Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DELEGAÇÃO DE CHIMOIO
NEGÓCIO JURÍDICO
Discente:
Madalena da Piedade
Docente:
LICENCIATURA EM DIREITO
2ºANO – LABORAL
DELEGAÇÃO DE CHIMOIO
NEGÓCIO JURÍDICO
Discente:
Madalena da Piedade
Docente:
LICENCIATURA EM DIREITO
2ºANO – LABORAL
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO...............................................................................................4
1. Objectivos.......................................................................................................................5
CAPÍTULO 2 – DESENVOLVIMENTO.................................................................................6
3. Vontade funcional...........................................................................................................8
5. Objecto negocial..............................................................................................................9
5.3. Determinabilidade..................................................................................................11
CONCLUSÕES........................................................................................................................14
REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................................15
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO
As relações jurídicos são vistas e são feitas todos os dias entre as pessoas e, o Negócio
Jurídico é também um gerador de relaçãoes jurídicos, o negócio jurídico é o acordo de
vontades celebrado entre as partes enquanto que as consequências jurídicas são aquelas
pretendidas pelas partes que celebraram o acordo.
Neste presente trabalho vou fazer uma análise em torno do negócio jurídico, por meio de
algumas perguntas, responder-se-irá os elementos que o constituem, entre outros.
1. Objectivos
1.1. Objectivo geral
O objectivo geral e principal deste trabalho é de analisar o negócio jurídico.
Os negócios jurídicos são actos jurídicos constituídos por uma ou mais declarações de
vontade, dirigidas à realização de certos efeitos práticos, com intenção de os alcançar sob
tutela do direito, determinado o ordenamento jurídico produção dos efeitos jurídicos
conformes à intenção manifestada pelo declarante ou declarantes.
O negócio jurídico enquadra-se nos actos intencionais e caracteriza-se sempre pela liberdade
de estipulação. No que toca à sua estrutura, o negócio jurídico autonomiza-se como acto
voluntário intencional e por isso acto finalista.
2. As partes terão que gastar ou realizar algo para obter a vantagem patrimonial?
3. Vontade funcional
O regime do erro ou vício de direito, relativo aos efeitos do próprio negócio, faz com que
hajam efeitos de contrato do negócio que sejam efeitos essenciais e que importa a violação de
normas imperativas, ou de efeitos secundários que importam a violação de normas supletivas.
O Código Civil, não distingue entre erro de facto e de direito, enquadrando os dois erros, no
art. 251º CC. O negócio só é anulável se o erro dever ignorar a essencialidade para o
declarante do motivo sobre que caiu o erro (art. 247º CC).
Esta palavra tem um sentido próprio. Pode ser entendida como conteúdo do negócio ou
conjunto de efeitos que o negócio visa produzir; pode ser entendido como sinónimo da
realidade sobre quem recaem os efeitos do negócio.
O Código Civil, ocupa-se desta matéria nos arts. 280º e seguintes e usa a expressão em
sentido amplo. O objecto em sentido material: para existir um negócio jurídico este pressupõe
a existência de um bem, sobre o qual incidem os efeitos que esse negócio pretende produzir.
No entanto, para que o negócio jurídico se constitua validamente, não basta a existência de
um bem, torna-se necessário que o objecto do negócio tenha certos atributos, os quais são
estabelecidos pela lei como condição de validade do acto. Se esses requisitos não se
verificarem o objecto é inidóneo. Se se verificarem o objecto é idóneo. Os requisitos de
idoneidade do negócio são três e estão formulados no art. 280º CC:
O Código Civil distingue entre impossibilidade legal e contrariedade à lei (ilicitude, consiste
na não conformidade do acto jurídico com a lei), como sendo duas vicissitudes distintas que
pode conhecer o objecto negocial.
No plano do objecto negocial, a licitude existe quando a lei não permite que sobre certa
realidade possam incidir os efeitos de determinado negócio jurídico – há uma ilicitude do
objecto jurídico. Há ilicitude quando por disposição legal, certo acto ilícito não pode ser
objecto do negócio jurídico.
