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Direito Processual Penal I – 06/03/2020

PACOTE ANTICRIME Lei nº 13.964, de 24.12.2019

- Introdução a Matéria.

NEURO LINGUÍSTICA – PESQUISAR SOBRE – ESTUDAR SOBRE


Aplicação da Lei Processual Penal:

No Espaço: Territorialidade (Art. 1º CPP)


No Tempo: Imediatidade (Art. 2º CPP)

Livro Vigiar e Punir

Art. 5º - Artigo que trata do Juiz Natural


Frutos da Árvore Proibidos

PPL – CRIME PRISÃO PROCESSUAL

Princípios Constitucionais

Princípio da Inércia: Juiz não pode dar início ao processo penal, pois isto implicaria em violação
da sua imparcialidade. Este princípio fundamenta diversas disposições do sistema processual
penal brasileiro, como aquela que impede que o Juiz julgue um fato não contido na denúncia,
que caracteriza o princípio da congruência (ou correlação entre a sentença e a inicial
acusatória). O CPP permite que o Juiz requeira produção de provas do Ofício (Art. 156 do CPP) –
Recente Atualização.

Principio do Devido Processo Legal: Ninguém poderá sofrer privação de sua liberdade ou de
seus bens sem que haja um processo prévio, em que lhe sejam assegurados de defesa. Possui
dois sentidos.

a) Sentido Formal: A obediência ao rito previsto na Lei Processual (seja o rito ordinário ou
outro), bem como às demais regras estabelecidas para o processo.
b) Sentido Material: O Devido Processo Legal só é efetivamente respeitado quando o
Estado age de maneira razoável, proporcional e adequada na tutela dos interesses da
sociedade e do acusado.

Contraditório: As partes devem ter assegurado o direito de contradizer os argumentos trazidos


pela parte contrária e as provas por ela produzidas. Pode ser limitado, quando a decisão a ser
tomada pelo Juiz não possa esperar a manifestação do acusado ou a ciência do acusado pode
implicar a frustração da decisão (Ex.: Decretação de Prisão, Interceptação Telefônica).
Ampla Defesa: Não basta dar ao acusado ciência das manifestações da acusação e facultar-lhe
se manifestar, se não lhe forem dados instrumentos para isso. Principais Instrumentos:
Produção de Provas; Recursos - Direito à defesa técnica; Direito à Autodefesa.

 Questão da Neurolinguística – Tribunal do Júri – Princípio da Humanidade.

Neutralização – Vídeo Conferência entra nesta ideia de Neutralização, ou seja, Juiz distante do
réu.

Princípio da Presunção de Inocência (de não culpabilidade): Nenhuma pessoa pode ser
considerada culpada (e sofrer as consequências disto) antes, do trânsito em julgado da sentença
penal condenatória (hoje está sendo discutido o cumprimento da pena após decisão da 2ª
instância. Em razão deste princípio, decorre que o Ônus da Prova (materialidade a autoria do
fato) cabe ao acusador (MP ou ofendido, conforme o caso).

 A partir da 2ª instância não são discutidos os fatos nas questões principiológicas e de


Direito.
 Prisão Processual
 40% dos Presos estão de Forma Temporária ou Preventiva.

Princípio do In Dubio Pro Reo: Segundo o qual, durante o processo (inclusive na sentença),
havendo dúvidas acerca da culpa ou não do acusado, deverá o Juiz decidir em favor deste, pois
sua culpa não foi cabalmente comprovada. Art. 156 – A prova da alegação incumbirá a quem a
fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício. I...; II. Determinar, no curso da instrução, ou
antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvidas sobre ponto
relevante.

Para a doutrina tradicional: não violam o princípio da presunção de inocência

a) A existência de prisões provisórias (prisões decretadas no curso do processo) – Não são


baseadas na culpa. Possuem fundamento cautelar. Mas quando atingimos quase 40% do
total de presos, há violação deste princípio.
b) A determinação de regressão de regime do cumprimento de pena (pena que está sendo
cumprida em razão de outro delito) em razão da prática de novo delito, mesmo antes do
trânsito em julgado.

Viola o Princípio: Utilizar inquéritos policiais e ações penais ainda em cursos.

