honorários sucumbenciais, vou examinar conjuntamente os recursos.

XII- DOS HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS

51- O demandante alegou que a condenação em honorários sucumbenciais


seria incompatível com as garantias de inafastabilidade da jurisdição e de assistência jurídica integral e
gratuita aos comprovadamente necessitados, previstas respectivamente nos incisos XXXV e LXXIV do
artigo 5º da Constituição de 1988. Sem razão.

52- Ambas as partes pugnaram, ainda, por revisão dos percentuais fixados.

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Fls.:
Fls.:10
721

53- Pois bem. A inafastabilidade da jurisdição assegura que nenhuma Lei


poderá impedir o Judiciário de examinar alguma lesão ou ameaça a direito (art. 5º, XXXV, da CF/1988).
De forma alguma, portanto, obstou que o legislador estabeleça responsabilidades ao litigante por aquilo
que o Juízo, após a apreciação de sua demanda, declarar infundado e julgar improcedente.

54- O caso se assemelha ao aparente conflito entre a liberdade de


expressão e a responsabilidade por danos material, moral e à imagem, ambas também garantidas pela
Carta Magna (art. 5º, IV e V). A solução exsurge cristalina quando se compreende que a liberdade não
implica em irresponsabilidade; ao contrário, todos são livres para expressar suas ideias justamente
porqueeventuais danos e excessos que cometerem serão por eles próprios suportados.

55- Mutatis mutandis, o mesmo ocorre aqui. O acesso ao Judiciário é livre


e assegurado a todos. Isso não quer dizer, contudo, que inexistirá responsabilização pela postulação
infundada e temerária.

56- Aliás, entendo ser mais danoso ao acesso à Justiça permitir a


litigância excessiva e irresponsável,sem quaisquer consequências. Esta consome tempo e recursos do
Judiciário, gerando atrasos e demora na apreciação de outros feitos, e como Rui Barbosa advertiu há
décadas, "justiça atrasada não é justiça, senão injustiça qualificada e manifesta".

57- Fosse insuficiente o exposto, o que admito apenas em caráter ad


argumentandum tantum, os princípios e garantias constitucionais não são regras jurídicas, mas
mandamentos de otimização. Em outras palavras, admitem sopesamento com outros princípios, de
forma que nem toda limitação caracterizará violação e, muito menos, ensejará uma inconstitucionalidade.

58- Esta circunstância possui especial relevo no caso em exame porque ao


mesmo tempo que criou as garantias citadas pela recorrente, o Constituinte também assegurou a todos "a
razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação" (art. 5º,
LXXVIII). Estabelecer responsabilidades ao litigante que provocar a manifestação do Judiciário sem ter
razão (caso no qual haverá a improcedência de sua pretensão) se justifica, portanto, como um
compromisso equânime e razoável entre as garantias de assistência integral e de celeridade processual.

59- Registro ainda que o legislador já estabeleceu salvaguardas para o


comprovadamente hipossuficiente, suspendendo a exigibilidade de eventual condenação em
honorários sucumbenciais caso o beneficiário da Justiça Gratuita não tenha obtido em Juízo créditos
suficientes para satisfazê-los.

Assinado eletronicamente por: JOSE RUFFOLO - 01/09/2020 13:45:38 - 90ea90c


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Número do processo: 1000804-82.2019.5.02.0040 ID. 90ea90c - Pág. 10
Número do documento: 20062216014176300000243474866

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Fls.:
Fls.:11
722

60- Por fim, assinalo que a presente demanda foi ajuizada em 19.06.2019,
mais de um ano após o início da vigência do citado artigo 791-A da CLT.

61- Disse a decisão: "A reclamada arcará com honorários de


sucumbência devidos aos patronos do reclamante, à razão de 5% (cinco por cento) do valor que resultar
da liquidação da sentença. O reclamante arcará com honorários de sucumbência, a favor dos patronos
da reclamada, no importe de R$ 340,85 (5% do proveito econômico obtido)"(fls. 1724).

62- Ora, a despeito de todas as discussões doutrinárias que o tema enseja,


assevera o dispositivo Consolidado:

Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de
sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15%
(quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito
econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.

§ 2º Ao fixar os honorários, o juízo observará

I - o grau de zelo do profissional;

II - o lugar de prestação do serviço;

III - a natureza e a importância da causa;

IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço (grifei).

63- Tenho que o Juízo observou escorreitamente os limites máximo e


mínimo na fixação dos honorários, bem como os critérios estabelecidos em lei. Daí, dispenso maiores
digressões.

64- Dessarte, rejeito a alegada inconstitucionalidade do artigo 791-A da


CLT e mantenho a condenação recíproca em honorários sucumbenciais recíprocos.

DISPOSITIVO

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Número do processo: 1000804-82.2019.5.02.0040 ID. 90ea90c - Pág. 11
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Fls.:
Fls.:12
723

Do exposto,

ACORDAM os Magistrados da 5ª Turma do Tribunal Regional do


Trabalho da 2ª Região em: nos termos da fundamentação, DAR PARCIAL PROVIMENTO aos
recursos. Ao da RECLAMADA para estabelecer que a correção monetária deverá observar o índice
previsto em Lei no momento da liquidação do feito. Ao do RECLAMANTE para acrescer à condenação
em horas extras excedentes à 8ª diária ou à 44ª semanal a locução "o que for mais benéfico", bem como
para excluir a aplicação da Súmula 340 do C. TST em sua apuração.

Fica indeferida, ainda, a pretensão da reclamada em substituir os


depósitos recursais existentes nos autos por seguro-garantia.

No mais subsiste o decidido na Origem, inclusive quanto ao valor da


condenação, o qual permanece compatível com os títulos deferidos.

POR MAIORIA DE VOTOS, VENCIDA A EXMA. J. SONIA


MARIA LACERDA

DIVERGÊNCIA:

Divirjo em parte, com todo respeito, para manter a aplicação da Súmula n.


340 C. TST, proporcionalmente ao valor recebido a título de comissões.

Presidiu o julgamento o Exmo. Sr. Desembargador JOSÉ RUFFOLO.

Tomaram parte no julgamento os Exmos. Srs. Magistrados JOSÉ


RUFFOLO, ANA CRISTINA L. PETINATI e SONIA MARIA
LACERDA

Relator: o Exmo. Sr. Magistrado JOSÉ RUFFOLO

São Paulo, 18 de agosto de 2020.

(a) Luiz Carlos de Melo Filho

Secretário da 5ª Turma

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Fls.:
Fls.:13
724

JOSÉ RUFFOLO
Relator

VOTOS

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Número do processo: 1000804-82.2019.5.02.0040 ID. 90ea90c - Pág. 13
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Fls.: 1725
Fls.:

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO

PROCESSO nº 1001267-21.2018.5.02.0020 (ROT)


RECORRENTE: DALMO LIMA BRASIL, VIA VAREJO S/A
RECORRIDO: DALMO LIMA BRASIL, VIA VAREJO S/A
RELATOR: FERNANDO ANTONIO SAMPAIO DA SILVA

A r. sentença julgou parcialmente procedentes os pedidos (Id. 3d30ea8).


Parcialmente acolhidos os embargos de declaração opostos pelo reclamante (Id. ac1def7).

Recurso ordinário da reclamada. Se insurge contra a condenação ao


pagamento de horas extras e reflexos, bem como contra a integração de prémios em DSR's. (Id. 41aa521).

Recurso ordinário adesivo do reclamante. Pretende, em síntese: 1º) a


fixação de parâmetros mais benéficos ao reclamante para apuração de horas extras; 2º) o acolhimento da
jornada de trabalho alegada em exordial; 3º) a não incidência da sumula nº 340 do C. TST para apuração
de horas extras pela supressão de intervalos; 4º) PLR; 5º) justiça gratuita e isenção do pagamento de
honorários sucumbenciais; 6º) majoração dos valores fixados a título de honorários advocatícios a serem
pagos pela ré. (Id. b237766).

Contrarrazões do reclamante e da reclamada. (id. 9b36518 e 7419101,


respectivamente).

Dispensado o parecer ministerial na forma do art. 28, da Consolidação dos


Provimentos da E. Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho do C. TST.

É o relatório.

VOTO:

Assinado eletronicamente por: FERNANDO ANTONIO SAMPAIO DA SILVA - 10/09/2020 15:59:41 - cac4f85
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Número do documento: 20052117455777300000244908873

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 2726
Fls.:

1- DO CONHECIMENTO.

1.1- DO RECURSO DA RECLAMADA.

Conheço, por tempestivo (Id. af57ab2), regular (Id. f32f4fb) e com


preparo comprovado (Id. a30bdcd).

1.2- DO RECURSO DO RECLAMANTE.

Conheço, por tempestivo (Id. af57ab2), regular (Id. b6710af) e isento de


preparo.

1.3- DA ORDEM DE APRECIAÇÃO.

Aprecio, em primeiro lugar, a matéria comum a ambos os apelos,


referente às horas extras e a jornada de trabalho fixada e, após, as matérias arguidas em cada recurso, na
ordem em que foram interpostos.

2- DAS HORAS EXTRAS. DA JORNADA DE TRABALHO.

A reclamada se insurge contra a condenação ao pagamento de diferenças


de horas extras e reflexos. Sustenta que o reclamante se insere na exceção prevista no art. 62, II da CLT,
razão pela qual sua jornada não era controlada pela ré.

O reclamante, por seu turno, pretende seja acolhida a jornada de trabalho


arguida na exordial, inclusive em saldões, feriados e datas comemorativas, bem como os parâmetros lá
pretendidos para sua apuração.

Não assiste razão aos recorrentes.

Os fundamentos externados na origem para acolhimento ou rejeição das


pretensões do autor são idênticos aos adotados por este Relator, aplica-se, ao caso, a técnica de
julgamento conhecida como motivação "per relationem".

Desta forma de fundamentação é compatível com a regra do inciso IX do


art. 93, da CF, conforme já reconhecido pelo E. STF em despacho exarado pelo Exmo. Ministro Celso de
Mello nos autos da MC 27.350/DF, proferido em 29.05.2008 e publicado no DJU de 04.06.2008.

Há, inclusive, recentes decisões daquela E. Corte Suprema, posteriores à


entrada em vigor do atual Código de Processo Civil (Lei 13.105/15), que reafirmam a legitimidade desta
forma de julgamento (cf. ARE 887.611/AP, relatado pelo Exmo. Ministro Luís Roberto Barroso e

Assinado eletronicamente por: FERNANDO ANTONIO SAMPAIO DA SILVA - 10/09/2020 15:59:41 - cac4f85
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Número do processo: 1001267-21.2018.5.02.0020 ID. cac4f85 - Pág. 2
Número do documento: 20052117455777300000244908873

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Fls.: 3727
Fls.:

julgado em 16 de agosto de 2016, com publicação em 19 de agosto de 2016). Esclareço que a remissão
aos fundamentos da sentença, ou, em outros termos, sua incorporação formal às razões de decidir,
importa na automática rejeição, por incompatibilidade lógica, de todos os argumentos em sentido
contrário levantados nas razões recursais.

Eis os fundamentos da r. sentença, ora adotados como razão de decidir:

"Aduz a parte autora que exerceu funções meramente técnicas e operacionais, sem
qualquer autonomia, poder de gestão ou de administração, a despeito da nomenclatura
do referido cargo ser de 'gerente de loja'.

A Reclamada impugnou os pleitos relativos à duração do trabalho aduzindo que o Autor


estava enquadrado no artigo 62, II, da CLT.

Parto da premissa de que a limitação da jornada ordinária e o pagamento das horas


extras são matérias com suporte constitucional, consoante se constata dos incisos XIII e
XVI, do art. 7º, da Carta Magna, daí resultando que a aplicação do artigo 62, II, da
CLT, somente comporta interpretação estrita, como forma de não macular diretos
fundamentais do trabalhador.

No caso sub judice, destaco previamente a incongruência entre a própria tese de defesa
(Reclamante não possuía controle de jornada de trabalho) c/c o depoimento da preposta
("o reclamante não registrava o horário de trabalho") e os demonstrativos de
pagamento de salário de fls.1039, 1050 e 1061 (por amostragem - nos quais há
discriminação de horas extraordinárias adimplidas) - ocasiões em que o Autor já
exercia a função de gerente, diga-se.

E mais, a preposta da Ré, em depoimento pessoal, reconheceu:

"que as condições de trabalho dos gerentes são as mesmas, [...]; que todos os gerentes
são "autonomia dentro da loja" e fora da loja, o gerente regional que cuida daquela
loja; que cada gerente regional geralmente cuida de 20 lojas; que geralmente o gerente
regional tem um coordenador que o auxilia; que o gerente de loja em algumas coisas
deve se reportar ao regional; que quanto à admissão, demissão o reclamante fazia a
indicação; para admissão o reclamante poderia marcar entrevista na loja e a demissão
também fazia indicação ao R H; que o gerente regional entra para estar ciente para o
que está acontecendo na loja; que para demissão e admissão deveria ser preenchido
pelo gerente um documento de movimentação de pessoal; que este documento não
precisava ser aprovado por outra pessoa, sendo apenas um encaminhamento ao
regional; que não havia como dispensar ou contratar sem o preenchimento do referido
documento; que geralmente referido documento passava pelo regional; que se houvesse
um desconto superior ao permitido pelo sistema o reclamante deveria entrar em contato
com atendimento à loja e verificar se haveria a possibilidade de fazer alguma inclusão
no sistema, [...]; que a negociação que o reclamante poderia praticar vem direto do
centro de distribuição; que contrato de prestação de serviço para a loja o reclamante
poderia assinar; [...] que o reclamante precisava fazer login no sistema para iniciar a
jornada;que o reclamante fazia o fechamento do mapa de caixa". (grifei e negritei)

Fosse pouco, a única testemunha ouvida em juízo, Sr. Mário Guedes, completou dizendo:

"que trabalhou para a reclamada de 01/09/2000 a 2018; que não trabalhou na mesma
loja que o reclamante; que encontrava com o reclamante nas reuniões com o regional,
que eram marcadas 2 vezes por mês; [...] que nas reuniões o regional passava as
mesmas determinações para todos os gerentes; que o penúltimo gerente regional era o
mesmo para o reclamante e depoente; que não podia fazer aplicação de penalidades;
que manutenções na loja só poderiam ser feitas com autorização do regional; que não
tinham autonomia para liberação de crédito; que registravam o horário de trabalho por
meio do computador, no próprio sistema do computador; que o registro era feito no
início e fim da jornada; [...] que em datas de reuniões que houvesse a participação do
gerente, outros funcionários poderiam fechar a loja; [...] que os vendedores podiam se
reportar para CAL, o líder e o gerente; que a CAL e líder poderiam se reportar ao
gerente regional diretamente". (grifei e negritei)

Assinado eletronicamente por: FERNANDO ANTONIO SAMPAIO DA SILVA - 10/09/2020 15:59:41 - cac4f85
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Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 4728
Fls.:

Por fim, chamo a atenção para o teor da documentação juntada às fls.80-302, que
corrobora a narrativa da peça de ingresso.

O conjunto probatório, portanto, demonstrou que a responsabilidade era compartilhada


entre o líder, o gerente de loja e o gerente regional.

Ademais, as restrições apontadas nos depoimentos acima são incompatíveis com o


disposto no art. 62, II, da CLT e não revelam a liberdade no poder de gestão - nem
mesmo no sentido de que as decisões do Autor e diretrizes tinham profundo impacto em
todo o faturamento e estrutura da loja, tal como pretendeu fazer crer a empresa
demandada à fl.968.

O fato de ser gerente de loja em nada socorre a Reclamada, haja vista que não implica,
por si só, a existência de amplos e gerais poderes de gestão a ponto de enquadrar a
parte autora no dispositivo do art. 62, II, celetista, sendo relevante a primazia da
realidade. E esta indicou que o Reclamante estava, inclusive, subordinado ao gerente
regional, que, por sua vez, conta com coordenador que o auxilia.

Afasto, portanto, o enquadramento do Autor no artigo 62, II, da CLT, durante todo o
período imprescrito do vínculo. Fixada a condição contratual no que pertine à duração
do trabalho, passo à análise da jornada.

Jornada de trabalho

A empregadora não logrou êxito em trazer aos autos os controles de jornada do


empregado (que era sim registrada, conforme demonstrado pela prova oral, friso), em
que pese estivesse a isso obrigada, à luz do disposto na Súmula 338 do C. TST.

Por ser assim, face à realidade fática vertida nos autos e estabilizada objetiva e
subjetivamente a lide, fixo o seguinte horário de trabalho da parte autora - observadas
as filiais e períodos discriminados à fl.02, item "I" (ID. 1da6f90 - Pág. 1) - fulcro nas
alegações iniciais (fls.04-06) e nas nuances trazidas com o depoimento da testemunha
Mário (fls.1181-1182):

a) Labor em filiais de rua:

de segunda a sexta-feira das 9h45 às 20h30.

aos sábados das 8h às 20h30.

em 2 (dois) domingos ao mês das 9h às 18h.

em datas comemorativas (dia dos pais, dia das mães, dia das crianças, dia dos
namorados e durante as 2 (duas) semanas que antecediam o Natal), de segunda-feira a
sábado das 7h às 21h45 e em todos os domingos das 9h às 18h.

durante 3 (três) dias nos meses de novembro de cada ano, por ocasião da Black Friday
(iniciando um dias antes deste evento e terminando um dia após - frequência ora
arbitrada), que ocorre sempre ao final do referido mês (como é de conhecimento público
e notório), das 6h às 22h.

b) Labor em filiais de shopping:

de segunda a sexta-feira das 11h45 às 22h15.

aos sábados das 10h às 22h30.

em 2 (dois) domingos ao mês e em todos os feriados civis e religiosos (exceto Natal, Ano
Novo e sexta-feira da paixão) das 13h30 às 20h30.

em datas comemorativas (dia dos pais, dia das mães, dia das crianças, dia dos
namorados e durante as 2 (duas) semanas que antecediam o Natal), de segunda-feira a
sábado das 9h às 23h45 e em todos os domingos das 13h30 às 20h30.

durante 3 (três) dias nos meses de novembro de cada ano, por ocasião da Black Friday
(iniciando um dias antes deste evento e terminando um dia após - frequência ora

Assinado eletronicamente por: FERNANDO ANTONIO SAMPAIO DA SILVA - 10/09/2020 15:59:41 - cac4f85
https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=20052117455777300000244908873
Número do processo: 1001267-21.2018.5.02.0020 ID. cac4f85 - Pág. 4
Número do documento: 20052117455777300000244908873

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 5729
Fls.:

arbitrada), que ocorre sempre ao final do referido mês (como é de conhecimento público
e notório), das 9h às 23h.

c) Sempre usufruiu 30 (trinta) minutos de intervalo para refeição e descanso, em todas


as filiais (de rua e shopping), por todo o período imprescrito do contrato de trabalho.

Por oportuno, chamo a atenção da parte autora para o fato de que não foi trazida
qualquer especificação quanto aos supostos meses e/ou dias da semana em que teriam
sido realizados 6 (seis) saldões e 12 (doze) inventários por ano na empresa demandada
(tanto nas filiais de rua quanto nas dos shoppings) - tampouco foram pormenorizados
quais seriam os 5 (cinco) feriados civis e/ou religiosos, em média, supostamente
trabalhados por ano, em filiais de rua.

Horas extras e reflexos

Postula a parte autora o pagamento de horas extras pelos seguintes fatos geradores: (i)
excedentes da 8ª diária e 44ª semanal; (ii) por violação ao intervalo para refeição e
descanso; (iii) em dobro pelo labor em domingos e feriados; (iv) por violação ao
intervalo do art.66 da CLT.

(i) Tendo em vista a jornada de trabalho fixada em tópico precedente, acolho o pedido.

(ii) Acolho o pedido sucessivo de 1 (uma) hora extra por dia efetivamente laborado, ante
a redução do intervalo intrajornada, nos termos da Súmula 437, IV, do C. TST.

Destaco, no pertinente, não vislumbrar nos autos qualquer previsão contratual,


convencional (não houve indicação a respeito) nem mesmo prova a dar supedâneo às
alegações de fl.06, item "V" (foi "[...] contratado com o Reclamante intervalo
intrajornada de 2 horas [...]").

(iii) Acolho o pedido de pagamento em dobro das horas extras pelo labor em todos os
feriados civis e religiosos (exceto Natal, Ano Novo e sexta-feira da paixão), nos períodos
em que trabalhou nas filiais dos shoppings.

Rejeito nos interregnos em que houve labora nas filiais de rua, pois (friso) a parte
autora não apontou um sequer em que tenha trabalhado.

Em relação aos domingos, consta do artigo 7º, inciso XV, da CF/88: "repouso semanal
remunerado, preferencialmente aos domingos"(grifei e negritei).

A coincidência do DSR aos domingos está prevista apenas para o comércio, desde que
observados os requisitos do artigo 6º da Lei 10.101/00, que assim dispõe:

"Artigo 6º: Fica autorizado o trabalho aos domingos nas atividades do comércio em
geral, observada a legislação municipal, nos termos do art. 30, inciso I, da Constituição.
Parágrafo único. O repouso semanal remunerado deverá coincidir, pelo menos uma vez
no período máximo de três semanas, com o domingo, respeitadas as demais normas de
proteção ao trabalho e outras a serem estipuladas em negociação coletiva". (grifei e
negritei)

É o caso do Reclamante. Assim, considerando que o Autor trabalhou em todos os


domingos nas datas comemorativas (dia dos pais, dia das mães, dia das crianças, dia
dos namorados e durante as 2 (duas) semanas que antecediam o Natal), acolho o pedido
de pagamento em dobro pelo labor nessas oportunidades, em conformidade com a
legislação supra.

(iv) Não tendo havido prejuízo ao intervalo interjornada, conforme jornada fixada,
rejeito o pedido de pagamento de horas extras neste particular.

Por fim, dada a habitualidade e em vista da natureza salarial, acolho os reflexos dessas
horas extras em aviso prévio, DSRs (atento à OJ 394 da SDI-1 do TST), férias + 1/3, 13º
salário e FGTS + 40%.

Assinado eletronicamente por: FERNANDO ANTONIO SAMPAIO DA SILVA - 10/09/2020 15:59:41 - cac4f85
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Número do processo: 1001267-21.2018.5.02.0020 ID. cac4f85 - Pág. 5
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Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 6730
Fls.:

Parâmetros para as horas extras deferidas: (i) frequência e labor determinados de


acordo com a jornada fixada e divisor 220; (ii) adicional praticado nos holerites ou
outro mais benéfico previsto em norma coletiva; (iii) observância da Súmula 437 do C.
TST; (iv) evolução salarial (consideradas as diferenças salariais ora deferidas - pela
incidência dos prêmios em DSRs) e observância da Súmula 264 do C. TST (observadas
as rubricas já constantes em holerites); (v) excluam-se do cálculo períodos de
afastamento da parte autora, tais como férias, faltas injustificadas e licenças, desde que
devidamente comprovados; (vi) não sejam repetidas no módulo semanal as horas extras
já apuradas no módulo diário; (vii) seja feito o recálculo de todo o período, com base na
jornada de trabalho acima, apure-se o valor devido e deduza-se o que já fora pago a
idêntico título (OJ 415 da SDI-1 do C.TST), em conformidade com os recibos de
pagamentos de salários juntados até a presente data, porquanto já estabilizada a lide;
(viii) observância da Súmula 146 do C. TST para os feriados laborados; (ix) os feriados
deverão ser considerados como aqueles que sejam consentâneos com a Lei n. 9.093/95;
(x) atenção aos parâmetros da OJ nº 397 da SBDI-1 e da Súmula 340 do C. TST para a
parte variável da remuneração (fl.03, item "II").".

Nego provimento.

3- DO RECURSO DA RECLAMADA.

3.1- DA INTEGRAÇÃO DE PRÉMIOS EM DSR'S.

Comprovada a ausência da integração dos valores percebidos a título de


prêmios, bem como levando-se em conta sua natureza salarial, não há falar em reforma da decisão que
determinou a integração de tal verba para apuração de DSR's.

Nego provimento.

4- DO RECURSO DO RECLAMANTE.

4.1- DA INCIDÊNCIA DA SUMULA Nº 340 DO C. TST PARA


APURAÇÃO DE HORAS EXTRAS PELA SUPRESSÃO DE INTERVALOS.

Incontroverso nos autos que o reclamante recebia salário constituído de


uma parte fixa e outra variável (comissões e prêmios), assim chamado comissionista misto, conforme a
própria petição inicial, corroborada pelas alegações da defesa.

Oportuna a transcrição da Súmula nº 340 do C. TST, que assim preconiza:

"COMISSIONISTA. HORAS EXTRAS (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e


21.11.2003

O empregado, sujeito a controle de horário, remunerado à base de comissões, tem


direito ao adicional de, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento) pelo trabalho em horas
extras, calculado sobre o valor-hora das comissões recebidas no mês, considerando-se
como divisor o número de horas efetivamente trabalhadas."

Com efeito, as comissões percebidas em razão da jornada extraordinária


já remuneram o valor correspondentes às respectivas horas, razão pela qual, em relação a esta parte do

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Fls.:

salário, somente é devido o adicional de horas extras, observando-se, como divisor, o número de horas
efetivamente trabalhadas.

Neste sentido a jurisprudência do C. TST, cristalizada na Orientação


Jurisprudencial nº 397 da SBDI-I, cuja transcrição é oportuna:

"397. COMISSIONISTA MISTO. HORAS EXTRAS. BASE DE CÁLCULO. APLICAÇÃO


DA SÚMULA N.º 340 DO TST. (DEJT divulgado em 02, 03 e 04.08.2010)

O empregado que recebe remuneração mista, ou seja, uma parte fixa e outra variável,
tem direito a horas extras pelo trabalho em sobrejornada. Em relação à parte fixa, são
devidas as horas simples acrescidas do adicional de horas extras. Em relação à parte
variável, é devido somente o adicional de horas extras, aplicando-se à hipótese o
disposto na Súmula n.º 340 do TST." (Grifei e destaquei.)

Não há diferenças na apuração das horas extras pela extrapolação da


jornada ou pela supressão de intervalos.

Assim, importa negar provimento ao apelo.

4.2- DA PLR.

Os fundamentos externados na origem para rejeição da pretensão da


exordial são idênticos aos adotados por este Relator, aplica-se, ao caso, a técnica de julgamento
conhecida como motivação "per relationem".

Desta forma de fundamentação é compatível com a regra do inciso IX do


art. 93, da CF, conforme já reconhecido pelo E. STF em despacho exarado pelo Exmo. Ministro Celso de
Mello nos autos da MC 27.350/DF, proferido em 29.05.2008 e publicado no DJU de 04.06.2008.

Há, inclusive, recentes decisões daquela E. Corte Suprema, posteriores à


entrada em vigor do atual Código de Processo Civil (Lei 13.105/15), que reafirmam a legitimidade desta
forma de julgamento (cf. ARE 887.611/AP, relatado pelo Exmo. Ministro Luís Roberto Barroso e
julgado em 16 de agosto de 2016, com publicação em 19 de agosto de 2016). Esclareço que a remissão
aos fundamentos da sentença, ou, em outros termos, sua incorporação formal às razões de decidir,
importa na automática rejeição, por incompatibilidade lógica, de todos os argumentos em sentido
contrário levantados nas razões recursais.

Eis os fundamentos da r. sentença, ora adotados como razão de decidir:

"A parte autora não juntou aos autos os instrumentos normativos da categoria que
preveem o pagamento deste benefício em particular (Participação nos Lucros ou
Resultados no valor de 100% do 13º salário), razão pela qual rejeito o pedido quanto à
proporcionalidade no exercício de 2018.".

Nego provimento.

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Fls.:

4.3- DO PAGAMENTO DE HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS. DA


MAJORAÇÃO DOS VALORES FIXADOS A TÍTULO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS A
SEREM PAGOS PELA RÉ.

A r. sentença julgou a ação procedente em parte, condenando a


reclamante em honorários sucumbenciais no importe de 10% do valor dado aos pedidos rejeitados.

Manifestando seu inconformismo quanto à condenação, suscita a reforma


do comando sentencial de primeira instância, argumentando, em síntese, que impor pagamento de
honorários ao beneficiário da justiça gratuita é violar o acesso à justiça e precificar sua utilização.

Examina-se.

A presente ação foi ajuizada sob a égide da Lei 13.467/17, que


acrescentou o artigo 791-A, da CLT, regulamentado o cabimento dos honorários advocatícios
sucumbenciais no processo do trabalho, nos seguintes termos:

"Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários
de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15%
(quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito
econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

§ 1º Os honorários são devidos também nas ações contra a Fazenda Pública e nas ações
em que a parte estiver assistida ou substituída pelo sindicato de sua categoria. (Incluído
pela Lei nº 13.467, de 2017)

§ 2º Ao fixar os honorários, o juízo observará: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

I - o grau de zelo do profissional; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

II - o lugar de prestação do serviço; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

III - a natureza e a importância da causa; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. (Incluído
pela Lei nº 13.467, de 2017)

§ 3º Na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará honorários de sucumbência


recíproca, vedada a compensação entre os honorários. (Incluído pela Lei nº 13.467, de
2017)

§ 4º Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo,
ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações
decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e
somente poderão ser executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado
da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de
insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se,
passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário. (Incluído pela Lei nº 13.467, de
2017)" (destaquei e grifei)

Tem-se, portanto, que a concessão dos benefícios da justiça gratuita ao


reclamante, por si só, não afasta a sua obrigação de arcar com o ônus da improcedência dos pedidos.

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Fls.:

Importa salientar que o artigo supratranscrito esclarece que o débito do


beneficiário da justiça gratuita fica suspenso até que deixe de existir a situação de insuficiência de
recursos.

A retenção de créditos para quitação de débitos do beneficiário da justiça


gratuita não afronta a Constituição Federal.

Ademais, tanto os honorários advocatícios a cargo do reclamante, quanto


aqueles a cargo da reclamada, foram fixados com parcimônia pela D. Juízo de origem e não merecem
majoração ou diminuição.

Nada a reformar, portanto.

ACORDAM os Magistrados da 13ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região em


POR UNANIMIDADE DE VOTOS: CONHECER os recursos interpostos pela reclamada e pelo
reclamante e, no mérito, NEGAR PROVIMENTO a ambos os apelos. Mantido o valor da condenação e
das custas processuais.

Presidiu o julgamento a Excelentíssima Senhora Desembargadora CÍNTIA TÁFFARI.

Tomaram parte no julgamento os Excelentíssimos Senhores Magistrados Federais do Trabalho


FERNANDO ANTONIO SAMPAIO DA SILVA (Desembargador Relator), TANIA BIZARRO
QUIRINO DE MORAIS (Desembargadora Revisora) e PAULO JOSÉ RIBEIRO MOTA (Terceiro
Magistrado Votante).

Presente o(a) ilustre representante do Ministério Público do Trabalho.

FERNANDO ANTONIO SAMPAIO DA SILVA


Relator

VOTOS

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Fls.:

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO
8ª Turma

PROCESSO TRT/SP Nº. 1000671-29.2019.5.02.0076-8ª TURMA


RECURSOS ORDINÁRIO E ADESIVO
RECORRENTE(S): VIA VAREJO S.A. E GABRIEL ADAMI PAMPLONA
RECORRIDO(S): OS MESMOS
ORIGEM: 76ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO- SP
RELATORA: MARIA CRISTINA XAVIER RAMOS DI LASCIO

Inconformados com a r. sentença (fls.1602/1610), complementada às fls.


1637/1638, cujo relatório adoto e que julgou parcialmente procedentes os pedidos da inicial, recorrem
as partes.

A reclamada, às fls. 1623/1632, pretende a reforma do julgado no tocante


as seguintes questões: aplicação do inciso II, do art. 62 da CLT, horas extras, inclusive as decorrentes da
supressão do intervalo intrajornada e integração dos prêmios.

Preparo às fls. 1633/1636.

O autor, adesivamente as fls. 1645/1663, busca a modificação da sentença


quanto às horas extras, à justiça gratuita, aos honorários advocatícios, às horas extras, aos intervalos
intrajornada e interjornada, à equiparação salarial, à PLR e aos reflexos dos prêmios em DSR.

Contrarrazões às fls. 1664/1682 e 1685/1695.

Não é hipótese parecer da Douta Procuradoria do Trabalho.

É o relatório.

VOTO

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Número do processo: 1000671-29.2019.5.02.0076 ID. 86f9662 - Pág. 1
Número do documento: 20032616573572200000195613395

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Fls.: 2735
Fls.:

1. Juízo de admissibilidade

Não conheço do recurso da ré quanto aos minutos residuais por ausência


de interesse (CPC, art. 17). A r. decisão recorrida condenou a reclamada, tão somente, ao pagamento de
20 minutos extras decorrentes da concessão parcial do intervalo de uma hora para descanso e alimentação
(fl. 1607).

No mais, conheço dos recursos, ordinário e adesivo, eis que presentes os


pressupostos extrínsecos e intrínsecos de admissibilidade recursal.

2. Duração do trabalho

2.1. Horas extras (Matéria comum)

Insurge-se a reclamada contra a r. sentença que afastou o enquadramento


do autor no art. 62, II, da CLT, deferindo o pedido de pagamento de horas extras.

O reclamante, a seu turno, pretende a alteração da jornada fixada na


origem, com o acolhimento dos horários informados na exordial para as semanas que antecedem as datas
comemorativas e para os dias de inventários, saldões e Black Friday.

Analiso.

Como é cediço, a subtração dos direitos previstos no capítulo da duração


do trabalho, nos termos do art. 62, II, da CLT, pressupõe o exercício de um cargo de chefia que coloque o
empregado em um patamar que o desonere de prestar ao empregador satisfação quanto a sua rotina de
trabalho, devendo tão somente apresentar resultados.

Vale dizer, à aplicação da exceção prevista no referido dispositivo legal,


faz-se imprescindível a demonstração de que o trabalhador ostenta efetivos poderes de mando e gestão
capazes de afetar a própria empresa.

Assinado eletronicamente por: MARIA CRISTINA XAVIER RAMOS DI LASCIO - 29/07/2020 16:54:06 - 86f9662
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Número do processo: 1000671-29.2019.5.02.0076 ID. 86f9662 - Pág. 2
Número do documento: 20032616573572200000195613395

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Fls.: 3736
Fls.:

Portanto, faz-se mistera análise das atribuições do trabalhador com vistas


ao seu justo enquadramento em normas restritivas de direitos, sendo do empregador o ônus da prova
(CLT, art. 818, II). Dele não se desonerou.

O acervo probatório não autoriza a conclusão de que o reclamante era


detentor de um feixe de poderes amplos e fortes o suficiente para caracterizar o elevado grau de fidúcia
que se infere da excetiva do citado dispositivo consolidado.

O representante legal da reclamada disse que o gerente de vendas, como é


o caso do autor, subordina-se ao gerente regional (fl. 1559).

Mas não é só. A testemunha ouvida a convite do autor, que trabalhou


como gerente de vendas, tal qual o reclamante, de 2013 a 2018, afastou a tese defensiva, corroborando a
inexistência de atribuições significativas na função. Eis os trechos do depoimento na Pág. 3 do ID.
6540bce:

(...) que os vendedores se reportam no caso de vendas ao gerente de


vendas e estes por sua vez ao regional, o qual dá a decisão final na situação; que quem dispensa
funcionário é o regional, que o regional é quem determinava o desligamento de pessoas, e o gerente de
vendas preenchia a mp- que o regional é quem abria as vagas para contratação e ele que decidia se
contratava ou não; que não podia conceder desconto maior do que o aprovado pelo sistema e somente
após falarem com o gerente regional ou sua staff, o qual enviava uma senha; que esse desconto podia ser
vetado; que como gerente, marcava digital quando entrava e quando saía; que de segunda à sexta entrava
às 11:00h e saía às 22:30/23:00h, sábados das 09:30 às 22:30/23:00h e domingo das 11:30/12:00 até às
20:00h, que o horário de domingo variava conforme o shopping; que tinha uma folga na semana; (...) que
o gerente regional é autoridade máxima na loja, pois o depoente como gerente de vendas reportava
àquele; que o gerente de vendas é subordinado ao gerente regional; (...) que durante a jornada de trabalho
o gerente de vendas mantém contato com o gerente regional e sua equipe de vendas; que o gerente de
vendas tem seu horário de trabalho determinado pelo gerente regional para cada gerente; que todos tem o
mesmo horário a cumprir, mas que pode variar conforme se tratar de loja de rua ou de shopping; que
tinha 30 ou 40 minutos de intervalo para almoço; que se precisasse sair mais cedo, chegar mais tarde ou
sair no meio do expediente devia pedir autorização para o regional e somente se ele autorizasse podiam
sair; que deveria apresentar atestado se fosse faltar; que podia acontecer do regional negar a saída; que o
gerente podia realizar troca de mercadoria fora do prazo legal somente com a autorização do regional; que
para aplicar penalidades tinha que comunicar ao regional sobre a situação e este autorizava qual
penalidade a ser aplicada; que para fazer manutenção tinha que fazer uma solicitação para o gerente
regional, através de um protocolo, e somente com a autorização daquele era possível; que o gerente não

Assinado eletronicamente por: MARIA CRISTINA XAVIER RAMOS DI LASCIO - 29/07/2020 16:54:06 - 86f9662
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Número do processo: 1000671-29.2019.5.02.0076 ID. 86f9662 - Pág. 3
Número do documento: 20032616573572200000195613395

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Fls.: 4737
Fls.:

faz negociação com fornecedor tampouco assina contrato em nome da empresa; que também não
assinava procuração em nome da empresa; que questões relativas à férias, ponto dos funcionário e folgas
são de responsabilidade da CAL com a regional (CAR); que conhece o MOV , que significa Modelo
Operacional Via Varejo de excelência, o qual consistia as práticas que o gerente tinha que executar na
loja; que para fazer essas práticas tinha horário e isso vinha da regional; que essas práticas eram feitas
diariamente, de segunda a sábado; que se deixasse de fazer alguma das práticas ou em horário diferente
era penalizado com pontuação e até demissão (...) que o depoente tinha um acesso diferente dos demais
funcionário, mediante uma senha pessoal e intransferível e por ser a pessoa quem autoriza as vendas
efetuadas pelos vendedores; (...) que as metas de vendas são passados do regional para o gerente e estes
as repassam para os vendedores;que os gerentes conforme o regional passa as metas, vão cobrando dos
vendedores para que as mesmas sejam atingidas; que os gerentes possuem poder para assinar inventários,
mediante um visto no documento representando a regional (...) destaquei

Infere-se, pois, que o reclamante não tinha autonomia no exercício de suas


atividades. Ao contrário. Estava diretamente subordinado ao gerente regional que era quem repassava
todas as diretrizes das tarefas a serem executadas.

Ademais o reclamante não podia admitir, punir, ou demitir senão com o


aval do gerente regional ou de sua equipe. Também, não definia metas de vendas, não assinava
documentos pela empresa e não podia dar descontos aos clientes exceto nos limites autorizados pelo
sistema da ré.

Não bastasse, a prova oral comprovou que o reclamante possuía jornada


estabelecida pela reclamada e marcava ponto digital. Em caso de falta tinha que apresentar atestado.
Atrasos e saídas antecipadas dependiam de autorização do gerente regional.

Claro está, portanto, que o reclamante não se enquadra na excludente do


art. 62, II, da CLT. Na hierárquica da empresa e dado o grau de subordinação, longe está o laborista de
poder ser considerado o longa manus do empregador.

Ao contrário, como fartamente demonstrado, o empregado não estava


investido em atividades que envolvem decisões estratégicas e demandem poderes significativos no
contexto da estrutura organizacional. Tampouco agia com grau máximo de independência dentro dos
limites da subordinação jurídica na área em que atuava.

Demonstrado que o autor não exercia cargo de gestão, sendo, inclusive,


submetido ao controle de jornada, irrelevante que percebesse remuneração superior à 40% sobre o piso
salarial da categoria, como aduz a ré.

Assinado eletronicamente por: MARIA CRISTINA XAVIER RAMOS DI LASCIO - 29/07/2020 16:54:06 - 86f9662
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Número do processo: 1000671-29.2019.5.02.0076 ID. 86f9662 - Pág. 4
Número do documento: 20032616573572200000195613395

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 5738
Fls.:

Ad argumentandum tantum,infere-se que não pode o empregador se


eximir do pagamento pelo labor extraordinário, porquanto as atividades de um gerente de vendas como o
era o reclamante estão sujeitas ás normas que regulam a duração normal do trabalho. Entendimento
contrário implicaria tornar letra morta as regras dos incisos XIII e XVI, do art. 7º, da Constituição
Federal.

Destarte, comungo do mesmo entendimento do julgador a quo quanto à


fixação da jornada de trabalho do reclamante a partir dos horários indicados na peça de ingresso,
sopesados com aqueles vertidos na prova oral. Nesse sentido o posicionamento sedimentado no inciso I,
da Súmula 338 do C.TST.

Entrementes, cumpre consignar que, quanto às semanas que antecedem as


datas comemorativas e aos dias de inventários, saldões e Black Friday, não se há falar em presunção de
veracidade dos horários constantes na prefacial, como pretende o autor. Isso porque, ao depor (fl.1556), o
reclamante descreveu minunciosamente a jornada de trabalho por ele cumprida, nada inferindo, todavia,
acerca de labor em horários especiais nestes dias. O mesmo ocorreu em relação ao depoimento da
testemunha.

Por fim, atente-se a ré que, ao fixar os parâmetros de cálculo das horas


extras, a r. sentença determinou a observância dos dias efetivamente trabalhados, de tal sorte que a
empresa não possui interesse recursal no ponto.

Destarte, mantendo a r. decisão guerreada.

2.2. Intervalo Intrajornada (Matéria Comum)

A r. sentença dirimiu a controvérsia acerca do intervalo intrajornada aos


seguintes fundamentos (fl. 1607):

Em vista da jornada comprovada, defiro o pagamento de 20 minutos tendo


em vista ser o período faltante para uma hora, a fim de se evitar o enriquecimento sem causa da
reclamante e pelo princípio da razoabilidade. (...)

Quanto aos reflexos, defiro do período imprescrito até 10/11/2017, pois


para o período posterior, a reforma trabalhista ingressou em vigor (Lei nº 13.467/17) e, desse modo, a
respectiva verba passou a ser de natureza indenizatória, conforme art. 71 parágrafo 4º da CLT (...)

Assinado eletronicamente por: MARIA CRISTINA XAVIER RAMOS DI LASCIO - 29/07/2020 16:54:06 - 86f9662
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Fls.: 6739
Fls.:

A reclamada pretende seja afastada sua condenação ao pagamento das


horas extras decorrentes da supressão da pausa intervalar. Subsidiariamente, requer seja reconhecida a
natureza indenizatória da parcela.

O reclamante, por sua vez, busca o pagamento, como extra, de duas horas
diárias pela supressão parcial do intervalo intrajornada, com reflexos.

Pois bem.

A presunção de veracidade que passou a recair sobre a jornada de trabalho


informada pelo autor em face da ausência de apresentação pela ré dos seus cartões de ponto abrange,
inclusive, o período do intervalo intrajornada. Não fosse isso, a testemunha apresentada pelo obreiro, a
qual, repita-se, também exercia a função de gerente de vendas, na mesma regional do reclamante,
confirmou a fruição de apenas 30 ou 40 minutos para repouso e alimentação (fl. 1559).

De outro giro, conforme preceituava o art. 71 da CLT, com redação dada


pela Lei nº 8.923, de 27.7.1994, vigente até 10/11/2017, e a Súmula 437 do C. TST, o labor em jornada
superior a seis horas sem a fruição de uma hora de intervalo intrajornada enseja o pagamento integral do
referido período como hora extra, com reflexos nas parcelas de natureza salarial.

Desta feita, considerando-se que o contrato de trabalho do laborista vigeu


de 18/05/2005 até 15/02/2019 (fl. 20), reputo o reclamante tem direito ao pagamento de uma hora extra
pela não concessão do intervalo mínimo para descanso e refeição, com reflexos e parâmetros deferidos na
origem até a vigência da Lei nº 13.467/2017. Para o interregno posterior a 11/11/2017, deverá ser pago
somente o período suprimido, sem reflexos, nos exatos termos do art. 71, §4º da CLT, com redação dada
pela Lei nº 13.467, de 2017.

Frise-se que inexiste obrigação legal de pagamento de 2h pela supressão


parcial do intervalo intrajornada, como pretende o reclamante.

Sublinhe-se, por fim, que a r. sentença determinou o cálculo das horas


extras decorrentes da supressão do intervalo intrajornada com adicional de 50% ou outro previsto em
norma coletiva que seja mais benéfico, bem como a utilização do divisor 220 (fl. 1670). Assim, carece o
reclamante de interesse recursal no particular.

Provejo parcialmente o apelo do autor e nego provimento ao recurso da


ré.

