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Curso de Aperfeiçoamento de Locutor Apresentador - ©ABLAP


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Associação Brasileira de Locutores,


Apresentadores e Produtores de Rádio e TV

CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE
LOCUTOR APRESENTADOR ANIMADOR

Módulo II
Ética e Legislação
Aplicada à Comunicação

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Legislação Aplicada à Comunicação

Iniciamos com os Fundamentos


Constitucionais – Leia com atenção

CONSTITUIÇÃO FEDERAL
CAPÍTULO V
DA COMUNICAÇÃO SOCIAL

Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob


qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto
nesta Constituição.
§ 1º - Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena
liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o
disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV.
§ 2º - É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.
§ 3º - Compete à lei federal:
I - regular as diversões e espetáculos públicos, cabendo ao Poder Público informar
sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se recomendem, locais e horários em que
sua apresentação se mostre inadequada;
II - estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família a possibilidade de
se defenderem de programas ou programações de rádio e televisão que contrariem o disposto
no art. 221, bem como da propaganda de produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos
à saúde e ao meio ambiente.
§ 4º - A propaganda comercial de tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos,
medicamentos e terapias estará sujeita a restrições legais, nos termos do inciso II do parágrafo
anterior, e conterá, sempre que necessário, advertência sobre os malefícios decorrentes de
seu uso.
§ 5º - Os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto
de monopólio ou oligopólio.

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§ 6º - A publicação de veículo impresso de comunicação independe de licença de


autoridade.

Art. 221. A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão


aos seguintes princípios:
I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas;
II - promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que
objetive sua divulgação;
III - regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais
estabelecidos em lei;
IV - respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.

Art. 222. A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e


imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou de pessoas
jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País.
§ 1º Em qualquer caso, pelo menos setenta por cento do capital total e do capital
votante das empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens deverá
pertencer, direta ou indiretamente, a brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos,
que exercerão obrigatoriamente a gestão das atividades e estabelecerão o conteúdo da
programação.
§ 2º A responsabilidade editorial e as atividades de seleção e direção da programação
veiculada são privativas de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, em
qualquer meio de comunicação social.
§ 3º Os meios de comunicação social eletrônica, independentemente da tecnologia
utilizada para a prestação do serviço, deverão observar os princípios enunciados no art. 221,
na forma de lei específica, que também garantirá a prioridade de profissionais brasileiros na
execução de produções nacionais.
§ 4º Lei disciplinará a participação de capital estrangeiro nas empresas de que trata o
§ 1º.
§ 5º As alterações de controle societário das empresas de que trata o § 1º serão
comunicadas ao Congresso Nacional.

Art. 223. Compete ao Poder Executivo outorgar e renovar concessão, permissão e


autorização para o serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens, observado o princípio
da complementaridade dos sistemas privado, público e estatal.

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§ 1º - O Congresso Nacional apreciará o ato no prazo do art. 64, § 2º e § 4º, a contar


do recebimento da mensagem.

§ 2º - A não renovação da concessão ou permissão dependerá de aprovação de, no


mínimo, dois quintos do Congresso Nacional, em votação nominal.

§ 3º - O ato de outorga ou renovação somente produzirá efeitos legais após


deliberação do Congresso Nacional, na forma dos parágrafos anteriores.

§ 4º - O cancelamento da concessão ou permissão, antes de vencido o prazo,


depende de decisão judicial.
§ 5º - O prazo da concessão ou permissão será de dez anos para as emissoras de
rádio e de quinze para as de televisão.

Art. 224. Para os efeitos do disposto neste capítulo, o Congresso Nacional instituirá,
como seu órgão auxiliar, o Conselho de Comunicação Social, na forma da lei.

Após a leitura atenta dos dispositivos constitucionais


acima, responda e envie o questionário I da página 49 para o
professor Henrique Martins pelo e-mail
henriquemartins@ablap1.com

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Sobre os Aspectos Legais da


Profissão de Radialista

DECRETO 84.134/79
Regulamenta a Lei nº 6.615, de 16/1978
(Lei do Radialista)
Art. 1º O exercício da profissão de Radialista é regulado pela Lei nº 6.615, de 16 de dezembro
de 1978, na forma deste Regulamento.

Art. 2º Considera-se Radialista o empregado de empresa de radiodifusão que exerça função


estabelecida no anexo deste Regulamento.

Art. 3º Considera-se empresa de radiodifusão, para os efeitos deste Regulamento, aquela


que explora serviços de transmissão de programas e mensagens, destinada a ser recebida
livre e gratuitamente pelo público em geral, compreendendo a radiodifusão sonora (rádio) e
radiodifusão de sons e imagens (televisão).
Parágrafo único. Considera-se, igualmente, para os efeitos deste Regulamento, empresa de
radiodifusão:

a) a que explore serviço de música funcional ou ambiental e outras que executem, por
quaisquer processos, transmissão de rádio ou de televisão;
b) a que se dedique, exclusivamente, à produção de programas para empresas de
radiodifusão;
c) a entidade que execute serviços de repetição ou de retransmissão de radiodifusão;
d) a entidade privada e a fundação mantenedora que executem serviços de radiodifusão,
inclusive em circuito fechado de qualquer natureza;
e) as empresas ou agências de qualquer natureza destinadas, em sua finalidade, à
produção de programas, filmes e dublagens, comerciais ou não, para serem divulgados
através das empresas de radiodífusão.

Art. 4º A profissão de Radialista compreende as seguintes atividades:


I - Administração;

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II - Produção;
III - Técnica.

§ 1º As atividades de administração compreendem as especializadas, peculiares às empresas


de radiodifusão.

§ 2º As atividades de produção se subdividem nos seguintes setores:


a) autoria;
b) direção;
c) produção;
d) interpretação;
e) dublagem;
f) locução;
g) caracterização;
h) cenografia.

§ 3º As atividades técnicas se subdividem nos seguintes setores:


a) direção;
b) tratamento e registros sonoros;
c) tratamento e registros,visuais;
d) montagem e arquivamento;
e) transmissão de sons e imagens;
f) revelação e copiagem de filmes;
g) artes plásticas e animação de desenhos e objetos;
h) manutenção técnica.

§ 4º As denominações e descrições das funções em que se desdobram as


atividades e os setores mencionados nos parágrafos anteriores, constam do
Quadro anexo a este Regulamento.
Art. 5º Não se incluem no disposto neste Regulamento os Atores e Figurantes que prestam
serviços a empresas de radiodifusão.

Art. 6º O exercício da profissão de Radialista requer prévio registro na Delegacia


Regional do Trabalho do Ministério do Trabalho, o qual terá validade em todo o
território nacional.
Parágrafo único. O pedido de registro de que trata este artigo poderá ser encaminhado através
do sindicato representativo da categoria profissional ou da federação respectiva.

Art. 7º Para registro do Radialista é necessária a apresentação de:

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I - diploma de curso superior, quando existente, para as funções em que se desdobram as


atividades de Radialista, fornecido por escola reconhecida na forma da lei; ou

II - diploma ou certificado correspondente às habilitações profissionais ou


básicas de 2º Grau, quando existente para as funções em que se desdobram as
atividades de Radialista, fornecido por escola reconhecida na forma da lei; ou
III - atestado de capacitação profissional.

Art. 8º O atestado mencionado no inciso III do artigo anterior será emitido pela Delegacia
Regional do Trabalho, a requerimento do interessado, instruído com certificado de conclusão
de treinamento para função constante do Quadro anexo a este Regulamento. O certificado
deverá ser fornecido por unidade integrante do Sistema Nacional de Formação de Mão-de-
Obra, credenciada pelo Conselho Federal de Mão-de-Obra ou por entidade da Administração
Pública, direta ou indireta, que tenha por objetivo, previsto em lei, promover e estimular a
formação e o treinamento de pessoal especializado, necessário às atividades de radiodifusão.

§ 1º A emissão do atestado de capacitação profissional será precedida de audiência da


entidade representativa da categoria profissional.
§ 2º Para os fins do parágrafo anterior, a entidade sindical será cientificada do requerimento e
sobre ele se manifestará, se quiser, no prazo de 05 (cinco) dias.

Art. 9º O registro de Radialista será efetuado peIa Delegacia Regional do


Trabalho do Ministério do Trabalho, a requerimento do interessado, instruído
com os seguintes documentos:
I - diploma, certificado ou atestado mencionados no artigo 7º;
II - Carteira de Trabalho e Previdência Social.

Art. 10. O Contrato de Trabalho, quando por prazo determinado, deverá ser registrado, a
requerimento do empregador, no órgão regional do Ministério do Trabalho, até a véspera do
início da sua vigência, e conterá, obrigatoriamente:
I - a qualificação completa das partes contratantes;
II - o prazo de vigência;
III - a natureza do serviço;
IV - o local em que será prestado o serviço;
V - cláusula relativa a exclusividade e transferiblidade;
VI - a jornada de trabalho, com especificação do horário e intervalo de repouso;
VII - a remuneração e sua forma de pagamento;

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VIII - especificação quanto à categoria de transporte e hospedagem assegurada em caso de


prestação de serviços fora do local onde foi contratado;
IX - dia de folga semanal;

X - número da Carteira de Trabalho e Previdência Social;


XI - condições especiais, se houver.

§ 1º O contrato de trabalho de que trata este artigo será visado pelo Sindicato representativo da
categoria profissional ou pela federação respectiva, como condição para registro no Ministério
do Trabalho.

§ 2º A entidade sindical visará ou não o contrato, no prazo máximo de 02 (dois) dias úteis,
findos os quais poderá ser registrado, independentemente de manifestação da entidade
sindical, se não estiver em desacordo com a Lei ou com este Regulamento.
§ 3º Da decisão da entidade sindical que negar o visto caberá recurso para o Ministério do
Trabalho.

Art. 11. O requerimento do registro deverá ser instruído com 2 (duas) vias do instrumento do
contrato de trabalho, visadas pelo Sindicato representativo da categoria profissional e,
subsidiariamente, pela Federação respectiva.

Art. 12. No caso de se tratar de rede de radiodifusão de propriedade ou controle de um mesmo


grupo, deverá ser indicada na Carteira de Trabalho e Previdência Social a emissora na qual
será prestado o serviço.
Parágrafo único. Quando se tratar de emissora de Onda Tropical pertencente a mesma
concessionária e que transmita simultânea, integral e permanentemente a programação de
emissora de Onda Média, far-se-á no mencionado documento a indicação das emissoras.

Art. 13. Para contratação de estrangeiro, domiciliado no exterior, exigir-se-á prévio


recolhimento à Caixa Econômica Federal, de importância equivalente a 10% (dez por cento) do
valor total do ajuste, a título de contribuição sindical, em nome da entidade da categoria
profissional.

Art. 14. A utilização de profissional contratado por agência de locação de mão-de-obra obrigará
o tomador de serviço, solidariamente, pelo cumprimento das obrigações legais e contratuais, se
caracterizar a tentativa, pelo tomador de serviço, de utilizar a agência para fugir às
responsabilidades e obrigações decorrentes da Lei, deste Regulamento ou do contrato de
trabalho.

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Art. 15. Nos contratos de trabalho por prazo determinado, para produção de mensagens
publicitárias, feitas para rádio e televisão, constará obrigatoriamente:
I - o nome do produtor, do anunciante e, se houver, da agência de publicidade para a qual a
mensagem é produzida;

II - o tempo de exploração comercial da mensagem;


III - o produto a ser promovido;
IV - os meios de comunicação através dos quais a mensagem será exibida;
V - o tempo de duração da mensagem e suas características.

Art. 16. Na hipótese de acumulação de funções dentro de um mesmo Setor em que se


desdobram às atividades mencionadas no artigo 4º, será assegurado ao Radialista um
adicional mínimo de:
I - 40% (quarenta por cento), pela função acumulada, tomando-se por base a função melhor
remunerada, nas emissoras de potência igual ou superior a 10 (dez) quilowatts bem como nas
empresas discriminadas no parágrafo único do artigo 3º;
II - 20% (vinte por cento), pela função acumulada, tomando-se por base a função melhor
remunerada, nas emissoras de potência inferior a 10 (dez) quilowatts e superior a.1 (um)
quilowatt;
III - 10% (dez por cento), pela função acumulada, tomando-se por base a função melhor
remunerada, nas emissoras de potência Igual ou Inferior a 1 (um) quilowatt.
Parágrafo único. Não será permitido, por força de um só contrato de trabalho, o exercício para
diferentes setores dentre os mencionados no artigo 4º.

Art. 17. Quando o exercício de qualquer função for acumulado com responsabilidade de
chefia, o Radialista fará jus a um acréscimo de 40% (quarenta por cento) sobre o salário.
Parágrafo único. Cessada a responsabilidade de chefia, automaticamente deixará de ser
devido o acréscimo salarial.