Princípio da Obrigatoriedade da Fundamentação das Decisões Judiciais:

a) Os órgãos do Poder Judiciário devem fundamentar todas as suas decisões. Guarda


relação com o princípio da Ampla Defesa.
b) A decisão de recebimento da enuncia ou queixa não precisa de fundamentação
complexa (posição do STF e do STJ). A fundamentação referida é constitucional. As
decisões proferidas pelo Tribunal do Júri não são fundamentadas (não há violação ao
princípio).

Princípio da Publicidade: Os atos processuais e as decisões judiciais serão públicas, ou seja, de


acesso livre a qualquer povo.

 Essa publicidade NÃO É ABSOLUTA, podendo sofrer restrição, quando a intimidade das
partes ou interesses, quando a intimidade das partes ou interesse público exigir
(publicidade restrita). Pode ser restringida apenas às partes e seus procuradores, ou
somente a estes. Impossibilidade de restrições da publicidade aos procuradores das
partes.

Princípio da Isonomia Processual: Deve a lei processual tratar ambas as partes de maneira
igualitária, conferindo-lhes os mesmos direitos e deveres.

 Exceção: É possível que a lei estabeleça algumas situações aparentemente anti-


isonômicas, a fim de equilibrar as forças dentro do processo (ex.: Prazo em Dobro para a
Defensoria Pública).

Princípio do Juiz Natura: Toda pessoa tem direito de ser julgada por um órgão do Poder
Judiciário brasileiro devidamente investido na função jurisdicional, cuja competência fora
previamente definida.

Princípio da Vedação às Provas Ilícitas: Não se admite no processo as provas que tenham sido
obtidas por meios ilícitos, assim compreendidos aqueles que violem direitos fundamentais. A
doutrina divide as provas ilegais em provas ilícitas (quando violam normas de direito material) e
provas ilegítimas (quando violam normas direito processual).

Princípio da Vedação à Autoincriminação: Também conhecido como nemo tenetur se detegree,


tem por finalidade impedir que o Estado, de alguma forma, imponha ao réu alguma obrigação
qie possa colocar em risco o seu direito de não produzir provas prejudiciais a si próprio. O Ônus
da prova incumba à acusação, não ao réu. Pode ser extraído da conjugação de três dispositivos
constitucionais:

a) Direito ao Silêncio;
b) Direito à Ampla Defesa;
c) Presunção de Inocência.
FONTES EM MATÉRIA DE DIREITO PROCESSUAL PENAL

1) MATERIAL (ou de produção. Órgão Criador).


2) FORMAIS (exteriorizam o direito, permitem compreender, interpretar e aplicar o
direito).
a) Diretas (Principais = Constituição, Códigos... – Extravagantes – Orgânicas).
b) Indiretas (Costumes – Jurisprudência – Princípios Gerais de Direito).

FONTE MATERIAL: Referem-se ao seu órgão criador. É o Estado o órgão criador de Leis.

a) Art. 22, I, CF – Competência privativa da União em Matéria Processual.


b) Art. 24, XI, CF – Competência concorrente – União, Estados e Distrito Federal –
Procedimentos.
c) Art. 24, X, e 98, I, CF – Idem para criação e funcionamento Juizados Especiais
Criminais.
d) Art. 96, CF – Organização Judiciária.

FONTE FORMAIS: Revelam o Direito: Pressupõe a sua exteriorização. Subdividem-se:

1) Diretas (ou imediatas) = São Normas Jurídicas.


a) Principais: Constituição Federal e Código de Processo Penal.
b) Extravagantes: Código de Processo Penal Militar, Lei Maria da Penha, Lei de Drogas,
etc.
c) Orgânicas: Códigos de Organização Judiciária do Estado (COJE) e Regimento Interno
dos Tribunais.
2) Indiretas (ou mediatas) = Não contém a norma, mas a produzem indiretamente.
a) Costumes: Art. 4, LICC e 3º, CPP
b) Jurisprudência
c) Princípios Gerais de Direito (determinação ou compreensão de caráter jurídico ou
político, que podem ser depreendidos do ordenamento jurídico como sistema). Exs:
in dubio pro reo, reformatio on pejus, princípio do duplo grau de jurisdição, princípio
da correlação, etc.