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2.3. Intervalo entre jornadas (Recurso do reclamante)

Consoante jornada fixada na origem e mantida por este colegiado, qual


seja, de segunda à sexta-feira, das 11h00 às 22h30; aos sábados das 09h30 às 22h30 e dois domingos por
mês das 13h30 às 20h30, é certo que restou violado o intervalo de onze horas previsto no artigo 66 da
CLT nos sábados.

Neste quadro, faço leitura diversa do d. juízo sentenciante e entendo que o


laborista faz jusao pagamento das horas extras nos dias em que suprimido o intervalo mínimo de 11 horas
entre as jornadas.

Nesse sentido é a jurisprudência pacificada do TST, consubstanciada na


Orientação Jurisprudencial nº 355 da SBDI-1/TST, segundo a qual a inobservância do intervalo
interjornadas acarreta o pagamento de horas extras.

É como se posiciona também este E. TRT na Súmula nº 26:

26 - Intervalo entre jornadas. Artigo 66 da Consolidação das Leis do


Trabalho. Inobservância. Horas extras. (Res. TP nº 02/2015 - DOEletrônico 26/05/2015)

A inobservância do intervalo mínimo de 11 horas previsto no art. 66 da


CLT resulta no pagamento de horas extras pelo tempo suprimido.

Portanto, dou provimento ao recurso do autor para acrescer à condenação


o pagamento das horas extras decorrentes do descumprimento da pausa entre jornadas prevista no artigo
66 da CLT, que serão contadas em execução na conformidade dos horários de trabalho reconhecidos com
os reflexos e demais parâmetros definidos em primeiro grau.

3. Integração Prêmios (Matéria comum)

Incialmente, registre-se que a r. sentença reconheceu a natureza salarial


das parcelas pagas sobre as rubricas prêmio antecipado, prêmio recarga celular, premio de gerencia,
prêmio performance, r.garantia/seguro, determinando as integrações em DSR's dos valores pagos até 10
/11/2017, observada a prescrição pronunciada (fl. 1604).

Neste quadro, a insurgência da reclamada contra o pagamento de


diferenças dos prêmios adimplidos ao longo do período imprescrito sob alegação de que estes sempre

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foram quitados nos moldes em que ajustados e que os juros e encargos decorrentes das vendas parceladas
não interferem no pagamento das verbas (1631/1632), em nada se relaciona com o objeto da condenação.
Trata-se de matéria estranha ao feito.

Lado outro, também não tem razão o reclamante quanto à pretensão de


pagamento dos reflexos dos prêmios em DSRs após 10/11/2017, ao argumento de que a Lei 13.467/2017
não é aplicável ao seu contrato de trabalho (fls. 1662/1663).

A relação empregatícia entre as partes perdurou de 18/05/2005 até 15/02


/2019 (fl. 20), de tal sorte que as inovações introduzidas pela Lei da Reforma Trabalhista lhe são
aplicáveis a partir da vigência da norma, em 11/11/2017.

O art. 457 da CLT, em seu § 2º, com redação dada pela Lei nº 13.467, de
2017, preceitua que:

As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo,


auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não
integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base
de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário.

Destarte, ainda que pagos com habitualidade, os prêmios quitados após 11


/11/2017 não integram a remuneração obreira para qualquer fim.

Nego provimento aos apelos.

4. Recurso do reclamante

4.1. Súmula 340 do TST

Pretende o reclamante seja afastada a aplicação da Sumula 340 do C. TST


sobre as horas extras devidas pela supressão do intervalo intrajornada e também sobre a parcela fixa da
remuneração.

De pórtico, observo que em sentença de embargos de declaração o juízo


de origem esclareceu que a súmula 340 do TST apenas se aplica à parte móvel da remuneração, na forma
da OJ 397 da SBDI do TST (fl. 1637).

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A ficha de registro de empregado juntada pelo ID. 9db7e1e, na Pág.1 traz


a forma de pagamento do laborista, qual seja, "comissionado". Os demonstrativos de pagamento
encartados pelo ID. 6e9b379 comprovam que o reclamante recebia salário base além de outras parcelas
variáveis pelo que sobre estas incide apenas o adicional de horas extras tal como deferido na origem.

Desprovejo.

4.2. Equiparação salarial

Insiste o reclamante na procedência do pedido de equiparação salarial


com o senhor Wagner Soares.

A r. sentença dirimiu a controvérsia ao seguinte fundamento (fl. 1604):

(...) provado pela única testemunha ouvida nos autos que o paradigma
laborava em loja diversa e que ela era maior, bem como possuía mais vendedores, o que deduz que eles
exerciam funções diversas, no sentido de que as atribuições do paradigma eram mais complexas.

Assim, provado que o autor e o paradigma não executavam as mesmas


tarefas, nos termos do art. 461 da CLT, tendo a reclamada realizado prova de fato impeditivo da
equiparação salarial e, portanto, se desincumbindo de seu encargo probatório, conforme artigo 818, I da
CLT c.c.

Faço leitura diversa.

A equiparação salarial de que trata o artigo 461 da CLT tem esteio no


princípio geral de não discriminação, como o artigo 5º da CLT e artigos 5º caput e inciso I, e 7º, XXX e
XXXII, da Carta Magna.

Por força do nosso ordenamento jurídico são requisitos da equiparação de


salários: identidade de funções; na mesma localidade e para o mesmo empregador.

Aos litigantes incumbe a prova de suas alegações. É o que decorre do


artigo 818 da CLT c/c artigo 373, I e II, do CPC.

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Conquanto o preposto da ré tenha dito que as atividades do paradigma se


diferem das exercidas pelo reclamante porquanto aquele trabalha em loja de maior porte, com um maior
número de funcionários, esclareceu "(...) que as condições de trabalho e as regras são as mesmas para
todos os gerentes na reclamada" (fl. 1559- grifei).

Nesse panorama, considerando que reclamante e paradigma se ativavam


na mesma função, qual seja, gerente de loja, sob idênticas condições e regras, irrelevante o porte físico
das lojas em que estavam lotados (fl. 1560).

Em reforço, a testemunha ouvida a convite do autor informou que nas


reuniões com o gerente regional, as diretrizes repassadas por este se aplicavam igualmente a todos os
gerentes. Desmentiu, ainda, a alegação do preposto da ré de que a transferência de uma loja de menor
porte para outra de maior porte implica aumento do salário fixo. Eis os trechos de relevância do
depoimento a fl. 1560 do pdf:

(...) quando se muda de uma loja de menor porte para uma loja de maior
porte não se muda o valor do salário fixo, somente mudando a premiação, a de maior porte tem um valor
maior; que quando muda de loja Ponto Frio para Casas Bahia e vice-versa também não há mudança,
somente de premiação (...).

Tudo isso considerado, reputo idênticas as funções dos equiparandos,


sujeitos aos mesmos comandos, diretrizes e condições de trabalho.

Por outro lado, ressalte-se que, como bem observado pela magistrada
sentenciante, a ré não logrou comprovar a diferença de tempo na função apta a afastar o direito à
equiparação salarial (CLT, artigo 461, §1º, com redação dada pela Lei nº 1.723, de 8.11.1952, aplicável à
hipótese). Os documentos acostados evidenciam que o paradigma passou a exercer o cargo de Gerente de
Loja em 01/04/2010 (fl. 1396), ao passo que o autor assumiu a função em 01/03/2012 (fl. 1201).

Destarte, evidenciada a presença dos requisitos da equiparação salarial


sem que a reclamada tenha demonstrado a existência de fato modificativo, extintivo ou impeditivo ao
direito do autor, nos termos do artigo 461 da CLT e da Sumula 6 do C. TST, imperioso o seu
reconhecimento.

Assim, reformo a r. sentença para reconhecer a equiparação salarial entre


o reclamante e o paradigma e, respeitada a prescrição quinquenal pronunciada, condenar a ré ao

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pagamento das diferenças salariais, as quais produzirão reflexos em DSR-S, 13º salário, férias acrescidas
de 1/3 e em FGTS e multa de 40%, observados os limites do pedido. O quantum será apurado
considerando a evolução do salário base dos equiparandos.

Provejo nestes termos.

4.3. PLR Proporcional

Conquanto seja devido o pagamento da PLR proporcional na rescisão


contratual, relativamente aos meses trabalhados, nos termos da Súmula nº 451 do TST, na hipótese,
conforme aduzido pela ré em defesa (fls. 1189/1190), o recorrente não trouxe ao processo o instrumento
normativo instituidor da parcela para o ano de 2019.

Nego provimento.

4.4. Justiça gratuita

Não comungo do entendimento adotado na origem de que o só fato de o


autor ter percebido ao longo do extinto contrato de trabalho salário superior a 40% dos benefícios do
Regime Geral da Previdência Social retira-lhe o direito à concessão do benefício da justiça gratuita.

Diversamente, entendo que o reclamante logrou demonstrar preenchidos


os requisitos para a concessão da justiça gratuita, nos termos do §3º do art. 790 da CLT, com redação
dada pela Lei nº 13.467, de 2017.

Apresentou a declaração de hipossuficiência econômica à fl. 19, não


havendo no processo nenhum elemento capaz de infirmar o conteúdo deste documento. A relação
jurídica que garantia ao recorrente o salário considerado na origem findou-se, frise-se.

Ademais, nos moldes dos artigos 4º e 5º da Lei 1.060/50, presume-se


verdadeira a alegação de impossibilidade de arcar com as despesas processuais sem prejuízo de seu
sustento, bastando para concessão do benefício perseguido.

De idêntica diretriz é o verbete sumular 463, I do C. TST:

A partir de 26.06.2017, para a concessão da assistência judiciária gratuita


à pessoa natural, basta a declaração de hipossuficiência econômica firmada pela parte ou por seu
advogado, desde que munido de procuração com poderes específicos para esse fim.

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Sublinho que o benefício não é cortesia, mas um facilitador do acesso à


justiça, nos moldes do art. 5º, XXXV e LXXIV da CF.

Tudo isso considerado, reformo a r. sentença para deferir ao autor os


benefícios da justiça gratuita.

Provejo.

4.5. Honorários advocatícios

A ação foi ajuizada após a vigência da Lei n. 13.467/2017, que


acrescentou à CLT o artigo 791-A, caput e §§ 1º até 5º, trazendo para o processo do trabalho os
honorários de sucumbência, devidos, inclusive, no acolhimento parcial dos pedidos da reclamação,
hipótese em que o juízo "arbitrará honorários de sucumbência recíproca, vedada a compensação entre
honorários" (artigo 791-A, § 3º, CLT). E o § 4º, do mesmo dispositivo estipula que, vencido o
beneficiário da justiça gratuita, como o é o reclamante, responde pelo pagamento dos honorários
advocatícios devidos à parte contrária.

Destarte o i. julgador de primeiro grau limitou-se a aplicar a lei.

Frise-se que prevalece o princípio da constitucionalidade das leis que se


espraia pela legislação infraconstitucional. Assim, ao contrário do que entende o laborista, as alterações
introduzidas pela Lei nº 13.467/2017 não obstam a garantia de acesso à justiça e não colidem com os
princípios da assistência jurídica integral e da segurança jurídica.

Na mesma linha, o entendimento externado pelo Ministro Roberto


Barroso nos autos da ADI nº 5766 que envolve a inconstitucionalidade do § 4º, do artigo 791 da CLT. Eis
um trecho da posição defendida pelo i. Ministro "O direito à gratuidade de justiça pode ser regulado de
forma a desincentivar a litigância abusiva, inclusive por meio da cobrança de custas e de honorários a
seus beneficiários".

Também nesse norte a recente decisão proferida pelo Tribunal Superior de


transcrição necessária:

"(...) RECURSO DE REVISTA DO RECLAMADO - RITO SUMARÍSSIMO


CONDENAÇÃO DA BENEFICIÁRIA DA JUSTIÇA GRATUITA AO PAGAMENTO DE
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS SUCUMBENCIAIS - COMPENSAÇÃO DA VERBA
HONORÁRIACOM OS CRÉDITOS OBTIDOS EM JUÍZO, AINDA QUE EM OUTRO
PROCESSO - COMPATIBILIDADE DO ART. 791-A, § 4º, DA CLT COM O ART. 5º,
CAPUT, XXXV, LIV e LV, DA CF TRANSCENDÊNCIA JURÍDICA RECONHECIDA. 1.

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Nos termos do art. 896-A, § 1º, IV, constitui transcendência jurídica da causa a
existência de questão nova em torno da interpretação da legislação trabalhista. 2. In
casu, o debate jurídico que emerge do presente processo diz respeito à possibilidade de
se compensar os honorários advocatícios sucumbenciais arbitrados à parte beneficiária
da justiça gratuita, com os créditos que lhe foram deferidos na presente ação, consoante
previsto no § 4º do art. 791-A da CLT, introduzido pela Lei 13.467/17, questão nova e
que oferece reflexos de natureza jurídica. 3. Conforme se extrai do acórdão recorrido, o
Regional, considerando a decisão plenária do TRT de declarar incidentalmente a
inconstitucionalidade da expressão 'desde que não tenha obtido em juízo, ainda que em
outro processo, créditos capazes de suportar a despesa', constante do § 4º do art. 791-A
da CLT, determinou que os honorários advocatícios devidos pela Reclamante, que litiga
sob o pálio da justiça gratuita, arbitrados em R$432,00 pelo Juízo de origem,
permanecessem em condição suspensiva de exigibilidade, nos termos do citado art. 791-
A, § 4º, da CLT, sem nenhuma compensaçãocomseuscréditos.4.Como é cediço, a
Reforma Trabalhista, promovida pela Lei 13.467/17,ensejou diversas alterações no
campo do Direito Processual do Trabalho, a fim de tornar o processo laboral mais
racional, simplificado, célere e, principalmente, responsável, sendo essa última
característica marcante, visando coibir as denominadas 'aventuras judiciais', calcadas
na facilidade de se acionar a Justiça, sem nenhum ônus ou responsabilização por
postulações carentes de embasamento fático. 5. Não se pode perder de vista o crescente
volume de processos ajuizados nesta Justiça Especializada, muitos com extenso rol de
pedidos, apesar dos esforços empreendidos pelo TST para redução de estoque e do
tempo de tramitação dos processos. 6. Nesse contexto foram inseridos os §§ 3º e 4º no
art. 791-A da CLT pela Lei 13.467/17, responsabilizando-se a parte sucumbente, seja a
autora ou a demandada, pelo pagamento dos honorários advocatícios, ainda que
beneficiária da justiça gratuita, o que reflete a intenção do legislador de desestimular
lides temerárias, conferindo tratamento isonômico aos litigantes. Tanto é que o § 5º do
art. 791-A da CLT expressamente dispôs acerca do pagamento da verba honorária na
reconvenção. Isso porque, apenas se tiver créditos judiciais a receber é que terá de
arcar com os honorários se fizer jus à gratuidade da justiça, pois nesse caso já não
poderá escudar-se em pretensa insuficiência econômica.7.Percebe-se, portanto, que o
art. 791-A, § 4º, da CLT não colide com o art. 5º, caput, XXXV, LIV e LV, da CF ao
revés, busca preservar a jurisdição em sua essência, como instrumento responsável e
consciente de tutela de direitos elementares do ser humano trabalhador, indispensáveis
à sua sobrevivência e à da família. 8. Ainda, convém ressaltar não ser verdadeira a
assertiva de que a imposição de pagamento de honorários de advogado àquele que se
declara pobre na forma da lei implica desvio de finalidade da norma, onerando os que
necessitam de proteção legal, máxime porque no próprio§ 4º do art. 791-A da CLT se
visualiza a preocupação do legislador com o estado de hipossuficiência financeira da
parte vencida, ao exigir o pagamento da verba honorária apenas no caso de existência
de crédito em juízo, em favor do beneficiário da justiça gratuita, neste ou em outro
processo, capaz de suportar a despesa que lhe está sendo imputada, situação, prima
facie, apta a modificar a sua capacidade financeira, até então de miserabilidade, que
justificava a concessão de gratuidade, prestigiando, de um lado, o processo responsável,
e desestimulando, de outro, a litigância descompromissada. 9. Por todo o exposto,
merece reforma o acórdão regional, afim de estabelecer que os honorários advocatícios
decorrentes da sucumbência da Autora, beneficiária da justiça gratuita, primeiramente
sejam compensados dos créditos obtidos em juízo, ainda que em outro processo, e, tão
somente na hipótese dos ganhos serem insuficientes ou inexistentes, incida a condição
suspensiva de exigibilidade prevista no art. 791-A, §4º, da CLT. Recurso de revista
provido." (TST-RR-20556-23.2018.5.04.0271, 4ª Turma, rel. Min. Ives Gandra Martins
Filho, julgado em 6/5/2020)

Diante do exposto e da necessária coerência e integridade do


entendimento jurisprudencial, e, considerando-se a sucumbência recíproca, mantenho a condenação do
reclamante ao pagamento dos honorários advocatícios sucumbenciais e determino que a análise da
aplicação do art. 791-A, §4º, CLT se dê em sede de liquidação.

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Por fim, os honorários advocatícios devidos pela ré ao advogado do


laborista foram fixados pelo d. Juízo a quo em observância aos critérios elencados no §2º do artigo 791-
A da CLT. Não há azo, portanto, à majoração pretendida.

Altero nestes termos.

Ante o exposto, ACORDAM os Magistrados da 8ª Turma do Tribunal


Regional do Trabalho da 2ª Região em: por maioria de votos, vencido parcialmente o Desembargador
Rovirso A. Boldo, que deixa de aplicar a condicionante de suspensão da exigibilidade preconizada no §
4º, do art. 791-A, da CLT e da provimento parcial menos amplo ao apelo do autor, NÃO CONHECER
do recurso da ré quanto ao requerimento para que, com relação ao intervalo intrajornada, sejam deferidos
tão somente os minutos suprimidos, em face da ausência de interesse, no mais, CONHECER dos
recursos e, no mérito, NEGAR PROVIMENTO ao apelo da ré e DAR PARCIAL PROVIMENTO ao
apelo do autor para acrescer à condenação o pagamento de: a) uma hora extra pela não concessão do
intervalo mínimo para descanso e refeição, com reflexos e parâmetros deferidos na origem até 10/11
/2017. Para o interregno posterior a 11/11/2017, deverá ser pago somente o período suprimido, sem
reflexos; b) horas extras decorrentes do descumprimento do descanso de 11 horas consecutivas a serem
apuradas com base na jornada reconhecida em primeiro grau e que está mantida e reflexos; c) diferenças
salariais decorrentes da equiparação salarial com reflexos em DSR-S, 13º salário, férias acrescidas de 1/3
e FGTS e multa + 40%; d) deferir os benefícios da justiça gratuita e e) determinar que a análise da
aplicação do art. 791-A, §4º, CLT se dê em sede de liquidação. Tudo nos termos da fundamentação do
voto da Relatora.

Custas pela reclamada, calculadas sobre o valor da condenação, ora


rearbitrado em R$ 50.000,00, no importe de R$ 1.000,00.

Mantida, no mais, a r. sentença recorrida.

Presidiu o julgamento o Desembargador Marcos César Amador Alves.

Tomaram parte no julgamento os Magistrados: Maria Cristina Xavier


Ramos Di Lascio (Relatora), Rovirso Aparecido Boldo (Revisor), Silvia Almeida Prado Andreoni (3ª
votante).

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748

MARIA CRISTINA XAVIER RAMOS DI LASCIO


Relator
jrm

VOTOS

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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO

PROCESSO nº 1001671-97.2019.5.02.0065
RECURSO ORDINÁRIO DA 65ª V. T. DE SÃO PAULO
1º RECORRENTE: VIA VAREJO S/A
2º RECORRENTE: MARCIO DE OLIVEIRA CARVALHO
RECORRIDOS: OS MESMOS
RELATOR: MÉRCIA TOMAZINHO

JUSTIÇA GRATUITA. AÇÃO AJUIZADA NA VIGÊNCIA DA LEI Nº


13.467/2017. REQUISITOS. Após a vigência da Lei nº 13.467/2017, o
deferimento dos benefícios da gratuidade da justiça exige o cumprimento
dos requisitos objetivos previstos no art. 790, § 3º, da CLT, não mais
bastando a simples juntada de declaração de pobreza. Em outras
palavras, compete à parte a prova da hipossuficiência econômica, a qual
não pode mais ser presumida.

A r. sentença de fls. 1165/1172, cujo relatório adoto, julgou parcialmente


procedentes os pedidos formulados. Embargos de declaração foram opostos às fls. 1174 e 1175/1178 e
decididos às fls. 1185/1187.

Recorre a reclamada, consoante razões de fls. 1191/1204, pretendendo a


reforma da r. sentença em relação às seguintes matérias: prescrição total, horas extras, equiparação
salarial, reflexos das premiações em DSRs e honorários advocatícios.

Subscritor legitimado à fl. 1217.

Preparo efetuado às fls. 1205/1210 e 1269.

Contrarrazões às fls. 1229/1246.

Recorre o reclamante de forma adesiva, às fls. 1247/1257, discutindo:


PLR, intervalo para refeição e descanso, intervalo do art. 66 da CLT, equiparação salarial, justiça gratuita
e honorários advocatícios.

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Subscritor legitimado à fl. 21.

Contrarrazões às fls. 1261/1267.

É o relatório.

VOTO

1. JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE

1.1. Não conheço do recurso ordinário do reclamante em relação ao tópico


"Da participação nos lucros e resultados - PLR" .

A r. sentença julgou improcedente o pedido sob o seguinte fundamento:

"Em razão das diversas demandas ajuizadas contra a ré contendo referido pleito, é de
conhecimento do Juízo que a parcela corresponde a uma bonificação não havendo
obrigatoriedade de quitação do valor proporcional.".

Em razões de recurso, alega o recorrente:

"Indeferiu o d. Juízo o pedido de pagamento da PLR proporcional aos meses laborados


no ano de 2019, sob o argumento de não apresentou instrumento normativo de 2019.

No caso, por ser parcela adimplida de forma anual, ou seja, por constituir condição mais
benéfica incorporou-se ao direito do Recorrente." (g.n.)

À luz do princípio da dialeticidade, as razões recursais devem ser


minimamente congruentes com a decisão recorrida, situação que enseja a impugnação específica dos
fundamentos da decisão atacada, o que exige a motivação (exposição dos fatos e do direito) do porque
ela deve ser modificada, razão pela qual é insuficiente a demonstração, tão somente, do inconformismo à
dicção do artigo 1.010 do CPC/2015.

Assim, tendo em vista que insurgência do recorrente ataca a r. sentença


proferida pela origem de forma inteiramente dissociada, encontra-se impossibilitada a análise do apelo.

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Nesse sentido, o enunciado da Súmula nº 422 do C. TST, aplicável de


forma análoga ao caso em epígrafe:

422. RECURSO. FUNDAMENTO AUSENTE OU DEFICIENTE. NÃO


CONHECIMENTO (redação alterada, com inserção dos itens I, II e III) - Res. 199/2015,
DEJT divulgado em 24, 25 e 26.06.2015. Com errata publicado no DEJT divulgado em
01.07.2015

I - Não se conhece de recurso para o Tribunal Superior do Trabalho se as razões do


recorrente não impugnam os fundamentos da decisão recorrida, nos termos em que
proferida.

II - O entendimento referido no item anterior não se aplica em relação à motivação


secundária e impertinente, consubstanciada em despacho de admissibilidade de recurso
ou em decisão monocrática.

III - Inaplicável a exigência do item I relativamente ao recurso ordinário da competência


de Tribunal Regional do Trabalho, exceto em caso de recurso cuja motivação é
inteiramente dissociada dos fundamentos da sentença.

Sendo assim, não conheço do recurso, na forma do artigo 1.010 do CPC,


em razão da ausência de dialeticidade necessária.

Neste sentido jurisprudência do C. TST:

"AGRAVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA DA


RECLAMADA. PROCESSO REGIDO PELA LEI 13.467/2017. AUSÊNCIA DE
DIALETICIDADE DO AGRAVO DE INSTRUMENTO. FUNDAMENTAÇÃO
GENÉRICA. As razões do agravo de instrumento não permitem a exata compreensão da
controvérsia, dada a ausência de devolução das matérias tratadas no recurso de revista. A
argumentação genérica apresentada pela agravante não traduz a dialética processada na
origem, pois se resume à alegação de que ficaram demonstradas as violações legais e a
divergência jurisprudencial, com o nítido propósito de remeter o julgador à leitura
integral do recurso de revista. Nessa medida, o agravo de instrumento se mostra
manifestamente inadmissível, por desatenção ao princípio da dialeticidade. Inteligência
da Súmula 284 do STF. Agravo não provido " (Ag-AIRR-1000952-65.2017.5.02.0363,
2ª Turma, Relatora Ministra Delaide Miranda Arantes, DEJT 04/09/2020).

"AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE


REVISTA. LEI 13.467/2017 . EXECUÇÃO. EMBARGOS DE TERCEIRO.
ILEGITIMIDADE ATIVA. PRESCRIÇÃO BIENAL. RESPONSABILIDADE
SOLIDÁRIA. CONSÓRCIO. GRUPO ECONÔMICO. AGRAVO DE INSTRUMENTO
DESFUNDAMENTADO. NORMATIZAÇÃO DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
DE 2015. PRINCÍPIOS DA DIALETICIDADE E SIMETRIA. O juízo primeiro de
admissibilidade do recurso de revista merece prestígio, por servir como importante filtro
para a imensa gama de apelos que tendem a desvirtuar a estrutura jurisdicional,
desafiando a organização de funções e competências estabelecida pelo ordenamento
jurídico. Obstado o seguimento, mediante decisão fundamentada, incumbe à parte
demonstrar, de forma específica e pormenorizada, o desacerto dessa decisão (Princípio
da Dialeticidade). Por outro lado, a partir da vigência do Código de Processo Civil de
2015, passou-se a exigir do julgador maior rigor na fundamentação de seus atos,
justamente para que a parte seja capaz de identificar e atacar, precisamente, os motivos
pelos quais sua pretensão (inicial, defensiva ou recursal) foi acolhida ou rejeitada. É o
que se conclui, claramente, do extenso rol de restrições impostas ao Magistrado pelo
artigo 489, § 1º. Por questão de lógica e razoabilidade, bem como em razão do Princípio
da Simetria, também não é possível admitir que a parte, em sede de recurso especial ou
extraordinário, se utilize de argumentação vaga e conceitos genéricos para atacar as
decisões. Desatendido, no presente caso, o pressuposto extrínseco da fundamentação do
apelo. Agravo conhecido e não provido" (Ag-AIRR-1359-77.2017.5.10.0812, 7ª Turma,
Relator Ministro Claudio Mascarenhas Brandao, DEJT 04/09/2020).

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"AGRAVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA


INTERPOSTO PELA RECLAMADA POLIPEÇAS DISTRIBUIDORA
AUTOMOTIVA LTDA. NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/14. RECURSO QUE NÃO
IMPUGNA A DECISÃO AGRAVADA. DEFICIÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO.
Não se conhece de agravo que não observa o pressuposto da regularidade formal inerente
aos recursos de fundamentação vinculada (princípio da dialeticidade recursal). Na
espécie, a agravante não impugna, de forma específica e fundamentada, o óbice indicado
na decisão agravada, no tocante à inobservância do art. 896, § 1º-A , III, da CLT, em
desatendimento ao comando do art. 1.021, § 1º, do CPC, e torna deficiente a
fundamentação do agravo, nos termos da Súmula nº 422, I, deste Tribunal Superior.
Agravo de que não se conhece. AGRAVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM
RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO PELOS RECLAMADOS VIAÇÃO
ARAGUARINA LTDA. (EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL) E OUTROS NA
VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/14. NULIDADE POR NEGATIVA DE PRESTAÇÃO
JURISDICIONAL. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. DONO DA OBRA. Impõe-se
confirmar a decisão monocrática que negou seguimento ao agravo de instrumento,
porquanto não comprovado pressuposto intrínseco de admissibilidade do recurso de
revista previsto no art. 896 da CLT. Agravo a que se nega provimento " (Ag-AIRR-654-
85.2016.5.08.0128, 1ª Turma, Relator Ministro Walmir Oliveira da Costa, DEJT 04/09
/2020).

1.2. Conheço do recurso do reclamante em relação à demais matérias,


bem como conheço do recurso da reclamada, por presentes os pressupostos de admissibilidade.

2. RECURSO DA RECLAMADA

- Da prescrição - Da Súmula nº 294 do C. TST

Aduz a reclamada que as diferenças de prêmios sobre DSR são postuladas


desde 2015, data da contratação, sendo que como a ação foi ajuizada em j06/12/2019, há prescrição na
forma da Súmula nº 294 do C. TST, vez tratar-se de alteração do pactuado, decorrente de ato único do
empregador.

Sem razão.

A pretensão do autor é de recebimento de reflexos dos prêmios( já pagos


sob diversas rubricas) em DSRs, isto desde a data da contratação. Não se vislumbra alteração do
pactuado, mas, em tese, descumprimento de lei desde o início do contrato de trabalho.

Rejeito a preliminar, eis que inaplicável ao caso o teor da Súmula nº 294


do C. TST.

Registre-se que não houve ofensa ao art. 7º, XXIX, da Constituição


Federal.

- Das horas extras - Do cargo de confiança

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Sustenta a recorrente que o reclamante se ativou como gerente de loja,


cargo máximo da unidade, comandando toda equipe, com poderes para admitir, demitir, promover, e
tudo o mais relativo ao quadro funcional, estabelecendo,inclusive, o horário de trabalho de seus
subordinados. Por inserir-se na exceção legal do art. 62 da CLT, o autor não faz jus às horas extras e
reflexos.

Sem razão.

Nos termos do art. 818 da CLT, era da recorrente o ônus de provar o


exercício de cargo de confiança, o que não ocorreu.

O depoimento do preposto da recorrente, à fl. 1162, revela a fragilidade


da tese defensiva, eis que foi afirmado que "...o gerente regional precisa assinar tais documentos sim;
que o gerente regional pode inclusive se opor à aplicação da penalidade; que no caso de contratação a
decisão é do gerente de loja e não comporta oposição do regional; que o gerente de loja pede
autorização ao gerente regional para descontos maiores nas mercadorias; que o gerente de loja só
libera desconto que está pré aprovado no sistema, acima disso é o gerente regional; que o reclamante
não poderia dispor de numerário para utilização em manutenção/reparo da loja por exemplo; ...que o
reclamante não fazia compras de mercadorias para a loja; ...que não se lembra se o reclamante fazia
escala de férias e folgas, que confirma que o mesmo era gerente e que gerente faz isso mas não sabe
dizer do reclamante; ... que o reclamante não tinha controle escrito de jornada e ele próprio controlava
sua jornada;..".

A testemunha indicada pela recorrente, muito embora não tenha


trabalhado com o recorrido e não saiba informar sua rotina, afirmou que "...o gerente regional além de
comparecer para verificar as vendas e o movimento da loja também decide sobre punição de funcionário
após indicação pelo gerente da loja; que isso vai para um comitê e o RH e o gerente regional decide;
que a entrevista de admissão é feita pelo gerente de loja que passa para o gerente regional que decide
sobre a contratação; que algumas advertências o próprio gerente de loja já pode aplicar tanto verbal
quanto escrita e enviar a documentação ao RH mas havendo caso especifico ou dúvida pode reportar ao
gerente regional e este decide sobre a advertência;...".

A prova oral revela que o recorrido não tinha qualquer autonomia, muito
menos autoridade ilimitada, eis que todas as decisões relativas à loja tinham que ser submetidas ao
Regional, quer as relativas à manutenção da estabelecimento, quer as relativas às admissões, contratações
ou punições de empregados.

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A vasta prova documental que acompanha a petição inicial confirma a


prova oral. Cite-se, exemplificativamente, os documentos de fls. 218/220, 228 e 231 os quais revelam
que o gerente não tinha autonomia para dar descontos em produtos; os de fls. 249/266 e 278/279
apontam a necessidade de autorização do Regional para admissões,demissões e promoções; os de fls. 280
/281 indicam a ingerência direta do Regional sobre os subordinados dos gerentes; o de fl. 296 indica que
o gerente não tinha autonomia nem para liberar um telefone para realização de chamadas para números
de celular; o de fls. 298 aponta que o gerente não podia efetuar qualquer despesa, inclusive para compras
de produtos de limpeza, material de escritório, água, xerox, etc; o de fl. 311 comprova que mesmo
despesas com transporte para homologação de rescisão contratual necessitavam de autorização.

Não bastasse, a ficha de registro de fl. 847 demonstra que o reclamante foi
contratado como gerente geral, supostamente sob a égide do art. 62 da CLT, entretanto, os recibos
salariais de fls. 34/43 consignam o pagamento de "horas trabalhadas" variadas, o que implica dizer que o
trabalhador era submetido a algum tipo de controle de jornada, mesmo que de maneira informal. Tanto
assim que houve apresentação de acordos para compensação e prorrogação de jornada às fls. 849/850,
procedimentos incompatíveis com a ausência de jornada pré-fixada.

Verifica-se, assim, que ao reclamante não era concedida fidúcia


diferenciada ou poderes de mando e gestão, motivo pelo qual não se enquadra na exceção do art. 62, II,
da CLT e sua jornada diária deveria ser de 08 horas diárias e 44 horas semanais, em respeito ao previsto
na Carta Magna.

Considerando que a recorrente não trouxe aos autos controles de jornada,


era seu o ônus de provar o cumprimento da jornada legal, o que não ocorreu, pois o preposto, em
depoimento à fl. 1162 declarou que "...que o reclamante trabalhava das 9h às 22h de segunda-feira a
sexta-feira; que o reclamante também trabalhava aos finais de semana e feriados mas não se recorda o
horário;...". Aponte-se que ao desconhecer fatos relevantes à solução da lide, o preposto incorreu em
confissão ficta, nos termos do art. 843, § 1º, da CLT.

Desta forma, correta a r. sentença ao fixar a jornada de trabalho nos


termos de fl. 1168 e condenar a reclamada o pagamento de horas extras e reflexos.

Nego provimento.

- Da equiparação salarial

No entender da recorrente, é indevida a equiparação salarial, pois a


paradigma indicada era gerente de loja de outra unidade, não havendo identidade de produtividade.

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Sem razão.

Ao alegar a existência de maior produtividade, a recorrente atraiu para si


o ônus probatório, mas dele não se desincumbiu, pois sua única testemunha, ouvida à fl. 1162 informou
que nunca trabalhou com o reclamante ou com a paradigma e que o encontrou em reuniões, em duas
ocasiões.

Assim, considerando que a identidade de funções não foi negada, vez que
a recorrente limitou-se a afirmar que o ônus probatório era do recorrido, impõe-se reconhecer que os
comparandos executavam as mesmas tarefas. Resta saber se os demais requisitos do art. 461 da CLT,
com a redação vigente à época dos fatos, estão presentes.

Pois bem. As fichas de registro de empregados de fls. 847 e 996


consignam que o reclamante foi admitido em 08/04/2015 na função de gerente de loja, com salário de R$
4.500,00 e a paradigma foi contratada em 15/09/2014, também com gerente de loja, com salário de R$
5.500,00.

Não existe diferença superior a dois anos na função e ambos laboravam na


mesma localidade. Note-se que a lei não exige que os empregados trabalhem no mesmo estabelecimento
como pretendido pela recorrente, sendo certo que as lojas em que reclamante e paradigma trabalharam,
indicadas à fl. 1198, estão situadas no mesmo município.

Existindo a identidade de funções, o trabalho para o mesmo empregador,


na mesma localidade e não ultrapassado o período de dois anos entre a contratação dos trabalhadores
(para a mesma função) e, ainda, não provada a suposta maior produtividade da paradigma, não se
justifica a disparidade salarial existente desde a contratação do reclamante.

Correta a r. sentença ao condenar a recorrente ao pagamento de diferenças


salariais pela aplicação do art. 461 da CLT em sua redação antiga.

No mais, não há interesse recursal em discutir os reflexos da equiparação


salarial em descansos semanais remunerados ou limitar a condenação ao importe de R$ 1.500,00
mensais, indicado pelo reclamante na petição inicial, como se infere da leitura da r. sentença, à fl. 1169.

Nego provimento.

- Dos reflexos dos prêmios em DSRs

Sustenta a recorrente que a Lei nº 13.467/2017 incorporou o entendimento


jurisprudencial dominante no sentido de que os prêmios, mesmo quando pagos de forma habitual, não

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integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e e não constituem


base de incidência de encargos previdenciários e fiscais. Invoca em seu favor o art. 457 da CLT, com a
redação dada pela Reforma Trabalhista.

Sem razão.

Consta da contestação, à fl. 828, que "Todos os prêmios pagos à Autoria


transitaram pela folha de pagamento, sendo que os prêmios habituais geraram reflexos em férias
acrescidas de um terço, décimos terceiros salários e fundo de garantia do tempo de serviço.".

A recorrente reconhece que atribuiu à verba natureza salarial, refletindo-a


em algumas verbas contratuais.

Analisando-se os recibos de pagamento apresentados pelo recorrido


constata-se que em alguns meses não foram efetuados os reflexos dos prêmios nos descansos semanais
remunerados, como por exemplo, nos meses de janeiro, fevereiro e abril de 2017 (fls. 56/57 e 58).
Quantos ao meses em que houve a quitação do título, o reclamante demonstrou em réplica, à fl. 1145, a
existência de diferenças a seu favor.

Entretanto, as diferenças são devidas apenas até 11/11/2017, data da


vigência da Lei nº 13.467/2017, que alterou a redação do art. 457 da CLT, que passou a prever
expressamente que os prêmios não integram a remuneração do empregado e nem servem de base de
cálculo de encargos previdenciários e fiscais.

Dou parcial provimento ao recurso.

- Dos honorários sucumbenciais

A presente ação foi ajuizada na vigência da Lei nº 13.467/2017, sendo


devidos honorários sucumbenciais nos termos do art. 791-A da CLT.

Como bem apontado pela r. sentença, "...o acolhimento de determinado


pleito, ainda que parcial, implica em proveito ao autor e consequente sucumbência da ré. Assim, ainda
que os pedidos de horas extras e equiparação salarial não tenham sido acolhidos em sua totalidade, não
há que se falar em sucumbência autoral no particular.".

Nego provimento.

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3. RECURSO DO RECLAMANTE

- Do intervalo intrajornada - Integralidade

A r. sentença deferiu o pagamento de horas extras e reflexos pela


concessão irregular do intervalo para refeição e descanso, determinando que fosse observada, a partir da
vigência da Lei nº 13.467/2017, a nova redação do art. 71, § 4º, da CLT.

O entendimento não merece reforma, pois a alteração da lei deve ser


respeitada. Assim, a partir de 11/11/2017, o recorrente faz jus ao pagamento apenas dos minutos não
usufruídos do descanso intrajornada, com adicional de 50%, sem reflexos nas demais verbas contratuais.

A Súmula nº 437 do C. TST aplica-se exclusivamente até a edição da


Reforma Trabalhista, vez que a nova lei traz previsão oposta ao verbete jurisprudencial.

Nego provimento.

- Do intervalo entre jornadas - Do art. 66 da CLT

Neste ponto, razão assiste ao recorrente.

As jornadas de trabalho fixadas pela r. sentença e ora mantidas por esta


Corte acarretam, em alguns dias, ofensa ao art. 66 da CLT, gerando direito ao trabalhador de receber as
horas de descanso suprimidas como horas extras, com reflexos em descansos semanais remunerados,
aviso prévio, férias acrescidas de 1/3, 13º salário e depósitos do FGTS + 40%.

Aplica-se ao caso a OJ nº 355 da SDI-I do C. TST:

"355. Intervalo interjornadas. Inobservância. Horas extras. Período pago


como sobrejornada. Art. 66 da clt. Aplicação analógica do § 4º do art. 71 da
CLT. (DJ 14.03.2008)
O desrespeito ao intervalo mínimo interjornadas previsto no art. 66 da CLT
acarreta, por analogia, os mesmos efeitos previstos no § 4º do art. 71 da CLT e
na Súmula nº 110 do TST, devendo-se pagar a integralidade das horas que foram
subtraídas do intervalo, acrescidas do respectivo adicional."

Considerando que referida súmula faz referência ao art. 71 da CLT e dada


sua alteração pela Lei nº 13.467/2017, os reflexos das horas extras ficam limitados à data de vigência da
Reforma Trabalhista.

Dou parcial provimento ao recurso.

- Da equiparação salarial

Assinado eletronicamente por: MERCIA TOMAZINHO - 31/08/2021 19:43:40 - fecab9f


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Número do processo: 1001671-97.2019.5.02.0065 ID. fecab9f - Pág. 9
Número do documento: 21011922480669600000246344379

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Fls.:
Fls.:10
758

Sustenta o recorrente que as diferenças salariais decorrentes da


equiparação salarial devem ser calculadas observando-se os prêmios recebidos pela paradigma.

Sem razão.

A despeito da identidade de funções, o art. 461 da CLT faz menção


expressa a "salários", não havendo previsão legal para que os prêmios sejam computados para efeito da
equiparação salarial.

Como bem apontado pela r. sentença, "...ficam excluídas da condenação


as verbas de natureza personalíssima da paradigma, o que engloba os prêmios posto que a natureza de
tal verba está ligada a fatores variáveis e individuais."

Nego provimento.

- Dos benefícios da Justiça gratuita

Razão não assiste ao recorrente neste ponto.

Após a vigência da Lei nº 13.467/2017, o deferimento dos benefícios da


gratuidade da justiça exige o cumprimento dos requisitos objetivos previstos no art. 790, § 3º, da CLT,
não mais bastando a simples juntada de declaração de pobreza. Em outras palavras, compete à parte a
prova da hipossuficiência econômica, a qual não pode mais ser presumida.

No presente caso, a petição inicial noticia que o reclamante recebia a


média salarial de R$ 8.431,26, valor que supera o requisito legal para a concessão do benefício postulado,
qual seja, receber valor inferior a 40% do teto dos benefícios previdenciários. E nada há nos autos que
revele que a reclamante não tenha condições de efetuar o recolhimento das custas processuais sem
prejuízo de seu próprio sustento ou de sua família.

Nego provimento.

- Dos honorários sucumbenciais

Como a presente reclamação foi ajuizada na vigência da Lei nº 13.467


/2017, sujeita-se às disposições do art. 791-A da CLT, sendo devidos honorários sucumbenciais à
reclamada.

Assinado eletronicamente por: MERCIA TOMAZINHO - 31/08/2021 19:43:40 - fecab9f


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=21011922480669600000246344379
Número do processo: 1001671-97.2019.5.02.0065 ID. fecab9f - Pág. 10
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Fls.:
Fls.:11
759

Os benefícios da Justiça gratuita não foram deferidos e, ainda que


tivessem sido, o § 4º do citado artigo disciplina que mesmo o beneficiário da justiça gratuita será
responsável pelo pagamento dos honorários de sucumbência.

Assim, sob qualquer ângulo que se analise a questão, o recorrente deve


arcar com o pagamento dos citados honorários sobre os valores dos pedidos julgados improcedentes,
observando-se as reformas efetuadas na r. sentença por esta Corte.

Indevida a incidência do art. 791-A, § 4º, da CLT, vez que os valores do


proveito econômico obtido, indicados na r. sentença como R$ 890.565,67, possibilitam o pagamento dos
honorários advocatícios, os quais, inclusive, também detém natureza alimentar.

Nego provimento.

- Da majoração dos honorários sucumbenciais devidos pela reclamada

Razão não assiste ao recorrente, pois os honorários sucumbenciais foram


fixados com observância dos parâmetros do art. 791-A, § 2º da CLT.

Sem demérito do trabalho realizado pelos causídicos, a majoração dos


honorários não se justifica, principalmente diante das matérias discutidas nos autos (rotineiras).

Ademais, face ao princípio da isonomia, a majoração dos honorários


devidos pela reclamada levaria à majoração daqueles devidos pelo recorrente.

Entretanto, em razão da reforma parcial da r. sentença dando provimento


parcial ao recurso do reclamante e da reclamada, para que não pairem duvidas na execução, mantém-se
apenas o percentual de 5% do proveito econômico obtido, cujo montante será apurado em regular
liquidação de sentença.

Nego provimento.

Do exposto,

Assinado eletronicamente por: MERCIA TOMAZINHO - 31/08/2021 19:43:40 - fecab9f


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Número do processo: 1001671-97.2019.5.02.0065 ID. fecab9f - Pág. 11
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Fls.:12
760

ACORDAM os Magistrados da 3º Turma do Tribunal Regional do


Trabalho da 2ª Região em: por unanimidade de votos, não conhecer do recurso ordinário do reclamante
em relação ao pedido de Participação nos Lucros e Resultados - PLR, conhecer do recurso do reclamante
em relação às demais matérias, bem como conhecer do recurso da reclamada e, no mérito, por igual
votação, DAR PARCIAL PROVIMENTO aos recursos: ao da reclamada para limitar a condenação no
pagamento dos reflexos dos prêmios em DSRs à data de vigência da Lei nº 13.467/2017; ao do
reclamante para: condenar a reclamada ao pagamento de horas extras e reflexos pela ofensa ao art. 66 da
CLT, sendo que os reflexos ficam limitados à data da vigência da Reforma Trabalhista, e para definir que
os honorários advocaticios, devidos por ambas as parte, são devidos no percentual de 5% do proveito
econômico obtido. tudo nos termos da fundamentação do voto da Relatora. Arbitra-se a condenação em
R$ 900.000,00, com custas no importe de R$ 18.000,00.