Art. 18. Na hipótese de trabalho executado fora do local mencionado no contrato de trabalho,
correrão à conta do empregador, além do salário, as despesas de transporte, de alimentação e
de hospedagem, até o respectivo retorno.

Art. 19. Não será permitida a cessão ou promessa de cessão dos direitos de autor e dos que
lhes são conexos, de que trata a Lei nº 5.988, de 14 de dezembro de 1973, decorrentes da
prestação de serviços profissionais.
Parágrafo único. Os direitos autorais e conexos dos profissionais serão devidos em decorrência
de cada exibição da obra.

Art. 20. A duração normal do trabalho do Radialista é de:

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I - 5 (cinco) horas para os setores de autoria e de locução;

II - 6 (seis) horas para os setores de produção, interpretação, dublagem, tratamento e


registros sonoros, tratamento e registros visuais, montagem e arquivamento, transmissão de
sons e imagens, revelação e copiagem de filmes, artes plásticas e animação de desenhos e
objetos e manutenção técnica;

III - 7 (sete) horas para os setores de cenografia e caracterização, deduzindo-se desse tempo
20 (vinte) minutos para descanso, sempre que se verificar um esforço continuo de mais de 3
(três) horas;

IV - 8 (oito) horas para os demais setores.


Parágrafo único. O trabalho prestado além das limitações diárias previstas nos itens acima será
considerados extraordinários, aplicando-se o disposto nos artigos pertinentes da Consolidação
das Leis do Trabalho. (CLT).

Art. 21. Será considerado como serviço efetivo o período em que o Radialista permanecer à
disposição do empregador.

Art. 22. É assegurada ao Radialista uma folga semanal remunerada de 24 (vinte e quatro)
horas consecutivas, de preferência aos domingos.
Parágrafo único. As empresas organizarão escalas de revezamento de maneira a favorecer o
empregado com um repouso dominical mensal, pelo menos, salvo quando, pela natureza do
serviço, a atividade do Radialista for desempenhada habitualmente aos domingos.

Art. 23. A jornada de trabalho dos Radialistas que prestem serviços em condições de
insalubridade ou periculosidade poderá ser organizada em turnos, respeitada a duração
semanal do trabalho, desde que previamente autorizada pelo Ministério do Trabalho.

Art. 24. A cláusula de exclusividade não impedirá o Radialista de prestar serviços a outro
empregador, desde que em outro meio de comunicação e sem que se caracterize prejuízo para
o primeiro contratante.

Art. 25. Os textos destinados à memorização, juntamente com o roteiro da gravação ou plano
de trabalho, deverão ser entregues ao profissional com antecedência mínima de 24 (vinte e
quatro) horas, em relação ao início dos trabalhos.

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Art. 26. Nenhum profissional será obrigado a participar de qualquer trabalho que coloque em
risco sua integridade física ou moral.

Art. 27.O fornecimento de guarda-roupa e demais recursos Indispensáveis ao


cumprimento das tarefas contratuais será de responsabilidade do empregador.

Art. 28. A empresa não poderá obrigar o Radialista, durante o desempenho de suas funções, a
fazer uso de uniformes que contenham símbolos, marcas ou qualquer mensagem de caráter
publicitário.
Parágrafo único. Não se incluem nessa proibição os símbolos ou marcas Identificadores do
empregador.

Art. 29. As infrações ao disposto na Lei e neste Regulamento serão punidas com multa de 2
(duas) a 20 (vinte) vezes o maior valor de referência previsto no artigo 2º, parágrafo único, da
Lei nº 6.205, de 29 de abril de 1975, calculada à razão de um valor de referência por
empregado em situação irregular.
Parágrafo único. Em caso de reincidência, embaraço ou resistência à fiscalização, emprego de
artifício ou simulação com objetivo de fraudar a Lei a multa será aplicada em seu valor máximo.

Art. 30. O empregador punido na forma do artigo anterior, enquanto não regularizar a situação
que deu causa à autuação e não recolher a multa aplicada, após esgotados os recursos
cabíveis, não poderá receber qualquer benefício, incentivo ou subvenção concedidos por
órgãos públicos.

Art. 31. É assegurado o registro a que se refere o artigo 6º, ao Radialista que, até 19 de
dezembro de 1978, tenha exercido, comprovadamente, a respectiva profissão.
Parágrafo único. O registro de que se trata este artigo deverá ser requerido pelo interessado ao
órgão regional Ministério do Trabalho.

Art. 32. Aplicam-se ao Radialista as normas da legislação do trabalho, exceto naquilo que for
incompatível com as disposições da Lei nº 6.615, de 16 de dezembro de 1978.

Art. 33. São inaplicáveis aos órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, as
disposições constantes § 1º do artigo 10 e do artigo 13 deste Regulamento.

Art. 34. A alteração do Quadro anexo a este Regulamento será proposta, sempre
que necessária, pelo Ministério do Trabalho, de ofício ou em decorrência de
representação das entidades de classe.

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Art. 35. Aos Radialistas empregados de entidades sujeitas às normas legais que regulam a
acumulação de cargos, empregos ou funções na Administração Pública não se aplicam as
disposições do artigo 16.

QUADRO ANEXO AO DECRETO Nº 84.134/79.

TÍTULOS E DESCRIÇÕES DAS FUNÇÕES EM QUE


SE DESDOBRAM AS ATIVIDADES DOS RADIALISTAS
(Cada função corresponde a um Registro
Profissional de Radialista – DRT)

I - ADMINISTRAÇÃO
1) RÁDIO - TV FISCAL
Fiscaliza as transmissões ouvindo-as e vendo-as, elaborando o relatório seqüencial de tudo o
que vai ao ar, principalmente a publicidade.

II - PRODUÇÃO

A - AUTORIA
1) AUTOR - ROTEIRISTA
Escreve original ou roteiros para a realização de programas ou séries de programas. Adaptam
originais de terceiros transformando-os em programas.

B - DIREÇÃO
1) DIRETOR ARTÍSTICO OU DE PRODUÇÃO
Responsável pela execução dos programas, supervisiona o processo de recrutamento e
seleção do pessoal necessário, principalmente quanto à escolha dos produtores e
coordenadores de programas. Depois de prontos coloca os programas à disposição do Diretor
de Programa.
2) DIRETOR DE PROGRAMAÇÃO
Responsável final pela emissão dos programas transmitidos pela emissora, tendo em vista sua
qualidade e a adequação dos horários de transmissão.

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3) DIRETOR ESPORTIVO
Responsável pela produção e transmissão dos programas e eventos esportivos. Desempenha,
eventualidade, funções de locução durante os referidos eventos.
4) DIRETOR MUSICAL
Responsável pela produção musical da programação, trabalhando em harmonia com o
produtor de programas na transmissão e/ou gravação de números e/ou espetáculos musicais.
5) DIRETOR DE PROGRAMAS
Responsável pela execução de um ou mais programas individuais, conforme lhe for atribuído
pela Direção Artística ou de Produção, sendo também responsável pela totalidade das
providências que resultam na elaboração do programa deixando-o pronto a ser transmitido ou
gravado.

C - PRODUÇÃO
1) ASSISTENTE DE ESTÚDIO
Responsável pela ordem e seqüência de encenação, programa ou gravação dentro de estúdio,
coordena os trabalhos e providência para que a orientação do diretor do programa ou do diretor
de imagens seja cumprida providencia cartões, ordens e sinais dentro do estúdio que permitam
emissão ou gravação do programa.
2) ASSISTENTE DE PRODUÇÃO
Responsável pela obtenção dos meios materiais necessários à realização de programas,
assessora o coordenador de produção durante os ensaios, encenação ou gravação dos
programas. Convoca os elementos envolvidos no programa a ser produzido.
3) AUXILIAR DE CINEGRAFISTA
Encarrega-se do bom estado do equipamento de cinegrafista e de iluminação: auxilia o
cinegrafista nas tomadas de cena e na sua iluminação.
4) AUXILIAR DE DISCOTECÁRIO
Auxilia o discotecário e o discotecário programador no desempenho de suas atividades.
Responsável pelos fichários de controle, catálogos e roteiros dos programas musicais, sob
orientação do discotecário programador. Remete e recebe dos setores competentes o material
da discoteca, em consonância com o encarregado de tráfego. Distribui, nos arquivos ou
estantes próprias, os discos, fitas e cartuchos, zelando pelo material e equipamentos do acervo
da discoteca.

5) CINEGRAFISTA
Encarregar-se da filmagem de assuntos distribuídos pela produção e por sua planificação.
Orienta o repórter e o iluminador no que refere aos aspectos técnicos de seu trabalho.
Suas atividades envolvem tanto a filmagem como a geração de som e imagem através de
equipamento eletrônico portátil de TV (UPJ).

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6) CONTINUISTA
Dá continuidade às cenas de programas, acompanhamento a sua gravação e providenciando
para que cada cena seja retomada no mesmo ponto e da mesma maneira em que foi
interrompida.
7) CONTRA-REGRA
Realiza tarefas de apoio à produção, providenciando e obtenção e guarda de todos os objetos
móveis necessários a produção.
8) COORDENADOR DE PRODUÇÃO
Responsável pela obtenção dos recursos materiais necessários à realização dos programas,
bem como locais de encenação ou gravação, pela disponibilidade dos estúdios e das locações,
inclusive instalação e renovação de cenários. Planeja e providencia os elementos necessários
à produção juntamente com o produtor executivo, substituído-o em suas ausências.
9) COORDENADOR DE PROGRAMAÇÃO
Coordena as operações relativas à execução dos programas; prepara os mapas de
programação estabelecendo horários e a seqüência d transmissão, inclusive é adequada
inserção dos comerciais para cumprimento das determinações legais que regulam a matéria.
10) DIRETOR DE IMAGENS (TV)
Selecione as imagens e efeitos que devem ser transmitidos e/ou gravados orientando as
câmeras quanto ao seu posicionamento e ângulo de tomadas. Coordena os trabalhos de som,
imagens, gravação, telecine, efeitos, etc., supervisionado e dirigindo toda a equipe operacional
durante os trabalhos.
11) DISCOTECÁRIO
Organiza e dirige os trabalhos de guarda e localização de discos, fitas e cartuchos, mantendo
todo o material devidamente fichado para uso imediato pelos produtores.
12) DISCOTECÁRIO-PROGRAMADOS
Organiza e programa as condições constituídas por gravações. Observa o tempo e a
cronometragem das gravações, nem como dos programas onde serão inseridas, trabalhando
em estreito relacionamento com o discotecário e produtores musicais.
13) ENCARREGADO DE TRÁFEGO
Organiza e dirige o tráfego de programas entre praças, emissoras, departamentos, etc.,
controlando o destino e a restituição dos programas que saírem, nos prazos previstos.
14) FOTÓGRAFO
Executa todos os trabalhos de fotografia necessários à produção e à programação; seleciona
material e equipamento adequados para cada tipo de trabalho; exerce sua atividade em
estreito relacionamento com o pessoal de laboratório e com os montadores.

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15) PRODUTOR EXECUTIVO


Organiza e produz programas de rádio ou televisão de qualquer gênero, inclusive tele-noticioso
ou esportivo, supervisionando a utilização de todos os recursos neles empregados.

16) ROTEIRISTA DE INTERVALOS COMERCIAIS


Elabora a programação dos intervalos comerciais das emissoras, distribuindo as mensagens
comerciais ou publicitárias de acordo com a direção comercial da emissora.

17) ENCARREGADO DE CINEMA


Organiza a exibição de filmes, assim como a sua entrega pelo fornecedor, verificando sua
qualidade técnica antes e depois da exibição.
18) FILMOTECÁRIO
Organiza e dirige os trabalhos de guarda e localização de filmes e videoteipes, mantendo em
ordem o fichário para uso imediato dos produtores.

19) EDITOR DE VIDEOTEIPE (VT)


Edita os programas gravados em videoteipes (VT).

D - INTERPRETAÇÃO
1) COORDENADOR DE ELENCO
Responsável pela localização e convocação do elenco distribuição do material aos atores e
figurantes e por todas as providências e cuidados exigidos pelo elenco que não sejam de
natureza artística.

E - DUBLAGEM
1) ENCARREGADO DO TRÁFEGO
Recebe, cataloga e encaminha às respectivas seções o material do filme a ser dublado,
mantendo os necessários controles. Organiza, controle e matem sob sua guarda esse material
em arquivos apropriados, coordenando os trabalhos de revisão e reparos das cópias.
2) MARCADOR DE ÓTIPO
Marca o filme, indicando as partes em que será dividido, numerando-as de acordo com a
ordem constante no ¿script¿.
3) CORTADOR DE ÓTIPO E MAGNÉTICO
Corta o filme nas partes marcadas, cola as pontas de sincronismo e faz os anéis de magnético;
recupera o magnético para novo uso.

