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- Introdução a Matéria.
Princípios Constitucionais
Princípio da Inércia: Juiz não pode dar início ao processo penal, pois isto implicaria em violação
da sua imparcialidade. Este princípio fundamenta diversas disposições do sistema processual
penal brasileiro, como aquela que impede que o Juiz julgue um fato não contido na denúncia,
que caracteriza o princípio da congruência (ou correlação entre a sentença e a inicial
acusatória). O CPP permite que o Juiz requeira produção de provas do Ofício (Art. 156 do CPP) –
Recente Atualização.
Principio do Devido Processo Legal: Ninguém poderá sofrer privação de sua liberdade ou de
seus bens sem que haja um processo prévio, em que lhe sejam assegurados de defesa. Possui
dois sentidos.
a) Sentido Formal: A obediência ao rito previsto na Lei Processual (seja o rito ordinário ou
outro), bem como às demais regras estabelecidas para o processo.
b) Sentido Material: O Devido Processo Legal só é efetivamente respeitado quando o
Estado age de maneira razoável, proporcional e adequada na tutela dos interesses da
sociedade e do acusado.
Neutralização – Vídeo Conferência entra nesta ideia de Neutralização, ou seja, Juiz distante do
réu.
Princípio da Presunção de Inocência (de não culpabilidade): Nenhuma pessoa pode ser
considerada culpada (e sofrer as consequências disto) antes, do trânsito em julgado da sentença
penal condenatória (hoje está sendo discutido o cumprimento da pena após decisão da 2ª
instância. Em razão deste princípio, decorre que o Ônus da Prova (materialidade a autoria do
fato) cabe ao acusador (MP ou ofendido, conforme o caso).
Princípio do In Dubio Pro Reo: Segundo o qual, durante o processo (inclusive na sentença),
havendo dúvidas acerca da culpa ou não do acusado, deverá o Juiz decidir em favor deste, pois
sua culpa não foi cabalmente comprovada. Art. 156 – A prova da alegação incumbirá a quem a
fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício. I...; II. Determinar, no curso da instrução, ou
antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvidas sobre ponto
relevante.
Essa publicidade NÃO É ABSOLUTA, podendo sofrer restrição, quando a intimidade das
partes ou interesses, quando a intimidade das partes ou interesse público exigir
(publicidade restrita). Pode ser restringida apenas às partes e seus procuradores, ou
somente a estes. Impossibilidade de restrições da publicidade aos procuradores das
partes.
Princípio da Isonomia Processual: Deve a lei processual tratar ambas as partes de maneira
igualitária, conferindo-lhes os mesmos direitos e deveres.
Princípio do Juiz Natura: Toda pessoa tem direito de ser julgada por um órgão do Poder
Judiciário brasileiro devidamente investido na função jurisdicional, cuja competência fora
previamente definida.
Princípio da Vedação às Provas Ilícitas: Não se admite no processo as provas que tenham sido
obtidas por meios ilícitos, assim compreendidos aqueles que violem direitos fundamentais. A
doutrina divide as provas ilegais em provas ilícitas (quando violam normas de direito material) e
provas ilegítimas (quando violam normas direito processual).
a) Direito ao Silêncio;
b) Direito à Ampla Defesa;
c) Presunção de Inocência.
FONTES EM MATÉRIA DE DIREITO PROCESSUAL PENAL
FONTE MATERIAL: Referem-se ao seu órgão criador. É o Estado o órgão criador de Leis.
IMPORTANTE!
DA APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO: Toda a norma jurídica
limita-se no tempo e no espaço. Assim também ocorre com as normas jurídicas Processuais
Penais.
Material (ou de produção. Órgão Criador). Artigos complementares para Estudo. Referem-se ao
seu órgão criador. É o estado o órgão criador das leis. Art. 22, I. Art. 24, XI. Art. 24, X. Art. 98, I.
da Constituição Federal.
Formais (exteriorizam o direito, permitem compreender, interpretar e aplicar o direito).
Revelam o Direito
a) Diretas – Classificam-se: Principais – Extravagantes – Orgânicas.
---- Principais: Constituição Federal e Código de Processo Penal.
---- Extravagantes: Código de Processo Penal Militar, Lei Maria da Penha, Lei de Drogas...