Presidiu o julgamento a Exmª Desembargadora Mércia Tomazinho.

Tomaram parte no julgamento a Exmª Desembargadora Mércia Tomazinho, Exmª Juíza Liane Martins
Casarin e o Exmº Juiz Wildner Izzi Pancheri.

Des. MÉRCIA TOMAZINHO


Relatora
sc

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Número do documento: 21011922480669600000246344379

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Fls.: 1761
Fls.:

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO

PROCESSO Nº 1001595-52.2018.5.02.0051 - 12ª TURMA


RECURSO ORDINÁRIO
ORIGEM: 51ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO - FÓRUM RUY BARBOSA
RECORRENTES E RECIPROCAMENTE RECORRIDOS:
1. VIA VAREJO S/A
2. RAFAEL FELIX DE LIMA

Ementa:

ALEGAÇÃO DE CARGO DE CONFIANÇA (ART. 62, II DA CLT). O


ônus da prova quanto a configuração da função de confiança, prevista na
exceção da regra do art. 62, II, da CLT era da reclamada, na forma dos
arts. 818, da CLT e 373, II, do CPC/2015, encargo do qual não se
desvencilhou a contento, não existindo elementos nos autos que
demonstrem a existência dos pressupostos necessários quanto às funções
exercidas pelo autor como gerente de loja. Recurso patronal a que se
nega provimento no aspecto.

Da r. sentença de fls. 1809 e ss., complementada às fls. 1855/1856, cujo


relatório adoto, e que julgou parcialmente procedentes os pedidos deduzidos na ação, interpõem as partes
Recursos Ordinários se insurgindo quanto aos temas a seguir elencados.

A ré apelou às fls. 1836 em diante, pleiteando a reforma da sentença


quanto: cargo de confiança, horas extras, intervalos, equiparação salarial, e honorários advocatícios.
Preparo satisfeito, regularidade de representação processual e observado o prazo legal (recurso
tempestivo).

O autor recorreu a partir de fls. 1859, pugnando pela reforma quanto:


diferenças de horas extras, aplicação da Súmula n. 264 do C. TST, não aplicação da súmula n. 340 do C.

Assinado eletronicamente por: JORGE EDUARDO ASSAD - 06/04/2021 13:41:28 - eb57852


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Número do processo: 1001595-52.2018.5.02.0051 ID. eb57852 - Pág. 1
Número do documento: 21020821060724200000289628048

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 2762
Fls.:

TST nas horas extras decorrentes de supressão dos intervalos intrajornada e interjornada, diferenças de
comissões e prêmios, PLR, salário substituição, honorários advocatícios, justiça gratuita, e falso
testemunho. Custas atribuídas à ré, representação processual regular e observado o prazo legal (recurso
tempestivo).

Contrarrazões pelas partes.

Brevemente relatados.

VOTO

1. CONHECIMENTO

O princípio da dialeticidade, que informa os recursos, exige que o


recorrente aponte a ilegalidade ou a injustiça da decisão atacada, a fim de possibilitar à Instância
Revisora confrontar as razões do recorrente com as razões adotadas pelo Juízo a quo.

Analisando o apelo da reclamada, verifica-se que, o mesmo ataca os


fundamentos da r. sentença, tendo a ré apresentado as razões de fato e de direito, a permitir ao Órgão
Colegiado cotejar os fundamentos lançados na decisão judicial com as razões contidas no recurso e desse
exame extrair a melhor solução ao caso concreto. Cumpridos, portanto, os requisitos do art. 1.010,
mormente o item II, do CPC/2015.

Apenas se o recurso fosse inteiramente dissociado da motivação da


sentença, seria o caso de não conhecimento (inteligência da Súmula n.º 422, III, do Colendo TST). Mas a
hipótese dos autos é diversa.

De fato, os fundamentos do apelo, indicam, com objetividade e precisão,


os motivos pelos quais, a decisão deve ser revertida, insurgindo-se a reclamada contra o âmago das
questões decididas pelo Juízo a quo em seu desfavor, não se limitando a pleitear a reforma da decisão. O
recurso, buscou repelir, ponto a ponto, a fundamentação adotada no julgado originário nas matérias que
foram desfavoráveis à ré.

REJEITA-SE, portanto, a preliminar de não conhecimento do recurso


aventada nas contrarrazões do autor.

Assinado eletronicamente por: JORGE EDUARDO ASSAD - 06/04/2021 13:41:28 - eb57852


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Número do processo: 1001595-52.2018.5.02.0051 ID. eb57852 - Pág. 2
Número do documento: 21020821060724200000289628048

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 3763
Fls.:

CONHEÇO dos recursos ordinários interpostos pelas partes por presente


os pressupostos legais de admissibilidade.

2. RECURSO ORDINÁRIO DA RÉ

2.1. JORNADA DE TRABALHO HORAS EXTRAS PELO


EXCESSO DE JORNADA, E SUPRESSÃO DOS INTERVALOS INTRAJORNADA E
INTERJORNADA. ALEGAÇÃO DE CARGO DE CONFIANÇA (ART. 62, II DA CLT)

Com relação ao período em que o autor laborou como vendedor, o MM.


Juízo a quo reconheceu a validade dos controles de jornada juntados pela reclamada, consignando apenas
que "Em relação aos dias em que houver falta de alguma marcação, presume-se, em relação à(s) marcação
(ões) faltante(s), que o horário de entrada ocorreu às 8h00 (porque o pedido se interpreta restritivamente),
a saída às 17h30 (interpretação restritiva do pedido) e o intervalo para refeição e descanso, caso não
anotado, foi de 30 minutos".

Com relação ao período em que o autor trabalhou como gerente de loja, a


partir de 01/06/2014, ao alegar a situação excepcional prevista no inciso II do artigo 62 consolidado cabia
à ré o ônus da prova, nos termos dos arts. 818, da CLT e 373, II, do CPC, encargo do qual entendo não
ter se desincumbido. Senão vejamos.

A caracterização do cargo de confiança, previsto no art. 62, II, da CLT,


não implica, necessariamente, a concessão de amplíssima gama de poderes ao empregado, porque ele não
substitui o empregador, na medida em que o comando abrangente da atividade empresarial é deste
último, nos moldes do art. 2º, do diploma consolidado.

Para a configuração da função de confiança, prevista na exceção da regra


do art. 62, II, da CLT, é necessário, além do recebimento de salário compatível (salário efetivo acrescido
de 40%) que, o empregado, esteja em posição hierarquicamente superior em relação aos demais
funcionários, os quais lhe são subordinados. Além disso, deverá tal empregado contar com poderes para,
de forma efetiva, influenciar no modus operandi do empregador, colocando em jogo o sucesso de parte
ou de todo o empreendimento empresarial, abrangida a administração do pessoal. Vale dizer, o cargo de
gestão a que se refere a lei envolve o conjunto de atribuições do empregado, não sendo suficiente,
portanto, que, o empregado realize apenas algumas atribuições de confiança, pois repita-se a intenção do
legislador é justamente disciplinar a situação daquele empregado que, no desempenho das respectivas
atribuições, esteja em situação superior aos demais empregados, os quais lhe são subordinados e cujo

Assinado eletronicamente por: JORGE EDUARDO ASSAD - 06/04/2021 13:41:28 - eb57852


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=21020821060724200000289628048
Número do processo: 1001595-52.2018.5.02.0051 ID. eb57852 - Pág. 3
Número do documento: 21020821060724200000289628048

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 4764
Fls.:

mister coloque em jogo o sucesso de parte ou de todo o empreendimento empresarial. O resultado dessa
linha de raciocínio é que dentro daquele ambiente de trabalho ou setor, o empregado detém a última
palavra, reportando-se apenas ao empregador ou a quem o represente.

O ônus da prova quanto a esta situação excepcional era da reclamada, na


forma dos arts. 818, da CLT e 373, II, do CPC/2015, do qual, entendo não ter se desvencilhado, não
existindo elementos que demonstram a existência dos pressupostos acima quanto às funções exercidas
pelo autor como gerente de loja.

E a própria testemunha da ré contrariou a tese defensiva ao indicar que era


necessário autorização superior para que tomasse medidas com conteúdo decisório, como contratações e
dispensas, além de haver controle da jornada de trabalho do autor na função de gerente, se afastando
assim da liberdade de horários necessária à configuração do cargo de confiança previsto no texto
consolidado, veja-se:

"(...) que em algumas situações, há necessidade de autorização do gerente Regional


para contratar, o gerente da loja faz a primeira entrevista e o candidato, caso aprovado,
passa por segunda entrevista com o gerente regional; que o depoente, quando foi
dispensar empreado, precisou da autorização do regional; que encaminha o nome do
colaborador, os seus resultados, os motivos do desligamento e isso é passado para o
regional, que leva a situação a uma mesa do RH, da qual o gerente regional participa, e
se aprovado o desligamento, lançam no sistema (...) que como gerente o depoente
apenas insere a sua digital no computador da reclamada, para destravar o sistema de
vendas e os acessos a diversas telas de e-mail, de vendas, etc; que se não fizer esse
registro da digital, não consegue trabalhar, porque o sistema fica travado; que em
situações sazonais não há necessidade de inserir sua digital porque o sistema fica
destravado (...); que o gerente regional faz visitas às loja conforme necessidade, pode
ser uma ou duas vezes por semana, ou uma vez por quinzena; (...) que quando insere a
digital como gerente há informação do horário do registro; que no final do dia não há
necessídade de inserir a digital como gerente; que ao final do dia, o gerente da loja tem
que enviar o mapa de caixa, com o fechamento total da loja no dia, utilizando a sua
matrícula e senha, sem necessidade de inserir a digital no sistema; que não há pedido de
horário, mas acredita que o setor de contabilidade é comunicado do horário em que está
sendo finalizado; que não tem liberdade para se ausentar da loja quando quiser; que
como gerente de loja o depoente tem horário a cumprir; (...)"

Portanto, o autor não pode ser caracterizado como exercente de cargo de


confiança do art. 62, II, da CLT, pois ele exercia atribuições comuns, sem grandes poderes de mando e
gestão. Restou indubitável que o obreiro tinha seu cotidiano laboral integralmente supervisionado pela
empresa, inclusive com relação ao horário de trabalho, não podendo se ausentar da loja, ou ter
flexibilidade de horários de entrada, intervalo e saída.

Assim, verifica-se que a reclamada não comprovou que o reclamante


tivesse procuração, que dispensava ou contratava empregados sem qualquer aval ou autorização de
superiores, que efetivamente chefiava setor, ou que influenciasse no modus operandi da empresa, nada

Assinado eletronicamente por: JORGE EDUARDO ASSAD - 06/04/2021 13:41:28 - eb57852


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Número do processo: 1001595-52.2018.5.02.0051 ID. eb57852 - Pág. 4
Número do documento: 21020821060724200000289628048

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 5765
Fls.:

disso foi comprovado nos autos, ficando evidente a fidúcia comum que permeava o contrato de trabalho
do reclamante. Descaracterizado está o exercício de cargo de confiança e inaplicável a exceção prevista
no art. 62, II, da CLT ao caso dos autos.

Em não sendo o cargo tipicamente de confiança, pouco importa se a


empregadora pagava a gratificação a que se refere o parágrafo único do art. 62, da CLT, o que não ficou
sequer comprovado nos autos, pois os holerites não indicam pagamento de gratificação, e o valor
remuneratório do autor não sofreu substancial aumento após ascender à função de gerente de loja. São
pressupostos cumulativos, o pagamento da gratificação e a função de confiança, e nenhum dos dois foi
cabalmente demonstrado nos autos.

Tendo sido afastada a principal tese defensiva, ou seja, a de


enquadramento no cargo de confiança (art. 62, II, da CLT), era imposto à ré o dever de controlar e
fiscalizar a jornada de trabalho do laborista, motivo pelo qual deveria ter juntado aos autos os controles
de ponto do reclamante, na forma dos arts. 74, §2º e 818, da CLT, combinados com o art. 373, II, do CPC
/2015 e Súmula n.º 338, do Colendo TST, mas deste ônus não se desincumbiu.

A presunção de veracidade da jornada alegada na inicial, pela ausência de


juntada dos controles de jornada aos autos não foi elidida pela prova oral, tendo o Juízo a quo fixado
corretamente a jornada de trabalho para fins de pagamento de horas extras pelo excesso de jornada, e
supressão dos intervalos intrajornada e interjornada, com base nas alegações da petição inicial,
depoimentos pessoais e testemunhais, da seguinte forma:

- No período em que atuou como gerente (a partir de 01/06/2014)


trabalhou regularmente das 8h30 às 20h00, com 30 minutos de intervalo para refeição e descanso, de
segunda-feira a sábado;

- Na semana que antecedia as datas comemorativas (Dia dos Pais, Dia das
Mães, Dia das Crianças e Dia dos Namorados), e nas duas semanas que antecediam o Natal, fixo que o
reclamante laborava das 7h00 às 22h00, com 30 minutos de intervalo para repouso e alimentação, sendo
que nos domingos que antecediam essas datas a jornada de trabalho se estendia das 8h30 às 17h30;

- Nos dias de Black Friday (3 dias no mês de novembro), das 5h00 às


22h00, com 30 minutos de intervalo para repouso e alimentação;

- Nas ocasiões de saldões (seis dias ao ano), das 7h00 às 22h00, com 30
minutos de intervalo para repouso e alimentação;

Assinado eletronicamente por: JORGE EDUARDO ASSAD - 06/04/2021 13:41:28 - eb57852


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=21020821060724200000289628048
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Número do documento: 21020821060724200000289628048

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 6766
Fls.:

Nos dias de inventário (um por mês) das 6h00 às 20h00, com 30 minutos
de intervalo para repouso e alimentação;

- Quatro feriados trabalhados ao ano, das 8h30 às 17h30, com 30 minutos


de intervalo para repouso e alimentação.

Dessa forma, fixada a jornada acima reconhecida e mantida, faz jus o


reclamante ao pagamento de horas extras pelo excesso de jornada, e supressão dos intervalos intrajornada
e interjornada, exatamente como decidido em 1º grau de jurisdição, mantidos os reflexos e parâmetros
para liquidação fixados em sentença.

Não há se falar na limitação da jornada fixada na decisão recorrida, até


porque ausente prova documental ou contraprova de horários diversos pela reclamada, não se tratando,
ademais, de jornada inverossímil, extensa ou exagerada.

A condenação no pagamento de horas intervalares observou corretamente


o limite temporal de entrada em vigor da Lei n. 13.467/17, designada como "Reforma Trabalhista, quanto
aos reflexos e hora cheia.

NADA A REFORMAR.

2.2. EQUIPARAÇÃO SALARIAL

Sustenta a ré que a equiparação é indevida, visto que as paradigmas


Alessandra Martins Andrade e Marlyne Grado Cozzubo exerciam função de gerentes em lojas de maior
porte do que o reclamante, e que não houve demonstração de real identidade funcional, e igual
produtividade e perfeição técnica.

Sem razão.

Conforme disposição do art. 461 da CLT, com a redação anterior à


alteração legislativa promovida pela Lei n. 13.467/2017, designada como "Reforma Trabalhista", c/c
Súmula 06, do C. TST entende-se que para caracterização do direito à equiparação salarial, a função do
reclamante e paradigma deve ser idêntica, não influindo a denominação da atividade na aferição das
atividades desenvolvidas (inteligência da Súmula n.º 6, III, do C. TST).

Assinado eletronicamente por: JORGE EDUARDO ASSAD - 06/04/2021 13:41:28 - eb57852


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Número do processo: 1001595-52.2018.5.02.0051 ID. eb57852 - Pág. 6
Número do documento: 21020821060724200000289628048

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 7767
Fls.:

Por segundo, os serviços devem ser prestados ao mesmo empregador e na


mesma localidade, na foram da Súmula n.º 6, X, supra.

Em terceiro lugar, não poderá haver distinção na produtividade e


perfeição técnica, sendo do empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou extintivo da
equiparação salarial (Súmula n.º 6, VIII supra). Mesmo o trabalho intelectual poderá ser comparado.

Em quarto, não pode haver diferença superior a dois anos no exercício da


função dos envolvidos, nos termos da Súmula n.º 6, II e IV, do TST).

Pois bem. O ônus de comprovar a identidade de funções entre os


equiparandos era do reclamante, por se tratar fato constitutivo de seu pretenso direito, ex vi dos arts. 818
da CLT e 373, I, do CPC, encargo do qual se desincumbiu a contento, uma vez que é incontroverso nos
autos que o autor, Alessandra e Marlyne eram gerentes de lojas da reclamada.

Lado outro, entendo que a reclamada não comprovou nenhum fato


impeditivo ou modificativo do direito à equiparação salarial, em especial diferenças de tempo na função,
qualidade e perfeição técnica no trabalho dos equiparandos, diferença substancial nas funções em razão
do porte da loja, diferença do volume de vendas e trabalho de cada loja, ônus que lhe era imposto nos
termos dos arts. 818 da CLT e 373, II, do CPC c/c Súmula 6, VIII, do TST.

Quanto a diferença de localidade, a primeira testemunha do autor afirmou


que: "Alessandra era gerente em loja Ponto Frio do Shopping Central Plaza e Marlyne de loja Casa Bahia
no Ipiranga;". Sendo assim, trabalharam na mesma cidade que o autor (São Paulo/SP), não havendo óbice
para a equiparação por se tratarem de filiais diversas.

MANTENHO.

3. RECURSO ORDINÁRIO DO AUTOR

3.1. DIFERENÇAS DE HORAS EXTRAS

No tocante ao período não abarcado pela condenação, ou seja, o lapso


temporal em que o reclamante laborou como vendedor, a reclamada juntou aos autos os controles de
jornada, recibos de pagamento, e extrato de banco de horas. As folhas-ponto indicam mensalmente o
extrato de horas no regime de compensação na modalidade banco de horas, constando crédito e débito no
sistema.

Assinado eletronicamente por: JORGE EDUARDO ASSAD - 06/04/2021 13:41:28 - eb57852


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=21020821060724200000289628048
Número do processo: 1001595-52.2018.5.02.0051 ID. eb57852 - Pág. 7
Número do documento: 21020821060724200000289628048

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 8768
Fls.:

Não houve invalidação dos regimes de compensação intrasemanal e de


banco de horas em sentença, nem pedido expresso em recurso, valendo destacar que o banco de horas
estava apoiado em norma coletiva (Cláusula 17ª), em observância à Súmula n. 85, V, do C. TST, e há
adesão do reclamante, conforme acordo individual escrito de folha 1120.

Os apontamentos feitos em réplica não levaram em consideração os


regimes de compensação intrasemanal e sistema de banco de horas utilizados pela reclamada, pois a
apuração não discrimina as horas contabilizadas no sistema de compensação, nem deduz as horas
compensadas.

No mais, o reclamante não demonstrou que as horas extras laboradas além


da 44ª semanal não eram quitadas pela ré em holerites, ou compensadas, na forma do acordo de
compensação pactuado pelas partes.

NADA A MODIFICAR.

3.2. APLICAÇÃO DA SÚMULA N. 264 DO C. TST

Constou na sentença recorrida como um dos parâmetros para liquidação


das horas extras deferidas: "base de cálculo composta pelas parcelas de natureza salarial".

Porém, para que se evite discussões desnecessárias, ACOLHO o recurso


autoral para fixar expressamente que o cálculo das horas suplementares observará a globalidade salarial
(Súmula n. 264, do C. TST), inclusive as diferenças salariais deferidas em razão da equiparação salarial
deferida nestes autos.

3.3. NÃO APLICAÇÃO DA SÚMULA N. 340 DO C. TST NAS


HORAS EXTRAS DECORRENTES DE SUPRESSÃO DOS INTERVALOS INTRAJORNADA E
INTERJORNADA

A limitação ao pagamento do adicional de que trata a Súmula 340 do C.


TST e Orientação Jurisprudencial n. 397 da SDI-I do C. TST se justifica somente quando o trabalhador
comissionista, ao laborar em prorrogação de jornada, tem a possibilidade de perceber as comissões
relativas ao tempo em sobrelabor, já recebendo a remuneração de sua hora normal.

Assinado eletronicamente por: JORGE EDUARDO ASSAD - 06/04/2021 13:41:28 - eb57852


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=21020821060724200000289628048
Número do processo: 1001595-52.2018.5.02.0051 ID. eb57852 - Pág. 8
Número do documento: 21020821060724200000289628048

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 9769
Fls.:

No entanto, a condenação no pagamento de horas extras pela supressão de


intervalos intrajornada e interjornada não se refere a período trabalhado pelo comissionista e, dessa
forma, não representa hipótese na qual o trabalhador aufere a remuneração de sua hora normal.

Assim, cabível o pagamento de uma hora, acrescida do adicional, sendo


inaplicável a Súmula 340 do C. TST e Orientação Jurisprudencial n. 397 da SDI-I do C. TST.

Nesse sentido a jurisprudência:

"RECURSO DE REVISTA. COMISSIONISTA PURO. JORNADA DE TRABALHO.


HORAS EXTRAS. INTERVALO INTRAJORNADA. SÚMULA Nº 340 DO TST. 1.
Inexiste fundamento plausível para quitação apenas do adicional incidente sobre as horas
extras deferidas pela ausência de concessão integral do intervalo destinado ao repouso e
à alimentação do trabalhador comissionista puro. 2. Nesse aspecto, inaplicável o
entendimento jurisprudencial cristalizado na Súmula nº 340 do TST, porquanto em
hipótese alguma o lapso temporal correspondente a esse intervalo pode ser considerado
como período legitimamente laborado. Isso sob pena de se desvirtuar a aplicação do
instituto em comento, erigido como medida necessária à garantia da saúde, da higiene e
da segurança do trabalhador (art. 7º, inciso XXII, da CR), não se equiparando, pois, sob
esse prisma, às demais horas laboradas em sobrejornada pelo empregado comissionista.
Recurso de Revista conhecido e provido." (RR - 2440-78.2011.5.02.0041, Relator
Desembargador Convocado: Marcelo Lamego Pertence, Data de Julgamento: 16/06
/2014, 5ª Turma, Data de Publicação: DEJT 01/07/2014)

COMISSIONISTA PURO. INTERVALO INTRAJORNADA. SUPRESSÃO PARCIAL.


EFEITOS. O empregado comissionista puro tem direito ao usufruto do intervalo
intrajornada como qualquer outro empregado que receba remuneração fixa.
Desrespeitada essa medida de higiene, saúde e segurança do trabalho é devido o
pagamento integral do intervalo com acréscimo do adicional. Não há contrariedade à
Súmula 340/TST, porque esta consolida jurisprudência sobre a remuneração do trabalho
extraordinário do comissionista puro, que não se confunde com o pagamento do intervalo
intrajornada suprimido previsto no artigo 71, § 4º, da CLT. Precedentes." (TST-AIRR-
268200-23.2010.5.03.0000, 3ª Turma, Relator Ministro: Alexandre de Souza Agra
Belmonte, DEJT de 05/10/2012).

RECURSO DE REVISTA. COMISSIONISTA PURO. HORAS EXTRAS


DECORRENTES DA SUPRESSÃO OU REDUÇÃO DO INTERVALO
INTRAJORNADA. SÚMULA 340 DO TST. INAPLICABILIDADE. PRECEDENTES .
É firme o entendimento dessa Corte de que a redução ou supressão do intervalo
intrajornada ao empregado remunerado exclusivamente à base de comissões enseja o
pagamento total do período correspondente, com acréscimo de 50% (Súmula 437, I, do
TST), sendo inaplicável ao caso a Súmula 340/TST. Recurso de Revista conhecido e
provido. (TST - RR: 9158620135120017, Relator: Hugo Carlos Scheuermann, Data de
Julgamento: 24/09/2014, 1ª Turma, Data de Publicação: DEJT 03/10/2014)

DOU PROVIMENTO ao recurso do autor para o fim de fixar a


inaplicabilidade da Súmula n. 340 do C. TST e Orientação Jurisprudencial n. 397 da SDI-I do C. TST
quanto às horas extras deferidas em razão da supressão de intervalos intrajornada e interjornada.

3.4. DIFERENÇAS DE COMISSÕES SOBRE JUROS E


ENCARGOS FINANCEIROS DE VENDAS PARCELADAS

Assinado eletronicamente por: JORGE EDUARDO ASSAD - 06/04/2021 13:41:28 - eb57852


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Número do processo: 1001595-52.2018.5.02.0051 ID. eb57852 - Pág. 9
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Fls.:
Fls.:10
770

Não assiste razão à reclamante ao postular o pagamento de diferenças de


comissões sobre vendas parceladas, uma vez que as comissões incidem sobre o valor do bem, e não sobre
o valor do financiamento contratado pelo comprador, e quitado de forma parcelada.

Vale dizer, em se tratando apenas de financiamento contratado pelo


comprador para a aquisição do bem, que mantém seu preço de mercado, não há que se falar em subtração
de valor de comissões.

De fato, é inexigível na espécie, a exigência de pagamento de comissões


sobre juros de pagamentos dos clientes obtidos sobre o crédito concedido por instituição financeira aos
consumidores.

As comissões devem ser apuradas sobre o valor da venda auferida, sem os


acréscimos decorrentes do financiamento, uma vez que a venda realizada pelo vendedor deve ser
separada da operação de crédito que envolveu a negociação. O vendedor não tem nenhuma ingerência na
operação do financiamento, tampouco sobre as garantias suplementares porventura oferecidas, ou
quaisquer responsabilidades acerca da quitação dos valores advindos do financiamento.

As disposições do art. 2º, "caput", da Lei 3.207/57, ao assegurar ao


empregador vendedor a comissão sobre "as vendas que realizar", é norma benéfica, que comporta
interpretação restritiva (art. 104, do CC).

No mesmo sentido:

"RECURSO DE REVISTA - APELO INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015


/2014 - COMISSÕES - BASE DE APURAÇÃO - VENDAS A PRAZO - DIFERENÇAS
INDEVIDAS - Cinge-se a controvérsia a saber se os juros e demais encargos financeiros
acrescidos às vendas parceladas devem compor a base de cálculo das comissões. No
caso de empregado vendedor, as comissões devidas devem ser apuradas sobre a
chamada 'venda auferida', e não sobre os valores majorados pelos acréscimos
decorrentes do financiamento. Isso porque a venda feita pelo empregado ao cliente deve
ser separada da operação de crédito que envolve o último e o empregador, relação esta
de cunho que envolve o último e o empregador, relação esta de cunho diverso do ajuste
empregatício. Nestes casos, o empregado não tem nenhuma participação na operação de
financiamento: a ele não cabe a conferência de documentos e garantias comerciais do
cliente, tampouco lhe poderão ser imputadas quaisquer responsabilidades pela não
quitação dos valores devidos, tampouco por eventuais estornos de comissões sobre
vendas cujo pagamento foi inadimplido. O ônus da atividade econômica permanece,
assim, a quem de direito, e deve ser assumido inteiramente pelo empregador. Recurso de
Revista conhecido e não provido". (RR- 1517-20.2014.5.03.0138, Relatora Ministra
Maria de Assis Calsing, 4ª Turma, Data DEJT 17/02/2017). (TRT-18ª R. - RO 0010701-
58.2018.5.18.0003 - Relª Kathia Maria Bomtempo de Albuquerque - DJe 03.06.2019 - p.
2890).

MANTENHO.

Assinado eletronicamente por: JORGE EDUARDO ASSAD - 06/04/2021 13:41:28 - eb57852


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Número do processo: 1001595-52.2018.5.02.0051 ID. eb57852 - Pág. 10
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Fls.:
Fls.:11
771

3.5. DIFERENÇAS DE COMISSÕES EM RAZÃO DAS VENDAS


DE SEGUROS E SERVIÇOS

Está correta a rejeição do pedido.

A reclamada juntou aos autos os extratos correspondentes às vendas de


seguro realizadas pelo reclamante.

Nada nos autos prova que houve parcial juntada dos mesmos, ou
lançamentos inferiores aos valores devidos.

Demais disso, é incontroversa a quitação de comissões de 7,5% incidente


sobre essas vendas e o obreiro não indicou, com base na prova documental trazida, eventuais diferenças
não quitadas.

Por fim, conforme bem constou da sentença recorrida: "O autor, ao longo
de aproximadamente 8 anos de contrato em que afirma ter sido vítima de cálculo errado de comissões
sobre venda de produtos e serviços, não juntou um só documento apto a demonstrar que em qualquer
oportunidade tenha feito qualquer reclamação relacionada a diferenças de comissões, não obstante tenha
afirmado em depoimento pessoal que fez diversas reclamações e que as respostas, que eram remetidas
por e-mail, eram sempre inconclusivas. Nenhum e-mail foi anexado para corroborar tais alegações. Não
bastasse isso, é incontroverso que a reclamada disponibilizava acesso ao sistema para consulta do
montante de vendas realizadas e os respectivos valores de comissão, o que pode ser constatado no
histórico de consultas efetuadas pelo reclamante ao aplicativo Web, de folhas 1371/1377 (tanto como
vendedor, quanto como gerente)."

MANTENHO.

3.6. DIFERENÇAS DE COMISSÕES POR VENDAS DE


MERCADORIAS/SERVIÇOS NÃO FATURADOS, CANCELADOS OU OBJETOS DE TROCAS

Ao contrário do que pretende fazer crer o demandante, não são devidas


comissões sobre vendas canceladas e/ou estornadas, porque a venda que não se concretizou. Também não
logrou o reclamante demonstrar a existência de estorno de comissões em virtude da troca de mercadorias
pelos clientes.

Veja-se que o art. 466, da CLT, dispõe expressamente que somente é


devido o pagamento de comissão depois de ultimada a transação a que se refere.

Assinado eletronicamente por: JORGE EDUARDO ASSAD - 06/04/2021 13:41:28 - eb57852


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Fls.:
Fls.:12
772

MANTENHO.

3.7. PRÊMIO ESTÍMULO

O reclamante afirma que o prêmio estímulo "não era calculado


corretamente e, consequentemente, não estava consignado nos contracheques do obreiro, já que a
Recorrida excluía do valor total das vendas efetuadas pela Recorrente no mês, os valores dos encargos
decorrentes das vendas a prazo, assim como aquelas vendas não faturadas no período.".

Sem razão.

Não demonstrado o direito à percepção de diferenças de comissões em


razão dos motivos apontados, impõe-se a manutenção da sentença que rejeitou o pedido de diferenças de
prêmio estímulo, por se tratar de acessório, que segue a sorte do principal.

IMPROVIDO.

3.8. PLR

Sustenta o reclamante que "por ser parcela adimplida de forma anual, ou


seja, por constituir condição mais benéfica incorporou-se ao direito do Recorrente."

Sem razão.

De fato, o reclamante não logrou trazer aos autos documentos que


comprovem o pagamento da participação nos lucros nos moldes alegados na exordial, tampouco o
instrumento normativo que preveja o benefício.

E não é demais lembrar que a Participação nos Lucros e Resultados,


estabelecida pela Lei 10.101/2000, somente é devida quando for objeto de negociação entre a empresa e
empregados, sendo irrelevante o fato de que a mesma tenha sido paga anteriormente, em determinado
período, já que não se trata de parcela salarial e não se incorpora ao contrato de trabalho.

Em virtude da vigência limitada das normas coletivas, não há se falar em


ultratividade da norma, sendo que este pleito recursal encontra óbice no art. 614, §3º da CLT c/c Súmula
n. 277 e Orientação Jurisprudencial nº 322 da SDI1, ambas do C. TST.

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Fls.:
Fls.:13
773

Nestas condições, por se tratar de fato constitutivo do direito vindicado, e


não se desincumbir o autor do ônus de demonstrar a existência de negociação coletiva prevendo seu
pagamento, nos termos dos artigos 818, da CLT, e 373, I, do CPC, improcede a pretensão de reforma.

MANTENHO.

3.9. SALÁRIO SUBSTITUIÇÃO

Nos demonstrativos de pagamento há comprovação de pagamento de


salário substituição e nas folhas de ponto a indicação dos dias em que ocorreram as substituições (fls.
1259/1260, por exemplo).

Cabia ao autor apontar eventuais diferenças a este título, mas ele apenas
reiterou os termos da inicial.

Na exordial, como bem salientado na sentença, "o autor aponta um salário


substituição para o cargo de gerente que não se mostra razoável, diante dos demais elementos dos autos.
Observe que os salários fixos das paradigmas por ele indicadas correspondiam a 4.500,00, em 2015,
(Marlyne Grado) e a R$ 5.500,00 (Alessandra Martins Andrade) em 2014, enquanto o reclamante afirma
que os gerentes que ele supostamente substituiu, no período em que foi vendedor (ou seja, até 31/05/2014
- porque ele 01/06/2014 ele passou a gerente trainee), recebiam R$ 6.500,00, além dos prêmios de
gerência, no importe de R$ 3.000,00, totalizando R$ 9.500,00 por mês."

Sendo assim, não tendo logrado êxito em apontar diferenças reais devidas
pelas substituições realizadas, com base nos valores que foram efetivamente pagos, e a remuneração dos
gerentes substituídos não há se falar em diferenças devidas a este título.

NADA A MODIFICAR.

3.10. JUSTIÇA GRATUITA

Constou na sentença: "A nova redação do artigo 790 da CLT estabelece


em seu § 3º como condição objetiva para a concessão da justiça gratuita, ser a parte detentora de salário
igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de

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Fls.:
Fls.:14
774

Previdência Social (R$ 5.645,80, em 2018). O reclamante tinha rendimento mensal expressivamente
superior ao requisito quantitativo mencionado e não comprovou insuficiência de recursos para pagamento
das custas do processo. Diante disso, indefiro os benefícios da justiça gratuita ao reclamante."

Não compartilho deste entendimento.

De início, observo que, a lei pode estabelecer os pressupostos e requisitos


para a concessão da assistência judiciária gratuita ou da justiça gratuita, sem que isso implique em
vulneração ao disposto no art. 5º, LXXIV, da Constituição Federal. Aliás, a delimitação do benefício no
direito pátrio, como aconteceu em diversas épocas, como por exemplo, no caso das Leis n.º 1.060/1950,
5.584/1970 e 7.115/1983 e do próprio art. 790, da CLT antes da vigência da Lei n.º 13.467/2017.

Ademais, cabe ressaltar que, a legislação processual do trabalho admite a


aplicação subsidiária dos dispositivos do CPC/2015, sendo que, a matéria da justiça gratuita é tratada nos
arts. 98, caput e 99, caput, § § 1º e 3º, cujo atendimento viabiliza o deferimento do benefício.

Quanto a este aspecto, invoco precedentes desta E. Turma nos Processos n.


º 1001118-84.2017.5.02.0432 (Relator: Dr. Paulo Kim Barbosa; data da publicação: 06/04/2018) e
Processo n.º 1000191-89.2018.5.02.0204 (Relatora: Dra. Sonia Maria de Oliveira Prince Rodrigues
Franzini; data da publicação: 17/08/2018).

Na hipótese dos autos, o obreiro requereu na exordial "os benefícios da


Justiça Gratuita por estar desempregado e ser pobre no sentido legal, não podendo arcar com as custas
processuais e honorários, sem prejuízo próprio e de sua família." (fls. 31), e juntou aos autos declaração
de hipossuficiência, conforme fls. 33.

Nessa esteira, presume-se que o reclamante não pode arcar com as


despesas processuais, tendo em conta a declaração de pobreza juntada aos autos, e que se encontra de
acordo com o art. 1º da Lei nº 7.115/83, art. 5º, da Lei nº 1.060/50, e Súmula n. 05, deste E. TRT2, não
ilidida por nenhuma outra prova nos autos.

DOU PROVIMENTO ao apelo autora para deferir os benefícios da


gratuidade da justiça ao reclamante.

3.11. FALSO TESTEMUNHO

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Fls.:
Fls.:15
775

Alega o autor que deve ser excluída a condenação da sua testemunha ao


pagamento de multa por litigância de má-fé, uma vez que não teve intenção de alterar a verdade dos fatos
ou agir com intuito de beneficiar o reclamante.

Pois bem.

O artigo 793-D, da CLT, prevê a possibilidade de condenação da


testemunha ao pagamento de multa por litigância de má-fé.

Contudo, o artigo 10, da Instrução Normativa nº 41, do C. TST,


estabelece, em seu parágrafo único, que a aplicação da referida multa "(...) dar-se-á na sentença e será
precedida de instauração de incidente mediante o qual o juiz indicará o ponto ou os pontos controvertidos
no depoimento, assegurados o contraditório, a defesa, com os meios a ela inerentes, além de possibilitar a
retratação".

In casu, não houve a observância de tal procedimento, em nítida


contrariedade aos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa da testemunha do autor.

Assim, REFORMO a r. sentença para excluir da condenação a aplicação


de multa por litigância de má-fé à testemunha do reclamante, restando desnecessária, por consequência, a
expedição de ofícios para apuração de eventual crime de falso testemunho.

4. MATÉRIA COMUM AOS RECURSOS: HONORÁRIOS


ADVOCATÍCIOS

Constou da sentença: "Condeno a parte reclamante a pagar honorários


sucumbenciais em favor do patrono da reclamada à razão de 10% sobre o valor atribuído aos pedidos
improcedentes, a serem descontados do crédito do reclamante. Paralelamente, observados o trabalho
realizado, o tempo despendido e a natureza da causa (art. 791-A, §2º da CLT), condeno a reclamada ao
pagamento de honorários advocatícios em favor do patrono da parte autora, no importe de 10% do valor
da condenação, a ser apurado em liquidação de sentença."

Ao exame.

Não há nenhuma inconstitucionalidade no art. 791-A, da CLT, tanto que a


Instrução Normativa n. 41/2018 do C. TST, apenas condiciona a sua aplicação às ações intentadas após 11
/11/2017. Saliente-se que, o julgamento da ADI n.º 5.766, ainda não foi concluído pelo Excelso STF

Assinado eletronicamente por: JORGE EDUARDO ASSAD - 06/04/2021 13:41:28 - eb57852


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Número do processo: 1001595-52.2018.5.02.0051 ID. eb57852 - Pág. 15
Número do documento: 21020821060724200000289628048

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Fls.:
Fls.:16
776

O legislador pode estabelecer sucumbência, como sói acontecer em outros


campos do direito, além de estabelecer os pressupostos para a sua constituição, inclusive isentando ou
postergando o pagamento da honorária em determinadas condições, como, ocorre no caso do beneficiário
da justiça gratuita.

Assim sendo, o mero estabelecimento da sucumbência por si só, não


atenta contra o princípio da hipossuficiência.

Ao contrário, a própria lei traça parâmetros a serem adotados no caso de


beneficiário da justiça gratuita, no caso, postergando a execução da sucumbência e extinguindo-a, ao
final, se atendidos os termos do § 4º, do art. 791-A, da CLT.

Não merece acolhimento as teses no sentido de que a concessão do


benefício da gratuidade da justiça isentaria a parte da responsabilidade pelo pagamento de honorários
advocatícios sucumbenciais, ou que a verba honorária não poderia ser deduzida dos créditos a receber
nestes autos, não havendo se falar, ademais, em inconstitucionalidade da regra legal que impõe o
adimplemento da verba honorária.

Outro não é o entendimento do C. TST, como se verifica da ementa de


recentíssimo julgado abaixo colacionada:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO SOB A ÉGIDE


DAS LEIS N os 13.015/2014, 13.105/2015 E 13.467/2017. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS SUCUMBENCIAIS. AÇÃO AJUIZADA APÓS A VIGÊNCIA DA LEI
Nº 13.467/2017. CONSTITUCIONALIDADE DO ART. 791-A, § 4º, DA CLT. 1. A
Reforma Trabalhista, implementada pela Lei nº 13.467/2017, sugere uma alteração de
paradigma no direito material e processual do trabalho. No âmbito do processo do
trabalho, a imposição pelo legislador de honorários sucumbenciais ao reclamante
reflete a intenção de desestimular lides temerárias. É uma opção política. 2. Por certo,
sua imposição a beneficiários da Justiça gratuita requer ponderação quanto à
possibilidade de ser ou não tendente a suprimir o direito fundamental de acesso ao
Judiciário daquele que demonstrou ser pobre na forma da Lei. 3. Não obstante, a
redação dada ao art. 791, § 4º, da CLT, demonstrou essa preocupação por parte do
legislador, uma vez que só será exigido do beneficiário da Justiça gratuita o pagamento
de honorários advocatícios se ele obtiver créditos suficientes, neste ou em outro
processo, para retirá-lo da condição de miserabilidade. Caso contrário, penderá, por
dois anos, condição suspensiva de exigibilidade. A constatação da superação do estado
de miserabilidade, por óbvio, é casuística e individualizada. 4. Assim, os
condicionamentos impostos restauram a situação de isonomia do atual beneficiário da
Justiça gratuita quanto aos demais postulantes. Destaque-se que o acesso ao Judiciário
é amplo, mas não incondicionado. Nesse contexto, a ação contramajoritária do
Judiciário, para a declaração de inconstitucionalidade de norma, não pode ser exercida
no caso, em que não se demonstra violação do princípio constitucional de acesso à
Justiça . Agravo de instrumento conhecido e desprovido. (TST - AIRR:
20540620175110003, Relator: Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, Data de
Julgamento: 28/05/2019, 3ª Turma, Data de Publicação: DEJT 31/05/2019)

Assinado eletronicamente por: JORGE EDUARDO ASSAD - 06/04/2021 13:41:28 - eb57852


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Número do processo: 1001595-52.2018.5.02.0051 ID. eb57852 - Pág. 16
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Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
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777

Na hipótese dos autos, entendo correta a condenação de ambas as partes


no pagamento de honorários aos patronos do ex adverso, pois a ação foi julgada parcialmente procedente
(sucumbência recíproca), tendo a sentença observado os parâmetros do art. 791-A, da CLT, quanto às
bases de cálculo, e percentuais.

Quanto à condição suspensiva, prevista no §4º do art. 791-A, da CLT,


entendo ser inaplicável, vez que o montante devido pelo obreiro a título de honorários advocatícios
sucumbenciais será inferior à quantia que auferirá nestes autos com a condenação da ré.

Nos termos do próprio dispositivo: "Vencido o beneficiário da justiça


gratuita, desde que não tenha obtido em juízo, ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar
a despesa, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de
exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da
decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de
recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do
beneficiário." (sublinhei).

NADA A MODIFICAR.

Presidiu o julgamento a Excelentíssima Senhora Desembargadora Maria


Elizabeth Mostardo Nunes.

Tomaram parte no julgamento os Excelentíssimos Senhores Magistrados


Federais do Trabalho Jorge Eduardo Assad (Relator), Flavio Laet (Revisor) e Paulo Kim Barbosa.

Votação: Unânime.

Assinado eletronicamente por: JORGE EDUARDO ASSAD - 06/04/2021 13:41:28 - eb57852


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DISPOSITIVO

Do exposto, ACORDAM os Magistrados da 12ª Turmado Tribunal


Regional do Trabalho da 2ª Região em: CONHECER dos recursos ordinários interpostos pelas partes, e,
no mérito, NEGAR PROVIMENTO ao recurso patronal; e DAR PARCIAL PROVIMENTO ao
recurso autoral para os exclusivos fins de: determinar a aplicação da Súmula n. 264, do C. TST; fixar a
inaplicabilidade da Súmula n. 340 do C. TST e Orientação Jurisprudencial n. 397 da SDI-I do C. TST
quanto às horas extras intervalares; deferir os benefícios da gratuidade da justiça ao reclamante; e excluir
a multa por litigância de má-fé à testemunha do reclamante, bem como a expedição de ofícios para
apuração de eventual crime de falso testemunho. Tudo nos termos da fundamentação do Voto.

Mantida incólume no mais a sentença recorrida, por seus próprios e


judiciosos fundamentos, acrescidos os acima expendidos, inclusive quanto aos valores de condenação e
custas arbitrados na Origem.

Ficam desde já advertidas as partes que a oposição de embargos de


declaração para reapreciação da prova ou para discutir pontos sobre os quais houve expresso
pronunciamento do Órgão Julgador, ainda que contrário ao interesse das partes, configurará manifesto
intuito protelatório. Essa conduta abusiva da parte atenta contra os princípios da cooperação processual,
previsto no art. 6º do CPC, e da celeridade processual, previsto no art. 5º, LXXVIII, da CF, e autoriza a
aplicação da pedagógica e inafastável sanção prevista no §2º, do art. 1.026 do CPC.

JORGE EDUARDO ASSAD


Juiz Relator
TN

Assinado eletronicamente por: JORGE EDUARDO ASSAD - 06/04/2021 13:41:28 - eb57852


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Número do processo: 1001595-52.2018.5.02.0051 ID. eb57852 - Pág. 18
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Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
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Fls.:

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO

cg
PROCESSO nº 1001860-19.2019.5.02.0601 (ROT)
RECORRENTE: RENATO CAMPOS DE AQUINO , VIA S.A.
RECORRIDO: RENATO CAMPOS DE AQUINO , VIA S.A.
RELATOR: BIANCA BASTOS

RELATÓRIO

Adoto o relatório da sentença de id. 0e1f0b6 e 8d0ffec proferida pela MM. Juíza do
Trabalho Dra. Aparecida Maria de Santana, que julgou PROCEDENTE EM PARTE a ação.