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4) OPERADOR DE SOM DE ESTÚDIO


Opera o equipamento de som no estúdio: microfone, mesa, equalizadora, máquina sincrônica
gravadora de som e demais equipamentos relacionados com o som e sua retranscrição para
cópias.
5) PROJECIONISTA DE ESTÚDIO
Opera projetor cinematográfico de estúdio de som, tanto nos estúdios de gravação como os de
mixagem.
6) REMONTADOR DE ÓTICO E MAGNÉTICO
Após a dublagem do filme, une os anéis de ótico e de magnético, reconstruindo o filme em sua
forma original, fazendo a revisão da cópia de trabalho.
7) EDITOR DE SINCRONISMO
Opera a moviola ou equipamento correspondente, colocando o dialogo gravado em
sincronismo com a imagem, revisando as bandas de músicas e efeitos.
8) CONTRA-REGRA/SONOPLASTA
Faz a complementação dos ruídos e efeitos sonoros que faltam na banda do rolo de fita
magnética com musicas e efeitos sonoros (M. E).
9) OPERADOR DE MIXAGEM
Opera máquinas gravadoras e reprodutoras de som, mesa equalizadora e mixadora, passando
para uma única banda os sons derivados das bandas de diálogo, M. E. e contra-regra,
revisando a cópia final.

F - LOCUÇÃO
1) LOCUTOR - ANUNCIADOR
Faz leitura de textos comerciais ou não nos intervalos da programação, anuncia seqüência da
programação, informações diversas e necessárias à conversão e seqüência da programação.

2) LOCUTOR APRESENTADOR ANIMADOR


Apresenta e anuncia programas de rádio ou televisão realizando entrevistas e
promovendo jogos, brincadeiras, competições e perguntas peculiares ao estúdio ou
auditório de rádio ou televisão.
3) LOCUTOR COMENTARISTA ESPORTIVO
Comenta os eventos esportivos em rádio ou televisão, em todos os seus aspectos técnicos e
esportivos.
4) LOCUTOR ESPORTIVO
Narra e eventualmente comenta os eventos esportivos em rádio ou televisão, transmitindo as
informações comerciais que lhe forem atribuídas. Participa de debates e mesas-redondas.
5) LOCUTOR NOTICIARISTA DE RÁDIO

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Lê programas noticiosos de rádio, cujos textos são previamente preparados pelo setor de
redação.

6) LOCUTOR NOTICIARISTA DE TELEVISÃO


Lê programas noticiosos de televisão, cujos textos são previamente preparados pelo setor de
redação.
7) LOCUTOR ENTREVISTADOR
Expõe e narra fatos, realiza entrevistas pertinentes aos fatos narrados.

G - CARACTERIZAÇÃO
1) CABELEIREIRO
Propõe e executam penteados para intérpretes e participantes de programas de televisão,
responsáveis pela guarda e conservação de seus instrumentos de trabalho.
2) CAMAREIRO
Assiste os intérpretes e participantes no que se refere à utilização da roupagem exigida pelos
programas, retirando-o do seu depósito e cuidado do seu aspecto e guarda até sua devolução.
3) COSTUREIRO
Confecciona as roupas conforme solicitadas pelo figurinista, reforma e conserta peças,
adaptando-as às necessidades da produção, faz os acabamentos próprios nas confecções.
4) GUARDA-ROPEIRO
Guarda e conserva todas as roupas que lhe forem confiadas, providenciando sua manutenção
e fornecimento quando requerido.
5) FIGURINISTA
Cria e desenha as roupas necessárias à produção e supervisiona sua confecção.
6) MAQUILADOR
Executa a maquilagem dos intérpretes, apresentadores e participantes dos programas de
televisão, responsável pela guarda e manutenção dos seus instrumentos de trabalho.

H) CENOGRAFIA
1) ADERECISTA
Providencia, inclusive confeccionando, todo e qualquer tipo de adereço materiais necessários
de acordo com as solicitações e especificações do setor competente, adequando as peças
confeccionadas à linha do cenário.
2) CENOTÉCNICO
Responsável pela construção e montagem dos cenários, de acordo com as especificações
determinadas pela produção.
3) DECORADOR

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Decora o cenário a partir da idéia preestabelecida pelo diretor artístico ou de produção.


Seleciona os mobiliários necessários à decoração, procurando ambientá-lo ao espírito do
programa produzido.
4) CORTINEIRO-ESTOFADOR
Confecciona e conserta as cortinas, tapetes e estofados necessários à produção.

5) CARPINTEIRO
Prepara material em madeira para cenografia e outras destinações.
6) PINTOR Executa o trabalho de pintura dos cenários, de acordo com as exigências e
especificações da direção artísticas ou de produção.
7) MAQUINISTA
Monta, desmonta e transporta os cenários, conforme orientação do cenotécnico.

III - TÉCNICA
A - DIREÇÃO
Responsável pelo bom funcionamento de todos os equipamentos em operação necessários ás
emissões, gravações, transporte e recepção de sinais e transmissões de uma emissora de
rádio ou televisão.
2) SUPERVISOR DE OPERAÇÃO
Responsável pelo fornecimento à produção dos meios técnicos, equipamentos e operadores, a
fim de possibilitar a realização dos programas.

B - TRATAMENTO E REGISTROS SONOROS


1) OPERADOR DE ÁUDIO
Opera a mesa de áudio durante gravações e transmissões, respondendo por sua qualidade.
2) OPERADOR DE MICROFONE
Cuida da transmissão através de microfones dos estúdios ou externas de televisão, até as
mesas controladoras, sob as instruções do diretor de imagens ou do operador de áudio.
3) OPERADOR DE RÁDIO
Opera a mesa de emissora de rádio. Coordena e é responsável pela emissão dos programas e
comerciais no ar, de acordo com o roteiro de programação. Recebem transmissão externa e
equaliza os sons.
4) SONOPLASTA
Responsável pela gravação de textos, músicas, vinhetas, comerciais, etc., para ser utilizada na
programação, encarregado-se da manutenção dos níveis de adio, equalização e qualidade do
som.

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C - TRATAMENTO E REGISTROS VISUAIS


1) OPERADOR DE CONTROLE MESTRE (MASTER)
Opera o controle mestre de uma emissora, seleciona e comuta diversos canais de alimentação,
conforme roteiro de programação e comerciais preestabelecidos.

2) AUXILIAR DE ILUMINADOR
Prestador auxílio direto ao iluminador na operação dos equipamentos. Cuida da limpeza e
conservação dos equipamentos, materiais e instrumentos indispensáveis ao desempenho da
função.

3) EDITOR DE VIDEOTEIPE
Edita os programas gravados em videoteipe; maneja as máquinas operadoras durante a
montagem final e edição; ajusta as máquinas; determina, conforme orientação do diretor do
programa, o melhor ponto de edição.
4) ILUMINADOR
Coordena e opera todo o sistema de iluminação de estúdios ou de externas, zelando pela
segurança e bom funcionamento do equipamento. Elabora o plano de iluminação de cada
programa ou série de programas.
5) OPERADOR DE CABO
Auxilia o operador de câmera na movimentação e deslocamento das câmeras, inclusive pela
movimentação dos cabos. Cuida da limpeza e manutenção dos cabos e outros equipamentos
da câmera.

6) OPERADOR DE CÂMERA
Opera as câmeras inclusive as portáteis ou semiportáteis, sob orientação técnica do diretor de
imagens.
7) OPERADOR DE MÁQUINA DE CARACTERES
Opera os caracteres nos programas gravados, filmes, vinhetas, chamadas, conforme roteiro da
produção.
8) OPERADOR DE TELECINE
Opera projetores de telecine, municiando-os de acordo com as necessidades de utilização;
efetua ajustes operacionais nos projetos (foco, filamento e enquadramento).
9) OPERADOR DE VÍDEO
Responsável pela qualidade de imagem no vídeo, operando os controles, aumentando ou
diminuindo o vídeo e pedestal, alinhando as câmeras, colocando os filtros adequados e
corrigindo as aberturas de diafragma.

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10) OPERADOR DE VÍDEOTEIPE (VT)


Opera as máquinas de gravação e reprodução dos programas em videoteipe, mantendo
responsabilidade direta sobre os controles indispensáveis à gravação e reprodução.
D - MONTAGEM E ARQUIVAMENTO
1) ALMOXARIFE TÉCNICO
Controla e mantém sob sua guarda rodo o material em estoque, necessário à técnica,
organizado fichários e arquivos referentes aos equipamentos e componentes eletrônicos.
Controla entrada e saída do material.
2) ARQUIVISTA DE TEIPES
Arquiva os teipes, zela pela conservação das fitas, áudios-clipe e videoteipes, organiza
fichários e distribui o material para os setores solicitantes, controlando sua saída e devolução.
3) MONTADOR DE FILMES
Responsável pela montagem de filmes. Faz projeções, corte e remontagem dos filmes depois
de exibidos.
E - TRANSMISSÃO DE SONS E IMAGENS
1) OPERADOR DE TRANSMISSOR DE RÁDIO
Opera transmissores de rádio para recepção geral em todas as freqüências em que operem os
rádios comerciais e não comerciais. Ajusta equipamentos mantém níveis de modulação; faz
leituras de instrumentos; executa manobras de substituição de transmissores; faz permanente
monitoragem do sinal de áudio irradiando.
2) OPERADOR DE TRANSMISSORES DE TELEVISÃO
Opera os transmissores ou equipamentos de estação repetidora de televisão, efetua testes de
áudio e vídeo com os estúdios, mantém a modificação de áudio e vídeo dentro dos padrões
estabelecidos; faz leituras dos instrumentos e executa manobra de substituição de
transmissores, aciona gerador de corrente alternada, quando necessário; faz permanente
monitoragem dos sinais de áudio e vídeo irradiados.
3) TÉCNICO DE EXTÉRNAS
Responsável pela conexão entre o local da cena ou evento externo e o estúdio, a pontos
intermediários ou a locais de gravação designados.
F - REVELAÇÃO E COPIAGEM DE FILMES
1) TÉCNICO LABORATORISTA
realiza os trabalhos necessários à revelação e copiagem de filmes.
2) SUPERVISOR TÉCNICO DE LABORATÓRIO
Supervisiona os serviços dos técnicos laboratoriais; relaciona os filmes e fotos que estão sob
responsabilidade do seu setor, anotando sua origem e promovendo a sua devolução.
Supervisiona a conservação e estoque do material do laboratório.
G - ARTES PLÁSTICAS E ANIMAÇÃO DE DESENHOS E OBJETIVOS

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1) DESENHISTA
Executa desenhos, contornos e letras necessários à confecção de slides, vinhetas e outros
trabalhos gráficos para a produção de programas.
H - MANUTENÇÃO TÉCNICA
1) ELETRICISTA
Instala e mantém circuitos elétricos necessários ao funcionamento dos equipamentos da
emissora. Procede à manutenção prevista e corretiva dos sistemas elétricos instalados.
2) TÉCNICO DE MANUTENÇÃO ELETROTÉCNICA
Realiza a manutenção elétrica dos equipamentos, cabine de força e grupos geradores de
energia em rádio e televisão.
3) MECÂNICO
Faz a manutenção dos equipamentos mecânicos, inclusive motores; substitui ou recupera
peças dos equipamentos. Responsável por instalação e manutenção mecânica de torres e
antenas.
4) TÉCNICO DE AR CONDICIONADO
Realiza a manutenção dos equipamentos de ar condicionado, mantendo a refrigeração dos
ambientes nos níveis exigidos.
5) TÉCNICO DE ÁUDIO
Procede à manutenção de toda a aparelhagem de áudio; efetua montagens e testes de
equipamentos de áudio, mantendo-os dentro dos padrões estabelecidos.
6) TÉCNICO DE MANUTENÇÃO DE RÁDIO
Responsável pelo setor de manutenção dos equipamentos de radiodifusão sonora, assim como
de todos os seus acessórios.
7) TÉCNICO DE MANUTENÇÃO DE TELEVISÃO
Responsável pela manutenção dos equipamentos de radiodifusão sonora e de imagem, assim
como todos os seus acessórios.
8) TÉCNICO DE ESTAÇÃO RETRANSMISSORA E REPETIDORA DE TELEVISÃO
Faz a manutenção e consertos dos equipamentos de estação repetidora de televisão ou
retransmissora de rádio, conforme orientação do operador da estação.
9) TÉCNICO DE VÍDEO
Responde pelo funcionamento de todo o equipamentos operacional de vídeo, bem como pela
instalação e reparos da aparelhagem, executando sua manutenção preventiva. Montam
equipamentos, testa sistemas e dá apoio técnico à operação.

