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FACULDADE DE DIREITO
CODIGO:81230815
31/AGOSTO/2023
[OSNEGOCIOS JURIDICOS]
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Índice
INTRODUCAO ......................................................................................................................................... 2
NEGOCIOS JURIDICOS DEFINICAO....................................................................................................... 3
CASO PRATICO ................................................................................................................................ 4
REQUISITOS DE VALIDADE DOS NEGOCIOS JURIDICOS ........................................................................ 4
CONCLUSAO ........................................................................................................................................ 8
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICA ......................................................................................................... 9
Índice
Introdução
Neste trabalho, será tratada da definição dos vícios do negócio jurídico, indicando conceitos
objectivos, e seus efeitos que podem tornar o negócio celebrado nulo ou anulável,
ocasionado. E
Definição: Negocio Jurídico é um ato, ou uma pluralidade de atos, entre si relacionados, quer
sejam de uma ou varias pessoas, e tem por fim produzir efeitos jurídicos, modificações nas
relações.
O negócio jurídico realizado pelo Ricardo é nulo, uma vez que foi interditado por anomalia
psíquica e a sentença foi devidamente registada naquele mês de Abril de 2008.
Quanto à validade do negócio jurídico realizado pelo Ricardo, este não poderia realizar o
negócio de forma válida.
Uma vez que já padecia desde há muito de uma demência grave. A decisão do tribunal em
interdita-lo é legal.
Se Ricardo fosse maior e tivesse feito a aquisição do equipamento em Setembro de 2007 por
um preço excepcionalmente favorável, a solução seria diferente. O negócio seria válido e não
poderia ser invalidado pelo Tutor indicado pelo Tribunal.
São aqueles necessários para que o negócio jurídico seja válido. Se os possui, é válido e dele
decorrem os devidos efeitos. Se, porém, falta-lhe um desses requisitos, o negócio é inválido,
não produz o efeito jurídico em questão e é nulo ou anulável. Como elucida Caio Mário da
Silva Pereira,
“Para que receba do ordenamento jurídico conhecimento pleno, e produza todos os efeitos, é
de mister que o negócio jurídico revista certos requisitos que dizem respeito à pessoa do
agente, ao objeto da relação e à forma da emissão de vontade.”
Nesse sentido, os requisitos da validade do negócio jurídico são elencados no art. 104, I, II,
III do Código Civil, sendo os requisitos de carácter geral: agente capaz; objecto lícito,
possível, determinado ou determinável; e forma prescrita e não defesa em lei.
Nos casos em que o agente for absolutamente incapaz, a representação dele deve ser feita
pelos pais, tutor ou curador, conforme o caso, e ele não participa do ato. Já os relativamente
incapazes participam do ato, junto com os referidos representantes, que assim os assistem.
Sobre o assunto, toma-se como exemplo a Apelação Cível APC 20030110493795, julgada
pelo TJDF, publicada em 20-11-2008, cuja ementa segue abaixo:
Por fim, o terceiro requisito de validade do negócio jurídico é a forma, que deve ser prescrita
ou não defesa em lei. Em regra, a forma é livre (art. 107 - CC). As partes podem celebrar o
contrato por escrito público ou particular, ou verbalmente, a não ser nos casos em que a lei,
para dar maior segurança e seriedade ao negócio, exija a forma escrita, pública ou particular.
É nulo o negócio jurídico quando não revestir a forma prescrita em lei ou for preterida
alguma solenidade que a lei considera essencial para a sua validade (art. 166, IV e V - CC).
Diante do exposto é importante ressaltar que, além dos requisitos elencados no presente
trabalho, é necessário que o ato não contenha defeitos como o erro, o dolo e a coação para
que ele seja válido. Para ilustrar, toma-se como exemplo a Apelação Cível APC
20110310233834, julgada em 20-05-2015, pelo TJDF:
“Ementa: civil. processual civil. ação de anulação de escritura pública c/c reintegração de
posse e danos materiais. compra e venda de imóvel, mediante pagamento em dinheiro e
entrega de bem. escrituração do imóvel em nome da irmã. requisitos de validade do negócio
jurídico presentes. vício de manifestação de vontade. dolo. alegação de conluio entre os
vendedores e a irmã. transcurso do prazo decadencial. não comprovação da anulabilidade.
reconvenção. dano moral. configuração. quantum. ausência de impugnação. dever de outorga
de procuração pública para regularização do imóvel entregue como parte do pagamento.
litigância de má-fé. ocorrência. recurso desprovido. sentença mantida.”
Além disso, como alerta Cézar Fiuza, não se pode confundir condições de validade com
pressupostos do ato jurídico:
“Condições ou requisitos de validade são termos genéricos que ora se identificam com os
elementos, ora com os pressupostos. As condições de validade enquanto elementos essenciais
à validade do ato jurídico, hão de se observar no momento em que o ato se pratica e depois.
Mas, se as condições de validade disserem respeito aos pressupostos , significa que devem
preexistir à prática do ato.”
Dessa maneira, nota-se que apesar da capacidade do agente ser considerada um pressuposto e
a forma ser considerada elemento de validade, tais condições são unificadas pela
terminologia adequada.
O Código de Napoleão optou por eleger a causa como requisito de validade do negócio
jurídico. Com efeito, o seu artigo 1108 arrola quatro pressupostos de validade de um contrato:
a) o consentimento das partes; b) sua capacidade de contratar; c) o objeto determinado; d) e a
causa lícita na obrigação. Dessa forma, o direito francês, ao reverso do brasileiro, além dos
tradicionais requisitos de validade do ato jurídico (agente capaz, objeto determinado e
consentimento) exige um quarto requisito de validade, que é exatamente a causa lícita.
Diferentemente, o BGB, no seu parágrafo 138, prevê que “é nulo todo o negócio que ofende
os bons costumes”, não fazendo menção aos motivos nem mesmo à causa, exigindo para a
nulidade do ato negocial que o próprio negócio seja contrário aos bons costumes. Ao reverso
do francês, para o Código Civil alemão a causa não é elemento essencial de validade do
negócio jurídico, eis que lá se admite, com a mesma força, também os negócios abstratos,
entendendo-se por estes aqueles negócios cujos efeitos se produzem independentemente da
causa, eis que a sua causa é irrelevante para a sua validade
1.0 Conceitos Quando fala de negócio jurídico, nos referimos a um ato que tem por finalidade
a aquisição, modificação ou extinção do direito. Ele forma uma conduta de auto regramento
de conduta.
A conclusão é que o negócio de aquisição do equipamento pelo Ricardo é nulo e pode ser
invalidado pelo tutor indicado pelo Tribunal.
Por outro lado, será anulável o negócio jurídico, além dos casos expressamente declarados na
lei, por incapacidade relativa do agente e por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de
perigo, lesão ou fraude contra credores (art. 171).
Referencias:
FIUZA, Cesar. Direito Civil: curso completo. 15ª edição. Belo Horizonte: Del Rey, 2011.
MÁRIO, Caio. Instituições de Direito Civil. 23ª edição. Rio de Janeiro: Editora Forense,
2010.