Embargos de declaração sob id. bf7f3c7/de04f5d e 14315df/b682893, julgados em


decisão acostada sob id. 304dd1c/2d624a6.

Recurso ordinário interposto pelo reclamante sob id. b4e4c9d e 63e5e8a, arguindo
preliminarmente a ausência de defesa específica quanto ao período de gerente trainee e subgerente
(aplicação da pena de revelia e confissão) e, no mérito, pretende a reforma da sentença quanto as
diferenças de comissões sobre vendas parceladas, diferenças de comissões sobre vendas de serviços,
prêmio estímulo (sobre todas as vendas), salário substituição, horas extras (cartões de ponto), intervalo
intrajornada, diferenças de horas extras (divisor 220), horas extras acima da 8ª hora diária ou 44ª semanal
(o que for mais benéfico), PLR, justiça gratuita, honorários sucumbenciais (justiça gratuita e majoração),
correção monetária e juros.

Recurso ordinário interposto pela reclamada sob id. b682893 e 067fe9d, buscando a
reforma da sentença no tocante as diferenças de comissões sobre vendas não faturadas e vendas de
serviços e seguros, diferenças de premiação (prêmio estímulo, prêmio performance, prêmio sobre vendas
de seguros, serviços e garantias, prêmios sobre campanhas de vendas- período de gerente), reflexos das
premiações, horas extras, intervalo intrajornada, aplicação da OJ 415 da SDI-1 do TST, honorários
sucumbenciais e prequestionamento.

Contrarrazões sob id. 8ae407d e 32ce66f (ré) e 6db1060 e 377a518 (autor).

É o relatório.

VOTO

O demandante aponta irregularidades nas apólices de seguro-garantia apresentadas


pela ré, suscitando pelo reconhecimento da deserção dos apelos apresentados pela ré.

Rejeito a preliminar de não conhecimento dos apelos das ré, porquanto os itens que
integram as Condições Especiais das apólices apresentadas, atendem aos requisitos do Ato Conjunto TST
CSJT nº 1, de 16.10.19, com as alterações previstas no Ato Conjunto TST. CSJT. CGJT Nº 1, de 29/05
/2020.

Assinado eletronicamente por: BIANCA BASTOS - 02/03/2023 15:08:41 - 85b6f09


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Número do processo: 1001860-19.2019.5.02.0601 ID. 85b6f09 - Pág. 1
Número do documento: 22112217454227400000183556533

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 2780
Fls.:

Conheço dos apelos, pois tempestivos, interpostos por procuradores com mandatos
nos autos (id. 10ecbd4/dedc2ba0-autor e cec2db1/ba5b71- ré), e devidamente preparados (Processo nº 480
/2021- id. 9768270 e a66788e e Processo nº 1860/2019- id f87069a e c2d53b6).

Diante da conexão reconhecida em primeiro grau, os processos 1000480-


87.2021.5.02.0601 e 1001860-19.2019.5.02.0601 serão analisados em conjunto.

FUNDAMENTAÇÃO

RECURSO ORDINÁRIO DO RECLAMANTE

Preliminar. Ausência de defesa específica ao pedido de horas extras, quanto ao


período de gerente traineee subgerente. Aplicação de revelia e confissão

Suscita a parte autora com ausência de defesa específica em relação aos períodos em
que laborou como gerente trainee (07 a 10/2015) e subgerente (11/2015 a 05/2016), requerendo a
decretação da revelia e aplicação da pena de confissão nos termos do artigo 400 do CPC, para considerar
verdadeiros os fatos descritos na inicial, com a condenação da empresa no pagamento de horas extras,
intervalos intrajornada, interjornada, domingos e feriados.

A questão ora invocada pela parte autora confunde-se com o mérito e com ele será
analisada, quando da apreciação dos tópicos referentes as horas extras, intervalos intrajornada e
interjornada, bem como o labor em domingos e feriados.

A ausência de defesa induz em revelia que, embora tenha efeitos processuais, não
retrata defeito do processo, de modo que não consubstancia matéria de preliminar.

Rejeito.

Preliminar. Negativa de prestação jurisdicional. Justiça gratuita

Argui a parte autora que lhe foram concedidos os benefícios da justiça gratuita,
porém, aludido deferimento deixou de constar da parte dispositiva do julgado de origem. E que mesmo
após apresentação de embargos de declaração (id 14315df), a omissão não foi sanada. Reitera a
concessão da justiça gratuita.

De fato, analisando o julgado de origem, extrai-se que não constou da parte


dispositiva da sentença a concessão dos benefícios da justiça gratuita, por preenchidos os requisitos
legais nos termos do artigo 790, §§ 3º e 4º, da CLT, sendo comprovada a condição de miserabilidade
por declaração (proc. nº 1860/2019 - id. 59137d5; proc. nº 480/2021 - id. d1b8afc). O qual deverá fazer
parte do dispositivo.

Entretanto, isto não induz em negativa de prestação jurisdicional, apta a ensejar a


nulidade do processo, admitindo correção via recursal, com a complementação da parte dispositiva.

Acolho.

Diferenças de comissões. Vendas parceladas

Assinado eletronicamente por: BIANCA BASTOS - 02/03/2023 15:08:41 - 85b6f09


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Número do processo: 1001860-19.2019.5.02.0601 ID. 85b6f09 - Pág. 2
Número do documento: 22112217454227400000183556533

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 3781
Fls.:

Insurge-se a parte autora contra a r. decisão de origem que rejeitou o pedido de


diferenças de comissões sobre vendas parcelas, afirmando que inexiste controvérsia quanto ao fato de a
ré pagar aos vendedores, comissões sobre o valor à vista dos produtos e serviços.

Mantenho o julgado.

Entendo que as comissões são devidas sobre o valor real do produto, não havendo
amparo legal ou convencional para a incidência de comissões sobre os juros e demais encargos
decorrentes da operação do parcelamento da compra, já que o vendedor nem mesmo participa da
tramitação do financiamento.

Cito o art. 2º da Lei 3.207/57, a qual regula a atividade de empregados vendedores,


viajantes ou pracistas, o qual estabelece que: "o empregado vendedor terá direito à comissão avençada
sobre as vendas que realizar".

Há julgado do TST neste sentido:

"A) AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE


REVISTA INTERPOSTO PELA RECLAMADA. ACÓRDÃO
REGIONAL PUBLICADO NA VIGÊNCIA DAS LEIS Nºs
13.015/2014 E 13.467/2017. 1. PARTICIPAÇÃO NOS
LUCROS E RESULTADOS. ÓBICE DO ART. 896, §1º-A, I,
DA CLT. 2. DIFERENÇAS DE COMISSÕES. ÓBICE DO
ART. 896, §1º-A, I, DA CLT. TRANSCENDÊNCIA NÃO
RECONHECIDA. CONHECIMENTO E NÃO
PROVIMENTO. (...) 2. COMISSÕES NAS VENDAS A
PRAZO. BASE DE CÁLCULO. JUROS E ENCARGOS
FINANCEIROS. TRANSCENDÊNCIA JURÍDICA
RECONHECIDA. CONHECIMENTO E PROVIMENTO. I.
Hipótese em que o Tribunal Regional entendeu que as
comissões relativas às vendas a prazo não devem incidir sobre
juros e encargos financeiros. II . Demonstrada divergência
jurisprudencial. III. Pelo prisma da transcendência, trata-se de
questão jurídica que ainda não há jurisprudência consolidada no
âmbito do Tribunal Superior do Trabalho ou em decisão de
efeito vinculante no Supremo Tribunal Federal. Logo,
reconheço a transcendência jurídica da causa (art. 896-A, § 1º,
IV, da CLT). IV. Agravo de instrumento de que se conhece e a
que se dá provimento , para determinar o processamento do
recurso de revista, observando-se o disposto no ATO SEGJUD.
GP Nº 202/2019 do TST. C) RECURSO DE REVISTA
INTERPOSTO PELO RECLAMANTE. ACÓRDÃO
REGIONAL PUBLICADO NA VIGÊNCIA DAS LEIS Nº
13.015/2014 E 13.467/2017. 1. COMISSÕES NAS VENDAS A
PRAZO. BASE DE CÁLCULO. JUROS E ENCARGOS
FINANCEIROS. NÃO CONHECIMENTO. I. No caso, o
Reclamante insiste no conhecimento do seu recurso de revista
sob o argumento de que as comissões relativas às vendas a
prazo devem incidir sobre os juros e os encargos financeiros
decorrentes. II . Ocorre que a jurisprudência desta Corte
Superior, inclusive desta 4ª Turma, tem se inclinado no sentido
de que os juros e encargos financeiros sobre as vendas
parceladas não integram a base de cálculo das comissões
devidas ao empregado vendedor. Os juros são uma
compensação pela demora no recebimento e até pelo risco do

Assinado eletronicamente por: BIANCA BASTOS - 02/03/2023 15:08:41 - 85b6f09


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Número do processo: 1001860-19.2019.5.02.0601 ID. 85b6f09 - Pág. 3
Número do documento: 22112217454227400000183556533

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 4782
Fls.:

negócio, sendo que muitas vezes o financiamento é realizado


até por empresa distinta daquela que vende o produto. III. Logo,
correta a decisão regional em que se entendeu que as comissões
devem ser calculadas sobre o valor a vista da mercadoria. IV.
Recurso de revista de que não se conhece" (RRAg-813-
61.2020.5.06.0122, 4ª Turma, Relator Ministro Alexandre Luiz
Ramos, DEJT 01/07/2022).

Nego provimento ao apelo neste particular.

Diferenças de comissões. Venda de serviços. Adimplidas em valores inferiores


ao pactuado(matéria comum)

A r. decisão de origem condenou a ré ao pagamento de diferenças de comissões


sobre "seguro vida protegida e premiada com assistência odontológica (plano odontológico)", "seguro
vida protegida e premiada (VPP)" e "seguro proteção financeira", correspondentes à metade dos valores
pagos, pelo período laboral imprescrito (29.10.2014 - proc. nº 1860/2021), com reflexos em DSRs
/feriados, férias + 1/3, 13º salários, aviso prévio e FGTS 8+40% (inclusive s/ as integrações nas demais
verbas), sob o fundamento de que a ré deixou de apresentar os relatórios de vendas de todo o período
imprescrito, aplicando o disposto no art. 400 do CPC, admitindo como verdadeiros os fatos alegados em
prefacial.

Postula a demandada a reforma do julgado sob o argumento de que apresentou a


documentação hábil a comprovar o pagamento das comissões nos meses em que o autor efetivamente
realizou vendas de seguros e serviços.

Sustenta que cabia ao recorrido apontar de forma satisfatória as diferenças que


entendia devidas, considerando os documentos trazidos as fls. 1269 e seguintes do processo 1001860-
19.2019.5.02.060, os quais alega que traz o percentual das comissões que são variáveis dependente do
serviço (2% a 7,5%).

A parte autora, por sua vez, pretende a reforma do julgado para que seja acolhido
pedido nos parâmetros pleiteados na peça de ingresso, alegando que a ré deixou de contestar o pedido de
forma específica e que o preposto não soube informar o valor de comercialização de cada serviço,
pugnando pelo reconhecimento da confissão da ré.

Examino.

Aduz o autor em prefacial que foi avençado na sua contratação que a ré lhe pagaria
comissão de 7,5% sobre o valor de venda de seguros e outros serviços, sob o as rubricas de "seguro vida
protegida e premiada com assistência odontológica" (plano odontológico) e "seguro vida protegida e
premiada" (VPP), porém, afirma que a ré não quitou as comissões de forma correta.

Alega que o "seguro vida protegida e premiada com assistência odontológica" (plano
odontológico) era vendido por R$ 238,80, gerando comissão de R$ 17,91, contudo, a ré quitava a
importância de R$ 2,98, já que lançava preço de venda do serviço de R$

19,90, deixando de adimplir, conforme previamente contratado, com a importância de R$ 14,93.

Em relação ao "seguro vida protegida e premiada" afirma que era vendido por R$
79,90, gerando comissão de R$ 5,99, entretanto, era adimplida a importância de R$ 3,99, deixando de
quitar, conforme previamente contratado, o valor de R$ 2,00.

Quanto ao "seguro proteção financeira", alega que deveria auferir 7,5% a título de
comissões sobre o valor de venda do serviço de R$ 35,90, todavia era quitada em média 50% da
comissão devida neste particular, fazendo jus o Reclamante a diferença.

Assinado eletronicamente por: BIANCA BASTOS - 02/03/2023 15:08:41 - 85b6f09


https://pje.trt2.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22112217454227400000183556533
Número do processo: 1001860-19.2019.5.02.0601 ID. 85b6f09 - Pág. 4
Número do documento: 22112217454227400000183556533

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 5783
Fls.:

Sustenta que comercializava, mensalmente, em média 30 "seguro vida protegida e


premiada com assistência odontológica", assim como, 30 "seguro de vida protegida e premiada" e 30
"seguro proteção financeira".

A ré, em defesa, impugna os valores e números de vendas apontados em prefacial,


afirmando que os percentuais de comissionamento são apontados nos extratos de vendas (7,5% e 5% para
instalação de fogão), não podendo a parte autora alegar desconhecimento.

Sustenta, ainda, que as quantidades comercializadas mensalmente pela parte autora


também eram acompanhadas por ela, que frequentemente acessava os seus extratos de vendas.

O preposto, em seu depoimento (fl. 2129), não soube precisar o percentual de


comissões referentes a venda de serviços

Além disso, a ré deixou de trazer aos autos os extratos de vendas do autor de forma
integral, apresentando apenas o relatório de "seguro vida protegida e premiada (VPP)" do período de
21.10.2014 a 20.11.2014 (fl. 1338- id. 39d5838), deixando de apresentar relatórios de vendas de todo o
período imprescrito, como consignado no julgado de origem.

Dessa forma, houve a confissão da ré em relação ao percentual da comissão para


venda de serviços, entendendo escorreito o julgado que aplicou o disposto no art. 400 do CPC, admitindo
como verdadeiros os fatos alegados em prefacial.

Dessa forma, acompanho o julgado de primeiro grau, que acolheu as assertivas da


inicial, condenando a ré ao pagamento de diferenças de comissões de vendas de "seguro vida protegida e
premiada com assistência odontológica" (plano odontológico), "seguro vida protegida e premiada" (VPP)
e "seguro proteção financeira", com reflexos.

Porém, entendo que merece acolhimento o apelo da parte autora, para deixar de
limitar a condenação ao correspondente à metade dos valores pagos, devendo ser observados os
parâmetros da prefacial.

Nego provimento ao apelo da ré e dou provimento ao recurso do autor.

Prêmio estímulo. Totalidade das vendas (quitadas econcedidas no julgado).


Vendedor

Destaco que o presente tópico será apreciado sucessivamente à resolução do tópico


do apelo da reclamada, que questiona o direito principal, qual seja, direito de comissões sobre vendas de
produtos não faturadas, objeto de troca ou canceladas.

Salário substituição. Vendedor

A parte autora pretende a reforma da r. decisão de primeiro grau que indeferiu o


pleito de diferenças devidas pela substituição de gerentes, quando laborou na função de vendedor, em 20
dias para cada mês e férias dos referidos gerentes (Eric Rinaldi, Roberto Mamente e Michel Arruda),
levando-se em consideração os valores já adimplidos ao obreiro a título de salário substituição e prêmio
de gerência, e o valor de remuneração do gerente substituído, nos exatos termos da inicial.

Nada há a reparar.

Assinado eletronicamente por: BIANCA BASTOS - 02/03/2023 15:08:41 - 85b6f09


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Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 6784
Fls.:

Analisando os recibos de pagamento no período em que o autor laborou na função


de vendedor (fls. 1075/1095) depreende-se que foram quitados valores sob a rubrica "sal. substituição"
em todos os meses. Além disso, a ré trouxe, em defesa, o histórico de substituições (fls. 1006/1007).

Tem-se, portanto, que a ré se desvencilhou do ônus da prova que lhe competia. Por
outro lado, a parte autora deixou de apontar diferenças que entendia devidas, como lhe competia.

Bem por isso, mantenho a improcedência do pedido.

Horas extras. Cartões de ponto. Acordo de compensação de horas (Banco de


horas). Vendedor (matéria comum)

Opõe-se o demandante contra a decisão de primeiro grau que reconheceu a validade


dos controles de jornada apresentados pela ré, até junho de 2015, período em que laborou como
vendedor, deferindo as horas extras apenas pela invalidação do banco de horas.

Sustenta que há confissão real do preposto em relação à invalidade dos registros em


cartões de ponto. E a comprovação de possibilidade de adulteração de controles de jornada.

Pugna pelo reconhecimento das jornadas de trabalho alegadas em prefacial e a


condenação da ré no pagamento de horas extras.

A ré, por sua vez, defende a validade do acordo de compensação de horas,


afirmando que desde a admissão o autor usufruía folgas compensatórias e tinha à disposição o banco de
horas.

Afirma que a jornada de trabalho do obreiro sempre foi de, no máximo, 7h20 diárias
e 1h00 de intervalo, com algumas variações, sempre com pagamento de eventuais horas extras ou
compensação por meio do banco de horas instituído na empresa.

Analiso.

Alega o autor em prefacial que cumpria a jornada de segunda-feira a sábado das 9:00
/9:30 às 19:00/19:30 ou de 12:30/13:00 às 22:30/23:00 e em dois domingos por mês de 12:30 às 20:30/21:
00, sempre com 30 minutos de intervalo. E na semana que antecedia as datas comemorativas (dia dos
pais, mães, crianças, namorados, bem como nas duas semanas que antecediam o natal), laborava de 8:00
às 21:00/21:30 em filiais de rua e de 9:00 às 23:30 em filiais de shopping, sempre com 30 minutos de
intervalo, bem como nos domingos das aludidas datas de 8:00 às 18:00 quando em filial de rua de 12:30
às 20:30/21:00 quando em filial de shopping.

Relata, ainda, que eram realizados, em média, 6 saldões por ano, oportunidades em
que laborava de 8:00 às 21:00/21:30 nas filiais de rua e de 9:00 às 23:30 em shopping e 12 inventários,
dentro de cada ano, ocasiões em que trabalhava de 6:00 às 20:30/21:00 na filial de rua e de 6:00 às 22:30
/23:00 no shopping.

Além disso, nas ocasiões de Black Friday, que ocorriam geralmente no mês de
novembro de cada ano, com duração de três dias, laborava em média de 5:00 às 22:00 nas lojas de rua e
de 6:00 às 23:00 no shopping.

E por fim, trabalhava ainda em todos os feriados, com exceção de natal e ano novo,
no horário de 12:30 às 20:30/21:00, na filial de shopping e em média 5 feriados por ano em filial de rua,
de 8:00 às 18:00, sem folga compensatória.

A reclamada refuta a jornada alegada em prefacial, afirmando que os horários estão


anotados em controles de ponto. Sustenta a existência de banco de horas e acordo de compensação.

Dessa forma, incumbia ao autor o ônus da prova em relação a não validade da prova
documental apresentada.

Assinado eletronicamente por: BIANCA BASTOS - 02/03/2023 15:08:41 - 85b6f09


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Número do processo: 1001860-19.2019.5.02.0601 ID. 85b6f09 - Pág. 6
Número do documento: 22112217454227400000183556533

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Fls.: 7785
Fls.:

O fato de a preposto declarar que não tem como identificar no espelho de ponto os
horários que foram marcados pelo ADP (RH da empresa), não implica em reconhecer a fraude nos
registros de ponto.

Destaco que depoimentos prestados em demandas diversas não se prestam, de igual


modo, como meio de prova na presente demanda. Além disso, a alegada prova documental trazida pelo
autor refere-se a período prescrito, não podendo ser considerada.

Veja-se que a prova testemunhal produzida pela ré nada trouxe em relação à jornada
de trabalho no exercício da função de vendedor, uma vez que a 1ª testemunha ouvida não laborou com o
autor na mesma filial e a segunda testemunha trabalhou com o demandante apenas quando exerceu a
função de gerente.

Ao reverso do alegado em recurso do autor, não entendo que há confissão da


preposta quanto às incorreções dos cartões de ponto. Além disso, o fato de a preposta reconhecer que o
autor realizava atividades diversas no início da jornada de trabalho, como limpeza de balcão e cartazes,
igualmente não implica na fraude do registro da jornada de trabalho.

Ademais, extrai-se da análise dos controles de jornada do período imprescrito, a


partir de fl. 1041, que há registro de jornada além da jornada legal, como labor em domingos, horários
estendidos em novembro, ocasião da Black Friday, como por exemplo.

Dessa forma, mantenho o julgado que acolheu a prova documental produzida pela ré
neste caso concreto.

Igualmente rejeito os argumentos do apelo da ré, mantendo o julgado de origem que


deixou de acolher o banco de horas, por não demonstrado o preenchimento dos requisitos para sua
adoção, vez que a reclamada não apresentou a manifestação de vontade por escrito do obreiro, conforme
exigido pelas normas coletivas.

De fato, há previsão, em norma coletiva, da manifestação de vontade por escrito, por


parte de empregado, em instrumento individual ou plúrimo, no qual conste o horário normal de trabalho e
o período compensável das horas excedentes, conforme se infere da cláusula 17ª, item "a", da CCT 205
/206- fl. 866. O que não restou comprovado nos autos.

Rejeito ambos os apelos.

Intervalo intrajornada

Diante de todo o exposto, resta igualmente mantida a improcedência do pedido de


horas extras por supressão do intervalo intrajornada, considerando-se que o recorrente deixou de se
desvencilhar do ônus da prova que lhe cabia.

Diferenças de horas extras. Divisor 220. Súmula 340 do C.TST

Pugna o autor pela adoção do divisor 220 no cômputo das horas extras, em que pese
se tratar de empregado comissionista puro, sob o argumento de que foi contratado para carga horária de
220 horas mensais.

Restou consignado no julgado de origem ter sido o reclamante comissionista misto,


e não puro como alegado no apelo, pois recebia salário fixo mais comissões/premiações, sendo necessária
a elaboração de dois cálculos distintos para apuração das horas extras, com incidência da Súmula 340 do
C. TST apenas sobre as horas extras referentes às comissões auferidas pelo autor.

Em que pese o julgado estar de acordo com o entendimento contido n OJ 397 da


SDI-1 do C.TST, da análise dos autos, depreende-se que na norma coletiva da categoria há determinação

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Fls.: 8786
Fls.:

de que a apuração de horas extras aos comissionistas seja feita como "hora extra", como por exemplo, a
cláusula 13ª da CCT 2015/2016 (fls 865), o que deverá ser aplicado no caso do autor em relação a parte
variável, por se tratar de norma mais benéfica.

Na hipótese, a adoção de critério de cálculo de horas extras prevista em norma


coletiva acostada ao processo é matéria que compõe o exercício jurisdicional, pela aplicação da norma ao
caso concreto. Neste caso, a regulamentação é por norma coletiva, que integra o contrato de trabalho e,
portanto, pode ser analisado ainda que não tenha sido expressamente invocada na prefacial.

Provejo, nestes termos. .

Horas extras. Módulo diário e semanal. Vendedor

Acolho o apelo da parte autora neste particular para determinar que sejam apuradas
as horas extras excedentes da 8ª hora diária e 44ª semanal, contudo, aplicando-se o parâmetro que for
mais benéfico à demandante.

Provejo.

Horas extras. Art. 62, II, da CLT. Gerente trainee, sub-gerente e gerente

O reclamante pretende a reforma do julgado que acolheu a tese de defesa,


reconhecendo o exercício de cargo de confiança no período em que laborou como gerente trainee,
subgerente e gerente (após julho de 2015), o enquadrando na exceção prevista no art. 62, II, da CLT e
afastando o pedido de horas extras e intervalo intrajornada.

Sustenta que não se tratava de autoridade máxima no local de trabalho, alegando que
estava subordinado ao gerente regional e toda sua equipe. Alega que não possuía autonomia ou poderes
de gestão para tomar qualquer tipo de decisão por conta própria, sempre sendo necessária autorização do
regional.

Assiste razão ao recorrente.

No caso, extrai-se da ficha de registro trazida aos autos pela ré, fl. 1020, que o autor
passou a desempenhar a função de gerente trainee em 01.07.2015, passando a subgerente em 01.11.2015
e finalmente, gerente em 01.06.2016.

É certo que no período em que o autor exerceu as funções de gerente trainee e


subgerente não lhe ser imputado o exercício de cargo de confiança.

Passo a analisar o período em que exerceu a função de gerente.

Suscita a ré com o enquadramento do autor como exercente de cargo de confiança,


como o previsto no art. 62, II, da CLT, o que excluiria a demandante do controle jornada. Ocorre,
entretanto, que a função de chefia prevista naquele dispositivo legal é do cargo de confiança que se
equipare ao de chefe de departamento.

Para tanto, o empregado deve exercer sua função com um grau de fidúcia, do qual se
infira a representação da reclamada perante terceiros, com destaque de remuneração em relação a seus
subordinados, e ausência de inserção do empregado em escala hierárquica gerencial na empresa.

Nesses termos, entendo que no caso a análise do conjunto probatório dos autos
beneficia o autor.

Veja-se que restou comprovado nos autos que o autor era subordinado ao gerente
regional, o qual apesar de não estar fisicamente na loja em que o autor laborava, mantinha contato com o
autor uma vez por semana em reunião, tinha ingerência sobre as atividades desempenhadas pelo autor.

Assinado eletronicamente por: BIANCA BASTOS - 02/03/2023 15:08:41 - 85b6f09


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Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.: 9787
Fls.:

Destaco que o simples fato de o reclamante possuir "subordinados" não é o


suficiente para caracterizar o cargo de gestão.

A segunda testemunha do autor confirmou que o mesmo sofria controle de jornada,


com registro de ponto, bem como não tinha autonomia, como por exemplo, não lhe era possível a
concessão de descontos, se reportando ao gerente regional (id 55766be- fl. 2131).

Já a testemunha da ré nunca laborou com o autor, laborando em setor administrativo,


confirmando que o autor se submete as diretrizes do gerente regional, não possuindo autonomia, nem
mesmo nas metas da loja (id a07b622- fl. 2132).

Além disso, ao analisarmos a ficha de registro do autor, não se depreende a alteração


salarial a justificar o reconhecimento do cargo de confiança (fl. 1563).

Outrossim, em que pese não constar os registros de jornada, a partir de julho de


2015, sendo tal fato contrariado pelo depoimento da segunda testemunha do autor, o qual afirma em seu
depoimento que havia o registro de jornada de trabalho mesmo quando exerce a função de gerente, extrai-
se dos recibos o pagamento de horas extras, como por exemplo, no mês de setembro de 2015 (fl. 1101).

Em resumo, seja pelas reais atividades do autor, seu padrão salarial ou efetivo
controle de horário de trabalho do reclamante pela empresa com pagamento de horas extras, concluo que
a parte autora não pode ser enquadrada no art. 62, II, da CLT.

Diante da ausência de controle de jornada após julho de 2015, atentando-se ao


entendimento jurisprudencial contido na Súmula 338, I, do C.TST, acolho a jornada de trabalho alegada
em prefacial para o período de julho de 2015 a fevereiro de 2019 (fls. 04/05), condenando a ré ao
pagamento de horas extras excedentes da 8ª hora diária e 44ª semanal, aplicando-se o parâmetro que for
mais benéfico à demandante.

Reporto-me aos demais parâmetros já fixados no julgado de primeiro grau e no


presente julgado.

Acolho.

Intervalo interjornada. Todo período imprescrito

O julgado de origem indeferiu a pretensão no pagamento de horas extras por


inobservância do intervalo interjornada, sob o fundamento de que todo o excedente à jornada contratual e
estipulada em norma convencional é considerado como extraordinário e outra condenação implicaria no
enriquecimento sem causa do reclamante.

Data vênia, divirjo do posicionamento do julgado de primeiro grau. Entendo devidas


as horas extras pelo intervalo interjornada (art. 66 da CLT) sempre que desrespeitado o mínimo de 11
horas entre o encerramento de uma jornada e o início de outra.

Dessa forma, condeno a ré ao pagamento de horas extras por supressão do intervalo


interjornada, sempre que não respeitado o intervalo de 11 horas entre uma jornada e outra, por todo o
período imprescrito, atentando-se aos parâmetros já delimitados no julgado de origem e no presente
julgado, inclusive em relação aos reflexos.

Contudo, a partir de 11.11.2017, deverá ser reconhecida a natureza indenizatória da


parcela, não sendo devidos os reflexos.

Provejo, nestes termos.

Integração dos prêmios e comissões sobre serviços quitados em dsrs

Assinado eletronicamente por: BIANCA BASTOS - 02/03/2023 15:08:41 - 85b6f09


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Fls.:
Fls.:10
788

De início, destaco que o pedido inicial de integração em drs refere-se apenas aos
prêmios (fl. 3/4).

O demandante pretende que a ré seja condenada ao pagamento da incidência de


todos os valores adimplidos em folha de pagamento a título de "prêmio", "prêmio estimado", "prêmio
performance", "prêmio garantia/seguro", "prêmio antecipado" (premiações lançadas no adiantamento
mensal), "prêmio gerência", "prêmio recarga celular", dentre outros, durante todo o pacto laboral, em
RSR e já enriquecidos destes seus reflexos em aviso prévio, 13º salário, férias + 1/3 e de tudo em FGTS e
multa de 40% sobre o saldo fundiário.

Ao reverso do alegado pela ré, os valores pagos a título de prêmios foram realizados
de forma habitual, devendo incidir sobre o dsrs.

Entretanto, a natureza jurídica do prêmio deve ser analisada sob a égide da norma
vigente à época em que passou a ser devida.

Tratando-se de regra de direito material, por segurança jurídica e em atenção as


regras de direito intertemporal, entendo que a alteração na redação do §2º do artigo 457, da CLT,
introduzida pela Lei 13.467/17 tem aplicação imediata aos contratos de trabalho em curso, a partir da
data da vigência da referida lei, ou seja, 11.11.2017.

O contrato de trabalho tem por característica ser avença de trato sucessivo, o que
justifica a alteração da aplicação de novo regime jurídico ao contrato em curso.

Dessa forma, acolho parcialmente o apelo para condenar a ré ao pagamento de


reflexos dos prêmios em dsrs, aviso prévio, 13º salário, férias + 1/3 e de tudo em FGTS e multa de 40%
sobre o saldo fundiário, até 10.11.2017.

Porém, rejeito a pretensão de pagamento do prêmio, já enriquecidos do dsrs, em


aviso prévio, 13º salário, férias + 1/3 e de tudo em FGTS e multa de 40% sobre o saldo fundiário.

Provejo, em parte.

PLR proporcional 2019

O julgado de origem rejeitou a pretensão no pagamento de PLR proporcional 2019,


sob o fundamento de que as CCTs acostadas aos autos não preveem o pagamento de referida verba,
constando que a ré o fazia por mera liberalidade.

Mantenho o julgado de origem.

O fato de a reclamada ter efetuado o pagamento da verba em anos anteriores,


conforme apontado no recibo de pagamento de fls. 1050, correspondente a dezembro de 2014, por
exemplo, não comprova fato constitutivo de sue direito, como lhe competia (art. 818 da CLT c/c art. 373,
I, do CPC).

Em que restar comprovado que a ré efetuou o pagamento da PLR no decorrer do


contrato de trabalho, destaco que a parte autora deixou de trazer aos autos as normas coletivas que
estabelecem o pagamento e os critérios da verba em referido ano.

Nego provimento.

Honorários sucumbenciais. Justiça gratuita. ADI 5.766

Assinado eletronicamente por: BIANCA BASTOS - 02/03/2023 15:08:41 - 85b6f09


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Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
Fls.:
Fls.:11
789

Postula a parte autora a isenção no pagamento de honorários sucumbenciais ao


patrono da ré, sob o argumento de que é beneficiária da justiça gratuita. Invoca a aplicação da decisão
proferida pelo E.STF na ADI 5.766.

Sucessivamente, na hipótese de restar mantida a condenação, requer que seja


minorado para 5% sobre os pedidos julgados totalmente improcedentes, com a suspensão da
exigibilidade.

Além disso, requer que os honorários sucumbenciais devidos pela reclamada sejam
majorados para 15%.

Analiso.

O julgado de primeiro grau condenou a ré ao pagamento de honorários advocatícios


à razão de 10% sobre o valor do proveito econômico obtido. E a parte autora ao pagamento de honorários
ao patrono da ré à razão de 10% sobre o valor da parte sucumbente do pedido.

Quanto ao fato de o autor ser beneficiário da justiça gratuita, revendo


posicionamento anterior, concluo que o E. STF, em sessão Plenária de 20.10.2021, julgou parcialmente
procedente a ADI 5.766 para declarar inconstitucional apenas a expressão "desde que não tenha obtido
em juízo, ainda que em outro processo, crédito capazes de suportar a despesas" do art. 791-A, § 4º, e do
trecho "ainda que beneficiária da justiça gratuita", constante do caput do art. 790-B. Declarou também a
inconstitucionalidade do §4º do artigo 790-B da CLT em sua integralidade.

Destaco que a questão da inconstitucionalidade parcial do § 4º do art. 791-A, da


CLT, restou esclarecida no julgado de embargos de declaração da ADI 5.766, apresentado pelo
Advogado-Geral da União, publicado em 29.06.2022, no sentido de que o julgado se ateve ao pedido
inicial formulado pelo Procurador-Geral da República: b) da expressão "desde que não tenha obtido em
juízo, ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa," do § 4 o do art. 791-A da
CLT.

Em razão disso, o princípio da sucumbência instituído no caput do artigo 791-A


permaneceu hígido mesmo para o beneficiário da Justiça gratuita.

Isto porque, consoante aclarado no acórdão dos embargos declaratórios, o o E. STF


declarou inconstitucional a presunção legal de que a obtenção de créditos na reclamação trabalhista ou
em outra ação, por si só, afastaria a condição de hipossuficiente do devedor. Contudo, manteve também a
constitucionalidade da condição suspensiva de exigibilidade tratada na parte final do §4º do art. 791-A,
da CLT.

Desta forma, o beneficiário da justiça gratuita não está isento do pagamento de


honorários de sucumbência. A execução, contudo, só está autorizada quando o credor apresentar prova
superveniente de que a hipossuficiência de recursos do trabalhador não mais existe (vedada a presunção
de que a obtenção de crédito em ação afasta a condição de hipossuficiência).

É neste sentido que se firmou a jurisprudência atual e majoritário do C. TST,


destacando-se: RR-1001498-45.2020.5.02.0063, 1ª Turma, Relator Ministro Amaury Rodrigues Pinto
Junior, DEJT 07/10;/2022; RRAg-422-92.2020.5.11.0017, 2ª Turma, Relatora Desembargadora
Convocada Margareth Rodrigues Costa, DEJT 07/10/2022, RR-621-77.2018.5.09.0652, 3ª Turma,
Relator Ministro Alberto Bastos Balazeiro, DEJT 07/10/2022; RR-10294-06.2019.5.18.0201, 4ª Turma,
Relatora Ministra Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, DEJT 24/06/2022; RRAg-52-96.2020.5.06.0003, 8ª
Turma, Relatora Ministra Delaide Alves Miranda Arantes, DEJT 10/10/2022. No mesmo sentido, tem-se
também a decisão proferida pelo E STF, na reclamação Rcl 53.350, Rel. Min. Alexandre de Moraes, DJe
18.05.2022.

Bem por isso, nego provimento ao recurso para manter a condenação da reclamante,
beneficiária da Justiça Gratuita, ao pagamento de honorários de sucumbências, porém, a execução deve
permanecer suspensa pelo prazo de dois anos, nos termos do caput do artigo 791-A, da CLT e parte final

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Fls.:
Fls.:12
790

do §4º do mesmo dispositivo, contados a partir do trânsito em julgado. Deverá o credor da verba
honorária comprovar a alteração do estado de insuficiência de recursos financeiros a fim de prosseguir
com a execução de verba honorária, a qual deverá incidir apenas nos pedidos julgados totalmente
improcedente

Em relação ao arbitramento, nada há a reparar. Isso porque o percentual de fixação


dos honorários advocatícios trata-se de poder discricionário do juiz, à luz dos parâmetros estabelecidos
pelo artigo 791-A, da CLT, com a nova redação que lhe deu a Lei 13.467/2017.

Considerando o disposto no § 2º do artigo 791-A, da CLT, entendo que os critérios


para o arbitramento de honorários de sucumbência efetivado obedeceram aos balizadores legais, quais
sejam, o grau de zelo do profissional, o lugar de prestação do serviço, a natureza e a importância da
causa, o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido.

Provejo, em parte.

Índice de correção monetária. ADC 58

Em 18.12.2020, o Pleno do Supremo Tribunal Federal julgou parcialmente


procedentes os pedidos das ADIs 5.867 e 6.021 e ADCs 58 e 59 para conferir interpretação conforme a
Constituição ao artigo 879, parágrafo 7º, e ao artigo 899, parágrafo 4º, da CLT, na redação dada pela Lei
13.467/2017.

Na sessão virtual de 15.10.2021 a 22.10.2021, foram apreciados os embargos de


declaração opostos, sendo acolhidos parcialmente os embargos de declaração opostos pela AGU para
sanar o erro material constante da decisão de julgamento e do resumo do acórdão, de modo a estabelecer
a incidência do IPCA-E na fase pré-judicial e, a partir do ajuizamento da ação, a incidência da taxa
SELIC (art. 406 do Código Civil).

Desse modo, atendendo ao que foi decidido pelo Supremo Tribunal Federal, a
atualização monetária será realizada pelos mesmos índices de correção monetária e de juros que vigentes
para as condenações cíveis em geral, adotando-se o fundamento jurídico previsto no art. 406 do Código
Civil.

O Superior Tribunal de Justiça pacificou que este índice é a taxa SELIC no


julgamento Plenário, em voto do Exmo. Ministro Teori Zavascki nos Embargos de Divergência em REsp
nº 727.842.

A aplicação da taxa SELIC conforme art. 406 do Código Civil foi reafirmada pelo
C. STJ nos temas repetitivos 99 e 112.

Assim, haverá incidência do IPCA-E, acrescido de juros de mora, na fase pré-


judicial. Após o ajuizamento da ação, será adotada a taxa Selic, nos termos do artigo 406 do Código Civil
e em consonância com a jurisprudência do c. Superior Tribunal de Justiça.

Com relação aos juros de mora, o julgamento do E. STF fixou que a SELIC inclui
juros e correção monetária, ao modular seu julgamento, nos seguintes termos:

"(...) (i) são reputados válidos e não ensejarão qualquer


rediscussão (na ação em curso ou em nova demanda, incluindo
ação rescisória) todos os pagamentos realizados utilizando a TR
(IPCA-E ou qualquer outro índice), no tempo e modo oportunos
(de forma extrajudicial ou judicial, inclusive depósitos judiciais)
e os juros de mora de 1% ao mês, assim como devem ser
mantidas e executadas as sentenças transitadas em julgado que
expressamente adotaram, na sua fundamentação ou no
dispositivo, a TR (ou o IPCA-E) e os juros de mora de 1% ao
mês; (ii) os processos em curso que estejam sobrestados na fase

Assinado eletronicamente por: BIANCA BASTOS - 02/03/2023 15:08:41 - 85b6f09


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Fls.:13
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de conhecimento (independentemente de estarem com ou sem


sentença, inclusive na fase recursal) devem ter aplicação, de
forma retroativa, da taxa Selic (juros e correção monetária), sob
pena de alegação futura de inexigibilidade de título judicial
fundado em interpretação contrária ao posicionamento do STF
(art. 525, §§ 12 e 14, ou art. 535, §§ 5º e 7º, do CPC) (...)" - sem
destaque no original.

Com isso, incabível a incidência acumulada de juros de 1% com base no art. 39, §1º,
da Lei 8.177/91, sob pena de ofensa a este julgamento de caráter vinculante.

Ao reverso do alegado no apelo, a decisão do E.STF, transitou em julgado em


02.02.2022.

Mantenho o julgado.

RECURSO ORDINÁRIO DA RECLAMADA

Diferenças de comissões. Vendas de produtos não faturadas. Objeto de troca ou


canceladas. Vendedor

Irresigna-se a reclamada contra o julgado que a condenou no pagamento de


diferença de comissões em relação à venda de mercadoria não faturados, objeto de troca ou cancelados,
invocando a aplicação do art. 5º da Lei 3.207/57.

À análise.

A reclamada, em defesa, admite que as vendas canceladas (não concretizadas) geram


os estornos das comissões e que somente as vendas concluídas (com produto entregue) geram comissões,
afirmando que tal fato é registrado em extrato de vendas de cada vendedor, fato confirmado pela preposta
em seu depoimento.

Comungo do entendimento do MM Juízo de primeiro grau no sentido de que se


aplica o disposto no art. 482 do CC: "A compra e venda, quando pura, considerar-se-á obrigatória e
perfeita, desde que as partes acordarem no objeto e no preço".

Além disso, entendo que se aplica ao presente caso concreto os termos do art. 466 da
CLT: "O pagamento de comissões e percentagens só é exigível depois de ultimada a transação a que se
referem"- destaquei.

Os descontos das comissões são ilícitos, já que os riscos da atividade econômica


ficam a cargo do empregador (art. 2º da CLT), não podendo ser transferido ao empregado.

Neste sentido há julgados do C.TST:

"A) AGRAVO DE INSTRUMENTO DA RECLAMADA.


RECURSO DE REVISTA. INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 40
DO TST . PROCESSO SOB A ÉGIDE DAS LEIS 13.015/2014
E 13.467/2017. 1. PRÊMIOS. INCIDÊNCIA SOBRE
VENDAS NÃO FATURADAS, CANCELADAS E OBJETO
DE TROCA. PAGAMENTO DEVIDO. 2. PRÊMIOS.
VENDAS A PRAZO. 3. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
PERCENTUAL ARBITRADO. O art. 466, caput , da CLT,
dispõe que o pagamento das comissões somente é exigível
depois de ultimada a transação. Esta Corte Superior, ao

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Número do processo: 1001860-19.2019.5.02.0601 ID. 85b6f09 - Pág. 13
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interpretar o referido dispositivo celetista, consolidou o


entendimento de que a expressão "ultimada a transação " diz
respeito ao momento em que o negócio é efetivado, e não
àquele em que há o cumprimento das obrigações decorrentes
desse negócio jurídico. Considera-se, desse modo, ultimada a
transação quando aceita pelo comprador, nos termos em que lhe
foi proposta, sendo, portanto, irrelevante ulterior
inadimplemento contratual ou desistência do negócio. Tal
entendimento está em harmonia com o princípio justrabalhista
da alteridade, que, como se sabe, coloca os riscos concernentes
aos negócios efetuados em nome do empregador sob ônus deste
(art. 2º, caput , CLT). Assim, a jurisprudência desta Corte
firmou-se no sentido de que, uma vez ultimada a venda, é
devida a comissão, sob pena de transferir para o empregado os
riscos da atividade econômica. Julgados desta Corte. Agravo de
instrumento desprovido. (...). Recurso de revista não conhecido"
(RRAg-10760-87.2019.5.03.0113, 3ª Turma, Relator Ministro
Mauricio Godinho Delgado, DEJT 26/08/2022)."

"(...)COMISSÕES. CANCELAMENTO DA VENDA.


ESTORNO . IMPOSSIBILIDADE. A jurisprudência pacífica
desta Corte, prestigiando o princípio justrabalhista da alteridade
(art. 2º da CLT), que impõe ao empregador a assunção dos
riscos concernentes aos negócios efetuados pela empresa, é no
sentido de que a transação é ultimada quando ocorre o acordo
entre o comprador e vendedor, sendo vedada, em face disso, o
estorno das comissões caso a venda seja posteriormente
cancelada pelo comprador, ainda que inadimplente o cliente
comprador. No caso, a Corte Regional declarou que havia o
estorno das comissões. Tal como proferida, a decisão regional
está em conformidade com a jurisprudência pacífica desta
Corte, motivo pelo qual incide a Súmula 333/TST, c/c o art.
896, § 7º, da CLT como óbice ao processamento do recurso. (...)
Processo: Ag-AIRR - 1571-86.2016.5.12.0001, Orgão
Judicante: 3ª Turma, Relator: Alexandre de Souza Agra
Belmonte, Julgamento: 16/02/2022, Publicação: 18/02/2022"

Entretanto, não obstante o posicionamento, reclamante deixou de demonstrar fato


constitutivo de seu direito (art. 818, I, da CLT c/c art. 373,I, do CPC), já que não trouxe aos autos, prova
de prejuízo sofrido, ou seja, do montante e existência de comissões canceladas em decorrência de vendas
não faturadas ou canceladas, ou mesmo de objeto de troca no período imprescrito.