Após a leitura detalhada da do Decreto nº 84.134 e do


seu Quadro Anexo, responda atentamente ao questionário
II da página 50 e o envie para o Professor Henrique
Martins pelo e-mail henriquemartins@ablap1.com

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SOBRE A LEGISLAÇÃO EM
ATIVIDADES DE RADIODIFUSÃO

Lei nº 4.117/62 – Código Brasileiro de


Telecomunicações - CBT (artigos principais)

CAPÍTULO I
Introdução

Art. 1º Os serviços de telecomunicações em todo o território do País, inclusive águas


territoriais e espaço aéreo, assim como nos lugares em que princípios e convenções
internacionais lhes reconheçam extraterritorialidade obedecerão aos preceitos da presente lei e
aos regulamentos baixados para a sua execução.
Art. 2º Os atos internacionais de natureza normativa, qualquer que seja a denominação
adotada, serão considerados tratados ou convenções e só entrarão em vigor a partir de sua
aprovação pelo Congresso Nacional.
Parágrafo único. O Poder Executivo enviará ao Congresso Nacional no prazo de 180
(cento e oitenta) dias, a contar da data da assinatura, os atos normativos sobre
telecomunicações, anexando-lhes os respectivos regulamentos, devidamente traduzidos.
Art. 3º Os atos internacionais de natureza administrativa entrarão em vigor na data
estabelecida em sua publicação depois de aprovados pelo Presidente da República (art. 29, al)

CAPÍTULO II
Das Definições
Art. 4º Para os efeitos desta lei, constituem serviços de telecomunicações a transmissão,
emissão ou recepção de símbolos, caracteres, sinais, escritos, imagens, sons ou informações
de qualquer natureza, por fio, rádio, eletricidade, meios óticos ou qualquer outro processo
eletromagnético.Telegrafia é o processo de telecomunicação destinado à transmissão de
escritos, pelo uso de um código de sinais.Telefonia é o processo de telecomunicação destinado
à transmissão da palavra falada ou de sons.
§ 1º Os termos não definidos nesta lei têm o significado estabelecido nos atos
internacionais aprovados pelo Congresso Nacional.

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§ 2º Os contratos de concessão, as autorizações e permissões serão interpretados e


executados de acordo com as definições vigentes na época em que os mesmos tenham
sido celebrados ou expedidos.
Art. 5º Quanto ao seu âmbito, os serviços de telecomunicações se classificam em:
a) serviço interior, estabelecido entre estações brasileiras, fixas ou móveis, dentro dos
limites da jurisdição territorial da União;
b) serviço internacional, estabelecido entre estações brasileiras, fixas ou móveis, e
estações estrangeiras, ou estações brasileiras móveis, que se achem fora dos limites da
jurisdição territorial da União.

Art. 6º Quanto aos fins a que se destinam, as telecomunicações assim se


classificam:
a) serviço público, destinado ao uso do público em geral;
b) serviço público restrito, facultado ao uso dos passageiros dos navios, aeronaves,
veículos em movimento ou ao uso do público em localidades ainda não atendidas por serviço
público de telecomunicação;
c) serviço limitado, executado por estações não abertas à correspondência pública e
destinado ao uso de pessoas físicas ou jurídicas nacionais. Constituem serviço limitado entre
outros:
1) o de segurança, regularidade, orientação e administração dos transportes em geral;
2) o de múltiplos destinos;
3) o serviço rural;
4) o serviço privado;
d) serviço de radiodifusão, destinado a ser recebido direta e livremente pelo público
em geral, compreendendo radiodifusão sonora e televisão;
e) serviço de rádio-amador, destinado a treinamento próprio, intercomunicação e
investigações técnicas, levadas a efeito por amadores, devidamente autorizados, interessados
na radiotécnica ùnicamente a título pessoal e que não visem a qualquer objetivo pecuniário ou
comercial;
f) serviço especial, relativo a determinados serviços de interesse geral, não abertos à
correspondência pública e não incluídos nas definições das alíneas anteriores, entre os quais:
1) o de sinais horários;
2) o de freqüência padrão;
3) o de boletins meteorológicos;
4) o que se destine a fins científicos ou experimentais;
5) o de música funcional;
6) o de Radiodeterminação.

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CAPÍTULO III
Da competência da União
Art. 10. Compete privativamente à União:
I - manter e explorar diretamente:
a) os serviços dos troncos que integram o Sistema Nacional de Telecomunicações,
inclusive suas conexões internacionais;
b) os serviços públicos de telégrafos, de telefones interestaduais e de radiocomunicações,
ressalvadas as exceções constantes desta lei, inclusive quanto aos de radiodifusão e ao
serviço internacional;
II - fiscalizar os Serviços de telecomunicações por ela concedidos, autorizados ou
permitidos.

Art. 11. Compete, também, à União: fiscalizar os serviços de telecomunicações


concedidos, permitidos ou autorizados pelos Estados ou Municípios, em tudo que disser
respeito a observância das normas gerais estabelecidas nesta lei e a integração desses
serviços no Sistema Nacional de Telecomunicações.
Art. 12. As concessões feitas na faixa de 150 (cento e cinqüenta) quilômetros estabelecida
na Lei n. 2.597, de 12 de setembro de 1955 obedecerão às normas fixadas na referida lei,
observando-se iguais restrições relativamente aos serviços explorados pela União.
Art. 13. Dentro dos seus limites respectivos, os Estados e Municípios poderão organizar,
regular e executar serviços de telefones, diretamente ou mediante concessão, obedecidas as
normas gerais fixadas pelo Conselho Nacional de Telecomunicações.

Art. 29. Compete ao Conselho Nacional de Telecomunicações:


a) elaborar o seu Regimento Interno;
b) organizar, na forma da lei os serviços de sua administração;
c) elaborar o plano nacional de telecomunicações e proceder à sua revisão, pelo menos,
de cinco em cinco anos, para a devida aprovação pelo Congresso Nacional;
d) adotar medidas que assegurem a continuidade dos serviços de telecomunicações,
quando as concessões, autorizações ou permissões não forem renovadas ou tenham sido
cassadas, e houver interesse público na continuação desses serviços;
e) promover, orientar e coordenar o desenvolvimento das telecomunicações, bem como a
constituição, organização, articulação e expansão dos serviços públicos de telecomunicações;
f) estabelecer as prioridades previstas no art. 9º, § 2º, desta lei.
g) propor ou promover as medidas adequadas à execução da presente lei;
h) fiscalizar o cumprimento das obrigações decorrentes das concessões,
autorizações e permissões de serviços de telecomunicações e aplicar as sanções que
estiverem na sua alçada;

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i) rever os contratos de concessão ou atos de autorização ou permissão, por efeito da


aprovação, pelo Congresso, de atos internacionais;

j) fiscalizar as concessões, autorizações e permissões em vigor; opinar sobre a


respectiva renovação e propor a declaração de caducidade e perempção;

l) estudar os temas a serem debatidos pelas delegações brasileiras, nas conferências e


reuniões internacionais de telecomunicações, sugerindo e propondo diretrizes;
m) estabelecer normas para a padronização da escrita e contabilidade das empresas que
explorem serviços de telecomunicação;
n) promover e superintender o tombamento dos bens e a perícia contábil das empresas
concessionárias ou permissionárias de serviços de telecomunicação, e das empresas
subsidiárias, associadas ou dependentes delas, ou a elas vinculadas, inclusive das que sejam
controladas por acionistas estrangeiros ou tenham como acionistas pessoas jurídicas com sede
no estrangeiro, com o objetivo de determinação do investimento efetivamente realizado e do
conhecimento de todos os elementos, que concorram para a em posição do custo do serviço,
requisitando para esse fim os funcionários federais que possam contribuir para a apuração
desses dados;
o) estabelecer normas técnicas dentro das leis e regulamentos em vigor, visando à
eficiência e integração dos serviços no sistema nacional de telecomunicações;
p) propor ao Presidente da República o valor das taxas a serem pagas pela execução dos
serviços concedidos, autorizados ou permitidos, e destinadas ao custeio do serviço de
fiscalização;
q) cooperar para o desenvolvimento do ensino técnico profissional dos ramos pertinentes
à telecomunicação;
r) promover e estimular o desenvolvimento da indústria de equipamentos de
telecomunicações, dando preferência àqueles cujo capital na sua maioria, pertençam a
acionistas brasileiros;
s) estabelecer ou aprovar normas técnicas e especificações a serem observadas na
planificação da produção industrial e na fabricação de peças, aparelhos e equipamentos
utilizados nos serviços de telecomunicações;
t) sugerir normas para censura nos serviços de telecomunicações, em caso de declaração
de estado de sítio;
u) fiscalizar a execução dos convênios firmados pelo Governo brasileiro com outros
países;
v) encaminhar à autoridade superior os recursos regularmente interpostos de seus atos,
decisões ou resoluções;

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x) outorgar ou renovar quaisquer permissões e autorizações de serviço de radiodifusão de


caráter local (art. 33, § 5º) e opinar sobre a outorga ou renovação de concessões e
autorizações (art. 34, §§ 1º e 3º);
z) estabelecer normas, fixar critérios e taxas para redistribuição de tarifa nos casos de
tráfego mútuo entre as empresas de telecomunicações de todo o País;

aa) expedir certificados de licença para o funcionamento das estações de


radiocomunicação e radiodifusão uma vez verificado, em vistoria, o atendimento às
condições técnicas exigidas;

ab) estabelecer as qualificações necessárias ao desempenho de funções técnicas e


operacionais pertinentes às telecomunicações, expedindo os certificados correspondentes;
ac) solicitar a prestação de serviços de quaisquer repartições ou autarquias federais;

ad) aplicar as penas de multa e suspensão à estação de radiodifusão que transmitir


ou utilizar, total ou parcialmente, as emissões de estações congêneres sem prévia
autorização;
ae) fiscalizar, durante as retransmissões de radiodifusão, a declaração do prefixo ou
indicativo e a localização da estação emissora e da estação de origem;

af) fiscalizar o cumprimento, por parte das emissoras de radiodifusão, das finalidades e
obrigações de programação, definidas no art. 38;
ag) estabelecer ou aprovar normas técnicas e especificações para a fabricação e uso de
quaisquer instalações ou equipamentos elétricos que possam vir a causar interferências
prejudiciais aos serviços de telecomunicações, incluindo-se nessa disposição as linhas de
transmissão de energia e as estações e subestações transformadoras;
ah) propor ao Presidente do Conselho a imposição das penas da competência do
Conselho;
ai) opinar sobre a aplicação da pena de cassação ou de suspensão, quando fundada em
motivos de ordem técnica;
aj) propor, em parecer fundamentado, a declaração da caducidade ou perempção, da
concessão, autorização ou permissão;
al) opinar sobre os atos internacionais de natureza administrativa, antes de sua aprovação
pelo Presidente da República (artigo 3º);
am) aprovar as especificações das redes telefônicas de exploração ou concessão
estadual ou municipal.

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CAPÍTULO V
Dos Serviços de Telecomunicações

Art. 32. Os serviços de radiodifusão, nos quais se compreendem os de televisão,


serão executados diretamente pela União ou através de concessão, autorização ou
permissão.

Art. 33. Os serviços de telecomunicações, não executados diretamente pela União,


poderão ser explorados por concessão, autorização ou permissão, observadas as
disposições da presente lei.

§ 1º Na atribuição de freqüência para a execução dos serviços de telecomunicações


serão levadas em consideração:
a) o emprego ordenado e econômico do spectrum eletro magnético;
b) as consignações de freqüências anteriormente feitas, objetivando evitar interferência
prejudicial.
§ 2º Considera-se interferência qualquer emissão, irradiação ou indução que obstrua, total
ou parcialmente, ou interrompa repetidamente serviços radioelétricos.
§ 3º Os prazos de concessão e autorização serão de 10 (dez) anos para o serviço de
radiodifusão sonora e de 15 (quinze) anos para o de televisão, podendo ser renovados
por períodos sucessivos e iguais se os concessionários houverem cumprido todas as
obrigações legais e contratuais, mantido a mesma idoneidade técnica, financeira e
moral, e atendido o interesse público (art. 29, X).

§ 4º Havendo a concessionária requerido, em tempo hábil, a prorrogação da respectiva


concessão ter-se-á a mesma como deferida se o órgão competente não decidir dentro de 120
(cento e vinte) dias.
§ 5º Os serviços de radiodifusão de caráter local serão autorizados pelo Conselho
Nacional de Telecomunicações.
§ 6º Dependem de permissão, dada pelo Conselho Nacional de Telecomunicações os
seguintes serviços:
a) Público Restrito (Art. 6º, letra b);
b) Limitado (Art. 6º, letra c);
c) de Radioamador (Art. 6º, letra e);
d) Especial (Art. 6º, letra f).

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Art. 34. As novas concessões ou autorizações para o serviço de radiodifusão serão


precedidas de edital, publicado com 60 (sessenta) dias de antecedência pelo Conselho
Nacional de Telecomunicações, convidando os interessados a apresentar suas
propostas em prazo determinado, acompanhadas de:
a) prova de idoneidade moral;
b) demonstração dos recursos técnicos e financeiros de que dispõem para o
empreendimento;
c) indicação dos responsáveis pela orientação intelectual e administrativa da entidade e,
se fôr o caso, do órgão a que compete a eventual substituição dos responsáveis.
§ 1º A outorga da concessão ou autorização é prerrogativa do Presidente da República,
ressalvado o disposto no art. 33 § 5º, depois de ouvido o Conselho Nacional de
Telecomunicações sobre as propostas e requisitos exigidos pelo edital, e de publicado o
respectivo parecer.