IMPORTANTE!
DA APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO: Toda a norma jurídica
limita-se no tempo e no espaço. Assim também ocorre com as normas jurídicas Processuais
Penais.

Explanação Artigo 1º do CPP

 APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL


- No Espaço: Territorialidade (Art. 1º do CPP) – Passagem Inocente, se não interfere no
‘‘no Brasil’’ não é necessário ser julgado no Solo Brasileiro.
- No Tempo: Imediatidade (Art. 2º do CPP).
Direito Processual Penal I – 13/03/2020

Fontes em Matéria de Direito Processual Penal

Material (ou de produção. Órgão Criador). Artigos complementares para Estudo. Referem-se ao
seu órgão criador. É o estado o órgão criador das leis. Art. 22, I. Art. 24, XI. Art. 24, X. Art. 98, I.
da Constituição Federal.
Formais (exteriorizam o direito, permitem compreender, interpretar e aplicar o direito).
Revelam o Direito
a) Diretas – Classificam-se: Principais – Extravagantes – Orgânicas.
---- Principais: Constituição Federal e Código de Processo Penal.
---- Extravagantes: Código de Processo Penal Militar, Lei Maria da Penha, Lei de Drogas...
---- Orgânicas: Código de Organização Judiciária do Estado (COJE) e Regimento Interno dos Tribunais.
b) Indiretas – Classificam-se: Jurisprudência – Costumes – Princípios Gerais do Direito.

REGIMENTOS
CÓDIGO LEIS ESPECIAIS
Normal Geral Norma Específica afasta Normal Geral
(Código de Processo Penal)
Aplicável
Crime

Quanto tiver algum crime que tiver o Crime Tipificado em Alguma Lei, utilizar este. E utilizar o
CPP como Norma Complementar. Sendo como exemplo de Lei (Lei Maria da Penha, Lei de
Drogas...).

Da aplicação da Lei Processual Penal no Tempo e no Espaço

 Princípio da Territorialidade: Vai ser aplicado em todo território nacional, é onde o país
exerce a soberania. Tem aplicação aos processos e julgamentos realizados no território
nacional.
1: Sentido Estrito: Solo, subsolo, águas territoriais (limites traçados nos acordos u
convenções), plataforma continentais e espaços aéreos correspondentes.
2: Sentido Ampla: Embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública, ou a
serviço do governo brasileiro, onde quer que se encontrem; mercantes ou de
propriedade privada, que se achem no espaço aéreo correspondente, ou em alto-mar
respectivamente: Art. 5 §1 e 2 do Código Penal – Território Brasileiro por Extensão Legal.
Navios e Aeronaves Públicas – Considerado Território por Extensão, também podem ser
considerado/denominado ou Navios e Aeronaves que estão à serviço do Governo Brasileiro
(Público).

Extraterritorialidade – Art. 7, I e II do Código Penal. Os crimes são praticados no Exterior, como


as sanções serão aplicadas no Brasil será aplicado o Código Penal brasileiro para estes casos.

Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas (Estudar).

 Imunidade Diplomática Absoluta.


 Abrange agentes diplomáticos, embaixadores, que representam o Estado estrangeiro de
forma permanente.
 É extensiva aos chefes de Estado, representantes de governo estrangeiro, agentes
diplomáticos, pessoal técnico e administrativo, familiares e funcionários de organizações
internacionais. Ex.: ONU – OEA.
 Os cônsules tem imunidade de jurisdição para crimes cometidos no exercício da função.

Tribunal Penal Internacional. (Convenção de Roma e Art. 5. §4º da CF)

 Tem sede em Haia e é órgão permanente com competência para processar e julgar
crimes de genocídio, contra a humanidade, de guerra e de agressão.
As três primeiras categorias estão previstas nos Artigos 6º, 7º e 8º do
Decreto. Os crimes de agressão foram definidos em 2016, mas ainda não foram
ratificados pelo Brasil.
 A entrega de brasileiro para ser julgado pelo Tribunal foi considerado constitucional
porque não seria Extradição (que é vedada pela CF). A entrega é para um órgão
internacional. A extradição é para um determinado estado estrangeiro.