Dessa forma, acolho o apelo para excluir a condenação em diferenças de comissões


em relação à venda de mercadorias e de serviços não faturadas, objeto de cancelamento ou troca e seus
reflexos.

Provejo.

Prêmio estímulo. Totalidade das vendas (quitadas e concedidas no julgado).


Vendedor (RECURSO DO AUTOR)- ANÁLISE SUCESSIVA

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Pretende o demandante a reforma do julgado para que seja deferido o pagamento do


prêmio estímulo, sobre a totalidade das vendas, incluindo os valores decorrentes do financiamento
(vendas parceladas) e aquelas canceladas, objeto de troca e não faturadas.

O julgado de primeiro grau condenou a ré ao pagamento de diferenças mensais de


prêmio estímulo correspondentes a 75% dos valores pagos, no período de laboral imprescrito (29.10.2014
- proc. nº 1860/2021) até junho/2015, período em que laborou na função de vendedor, com reflexos em
DSRs/feriados, férias + 1/3, 13º salários, aviso prévio e FGTS 8+40% (inclusive s/ as integrações nas
demais verbas).

É certo que o pedido inicial de diferenças de prêmio estímulo inclui as diferenças de


comissões eventualmente reconhecidas na presente demanda, a fim de enriquecer a totalidade das vendas
realizadas pelo obreiro, mês a mês, para efeito de se calcular o valor devido a título de prêmio estímulo.

Analisando o julgado de primeiro grau verifica-se que a condenação restringiu aos


valores pagos.

Destaco que restou mantida a improcedência do pedido de diferenças de comissões


sobre vendas parceladas, conforme dirimido em tópico supra.

E, acolhido o apelo da ré que questiona o deferimento de diferenças de comissões


sobre venda de produtos não faturada, objeto de troca ou cancelada, conforme acima dirimido, restando
excluída a condenação em diferenças de comissões em relação à venda de mercadorias e de serviços não
faturadas, objeto de cancelamento ou troca e seus reflexos. .

Dessa forma, resta prejudicada o pedido de reforma neste particular.

Diferenças de premiação (prêmio estímulo, prêmio performance, prêmio sobre


vendas de seguros, serviços e garantias, prêmios sobre campanhas de vendas). Gerente

Afirma o autor em prefacial do processo 1000480-87, que a ré pactuou, enquanto ger


ente de loja, a remuneração composta de salário fixo e diversos prêmios, calculados com base no
atingimento de metas mensais.

Alega que a empresa criou 13 tipos de prêmios diferentes com base nas vendas não
só de mercadorias como de diversos serviços: a)prêmio estímulo sobre faturamento; b) prêmios de
performance com base nas 1) vendas em geral; 2) vendas de móveis; 3) lucro bruto eletro; 4) lucro bruto
móveis; c) prêmios de garantias, seguros e serviços 1) residencial; 2) seguro VPP; 3) multiassistência;
4) garantia móveis; 5) garantia eletro; 6) fique seguro; d) tecno pessoal e e) seguro proteção financeira.

Contudo, aduz que a reclamada deixou de pagar de forma correta aludidas


premiações, seja em razão de o faturamento mensal ser apurado de forma equivocada, deixando de
disponibilizar relatório com lançamentos fidedignos que possibilitasse aferir qual o verdadeiro total do
faturamento mensal em cada mês laborado, ou mesmo pela exclusão de forma irregular de serviços,
garantias e seguros vendidos.

A ré, em defesa, afirma que o gerente pode consultar o faturamento das lojas que
estão sob sua gestão, bem como extrair do sistema extratos de vendas, comissões e premiações dos
vendedores a qualquer momento através do sistema PRWEB, que é acessível em qualquer computador da
loja, podendo inclusive imprimir tal documento.

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Sustenta a ré que a partir de julho/2016, ocasião em que o autor passou a


desempenhar a função de gerente, o modelo de premiação foi modificado, passando a ser pago aos
gerentes de loja um prêmio mensal e um prêmio trimestral, destacando os fatores que eram considerados.

Escorreito o julgado de origem que considerando que a ré deixou de apresentar os


relatórios de vendas e de faturamento da loja, embora os possuísse, aplicou o disposto no art. 400 do
CPC, admitindo como verdadeiros os fatos alegados na inicial, a condenando no pagamento de diferenças
mensais de prêmio estímulo em relação ao valor de R$6.150,00, pelo período laboral imprescrito
(05.04.2016 - proc. nº 480 /2021) até a rescisão contratual, com reflexos em DSRs/feriados, férias + 1/3,
13º salários, aviso prévio e FGTS 8+40% (inclusive sobre as integrações nas demais verbas). Devidas
também as diferenças mensais de prêmio performance em relação ao valor total de R$2.400,00
(R$600,00 de vendas em geral, R$600,00 de venda móveis, R$600,00 de lucro bruto eletro e R$600,00
de lucro bruto móveis), pelo período laboral imprescrito (05.04.2016 - proc. nº 480/2021) até a rescisão
contratual, com reflexos em DSRs/feriados, férias + 1/3, 13º salários, aviso prévio e FGTS 8+40%
(inclusive s/ as integrações nas demais verbas), referentes ao período em que o demandante laborou na
função de gerente.

Devidas, ainda, as diferenças mensais de prêmio de garantia, seguros e serviços em


relação ao valor total de R$3.535,00 (R$375,00 de residencial, R$490,00 de seguro VPP, R$490,00 de
multi assistência, R$490,00 de garantia móveis, R$750,00 de garantia eletro, R$490,00 de fique seguro,
R$300,00 de tecno pessoal e R$150,00 de seguro proteção financeira), pelo período laboral imprescrito
(05.04.2016 - proc. nº 480 /2021) até a rescisão contratual, com reflexos em DSRs/feriados, férias + 1/3,
13º salários, aviso prévio e FGTS 8+40% (inclusive s/ as integrações nas demais verbas).

Cabia à reclamada, ora recorrente, o ônus em comprovar o correto pagamento dos


prêmios a que o autor fazia jus, através dos relatórios, os quais afirma possuir.

Além disso, deixou de apresentar documentos que corroborem que a empresa alterou
sistema de premiação a partir de julho de 2016.

Em relação as campanhas de incentivo, como destacado no julgado de origem, a


reclamada não contestou a alegação inicial, como lhe competia, pelo que se aplica ao caso o disposto no
Art. 341 do CPC, presumindo-se verdadeiros os fatos articulados na inicial, sendo devidos os prêmios
pleiteados.

Mantenho o julgado.

Reflexos das premiações. Após 11.11.2017 (vendedor e gerente)

A questão já foi analisada por ocasião da apreciação do apelo da parte autora, sendo
limitada a condenação em reflexos dos prêmios até 10.11.2017.

Aplicação da OJ 415 da SDI-1 do TST

A reclamada requer seja determinada a observância da disposição da OJ 415 da SDI-


1 do TST, caso mantida a condenação em horas extras.

É certo que na sentença de mérito constou expressamente que: "Autoriza-se a


compensação de todos os valores pagos sob iguais títulos, desde que comprovados nos autos, por recibos,
para não se deferir o enriquecimento sem causa." (fl. 2142).

Entendo que deverá ser aplicado o entendimento contido na OJ 415 da SDI-1 do


TST: "A dedução das horas extras comprovadamente pagas daquelas reconhecidas em juízo não pode ser
limitada ao mês de apuração, devendo ser integral e aferida pelo total das horas extraordinárias quitadas
durante o período imprescrito do contrato de trabalho".

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Bem por isso, acolho o apelo neste particular para determinar que a compensação de
valores pagos a título de horas extras deverá ocorrer conforme entendimento jurisprudencial contido na
OJ 415 da SDI-1 do TST.

Provejo.

Honorários sucumbenciais

Diante da manutenção da procedência em parte da ação, resta igualmente mantida a


sucumbência recíproca.

Rejeito a pretensão da ré aplicação da legislação da Justiça Comum, no sentido de


que cada parte arque com os honorários advocatícios de seus advogados, já que há legislação trabalhista
específica que versa sobre a referida questão.

Em relação ao arbitramento, nada há a reparar. Reporto-me a fundamentação já


consignada por ocasião do apelo da parte autora, no sentido de que a fixação do percentual dos
honorários advocatícios trata-se de poder discricionário do juiz, à luz dos parâmetros estabelecidos pelo
artigo 791-A, da CLT, com a nova redação que lhe deu a Lei 13.467/2017.

Rejeito.

Prequestionamento.

Afasto o prequestionamento ora suscitado, porquanto não preenchidos os requisitos


para o reconhecimento do mesmo, nos termos da OJ 151 da SDI-1 do C. TST, uma vez que não se
verifica a ausência de pronunciamento sobre determinada matéria.

Recolhimentos previdenciários e fiscais (contrarrazões da ré)

A questão quanto à responsabilidade dos recolhimentos previdenciários e fiscais já


restou dirimida no julgado, constando expressamente que: "Descontos previdenciários e fiscais ficam
autorizados pelo valor total do crédito do autor, nas verbas tributáveis que couber, na forma da lei (em
especial a Lei 10035/00) e do Provimento nº01/96 da Corregedoria da Justiça do Trabalho (cada parte
arcará com a cota de sua responsabilidade), competindo à reclamada informar o valor, deduzir e recolher,
com a devida comprovação nos autos, sob pena de execução direta e comunicação aos respectivos órgãos
fiscalizadores" fl. 2144.

Nada a prover.

Ante o exposto,

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Acórdão

Tomaram parte no julgamento os(as) Exmos(as) Srs(as) BIANCA


BASTOS, SIMONE FRITSCHY LOURO, MAURO VIGNOTTO.

Presidiu o julgamento o Exmo. Sr. Desembargador SERGIO JOSE


BUENO JUNQUEIRA MACHADO (Regimental).

Sustentação oral: Dra. Graziella Piccoli Stalivieri Branda.

Ante o exposto

ACORDAM os Magistrados da 9ª Turma do Tribunal Regional do


Trabalho da Segunda Região em: por votação unânime, conhecer os recursos interpostos, rejeitar a
preliminar de aplicação de revelia e confissão à reclamada e acolher a preliminar de negativa de
prestação jurisdicional, a fim de constar que a concessão da justiça gratuita deverá integrar a parte
dispositiva do julgado de origem, arguidas pela parte autora e, no mérito, DAR PARCIAL
PROVIMENTO AO RECURSO ORDINÁRIO DO RECLAMANTE, a fim de determinar (i) que a
condenação no pagamento de diferenças de comissões sobre "seguro vida protegida e premiada com
assistência odontológica (plano odontológico)", "seguro vida protegida e premiada (VPP)" e "seguro
proteção financeira", deverá observar os parâmetros da prefacial e não apenas à metade dos valores
pagos; (ii) que sejam apuradas as horas extras excedentes da 8ª hora diária e 44ª semanal, contudo,
aplicando-se o parâmetro que for mais benéfico à demandante; (iii) que seja acrescido à condenação no
pagamento de diferenças mensais de prêmio estímulo correspondentes a 75%, eventuais diferenças de
comissões reconhecidas em Juízo;(iv) a exclusão da aplicação isolada da Súmula nº 340 do C. TST,
determinando a observância das normas coletivas, acerca do cálculo das horas extras do comissionista
(parte variável); (v) excluir o enquadramento do autor no art. 62, II, da CLT, acolhendo, a jornada de

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trabalho alegada em prefacial para o período de julho de 2015 a fevereiro de 2019 (fls. 04/05),
condenando a ré ao pagamento de horas extras excedentes da 8ª hora diária e 44ª semanal, aplicando-se o
parâmetro que for mais benéfico à demandante; reportando-se aos demais parâmetros já fixados no
julgado de primeiro grau e no presente julgado; (vi) pagamento de horas extras por supressão do intervalo
interjornada, sempre que não respeitado o intervalo de 11 horas entre uma jornada e outra, por todo o
período imprescrito, atentando-se aos parâmetros já delimitados no julgado de origem e no presente
julgado, inclusive em relação aos reflexos, sendo que a partir de 11.11.2017, deverá ser reconhecida a
natureza indenizatória da parcela, não sendo devidos os reflexos; (vii) o pagamento de reflexos dos
prêmios em dsrs, aviso prévio, 13º salário, férias + 1/3 e de tudo em FGTS e multa de 40% sobre o saldo
fundiário, até 10.11.2017; (viii) que a execução dos honorários sucumbenciais a cargo da parte autora
deverá permanecer suspensa pelo prazo de dois anos, nos termos do caput do artigo 791-A, da CLT e
parte final do §4º do mesmo dispositivo, contados a partir do trânsito em julgado. Deverá o credor da
verba honorária comprovar a alteração do estado de insuficiência de recursos financeiros a fim de
prosseguir com a execução de verba honorária, a qual deverá incidir apenas nos pedidos julgados
totalmente improcedente e DAR PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO ORDINÁRIO DA
RECLAMADA, para (i) excluir a condenação em diferenças de comissões em relação à venda de
mercadorias e de serviços não faturadas, objeto de cancelamento ou troca e seus reflexos; (ii) determinar
que a compensação de valores pagos a título de horas extras deverá ocorrer conforme entendimento
jurisprudencial contido na OJ 415 da SDI-1 do TST. Tudo nos termos da fundamentação do voto da
Relatora.

Diante do acolhimento parcial de ambos os apelos, retifico o valor da


condenação para R$ 600.000,00, com custas processuais a cargo da reclamada no importe de R$
12.000,00.

BIANCA BASTOS
Relator

VOTOS

Assinado eletronicamente por: BIANCA BASTOS - 02/03/2023 15:08:41 - 85b6f09


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Número do processo: 1001860-19.2019.5.02.0601 ID. 85b6f09 - Pág. 19
Número do documento: 22112217454227400000183556533

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - e6250b3
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Número do documento: 23061314383732600000035727083
Fls.: 798

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 8df4241
https://pje.trt10.jus.br/pjekz/validacao/23061314383840800000035727084?instancia=1
Número do documento: 23061314383840800000035727084
Fls.: 799

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - a2feb5e
https://pje.trt10.jus.br/pjekz/validacao/23061314383863600000035727085?instancia=1
Número do documento: 23061314383863600000035727085
Fls.: 800

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - ee39dbb
https://pje.trt10.jus.br/pjekz/validacao/23061314383885700000035727086?instancia=1
Número do documento: 23061314383885700000035727086
Fls.:
Fls.: 1801

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃO
ATOrd 0010011-28.2023.5.15.0006
AUTOR: DIOGO CIRILO DE OLIVEIRA
RÉU: VIA S.A.

ID do mandado: {VAL $idMandado}


Destinatário: {VAL $nomeDestinatarioMandado}

CERTIDÃO DE DEVOLUÇÃO DE MANDADO

Id do Mandado: 079c589

DESTINATÁRIO: VIA S.A.

Certifico para os devidos fins que no dia 17.04.2023 às 16h30


dirigi-me à Rua 9 de Julho, nº 823 – Araraquara SP – CEP: 14801-295, onde constatei
junto à Sra. Luciana Cristina Pedro de Almeida – CPF: 291.641.168-24, Gerente da filial
1105 da empresa reclamada VIA S.A. - CNPJ: 33.051.260/1224-30, estabelecida no local,
que para qualquer funcionário, inclusive o gerente, ter acesso ao sistema da
reclamada, é necessário digitar o número da filial (na loja de Araraquara, o usuário tem
acesso somente à filial de Araraquara, no caso: 1105); o número 21, que corresponde
às Casas Bahia (haja vista pertencerem também ao grupo econômico outras empresas,
como Ponto Frio e Extra.com); a matrícula do funcionário e a senha. Naquele ato, a Sra.
Luciana acessou o sistema a meu pedido, onde pude verificar tais informações,
conforme foto anexa (1) 

Certifico mais que, após digitar os referidos números, a Sra.


Luciana teve acesso ao sistema da loja local, onde verifique constar o nome completo
do usuário (no caso, a gerente) e o horário, conforme foto anexa (2). 

Assinado eletronicamente por: SILVIA HELENA PEREIRA REIFF - Juntado em: 19/04/2023 15:46:21 - c027242

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Fls.:
Fls.: 2802

Certifico ainda que no dia 18.04.2023 às 17h40 retornei à loja,


onde constatei novamente as informações acima descritas, conforme fotos anexas (3 e
4)   

Certifico, enfim, haver sido informada pela Sra. Luciana não ser
possível acesso ao sistema sem os números de matrícula e senha do usuário e que
caso o usuário se esqueça de sair do sistema, o mesmo fecha automaticamente   em
cerca de 5 minutos. À apreciação de V. Exa.

ARARAQUARA/SP, 19 de abril de 2023.

SILVIA HELENA PEREIRA REIFF


Oficial de Justiça Avaliador Federal

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Número do processo: 0010011-28.2023.5.15.0006
Número do documento: 23041818391944500000199972470

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Fls.:
Fls.: 3803

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https://pje.trt15.jus.br/pjekz/validacao/23041915321913000000200048342?instancia=1
Número do processo: 0010011-28.2023.5.15.0006
Número do documento: 23041915321913000000200048342

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https://pje.trt15.jus.br/pjekz/validacao/23041915325934700000200048464?instancia=1
Número do processo: 0010011-28.2023.5.15.0006
Número do documento: 23041915325934700000200048464

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Fls.: 5805

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https://pje.trt15.jus.br/pjekz/validacao/23041915332193500000200048525?instancia=1
Número do processo: 0010011-28.2023.5.15.0006
Número do documento: 23041915332193500000200048525

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Fls.: 6 806
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https://pje.trt15.jus.br/pjekz/validacao/23041915333618100000200048576?instancia=1
Número do processo: 0010011-28.2023.5.15.0006
Número do documento: 23041915333618100000200048576

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https://pje.trt10.jus.br/pjekz/validacao/23061314383984100000035727088?instancia=1
Número do documento: 23061314383984100000035727088
Fls.: 807

CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2017/2019

NÚMERO DE REGISTRO NO MTE: TO000029/2018


DATA DE REGISTRO NO MTE: 23/04/2018
NÚMERO DA SOLICITAÇÃO: MR018043/2018
NÚMERO DO PROCESSO: 46226.006576/2018-74
DATA DO PROTOCOLO: 20/04/2018

Confira a autenticidade no endereço http://www3.mte.gov.br/sistemas/mediador/.

SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMERCIO ESTADO TOCANTINS, CNPJ n. 25.061.524/0001-13,


neste ato representado(a) por seu Presidente, Sr(a). ADANEIJELA DOURADO DA SILVA;

SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMERCIO DE PORTO NACIONA T, CNPJ n. 26.751.719/0001-58,


neste ato representado(a) por seu Presidente, Sr(a). CARLOS MAGNO REIS GOMES;

SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMERCIO DE GURUPI E REGIAO, CNPJ n. 00.003.624/0001-62,


neste ato representado(a) por seu Presidente, Sr(a). JOSE LUIZ ALVES DA COSTA;

FEDERACAO DO COMERCIO DE BENS, DE SERVICOS E TURISMO DO ESTADO DO TOCANTINS,


CNPJ n. 37.344.793/0001-76, neste ato representado(a) por seu Presidente, Sr(a). ITELVINO PISONI;

celebram a presente CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO, estipulando as condições de trabalho


previstas nas cláusulas seguintes:

CLÁUSULA PRIMEIRA - VIGÊNCIA E DATA-BASE

As partes fixam a vigência da presente Convenção Coletiva de Trabalho no período de 01º de novembro de
2017 a 31 de outubro de 2019 e a data-base da categoria em 01º de novembro.

CLÁUSULA SEGUNDA - ABRANGÊNCIA

A presente Convenção Coletiva de Trabalho abrangerá a(s) categoria(s) Nos, representantes dos
Trabalhadores: SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMERCIO DO ESTADO TOCANTINS;
SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMERCIO DE PORTO NACIONAL TOCANTINS e SINDICATO
DOS EMPREGADOS NO COMERCIO DE GURUPI E REGIÃO e os sindicatos representantes dos
Empregadores: SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DO ESTADO DO TOCANTINS; SINDICATO DO
COMÉRCIO VAREJISTA DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS DO ESTADO DO TOCANTINS; SINDICATO
DO COMÉRCIO VAREJISTA DE MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS, PEÇAS E ACESSÓRIOS PARA USO NA
AGROPECUÁRIA DO ESTADO DO TOCANTINS; SINDICATO DO COMÉRCIO ATACADISTA DE
PRODUTOS ALIMENTÍCIOS E DE BEBIDAS DO ESTADO DO TOCANTINS; SINDICATO DO COMÉRCIO
VAREJISTA DE GÊNEROS ALIMENTÍCIOS DO ESTADO DO TOCANTINS; SINDICATO DO COMÉRCIO
VAREJISTA DE MATERIAL ELÉTRICO E ELETRÔNICO DO ESTADO DO TOCANTINS; SINDICATO DO
COMÉRCIO VAREJISTA DE MÓVEIS, ARTIGOS DE COLCHOARIA E DECORAÇÃO DO ESTADO DO
TOCANTINS; SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE VEÍCULOS, PEÇAS E ACESSÓRIOS DO
ESTADO DO TOCANTINS, neste representados pela FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, DE
SERVIÇOS, E TURISMO DO ESTADO DO TOCANTINS, art. 611, § 2º, da CLT, celebramos a presente
CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO, estipulando as condições de trabalho previstas nas
cláusulas a seguir detalhadas. As partes fixam a vigência da presente Convenção Coletiva de
Trabalho no período de 1º de novembro de 2017 a 31 de outubro de 2019 e a data-base da categoria
em 1º de novembro. PARAGRAFO ÚNICO – As partes reunirão na data base, novembro,
principalmente para avaliar as Cláusulas Econômicas, com abrangência territorial em TO.

SALÁRIOS, REAJUSTES E PAGAMENTO


PISO SALARIAL

CLÁUSULA TERCEIRA - PISO SALARIAL

O piso da categoria a partir de 1º de novembro de 2017, será de R$ 1.019,95 (um mil e dezenove reais e
noventa e cinco centavos).

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Fls.: 808

REAJUSTES/CORREÇÕES SALARIAIS

CLÁUSULA QUARTA - REAJUSTE SALARIAL

Os salários fixos dos empregados do comércio em toda jurisdição dos Sindicatos convenentes serão
reajustados a partir de 1º de novembro de 2017 em 2,2 % (dois vírgula dois por cento) sobre os salários
vigentes em novembro de 2016.

PARÁGRAFO PRIMEIRO - Os empregados admitidos após o mês de novembro de 2016, terão seus
salários reajustados proporcionalmente ao número de meses, a contar da data de admissão, observando-se
o princípio de isonomia salarial.

PARÁGRAFO SEGUNDO - É obrigatório o reajuste da parte fixa do empregado comissionista, exercente ou


não da função de vendas, de acordo com o art. 7º da Lei 6.708/79.

PARÁGRAFO TERCEIRO – As diferenças salariais geradas pela aplicação da presente Convenção


Coletiva de Trabalho (caso haja), pertinente aos meses de novembro/2017, dezembro/2017, janeiro 2018,
fevereiro 2018 e março 2018, em razão da assinatura desta Convenção ter sido efetivada posteriormente à
data-base, deverão ser pagas juntamente com o salário de competência do mês de abril de 2018.

OUTRAS NORMAS REFERENTES A SALÁRIOS, REAJUSTES, PAGAMENTOS E


CRITÉRIOS PARA CÁLCULO

CLÁUSULA QUINTA - DA IRREDUTIBILIDADE DAS VANTAGENS

O reajuste salarial, bem como as normas constantes nesta Convenção não poderão, em caso algum,
motivar redução ou supressão de salários, quotas ou prêmios, ficando mantidos os percentuais pagos
anteriormente de forma espontânea.

GRATIFICAÇÕES, ADICIONAIS, AUXÍLIOS E OUTROS


13º SALÁRIO

CLÁUSULA SEXTA - CÁLCULOS DAS PARCELAS TRABALHISTAS

Para efeito de pagamento de férias, 13º salário, aviso prévio indenizado, licença prêmio e rescisão
contratual dos empregados que percebem salários de parte fixa e variável, os cálculos serão feitos pela
média das comissões, DSR e horas extras dos últimos 06 (seis) meses, ou dos meses trabalhados, caso o
período seja inferior a 06 (seis) meses.

GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO

CLÁUSULA SÉTIMA - ADICIONAL PARA O CAIXA

O empregado exercente da função de caixa, fiscal de caixa, responsável pela tesouraria ou encarregado da
contagem de féria diária, fará jus a uma gratificação mensal correspondente a R$ 149,21 (cento e quarente
e nove reais e vinte um centavos).

PARÁGRAFO PRIMEIRO - O empregado exercente da função de caixa, fiscal de caixa, responsável pela
tesouraria ou encarregado da contagem de féria diária, só fará jus a gratificação enquanto exercer a
respectiva função.

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 55d1db8
Fls.: 809
PARÁGRAFO SEGUNDO - A conferência dos valores em caixa será feita na presença do operador
responsável, sendo que quando este for impedido pela empresa de acompanhar a conferência, ficará isento
de quaisquer responsabilidades.

ADICIONAL DE HORA-EXTRA

CLÁUSULA OITAVA - HORAS EXTRAS

As horas extras de todos os empregados no comércio serão remuneradas com 50% (cinquenta por cento)
de acréscimo sobre o valor da hora normal, quando laboradas nos dias úteis e com adicional de 100% (cem
por cento) quando laboradas em domingos e feriados, com a observância dos casos especiais disciplinados
na Cláusula Vigésima Sexta deste instrumento.

CLÁUSULA NONA - COMPENSAÇÃO DE HORAS EXTRAS

As empresas poderão fazer acordo de compensação de horário, respeitando o limite máximo de 10 (dez)
horas diárias, de forma que o excesso de horas de um dia seja compensado pela correspondente
diminuição em outro dia, de maneira que não exceda o período máximo de 60 (sessenta dias).

PARÁGRAFO PRIMEIRO - Na hipótese de ultrapassar o prazo descrito no caput deste artigo ou na


hipótese de rescisão de contrato de trabalho sem a compensação integral da jornada extraordinária, na
forma desta cláusula, fará o trabalhador jus ao recebimento das horas extras não compensadas, calculadas
sobre o valor da remuneração na data da rescisão.

PARÁGRAFO SEGUNDO – A compensação de horas na modalidade BANCO DE HORAS deverá ser


negociada com o sindicato dos trabalhadores por escrito, desde que a compensação ocorra no período
máximo de 06 meses (seis meses).

ADICIONAL DE TEMPO DE SERVIÇO

CLÁUSULA DÉCIMA - ADICIONAL DE TEMPO DE SERVIÇO

Além dos reajustes das cláusulas 2ª, 3ª, 4ª e 12ª, sobre a parte fixa dos salários dos empregados haverá os
seguintes adicionais:

I. 4% (quatro por cento) aos empregados que venham a completar mais de 03 (três) anos de serviços na
mesma empresa;

1. 6% (seis por cento) aos empregados que venham a completar mais de 05 (cinco) anos de serviços na
mesma empresa;
2. 8% (oito por cento) aos empregados que venham a completar mais de 07 (sete) anos de serviços na
mesma empresa.

PARÁGRAFO ÚNICO - Os benefícios desta cláusula não poderão ser deferidos cumulativamente.

COMISSÕES

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA - DOS COMISSIONADOS

Aos vendedores, balconistas, demonstradores e comissionados em geral é assegurado um salário fixo na


importância equivalente ao piso mínimo convencionado na Cláusula 3ª no valor de R$ 1.019.95 (um mil e
dezenove reais e noventa e cinco centavos), vigente em cada mês, (+) mais comissão a ser negociada
entre as partes, anotada na CTPS.

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Fls.: 810
PARÁGRAFO PRIMEIRO – Fica assegurado aos empregados que recebem salário fixo (+) mais
comissões, que o somatório destas parcelas não poderá ser inferior R$ 1.075,14 (um mil e setenta e cinco
reais e quatorze centavos).

PARÁGRAFO SEGUNDO – Aos mecânicos de concessionárias e de comércio de autopeças, açougueiros e


padeiros, é assegurado o piso mínimo mensal no valor de R$ 1.075,14 (um mil e setenta e cinco reais e
quatorze centavos).

CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA - ADIANTAMENTO SALARIAL

Fica facultado aos empregadores o pagamento de adiantamento de 40% (quarenta por cento) da
remuneração mensal, incluindo-se os acréscimos decorrentes dos adicionais, quando devido, até o dia 20
(vinte) de cada mês, ressalvando-se as condições mais favoráveis já praticadas.

AUXÍLIO TRANSPORTE

CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA - VALE TRANSPORTE

As empresas ficam obrigadas a fornecer vale-transporte a seus empregados, obedecendo aos preceitos da
Lei nº 7.418 de 16/12/85, Lei nº 7.619 de 30/09/87 e Decreto nº 95.247 de 17/11/87.

CONTRATO DE TRABALHO – ADMISSÃO, DEMISSÃO, MODALIDADES


NORMAS PARA ADMISSÃO/CONTRATAÇÃO

CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA - RESCISÃO CONTRATUAL

Fica facultado aos empregadores o comparecimento ao sindicato Laboral para o pagamento das verbas
rescisórias e para a homologação do TRCT, bem como para a entrega das guias do Seguro Desemprego e
os demais documentos para o saque do FGTS, devendo atender ao prazo legal, sob pena de pagamento
pelo empregador da multa estabelecida no § 8º do artigo 477 da CLT. O pagamento das verbas rescisórias
poderá ser em dinheiro, cheque visado ou administrativo, e depósito bancário ou ordem de pagamento em
nome do empregado, desde que o valor correspondente esteja comprovadamente disponível para saque no
ato da homologação. Em se tratando de empregado menor de idade ou analfabeto, o pagamento somente
poderá ser em dinheiro.

PARÁGRAFO ÚNICO – A homologação do TRCT bem como do recibo de quitação das verbas trabalhistas,
possuem eficácia liberatória das parcelas neles especificadas, excetuadas as parcelas expressamente
ressalvadas, somente quando forem realizadas e emitidas pelos Sindicatos Laborais.

DESLIGAMENTO/DEMISSÃO

CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA - DISPENSA COM JUSTA CAUSA

Em caso de dispensa com justa causa, ficam obrigados os empregadores a fornecer por escrito ao
empregado o motivo com o seu devido enquadramento disposto na CLT, sob pena de, por presunção, ser
considerada dispensa sem justa causa.

PARAGRAFO ÚNICO - O empregado dispensado com justa causa não perderá o direito as férias vencidas
e/ou proporcionais, acrescidas do terço constitucional.

AVISO PRÉVIO

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Fls.: 811

CLÁUSULA DÉCIMA SEXTA - DO AVISO PRÉVIO

Quando, no decorrer do aviso prévio dado pelo empregador, o empregado comprovar já ter conseguido
outro emprego, fica dispensado do cumprimento do mesmo, sem ônus para as partes, devendo a rescisão
ser feita dentro dos prazos estipulados no art. 477 da CLT.

PARÁGRAFO PRIMEIRO - A empresa comunicará por escrito a data, o local e horário em que o
empregado deverá comparecer para o exame médico demissional, para o acerto do TRCT (termo de
rescisão de contrato de trabalho), o qual deverá ser entregue até 10 (dez) dias antes do final do aviso
prévio.

PARÁGRAFO SEGUNDO - Quando o aviso prévio for indenizado, o empregador fará constar esta condição
nas anotações gerais da CTPS, para que o empregado possa fazer prova junto ao MTE e INSS.

PARÁGRÁFO TERCEIRO - O aviso prévio só poderá ser dado em duas modalidades: para ser cumprido
trabalhando ou para ser indenizado, devendo o empregador anotar no aviso prévio a modalidade escolhida,
não se admitindo o cumprimento em seu domicilio.

PARÁGRAFO QUARTO - Durante o aviso prévio dado por qualquer das partes, salvo no caso de reversão
ao cargo anterior por exercente de cargo de confiança, ficam vedadas alterações nas condições de
trabalho, sob pena de rescisão imediata do contrato, respondendo o empregador pelo pagamento do
restante do aviso prévio.

PARÁGRAFO QUINTO – Quando o aviso prévio trabalhado for dado pelo empregador e o trabalhador tiver
1 (um) ano ou mais de serviço na empresa, este irá trabalhar apenas os 30 (trinta) primeiros dias e a
empresa indenizará o restante dos dias conforme proporcionalidade do aviso prévio, respeitando o limite
previsto na Lei nº 12.506, de 11 de outubro de 2011. Em caso de pedido de demissão, o trabalhador
cumprirá ou indenizará apenas os 30 (trinta) dias do aviso prévio.

OUTRAS NORMAS REFERENTES A ADMISSÃO, DEMISSÃO E MODALIDADES DE


CONTRATAÇÃO

CLÁUSULA DÉCIMA SÉTIMA - ANOTAÇÕES NA CTPS/COMPROVANTES DE SALÁRIO

Os empregadores se obrigam a anotar na Carteira de Trabalho do Empregado: a função exercida, os


percentuais de comissão, adicionais de tempo de serviço, gratificação de função, salário fixo e a fornecer
obrigatoriamente comprovante de pagamento de salários, com discriminação de todos os valores pagos e
descontados, contendo a identificação da empresa, do empregado e o valor do depósito do FGTS.

CLÁUSULA DÉCIMA OITAVA - TRABALHADOR SUBSTITUTO

Nas substituições temporárias superiores a 15 (quinze) dias, o substituto fará jus à diferença salarial
existente entre ele e o substituído, a título de gratificação de função, até o último dia que perdurar a
substituição.

PARÁGRAFO ÚNICO - Terminada a substituição deixará de existir a obrigatoriedade do pagamento da


referida gratificação por função, não implicando em redução salarial.

RELAÇÕES DE TRABALHO – CONDIÇÕES DE TRABALHO, NORMAS DE

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Fls.: 812

PESSOAL E ESTABILIDADES
ESTABILIDADE PORTADORES DOENÇA NÃO PROFISSIONAL

CLÁUSULA DÉCIMA NONA - DO TRABALHADOR AFASTADO POR MOTIVO DE AUXÍLIO DOENÇA

Fica assegurada a estabilidade provisória de 30 (trinta) dias a contar da data do retorno ao trabalho ao
empregado afastado por motivo de auxílio-doença.

PARÁGRAFO ÚNICO - Os exames admissionais periódicos e demissionais serão obrigatórios e


exclusivamente por conta do empregador.

ESTABILIDADE APOSENTADORIA

CLÁUSULA VIGÉSIMA - EMPREGADO QUE SE APOSENTA

Os empregadores concederão um abono equivalente ao valor de 01(um) salário mínimo vigente ao


empregado que se aposentar por tempo de serviço, por invalidez ou idade.

OUTRAS NORMAS REFERENTES A CONDIÇÕES PARA O EXERCÍCIO DO TRABALHO

CLÁUSULA VIGÉSIMA PRIMEIRA - DO BENEFÍCIO SOCIAL

A entidade sindical prestará indistintamente a todos os trabalhadores subordinados a esta Convenção


Coletiva de Trabalho, benefícios sociais em caso de: nascimento de filho, acidente, enfermidade,
aposentadoria, incapacitação permanente ou falecimento, conforme tabela de benefícios definida pelos
sindicatos e discriminada no Manual de Orientação e Regras, por meio de organização gestora
especializada e aprovada pelas entidades sindicais convenentes.

PARÁGRAFO PRIMEIRO - A prestação dos benefícios sociais iniciará a partir de 01/maio/2018, na forma,
valores, parcelas, requisitos, beneficiários, penalidades e tabela de benefícios definida no Manual de
Orientação e Regras, registrado em cartório, parte integrante desta cláusula.

PARÁGRAFO SEGUNDO - Para efetiva viabilidade financeira deste benefício e com o expresso
consentimento da entidade sindical profissional, as empresas, compulsoriamente, a título de contribuição
social, recolherão até o dia 10 (dez) de cada mês e a partir de 10/maio/2018, o valor total R$ 20,00 (vinte
reais) por trabalhador que possua, exclusivamente, por meio de boleto disponibilizado pela gestora no site
www.beneficiosocial.com.br.

PARÁGRAFO TERCEIRO - Em caso de afastamento de empregado, por motivo de doença ou acidente, o


empregador manterá o recolhimento por até 12 (doze) meses. Caso o afastamento do empregado seja por
período superior a 12 (doze) meses, o empregador fica desobrigado ao recolhimento desta contribuição a
partir do décimo terceiro mês, ficando garantido ao empregado todos os benefícios previstos nesta cláusula,
até seu efetivo retorno ao trabalho, quando então o empregador retomará o recolhimento relativo ao
trabalhador afastado.

PARÁGRAFO QUARTO - O nascimento, óbito ou evento que possa provocar a incapacitação permanente
para o trabalho, por perda ou redução de sua aptidão física, deverá ser comunicado formalmente à gestora,
no prazo máximo e improrrogável de 90 (noventa) dias da ocorrência, pelo site www.beneficiosocial.com.br.

PARÁGRAFO QUINTO - O empregador que por ocasião do nascimento, de fato causador da incapacitação
permanente ou falecimento, estiver inadimplente por falta de pagamento, efetuar recolhimento por valor
inferior ao devido, ou comunicar o evento após o prazo de 90 (noventa) dias, reembolsará a gestora o valor
total dos benefícios a serem prestados e responderá perante o empregado ou a seus dependentes, a título

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 55d1db8
Fls.: 813
de multa, o dobro do valor dos benefícios. Caso o empregador regularize sua situação no prazo de até 15
(quinze) dias corridos, após o recebimento da comunicação formal feita pela gestora, ficará isento de
quaisquer responsabilidades descritas no item "6" do Manual de Orientação e Regras.

PARÁGRAFO SEXTO - Caso haja, planilhas de custos e editais de licitações, deverá constar a provisão
financeira para cumprimento do Benefício Social Familiar, para preservar o patrimônio jurídico dos
trabalhadores, em consonância com o Artigo 444 da CLT. Mensalmente, estará disponível no site da
Gestora um novo Certificado de Regularidade o qual deverá ser apresentado ao contratante quando
solicitado e ao homologador quando das rescisões trabalhistas.

PARÁGRAFO SÉTIMO - O presente serviço social não tem natureza salarial, por não constituir em
contraprestação de serviços, tendo caráter compulsório e ser eminentemente assistencial.

PARÁGRAFO OITAVO - O descumprimento da cláusula em decorrência de negligência, imperícia ou


imprudência de prestador de serviços (administradores e ou contabilistas), implicará na responsabilidade
civil daquele que der causa ao descumprimento, conforme Artigos 186, 927, 932, inciso III e 933, do Código
Civil Brasileiro.

CLÁUSULA VIGÉSIMA SEGUNDA - DESCONTOS DE PREJUÍZOS

Fica vedado aos empregadores descontarem dos salários dos empregados, os prejuízos decorrentes de
recebimentos de cheques sem provisão de fundos ou outra modalidade de pagamentos, previamente
vistados pelo responsável da empresa ou preposto; de mercadorias expostas, deterioradas ou vencidas, ou
casos análogos, além de eventuais diferenças de estoque; salvo na ocorrência de culpa ou dolo do
empregado ou inobservância do regulamento da empresa.

PARÁGRAFO ÚNICO - A inobservância do disposto nesta cláusula sujeitará o empregador a ressarcir o


empregado, o valor equivalente ao descontado, com acréscimos legais da data do desconto.

JORNADA DE TRABALHO – DURAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO, CONTROLE, FALTAS


DURAÇÃO E HORÁRIO

CLÁUSULA VIGÉSIMA TERCEIRA - DO PERÍODO NATALINO

Os empregados do comércio poderão trabalhar no período que compreende os dias 14 a 24/12/17 e 15 a


24/12/2018 até às 22h; mediante remuneração de horas extras a base de 50% (cinquenta por cento) da
hora normal, sendo neste caso obrigatório o cumprimento do disposto no artigo 59 da CLT.
Excepcionalmente nos dias 24/12/2017 e 23/12/18, por se tratarem de domingo, fica facultado ao
empregado o seu comparecimento, desde que comunique com antecedência, sendo as horas extras
acrescidas em 100% (cem por cento) sobre o valor da hora normal.

PARÁGRAFO ÚNICO - Os empregadores no período em que se trata esta cláusula, após a jornada normal,
fornecerão obrigatoriamente lanche (refeição) ao empregado, ou pagar-lhe-á a importância equivalente a
3,5% (três vírgulas cinco por cento) do piso mínimo vigente no mês.

INTERVALOS PARA DESCANSO

CLÁUSULA VIGÉSIMA QUARTA - INTERVALO INTRAJORNADA

Faculta-se ao empregador, de comum acordo com o empregado, adotar o intervalo de 30 (trinta) minutos
para jornadas superiores a 6 (seis) horas diárias, conforme artigo 611-A, inciso III, da CLT.

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Fls.: 814

DESCANSO SEMANAL

CLÁUSULA VIGÉSIMA QUINTA - DO REPOUSO SEMANAL

Os estabelecimentos dos ramos de: supermercados, farmácias, drogarias e similares, atividades essenciais
para a sociedade, poderão utilizar a mão-de-obra do empregado aos domingos, desde que garantam ao
empregado uma folga posterior durante a semana laborada, sendo pelo menos um domingo de folga por
mês, mediante acordo com a assistência do Sindicato Laboral.

CONTROLE DA JORNADA

CLÁUSULA VIGÉSIMA SEXTA - DO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DO COMÉRCIO

O horário de abertura e fechamento do comércio será de acordo com o Código de Postura de cada
município.

PARÁGRAFO PRIMEIRO - Fica proibida a abertura do comércio em geral nos seguintes feriados(Com
base no Artigo 6-A da lei Nº 11.603, de 5 de dezembro de 2007).

2 de novembro (Finados);
15 de novembro (Proclamação da República);
25 de dezembro (Natal);
1º de janeiro (Confraternização Universal);
Paixão de Cristo;
21 de abril (Tiradentes);
1º de maio (Dia Mundial do Trabalho);
7 de setembro (Independência do Brasil);
5 de outubro (Criação do Estado do Tocantins);
E a data em que se comemora o aniversário de cada cidade.

PARÁGRAFO SEGUNDO – Fica facultada a abertura do comércio em geral nos demais feriados municipais
e no dia 12 de outubro, com as obrigações a seguir detalhadas:

1. Demais feriados municipais

As horas laboradas devem ser pagas com acréscimo de 100% (cem por cento), ou compensadas em dobro
em até 60 dias, mediante acordo entre empregado e empregador.

1. 12 de outubro (Padroeira do Brasil)

A jornada do trabalhador deve ser limitada em 6 (seis) horas diárias, sendo que estas horas deverão ser
pagas em 100 % e discriminadas nos contracheques ou compensadas em dobro em até 60 dias, mediante
acordo entre empregado e empregador.

PARÁGRAFO TERCEIRO – Fica permitido o trabalho no comércio em geral nas seguintes datas
comemorativas com a obrigação do pagamento de horas extras somente após o período normal de
trabalho:

13 de fevereiro de 2018 e 05 de março de 2019 (terça-feira de carnaval);


31 de maio de 2018 e 20 de junho de 2019 (Corpus Christi);
8 de setembro (Nossa Senhora da Natividade, Padroeira do Estado do Tocantins).

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PARÁGRAFO QUARTO – As empresas do comércio em geral instaladas em shopping centers:

1. Fica proibida a abertura nos seguintes feriados:

25 de dezembro (Natal);
1º de janeiro (Confraternização universal);
1º de maio (Dia mundial do trabalho)

1. Fica facultada a abertura nos demais feriados, sendo que a jornada do trabalhador deve ser limitada
em 6 (seis) horas diárias, devendo estas serem pagas em dobro e discriminadas nos contracheques,
ou compensadas em dobro em até 60 dias, mediante acordo entre empregado e empregador.

PRÁGRAFO QUINTO – As empresas do comércio de gêneros alimentícios:

1. Fica proibida a abertura nos seguintes feriados:

25 de dezembro (Natal);
1º de janeiro (Confraternização universal);
1º de maio (Dia mundial do trabalho)

1. Fica facultada a abertura nos demais feriados, sendo que as horas trabalhadas deverão ser pagas
em dobro e discriminadas nos contracheques, ou compensadas em dobro em até 60 dias, mediante
acordo entre empregado e empregador.

FALTAS

CLÁUSULA VIGÉSIMA SÉTIMA - EXAME VESTIBULAR

O empregado que se submeter a exame de vestibular ou Enem terá abonada a falta nos dias de exame,
desde que comprove o seu comparecimento no certame, tendo a obrigação de avisar a empresa com 05
(cinco) dias de antecedência.

FÉRIAS E LICENÇAS
LICENÇA REMUNERADA

CLÁUSULA VIGÉSIMA OITAVA - LICENÇA PRÊMIO

As empresas concederão licença prêmio remunerada de 30 (trinta) dias aos empregados, a cada 10 (dez)
anos de serviços prestados na empresa, calculada na forma da cláusula 6ª, licença esta que será concedida
no prazo de até 90 (noventa) dias da data em que se completa o período de dez anos.

