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Favorecimento Pessoal
Art. 348 – Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de
crime a que é cominada pena de reclusão:
Pena – detenção, de um a seis meses, e multa.
§ 1º – Se ao crime não é cominada pena de reclusão: (privilégio)
Pena – detenção, de quinze dias a três meses, e multa.
§ 2º – Se quem presta o auxílio é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão
do criminoso, fica isento de pena. (escusa absolutória)
Atenção!
Se a mãe ajuda o filho a se esconder, a mãe não responde; se o filho ajuda o
pai a se esconder, o filho não responde.
Atenção!
Parte minoritária da doutrina entende que a obtenção de êxito na ocultação
é dispensável para a consumação do delito. Mas se a mãe ajuda o filho a
esconder um carro, ela responde por favorecimento real.
Favorecimento Real
Art. 349 – Prestar a criminoso, fora dos casos de coautoria ou de receptação,
auxílio destinado a tornar seguro o proveito do crime:
Pena – detenção, de um a seis meses, e multa.
ANOTAÇÕES
Atenção!
Se o auxílio prestado for o qual se pega o proveito do crime e atribui-se aparência
de lícita, é lavagem de dinheiro; se o cidadão recebe o proveito do crime e, em
virtude disso, devolve uma contrapartida para o autor do crime, caracteriza-se
receptação; se existiu uma combinação prévia, não se trata de favorecimento
real, mas coautoria.
Atenção!
O funcionário público que auxilia a entrada de aparelho responde pela
prevaricação imprópria.
Obs.: No favorecimento real não está prevista a escusa absolutória, que somen-
te está prevista no favorecimento pessoal.
Atenção!
Prevalece, no âmbito doutrinário, que o art. 350 foi revogado pela Lei de Abuso
de Autoridade.
Atenção!
Parte da doutrina afirma que o inciso IV e o I, por não possuírem previsão igual,
continuam existindo.
Atenção!
O § 3º é uma qualificadora que torna o crime próprio, porque o crime é praticado
por pessoa sob cuja custódia está o preso.
Atenção!
Em relação aos crimes contra a Administração Pública, existem dois crimes
culposos. Entre os crimes funcionais, só existe um crime, que é o peculato
culposo; mas dentro dos crimes contra a Administração da Justiça, existe o
crime de promoção de fuga de pessoa presa.
• Não se exige que a pessoa esteja efetivamente presa, pode ser apenas sob
a custódia do Estado.
• Quem pratica o ato de promover ou facilitar a fuga de pessoa ilegalmente
presa não comete crime, pois age em legítima defesa de terceiro.
Atenção!
Não se aplica ao 352, o art. 14, II e Parágrafo Único do Código Penal, porque
a tentativa do CP é uma causa de diminuição de pena.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a
aula preparada e ministrada pelo professor Wallace França.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela
leitura exclusiva deste material.
ANOTAÇÕES