II – CRIMES DE RESPONSABILIDADE – ARTIGOS 86, 89. §2º, e 100 da CF

Imunidades Parlamentares

 Material:
1: Art. 53, caput, Constituição Federal, para Deputados Federais e Senadores.
2: Art. 55, caput, Constituição Federal, para Deputados Estaduais.
3: Art. 29, VI, Constituição Federal para Vereadores.
4: Advogado: Art. 7º, XX, §2º do Estatuto da OAB.
 Processual: Art. 53, §1 ao 8 da Constituição Federal (Estende-se aos Deputados
Estaduais).

Artigo Complementar – Art. 342 do CP – FALSO TESTEMUNHO

III – Processo de Competência da Justiça Penal

 Seguem as regras do Código de Processo Penal Militar – Decreto – Lei nº 1.002/69


 Código Penal Militar – Decreto – Lei nº 1.001/69.

IV - Crimes de Competência de Tribunais Especiais

 Hoje, estão extintos.

V – Crimes de Imprensa.

 Lei de Número 5.250/67 – Foi Revogada.

OUTRAS EXCEÇÕES:

 Leis Especiais: Crimes Eleitorais, Crimes de Abuso de Autoridade, Lei de Drogas, Lei
Maria da Penha...
 Obs.: JECrims (as infrações de pequeno potencial ofensivo têm rito próprio, embora seja
considerado rito comum e não especial).

Eficácia da Lei Processual Penal no Tempo

 Toda a lei sujeita à interpretação e os conflitos da lei no tempo se resolvem, via regra
pelos princípios de RETROATIVIDADE ou IRRETROATIVIDADE e da IMEDIATIDADE.
 No Código Penal estão previstas no Artigo 1º e 2º e 3º, que estabelecem a regra de
Irretroatividade da Lei Penal. A exceção que permite que permite a retroatividade é para
as leis mais benéficas.
 No Código do Processo Penal, a regra está prevista no Art. 2 que estabelece o Princípio
da Imediatidade da Lei Processual Penal.

Princípio da Imediatidade ou Princípio do Efeito Imediato

 A Lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo, da validade dos atos
realizados sob a vigência da Lei Anterior.
 A segunda parte do artigo determina que as Leis Novas não possuem Efeito Retroativo,
caso contrário, a retroatividade anularia os atos praticados sob vigência da Lei Anterior.
Exceções ao Princípio da Imediatidade:
Será inaplicável se obstaculizar a ampla
defesa, sendo inconstitucional (Ex.:
Restringir Matéria Probatória). Será
também inaplicável quando houver
expressa disposição na Lei Nova quanto à
sua aplicação.

PERSECUÇÃO PENAL (Inquérito Policial + Processo Penal)

 Jus Puniendi estatal não é auto executável.


 Limita-se nos termos do art. 88 da Constituição Federal
 PRATICADA A CONDUTA DELITUOSA – PRETENSÃO PUNITIVA – INSTUMENTALIDADE DO
PROCESSO

CRIME INQUÉRITO POLICIAL PROCESSO PENAL SANÇÃO

Para que esse crime torne-se uma Ação Penal a partir da denúncia/queixa crime, necessita de
elementos de provas, para encontrar materialidade e autoria (crime), da infração. Que se
buscam no INQUÉRITO POLICIAL.

INQUÉRITO POLICIAL (é um ato informativo)

 É o conjunto de diligências realizadas pela polícia judiciária para a apuração de uma


infração penal e sua autoria, a fim de que o titular da ação penal e sua autoria, a fim de
que o titular da ação penal – MP ou QUERELANTE – possa ingressas em Juízo.
 (AÇÃO PENAL PÚBLICA) - (AÇÃO PENAL PRIVADA).
 QUERELADO = Autor do crime – sofre a ação.
 É o procedimento administrativo informativo é inquisitivo. Quem detém a opinio delict é
destinatário do IP= ou MP o QUERELANTE.
 Nas infrações de menor potencial ofensivo (exceto casos da Lei Maria da Penha), será
lavrado um Termo Circunstanciado, invés de um IP.
 É lavrado pela Polícia Civil (Delegado de Polícia) = Art. 144 da Constituição Federal.
1. Administrativa – Ostensiva com finalidade preventiva.
2. Judiciária – Civil, Estadual e Federal.

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