Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DELEGAÇÃO DE CHIMOIO
LICENCIATURA EM DIREITO
NEGÓCIO JURÍDICO
Discente:
Docente:
2ºANO – LABORAL
Chimoio, 2023
INSTITUTO SUPERIOR MUTASA
DELEGAÇÃO DE CHIMOIO
LICENCIATURA EM DIREITO
NEGÓCIO JURÍDICO
Discente:
Docente:
2ºANO – LABORAL
Chimoio, 2023
Índice
Capítulo I: Introdução............................................................................................................................5
1. Objectivos e Metodologia..........................................................................................................6
3. Vontade funcional...........................................................................................................8
Bibliografia..............................................................................................................................15
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
Este presente fala sobre o negócio jurídico, os negócios jurídicos são actos jurídicos
constituídos por uma ou mais declarações de vontade, dirigidas à realização de certos efeitos
práticos, com intenção de alcançá-los sob tutela do direito, determinado o ordenamento
jurídico produção dos efeitos jurídicos conformes à intenção manifestada pelo declarante ou
declarantes.
5
1. Objectivos e Metodologia
6
CAPÍTULO II: NEGÓCIO JURÍDICO
O negócio jurídico enquadra-se nos actos intencionais e caracteriza-se sempre pela liberdade
de estipulação. No que toca à sua estrutura, o negócio jurídico autonomiza-se como acto
voluntário intencional e por isso acto finalista.
A concepção de negócio jurídico como acto voluntário intencional fixa-se na vontade dos
sujeitos. Um dos aspectos mais relevantes é o papel da vontade na elaboração do negócio
jurídico, sendo certo que a norma jurídica desempenha o papel principal.
Assim, tem-se a norma jurídica como verdadeira fonte criadora de efeitos jurídicos, fazendo,
no entanto o Direito depender a produção desses efeitos de uma vontade.
A eficácia da vontade jurídica não é uma eficácia causativa como a da vontade psicológica,
mas uma eficácia normativa. No acto jurídico tem de haver uma determinada vontade de
acção. Não havendo, o acto poderá ser considerado inexistente enquanto negócio (ex. art.
246º CC).
Quer isto dizer que, o autor do acto tem de querer livremente a produção de certos efeitos; um
comportamento exterior que se manifesta através de palavras, de gestos, sendo que estes
elementos exteriores correspondem à predeterminação da vontade. Esse comportamento
exterior, não basta ser querido, tem também de ser manifestado.
7
No negócio jurídico, a voluntariedade do acto é tomada pela lei, na sua máxima expressão.
Portanto, podemos dizer que tem de haver vontade de acção, sob pena de o negócio ser
inexistente. Neste sentido se fala também em vontade funcional, dirigida à produção de certos
efeitos jurídicos. Situações há em que se pode verificar a existência de vontade de acção e de
vontade de declaração e, no entanto faltar a vontade funcional (ex. art. 245º CC). No negócio
jurídico, a vontade tem de se manifestar sempre nos três planos referidos.
3. Vontade funcional
O regime do erro ou vício de direito, relativo aos efeitos do próprio negócio, faz com que
haja efeitos de contrato do negócio que sejam efeitos essenciais e que importa a violação de
normas imperativas, ou de efeitos secundários que importam a violação de normas supletivas.
O Código Civil, não distingue entre erro de facto e de direito, enquadrando os dois erros, no
art. 251º CC. O negócio só é anulável se o erro dever ignorar a essencialidade para o
declarante do motivo sobre que caiu o erro (art. 247º CC).
Só há negócio jurídico quando a vontade seja determinante dos efeitos produzidos pelo acto,
sendo por isso que se fala de vontade determinante desses efeitos, bastando simplesmente que
o autor tenha consciência de que se pretende vincular juridicamente quanto ao conjunto das
consequências económicas e sociais que ele quer quando realiza o tal acto; portanto os efeitos
correspondentes a esse negócio jurídico produzem-se, por um lado, tendo em atenção a
vontade funcional do agente tal como o Direito os define, e enquanto esses efeitos estiveram
também eles ajustados àquele tipo de negócio concreto, por outro.
8
Mediante a emissão de uma vontade dirigida a consequência de ordem económico-
social;
Um dos critérios clássicos é o que atende ao número de pessoas que intervêm nesses
negócios. O negócio diz-se singular, se apenas intervém uma pessoa, se intervierem mais de
que uma pessoa, o negócio diz-se plural.