§ 2º Terão preferência para a concessão as pessoas jurídicas de direito público


interno, inclusive universidades.

§ 3º As disposições do presente artigo regulam as novas autorizações de serviços de


caráter local no que lhes forem aplicáveis.
Art. 35. As concessões e autorizações não têm caráter de exclusividade, e se restringem,
quando envolvem a utilização de radiofreqüência, ao respectivo uso sem limitação do direito,
que assiste à União, de executar, diretamente, serviço idêntico.
Art. 36. O funcionamento das estações de telecomunicações fica subordinado a prévia
licença, de que constarão as respectivas características, e que só será expedida depois de
verificada a observância de todas as exigências legais.
§ 1º A vistoria, para as estações de radiodifusão, após o atendimento das condições
legais a que se refere este artigo e do registro do contrato de concessão pelo Tribunal de
Contas, deverá ser procedida dentro de 30 (trinta) dias após a data da entrada do pedido de
vistoria, e, aprovada esta, o fornecimento da licença para funcionamento não poderá ser
retardado por mais de 30 (trinta) dias.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica às rede por fio do Departamento dos Correios e
Telégrafos e das estradas de ferro, cumprindo-lhes, todavia, comunicar ao Conselho Nacional
de Telecomunicações a data da inauguração e as características da estação, para inscrição no
cadastro e ulterior verificação.
§ 3º Expirado o prazo da concessão ou autorização, perde, automàticamente, a sua
validade a licença para o funcionamento da estação.
Art. 37. Os serviços de telecomunicações podem ser desapropriados, ou requisitados nos
termos do artigo 141 § 16 da Constituição, e das leis vigentes.

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Parágrafo único. No cálculo da indenização serão deduzidos os favores cambiais e fiscais


concedidos pela União e pelos Estados.
Art. 38. Nas concessões, permissões ou autorizações para explorar serviços de
radiodifusão, serão observados, além de outros requisitos, os seguintes preceitos e cláusulas:
a) os administradores ou gerentes que detenham poder de gestão e de representação civil
e judicial serão brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos. Os técnicos
encarregados da operação dos equipamentos transmissores serão brasileiros ou estrangeiros
com residência exclusiva no País, permitida, porém, em caráter excepcional e com autorização
expressa do órgão competente do Poder Executivo, a admissão de especialistas estrangeiros,
mediante contrato;
b) as alterações contratuais ou estatutárias que não impliquem alteração dos objetivos
sociais ou modificação do quadro diretivo e as cessões de cotas ou ações ou aumento de
capital social que não resultem em alteração de controle societário deverão ser informadas ao
órgão do Poder Executivo expressamente definido pelo Presidente da República, no prazo de
sessenta dias a contar da realização do ato;
c) a alteração dos objetivos sociais, a modificação do quadro diretivo, a alteração do
controle societário das empresas e a transferência da concessão, da permissão ou da
autorização dependem, para sua validade, de prévia anuência do órgão competente do Poder
Executivo;
d) os serviços de informação, divertimento, propaganda e publicidade das empresas
de radiodifusão estão subordinadas às finalidades educativas e culturais inerentes à
radiodifusão, visando aos superiores interesses do País;

e) as emissoras de radiodifusão, excluídas as de televisão, são obrigadas a


retransmitir, diàriamente, das 19 (dezenove) às 20 (vinte) horas, exceto aos sábados,
domingos e feriados, o programa oficial de informações dos Poderes da República,
ficando reservados 30 (trinta) minutos para divulgação de noticiário preparado pelas
duas Casas do Congresso Nacional;

f) as empresas, não só através da seleção de seu pessoal, mas também das normas de
trabalho observadas nas estações emissoras devem criar as condições mais eficazes para que
se evite a prática de qualquer das infrações previstas na presente lei;
g) a mesma pessoa não poderá participar da administração ou da gerência de mais de
uma concessionária, permissionária ou autorizada do mesmo tipo de serviço de radiodifusão,
na mesma localidade.

h) as emissoras de radiodifusão, inclusive televisão, deverão cumprir sua finalidade


informativa, destinando um mínimo de 5% (cinco por cento) de seu tempo para
transmissão de serviço noticioso.

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i) as concessionárias e permissionárias de serviços de radiodifusão deverão apresentar,


até o último dia útil de cada ano, ao órgão do Poder Executivo expressamente definido pelo
Presidente da República e aos órgãos de registro comercial ou de registro civil de pessoas
jurídicas, declaração com a composição de seu capital social, incluindo a nomeação dos
brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos titulares, direta ou indiretamente, de
pelo menos setenta por cento do capital total e do capital votante.
Parágrafo único. Não poderá exercer a função de diretor ou gerente de concessionária,
permissionária ou autorizada de serviço de radiodifusão quem esteja no gozo de imunidade
parlamentar ou de foro especial.
Art. 39. As estações de radiodifusão, nos 90 (noventa) dias anteriores às eleições gerais
do País ou da circunscrição eleitoral, onde tiverem sede, reservarão diàriamente 2 (duas) horas
à propaganda partidária gratuita, sendo uma delas durante o dia e outra entre 20 (vinte) e 23
(vinte e três) horas e destinadas, sob critério de rigorosa rotatividade, aos diferentes partidos e
com proporcionalidade no tempo de acordo com as respectivas legendas no Congresso
Nacional e Assembléias Legislativas.
§ 1º Para efeito deste artigo a distribuição dos horários a serem utilizados pelos diversos
partidos será fixada pela Justiça Eleitoral, ouvidos os representantes das direções partidárias.
§ 2º Requerida aliança de partidos, a rotatividade prevista no parágrafo anterior será
alternada entre os partidos requerentes de alianças diversas.
§ 3º O horário não utilizado por qualquer partido será redistribuído pelos demais, não
sendo permitida cessão ou transferência.
§ 4º Caberá à Justiça Eleitoral disciplinar as divergências oriundas da aplicação deste
artigo.
Art. 40. As estações de rádio ficam obrigadas, a divulgar, 60 (sessenta) dias antes das
eleições mencionadas no artigo anterior, os comunicados da Justiça Eleitoral até o máximo de
tempo de 30 (trinta) minutos.
Art. 41. As estações de rádio e de televisão não poderão cobrar, na publicidade política,
preços superiores aos em vigor, nos 6 (seis) meses anteriores, para a publicidade comum.
Art. 42. É o Poder Executivo autorizado a constituir uma entidade autônoma, sob a forma
de empresa pública, de cujo capital participem exclusivamente pessoas jurídicas de direito
público interno, bancos e empresas governamentais, com o fim de explorar industrialmente
serviços de telecomunicações postos, nos termos da presente lei, sob o regime de exploração
direta da União.
§ 1º A entidade a que se refere este artigo ampliará progressivamente seus encargos, de
acordo com as diretrizes elaboradas pelo Conselho Nacional de Telecomunicações, mediante:
a) transferência, por decreto do Poder Executivo, de serviços hoje executados pelo
Departamento dos Correios e Telégrafos;
b) incorporação de serviços hoje explorados mediante concessão ou autorização, à
medida que estas sejam extintas;

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c) desapropriação de serviços existentes, na forma da legislação vigente.


§ 2º O Presidente da República nomeará uma comissão para organizar a nova entidade e
a ela incorporar os bens móveis e imóveis pertencentes à União, atualmente sob a
administração do Departamento dos Correios e Telégrafos aplicados nos serviços transferidos.
§ 3º A entidade poderá contratar pessoal de acordo com a legislação trabalhista, recrutado
dentro ou fora do país, para exercer as funções de natureza técnico-especializada, relativas às
instalação e uso de equipamentos especiais.
§ 4º A entidade poderá requisitar do Departamento dos Correios e Telégrafos o pessoal de
que necessite para o seu funcionamento, correndo o pagamento respectivo à conta de seus
recursos próprios.
§ 5º Os recursos da nova entidade serão constituídos:
a) das tarifas cobradas pela prestação de seus serviços;
b) dos recursos do Fundo Nacional de Telecomunicações criado no art. 51 desta lei, cuja
aplicação obedecerá ao Plano Nacional de Telecomunicações elaborado pelo Conselho
Nacional de Telecomunicações e aprovado por decreto do Presidente da República;
c) das dotações consignadas no Orçamento Geral da União;
d) do produto de operações de crédito, juros de depósitos bancários, rendas de bens
patrimoniais, venda de materiais inservíveis ou de bens patrimoniais.
§ 6º A arrecadação das taxas de outras fontes de receita será efetuada diretamente pela
entidade ou mediante convênios e acordos com órgãos do Poder Público.
Art. 43. As tarifas devidas pela utilização dos serviços de telecomunicações prestados
pela entidade serão fixadas pelo Conselho Nacional de Telecomunicações de forma a
remunerar sempre os custos totais dos serviços, as amortizações do capital investido e a
formação dos fundos necessários à conservação, reposição, modernização dos equipamentos
e ampliações dos serviços.
Art. 44. - revogado
Art. 45. A cada modalidade de telecomunicação corresponderá uma concessão,
autorização ou permissão distinta que será considerada isoladamente para efeito da
fiscalização e das contribuições previstas nesta lei.
Art. 46. Os Estados e Territórios Federais poderão obter permissão para o serviço
telegráfico interior limitado, sob sua direta administração e responsabilidade, dentro dos
respectivos limites e destinado exclusivamente a comunicações oficiais.
Art. 47. Nenhuma estação de radiodifusão, de propriedade da União, dos Estados,
Territórios ou Municípios ou nas quais possuam essas pessoas de direito público
maioria de cotas ou ações, poderá ser utilizada para fazer propaganda política ou
difundir opiniões favoráveis ou contrárias a qualquer partido político, seus órgãos,
representantes ou candidatos, ressalvado o disposto na legislação eleitoral.

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Art. 48. Nenhuma estação de radiodifusão poderá transmitir ou utilizar, total ou


parcialmente, as emissões de estações congêneres, nacionais ou estrangeiras, sem
estar por estas prèviamente autorizada. Durante a irradiação, a estação dará a conhecer
que se trata de retransmissão ou aproveitamento de transmissão alheia, declarando,
além do próprio indicativo e localização, os da estação de origem.
Art. 49. A qualquer particular pode ser dada, pelo Conselho Nacional de
Telecomunicações permissão para executar serviço limitado, para uso privado, entre duas
localidades ou em uma mesma cidade, de telex, fac-simile ou processo semelhante.
Parágrafo único. Só será permitido o telex internacional desde que os serviços para o
Brasil sejam executados através da Rede Nacional de Telecomunicações e assegurado o
recolhimento, pelo permissionário, das taxas terminais brasileiras e das de execução do
trabalho pela União.
Art. 50. As concessões e autorizações para a execução de serviços de telecomunicações
poderão ser revistas sempre que se fizer necessária a sua adaptação a cláusula de atos
internacionais aprovados pelo Congresso Nacional ou a leis supervenientes de atos, observado
o disposto no art. 141, § 3º da Constituição Federal.

CAPÍTULO VII
Das Infrações e Penalidades
Art. 52. A liberdade de radiodifusão não exclui a punição dos que praticarem abusos no
seu exercício.
Art. 53. Constitui abuso, no exercício de liberdade da radiodifusão, o emprego
desse meio de comunicação para a prática de crime ou contravenção previstos na
legislação em vigor no País, inclusive:
a) incitar a desobediência às leis ou decisões judiciárias;
b) divulgar segredos de Estado ou assuntos que prejudiquem a defesa nacional;
c) ultrajar a honra nacional;
d) fazer propaganda de guerra ou de processos de subversão da ordem política e social;
e) promover campanha discriminatória de classe, cor, raça ou religião;
f) insuflar a rebeldia ou a indisciplina nas forças armadas ou nas organizações de
segurança pública;
g) comprometer as relações internacionais do País;
h) ofender a moral familiar, pública, ou os bons costumes;
i) caluniar, injuriar ou difamar os Poderes Legislativos, Executivo ou Judiciário ou
os respectivos membros;
j) veicular notícias falsas, com perigo para a ordem pública, econômica e social;
l) colaborar na prática de rebeldia desordens ou manifestações proibidas.