---- Orgânicas: Código de Organização Judiciária do Estado (COJE) e Regimento Interno dos Tribunais.
b) Indiretas – Classificam-se: Jurisprudência – Costumes – Princípios Gerais do Direito.
REGIMENTOS
CÓDIGO LEIS ESPECIAIS
Normal Geral Norma Específica afasta Normal Geral
(Código de Processo Penal)
Aplicável
Crime
Quanto tiver algum crime que tiver o Crime Tipificado em Alguma Lei, utilizar este. E utilizar o
CPP como Norma Complementar. Sendo como exemplo de Lei (Lei Maria da Penha, Lei de
Drogas...).
Princípio da Territorialidade: Vai ser aplicado em todo território nacional, é onde o país
exerce a soberania. Tem aplicação aos processos e julgamentos realizados no território
nacional.
1: Sentido Estrito: Solo, subsolo, águas territoriais (limites traçados nos acordos u
convenções), plataforma continentais e espaços aéreos correspondentes.
2: Sentido Ampla: Embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública, ou a
serviço do governo brasileiro, onde quer que se encontrem; mercantes ou de
propriedade privada, que se achem no espaço aéreo correspondente, ou em alto-mar
respectivamente: Art. 5 §1 e 2 do Código Penal – Território Brasileiro por Extensão Legal.
Navios e Aeronaves Públicas – Considerado Território por Extensão, também podem ser
considerado/denominado ou Navios e Aeronaves que estão à serviço do Governo Brasileiro
(Público).
Tem sede em Haia e é órgão permanente com competência para processar e julgar
crimes de genocídio, contra a humanidade, de guerra e de agressão.
As três primeiras categorias estão previstas nos Artigos 6º, 7º e 8º do
Decreto. Os crimes de agressão foram definidos em 2016, mas ainda não foram
ratificados pelo Brasil.
A entrega de brasileiro para ser julgado pelo Tribunal foi considerado constitucional
porque não seria Extradição (que é vedada pela CF). A entrega é para um órgão
internacional. A extradição é para um determinado estado estrangeiro.
Imunidades Parlamentares
Material:
1: Art. 53, caput, Constituição Federal, para Deputados Federais e Senadores.
2: Art. 55, caput, Constituição Federal, para Deputados Estaduais.
3: Art. 29, VI, Constituição Federal para Vereadores.
4: Advogado: Art. 7º, XX, §2º do Estatuto da OAB.
Processual: Art. 53, §1 ao 8 da Constituição Federal (Estende-se aos Deputados
Estaduais).
V – Crimes de Imprensa.
OUTRAS EXCEÇÕES:
Leis Especiais: Crimes Eleitorais, Crimes de Abuso de Autoridade, Lei de Drogas, Lei
Maria da Penha...
Obs.: JECrims (as infrações de pequeno potencial ofensivo têm rito próprio, embora seja
considerado rito comum e não especial).
Toda a lei sujeita à interpretação e os conflitos da lei no tempo se resolvem, via regra
pelos princípios de RETROATIVIDADE ou IRRETROATIVIDADE e da IMEDIATIDADE.
No Código Penal estão previstas no Artigo 1º e 2º e 3º, que estabelecem a regra de
Irretroatividade da Lei Penal. A exceção que permite que permite a retroatividade é para
as leis mais benéficas.
No Código do Processo Penal, a regra está prevista no Art. 2 que estabelece o Princípio
da Imediatidade da Lei Processual Penal.
A Lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo, da validade dos atos
realizados sob a vigência da Lei Anterior.
A segunda parte do artigo determina que as Leis Novas não possuem Efeito Retroativo,
caso contrário, a retroatividade anularia os atos praticados sob vigência da Lei Anterior.
Exceções ao Princípio da Imediatidade:
Será inaplicável se obstaculizar a ampla
defesa, sendo inconstitucional (Ex.:
Restringir Matéria Probatória). Será
também inaplicável quando houver
expressa disposição na Lei Nova quanto à
sua aplicação.
Para que esse crime torne-se uma Ação Penal a partir da denúncia/queixa crime, necessita de
elementos de provas, para encontrar materialidade e autoria (crime), da infração. Que se
buscam no INQUÉRITO POLICIAL.