PARÁGRAFO ÚNICO - Mediante acordo entre empregado e empregador a mesma poderá ser indenizada,
devendo o acordo ter assistência do Sindicato dos Empregados.

OUTRAS DISPOSIÇÕES SOBRE FÉRIAS E LICENÇAS

CLÁUSULA VIGÉSIMA NONA - LICENÇA PATERNIDADE

A licença paternidade será de 05 (cinco) dias corridos, conforme disposto no art. 10 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias.

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CLÁUSULA TRIGÉSIMA - DIA DO COMERCIÁRIO

Fica acordado que o dia do Comerciário (30 de outubro), conforme estabelecido pela Lei nº 12.790/2013,
será comemorado por cada trabalhador com uma folga no dia de seu aniversário ou em outro dia útil de
trabalho dentro do referido mês (mês do dia do aniversário), de comum acordo entre Empregado e
Empregador.

PARAGRAFO UNICO: As Empresas que preferirem, poderão mudar a data da comemoração do dia do
comerciário para o dia 12 de fevereiro de 2018 e 4 de março de 2019, segundas feiras de carnaval.

SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR


CONDIÇÕES DE AMBIENTE DE TRABALHO

CLÁUSULA TRIGÉSIMA PRIMEIRA - ASSENTO NO TRABALHO

Aos vendedores em geral é assegurado o direito de uso de assento no local de trabalho, colocado pela
empresa como previsto em lei.

UNIFORME

CLÁUSULA TRIGÉSIMA SEGUNDA - DO UNIFORME

Quando o empregador exigir expressamente o uso de uniformes, entendido como tal vestuário padrão (com
ou sem emblemas), bem como equipamentos necessários ao exercício da atividade, este fica obrigado a
fornecê-los gratuitamente.

PARÁGRAFO ÚNICO - O uniforme e outros equipamentos obrigatórios ao exercício regular da atividade


serão fornecidos pelo empregador mediante comprovante de fornecimento discriminado e com cópia para o
empregado, sendo os mesmos de propriedade do empregador, estando o empregado obrigado a mantê-lo
sob sua guarda e a devolvê-lo na situação em que se encontrarem, sempre que solicitados.

OUTRAS NORMAS DE PROTEÇÃO AO ACIDENTADO OU DOENTE

CLÁUSULA TRIGÉSIMA TERCEIRA - ACOMPANHAMENTO DE FILHO

Terá caráter de falta justificada, a ausência da empregada ao trabalho quando se der em virtude do
acompanhamento do filho, com até 14 anos ou inválidos, em consultas médicas, odontológicas mediante
apresentação de atestado médico.

PARÁGRAFO PRIMEIRO – Terá falta justificada de até 15 dias, a empregada que acompanhar a internação
hospitalar do filho menor de 14 anos, mediante apresentação de atestado médico.

PARÁGRAFO SEGUNDO - A garantia desta cláusula aplicar-se-á ao empregado viúvo, separado ou


divorciado que detenha a guarda de seus filhos.

PARÁGRAFO TERCEIRO - As empregadas que estejam amamentando o filho até que este complete 06
(seis) meses de idade, terá direito, durante a jornada de trabalho, a dois intervalos especiais (de meia hora
cada um) para amamentar o filho, sem prejuízo do intervalo para refeição e descanso.

RELAÇÕES SINDICAIS

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REPRESENTANTE SINDICAL

CLÁUSULA TRIGÉSIMA QUARTA - DIRIGENTES SINDICAIS

Fica estabelecido que os membros efetivos da Diretoria do Sindicato não poderão sofrer prejuízo salarial
por falta ao serviço quando convocados para realização de Convenção Coletiva de Trabalho desta categoria
e um congresso por ano, cabendo as empresas abonarem as suas faltas, desde que o Sindicato comunique
com antecedência mínima de 10 (dez) dias, e que não ultrapasse a um empregado por empresa.

PARÁGRAFO PRIMEIRO - É assegurado ao empregado eleito para o cargo de diretor sindical, o livre
exercício de suas funções, sendo vedada sua transferência para lugar que lhe torne impossível o exercício
de suas atribuições sindicais.

PARÁGRAFO SEGUNDO - Fica facultado às empresas permitirem a divulgação em quadro ou mural, com
acesso aos empregados, a publicação de editais, comunicados, notícias sindicais, editados pelos sindicatos
convenentes.

CONTRIBUIÇÕES SINDICAIS

CLÁUSULA TRIGÉSIMA QUINTA - CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL LABORAL

Por deliberação das respectivas Assembleias Gerais Extraordinárias, as empresas estão autorizadas a
descontar do total bruto da remuneração dos seus empregados, associados, desde que atendidos os
preceitos legais, abrangidos na base territorial dos Sindicatos Laborais, a importância correspondente a
10% (dez por cento); sendo 5% (cinco por cento) sobre o total bruto da remuneração do mês
novembro/2017/2018 e 5% (cinco por cento) sobre o total bruto da remuneração do mês de
maio/2018/2019, limitando-se a base de cálculo ao teto de 03 (três) salários mínimos, cuja verba será
destinada ao custeio do funcionamento dos Sindicatos, de acordo com as necessidades da categoria.

PARÁGRAFO PRIMEIRO - Os descontos previstos nesta cláusula deverão ser recolhidos até o dia
10/12/2017/2018 e 10/06/2018/2019 em guias próprias fornecidas pelos sindicatos, nas agências da Caixa
Econômica Federal ou agências Lotéricas, sob pena de sanções legais, sendo que deste valor, o Sindicato
repassará 11% a FETRACOM–GO/TO.

PARÁGRAFO SEGUNDO - Os empregados que não estiverem trabalhando nos meses destinados aos
descontos, deverão ter o desconto efetuado no primeiro mês seguinte ao do reinício do trabalho,
procedendo-se o recolhimento até o décimo dia do mês subsequente.

PARÁGRAFO TERCEIRO - Os empregados admitidos após abril/2018, estão sujeitos apenas ao desconto
da segunda parcela, obedecendo-se os prazos previstos nos parágrafos anteriores.

PARÁGRAFO QUARTO - O recolhimento efetuado fora dos prazos previstos obrigará ao empregador pagar
uma multa de 2% (dois por cento) e juros de mora de 1% (um por cento) ao mês ou fração.

PARÁGRAFO QUINTO - Fica condicionado o recolhimento do desconto assistencial, previsto nesta


cláusula, mediante a oposição do empregado, respeitado o prazo de 10 (dez) dias antes do primeiro
pagamento reajustado. A manifestação deverá ser de próprio punho, de forma individual, protocolada na
sede dos Sindicatos Laborais ou via correio com aviso de recebimento (AR) nas cidades onde os sindicatos
têm extensão de base.

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PARÁGRAFO SEXTO - As empresas abrangidas pela presente Convenção ficam facultadas a
encaminharem ao sindicato dos empregados, dentro do prazo de 15 (quinze) dias contado da data do
recolhimento das contribuições dos seus empregados, fotocópia da guia paga anexada à relação nominal
dos empregados contribuintes, indicando a função de cada um, o salário percebido no mês a que se
corresponder à contribuição e o respectivo valor descontado.

CLÁUSULA TRIGÉSIMA SEXTA - CONTRIBUIÇÃO ASSOCIATIVA LABORAL

As empresas se obrigam a descontar em folha de pagamento dos empregados sindicalizados, desde que
por eles devidamente autorizadas, nos termos do artigo 545 da CLT, as mensalidades em favor do Sindicato
dos Empregados, quando por este notificadas, e que serão pagas diretamente ao Sindicato, através de
pessoa credenciada por este, a qual comparecerá à empresa para recebimento e quitação ou por meio de
boleto bancário, dentro de 5 (cinco) dias úteis após o desconto.

CLÁUSULA TRIGÉSIMA SÉTIMA - CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL PATRONAL

Objetivando garantir a continuidade do benefício do Regime Especial de Piso Salarial - REPIS, a


Contribuição Assistencial prevista na letra “e” do art. 513 da CLT, consolidada pela Súmula nº 86 do TRT da
4ª Região, por deliberação da Assembleia Geral Extraordinária dos Sindicatos Patronais e do Conselho de
Representantes da FECOMERCIO/TO, corresponderá a uma cota anual a ser recolhida no valor de R$
215,00 (duzentos e quinze reais), por meio de um boleto que deverá ser emitido diretamente no site
www.fecomercioto.com.br.

OUTRAS DISPOSIÇÕES SOBRE RELAÇÃO ENTRE SINDICATO E EMPRESA

CLÁUSULA TRIGÉSIMA OITAVA - DO REGIME ESPECIAL DE PISO SALARIAL - REPIS

Considerando a publicação da Lei nº 123/2006 que institui o SIMPLES NACIONAL, os sindicatos


convenentes vêm manter a regulamentação referente ao tratamento diferenciado e favorecido a ser
dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte da atividade de comércio de bens e serviços,
na região de representação dos subscritores deste Instrumento, no âmbito de piso salarial a ser aplicado
aos empregados. Fica estipulado o salário normativo REPIS para os empregados de microempresas (ME) e
empresas de pequeno porte (EPP), assim conceituadas na Lei Complementar nº 123/06, desde que
cumprida integralmente a jornada legal de trabalho e respeitadas todas as condições previstas nesta
cláusula.

PARÁGRAFO PRIMEIRO - As empresas enquadradas no Simples Nacional, para poderem praticar os


valores estabelecidos no Parágrafo Terceiro desta Cláusula, deverão apresentar à Federação do Comercio
de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Tocantins os seguintes documentos:

I - cópia da última RAIS;

II – declaração atualizada dos empregados em exercício;

III- declaração de que estão atendendo integralmente a presente Convenção Coletiva de Trabalho;

IV – comprovação da condição de ME ou EPP;

V – comprovante(s) de recolhimento da contribuição assistencial patronal referente ao exercício.

PARÁGRAFO SEGUNDO - Preenchidos os requisitos do parágrafo 1º e incisos I, II, III, IV e V, as empresas


receberão da Fecomércio, que atuará em nome de seus Sindicatos patronais filiados, com a devida
chancela dos sindicatos das categorias profissionais correspondente, CERTIDÃO DE ADESÃO AO REPIS,
que proporcionará a devida legalidade para o benefício do REPIS, tendo validade por 01 ano, devendo ser
renovada anualmente, o que lhe facultará, a prática dos salários normativos diferenciados conforme
especificados no parágrafo terceiro desta Cláusula.

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PARÁGRAFO TERCEIRO – Para aos que aderirem ao REPIS o piso da categoria, a partir de 1º de
novembro de 2017, será de:

R$ 989,22 (novecentos e oitenta e nove reais e vinte e dois centavos) - aos vendedores, balconistas,
demonstradores e comissionados, sendo que aos empregados que recebem salário fixo (+) mais
comissões, o somatório destas parcelas não poderá ser inferior a R$ 1.044,48 (um mil e quarenta e
quatro reais e quarenta e oito centavos).

R$ 1.044,48 (um mil e quarenta e quatro reais e quarenta e oito centavos) - aos mecânicos de
concessionárias e de comércio de autopeças, açougueiros, padeiros.

DISPOSIÇÕES GERAIS
REGRAS PARA A NEGOCIAÇÃO

CLÁUSULA TRIGÉSIMA NONA - DA RENEGOCIAÇÃO

As mudanças determinadas na política econômica e salarial, por parte do Governo Federal, ensejarão a
renegociação dos termos deste instrumento normativo, no que se referem às cláusulas que forem atingidas
por tais mudanças.

MECANISMOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA - DAS COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA INTERSINDICAL

Ficam mantidas as Comissões de Conciliação Prévia Intersindical criadas através de aditivo à CCT
2000/2001, firmado em 17/10/2000, até que sejam dissolvidas, por meio de aditivo a Convenção Coletiva de
Trabalho.

PARÁGRAFO ÚNICO - O termo de quitação anual de obrigações trabalhistas, CLT Art. 507-B, será firmado
perante a Comissão de Conciliação Previa Intersindical nas cidades onde as mesmas estejam instaladas,
sendo que para tanto, a empresa deverá apresentar as contribuições devidas aos sindicatos Patronais e
Laborais quitadas.

DESCUMPRIMENTO DO INSTRUMENTO COLETIVO

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA PRIMEIRA - DA VIOLAÇÃO DA PRESENTE

Os empregadores ou empregados que violarem os dispositivos da presente Convenção Coletiva de


Trabalho ficam sujeitos à multa equivalente a R$ 250,00 (duzentos e cinquenta reais) por infração,
revertido tal valor em favor da parte prejudicada.

OUTRAS DISPOSIÇÕES

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA SEGUNDA - DO FORO E COMPETÊNCIA

Todas as controvérsias decorrentes da presente convenção coletiva, ao que concerne a cobrança de


Mensalidades Associativas, Contribuições Sindicais, Assistenciais e Confederativas ou direitos patrimoniais,
ou ainda da Cláusula Quadragésima desta presente Convenção (Multa), de sua execução e liquidação,
serão resolvidas, em definitivo, nos termos do Regulamento das Câmaras de Conciliação Mediação e
Arbitragem, CNPJ: 03.410.681/0001-54, com sede na Cidade de Palmas, estado do Tocantins, ou outra

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escolhidas em aditivo a esta convenção e registrado no MTE, por um ou mais árbitros nomeados na
conformidade do regulamento das mesmas, com a devida chancela dos respectivos Sindicatos.

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA TERCEIRA - PUBLICIDADE DA CCT

Fica estabelecido, que as partes promoverão ampla publicidade dos termos desta convenção.

E por estarem assim justos e convencionados, firmam a presente em tantas vias quantas necessárias,
determinando-se ainda de comum acordo, que seja encaminhada à SRT Superintendência Regional do
Trabalho no Tocantins, para depósito, registro e arquivo.

ADANEIJELA DOURADO DA SILVA


PRESIDENTE
SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMERCIO ESTADO TOCANTINS

CARLOS MAGNO REIS GOMES


PRESIDENTE
SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMERCIO DE PORTO NACIONA T

JOSE LUIZ ALVES DA COSTA


PRESIDENTE
SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMERCIO DE GURUPI E REGIAO

ITELVINO PISONI
PRESIDENTE
FEDERACAO DO COMERCIO DE BENS, DE SERVICOS E TURISMO DO ESTADO DO TOCANTINS

ANEXOS
ANEXO I - ATA ASSEMBLEIA CCT SECOMPN

Anexo (PDF)Anexo (PDF)Anexo (PDF)Anexo (PDF)Anexo (PDF)Anexo (PDF)Anexo (PDF)Anexo


(PDF)Anexo (PDF)Anexo (PDF)Anexo (PDF)Anexo (PDF)Anexo (PDF)Anexo (PDF)Anexo (PDF)Anexo
(PDF)

ANEXO II - ATA ASSEMBLEIA SECGURUPI

Anexo (PDF)

ANEXO III - ATAS ASSEMBLEIAS SECETO

Anexo (PDF)Anexo (PDF)Anexo (PDF)

A autenticidade deste documento poderá ser confirmada na página do Ministério do Trabalho e Emprego
na Internet, no endereço http://www.mte.gov.br.

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Número do documento: 23061314384013400000035727089
NÚMERO DE REGISTRO NO MTE: TO000095/2019
DATA DE REGISTRO NO MTE: 10/12/2019 Fls.: 821
NÚMERO DA SOLICITAÇÃO: MR070685/2019
NÚMERO DO PROCESSO: 10169.102128/2019-66
autenticidade: http://www3.mte.gov.br/sistemas/mediador/.

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Número do documento: 23061314384202400000035727091
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Fls.: 838

CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2021/2023

NÚMERO DE REGISTRO NO MTE: TO000121/2021


DATA DE REGISTRO NO MTE: 26/11/2021
NÚMERO DA SOLICITAÇÃO: MR061613/2021
NÚMERO DO PROCESSO: 10169.100638/2021-13
DATA DO PROTOCOLO: 19/11/2021

Confira a autenticidade no endereço http://www3.mte.gov.br/sistemas/mediador/.

FEDERACAO DO COMERCIO DE BENS, DE SERVICOS E TURISMO DO ESTADO DO TOCANTINS,


CNPJ n. 37.344.793/0001-76, neste ato representado(a) por seu ;

SINDICATO DO COMERCIO VAREJISTA DO ESTADO DO TOCANTINS - SICOVAR, CNPJ n.


25.042.185/0001-28, neste ato representado(a) por seu ;

SIND DO COMERCIO VAREJISTA DE PRODUTOS FARMACEUTICOS, CNPJ n. 25.042.938/0001-03,


neste ato representado(a) por seu ;

SIND COM VAR MAQ EQUI PECAS ACES P USO AGRO E TO, CNPJ n. 37.344.785/0001-20, neste ato
representado(a) por seu ;

SINDICATO DO COM ATAC DE PDR ALIM DE BEB DO EST DO TO, CNPJ n. 25.063.447/0001-30, neste
ato representado(a) por seu ;

SINDICATO DO COMERCIO DE GENEROS ALIMENTICIOS DO ESTADO DO TOCANTINS, CNPJ n.


37.344.900/0001-66, neste ato representado(a) por seu ;

SINDICATO DO COM VAR MAT ELETRI E ELETRO DO EST DO TO, CNPJ n. 25.063.512/0001-28, neste
ato representado(a) por seu ;

SINDICATO DO COM VAR MOV ART DE COLCH TAP DEC DO EST TO, CNPJ n. 25.063.504/0001-81,
neste ato representado(a) por seu ;

SINDICATO DO COM VARE DE VEIC PECAS E ACES DO EST DO TO, CNPJ n. 25.063.470/0001-25,
neste ato representado(a) por seu ;

SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMERCIO ESTADO TOCANTINS, CNPJ n. 25.061.524/0001-13,


neste ato representado(a) por seu ;

SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMERCIO DE PORTO NACIONA T, CNPJ n. 26.751.719/0001-58,


neste ato representado(a) por seu ;

SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMERCIO DE GURUPI E REGIAO, CNPJ n. 00.003.624/0001-62,


neste ato representado(a) por seu ;

celebram a presente CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO, estipulando as condições de trabalho


previstas nas cláusulas seguintes:

CLÁUSULA PRIMEIRA - VIGÊNCIA E DATA-BASE

As partes fixam a vigência da presente Convenção Coletiva de Trabalho no período de 01º de novembro de
2021 a 31 de outubro de 2023 e a data-base da categoria em 01º de novembro.

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - d911f34
Fls.: 839

CLÁUSULA SEGUNDA - ABRANGÊNCIA

A presente Convenção Coletiva de Trabalho abrangerá a(s) categoria(s) Empregados no Comércio em


todo o Estado do Tocantins, com abrangência territorial em TO.

Salários, Reajustes e Pagamento

Piso Salarial

CLÁUSULA TERCEIRA - PISO SALARIAL

O piso da categoria a partir de 1º de novembro de 2021, será de R$ 1.254,64 (Mil duzentos e cinquenta e
quatro reais e sessenta e quatro centavos).

Reajustes/Correções Salariais

CLÁUSULA QUARTA - REAJUSTE SALARIAL

Os salários fixos dos empregados do comércio em toda jurisdição dos Sindicatos convenentes serão
reajustados a partir de 1º de novembro de 2021 em 11% (onze por cento) sobre os salários vigentes em
novembro de 2020.

PARÁGRAFO PRIMEIRO - Os empregados admitidos após o mês de novembro de 2020, terão seus salários
reajustados proporcionalmente ao número de meses, a contar da data de admissão, observando-se o
princípio de isonomia salarial.

PARÁGRAFO SEGUNDO - É obrigatório o reajuste da parte fixa do empregado comissionista, exercente ou


não da função de vendas, de acordo com o art. 7º da Lei 6.708/79.

PARÁGRAFO TERCEIRO - Na data-base de 2022, nas cláusulas econômicas será aplicado reajuste no
índice do INPC acumulado dos 12 últimos meses.

Outras normas referentes a salários, reajustes, pagamentos e critérios para cálculo

CLÁUSULA QUINTA - DA IRREDUTIBILIDADE DAS VANTAGENS

O reajuste salarial, bem como as normas constantes nesta Convenção não poderão, em caso algum, motivar
redução ou supressão de salários, quotas ou prêmios, ficando mantidos os percentuais pagos anteriormente
de forma espontânea.

Gratificações, Adicionais, Auxílios e Outros

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13º Salário

CLÁUSULA SEXTA - CÁLCULOS DAS PARCELAS TRABALHISTAS

Para efeito de pagamento de férias, 13º salário, aviso prévio indenizado, licença prêmio e rescisão contratual
dos empregados que percebem salários de parte fixa e variável, os cálculos serão feitos pela média das
comissões, DSR e horas extras dos últimos 06 (seis) meses, ou dos meses trabalhados, caso o período seja
inferior a 06 (seis) meses.

Gratificação de Função

CLÁUSULA SÉTIMA - ADICIONAL PARA O CAIXA

O empregado exercente da função de caixa, fiscal de caixa, responsável pela tesouraria ou encarregado da
contagem de féria diária, fará jus a uma gratificação mensal correspondente a R$ 183,52 (cento e oitenta e
três reais e cinquenta e dois centavos).

PARÁGRAFO PRIMEIRO - O empregado exercente da função de caixa, fiscal de caixa, responsável pela
tesouraria ou encarregado da contagem de féria diária, só fará jus a gratificação enquanto exercer a respectiva
função.

PARÁGRAFO SEGUNDO - A conferência dos valores em caixa será feita na presença do operador
responsável pelo caixa, sendo que quando este for impedido pela empresa de acompanhar a conferência, o
mesmo ficará isento de quaisquer responsabilidades.

Adicional de Hora-Extra

CLÁUSULA OITAVA - HORAS EXTRAS

As horas extras de todos os empregados no comércio serão remuneradas com 50% (cinquenta por cento) de
acréscimo sobre o valor da hora normal, quando laboradas nos dias úteis e com adicional de 100% (cem por
cento) quando laboradas em domingos e feriados, com a observância dos casos especiais disciplinados na
Cláusula Vigésima Quinta deste instrumento.

CLÁUSULA NONA - COMPENSAÇÃO DE HORAS EXTRAS

A empresa poderá fazer acordo de compensação de horário, respeitando o limite máximo de 10 (dez) horas
diárias, de forma que o excesso de horas de um dia seja compensado pela correspondente diminuição em
outro dia, de maneira que não exceda o período máximo de 60 (sessenta dias).

PARÁGRAFO PRIMEIRO - Na hipótese de ultrapassar o prazo descrito no caput deste artigo ou na hipótese
de rescisão de contrato de trabalho sem a compensação integral da jornada extraordinária, na forma desta

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cláusula, fará o trabalhador jus ao recebimento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor
da remuneração na data da rescisão.

PARÁGRAFO SEGUNDO – A compensação de horas na modalidade BANCO DE HORAS deverá ser


negociada com o sindicato dos trabalhadores por escrito, desde que a compensação ocorra no período
máximo de 06 meses (seis meses).

Adicional de Tempo de Serviço

CLÁUSULA DÉCIMA - ADICIONAL DE TEMPO DE SERVIÇO

Além dos reajustes das cláusulas 3ª, 4ª, 7ª e 11ª, sobre a parte fixa dos salários dos empregados haverá os
seguintes adicionais:

1. 4% (quatro por cento) aos empregados que venham a completar mais de 03 (três) anos de serviços
na mesma empresa;
2. 6% (seis por cento) aos empregados que venham a completar mais de 05 (cinco) anos de serviços
na mesma empresa;
3. 8% (oito por cento) aos empregados que venham a completar mais de 07 (sete) anos de serviços na
mesma empresa.

PARÁGRAFO ÚNICO - Os benefícios desta cláusula não poderão ser deferidos cumulativamente.

Comissões

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA - DOS COMISSIONADOS

Aos vendedores, balconistas, demonstradores e comissionados em geral é assegurado um salário fixo na


importância equivalente ao piso mínimo convencionado na Cláusula 3ª no valor de R$ 1.254,54 (mil duzentos
e cinquenta e quatro reais e cinquenta e quatro centavos), vigente em cada mês, (+) mais comissão a ser
negociada entre as partes, anotada na CTPS.

PARÁGRAFO PRIMEIRO – Fica assegurado aos empregados que recebem salário fixo (+) mais comissões,
que o somatório destas parcelas não poderá ser inferior R$ 1.322,54 (mil trezentos e vinte e dois reais e
cinquenta e quatro centavos).

PARÁGRAFO SEGUNDO – Aos mecânicos de concessionárias e de comércio de autopeças, aos


açougueiros e padeiros, é assegurado o piso mínimo mensal no valor de R$ 1.322,54 (mil trezentos e vinte
e dois reais e cinquenta e quatro centavos).

CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA - ADIANTAMENTO SALARIAL

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Fica facultado ao empregador o pagamento de adiantamento de 40% (quarenta por cento) da remuneração
mensal, incluindo-se os acréscimos decorrentes dos adicionais, quando devido, até o dia 20 (vinte) de cada
mês, ressalvando-se as condições mais favoráveis já praticadas.

Auxílio Transporte

CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA - VALE TRANSPORTE

A empresa fica obrigada a fornecer vale-transporte a seus empregados, obedecendo aos preceitos da Lei nº
7.418 de 16/12/85, Lei nº 7.619 de 30/09/87 e Decreto nº 95.247 de 17/11/87.

Contrato de Trabalho – Admissão, Demissão, Modalidades

Normas para Admissão/Contratação

CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA - RESCISÃO CONTRATUAL

Fica facultado ao empregador o comparecimento ao sindicato Laboral para o pagamento das verbas
rescisórias e para a homologação do TRCT, bem como para a entrega das guias do Seguro Desemprego e
os demais documentos para o saque do FGTS, devendo atender ao prazo legal, sob pena de pagamento pelo
empregador da multa estabelecida no § 8º do artigo 477 da CLT. O pagamento das verbas rescisórias poderá
ser em dinheiro, cheque visado ou administrativo, e depósito bancário ou ordem de pagamento em nome do
empregado, desde que o valor correspondente esteja comprovadamente disponível para saque no ato da
homologação. Em se tratando de empregado menor de idade ou analfabeto, o pagamento somente poderá
ser em dinheiro.

PARÁGRAFO ÚNICO – A homologação do TRCT bem como do recibo de quitação das verbas trabalhistas,
possuem eficácia liberatória das parcelas neles especificadas, excetuadas as parcelas expressamente
ressalvadas, somente quando forem realizadas e emitidas pelos Sindicatos laborais.

Desligamento/Demissão

CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA - DISPENSA COM JUSTA CAUSA

Em caso de dispensa com justa causa, fica obrigado o empregador a fornecer por escrito ao empregado o
motivo com o seu devido enquadramento disposto na CLT, sob pena de, por presunção, ser considerada
dispensa sem justa causa.

PARAGRAFO ÚNICO - O empregado dispensado com justa causa não perderá o direito as férias vencidas
e/ou proporcionais, acrescidas do terço constitucional.

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Aviso Prévio

CLÁUSULA DÉCIMA SEXTA - DO AVISO PRÉVIO

Quando, no decorrer do aviso prévio dado pelo empregador, o empregado comprovar já ter conseguido outro
emprego, fica dispensado do cumprimento do mesmo, sem ônus para as partes, devendo a rescisão ser feita
dentro dos prazos estipulados no art. 477 da CLT.

PARÁGRAFO PRIMEIRO - A empresa comunicará por escrito a data, o local e horário em que o empregado
deverá comparecer para o exame médico demissional, para o acerto do TRCT (termo de rescisão de contrato
de trabalho), o qual deverá ser entregue até 10 (dez) dias antes do final do aviso prévio.

PARÁGRAFO SEGUNDO - Quando o aviso prévio for indenizado, o empregador fará constar esta condição
nas anotações gerais da CTPS, para que o empregado possa fazer prova junto ao MTE e INSS.

PARÁGRÁFO TERCEIRO - O aviso prévio só poderá ser dado em duas modalidades: para ser cumprido
trabalhando ou para ser indenizado, devendo o empregador anotar no aviso prévio a modalidade escolhida,
não se admitindo o cumprimento em seu domicilio.

PARÁGRAFO QUARTO - Durante o aviso prévio dado por qualquer das partes, salvo no caso de reversão
ao cargo anterior por exercente de cargo de confiança, ficam vedadas alterações nas condições de trabalho,
sob pena de rescisão imediata do contrato, respondendo o empregador pelo pagamento do restante do aviso
prévio.

PARÁGRAFO QUINTO – Quando o aviso prévio trabalhado for dado pelo empregador e o trabalhador tiver
1 (um) ano ou mais de serviço na empresa, este irá trabalhar apenas os 30 (trinta) primeiros dias e a empresa
indenizará o restante dos dias conforme proporcionalidade do aviso prévio, respeitando o limite previsto na
Lei nº 12.506, de 11 de outubro de 2011. Em caso de pedido de demissão, o trabalhador cumprirá ou
indenizará apenas os 30 (trinta) dias do aviso prévio.

Outras normas referentes a admissão, demissão e modalidades de contratação

CLÁUSULA DÉCIMA SÉTIMA - ANOTAÇÕES NA CTPS/COMPROVANTES DE SALÁRIO

O empregador se obriga a anotar na Carteira de Trabalho do Empregado: a função exercida, os percentuais


de comissão, adicionais de tempo de serviço, gratificação de função, salário fixo e a fornecer obrigatoriamente
comprovante de pagamento de salários, com discriminação de todos os valores pagos e descontados,
contendo a identificação da empresa, do empregado e o valor do depósito do FGTS.

CLÁUSULA DÉCIMA OITAVA - TRABALHADOR SUBSTITUTO

Nas substituições temporárias superiores a 15 (quinze) dias, o substituto fará jus à diferença salarial existente
entre ele e o substituído, a título de gratificação de função, até o último dia que perdurar a substituição.

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PARÁGRAFO ÚNICO - Terminada a substituição deixará de existir a obrigatoriedade do pagamento da


referida gratificação por função, não implicando em redução salarial.

Relações de Trabalho – Condições de Trabalho, Normas de Pessoal e Estabilidades

Estabilidade Portadores Doença Não Profissional

CLÁUSULA DÉCIMA NONA - DO TRABALHADOR AFASTADO POR MOTIVO DE AUXÍLIO DOENÇA

Fica assegurada a estabilidade provisória de 30 (trinta) dias a contar da data do retorno ao trabalho ao
empregado afastado por motivo de auxílio-doença.

PARÁGRAFO ÚNICO - Os exames admissionais periódicos e demissionais serão obrigatórios e


exclusivamente por conta do empregador.

Estabilidade Aposentadoria

CLÁUSULA VIGÉSIMA - EMPREGADO QUE SE APOSENTA

O empregador concederá um abono equivalente ao valor de 01(um) salário mínimo vigente ao empregado
que se aposentar por tempo de serviço, por invalidez ou idade.

Outras normas referentes a condições para o exercício do trabalho

CLÁUSULA VIGÉSIMA PRIMEIRA - DO BENEFÍCIO SOCIAL

A entidade sindical prestará indistintamente a todos os trabalhadores subordinados a esta Convenção


Coletiva de Trabalho, benefícios sociais em caso de: nascimento de filho, acidente, enfermidade,
aposentadoria, incapacitação permanente ou falecimento, conforme tabela de benefícios definida pelos
sindicatos e discriminada no Manual de Orientação e Regras, por meio de organização gestora especializada
e aprovada pelas entidades sindicais convenentes.

PARÁGRAFO PRIMEIRO - A prestação dos benefícios iniciará a partir de 01/novembro/2021, na forma,


valores, parcelas, requisitos, beneficiários, penalidades e tabela de benefícios definida no Manual de
Orientação e Regras, registrado em cartório, parte integrante desta cláusula.

PARÁGRAFO SEGUNDO - Para efetiva viabilidade financeira deste benefício e com o expresso
consentimento da entidade sindical profissional, a empresa, compulsoriamente, a título de contribuição social,
recolherá até o dia 10 (dez) de cada mês e a partir de 10/novembro/2021, o valor total R$ 20,00 (vinte
reais)por trabalhador que possua, exclusivamente, por meio de boleto disponibilizado pela gestora no site
www.beneficiosocial.com.br

PARÁGRAFO TERCEIRO - Em caso de afastamento de empregado, por motivo de doença ou acidente, o


empregador manterá o recolhimento por até 12 (doze) meses. Caso o afastamento do empregado seja por

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período superior a 12 (doze) meses, o empregador fica desobrigado ao recolhimento desta contribuição a
partir do décimo terceiro mês, ficando garantido ao empregado todos os benefícios previstos nesta cláusula,
até seu efetivo retorno ao trabalho, quando então o empregador retomará o recolhimento relativo ao
trabalhador afastado.

PARÁGRAFO QUARTO - O nascimento, óbito ou evento que possa provocar a incapacitação permanente
para o trabalho, por perda ou redução de sua aptidão física, deverá ser comunicado formalmente à gestora,
no prazo máximo e improrrogável de 90 (noventa) dias da ocorrência, pelo site www.beneficiosocial.com.br

PARÁGRAFO QUINTO - O empregador que por ocasião do nascimento, de fato causador da incapacitação
permanente ou falecimento, estiver inadimplente por falta de pagamento, efetuar recolhimento por valor
inferior ao devido, ou comunicar o evento após o prazo de 90 (noventa) dias, reembolsará a gestora o valor
total dos benefícios a serem prestados e responderá perante o empregado ou a seus dependentes, a título
de multa, o dobro do valor dos benefícios. Caso o empregador regularize sua situação no prazo de até 15
(quinze) dias corridos, após o recebimento da comunicação formal feita pela gestora, ficará isento de
quaisquer responsabilidades descritas no item "6" do Manual de Orientação e Regras.

PARÁGRAFO SEXTO - Caso haja, planilhas de custos e editais de licitações, deverá constar a provisão
financeira para cumprimento do Benefício Social Familiar, para preservar o patrimônio jurídico dos
trabalhadores, em consonância com o Artigo 444 da CLT. Mensalmente, estará disponível no site da Gestora
um novo Certificado de Regularidade o qual deverá ser apresentado ao contratante quando solicitado e ao
homologador quando das rescisões trabalhistas.

PARÁGRAFO SÉTIMO - O presente serviço social não tem natureza salarial, por não constituir em
contraprestação de serviços, tendo caráter compulsório e ser eminentemente assistencial.

CLÁUSULA VIGÉSIMA SEGUNDA - DESCONTOS DE PREJUÍZOS

Fica vedado ao empregador descontar dos salários dos empregados, os prejuízos decorrentes de
recebimentos de cheques sem provisão de fundos ou outra modalidade de pagamentos, previamente vistados
pelo responsável da empresa ou preposto; de mercadorias expostas, deterioradas ou vencidas, ou casos
análogos, além de eventuais diferenças de estoque; salvo na ocorrência de culpa ou dolo do empregado ou
inobservância do regulamento da empresa.

PARÁGRAFO ÚNICO - A inobservância do disposto nesta cláusula sujeitará o empregador a ressarcir o


empregado, o valor equivalente ao descontado, com acréscimos legais da data do desconto.

Jornada de Trabalho – Duração, Distribuição, Controle, Faltas

Duração e Horário

CLÁUSULA VIGÉSIMA TERCEIRA - DO PERÍODO NATALINO

Os empregados do comércio poderão trabalhar no período que compreende os dias 16 a 24/12/2021 e 15 a


24/12/2022- até às 22h; mediante remuneração de horas extras a base de 50% (cinquenta por cento) da hora
normal, sendo neste caso obrigatório o cumprimento do disposto nos artigos 59 da CLT. Excepcionalmente
nos dias 19/12/2021 e 18/12/2022, por se tratarem de domingo, fica facultado ao empregado o seu

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comparecimento, desde que comunique com antecedência, sendo as horas extras acrescidas em 100% (cem
por cento) sobre o valor da hora normal.

PARÁGRAFO ÚNICO - O empregador no período em que se trata esta cláusula, após a jornada normal,
fornecerão obrigatoriamente lanche (refeição) ao empregado, ou pagar-lhe-á a importância equivalente a
3,5% (três vírgulas cinco por cento) do piso mínimo vigente no mês.

Intervalos para Descanso

CLÁUSULA VIGÉSIMA QUARTA - INTERVALO INTRAJORNADA

Faculta-se ao empregador, de comum acordo com o empregado, adotar o intervalo de 30 (trinta) minutos para
jornadas superiores a 6 (seis) horas diárias, conforme artigo 611-A, inciso III, da CLT.

Descanso Semanal

CLÁUSULA VIGÉSIMA QUINTA - DO REPOUSO SEMANAL

Os estabelecimentos dos ramos de: supermercados, farmácias, drogarias e similares, atividades essenciais
para a sociedade, poderão utilizar a mão-de-obra do empregado aos domingos, desde que garantam ao
empregado uma folga posterior durante a semana laborada, sendo pelo menos um domingo de folga por mês,
mediante acordo com a assistência do Sindicato Laboral.

Controle da Jornada

CLÁUSULA VIGÉSIMA SEXTA - DO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DO COMÉRCIO

O horário de abertura e fechamento do comércio será de acordo com o Código de Postura de cada município.

PARÁGRAFO PRIMEIRO - Fica proibida a abertura do comércio em geral nos seguintes feriados (Com base
no Artigo 6-A da lei Nº 11.603, de 5 de dezembro de 2007).

2 de novembro (Finados);

15 de novembro (Proclamação da República);

25 de dezembro (Natal);

1º de janeiro (Confraternização Universal);

Paixão de Cristo;

21 de abril (Tiradentes);

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1º de maio (Dia Mundial do Trabalho);

7 de setembro (Independência do Brasil);

5 de outubro (Criação do Estado do Tocantins);

E a data em que se comemora o aniversário de cada cidade.

PARÁGRAFO SEGUNDO – Fica facultada a abertura do comércio em geral nos demais feriados municipais
e no dia 12 de outubro, com as obrigações a seguir detalhadas:

1 – Demais feriados municipais

As horas laboradas devem ser pagas com acréscimo de 100% (cem por cento), ou compensadas em dobro
em até 60 dias, mediante acordo entre empregado e empregador.

2 – 12 de outubro (Padroeira do Brasil)

A jornada do trabalhador deve ser limitada em 6 (seis) horas diárias, sendo que estas horas deverão ser
pagas em 100 % e discriminadas nos contracheques ou compensadas em dobro em até 60 dias, mediante
acordo entre empregado e empregador.

PARÁGRAFO TERCEIRO – Fica permitido o trabalho no comércio em geral nas seguintes datas
comemorativas com a obrigação do pagamento de horas extras somente após o período normal de trabalho:

1 – 01 de março de 2022 e 21 de fevereiro de 2023 (terça-feira de carnaval);

2 – 16 de junho de 2022 e 08 de junho de 2023 (Corpus Christi);

3 – 8 de setembro (Nossa Senhora da Natividade, Padroeira do Estado do Tocantins)

PARÁGRAFO QUARTO – As empresas do comércio em geral instaladas em shopping centers:

1 – Fica proibida a abertura nos seguintes feriados:

25 de dezembro (Natal);

1º de janeiro (Confraternização universal);

1º de maio (Dia mundial do trabalho)

2 – Fica facultada a abertura nos demais feriados, sendo que a jornada do trabalhador deve ser limitada em
6 (seis) horas diárias, devendo estas serem pagas em dobro e discriminadas nos contracheques, ou
compensadas em dobro em até 60 dias, mediante acordo entre empregado e empregador.

PRÁGRAFO QUINTO – As empresas do comércio de gêneros alimentícios:

1 – Fica proibida a abertura nos seguintes feriados:

25 de dezembro (Natal);

1º de janeiro (Confraternização universal);

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1º de maio (Dia mundial do trabalho)

2 – Fica facultada a abertura nos demais feriados, sendo que as horas trabalhadas deverão ser pagas em
dobro e discriminadas nos contracheques, ou compensadas em dobro em até 60 dias, mediante acordo entre
empregado e empregador.

Faltas

CLÁUSULA VIGÉSIMA SÉTIMA - EXAME VESTIBULAR

O empregado que se submeter a exame de vestibular ou Enem terá abonada a falta nos dias de exame,
desde que comprove o seu comparecimento no certame, tendo a obrigação de avisar a empresa com 05
(cinco) dias de antecedência.

Férias e Licenças

Licença Remunerada

CLÁUSULA VIGÉSIMA OITAVA - LICENÇA PRÊMIO

A empresa concederá licença prêmio remunerada de 30 (trinta) dias aos empregados, a cada 10 (dez) anos
de serviços prestados na empresa, calculada na forma da cláusula 6ª, licença esta que será concedida no
prazo de até 90 (noventa) dias da data em que se completa o período de dez anos.

PARÁGRAFO ÚNICO - Mediante acordo entre empregado e empregador a mesma poderá ser indenizada,
devendo o acordo ter assistência do Sindicato dos Empregados.

Outras disposições sobre férias e licenças

CLÁUSULA VIGÉSIMA NONA - LICENÇA PATERNIDADE

A licença paternidade será de 05 (cinco) dias corridos, conforme disposto no art. 10 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias.

CLÁUSULA TRIGÉSIMA - DIA DO COMERCIÁRIO

Fica acordado que o dia do Comerciário (30 de outubro), conforme estabelecido pela Lei nº 12.790/2013, será
comemorado por cada trabalhador com uma folga no dia de seu aniversário, ou em outro dia útil de trabalho

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dentro do referido mês (mês do dia do aniversário), ou receber como horas trabalhadas em dobro e
discriminadas nos contracheques no referido mês, de comum acordo entre Empregado e Empregador.

PARAGRAFO UNICO: A empresa que preferir, poderá mudar a data da comemoração do dia do comerciário
para o dia 28 de fevereiro de 2022 e 20 de fevereiro de 2023, segundas feiras de carnaval.

Saúde e Segurança do Trabalhador

Condições de Ambiente de Trabalho

CLÁUSULA TRIGÉSIMA PRIMEIRA - ASSENTO NO TRABALHO

Aos vendedores em geral é assegurado o direito de uso de assento no local de trabalho, colocado pela
empresa como previsto em lei.

Uniforme

CLÁUSULA TRIGÉSIMA SEGUNDA - DO UNIFORME

Quando o empregador exigir expressamente o uso de uniformes, entendido como tal vestuário padrão (com
ou sem emblemas), bem como equipamentos necessários ao exercício da atividade, este fica obrigado a
fornecê-los gratuitamente.

PARÁGRAFO ÚNICO - O uniforme e outros equipamentos obrigatórios ao exercício regular da atividade


serão fornecidos pelo empregador mediante comprovante de fornecimento discriminado e com cópia para o
empregado, sendo os mesmos de propriedade do empregador, estando o empregado obrigado a mantê-lo
sob sua guarda e a devolvê-lo na situação em que se encontrarem, sempre que solicitados.

Outras Normas de Proteção ao Acidentado ou Doente

CLÁUSULA TRIGÉSIMA TERCEIRA - ACOMPANHAMENTO DE FILHO

Terá caráter de falta justificada, a ausência da empregada ao trabalho quando se der em virtude do
acompanhamento do filho, com até 14 anos ou portador de necessidades especiais, em consultas médicas,
odontológicas mediante apresentação de atestado médico.

PARÁGRAFO PRIMEIRO – Terá falta justificada de até 15 dias, a empregada que acompanhar a internação
hospitalar do filho menor de 14 anos ou portador de necessidades especiais, mediante apresentação de
atestado médico.

PARÁGRAFO SEGUNDO - A garantia desta cláusula aplicar-se-á ao empregado viúvo, separado ou


divorciado que detenha a guarda de seus filhos.

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PARÁGRAFO TERCEIRO - As empregadas que estejam amamentando o filho até que este complete 06
(seis) meses de idade, terá direito, durante a jornada de trabalho, a dois intervalos especiais (de meia hora
cada um) para amamentar o filho, sem prejuízo do intervalo para refeição e descanso.

Relações Sindicais

Representante Sindical

CLÁUSULA TRIGÉSIMA QUARTA - DIRIGENTES SINDICAIS

Fica estabelecido que os membros efetivos da Diretoria do Sindicato não poderão sofrer prejuízo salarial por
falta ao serviço quando convocados para realização de Convenção Coletiva de Trabalho desta categoria e
um congresso por ano, cabendo a empresa abonar as suas faltas, desde que o Sindicato comunique com
antecedência mínima de 10 (dez) dias, e que não ultrapasse a um empregado por empresa.

PARÁGRAFO PRIMEIRO - É assegurado ao empregado eleito para o cargo de diretor sindical, o livre
exercício de suas funções, sendo vedada sua transferência para lugar que lhe torne impossível o exercício
de suas atribuições sindicais.

PARÁGRAFO SEGUNDO - Fica facultado a empresa permitir a divulgação em quadro ou mural, com acesso
aos empregados, a publicação de editais, comunicados, notícias sindicais, editados pelos sindicatos
convenentes.