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Parágrafo único. Se a divulgação das notícias falsas houver resultado de erro de


informação e for objeto de desmentido imediato, a nenhuma penalidade ficará sujeita a
concessionária ou permissionária.
Art. 54. São livres as críticas e os conceitos desfavoráveis, ainda que veementes,
bem como a narrativa de fatos verdadeiros, guardadas as restrições estabelecidas em
lei, inclusive de atos de qualquer dos poderes do Estado.
Art. 55. É inviolável a telecomunicação nos termos desta lei.
Art. 56. Pratica crime de violação de telecomunicação quem, transgredindo lei ou
regulamento, exiba autógrafo ou qualquer documento do arquivo, divulgue ou
comunique, informe ou capte, transmita a outrem ou utilize o conteúdo, resumo,
significado, interpretação, indicação ou efeito de qualquer comunicação dirigida a
terceiro.
§ 1º Pratica, também, crime de violação de telecomunicações quem ilegalmente receber,
divulgar ou utilizar, telecomunicação interceptada.
§ 2º Somente os serviços fiscais das estações e postos oficiais poderão interceptar
telecomunicação.
I - A recepção de telecomunicação dirigida por quem diretamente ou como cooperação
esteja legalmente autorizado;
II - O conhecimento dado:
a) ao destinatário da telecomunicação ou a seu representante legal;
b) aos intervenientes necessários ao curso da telecomunicação;
c) ao comandante ou chefe, sob cujas ordens imediatas estiver servindo;
d) aos fiscais do Governo junto aos concessionários ou permissionários;
e) ao juiz competente, mediante requisição ou intimação deste.
Parágrafo único. Não estão compreendidas nas proibições contidas nesta lei as
radiocomunicações destinadas a ser livremente recebidas, as de amadores, as relativas a
navios e aeronaves em perigo, ou as transmitidas nos casos de calamidade pública.
Art. 57. Não constitui violação de telecomunicação:
I - A recepção de telecomunicação dirigida por quem diretamente ou como cooperação
esteja legalmente autorizado;
II - O conhecimento dado:
a) ao destinatário da telecomunicação ou a seu representante legal;
b) aos intervenientes necessários ao curso da telecomunicação;
c) ao comandante ou chefe, sob cujas ordens imediatas estiver servindo;
d) aos fiscais do Governo junto aos concessionários ou permissionários;
e) ao juiz competente, mediante requisição ou intimação deste.
Parágrafo único. Não estão compreendidas nas proibições contidas nesta lei as
radiocomunicações destinadas a ser livremente recebidas, as de amadores, as relativas a
navios e aeronaves em perigo, ou as transmitidas nos casos de calamidade pública.

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Art. 58. Nos crimes de violação da telecomunicação, a que se referem esta Lei e o
artigo 151 do Código Penal, caberão, ainda as seguintes penas:
I - Para as concessionárias ou permissionárias as previstas no artigos 62 e 63, se
culpados por ação ou omissão e independentemente da ação criminal.
II - Para as pessoas físicas:
a) 1 (um) a 2 (dois) anos de detenção ou perda de cargo ou emprego, apurada a
responsabilidade em processo regular, iniciado com o afastamento imediato do acusado
até decisão final;
b) para autoridade responsável por violação da telecomunicação, as penas previstas na
legislação em vigor serão aplicadas em dobro;
c) serão suspensos ou cassados, na proporção da gravidade da infração, os certificados
dos operadores profissionais e dos amadores responsáveis pelo crime de violação da
telecomunicação.
Art. 59. As penas por infração desta lei são:
a) multa, até o valor NCR$ 10.000,00;
b) suspensão, até trinta (30) dias;
c) cassação;
d) detenção;
§ 1º Nas infrações em que, o juízo do CONTEL, não se justificar a aplicação de pena, o
infrator será advertido, considerando-se a advertência como agravante na aplicação de penas
por inobservância do mesmo ou de outro preceito desta Lei.
§ 2º A pena de multa poderá ser aplicada isolada ou conjuntamente, com outras sanções
especiais estatuídas nesta Lei.
§ 3º O valor das multas será atualizado de 3 em 3 anos, de acordo com os níveis de
correção monetária.
Art. 60. A aplicação das penas desta Lei compete:
a) ao CONTEL: multa e suspensão, em qualquer caso; cassação, quando se tratar de
permissão;
b) ao Presidente da República: cassação, mediante representação do CONTEL em
parecer fundamentado.
Art. 61. A pena será imposta de acordo com a infração cometida, considerados os
seguintes fatores:
a) gravidade da falta;
b) antecedentes da entidade faltosa;
c) reincidência específica.
Art. 62. A pena de multa poderá ser aplicada por infração de qualquer dispositivo legal ou
quando a concessionária ou permissionária não houver cumprido, dentro do prazo estipulado,
exigência que tenha sido feita pelo CONTEL.

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Art. 63. A pena de suspensão poderá ser aplicada nos seguintes casos:
a) infração dos artigos 38, alíneas a, b, c, e, g e h; 53, 57, 71 e seus parágrafos;
b) infração à liberdade de manifestação do pensamento e de informação (Lei nº 5.250 de
9 de fevereiro de 1967);
c) quando a concessionária ou permissionária não houver cumprido, dentro do prazo de
estipulação, exigência que lhe tenha sido feita pelo ......CONTEL;
d) quando seja criada situação de perigo de vida;
e) utilização de equipamentos diversos dos aprovados ou instalações fora das
especificações técnicas constantes da portaria que as tenha aprovado;
f) execução de serviço para o qual não está autorizado.
Parágrafo único. No caso das letras d, e e f deste artigo poderá ser determinada a
interrupção do serviço pelo agente fiscalizador, "ad-referedum" do CONTEL.
Art. 64. A pena de cassação poderá ser imposta nos seguintes casos:
a) infringência do artigo 53;
b) reincidência em infração anteriormente punida com suspensão;
c) interrupção do funcionamento por mais de trinta (30) dias consecutivos, exceto quando
tenha, para isso, obtido autorização prévia do CONTEL;
d) superveniência da incapacidade legal, técnica, financeira ou econômica para execução
dos serviços da concessão ou permissão;
e) não haver a concessionária ou permissionária, no prazo estipulado, corrigido as
irregularidades motivadoras da suspensão anteriormente importa;
f) não haver a concessionária ou permissionária cumprido as exigências e prazos
estipulados, até o licenciamento definitivo de sua estação.
g) não-observância, pela concessionária ou permissionária, das disposições contidas no
o o
art. 222, caput e seus §§ 1 e 2 , da Constituição.
Art. 65. O CONTEL promoverá as medidas cabíveis, punindo ou propondo a punição, por
iniciativa própria ou sempre que receber representação de qualquer autoridade.
Art. 70. Constitui crime punível com a pena de detenção de 1 (um) a 2 (dois) anos,
aumentada da metade se houver dano a terceiro, a instalação ou utilização de
telecomunicações, sem observância do disposto nesta Lei e nos regulamentos.
Parágrafo único. Precedendo ao processo penal, para os efeitos referidos neste artigo,
será liminarmente procedida a busca e apreensão da estação ou aparelho ilegal.
Art. 71. Toda irradiação será gravada e mantida em arquivo durante as 24 horas
subsequentes ao encerramento dos trabalhos diários de emissora.
§ 1º As Emissoras de televisão poderão gravar apenas o som dos programas
transmitidos.
§ 2º As emissoras deverão conservar em seus arquivos os textos dos programas,
inclusive noticiosos devidamente autenticados pelos responsáveis, durante 60
(sessenta) dias.

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§ 3º As gravações dos programas políticos, de debates, entrevistas


pronunciamentos da mesma natureza e qualquer irradiação não registrada em texto,
deverão ser conservadas em arquivo pelo prazo de 20 (vinte) dias depois de
transmitidas, para as concessionárias ou permissionárias até 1 kw e 30 (trinta) dias para
as demais.
§ 4º As transmissões compulsoriamente estatuídas por lei serão gravadas em
material fornecido pelos interessados.
Art. 72. A autoridade que impedir ou embaraçar a liberdade da radiodifusão ou da
televisão fora dos casos autorizados em lei, incidirá no que couber, na sanção do artigo 322 do
Código Penal.
Art. 73 a 99 - Revogados

DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS


Art. 114. Ficam revogados os dispositivos em vigor referentes ao registro de aparelhos
receptores de radiodifusão.
Art. 115. São anistiadas as dívidas pelo não pagamento de taxa de registro de aparelhos
receptores de radiodifusão, devendo o Poder Executivo providenciar o imediato cancelamento
dessas dívidas, inclusive as já inscritas e ajuizadas.
Art. 116. Regulamentada esta lei, constituído e instalado o Conselho Nacional de
Telecomunicações, ficará extinta a Comissão Técnica de Rádio, transferindo-se o seu pessoal,
arquivo, expediente e instalações para o Conselho Nacional de Telecomunicações.
Art. 117. As concessões e autorizações para os serviços de radiodifusão em
funcionamento ficam automaticamente mantidas pelos prazos fixados no art. 33, § 3º, desta lei.
Art. 118. O Conselho Nacional de Telecomunicações procederá, imediatamente, ao
levantamento das concessões, autorizações e permissões, propondo ao Presidente da
República a extinção daquelas cujos serviços não estiverem funcionando por culpa dos
concessionários.
Art. 119. Até que seja aprovado o seu Quadro de Pessoal os serviços a cargo do
Conselho Nacional de Telecomunicações serão executados por servidores públicos civis e
militares, requisitados na forma da legislação em vigor.
Art. 120. Após a sua instalação, o Conselho Nacional de Telecomunicações proporá,
dentro de 90 (noventa) dias, a organização dos quadros de seus serviços e órgãos.
Art. 121. O Conselho Nacional de Telecomunicações procederá à revisão dos contratos
das empresas de telecomunicações que funcionam no país, observando:
a) a padronização de todos os contratos, observadas as circunstâncias peculiares a cada
tipo de serviço;

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b) a fixação de prazo para as concessionárias autorizadas a funcionar no país se


adaptarem aos preceitos da presente lei e às disposições do seu respectivo
regulamento.

Art. 122. É o Departamento dos Correios e Telégrafos dispensado de no último dia do


ano, recolher a conta de "restos a pagar", as importâncias empenhadas na aquisição de
material ou na contratação ou ajuste de serviços de terceiros, não entregues ou não concluídos
antes daquela data.
§ 1º As importâncias serão depositadas no Banco do Brasil, em conta vinculada com o
fornecedor, só podendo ser liberadas quando certificado o recebimento.
§ 2º A conta vinculada mencionará especificamente a data limite de entrega ou de
conclusão dos serviços.
§ 3º 30 (trinta) dias após a data limite e não tendo o Departamento dos Correios e
Telégrafos liberado a conta, o Banco do Brasil recolherá o depósito à conta de "restos a pagar"
da União.
Art. 123. As disposições legais e regulamentares que disciplinam os serviços de
telecomunicações não colidentes com esta lei e não revogadas ou derrogadas, explícita ou
implicitamente, pela mesma, deverão ser consolidadas pelo Poder Executivo.
Art. 124. O tempo destinado na programação das estações de radiodifusão, à
publicidade comercial, não poderá exceder de 25% (vinte e cinco por cento) do total.
Art. 125. O Departamento dos Correios e Telégrafos continuará a exercer as atribuições
de fiscalização e a efetuar a arrecadação das atuais taxas, prêmios e contribuições, até que o
Conselho Nacional de Telecomunicações esteja devidamente aparelhado para o exercício
destas atribuições.
Art. 128. Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação e deverá ser regulamentada,
por ato do Poder Executivo, dentro de 90 (noventa) dias.
Art. 129. Revogam-se as disposições em contrário.

Após a leitura do CBT acima, responda ao questionário III,


na página 51, e o envie para o Professor Henrique Martins pelo e-
mail henriquemartins@ablap1.com.

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Ética no Trabalho do Rádio


Ética Aplicada à
Profissão de Radialista
Conceito
Na origem da palavra, no grego ethos, significa modo de ser, caráter, atitude, Na atualidade,
ética é o conjunto de valores morais e princípios humanos que norteiam as ações de uma
pessoa na sua conduta em sociedade. A Ética está assentada no julgamento pessoal, no juízo
de valor, que cada indivíduo utiliza para tomar suas decisões, de modo a não prejudicar ou ferir
uma outra pessoa.

A Ética pode ser pessoal e profissional. No entanto, a ação Ética leva sempre em consideração
o bem comum, a unidade social. Desse modo, o maior valor ético é a paz e a harmonia,
enquanto a ausência total de Ética está na agressão, na guerra, mesmo que valores legais –
Leis – a legitimem.

Ética é ação pessoal, com reflexão. Para Kant, a regra de ouro é a base da Ética – não faça
aos outros o que não queres que o façam a Ti. Para muitos pensadores, sem reflexão pessoal,
sem levarmos em consideração as consequências de nossos atos, físicos ou mesmo falados,
nossas ações e atitudes que prejudicam a terceiros, mesmo que levemos vantagens na
ocasião, não são ações éticas porque não buscam o bem comum, a harmonia da coletividade.