Por outro lado, há negócios que são necessariamente plurais, e nalguns casos, os negócios
além de serem plurais, envolvem contraposição de interesses entre as várias partes
intervenientes. O negócio plural será bilateral ou plurilateral, sendo que o contrato é a figura
paradigmática deste tipo de negócios. Não se deve confundir nunca parte com pessoas:
podem intervir várias pessoas constituindo uma só parte.
O negócio unilateral pode ser singular ou plural, mas o negócio singular é necessariamente
unilateral.
Nos negócios unilaterais, há uma declaração de vontade ou várias declarações, mas paralelas
formando um só grupo.
Os negócios formais ou solenes, são aqueles para os quais a lei prescreve a necessidade da
observância de determinada forma, o acatamento de determinado formalismo ou de
determinadas solenidades.
Quando, nos casos excepcionas em que a lei prescrever uma certa forma, esta não for
observada, a declaração negocial é nula.
Os negócios não solenes (consensuais, tratando-se de contratos), são os que podem ser
celebrados por quaisquer meios declarativos aptos a exteriorizar a vontade negocial, a lei não
impõe uma determinada roupagem exterior para o negócio.
São aqueles negócios em que se exige, além das declarações de vontade das partes,
formalizadas ou não, prática anterior ou simultânea de um certo acto material.
10
Os negócios pessoais são negócios cuja disciplina, quanto a problemas como o da
interpretação do negócio jurídico e o da falta ou dos vícios da vontade, não têm que atender
às expectativas dos declaratários e os interesses gerais da contratação, mas apenas à vontade
real, psicológica do declarante.
Esta classificação tem por excelência aplicação nos negócios jurídicos unilaterais. Nestes
casos, encontram-se com facilidade exemplos de negócios não recepiendos:
Repúdio de herança;
Testamentos;
Aceitação de herança.
Importa não confundir os negócios unilaterais que são dirigidos a outrem com a comunicação
que tem de ser feita ao destinatário do negócio e com a aceitação por parte do mesmo. É que
esta comunicação representa a mera condição de eficácia do negócio.
Os negócios entre vivos, destinam-se a produzir efeitos em vida das partes, pertencendo a
esta categoria quase todos os negócios jurídicos e na sua disciplina tem grande importância,
11
por força dos interesses gerais do comércio jurídico, a tutela das expectativas da parte que se
encontra em face da declaração negocial.
Esta distinção tem como critério o conteúdo e finalidade do negócio. Os negócios onerosos
ou a título oneroso, pressupõem atribuições patrimoniais de ambas as partes, existindo,
segundo a perspectiva destas, um nexo ou relação de correspectividade entre as referidas
atribuições patrimoniais.
São uma subespécie dos negócios onerosos. Caracterizam-se pelo facto de uma pessoa
prometer certa prestação em troca, de uma qualquer participação nos proventos que a
contraparte obtenha por força daquela prestação (ex. art. 1121º CC).
12
6. Elementos do negócio jurídico
Entende-se, por forma, o modelo como o negócio se apresenta face aos outros negócios na
vida da relação, na vida exterior do negócio. Por conteúdos, o que é intrinsecamente
considerado no negócio.
Esta caracterização abrange realidades muitos concretas, donde se destaca a capacidade das
partes, a legitimidade das partes e a idoneidade do objecto: sendo que estes são elementos do
negócio jurídico.
Elementos necessários: aqueles que faziam com que o negócio tivesse humanidade
própria, é essencial ao negócio, fazendo existir o negócio tal como ele é, a sua falta
gera a nulidade;
Elementos naturais: são inerentes à natureza jurídica daquele acto, decorrem da lei e
correspondem aos efeitos que por lei estão estabelecidos para cada negócio;
A vontade é nesta estrutura o elemento interno do negócio jurídico, sendo que é um elemento
(interno) psicológico e por isso subjectivo.
A declaração é um elemento externo, pelo que configura uma situação objectiva. O facto de
se dar primazia à vontade ou à declaração, no regime do negócio está relacionado com a
relevância que cada um deles tem no negócio.
13
Não se traduz numa opção inocente, uma vez que é daqui que resulta uma maior ou menor
relevância dos interesses nos negócios jurídicos.
Findo o trabalho, deu para entender que o negócio jurídico é a declaração de vontade privada,
dirigida à produção de um efeito jurídico, que se verifica, segundo a ordem jurídica, por ter
sido querido.
14
BIBLIOGRAFIA
15