Contribuições Sindicais

CLÁUSULA TRIGÉSIMA QUINTA - CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL LABORAL

Por deliberação das Assembleias Gerais Extraordinárias do SECETO, SECGURUPI E SECOM-PN, as


empresas estão autorizadas a descontar da remuneração bruta de todos os seus empregados comerciários,
em função da participação da entidade sindical na formulação da presente Norma Coletiva, a importância
correspondente a 10% (dez por cento), à título de CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL/ NEGOCIAL; sendo 5%
(cinco por cento) sobre o total bruto da remuneração do mês novembro/2021/2022 e 5% (cinco por cento)
sobre o total bruto da remuneração do mês de maio/2022/2023, fica limitado o teto máximo de desconto em
R$145,00 (cento e quarenta e cinco reais), independente da remuneração do trabalhador, cuja verba será
destinada ao custeio do funcionamento dos Sindicatos, de acordo com as necessidades da categoria.

PARÁGRAFO PRIMEIRO - Os descontos previstos nesta cláusula deverão ser recolhidos até o dia
10/12/2021/2022 e 10/06/2022/2023 em guias próprias fornecidas pelos sindicatos, nas agências da Caixa
Econômica Federal ou agências Lotéricas, sob pena de sanções legais; sendo que deste valor, o Sindicato
repassará 11% a FETRACOM–GO/TO.

PARÁGRAFO SEGUNDO - Os empregados que não estiverem trabalhando nos meses destinados aos
descontos, deverão ter o desconto efetuado no primeiro mês seguinte ao do reinício do trabalho, procedendo-
se o recolhimento até o décimo dia do mês subsequente.

PARÁGRAFO TERCEIRO - Os empregados admitidos após abril/2022, estão sujeitos apenas ao desconto
da segunda parcela, obedecendo-se os prazos previstos nos parágrafos anteriores.

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PARÁGRAFO QUARTO - O recolhimento efetuado fora dos prazos previstos obrigará ao empregador pagar
uma multa de 2% (dois por cento) e juros de mora de 1% (um por cento) ao mês ou fração.

PARÁGRAFO QUINTO – Conforme Termo de Ajuste de Conduta nº 016/2021, firmado com o Ministério
Público do Trabalho no Estado do Tocantins, fica assegurado aos trabalhadores não filiados, o direito de
oposição ao desconto da CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL/NEGOCIAL prevista nesta cláusula, devendo tal
direito ser exercido no prazo de 20 (vinte) dias, contados a partir da vigência da Convenção Coletiva
(01.11.2021), ou da data de assinatura do referido instrumento coletivo, caso seja firmado após a data-base
da categoria. A manifestação de oposição deverá ser feita de próprio punho, de forma individual, protocolada
nas sedes dos respectivos Sindicatos Laborais, no horário das 8:00 às 12:00 horas de segunda à sexta-feira;
ou via correio com aviso de recebimento (AR) nas cidades onde os sindicatos têm extensão de base.

PARÁGRAFO SEXTO - As empresas abrangidas pela presente Convenção deverão encaminhar aos
sindicatos dos empregados, dentro do prazo de 15 (quinze) dias contado da data do recolhimento das
contribuições dos seus empregados, fotocópia da guia paga anexada à relação nominal dos empregados
contribuintes, indicando a função de cada um, o salário percebido no mês a que se corresponder à
contribuição e o respectivo valor descontado.

CLÁUSULA TRIGÉSIMA SEXTA - CONTRIBUIÇÃO ASSOCIATIVA LABORAL

A empresa se obriga a descontar em folha de pagamento dos empregados sindicalizados, desde que por eles
devidamente autorizadas, nos termos do artigo 545 da CLT, as mensalidades em favor do Sindicato dos
Empregados, quando por este notificadas, e que serão pagas diretamente ao Sindicato, através de pessoa
credenciada por este, a qual comparecerá à empresa para recebimento e quitação ou por meio de boleto
bancário, dentro de 5 (cinco) dias úteis após o desconto.

CLÁUSULA TRIGÉSIMA SÉTIMA - CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL PATRONAL

Objetivando garantir a continuidade da prestação de serviços e defesa dos interesses das classes
empresariais, as empresas cujo Sindicato Patronal representante da sua categoria econômica seja signatária
desta convenção, se obrigam a recolher ao respectivo Sindicato, a Contribuição Assistencial, conforme
prevista no artigo 513, alínea “e” da CLT e artigo 8º da Constituição Federal.

Parágrafo Primeiro - A Assembleia Geral de cada Sindicato, conforme previsto em seus estatutos e nos
dispositivos legais acima citados, fixou o valor de R$ 200,00 (duzentos reais) anual, a título de Contribuição
Assistencial a ser recolhido até dia 10 de janeiro de 2022/2023, podendo ser parcelado em até 10 (dez) vezes.

Parágrafo Segundo- Com o intuito de agilizar a gestão das empresas e otimizar os processos dos escritórios
de contabilidade, a contribuição prevista nesta cláusula poderá ser recolhida mediante a emissão do boleto
nos sites dos respectivos Sindicatos ou juntamente com o custeio mensal do plano Benefício Social Familiar
previsto na Cláusula 21 (Vigésima Primeira) da Convenção Coletiva de Trabalho 2021/2023, a qual será
disponibilizada por um sistema on-line no website: www.beneficiosocial.com.br

Outras disposições sobre relação entre sindicato e empresa

CLÁUSULA TRIGÉSIMA OITAVA - DO REGIME ESPECIAL DE PISO SALARIAL - REPIS

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - d911f34
Fls.: 852

Considerando a publicação da Lei nº 123/2006 que institui o SIMPLES NACIONAL, os sindicatos


convenentes vêm manter a regulamentação referente ao tratamento diferenciado e favorecido a ser
dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte da atividade de comércio de bens e serviços,
na região de representação dos subscritores deste Instrumento, no âmbito de piso salarial a ser aplicado aos
empregados. Fica estipulado o salário normativo REPIS para os empregados de microempresas (ME) e
empresas de pequeno porte (EPP), assim conceituadas na Lei Complementar nº 123/06, desde que cumprida
integralmente a jornada legal de trabalho e respeitadas todas as condições previstas nesta cláusula.

PARÁGRAFO PRIMEIRO - As empresas enquadradas no Simples Nacional, para poderem praticar os


valores estabelecidos no Parágrafo Terceiro desta Cláusula, deverão apresentar à Federação do Comercio
de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Tocantins os seguintes documentos:

I - cópia da última RAIS;

II – declaração atualizada dos empregados em exercício;

III- declaração de que estão atendendo integralmente a presente Convenção Coletiva de Trabalho;

IV – comprovação da condição de ME ou EPP;

V – comprovante(s) de recolhimento da contribuição assistencial patronal referente ao exercício.

PARÁGRAFO SEGUNDO - Preenchidos os requisitos do parágrafo 1º e incisos I, II, III, IV e V, as empresas


receberão da Fecomércio/TO, que atuará em nome de seus Sindicatos patronais filiados, com a devida
chancela dos sindicatos das categorias profissionais correspondente, CERTIDÃO DE ADESÃO AO REPIS,
que proporcionará a devida legalidade para o benefício do REPIS, tendo validade por 01 ano, devendo ser
renovada anualmente, o que lhe facultará, a prática dos salários normativos diferenciados conforme
especificados no parágrafo terceiro desta Cláusula.

PARÁGRAFO TERCEIRO – Para aos que aderirem ao REPIS o piso da categoria, a partir de 1º de
novembro de 2021, será de:

 R$ 1.216,84 (um mil duzentos e dezesseis reais e oitenta e quatro centavos) - aos vendedores,
balconistas, demonstradores e comissionados, sendo que aos empregados que recebem salário fixo
(+) mais comissões, o somatório destas parcelas não poderá ser inferior a R$ 1.284,82 (um mil
duzentos e oitenta e quatro reais e oitenta e dois centavos).
 R$ 1.284,82 (um mil duzentos e oitenta e quatro reais e oitenta e dois centavos). - aos mecânicos
de concessionárias e de comércio de autopeças, açougueiros, padeiros.

Disposições Gerais

Regras para a Negociação

CLÁUSULA TRIGÉSIMA NONA - DA RENEGOCIAÇÃO

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - d911f34
Fls.: 853

As mudanças determinadas na política econômica e salarial, por parte do Governo Federal, ensejarão a
renegociação dos termos deste instrumento normativo, no que se referem às cláusulas que forem atingidas
por tais mudanças.

Mecanismos de Solução de Conflitos

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA - DAS COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA INTERSINDICAL

Ficam mantidas as Comissões de Conciliação Prévia Intersindical criadas através de aditivo à CCT
2000/2001, firmado em 17/10/2000, até que sejam dissolvidas, por meio de aditivo a Convenção Coletiva de
Trabalho.

PARÁGRAFO ÚNICO - O termo de quitação anual de obrigações trabalhistas, CLT Art. 507-B, será firmado
perante a Comissão de Conciliação Previa Intersindical nas cidades onde as mesmas estejam instaladas,
na FECOMERCIO/TO, sendo que para tanto, a empresa deverá apresentar as contribuições devidas aos
sindicatos Patronais e Laborais quitadas.

Descumprimento do Instrumento Coletivo

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA PRIMEIRA - DA VIOLAÇÃO DA PRESENTE

O empregador ou empregados que violarem os dispositivos da presente Convenção Coletiva de Trabalho


ficam sujeitos à multa equivalente a R$ 250,00 (duzentos e cinquenta reais) por empregado, revertido tal
valor em favor da parte prejudicada.

Outras Disposições

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA SEGUNDA - PUBLICIDADE DA CCT

Fica estabelecido, que as partes promoverão ampla publicidade dos termos desta convenção.

E por estarem assim justos e convencionados, firmam a presente em tantas vias quantas necessárias,
determinando-se ainda de comum acordo, que seja encaminhada à SRT Superintendência Regional do
Trabalho no Tocantins, para depósito, registro e arquivo.

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA TERCEIRA - DO FORO E COMPETÊNCIA

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - d911f34
Fls.: 854

Todas as controvérsias decorrentes das Convenções Coletivas de Trabalho celebradas entre os Sindicatos
envolvidos que ainda não prescreveram, serão resolvidas, em definitivo, no foro da Justiça do Trabalho
competente.

ITELVINO PISONI
Presidente
FEDERACAO DO COMERCIO DE BENS, DE SERVICOS E TURISMO DO ESTADO DO
TOCANTINS

ITELVINO PISONI
Presidente
SINDICATO DO COMERCIO VAREJISTA DO ESTADO DO TOCANTINS - SICOVAR

DOMINGOS TAVARES DE SOUSA


Presidente
SIND DO COMERCIO VAREJISTA DE PRODUTOS FARMACEUTICOS

VALDEMIR DE SA
Presidente
SIND COM VAR MAQ EQUI PECAS ACES P USO AGRO E TO

WILIANS SANTOS FERREIRA


Presidente
SINDICATO DO COM ATAC DE PDR ALIM DE BEB DO EST DO TO

JOSE VICENTE FRANCO CASTROVIEJO


Presidente
SINDICATO DO COMERCIO DE GENEROS ALIMENTICIOS DO ESTADO DO TOCANTINS

RUBENS PEREIRA DA LUZ


Presidente
SINDICATO DO COM VAR MAT ELETRI E ELETRO DO EST DO TO

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - d911f34
Fls.: 855

ANSELMO JOSE MARTINS DA SILVA MORAIS


Presidente
SINDICATO DO COM VAR MOV ART DE COLCH TAP DEC DO EST TO

VICENTE DE PAULO RIBEIRO


Presidente
SINDICATO DO COM VARE DE VEIC PECAS E ACES DO EST DO TO

ADANEIJELA DOURADO DA SILVA


Presidente
SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMERCIO ESTADO TOCANTINS

CARLOS MAGNO REIS GOMES


Presidente
SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMERCIO DE PORTO NACIONA T

JOSE LUIZ ALVES DA COSTA


Presidente
SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMERCIO DE GURUPI E REGIAO

ANEXOS
ANEXO I - ATAS DE REUNIÃO PATRONAL

Anexo (PDF)Anexo (PDF)Anexo (PDF)Anexo (PDF)Anexo (PDF)Anexo (PDF)Anexo (PDF)Anexo


(PDF)Anexo (PDF)Anexo (PDF)Anexo (PDF)Anexo (PDF)Anexo (PDF)Anexo (PDF)

ANEXO II - ANEXO ATAS LABORAIS

Anexo (PDF)Anexo (PDF)Anexo (PDF)Anexo (PDF)

A autenticidade deste documento poderá ser confirmada na página do Ministério da Economia na


Internet, no endereço http://www.mte.gov.br.

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - d911f34
https://pje.trt10.jus.br/pjekz/validacao/23061314384343500000035727093?instancia=1
Número do documento: 23061314384343500000035727093
20/09/2022 11:23 Mediador - Extrato Convenção Coletiva Fls.: 856

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CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2021/2022

NÚMERO DE REGISTRO NO MTE: MA000063/2022


DATA DE REGISTRO NO MTE: 28/04/2022
NÚMERO DA SOLICITAÇÃO: MR005955/2022
NÚMERO DO PROCESSO: 14022.148107/2022-16
DATA DO PROTOCOLO: 11/04/2022

Confira a autenticidade no endereço http://www3.mte.gov.br/sistemas/mediador/.

SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMERCIO DE SAO LUIS , CNPJ n. 06.302.632/0001-96, neste ato
representado(a) por seu ;
 
E

FEDERACAO DO COMERCIO DE BENS, SERVICOS E TURISMO DO ESTADO DO MARANHAO, CNPJ


n. 06.052.757/0001-05, neste ato representado(a) por seu ;
 
SIND COM ATACAD DE DROGAS MED PERF COSMET ART TOUCAD EST MA SINDAMED, CNPJ n.
06.056.089/0001-94, neste ato representado(a) por seu ;
 
SINDICATO DO COM VAREJISTA DE MATERIAL ELETRICO E APARELHOS ELETRODOMESTICOS DE
SAO LUIS, CNPJ n. 06.790.299/0001-01, neste ato representado(a) por seu ;
 
SINDICATO DO COM VAREJ DOS JOALHEIROS E OTICAS DO ESTMA, CNPJ n. 00.705.286/0001-00,
neste ato representado(a) por seu ;
 
celebram
a
presente CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO,
estipulando as condições de trabalho
previstas nas cláusulas seguintes:

CLÁUSULA PRIMEIRA - VIGÊNCIA E DATA-BASE

As partes fixam a vigência da presente Convenção Coletiva de Trabalho no período de 01º de novembro de
2021 a 31 de outubro de 2022 e a data-base da categoria em 01º de novembro.

CLÁUSULA SEGUNDA - ABRANGÊNCIA

A presente Convenção Coletiva de Trabalho abrangerá a(s) categoria(s) do Comércio de bens, serviços e
Turismo, Comércio Atacadista de Drogas, Medicamentos, Perfumarias, Cosméticos e Artigos de
Toucador, Comércio Varejista de Material Elétrico e aparelhos eletrodomésticos e Comércio Varejista
dos Joalheiros e Óticas, legalmente representadas pelas Entidades convenentes, excluídas as
Categorias Econômicas e Profissionais diferenciadas, com abrangência territorial em São Luís/MA.

SALÁRIOS, REAJUSTES E PAGAMENTO

PISO SALARIAL

CLÁUSULA TERCEIRA - PISO SALARIAL

Fica estabelecido que a partir de 1º de fevereiro de 2022, nenhum Empregado abrangido pela presente
Convenção Coletiva de Trabalho, poderá ser admitido com salário inferior a R$ 1.389,38 (Hum Mil
Trezentos e Oitenta e Nove Reais e Trinta Oito Centavos).

Parágrafo Único – durante a vigência da presente Convenção Coletiva, o salário dos Empregados
integrantes da Categoria Profissional abrangida não poderá ser inferior ao salário mínimo acrescido de 10%
(dez por cento).
www3.mte.gov.br/sistemas/mediador/Resumo/ResumoVisualizar?NrSolicitacao=MR005955/2022 1/16

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 8d76bcf
20/09/2022 11:23 Mediador - Extrato Convenção Coletiva Fls.: 857

REAJUSTES/CORREÇÕES SALARIAIS

CLÁUSULA QUARTA - REAJUSTES/CORREÇÕES SALARIAIS

Os salários dos Empregados abrangidos pela presente Convenção Coletiva de Trabalho – CCT, que
percebem salários superiores ao Piso Salarial da Categoria, serão reajustados em 1º de fevereiro de 2022
aplicando-se o percentual de 11,00% (onze por cento), tomando por base para o cálculo do reajuste, os
salários do mês de novembro de 2020, já reajustados.

Parágrafo Primeiro – Os aumentos espontâneos ou decorrentes de antecipações, procedidos pelos


Empregadores no período de novembro/2020 a outubro/2021, serão compensados, excetuando-se os
aumentos relativos a implemento de idade, equiparação, término de aprendizagem, promoção e
reclassificação, que não serão objeto de desconto.

Parágrafo Segundo – Fica garantida a data base da categoria, que é o mês de novembro.

PAGAMENTO DE SALÁRIO – FORMAS E PRAZOS

CLÁUSULA QUINTA - FORMA DE REAUSTE

A partir de 1º de dezembro de 2021, os salários dos empregados abrangidos pela presente Convenção
Coletiva de Trabalho, serão reajustados de acordo com a política salarial vigente.

CLÁUSULA SEXTA - PAGAMENTO DE SALÁRIOS

O pagamento dos salários quando houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar, até o
5º (quinto) dia útil do mês subseqüente ao vencido, sob pena do pagamento de 2% (dois por cento), por
dia de atraso, diretamente ao empregado, sobre o total da remuneração devida, limitada a cominação ao
valor da obrigação principal, salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der causa a mora.

OUTRAS NORMAS REFERENTES A SALÁRIOS, REAJUSTES, PAGAMENTOS E


CRITÉRIOS PARA CÁLCULO

CLÁUSULA SÉTIMA - VERBA INDENIZATORIA

Fica garantido aos empregados, o valor correspondente de 11,00% (onze por cento) que deixou de ocorrer
em face do ajuste da Convenção Coletiva ter acontecido somente em fevereiro de 2022, relativo aos meses
de novembro, dezembro, 13º salário de 2021, janeiro de 2022 ou férias, se for o caso, a título de verba
indenizatória e será pago em até 03 (três) vezes, nos meses de março, abril e maio de 2022.

CLÁUSULA OITAVA - CÁLCULOS DAS FÉRIAS, AVISO PRÉVIO E 13º SALÁRIO DO COMISSIONISTA

O cálculo das férias, aviso prévio e 13º salário levará em conta, além do salário-base, o valor médio das
comissões dos últimos três meses.

CLÁUSULA NONA - COMPROVANTE DE PAGAMENTO

Os estabelecimentos comerciais, fornecerão, mensalmente, contra-cheques de pagamentos, nos quais


constarão discriminadamente, as verbas, inclusive os valores referentes aos depósitos do FGTS.

www3.mte.gov.br/sistemas/mediador/Resumo/ResumoVisualizar?NrSolicitacao=MR005955/2022 2/16

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 8d76bcf
20/09/2022 11:23 Mediador - Extrato Convenção Coletiva Fls.: 858

CLÁUSULA DÉCIMA - PAGAMENTO DOS SALÁRIOS

O pagamento dos salários será efetuado até o 5º (quinto) dia útil do mês subseqüente ao vencido, no local
de trabalho, dentro do horário de serviço.

GRATIFICAÇÕES, ADICIONAIS, AUXÍLIOS E OUTROS

GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA - QUEBRA DE CAIXA

Todo Empregado no exercício da função de “caixa” ou assemelhado receberá uma gratificação de 17%
(dezessete por cento) sobre o salário-base do operador, a título de quebra de caixa.

Parágrafo Único – A conferência dos valores em caixa será realizada na presença do operador
responsável, quando este for impedido pela Empresa de acompanhar a conferência, o caixa ou
assemelhado ficará isento da responsabilidade de qualquer erro verificado.

OUTRAS GRATIFICAÇÕES

CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA - DAS HORAS EXTRAS

O serviço extraordinário será pago com adicional de 60% (sessenta por cento), podendo, entretanto, ser
dispensado esse acréscimo salarial na hipótese de compensação de horário ou através de Banco de Horas.

ADICIONAL DE HORA-EXTRA

CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA - HORA EXTRA DOS COMISSINISTAS

As comissões de venda integram o salário-base para efeito do pagamento do adicional das horas-extras
aos comissionistas.

ADICIONAL NOTURNO

CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA - ADICIONAL NOTURNO

A jornada praticada no intervalo entre às 22:00h de um dia às 05:00h do outro, será considerada Jornada
Noturna na forma estabelecida no art. 73, da CLT, pelo que é remunerada com um acréscimo de 30%
(trinta por cento) em relação ao valor da hora normal.

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA - ADICIONAL DE INSALUBRIDADE/PERICULOSIDADE

Fica assegurado aos empregados, o pagamento de Adicional de Insalubridade ou Periculosidade, conforme


o caso, desde que trabalhem em atividades em condições insalubres ou perigosas.

Parágrafo Primeiro – Os Adicionais de Insalubridade de que trata esta Cláusula, nos percentuais de 40%
(quarenta porcento), 20% (vinte porcento) e 10% (dez porcento) do salário mínimo, serão pagos,

www3.mte.gov.br/sistemas/mediador/Resumo/ResumoVisualizar?NrSolicitacao=MR005955/2022 3/16

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 8d76bcf
20/09/2022 11:23 Mediador - Extrato Convenção Coletiva Fls.: 859

segundo se classifiquem, de acordo com a Lei vigente.

Parágrafo Segundo – O Adicional de Periculosidade, de 30% (trinta porcento) sobre o salário base do
empregado, será pago na conformidade da legislação laborista, aos que exercerem funções em atividades
consideradas perigosas, tais como: manuseio, acondicionamento e armazenamento de materiais
radioativos; manuseio e armazenamento de explosivos; processamento e armazenagem de gás liquefeito e
outras hipóteses contempladas nas legislações em vigor.

COMISSÕES

CLÁUSULA DÉCIMA SEXTA - REMUNERAÇÃO COMISSIONISTA

Fica estabelecida a obrigatoriedade do pagamento do descanso semanal remunerado e feriados aos


comissionistas calculados sobre a remuneração mensal.

AUXÍLIO TRANSPORTE

CLÁUSULA DÉCIMA SÉTIMA - VALE TRANSPORTE

É obrigatória a concessão do vale-transporte que se constitui benefício que o empregador concederá ao


trabalhador na forma da Lei.

Parágrafo Único – As Empresas que fornecerem gratuitamente o almoço, concederão, somente 2 (dois)
vales-transportes.

AUXÍLIO MORTE/FUNERAL

CLÁUSULA DÉCIMA OITAVA - AUXILIO FUNERAL

No caso de falecimento o empregador auxiliará nas despesas de funeral com um piso salarial da Categoria
Profissional, desde que seja o próprio empregado, ficando excluídos da obrigação os empregadores que
mantenham seguro de vida gratuito, subsidiado ou que ofereçam condições mais favoráveis ao trabalhador.

AUXÍLIO CRECHE

CLÁUSULA DÉCIMA NONA - CRECHE

Nos estabelecimentos em que trabalharem pelo menos 30 (trinta) mulheres com mais de dezesseis anos de
idade, terão local apropriado onde seja permitido às empregadas guardar sob vigilância e assistência os
seus filhos no período de amamentação, até o sexto mês de vida da criança.

Parágrafo Primeiro – Fica facultado o Convênio com creches;

Parágrafo Segundo – As Empresas poderão optar por cumprir a obrigação, mediante a concessão do
abono correspondente a R$ 120,00 (cento e vinte reais) por mês, por cada filho, a contar do retorno da
mãe da Licença Maternidade;

Parágrafo Terceiro – O abono de que trata o Parágrafo Segundo não integra a remuneração da Empresa,
não se incorpora ao Contrato de Trabalho e não constitui base de incidência de qualquer encargo
trabalhista e previdenciáriom mais de dezesseis anos de idade, terão local apropriado onde seja permitido
às empregadas guardar sob vigilância e assistência os seus filhos no período de amamentação, até o sexto
mês de vida da criança.

www3.mte.gov.br/sistemas/mediador/Resumo/ResumoVisualizar?NrSolicitacao=MR005955/2022 4/16

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 8d76bcf
20/09/2022 11:23 Mediador - Extrato Convenção Coletiva Fls.: 860

CONTRATO DE TRABALHO – ADMISSÃO, DEMISSÃO, MODALIDADES

NORMAS PARA ADMISSÃO/CONTRATAÇÃO

CLÁUSULA VIGÉSIMA - ANOTAÇÕES NA CTPS DO COMISSIONISTA

As Empresas serão obrigadas, nos termos da Legislação Trabalhista, a efetivar os registros na(s) CTPS(s)
do(s) seu(s) empregado(s) comissionistas, especificando o percentual da respectiva comissão e o salário
fixo quando houver.

CLÁUSULA VIGÉSIMA PRIMEIRA - ANOTAÇÕES NA CTPS DOS CONTRATOS DE EXPEERIÊNCIA

Fica estabelecida a obrigatoriedade dos registros da Carteira de Trabalho e Previdência Social, inclusive do
Contrato de Experiência, quando houver.

AVISO PRÉVIO

CLÁUSULA VIGÉSIMA SEGUNDA - QUITAÇÃO DAS VERBAS RESCISÓRIAS

O pagamento das parcelas constantes do instrumento de Rescisão ou recibo de quitação, deverá ser
efetuado até o 10º (décimo) dia, contado da data da  notificação da demissão, quando da ausência do aviso
prévio, indenização do mesmo ou dispensa de seu cumprimento, sob pena do pagamento de multa de 5%
(cinco por cento), por dia de atraso sobre o total da quitação, sem prejuízo da multa de que trata o § 8º, do
art. 477, da CLT, limitada a cominação ao valor da obrigação principal, salvo se o empregado comunicado
através de carta com aviso de recepção não comparecer para o recebimento.

CLÁUSULA VIGÉSIMA TERCEIRA - DISPENSA DO AVISO PRÉVIO

O empregado que no curso do aviso prévio recebido obtiver novo emprego, fica dispensado do
cumprimento ao prazo restante do aviso, considerando-se rescindido o contrato na data do efetivo
desligamento, o mesmo ocorrendo caso ele venha a pedir demissão do emprego, sendo a remuneração do
aviso-prévio devida apenas pelos dias trabalhados.

RELAÇÕES DE TRABALHO – CONDIÇÕES DE TRABALHO, NORMAS DE


PESSOAL E ESTABILIDADES

ATRIBUIÇÕES DA FUNÇÃO/DESVIO DE FUNÇÃO

CLÁUSULA VIGÉSIMA QUARTA - DESVIO DE FUNÇÃO

É vedada a utilização de empregados em serviços para os quais não foram contratados.

CLÁUSULA VIGÉSIMA QUINTA - SALÁRIO SUBSTITUIÇÃO

“Enquanto perdurar a substituição que não tenha caráter meramente eventual, o empregado substituto fará
jus ao salário contratual do substituído” (Enunciado da Súmula nº 159, do Colendo Tribunal Superior do
Trabalho).

www3.mte.gov.br/sistemas/mediador/Resumo/ResumoVisualizar?NrSolicitacao=MR005955/2022 5/16

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 8d76bcf
20/09/2022 11:23 Mediador - Extrato Convenção Coletiva Fls.: 861

ASSÉDIO SEXUAL

CLÁUSULA VIGÉSIMA SEXTA - ASSÉDIO MORAL

Não será permitido o assédio sexual no Comércio de São Luís/MA.

ESTABILIDADE MÃE

CLÁUSULA VIGÉSIMA SÉTIMA - AMAMENTAÇÃO

É garantido à mulher, no período de amamentação do próprio filho, até que ele complete 6 (seis) meses de
idade, durante a jornada de trabalho, 2 (dois) descansos especiais de 40 (quarenta) minutos cada um.

Parágrafo Único – O direito de que trata a Cláusula poderá ser aglutinado, a critério da mulher, em um
único período de 1h20 (uma hora e vinte minutos), desde que coincida com o início ou com o fim da
Jornada de Trabalho, ficando condicionado a sua concessão ao requerimento do benefício pela mãe
empregada por escrito, com antecedência mínima de 72 (setenta e duas) horas.

CLÁUSULA VIGÉSIMA OITAVA - ESTABILLIDADE DA EMPREGADA GESTANTE

Fica vedada a dispensa imotivada ou sem justa causa da empregada gestante, desde a confirmação da
gravidez até cinco meses após o parto.

ESTABILIDADE ACIDENTADOS/PORTADORES DOENÇA PROFISSIONAL

CLÁUSULA VIGÉSIMA NONA - ESTABILIDADE DO EMPREGADO SOB AUXÍLIO-DOENÇA

Será garantida estabilidade ao empregado sob auxílio-doença, de 60 (sessenta) dias após alta médica pela
Previdência Social.

OUTRAS NORMAS REFERENTES A CONDIÇÕES PARA O EXERCÍCIO DO TRABALHO

CLÁUSULA TRIGÉSIMA - CHEQUES SEM FUNDOS OU IRREGULARES

Não poderão ser descontados do salário dos empregados os valores referentes a cheques irregulares ou
sem provisão de fundos, desde que cumpridas as normas da Empresa, que deverão ser previamente
estabelecidas por escrito e com ciência do empregado.

CLÁUSULA TRIGÉSIMA PRIMEIRA - REFEITÓRIO

Nos estabelecimentos que tenham número igual ou superior a 90 (noventa) empregados, fica assegurado
um local adequado para que os empregados possam fazer suas refeições.

OUTRAS NORMAS DE PESSOAL

CLÁUSULA TRIGÉSIMA SEGUNDA - DA REALIZAÇÃO DE BALANÇO

www3.mte.gov.br/sistemas/mediador/Resumo/ResumoVisualizar?NrSolicitacao=MR005955/2022 6/16

Assinado eletronicamente por: MARCOS ROBERTO DIAS - Juntado em: 13/06/2023 14:38:55 - 8d76bcf
20/09/2022 11:23 Mediador - Extrato Convenção Coletiva Fls.: 862

Para a realização de Balanços fora do expediente normal de trabalho, as empresas comunicarão ao


Sindicato dos Empregados no Comércio de São Luís, através de e-mail ou outro meio que possa
comprovar.

CLÁUSULA TRIGÉSIMA TERCEIRA - PROTEÇÃO A MATERNIDADE

Fica vedado à Empresa, exigência de Atestado de Esterilidade e restrições ao direito da mulher ao seu
emprego por motivo de gravidez.

JORNADA DE TRABALHO – DURAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO, CONTROLE, FALTAS

DURAÇÃO E HORÁRIO

CLÁUSULA TRIGÉSIMA QUARTA - HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DO COMÉRCIO

Fazendo uso da prerrogativa estabelecida pela Lei nº 11.603, de 05 de dezembro de 2007, combinado com
o que dispõe o Parágrafo Único do Art. 1º da Lei Municipal nº 3.854, de 15 de setembro de 1999, fica
estabelecido que as Empresas comerciais neste ato representadas pelas Entidades das Categorias
Econômicas ora convenentes funcionarão de segunda-feira a sábado, em regime de horário livre,
obrigando-se as Empresas em relação aos seus empregados, a respeitarem a jornada semanal de 44
(quarenta e quatro) horas, sendo que, em caso de prorrogação o máximo permitido é de 2(duas) horas
diárias além da jornada e serão pagas como horas extras. (Cláusula décima segunda).

Parágrafo Primeiro – As Empresas estabelecidas em Ruas, Avenidas, Shoppings Populares, Galerias,


Centros Comerciais e Condomínios poderão funcionar aos domingos das 08h00 (oito horas) às 14h00
(quatorze horas), sendo que as Empresas situadas em Shoppings Centers poderão funcionar aos
domingos das 13h00 (treze horas) às 21h00 (vinte e uma horas);

Parágrafo Segundo – Para funcionamento aos domingos, as empresas implantarão sistema de modo a
assegurar que nenhum empregado trabalhe mais do que dois domingos consecutivos.

Parágrafo Terceiro – A cada domingo trabalhado segue-se, necessariamente, um dia de descanso, a título
de DSR, devendo ser concedido, no máximo, até 06 (seis) dias de trabalho consecutivo;

Parágrafo Quarto – As horas excedentes à jornada normal do empregado realizada aos domingos serão
remuneradas com o adicional de 100% (cem por cento) sobre o valor do salário/hora desse dia, ficando
vedado, nos domingos, a utilização do Banco de horas

CLÁUSULA TRIGÉSIMA QUINTA - TRABALHO EM FERIADOS

Fica facultado a todas as Empresas abrangidas por este instrumento de CCT, o trabalho nos feriados
federais, estaduais e municipais, à exceção dos dias feriados de 25 (vinte e cinco) de dezembro, 1º de
janeiro, 1º de maio, Sexta-Feira Santa e no Dia do Comerciário.

Parágrafo Primeiro – As Empresas estabelecidas em Ruas, Avenidas, Shoppings Populares, Galerias,


Centros Comerciais e Condomínios poderão funcionar das 08h00 (oito) às 18h00 (dezoito horas), sendo
que as Empresas situadas em Shoppings Centers poderão funcionar nos feriados antes aludidos das 10h00
(dez horas) às 22h00 (vinte e duas horas);

Parágrafo Segundo – O trabalho nos feriados não referenciados no caput desta Cláusula, será
considerado extraordinário e pagos com acréscimo de 100% (cem por cento) sobre o valor da hora normal
e receberá, ainda, o empregado que assim trabalhar, a título de gratificação, excepcionalmente neste
exercício, em face da pandemia que se vive, o valor de R$ 40,00 (quarenta reais);
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Parágrafo Terceiro – As Empresas que vinham pagando a gratificação de que trata o Parágrafo
Segundoem valores superiores, em face de Acordos Coletivos os manterão;

Parágrafo Quarto – Fica expressamente vedada a possibilidade de compensação ou inclusão no Banco de


Horas, qualquer dia de trabalho nos feriados de que trata o “caput” desta Cláusula;

Parágrafo Quinto – As Empresas que tiverem interesse em funcionar de acordo com o caput da Cláusula,
e seu § 2º, deverão apresentar a Relação de seus Empregados que trabalharão no dia, ao Sindicato dos
Empregados no Comércio de São Luís, com antecedência, na Secretaria da Entidade Profissional ou por e-
mail atendimento@sindcomerciarios-ma.com.br;

Parágrafo Sexto – As partes estabelecem que a gratificação a ser paga ao Empregado que trabalhar em
dias de feriados poderá ocorrer ao final do dia trabalhado ou por ocasião do pagamento do respectivo mês e
não integra a remuneração do Empregado, não se incorpora ao contrato de trabalho e não constitui base de
incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário;

Parágrafo Sétimo – As Empresas que optarem pelo funcionamento nos dias de feriados, na conformidade
do que é previsto na presente CCT, recolherão ao Sindicato dos Empregados no Comércio de São Luís,
mediante Guias por ele distribuída, a importância de R$ 10,00 (dez reais), por Empregado que nesses dias
forem convocados para o trabalho. O valor correspondente ao montante será recolhido até o 5º (quinto) dia
do mês subsequente ao mês do dia feriado ou feriados trabalhados através de boleto bancário emitido pelo
site www.sindcomerciarios-ma.com.br ou por solicitações via e-mail, (atendimento@sindcomerciarios-
ma.com.br). Poderá, ainda, o desconto ser depositado ou transferido para a Conta da Entidade nº 2567-6,
Agência 0027, Operação 003 da Caixa Econômica Federal;

Parágrafo Oitavo – As Empresas que vinham pagando, em razão de Acordos Coletivos os valores de que
tratam os Parágrafos Segundo e Sétimo superiores os manterão.

CLÁUSULA TRIGÉSIMA SEXTA - TOLERÂNCIA SOBRE ATRASO AO SERVIÇO

Na conformidade do que dispõe a CLT, no seu art. 58, § 1º, não serão descontadas nem computadas como
jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de 05 (cinco) minutos,
observado o limite máximo diário de dez minutos.

CLÁUSULA TRIGÉSIMA SÉTIMA - JORNADA DE TRABALHO SEMANAL

Fica garantida a jornada semanal legal, de 44 (quarenta e quatro) horas de trabalho, para os
Comerciários de São Luís.

Parágrafo Único – As Empresas com jornada de trabalho de 36 (trinta e seis) horas semanais, que
desejarem prorrogar o horário de trabalho de seus Empregados poderão fazê-lo até o limite previsto na
Cláusula Décima Segunda desta Convenção.

COMPENSAÇÃO DE JORNADA

CLÁUSULA TRIGÉSIMA OITAVA - BANCO DE HORAS E COMPENSAÇÃO DE JORNADA

Fica instituído o Banco de Horas, facultando-se às empresas a adoção do sistema de compensação de


horas de trabalho, desde que obedecidos os seguintes critérios e limites condicionantes:

I – o excesso de horas for compensado com a diminuição em outro dia;

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II – o período máximo de compensação será de até 90 (noventa) dias, contados da realização do trabalho
suplementar;

III – a jornada diária será de, no máximo, 10 (dez) horas;

IV – na hipótese de ao final do período de 90 (noventa) dias, não tiver sido integralmente compensada a
jornada extraordinária laborada, as horas extras não compensadas serão pagas com o valor da hora normal
acrescido do respectivo adicional de horas extras previsto nesta CCT;

V – as faltas, atrasos e saídas antecipadas poderão ser debitadas para compensação futura, desde que
acordados previamente com as empresas;

VI – caso o Contrato de Trabalho seja rescindido pelo Empregador ou pelo Empregado, sem que tenha
ocorrido a compensação, integral ou parcialmente, da jornada extraordinária, o Empregador pagará as
horas extras, na conformidade do que dispõe a Clausula Sétima, com adicional de 60% (sessenta por
cento), calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão;

VII – A Empresa fornecerá mensalmente ao Empregado, comprovante do seu banco de horas,


discriminando o total da jornada trabalhada, sem prejuízo do registro diário do ponto;

VIII – A compensação de que trata a presente Cláusula não se aplica às horas excedentes à jornada normal
do empregado realizadas nos dias de Domingo, que serão remuneradas com o adicional de 100% (cem por
cento) sobre o valor do salário/hora do empregado. Fica ainda, excluído do banco de horas, o trabalho
realizado nos dias de feriados, que será pago na conformidade do que é prevista no Parágrafo Segundo, da
Clausula Vigésima Oitava, da presente CCT.

Parágrafo Único – Ficam mantidas, em relação ao Banco de Horas, os termos dos Acordos Coletivos
firmados, anteriores à presente Convenção Coletiva de Trabalho.

INTERVALOS PARA DESCANSO

CLÁUSULA TRIGÉSIMA NONA - INTERVALO PARA REPUSO OU ALIMENTAÇÃO

Fica garantido pela presente Convenção Coletiva, aos empregados que tenham trabalho contínuo, cuja
duração exceda a seis horas, a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será de 2
(duas) a 3 (três) horas, exceto para as Empresas que forneçam alimentação no local do trabalho,
gratuitamente, aos seus empregados, que poderão conceder o intervalo mínimo de 1 (uma) hora.

Parágrafo Único – Aos Empregados com jornada de trabalho de seis horas diárias está garantido um
descanso de 15 (quinze) minutos para o lanche.

DESCANSO SEMANAL

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA - DO CARNAVAL

Além dos feriados de que trata a Cláusula Nona, o Comércio de São Luís/MA, representado pelas
Entidades Convenentes, não funcionará na Segunda-Feira e na Terça-Feira de Carnaval, nem na Quarta-
feira de Cinzas até as 13h00 (treze horas), quando volta ao funcionamento normal.

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA PRIMEIRA - DIA DOS COMERCIÁRIOS

Fica estabelecido que não haverá expediente nas Empresas abrangidas pela presente Convenção Coletiva
de Trabalho na penúltima Segunda-Feira do mês de outubro de 2022, dia 24.10.2022, dedicado às
Comemorações do “Dia do Comerciário” e considerado de repouso remunerado.

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CONTROLE DA JORNADA

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA SEGUNDA - QUADRO DE HORÁRIO

O Horário de Trabalho constará de Quadro afixado pela Empresa, em lugar visível, inclusive nas
Microempresas.

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA TERCEIRA - CONTROLE DE FREQUÊNCIA E HORÁRIO

Para os estabelecimentos com mais de 10 (dez) empregados, é obrigatória a utilização do livro de ponto ou
cartão mecanizado para efeito de anotações, registro ou controle de hora de entrada e saída.

FALTAS

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA QUARTA - FALTA DO COMISSIONISTA

Fica proibido o desconto de falta na parte relativa às comissões do empregado comissionista, ficando,
entretanto, a faculdade do desconto de seu repouso remunerado caso sua jornada semanal de trabalho não
atinja as 44 (quarenta e quatro) horas.

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA QUINTA - ABONO DE FALTA AO ESTUDANTE

Fica assegurado o abono de falta ao estudante empregado nos dias de exames vestibulares, supletivos,
devendo ser comunicado ao empregador com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas e
posterior comprovação em 5 (cinco) dias.

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA SEXTA - ABONO DE FALTA AO COMERCIÁRIO

Fica estabelecido o abono de até 02 (duas) faltas do empregado no caso de necessidade de


acompanhamento de cônjuge ou filhos de até 14 (quatorze) anos de idade, em caso de cirurgia, mediante
apresentação de comprovantes.

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA SÉTIMA - FALTA SEM PREJUIZO DO SALÁRIO

O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário:

a)    até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento de cônjuge, ascendente, descendente, irmão
ou pessoa que, declarada em sua CTPS, viva sob sua dependência econômica;

b)   até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento;

c)    por 5 (cinco) dias consecutivos, o pai, em caso de nascimento do filho no decorrer da primeira
semana.

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JORNADAS ESPECIAIS (MULHERES, MENORES, ESTUDANTES)

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA OITAVA - EMPREGADO ESTUDANTE

Fica assegurado aos empregados estudantes, o direito de aceitarem ou não as prorrogações da jornada de
trabalho, uma vez que se comprove que tais prorrogações prejudiquem suas atividades escolares.

OUTRAS DISPOSIÇÕES SOBRE JORNADA

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA NONA - CURSOS E REUNIÕES

Fica estabelecido que os Cursos e Reuniões de iniciativa do empregador, deverão ser realizados durante a
jornada de trabalho ou se fora do horário normal mediante pagamento de horas-extras.

SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR

CONDIÇÕES DE AMBIENTE DE TRABALHO

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA - ÁGUA POTÁVEL

As Entidades Empresariais convenentes se comprometem a expedir às Empresas Associadas, instruções


orientando-as e estimulando-as no sentido de disponibilizarem aos seus Empregados água potável em
condições de higiene, por meio de copos individuais ou bebedouros de jatos inclinados.

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA PRIMEIRA - POLUIÇÃO SONORA

As Entidades Empresariais convenentes se comprometem a expedir aos seus Associados, instruções


orientando-os e estimulando-os no sentido da boa utilização de equipamentos sonoros ou quaisquer outros
tipos de manifestações sonoras causadoras de ruídos ou barulhos acima dos limites estabelecidos pela
Norma Regulamentadora – (NR nº 15)  da Portaria Ministerial nº 3.214, de 1978.

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA SEGUNDA - GINASTICA LABORAL

As Entidades Empresariais convenentes se comprometem a expedir aos seus Associados,


instruções orientando-os e estimulando-os no sentido da implantação de ginástica laboral destinada
aos seus empregados que exercem funções em que as atividades respectivas sejam realizadas de
forma freqüente e repetidas.

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA TERCEIRA - ASSENTO NOS LOCAIS DE TRABALHO

As empresas fornecerão a todos os seus Empregados que exerçam as funções de“CAIXA”, cadeiras com
encosto, para o desenvolvimento de suas funções, nos termos da NR nº 17.

UNIFORME

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA QUARTA - UNIFORMES, CALÇADOS E MAQUIAGEM

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Os empregadores fornecerão, gratuitamente, aos seus empregados, os uniformes, calçados e maquiagem,


ou qualquer vestimenta ou adorno especial, quando o seu uso for necessário ou exigido.

ACEITAÇÃO DE ATESTADOS MÉDICOS

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA QUINTA - ATESTADO MÉDICO E ODONTOLÓGICO

Os atestados ou declarações médicos e odontológicos emitidos por profissionais habilitados e credenciados


pelo Sindicato ou SUS, serão reconhecidos pelas Empresas empregadoras que não possuam esses
serviços, desde que no documento conste a causa do afastamento do empregado.

CAMPANHAS EDUCATIVAS SOBRE SAÚDE

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA SEXTA - SISTEMA DE SAÚDE DO TRABALHADOR

Fica instituído o Sistema de Saúde do Trabalhador do Comércio, sob a responsabilidade do Sindicato dos
Empregados no Comércio de São Luís, com o objetivo de promover ações de saúde preventiva por meio da
disponibilização de consultas médicas nas especialidades de clínica geral, ginecologia e pediatria, bem
como exames clínicos como hemograma completo, glicemia, ureia, creatina, triglicerídeos, além dos
serviços de odontologia através de limpeza dental, extração e obturação.