Ética e Ação Profissional


Na maioria dos campos profissionais, também há uma ética relativa ao desempenho neste
campo de trabalho. Assim temos Ética Médica, Ética do Serviço Público, Ética Jornalística ...
Os códigos de ética profissional, chamados códigos deontológicos, buscam assegurar a
harmonia profissional entre os que integram aquele setor de trabalho e objetivam também dar
proteção contra os excessos eventualmente praticados contra a sociedade, por meio de textos
específicos que definem o comportamento profissional adequado daqueles que se submetem a
um determinado código. O Código de Ética da Radiodifusão Brasileira, criado pela Associação
Brasileira de Emissoras de Rádio e TV ABERT é um referencial para os que trabalham em
Rádio e Televisão no nosso país.

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Ética e Comunicação

O processo de trabalho nos meios de comunicação de massa, ao informar, divulgar, comentar,


exige do comunicador especial atenção quanto aos valores éticos. A fofoca, a notícia
plantada/inventada são aspectos da ausência de ética na radiodifusão. O sensacionalismo e a
divulgação apressada de informações não confirmadas/checadas podem violar outros aspectos
éticos profissionais. Assim, devemos conhecer muito bem o Código de Ética da Radiodifusão.

O Código de Ética da
Radiodifusão Brasileira
(Código da ABERT)

A primeira versão desse Código data de 1962. Mas em 1993 o mesmo foi alterado. A
emissoras filiadas à ABERT prometem cumprir as determinações éticas nele contidas. Desse
modo, locutores e apresentadores precisam conhecê-lo em detalhes.

As alterações no código foram decididas em Assembléia Geral Extraordinária realizada na


sede da ABERT, em Brasília, no dia 8 de julho de 1993, Na ocasião, a Associação Brasileira de
Emissoras de Rádio e Televisão aprovou por unanimidade alterações no Código de Ética da
Radiodifusão Brasileira, permitindo assim punir as emissoras que venham a cometer eventuais
excessos em suas programações. Observe que a ABERT pode punir apenas as emissoras a
ela filiadas. As emissoras é que podem punir seus comunicadores.

Código de Ética da Radiodifusão Brasileira


Preâmbulo

Os empresários da Radiodifusão Brasileira, congregados na Associação Brasileira de


Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), considerando suas responsabilidades perante o
público e o Governo, declaram que tudo farão na execução dos serviços de que são
concessionários ou permissionários, para transmitir apenas o entretenimento sadio e as
informações corretas espelhando os valores espirituais e artísticos que contribuem para a
formação da vida e do caráter do povo brasileiro, propondo-se sempre a trazer ao
conhecimento do público os elementos positivos que possa contribuir para a melhoria das
condições sociais. Por outro lado, na execução da tarefa que lhes foi atribuída, exigirão total
respeito ao princípio da liberdade de informação, independentemente de censura, juntamente
com a imprensa, não aceitando quaisquer outras restrições que não sejam as determinadas
pelas leis em vigor e as estabelecidas pelo presente Código, neste ato aprovado pela
unanimidade dos associados.

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CAPÍTULO I

Princípios Gerais

Artigo 1 - Destina-se a radiodifusão ao entretenimento e à informação do público em geral,


assim como à prestação de serviços culturais e educacionais.

Artigo 2 - A radiodifusão defenderá a forma democrática de governo e, especialmente, a


liberdade de imprensa e de expressão do pensamento. Defenderá, igualmente, a unidade
política do Brasil, a aproximação e convivência pacífica com a comunidade internacional e os
princípios da boa educação moral e cívica.

Artigo 3 - Somente o regime da livre iniciativa e concorrência, sustentado pela publicidade


comercial, pode fornecer as condições de liberdade e independência necessárias ao
florescimento dos órgãos de opinião e, consequentemente, da radiodifusão. A radiodifusão
estatal é aceita na medida em que seja exclusivamente cultural, educativa ou didática, sem
publicidade comercial.

Artigo 4 - Compete especialmente aos radiodifusores prestigiar e envidar todos os esforços


para a manutenção da unidade da ABERT como órgão nacional representante da classe,
assim como das entidades estaduais ou regionais e sindicatos de classe.

CAPÍTULO II

Da Programação

Artigo 5 - As emissoras transmitirão entretenimento do melhor nível artístico e moral, seja de


sua produção, seja adquirido de terceiros, considerando que a radiodifusão é um meio popular
e acessível a quase totalidade dos lares.

Artigo 6 - A responsabilidade das emissoras que transmitem os programas não exclui a dos
pais ou responsáveis, aos quais cabe o dever de impedir, a seu juízo, que os menores tenham
acesso a programas inadequados, tendo em vista os limites etários prévia e obrigatoriamente
anunciados pela orientação do público.

Artigo 7 - Os programas transmitidos não advogarão discriminação de raças, credos e religiões,


assim como o de qualquer grupo humano sobre outro.

Artigo 8 - Os programas transmitidos não terão cunho obsceno e não advogarão a


promiscuidade ou qualquer forma de perversão sexual, admitindo-se as sugestões de relações
sexuais dentro do quadro da normalidade e revestidas de sua dignidade específica, dentro das
disposições deste Código.

Artigo 9 - Os programas transmitidos não explorarão o curandeirismo e o charlatanismo,


iludindo a boa fé do público.

Artigo l0 - A violência física ou psicológica só será apresentada dentro do contexto necessário


ao desenvolvimento racional de uma trama consistente e de relevância artística e social,
acompanhada de demonstração das conseqüência funestas ou desagradáveis para aqueles
que a praticam, com as restrições estabelecidas neste Código.

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Artigo ll - A violência e o crime jamais serão apresentados inconseqüentemente.

Artigo 12 - O uso de tóxicos, o alcoolismo e o vício do jogo de azar só serão apresentados


como práticas condenáveis, social e moralmente, provocadoras de degradação e da ruína do
ser humano.

Artigo 13 - Nos programas infantis, produzidos sob rigorosa supervisão das emissoras, serão
preservados a integridade da família e sua hierarquia, bem como exaltados os bons
sentimentos e propósitos, o respeito à lei e às autoridades legalmente constituídas, o amor à
pátria, ao próximo, à natureza e aos animais.

Artigo 14 - A programação observará fidelidade ao ser humano como titular dos valores
universais, partícipe de uma comunidade nacional e sujeito de uma cultura regional que devem
ser preservados.

Artigo 15 - Para melhor compreensão, e consequentemente observância, dos princípios acima


afirmados, fica estabelecido que:

l) São livres exibição em qualquer horário, os programas ou filmes:

a) que não contenham cenas realistas de violência, agressões que resultem em dilacerações
ou mutilação de partes do corpo humano, tiros a queima-roupa, facadas, pauladas ou outras
formas e meios de agressão violenta com objetos contundentes, assim como cenas
sanguinolentas resultantes de crime ou acidente; não tratem de forma explícita temas sobre
estupro, sedução, seqüestro, prostituição e rufianismo;

b) que não contenham em seus diálogos palavras vulgares, chulas ou de baixo calão;

c) que não exponham ou discutam o uso e o tráfico de drogas, notadamente as alucinógenas e


entorpecentes, não apresentem de maneira positiva o uso do fumo e do álcool;

d) que não apresentem nu humano, frontal, lateral ou dorsal, não apresentem visíveis os
órgãos ou partes sexuais exteriores humanas, não insinuem o ato sexual, limitando as
expressões de amor e afeto a carícias e beijos discretos. Os filmes e programas livres para
exibição em qualquer horário não explorarão o homossexualismo;

e) cujos temas sejam os comumente considerados apropriados para crianças e pré-


adolescentes, não se admitindo os que versem de maneira realista aos desvios do
comportamento humano e de práticas criminosas mencionadas nas letras a), c) e d) acima;

Parágrafo Único: As emissoras de rádio e televisão não apresentarão músicas cujas letras
sejam nitidamente pornográficas ou que estimulem o consumo de drogas.

2) Poderão ser exibidos, a partir de 20 h, os programas ou filmes:

a) que observem as mesmas restrições para os filmes e programas livres sendo permitida a
insinuação de conjunção sexual exposição do ato ou dos corpos, sem beijos lascivos ou
erotismo considerado vulgar;

b) que versem sobre qualquer tema ou problema individual ou social, desde que os temas
sensíveis ou adultos não sejam tratados de forma crua ou explícita nem apresentem, favorável
ou apologeticamente, qualquer forma de desvio sexual humano, o uso de drogas, a prostituição
ou qualquer forma de criminalidade ou comportamento anti-social;

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c) que não contenham apologia ou apresentem favoravelmente o uso e ingestão do fumo ou do


álcool.

3) Poderão ser exibidos, a partir das 21 h, os programas ou filmes:

a) que versem sobre temas adultos ou sensíveis observadas as restrições ao uso da linguagem
dos itens anteriores e as restrições quanto à apologia do homossexualismo, da prostituição e
do comportamento criminoso ou anti-social. Poderão ser empregadas palavras vulgares mas
de uso corrente, vetadas as de baixo calão;

b) que apresentem cenas de violência sem perversidade, mas que não as deixem impunes ou
que lhes façam apologia;

c) que apresentem nu lateral ou dorsal desde que focalizados à distância, ou desfocados, ou


com tratamento de imagem que roube a definição exata dos corpos, sem mostrar os órgãos e
partes sexuais humanas. O ato sexual será apresentado com as restrições do número 2)
acima;

d) que não contenham apologia ou apresentem favoravelmente o uso e a ingestão do fumo e


do álcool.

4) Poderão ser exibidos após às 23 h os programas e filmes:

a) que apresentem violência, desde que respeitada as restrições do horários anterior;

b) que não apresentem sexo explícito nem exibam, em "close", as partes e órgãos sexuais
exteriores humanos;

c) que utilizem palavras chulas ou vulgares desde que necessárias e inseridas no contexto da
dramaturgia;

d) que abordem seus temas sem apologia da droga, da prostituição e de comportamentos


criminosos.

CAPÍTULO III

Da Publicidade

Artigo 16 - Reconhecendo a publicidade como condição básica para a existência de uma


Radiodifusão livre e independente, as emissoras diligenciarão no sentido de que os comerciais
sejam colocados no ar em sua integridade e nos horários constantes das autorizações.

Artigo 17 - Ainda que a responsabilidade primária caiba aos anunciantes, produtores e


agências de publicidade, as emissoras não serão obrigadas a divulgar os comerciais em
desacordo com o Código de Auto-Regulamentação Publicitária, submetendo ao CONAR
qualquer peça que lhes pareça imprópria, respeitando-lhe as decisões.

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CAPÍTULO IV

Dos Noticiários

Artigo 18 - Os programas jornalísticos, gravados ou diretos estão livres de qualquer restrição,


ficando a critério da emissora a exibição, ou não, de imagens ou sons que possam ferir a
sensibilidade dos seus diretores ou apresentadores que observarão as leis e regulamentos
vigentes assim como o espírito deste Código.

Artigo 19 - As emissoras só transmitirão notícias provenientes de fontes fidedignas, não sendo,


entretanto, por elas responsáveis. As emissoras observarão o seguinte critério em seus
noticiários:

1) As emissoras manterão em sigilo, quando julgarem conveniente e for permitido por lei, a
fonte de suas notícias.

2) Toda ilustração que acompanhar uma notícia e que não lhe seja contemporânea, trará a
indicação desta circunstância.

3) As emissoras deverão exercer o seu próprio critério para não apresentar imagens que, ainda
reais, possam traumatizar a sensibilidade do público do horário.

4) As notícias que puderem causar pânico serão dadas de maneira a evitá-lo.

CAPÍTULO V

Do Relacionamento das Emissoras

Artigo 20 - As emissoras manterão elevado padrão de relacionamento entre si, não


combatendo uma às outras, senão pelo aprimoramento das respectivas programações.

Artigo 21 - É considerada antiética a prática de:

1) Aliciamento de artistas e pessoal contratados, entendendo-se como tal o oferecimento de


propostas a pessoal pertencente aos quadros de concorrentes, em plena vigência dos
contratos por prazo determinado ou tarefa.

2) Aviltamento dos preços da publicidade.

3) Publicação ou transmissão dos índices de audiência com identificação das emissoras


concorrentes.

4) Referir-se depreciativamente, pela imprensa ou qualquer outro veículo de comunicação, às


atividades ou vida interna das emissoras concorrentes.

5) Utilizar-se, sem prévia e competente autorização, de sinal gerado ou de propriedade de


emissora concorrente.

6) Divulgar falsamente a potência de suas transmissões, o número de emissoras em cadeia ou


afiliadas e canais que não estejam operando.

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7) Operar faltosamente a emissora, que através do uso, em qualquer horário, de potência


superior à de sua licença, quer através de artifícios, quer através de sobremodulação,
desajuste de fatores, emissão de parasitas ou outras ações destinadas a prejudicar emissoras
concorrentes.

8) As emissoras não recusarão comerciais que contenham a participação de contratados de


outras emissoras, exceto quando forem mostrados, nesses comerciais, cenários dos
programas em que participam ditos contratados ou que os programas em que participam ditos
contratados ou que os apresentem com trajes e adereços por eles utilizados nos programas em
que atuam, bem como interpretando tipos caracterizados como personagens que representam
nesses programas.