Parágrafo Primeiro – O Trabalhador do Comércio representado na presente Convenção que desejar ser
beneficiário do Sistema de Saúde do Trabalhador do Comércio deverá comunicar à Empresa onde exerce
suas atividades, que, por sua vez, terá o prazo de até 30 (trinta) dias para realizar o convênio com o
Sindicato dos Empregados no Comércio de São Luís e a vinculação do(s) Empregado(s) interessado(s);

Parágrafo Segundo – A partir da adesão ao Sistema de Saúde do Trabalhador do Comércio, o Empregado


autoriza que a Empresa realize o desconto mensal no valor de R$ 25,00 (vinte e cinco reais) do seu
respectivo salário em favor do Sindicato dos Empregados no Comércio de São Luís;

Parágrafo Terceiro – A Empresa obriga-se a promover o recolhimento dos descontos dos salários dos
trabalhadores que aderirem ao Programa e, em contrapartida, realizar a contribuição adicional em favor do
Sindicato dos Empregados no Comércio de São Luís, de mais R$ 15,00 (quinze reais) por cada trabalhador
aderente ao Sistema;

Parágrafo Quarto – As Empresas que já oferecem planos de saúde ou serviços similares aos seus
Empregados, ainda que com coparticipação, ficam desobrigadas a realizarem o convênio ou realizarem o
pagamento da contribuição.

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA SÉTIMA - PLANO ODONTOLÓGICO

O Sindicato Laboral manterá Plano de Saúde Odontológico credenciado à disposição dos Empregados que
manifestarem interesse a esta modalidade de Assistência, obrigando-se a Empresa empregadora, desde
que expressamente autorizada pelo Empregado, a proceder o desconto em folha de pagamento do
Empregado, repassando o respectivo valor mensalmente, para Operadora do Plano devidamente
credenciada.

Parágrafo Primeiro – As Empresas, por liberalidade, poderão assumir total ou parcialmente os custos do
Plano de Saúde Odontológico de que trata o caput desta Cláusula;

Parágrafo Segundo – Para os empregados que manifestarem interesse pelo plano Odontológico de que
trata o “caput” desta cláusula, desde que autorizado expressamente o desconto no salário da respectiva
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mensalidade, fica o empregador obrigado a promover o procedimento, exclusivamente, para o plano


credenciado pelo Sindicato laboral.

OUTRAS NORMAS DE PROTEÇÃO AO ACIDENTADO OU DOENTE

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA OITAVA - ACIDENTE DE TRABALHO (CAT)

Em caso de acidente do trabalho, a Empresa deverá comunicar ao INSS o acidente ocorrido com o seu
empregado, através da emissão da (CAT), nos termos do Art. 22, da Lei 8.213/91.

RELAÇÕES SINDICAIS

SINDICALIZAÇÃO (CAMPANHAS E CONTRATAÇÃO DE SINDICALIZADOS)

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA NONA - SINDICALIZAÇÃO PROFISSIONAL

As empresas facilitarão ao Sindicato da Categoria profissional, a realização de campanha de sindicalização


dos empregados, em dias, locais e horários previamente acordados com a direção de cada empresa.

CONTRIBUIÇÕES SINDICAIS

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA - CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL PROFISSIONAL

Os estabelecimentos comerciais obrigam-se a promover, em favor do Sindicato dos Empregados no


Comércio de São Luís, o desconto no percentual de 3% (três por cento) nos salários de janeiro/2022, dos
seus empregados associados, tomando por base o salário já ajustado, a título de Contribuição Assistencial
Profissional.

Parágrafo Único – O valor do desconto previsto nesta Cláusula será recolhido pelas Empresas Comerciais
até o 10º (décimo) dia após o aludido desconto através de boleto bancário emitido pelo site
www.sindcomerciarios-ma.com.br, ou por solicitação na sede do Sindicato Profissional ou via e-mail,
(atendimento@sindcomerciarios-ma.com.br). Poderá, ainda, o desconto ser depositado ou transferido
para a Conta da Entidade nº 2567-6, Agência 0027, Operação 003 da Caixa Econômica Federal.

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA PRIMEIRA - CONTRIBUIÇÃO DE FORTALECIMENTO DA CATEGORIA

Os estabelecimentos comerciais obrigam-se a promover, em favor do Sindicato dos Empregados no


Comércio de São Luís, o desconto no percentual de 2% (dois por cento) da remuneração total dos seus
trabalhadores associados, sendo 1% (um por cento) no mês de junho do ano de 2022, e 1% (um por
cento) no mês de setembro de 2022, em favor do Sindicato dos Empregados no Comércio de São Luís, a
título de Contribuição de Fortalecimento da Categoria Profissional.

Parágrafo Único – O valor do desconto previsto nesta Cláusula será recolhido pelas Empresas Comerciais
até o 10º (décimo) dia do mês subseqüente, após o aludido desconto, através de boleto bancário emitido
pelo site www.sindcomerciarios-ma.com.br, ou por solicitação na sede do Sindicato Profissional ou via e-
mail, (atendimento@sindcomerciarios-ma.com.br). Poderá, ainda, o desconto ser depositado ou
transferido para a Conta da Entidade nº 2567-6, Agência 0027, Operação 003 da Caixa Econômica
Federal.

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CLÁUSULA SEXAGÉSIMA SEGUNDA - CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL PATRONAL

Nos termos da legislação vigente e considerando-se ainda a vinculação da representação sindical, a


obrigatoriedade de participação das Entidades Sindicais nas negociações coletivas de trabalho e a
deliberação em Assembléia geral da categoria, devidamente convocada nos termos estatutários, como
expressão da autonomia privada coletiva, que autorizou a celebração da presente Convenção Coletiva,
aplicável a todos os integrantes da categoria econômica representados pela Entidade Patronal convenente,
foi aprovada e instituída a CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL PATRONAL, para o custeio da representação
sindical e das negociações coletivas, com fulcro no Artigo 513, alínea “e”, da CLT, conforme a seguinte
tabela e condições:

COMÉRCIO EM GERAL
TAMANHO DO
ESTABELECIMENTO
CONTRIBUIÇÃO
SEGUNDO FAIXAS DE
EMPREGADOS
0 EMPREGADOS 10% R$ 110,00
DE 1 A 4 15% R$ 165,00
DE 5 A 9 25% R$ 275,00
DE 10 A 19 30% R$ 330,00
DE 20 A 49               35% R$ 385,00
DE 50 A 99        55% R$ 605,00
                                             
DE 100 A 249 150% R$ 1.650,00
DE 250 A 300% R$ 3.300,00
499                                               
DE 500 A 999 550% R$ 6.050,00
DE 1000 OU MAIS        1.000% R$ 11.000,00
                               

Parágrafo Primeiro – O recolhimento deverá ser efetuado até 31 de março/2022, exclusivamente em


bancos, através de boleto bancário, que será fornecido à Empresa pela respectiva entidade patronal, do
qual constará a data do vencimento;

Parágrafo Segundo – Na hipótese de recolhimento efetuado fora do prazo, o valor devido será acrescido
da multa de 2% (dois por cento), além de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês;

Parágrafo Terceiro – Esta contribuição abrange todos os estabelecimentos, matriz ou filial. Os valores a
serem recolhidos obedecerão às tabelas contidas nesta Cláusula.

OUTRAS DISPOSIÇÕES SOBRE RELAÇÃO ENTRE SINDICATO E EMPRESA

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA TERCEIRA - QUITAÇÃO ANUAL

É facultado às Empresas promoverem, junto ao Sindicato Laboral, a quitação anual de obrigações


trabalhistas, na forma prescrita na lei vigente e mediante apresentação de documentos solicitados pelo
Sindicato Profissional. Pelo serviço prestado, a Empresa recolherá ao Sindicato Laboral o valor de R$ 70,00
(setenta reais) por cada quitação realizada.

OUTRAS DISPOSIÇÕES SOBRE REPRESENTAÇÃO E ORGANIZAÇÃO

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CLÁUSULA SEXAGÉSIMA QUARTA - SERVIÇOS DE HOMOLOGAÇÃO

Fica estabelecido que os Empregadores que optarem pelas rescisões Contratuais no Sindicato Profissional
poderão fazê-las uma vez que o Sindicato laboral manterá os serviços de Homologação à disposição das
Categorias.

DISPOSIÇÕES GERAIS

APLICAÇÃO DO INSTRUMENTO COLETIVO

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA QUINTA - FISCALIZAÇÃO

Caberá à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Maranhão a fiscalização do cumprimento


do disposto na presente Convenção Coletiva de Trabalho.

DESCUMPRIMENTO DO INSTRUMENTO COLETIVO

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA SEXTA - PENALIDADES

Pelo não cumprimento das Cláusulas estabelecidas na presente Convenção Coletiva de Trabalho, fica
fixada a penalidade de multa não cumulativa, no valor equivalente a 2 (dois) pisos salariais da categoria,
que será revertida em favor da parte prejudicada.

EDMILSON DOS SANTOS

PRESIDENTE

SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMERCIO DE SAO LUIS


JOSE ARTEIRO DA SILVA

PRESIDENTE

FEDERACAO DO COMERCIO DE BENS, SERVICOS E TURISMO DO ESTADO DO MARANHAO

MARCELLO VIESTI ADVINCULA COLLARES

PRESIDENTE

SIND COM ATACAD DE DROGAS MED PERF COSMET ART TOUCAD EST MA SINDAMED

MAURICIO ARAGAO FEIJO

PRESIDENTE

SINDICATO DO COM VAREJISTA DE MATERIAL ELETRICO E APARELHOS ELETRODOMESTICOS DE SAO LUIS

ANTONIO JOSIEL SANTOS SOUSA

PRESIDENTE

SINDICATO DO COM VAREJ DOS JOALHEIROS E OTICAS DO ESTMA

ANEXOS
ANEXO I - ATA
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Anexo (PDF)

    A autenticidade deste documento poderá ser confirmada na


página do Ministério da Economia na
Internet, no endereço http://www.mte.gov.br.

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https://pje.trt10.jus.br/pjekz/validacao/23061314384381000000035727094?instancia=1
Número do documento: 23061314384381000000035727094
Fls.: 872

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Fls.: 873

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Fls.: 874

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Número do documento: 23061314384582300000035727097
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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) DESEMBARGADOR(A)


RELATOR(A) DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE TO.

HABILITAÇÃO

PROCESSO
0000870-60.2023.5.10.0802

VIA VAREJO S/A


vem, respeitosamente, à presença de V. Exa., nos autos do processo em epígrafe, por intermédio do advogado que
subscreve a presente petição, requerer a juntada dos instrumentos procuratórios em anexo, a fim de que produzam
os efeitos de direito, pugnando, por conseguinte, REQUERER pela habilitação nos presentes autos.

Requer a Reclamada, com base no artigo 77, inciso V, do CPC, que as notificações/intimações sejam endereçadas
exclusivamente à Advogada Dra. Carla Elisangela Ferreira Alves Teixeira, OAB/PE 18.855, CPF/MF nº 780.457.624-
20, as quais deverão ser remetidas ao seguinte endereço: Avenida Visconde de Suassuna, nº 639, Boa Vista,
Recife/PE.

Requer ainda:

Por corolário, destaque-se, por sua vez, que requerimentos destas espécies são plenamente admissíveis e
desrespeito ao mesmo acarretará claro e manifesto cerceio do seu direito de defesa, implicando, ainda, na
nulidade de todos os atos que venham a ser praticados a partir de eventual notificação/publicação irregular,
conforme entendimento manso e pacífico, conforme já declarou o STJ:

Havendo designação prévia e expressa do advogado que receberá as intimações, o nome deste deverá constar das
publicações, sob pena de nulidade” (STJ-RT 779/182).

Além disso, a Súmula nº 427 do TST prevê expressamente:

“Havendo pedido expresso de que as intimações e publicações sejam realizadas exclusivamente em nome de
determinado advogado, a comunicação em nome de outro profissional constituído nos autos é nula, salvo se
constatada a inexistência de prejuízo”.

Ademais, destacamos que a presente habilitação não importa na ciência tácita de qualquer eventual intimação
em curso, dessa forma, a patronesse terá ciência das publicações que forem efetivamente realizadas após a data
do protocolo desta petição.

Requer que as intimações a si dirigidas, o sejam única e exclusivamente à referida profissional, lançando-se o nome
desta na capa do processo e SIAJ.

Por fim, ratificam-se todos os atos praticados pelo reclamado no presente processo.

Nestes termos, pede deferimento.


PALMAS / TO, 16 de junho de 2023.
CARLA ELISANGELA F. A. TEIXEIRA OAB/PE 18.855

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Número do processo: 0000870-60.2023.5.10.0802
Número do documento: 23061615064289700000035788521
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Número do processo: 0000870-60.2023.5.10.0802
Número do documento: 23061615071143200000035788524
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SUBSTABELECIMENTO DE PROCURAÇÃO

CRISTIAN COLONHESE, brasileiro, casado, advogado, inscrito no CPF/ME sob o nº 131.966.788-32 e na OAB/SP nº 241.799; e
TATIANA DE MORAIS DIAS, brasileira, solteira, inscrita no CPF/ME sob o nº 351.686.918-62 e a OAB/SP nº 344.121, ambos
com endereço comercial na Avenida Rebouças, 3970, 28º andar, Pinheiros, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, CEP
05402-918, vêm por meio deste, substabelecer, com reservas de iguais, os poderes outorgados pela 1) VIA S.A., sociedade
empresária anônima, com sede na Avenida Rebouças, 3970, 28º andar, Pinheiros, na Cidade de São Paulo, Estado de São
Paulo, CEP 05402-918, inscrita no CNPJ/ME nº 33.041.260/0652-90; 2) CNOVA COMÉRCIO ELETRÔNICO S.A., sociedade
empresária anônima, com sede na Rua Samuel Klein, nº 98, piso Terraço, sala 13, Centro, na cidade de São Caetano do Sul,
Estado de São Paulo, inscrita no CNPJ/ME sob o nº 07.170.938/0001-07; 3) GLOBEX ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇOS LTDA.,
sociedade empresária limitada, com sede na Avenida Rebouças, n° 3970, 23° Andar, Sala n° 12, Pinheiros, na Cidade de São
Paulo, Estado de São Paulo, CEP 05402-918, inscrita no CNPJ/ME sob nº 42.569.335/0001-75; 4) GLOBEX ADMINISTRADORA
DE CONSÓRCIOS LTDA., sociedade empresária limitada, com sede na Avenida Prefeito Dulcídio Cardoso nº 2000, Parte, Barra
da Tijuca, na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, CEP 22631-051, inscrita no CNPJ/ME sob o nº
28.672.400/0001-62; 5) ASAP LOG LOGISTICA E SOLUÇÕES LTDA, sociedade empresária limitada, com sede na Rodovia
Anhanguera, S/N, Km 52 + 350 Metros, Rodovia Presidente Tancredo de Almeida Neves, Km 58 + 40 Metros, Sala 1, Vila Militar,
na Cidade de Jundiaí, Estado de São Paulo, CEP 13203-850, inscrita no CNPJ/ME sob o nº 04.221.023/0001-87; 6) INDÚSTRIA
DE MÓVEIS BARTIRA LTDA., sociedade empresária limitada, com sede na Avenida dos Estados, nº 2.060, com entrada também
pela Avenida Dr. Ramos de Azevedo, nº 133, Bairro Fundação, na cidade de São Caetano do Sul, Estado de São Paulo, CEP:
09520-150, inscrita no CNPJ/ME sob nº 59.105.825/0001-13; 7) LAKE NIASSA EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES LTDA.,
sociedade empresária limitada, com sede na Avenida Rebouças, n° 3970, 23° Andar, Sala n° 05, Pinheiros, na Cidade de São
Paulo, Estado de São Paulo, CEP 05402-918, inscrita no CNPJ/ME sob o nº 10.641.453/0001-50; 8) VIAHUB TECNOLOGIA EM
E-COMMERCE LTDA., com sede na Avenida Rebouças, n° 3970, 25° Andar, Pinheiros, CEP: 05402-918, na Cidade de São Paulo,
Estado de São Paulo, inscrita no CNPJ/ME sob n° 42.516.173/0001-07; 9) CNT SOLUÇÕES EM NEGÓCIOS DIGITAIS E LOGÍSTICA
LTDA., sociedade empresária limitada, com sede na Avenida Gupê, 10.767, Galpão 14/26/27, Jardim Belval, na Cidade de
Barueri, Estado de São Paulo, CEP 06422-120, inscrita no CNPJ/ME sob o nº 13.135.724/0001-94; 10) CNTLOG EXPRESS
LOGISTICA E TRANSPORTE LTDA., sociedade empresária limitada, com sede na Avenida Gupê, 10.767, Galpão 04, Jardim
Belval, na Cidade de Barueri, Estado de São Paulo, CEP 06422-120, inscrita no CNPJ/ME sob o nº 17.096.609/0001-09; 11)
INTEGRA SOLUÇÕES PARA VAREJO DIGITAL LTDA., sociedade empresária limitada, com sede na Avenida Gupê, 10.767,
Galpão 26, Box 68, Jardim Belval, na Cidade de Barueri, Estado de São Paulo, CEP 06422-120, inscrita no CNPJ/ME sob o nº

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27.936.226/0001-55; 12) BANQI CARTÕES INSTITUIÇÃO DE PAGAMENTO LTDA, sociedade empresária limitada, com sede na
Avenida Rebouças, n° 3970, 23° Andar, Pinheiros, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, CEP: 05402-918, inscrita no
CNPJ/ME sob o n° 44.342.767/0001-74; 13) BNQI SOCIEDADE DE CREDITO DIRETO S.A., sociedade anônima fechada, com
sede na Avenida Rebouças, n° 3970, 23° Andar, Pinheiros, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, CEP 05402-918,
inscrita no CNPJ/ME nº 43.167.610/0001-97; 14) BANQI INSTITUIÇÃO DE PAGAMENTOS LTDA., sociedade empresária
limitada, com sede na Avenida Juruce, n° 302, 7° Andar, conjunto n° 71, Indianópolis, na Cidade de São Paulo, Estado de São
Paulo, CEP: 04080-911, inscrita no CNPJ/ME sob o nº 30.723.871/0001-02; 15) CELER PROCESSAMENTO COMÉRCIO E
SERVIÇO LTDA., sociedade empresária limitada, com sede na Avenida Rebouças, n° 3970, 23° Andar, Sala n° 09, Pinheiros, na
Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, CEP: 05402-918, inscrita no CNPJ/ME sob n° 22.347.623/0001-78; 16) ASAP LOG
LTDA., sociedade empresária limitada, com sede na Avenida República Argentina, 1237, Sala 902, Água-verde, na Cidade de
Curitiba, Estado do Paraná, CEP:80.620-010, inscrita no CNPJ/ME sob o nº 19.629.612/0001-76; (“Outorgantes”), conforme
as procurações públicas datadas de (i) 06 de janeiro de 2023, Livro 4612 (fls. 281/290) e (ii) 11 de janeiro de 2023, Livro 4612
(fls. 375/380) lavradas perante o 19º Tabelionato de Notas da Comarca de São Paulo, anexadas ao presente, em favor dos (as)
Sr.(as): URBANO VITALINO DE MELO NETO, BRASILEIRO, ADVOGADO, INSCRITO NA OAB/PE Nº 17.700; CARLA ELISÂNGELA
FERREIRA ALVES TEIXEIRA, BRASILEIRA, ADVOGADA, INSCRITA NA OAB/PE Nº 18.855; LORENA DE ALBUQUERQUE TAVARES,
BRASILEIRA, ADVOGADA, INSCRITA NA OAB/PE Nº 24.585; BRUNO LEONARDO PIRES RÉGIS DE CARVALHO, BRASILEIRO,
ADVOGADO, INSCRITO NA OAB/PE Nº 25.154, ANTÔNIO DE MORAIS DOURADO NETO, BRASILEIRO, ADVOGADO, INSCRITO
NA OAB/PE Nº 23.255, BRUNA CAROLINA DA SILVA MACÁRIO, BRASILEIRA, ADVOGADA, INSCRITA NA OAB/PE Nº 31.488, e
MÁRCIO CLEITON FERREIRA DA SILVA, BRASILEIRO, ADVOGADO, INSCRITO NA OAB/PE Nº 35.389. Todos integrantes do
escritório URBANO VITALINO ADVOGADOS, com endereço na Av. Visconde de Suassuna, n. 639, Boa Vista, Recife/PE,
sociedade está inscrita na Ordem dos Advogados do Brasil, seção de Pernambuco, sob o nº 313, a quem outorga, em conjunto
ou isoladamente, independentemente da ordem de nomeação, os poderes da cláusula Ad Judicia et Extra, para que os
Outorgados possam defender os interesses e representar a Outorgante em qualquer juízo, instância ou Tribunal, em especial
para confessar, desistir, transigir, firmar compromissos ou acordos, receber e dar quitação, assinar cartas de preposição,
enfim, praticar todos os demais atos necessários para bom e fiel cumprimento do presente mandato. Fica autorizado o
substabelecimento de poderes, com reserva de iguais.

O SUBSTABELECIMENTO DOS PODERES DESCRITOS NESTE INSTRUMENTO TERÁ VIGÊNCIA POR PRAZO INDETERMINADO, A
CONTAR DA PRESENTE DATA, podendo ser revogado a qualquer momento pelas Outorgantes. Revoga-se automaticamente
os poderes conferidos neste instrumento ao procurador que deixar de fazer parte do quadro de colaboradores da sociedade
de advogados outorgada.

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OS OUTORGADOS declaram estar cientes de que devem atender às Políticas, Procedimentos e regras em geral para
representação e assinatura de documentos de acordo com a procuração que lhe fora outorgada, durante o exercício de
suas funções como procurador da Outorgante, assumindo de forma integral a responsabilidade por todos os atos, danos
ou eventuais prejuízos que venha causar à Outorgante pela falta de observância de tais regras, ficando sujeito, em hipótese
de descumprimento, à possibilidade de aplicação de sanções cabíveis.

São Paulo, 12 de janeiro de 2023.

CRISTIAN COLONHESE TATIANA DE MORAIS DIAS


OAB/SP sob nº 241.799 OAB/SP sob nº 344.121

S.037.23 – Grupo VV – 12.01.23 - Substabelecimento de Procuração – Urbano Vitalino

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https://pje.trt10.jus.br/pjekz/validacao/23061615080877000000035788559?instancia=1
Número do processo: 0000870-60.2023.5.10.0802
Número do documento: 23061615080877000000035788559
Fls.: 950

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Fls.: 961

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Fls.: 962

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Fls.: 963

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Fls.: 964

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Fls.: 966

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Fls.: 967

Assinado eletronicamente por: CARLA ELISANGELA FERREIRA ALVES TEIXEIRA - Juntado em: 16/06/2023 15:08:16 - 40fb96b
Fls.: 968

Assinado eletronicamente por: CARLA ELISANGELA FERREIRA ALVES TEIXEIRA - Juntado em: 16/06/2023 15:08:16 - 40fb96b
Fls.: 969

Assinado eletronicamente por: CARLA ELISANGELA FERREIRA ALVES TEIXEIRA - Juntado em: 16/06/2023 15:08:16 - 40fb96b
Fls.: 970

Assinado eletronicamente por: CARLA ELISANGELA FERREIRA ALVES TEIXEIRA - Juntado em: 16/06/2023 15:08:16 - 40fb96b
Fls.: 971

Assinado eletronicamente por: CARLA ELISANGELA FERREIRA ALVES TEIXEIRA - Juntado em: 16/06/2023 15:08:16 - 40fb96b
Fls.: 972

Assinado eletronicamente por: CARLA ELISANGELA FERREIRA ALVES TEIXEIRA - Juntado em: 16/06/2023 15:08:16 - 40fb96b
https://pje.trt10.jus.br/pjekz/validacao/23061615081289900000035788563?instancia=1
Número do processo: 0000870-60.2023.5.10.0802
Número do documento: 23061615081289900000035788563
Fls.: 973

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) DESEMBARGADOR(A)


RELATOR(A) DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE TO.

HABILITAÇÃO

PROCESSO
0000870-60.2023.5.10.0802

VIA VAREJO S/A


vem, respeitosamente, à presença de V. Exa., nos autos do processo em epígrafe, por intermédio do advogado que
subscreve a presente petição, requerer a juntada dos instrumentos procuratórios em anexo, a fim de que produzam
os efeitos de direito, pugnando, por conseguinte, REQUERER pela habilitação nos presentes autos.

Requer a Reclamada, com base no artigo 77, inciso V, do CPC, que as notificações/intimações sejam endereçadas
exclusivamente à Advogada Dra. Carla Elisangela Ferreira Alves Teixeira, OAB/PE 18.855, CPF/MF nº 780.457.624-
20, as quais deverão ser remetidas ao seguinte endereço: Avenida Visconde de Suassuna, nº 639, Boa Vista,
Recife/PE.

Requer ainda:

Por corolário, destaque-se, por sua vez, que requerimentos destas espécies são plenamente admissíveis e
desrespeito ao mesmo acarretará claro e manifesto cerceio do seu direito de defesa, implicando, ainda, na
nulidade de todos os atos que venham a ser praticados a partir de eventual notificação/publicação irregular,
conforme entendimento manso e pacífico, conforme já declarou o STJ:

Havendo designação prévia e expressa do advogado que receberá as intimações, o nome deste deverá constar das
publicações, sob pena de nulidade” (STJ-RT 779/182).

Além disso, a Súmula nº 427 do TST prevê expressamente:

“Havendo pedido expresso de que as intimações e publicações sejam realizadas exclusivamente em nome de
determinado advogado, a comunicação em nome de outro profissional constituído nos autos é nula, salvo se
constatada a inexistência de prejuízo”.

Ademais, destacamos que a presente habilitação não importa na ciência tácita de qualquer eventual intimação
em curso, dessa forma, a patronesse terá ciência das publicações que forem efetivamente realizadas após a data
do protocolo desta petição.

Requer que as intimações a si dirigidas, o sejam única e exclusivamente à referida profissional, lançando-se o nome
desta na capa do processo e SIAJ.

Por fim, ratificam-se todos os atos praticados pelo reclamado no presente processo.

Nestes termos, pede deferimento.


PALMAS / TO, 16 de junho de 2023.
CARLA ELISANGELA F. A. TEIXEIRA OAB/PE 18.855

1
1

Assinado eletronicamente por: CARLA ELISANGELA FERREIRA ALVES TEIXEIRA - Juntado em: 16/06/2023 15:08:43 - 9c1c7a7
Fls.: 974

2
1

Assinado eletronicamente por: CARLA ELISANGELA FERREIRA ALVES TEIXEIRA - Juntado em: 16/06/2023 15:08:43 - 9c1c7a7
https://pje.trt10.jus.br/pjekz/validacao/23061615084181200000035788571?instancia=1
Número do processo: 0000870-60.2023.5.10.0802
Número do documento: 23061615084181200000035788571
Fls.: 975

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 10A REGIAO
2ª VARA DO TRABALHO DE PALMAS - TO
ATOrd 0000870-60.2023.5.10.0802
RECLAMANTE: MARIA DE JESUS FERREIRA RODRIGUES
RECLAMADO: VIA S.A.

CONCLUSÃO

Conclusão feita pelo(a) servidor(a) LUCIMAR MARIA DOS ANJOS,


em 21 de junho de 2023.

DESPACHO 

Vistos os autos.

Considerando que esta Unidade Judiciária não mais é aderente


ao Juízo 100% Digital, determino a retificação do cadastro no PJE, caso tenha sido
ativado no sistema eletrônico, a fim de que se retire a referida informação do presente
feito.

Designo audiência INICIAL PRESENCIAL para 11/10/2023 09:21. A


audiência NÃO SERÁ UNA.

Local da audiência: CEJUSC PALMAS situado no endereço Foro


Trabalhista de Palmas-TO Quadra 302 Norte, Conjunto QI 12, Alameda 2, Lote 1ª,
Palmas-TO, CEP 77006-338.

Os presentes autos, recebidos originariamente nesta MM. 2ª


Vara do Trabalho, serão remetidos eletronicamente ao CEJUSC PALMAS, onde será
realizada a audiência acima indicada, nos mesmos horário e data marcados pelo
sistema PJe, mantendo-se a  realização da audiência, independentemente da
movimentação indicada eletronicamente e remetida pelo sistema Push.

Em caso de discussão sobre a  jornada de trabalho a(o)


reclamada(o) deverá apresentar os controles de horários, conforme Súmula 338 do C.
TST.

Se houver controvérsia quanto aos depósitos do FGTS, o(a)(s)


reclamado(a)(s) deverá(ão) apresentar o(s) extrato(s) analítico(s) do FGTS, sob as penas
do artigo 400 do CPC. 

Assinado eletronicamente por: Daniel Izidoro Calabro Queiroga - Juntado em: 21/06/2023 09:15:44 - 63c1364
Fls.: 976

Em audiência, caso não constem das peças dos autos, o(a)(s)


reclamado(a)(s) deverá(ão) informar os números do CNPJ, CEI (Cadastro Específico do
INSS) e seu contrato social ou última alteração, com a precisa indicação do(s) CPF(s) dos
proprietário(s) ou sócios (Provimento CGJT s/nº, de 06/04/2016).

As partes deverão estar presentes independentemente do


comparecimento de advogado (CLT, artigo 843). O não comparecimento do (a)
reclamante importará no ARQUIVAMENTO DO PROCESSO (art. 844 da CLT). A parte
Reclamada deverá comparecer pessoalmente ou designar PREPOSTO LEGALMENTE
HABILITADO, conforme previsto no artigo 843 da CLT. O não comparecimento da (o)
reclamada (o)  e a ausência de defesa importarão a aplicação de REVELIA (art. 844, §5°) ,
além de CONFISSÃO quanto à matéria de fato (CLT, art. 844), reputando-se verdadeiros
os fatos alegados na petição inicial. 

Defesa(s) escrita(s) deverá(ão) ser apresentada(s) mediante peça


(s) salva(s) no ambiente do PJe-JT (recomenda-se pelo menos 48 horas de
antecedência), valendo-se a parte interessada dos seus próprios meios ou dos
equipamentos disponibilizados nos Foros Trabalhistas ou nas Secretarias das Varas da
Décima Região, em sistema de autoatendimento (RESOLUÇÃO CSJT Nº 185, art 22, § 1º).

Não serão conhecidos os documentos lançados na qualidade de


sigilosos que não estejam previstos nas hipóteses legais.

Em caso de dúvidas a parte poderá consultar a Portaria PRE


/SGJUD Nº 1/2012, do TRT 10ª Região. http://www.trt10.jus.br.

Os arquivos juntados aos autos eletrônicos devem ser legíveis,


com orientação visual correta e utilizar descrição que identifique, resumidamente, os
documentos neles contidos, os períodos a que se referem, e, individualmente
considerados, devem trazer os documentos de mesma espécie, ordenados
cronologicamente (CSJT, Resolução nº 185/2017, art. 13, §1º), sob pena de não
conhecimento/exclusão (idem, art. 15).

A parte interessada deverá disponibilizar o arquivo de mídia em


espaço de armazenamento virtual remoto (nuvem), acessível por meio de rede digital,
informando o respectivo link de acesso em petição protocolizada no processo.

Nos termos da Portaria PRE-SGJUD nº 20, de 13 de agosto de


2020, o interessado também deverá informar o código hash do arquivo, por meio de
software de geração e conferência de hash, conforme instrução constante no
documento disponível em https://www.trt10.jus.br/setin
/procedimento_gerar_conferir_hash.pdf , devendo assegurar que os arquivos
eletrônicos estejam livres de "códigos maliciosos", sob pena de serem desconsiderados.

Assinado eletronicamente por: Daniel Izidoro Calabro Queiroga - Juntado em: 21/06/2023 09:15:44 - 63c1364
Fls.: 977

Nessa audiência, em termo prévio à entrega da defesa, será


procedida tentativa de acordo a fim de que, colhendo-se parâmetros apresentados
com boa vontade pelos próprios interessados, se verifique a possibilidade de o litígio
ser solucionado desde já, amigavelmente, com inegável economia de tempo e de
recursos. Assim, recomenda-se à (s) parte (s) reclamada (s) trazer uma proposta que
viabilize o início das negociações. Registre-se que, em um acordo, podem as partes -
conhecedoras da verdade dos fatos e da condição financeira uma da outra - fixar
parcelamento e outras facilidades inexistentes em eventual execução de sentença
condenatória. E registre-se também que não há necessidade de se aguardar a
audiência ou mesmo a condução da conversa pelo magistrado, para o início das
tratativas, sendo possível e desejável que reclamante (s) e reclamada (s) se contactem
antes mesmo de virem a Juízo para uma negociação prévia menos apressada.

Publique-se para ciência do reclamante.

NOTIFIQUE-SE a Reclamada via sistema por seu


advogado  devidamente habilitado.       

PALMAS/TO, 21 de junho de 2023.

Daniel Izidoro Calabro Queiroga


Juiz do Trabalho Substituto

Assinado eletronicamente por: Daniel Izidoro Calabro Queiroga - Juntado em: 21/06/2023 09:15:44 - 63c1364
Certificado por TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 10 REGIAO:02011574000190
https://pje.trt10.jus.br/pjekz/validacao/23062107182609500000035844720?instancia=1
Número do processo: 0000870-60.2023.5.10.0802
Número do documento: 23062107182609500000035844720
Fls.: 978

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 10A REGIAO
2ª VARA DO TRABALHO DE PALMAS - TO
ATOrd 0000870-60.2023.5.10.0802
RECLAMANTE: MARIA DE JESUS FERREIRA RODRIGUES
RECLAMADO: VIA S.A.

INTIMAÇÃO

Fica V. Sa. intimado para tomar ciência do Despacho ID 63c1364 proferido nos autos.

CONCLUSÃO

Conclusão feita pelo(a) servidor(a) LUCIMAR MARIA DOS ANJOS,


em 21 de junho de 2023.

DESPACHO 

Vistos os autos.

Considerando que esta Unidade Judiciária não mais é aderente


ao Juízo 100% Digital, determino a retificação do cadastro no PJE, caso tenha sido
ativado no sistema eletrônico, a fim de que se retire a referida informação do presente
feito.

Designo audiência INICIAL PRESENCIAL para 11/10/2023 09:21. A


audiência NÃO SERÁ UNA.

Local da audiência: CEJUSC PALMAS situado no endereço Foro


Trabalhista de Palmas-TO Quadra 302 Norte, Conjunto QI 12, Alameda 2, Lote 1ª,
Palmas-TO, CEP 77006-338.

Os presentes autos, recebidos originariamente nesta MM. 2ª


Vara do Trabalho, serão remetidos eletronicamente ao CEJUSC PALMAS, onde será
realizada a audiência acima indicada, nos mesmos horário e data marcados pelo
sistema PJe, mantendo-se a  realização da audiência, independentemente da
movimentação indicada eletronicamente e remetida pelo sistema Push.

Em caso de discussão sobre a  jornada de trabalho a(o)


reclamada(o) deverá apresentar os controles de horários, conforme Súmula 338 do C.
TST.

Assinado eletronicamente por: Daniel Izidoro Calabro Queiroga - Juntado em: 21/06/2023 09:16:44 - 2c03a1e
Fls.: 979

Se houver controvérsia quanto aos depósitos do FGTS, o(a)(s)


reclamado(a)(s) deverá(ão) apresentar o(s) extrato(s) analítico(s) do FGTS, sob as penas
do artigo 400 do CPC. 

Em audiência, caso não constem das peças dos autos, o(a)(s)


reclamado(a)(s) deverá(ão) informar os números do CNPJ, CEI (Cadastro Específico do
INSS) e seu contrato social ou última alteração, com a precisa indicação do(s) CPF(s) dos
proprietário(s) ou sócios (Provimento CGJT s/nº, de 06/04/2016).

As partes deverão estar presentes independentemente do


comparecimento de advogado (CLT, artigo 843). O não comparecimento do (a)
reclamante importará no ARQUIVAMENTO DO PROCESSO (art. 844 da CLT). A parte
Reclamada deverá comparecer pessoalmente ou designar PREPOSTO LEGALMENTE
HABILITADO, conforme previsto no artigo 843 da CLT. O não comparecimento da (o)
reclamada (o)  e a ausência de defesa importarão a aplicação de REVELIA (art. 844, §5°) ,
além de CONFISSÃO quanto à matéria de fato (CLT, art. 844), reputando-se verdadeiros
os fatos alegados na petição inicial. 

Defesa(s) escrita(s) deverá(ão) ser apresentada(s) mediante peça


(s) salva(s) no ambiente do PJe-JT (recomenda-se pelo menos 48 horas de
antecedência), valendo-se a parte interessada dos seus próprios meios ou dos
equipamentos disponibilizados nos Foros Trabalhistas ou nas Secretarias das Varas da
Décima Região, em sistema de autoatendimento (RESOLUÇÃO CSJT Nº 185, art 22, § 1º).

Não serão conhecidos os documentos lançados na qualidade de


sigilosos que não estejam previstos nas hipóteses legais.

Em caso de dúvidas a parte poderá consultar a Portaria PRE


/SGJUD Nº 1/2012, do TRT 10ª Região. http://www.trt10.jus.br.

Os arquivos juntados aos autos eletrônicos devem ser legíveis,


com orientação visual correta e utilizar descrição que identifique, resumidamente, os
documentos neles contidos, os períodos a que se referem, e, individualmente
considerados, devem trazer os documentos de mesma espécie, ordenados
cronologicamente (CSJT, Resolução nº 185/2017, art. 13, §1º), sob pena de não
conhecimento/exclusão (idem, art. 15).

A parte interessada deverá disponibilizar o arquivo de mídia em


espaço de armazenamento virtual remoto (nuvem), acessível por meio de rede digital,
informando o respectivo link de acesso em petição protocolizada no processo.

Nos termos da Portaria PRE-SGJUD nº 20, de 13 de agosto de


2020, o interessado também deverá informar o código hash do arquivo, por meio de
software de geração e conferência de hash, conforme instrução constante no

Assinado eletronicamente por: Daniel Izidoro Calabro Queiroga - Juntado em: 21/06/2023 09:16:44 - 2c03a1e
Fls.: 980

documento disponível em https://www.trt10.jus.br/setin


/procedimento_gerar_conferir_hash.pdf , devendo assegurar que os arquivos
eletrônicos estejam livres de "códigos maliciosos", sob pena de serem desconsiderados.

Nessa audiência, em termo prévio à entrega da defesa, será


procedida tentativa de acordo a fim de que, colhendo-se parâmetros apresentados
com boa vontade pelos próprios interessados, se verifique a possibilidade de o litígio
ser solucionado desde já, amigavelmente, com inegável economia de tempo e de
recursos. Assim, recomenda-se à (s) parte (s) reclamada (s) trazer uma proposta que
viabilize o início das negociações. Registre-se que, em um acordo, podem as partes -
conhecedoras da verdade dos fatos e da condição financeira uma da outra - fixar
parcelamento e outras facilidades inexistentes em eventual execução de sentença
condenatória. E registre-se também que não há necessidade de se aguardar a
audiência ou mesmo a condução da conversa pelo magistrado, para o início das
tratativas, sendo possível e desejável que reclamante (s) e reclamada (s) se contactem
antes mesmo de virem a Juízo para uma negociação prévia menos apressada.

Publique-se para ciência do reclamante.

NOTIFIQUE-SE a Reclamada via sistema por seu


advogado  devidamente habilitado.       

PALMAS/TO, 21 de junho de 2023.

Daniel Izidoro Calabro Queiroga


Juiz do Trabalho Substituto

Assinado eletronicamente por: Daniel Izidoro Calabro Queiroga - Juntado em: 21/06/2023 09:16:44 - 2c03a1e
Certificado por TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 10 REGIAO:02011574000190
https://pje.trt10.jus.br/pjekz/validacao/23062109154431500000035845859?instancia=1
Número do processo: 0000870-60.2023.5.10.0802
Número do documento: 23062109154431500000035845859
SUMÁRIO
Documentos

Data da
Id. Documento Tipo
Assinatura

48ebf67 13/06/2023 14:38 Petição Inicial Petição Inicial

e1c3c85 13/06/2023 14:38 calculo inicial -MARIA DE JESUS FERREIRA RODRIGUES DA Documento Diverso
CUNHA
b3024b8 13/06/2023 14:38 Procuração Procuração

Declaração de
12bbebb 13/06/2023 14:38 Declaração Hipossuficiência

69bd1c6 13/06/2023 14:38 Ata Preposta Alessandra Malta 0011138-11.2018.5.03.0135 Documento Diverso

a393272 13/06/2023 14:38 Ata Preposta Pollyanna de Matos Lacerda 0010979- Documento Diverso
06.2019.5.03.0015
bc58b5f 13/06/2023 14:38 Ata Preposta Thamiris Gonçalves Tripoles Documento Diverso

4f94829 13/06/2023 14:38 Ata Preposto Allan 0100045-06.2020.5.01.0051 Documento Diverso

0274b4e 13/06/2023 14:38 Ata Preposto Cassio da Silva Afonso 0010063- Documento Diverso
53.2019.5.03.0182

3b078f1 13/06/2023 14:38 Ata Preposto Dimas Souza de Carvalho 1001682- Documento Diverso
61.2019.5.02.0604
aceac5a 13/06/2023 14:38 Ata Preposto Josias da Silva 0024354-22.2019.5.24.0005 Documento Diverso

290179f 13/06/2023 14:38 Ata Preposto Marcio Alves Pinto 0010581-68.2019.5.03.0012 Documento Diverso

eafbfc4 13/06/2023 14:38 Ata Preposto SP FLAVIO HENRIQUE RAMOS Documento Diverso

c7de861 13/06/2023 14:38 Depoimento Testemunha Reclamada - Comprovação Documento Diverso


Invalidade Controle de Jornada

fba0f26 13/06/2023 14:38 prova de Venda durante o Intervalo Intrajornada e apos registro Documento Diverso
de saida
0584b9b 13/06/2023 14:38 Prova de Venda Durante o Intervalo Intrajornada Documento Diverso

ab47196 13/06/2023 14:38 Prova Inexistência De Confiança - I Documento Diverso

43140a6 13/06/2023 14:38 Prova Inexistência De Confiança - II Documento Diverso

136a0cf 13/06/2023 14:38 Move - Agenda Gerente Documento Diverso

d667b46 13/06/2023 14:38 Move - Agenda Gerente - Rota 3x3 Documento Diverso

29f8511 13/06/2023 14:38 Cartões de ponto com fixação de jornada Documento Diverso

f746c5e 13/06/2023 14:38 Anexo I ao VII 1-144 Documento Diverso

ab848c0 13/06/2023 14:38 Anexo VIII ao XII 145-272 Documento Diverso

f5426d2 13/06/2023 14:38 Atas Audiências-Depoimentos-Casos Analogos - AIJ Documento Diverso

3a00896 13/06/2023 14:38 Sentenças Procedentes-Casos Análogos Documento Diverso

e6250b3 13/06/2023 14:38 Acórdãos Procedentes-Casos Análogos Documento Diverso

8df4241 13/06/2023 14:38 Comprovação Fiscalização Jornada Do Gerente Documento Diverso

a2feb5e 13/06/2023 14:38 Comprovação controle de jornada pelo gerente regional Documento Diverso

ee39dbb 13/06/2023 14:38 Ingerência gerente regional no dia a dia da filial Documento Diverso

431a99b 13/06/2023 14:38 Laudo Pericial comprovando efetivo contro de Jornada dos Documento Diverso
Gerentes - 0010011-28.2023.5.15.0006
Convenção Coletiva de
55d1db8 13/06/2023 14:38 C.C.T Palmas-TO 2017-2018 Trabalho (CCT)

Convenção Coletiva de
9b32123 13/06/2023 14:38 C.C.T Palmas-TO 2019-2021 Parte I Trabalho (CCT)

Convenção Coletiva de
5b16c47 13/06/2023 14:38 C.C.T Palmas-TO 2019-2021 Parte II Trabalho (CCT)

Convenção Coletiva de
d911f34 13/06/2023 14:38 C.C.T Palmas-TO 2021-2023 Trabalho (CCT)

Convenção Coletiva de
8d76bcf 13/06/2023 14:38 C.C.T São Luis-MA 2021-2022 Trabalho (CCT)

Convenção Coletiva de
3539ed7 13/06/2023 14:38 C.C.T São Luis-MA 2022-2023 Trabalho (CCT)

Solicitação de
fb1ced5 16/06/2023 15:08 Habilitação Habilitação

a919360 16/06/2023 15:08 1-procuracao-publica_5 Procuração

235a9f1 16/06/2023 15:08 2-substabelecimento-de-procuracao_2 Documento Diverso

69cc8ae 16/06/2023 15:08 3-ata-age-050821-via-sa-2_6 Documento Diverso

30cbd7d 16/06/2023 15:08 4-ata-rca-120521-reeleicao-diretoria-jucesp-2_3 Documento Diverso

40fb96b 16/06/2023 15:08 5-estatuto-social-via-050821-2_4 Estatuto

Solicitação de
9c1c7a7 16/06/2023 15:08 Habilitação Habilitação

63c1364 21/06/2023 09:15 Despacho Despacho

2c03a1e 21/06/2023 09:16 Intimação Intimação

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