Artigo 22 - As emissoras sujeitarão suas desinteligências ao arbítrio da Associação Brasileira


de Emissoras de Rádio e Televisão, acatando-lhes as decisões, quando não solucionadas
pelas entidades estaduais ou regionais.

CAPÍTULO VI

Do Processo e das

Disposições Disciplinares

Artigo 23 - A ABERT terá uma Comissão de Ética formada por 8 membros escolhidos e
pertencentes à diretoria, cujo mandato será coincidente com seus mandatos na diretoria, com
as seguintes funções:

I) Julgar todas as reclamações apresentadas contra procedimentos atentatórios ao Código de


Ética previstos no Capítulo V do presente Código.

II) Eleger por unanimidade, os membros do Conselho de Ética nos termos prescritos neste
Código.

III) Os membros da diretoria da ABERT são inelegíveis para o Conselho de Ética.

Artigo 24 - As reclamações e denúncias quanto ao não cumprimento das determinações


contidas nos Capítulos II, III e IV deste Código serão julgados por um Conselho de Ética,
designado nos termos do artigo anterior, composto de 12 membros, para um mandato de um
ano, reelegíveis, sendo que, pelo menos quatro não pertencentes aos quadros, nem vinculados
diretamente às empresas de radiodifusão.

I) O Conselho terá um Secretário-Geral para administrá-lo, nomeado e demissível ad nutum


pela Comissão de Ética da Diretoria da ABERT de acordo com a maioria dos membros do
Conselho. O Conselho terá autonomia orçamentária e suas decisões serão irrecorríveis exceto
pelo pedido de reconsideração interposto dentro de 72 horas da decisão e diante de fatos
novos.

II) Os membros do Conselho, elegerão um Presidente e um vice-presidente, os quais atuarão


assessorados pelo Secretário-Geral. O Presidente não terá direito a voto, exceto no caso de
empate na votação, caso em que terá o voto de desempate. Os membros do Conselho serão
indicados dentro de 30 dias do término de seus mandatos, podendo ser reconduzidos
indefinidamente.

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III) Recebida uma reclamação, o Presidente ou o Secretário-Geral designado pelo Presidente,


fará a distribuição para um Conselheiro que será o relator, enviando cópia para a empresa
envolvida. O relator apresentará seu relatório para julgamento dentro de 10 dias, colocando a
reclamação para julgamento na próxima sessão desde que haja tempo hábil para notificar a
Reclamada para que possa estar presente e intervir no julgamento.

IV) Na ausência do Presidente, presidirá a sessão o Vice-Presidente e, na ausência deste, os


presentes escolherão, por maioria, um de seus membros para presidi-la.

V) Depois de lido o relatório e ouvidas as partes presentes, votará o relator, seguindo-se os


demais membros na ordem de antigüidade, quando houver, e alfabética e não havendo
diferença de antigüidade.

VI) O Conselho reunir-se-á na medida das necessidades, convocado pelo Secretário-Geral ou


por seu Presidente, sendo irrecorríveis suas decisões.

VII) Quando a reclamação ou denúncia versar sobre o fato grave que exija urgência por sua
possibilidade de repetição ou continuidade, o Secretário-Geral convocará imediatamente o
Conselho, relatando o processo pessoalmente, sem direito a voto, para decisão imediata.

VIII) O Secretário-Geral preparará, mensalmente, sempre que tiver havido decisões, resumos
dos julgamentos e das decisões para distribuição aos membros da Diretoria da ABERT.

Artigo 25 - As reclamações serão sempre apresentadas por escrito, com perfeita


individualização dos fatos e referências exatas quanto ao horário, dia e emissora que efetuou a
transmissão ou praticou o ato impugnado, acompanhado de fita de vídeo ou fita de áudio nos
casos de transmissões radiofônicas. As reclamações anônimas não serão distribuídas. As
reclamações que estiverem acompanhadas das fitas de gravação só serão distribuídas quando
versarem sobre fatos públicos e notórios. Quando houver dúvida razoável quanto à notoriedade
do fato, o Secretário-Geral requisitará a fita à emissora, desde que, dentro do prazo legal em
que a emissora está obrigada a guardar a fita.

Artigo 26 - As queixas poderão ser formuladas e encaminhadas à ABERT, por órgãos da


Administração Federal, pelas emissoras associadas à ABERT. por órgãos ou associações de
classe ou por telespectadores e ouvintes, respeitadas as determinações dos artigos anteriores.

Artigo 27 - As penas serão de advertência sigilosa, ou de determinação da suspensão das


transmissões impugnadas ou atos impugnados, sempre acompanhadas da obrigação de
divulgar campanha nos termos deste artigo. O não atendimento das determinações da
Comissão acarretará a expulsão dos quadros da ABERT.

I) Julgadas culpadas, as emissoras, além das penas mencionadas no caput deste artigo, serão
condenadas a divulgar, no mínimo seis e no máximo vinte mensagens de 30 segundos rotativa
e diariamente, durante uma semana, no mínimo, e um mês no máximo, para divulgação de
campanhas educativas. Nas reincidências a pena será acrescida, de acordo com a gravidade,
de 25% até 100% quanto ao número e duração do tempo das inserções.

II) Extingue-se a reincidência em cada período de dois anos contados da data da primeira
infração.

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III) As condenações serão comunicadas à Diretoria da ABERT que contactará os órgãos


públicos, notadamente os Ministérios da Justiça, Saúde, Educação e Bem Estar Social, sobre a
existência de campanhas de seu interesse e que tenham alguma relação com a natureza da
infração, para que sejam colocadas no ar pela empresa condenada. Não havendo resposta ou
campanha disponível a Diretoria designará o tema e aprovará as mensagens que serão feitas
pela empresa condenada, estabelecendo-lhe o prazo para o seu início. A diretoria decidirá,
caso a caso, se as mensagens deverão ou não ter referência ao Código de Ética. As penas
serão adstritas às áreas de cobertura em que deu-se a infração.

Artigo 28 - A empresa acusada de prática do ato ou de transmissão de programas condenados


por este Código tomará conhecimento da decisão através de comunicação que o Presidente
enviará.

Artigo 29 - A empresa apresentará ao relator suas razões de defesa, escritas, dentro de 7 dias
do recebimento da comunicação. A empresa poderá estar presente e defender-se verbalmente
durante o julgamento, assim como poderá enviar cópia de sua defesa, individuando a
acusação, a todos os Conselheiros. Nos casos de urgência previstos no item VII do Artigo 24 o
Secretário ou o Presidente comunicará diretamente à empresa acusada que terá 48 (quarenta
e oito) horas para apresentar sua defesa.

Artigo 30 - As decisões do Conselho serão tomadas por maioria de votos e o quorum será de
8(oito) Conselheiros.

Artigo 31 - A fonte de recursos para a manutenção do Conselho será estabelecida pela


Diretoria da ABERT, ad referedum dos contribuintes e constituirão recursos diretamente postos
à disposição da Comissão, não podendo ser utilizados para outros fins.

Artigo 32 - A Comissão de Ética de Programas da ABERT assim como o Conselho elaborará


um regimento interno para o seu perfeito funcionamento.

Artigo 33 - No caso de programa transmitido regularmente, a suspensão voluntária pela


empresa reclamada impugnada sustará o prosseguimento do processo.

Artigo 34 - Os casos que não envolverem programação, decididos pela Comissão de Ética da
Diretoria da ABERT nos termos do artigo 23 por maioria absoluta de votos, terão como
penalidades a advertência sigilosa ou pública.

Leia outra vez os textos sobre Ética. A seguir, responda ao


questionário IV, da página 52, e o remeta para o Professor
Henrique Martins pelo e-mail
henriquemartins@ablap1.com.

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Questionário I Módulo II
Sobre Comunicação Social, a Constituição Federal estabelece nos artigos 220 a 224 as
orientações fundamentais para a Sociedade Brasileira. Leia com atenção o que disciplina a
Constituição, na página 5, e responda às questões seguintes.

1. O prazo de concessão (permissão de funcionamento autorizada pelo governo) é


deferente para emissoras de Rádio e de TV. Para emissoras de Rádio é de
; para as emissoras de TV de .

2. Nenhum estrangeiro poderá ter a maioria de ações de uma empresa de radiodifusão no


Brasil. Na realidade, no caso de uma sociedade entre brasileiro e estrangeiro, pelo
menos por cento do capital total votante nas decisões da empresa
devem pertencer ao brasileiro.

3. A Constituição Federal afirma no artigo 221 que a produção e a programação das


emissoras de Rádio e Televisão atenderão aos seguintes princípios (complete):

I – preferência a

II – promoção da

III – regionalização da

IV – respeito aos

4. Quanto à propaganda comercial de tabaco (cigarro, fumo) e de medicamentos, sempre


que necessário conterá advertência _
.

5. Sobre a censura (proibição de ir ao ar, de publicar) diz a Constituição Federal:

6. Sobre a manifestação do pensamento, diz a Constituição Federal no artigo 220:


_____________________________________________________________________
_______________________________________________ .

7. Sobre a propriedade de emissoras de Rádio, Televisão e Jornais – meios de


comunicação social – que não poder ser _
_.

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Questionário II Módulo II
O Decreto nº 84.134/79 regulamentou a Profissão de Radialista. Com base na leitura atenta do
mesmo responda às questões abaixo.

1. Considera-se radialista .

2. Para efeitos do Decreto, considera-se empresa de radiodifusão _


.

3. Considera-se, igualmente, empresa de radiodifusão:


a)
b)
c)
d)
e)

4. Sobre o Registro de Radialista diz a Lei, no artigo 6º :

5. A duração da jornada de trabalho diária do locutor é de .

6. No quadro anexo ao Decreto, defini-se Locutor Apresentador Animador como aquele


que .

7. Quando o locutor também tem a função de chefia recebe um adicional de


.

8. Sobre o uso de uniforme da empresa fica estabelecido que _


_. Sobre a utilização
de uniformes da empresa com símbolos e marcas comerciais diz o Decreto que
_.

9. Sobre a folga semanal ficou estabelecido que _


.

10. A profissão de Radialista compreende atividades de: _


.

11. Os Locutores e os Produtores Executivos de programas para Rádio e TV estão


enquadrados nas atividades de .

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Questionário III Módulo II


A Lei nº 4.117/62 – Código Brasileiro de Telecomunicações estabelece as normas legais
de funcionamento e fiscalização de emissoras de radiodifusão no Brasil. Assim sendo,
leia atentamente o texto da mesma e responda.

1. Quanto aos fins a que se destinam as telecomunicações, temos que a radiodifusão destina-
se a _ _

2. Nas disposições transitórias, definiu-se que, do total de programação da emissora, no


máximo, por cento da mesma poderá ser destinada à publicidade.

3 . O artigo 71 estabelece a obrigatoriedade da gravação de programas e da guarde de textos


de programas. Detalhe o que diz este dispositivo.

4. O artigo 70 estabelece punição para quem coloca no ar emissora de Rádio ou de Televisão


sem observância das normas legais (emissoras piratas). Detalhe o que diz o artigo.

5. Na citada Lei, identifique e transcreva aqui o artigo que assegura a emissão obrigatória,
apenas por emissoras de Rádio, do programa estatal A Voz do Brasil.

6. O CBT estabelece a obrigatoriedade de divulgação noticiosa pelas emissoras de Rádio e


Televisão. Do total da programação da emissora, no mínimo por cento devem ser
de notícias.

7 O artigo 53 fala dos abusos contra a liberdade de radiodifusão. Transcreva os principais


abusos citados neste artigo.

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Questionário IV Módulo II
1. Escreva, em até 10 linhas, sobre A importância da Ética no Trabalho do Radialista

2. Descreva, em até de 10 linhas digitadas, o que é falta de Ética no Rádio.

3. O Código de Ética da Radiodifusão Brasileira , no seu preâmbulo, sobre o princípio da


liberdade de informação, afirma que _
.

4. Segundo o Código, a radiodifusão destina-se a _


.

5. Com relação à programação das emissoras, o Código afirma que _

_.

6. O artigo 15 do código estabelece as faixas de programação na Televisão e o conteúdo


dos programas nos horários definidos. Detalhe cada faixa especificada.

7. O que diz o Código da ABERT sobre a programação infantil?

8. Qual a responsabilidade dos pais, segundo o Código, diante da programação das


emissoras?

9. No artigo 14, o Código faz uma declaração de princípios com relação ao ser humano.
Transcreva-o aqui.

10. Qual o artigo mais importante, para você, no Código de Ética da ABERT? Por quê?

11. Pesquise na Internet um artigo sobre Ética nos Meios de Comunicação. Faça um
comentário sobre os principais pontos que estão em destaque nesse artigo e o remeta
com sues comentários.

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