Será contrário à lei (ilícito), o objecto de um negócio quando viola uma disposição da lei, isto
é, quando a lei não permite uma combinação negocial com aqueles efeitos. Note-se que
devem ser considerados contrários á lei, não só os negócios que frontalmente a ofendam
(negócio “contra legem”), mas também, quando se constate, por interpretação, que a lei quis
impedir, de todo em todo, um certo resultado, os negócios que procuram contornar uma
proibição legal, tentando chegar ao mesmo resultado por caminhos diversos dos que a lei
expressamente previu e proibiu (negócios em fraude à lei).
Quanto ao objecto negocial, pode-se dizer que é ilicitude mediata, a contrariedade á ordem
pública ou quando o acto é também ofensivo dos bons costumes. Ilicitude imediata, existe
quando há violação de uma regra que proíbe esse negócio.
Será impossível legalmente o objecto de um negócio quando a lei ergue a esse objecto um
obstáculo tão insuperável como o que a leis da natureza põem aos fenómenos fisicamente
impossíveis. Ora o impedimento legal deste tipo só pode existir em relação a realidades de
carácter jurídico.
Significa que não há qualquer impossibilidade material ou natural (derivada da natureza das
coisas) do objecto do negócio.
O n° 3 do art. 401º CC, permite concluir que só a possibilidade objectiva invalida o negócio e
não já a simples impossibilidade subjectiva, isto é, a que se verifica apenas em relação à
pessoa do devedor. Sem essa possibilidade, o objecto negocial é inidóneo. A impossibilidade
do objecto pode ser ferida no momento da celebração do negócio – impossibilidade
originária – ou no momento do cumprimento do negócio – impossibilidade superveniente.
Pode-se dar o caso de o negócio ser possível no momento em que é celebrado entre as partes,
e ser impossível mais tarde. O inverso também é possível.
Definitiva, quando o obstáculo que inviabiliza o objecto do negócio não pode ser
removido, nem mesmo no futuro, e temporária.
- Impossibilidade física do objecto negocial, quando o objecto é uma coisa, pode assumir
mais que uma configuração, pode haver impossibilidade física se o negócio incidir sobre uma
realidade que não é ela própria coisa em sentido jurídico.
5.3. Determinabilidade
Devem considerar-se nulos por falta deste requisito, os negócios cujo objecto não foi
determinado nem é determinável, por nem as partes nem a lei terem estabelecido o critério de
harmonia com o qual se deva fazer a individualização do objecto.
O Código Civil regula a declaração negocial nos arts. 217º e segs. trata-se de um verdadeiro
elemento do negócio, uma realidade componente ou constitutiva da estrutura do negócio. A
capacidade de gozo ou de exercício e a legitimidade são apenas pressupostos ou requisitos de
validade, importando a sua falta uma invalidade.
A essência do negócio, expressa no Código Civil (arts. 257º, 147º, 136º CC…), não está
numa intenção psicológica, nem num meio de a exteriorizar, mas num comportamento
objectivo, exterior, social, algo que todavia, não se confunde com um formalismo ritual,
como é próprio das fases mais primitivas de evolução jurídica e que normalmente, tem ou
teve subjacente um elemento subjectivo, uma vontade, por parte do seu autor, coincidente
com o significado que assume na vida da relação.
Os negócios jurídicos, realizam uma ampla autonomia privada, na mediada em que, quanto
ao seu conteúdo, vigora o princípio da liberdade negocial (art. 405º CC). Quanto à forma
(“lato sensu”) é igualmente reconhecido pelo ordenamento jurídico um critério de liberdade:
o princípio da liberdade declarativa (arts. 217º e 219º CC).
O critério da distinção entre declaração tácita e expressa consagrada pela lei (art. 217º CC) é
o proposto pela teoria subjectiva: a declaração expressa, quando feita por palavras, escrito ou
quaisquer outros meios directos, frontais, imediatos de expressão da vontade e é tácita,
quando do seu conteúdo directo se infere um outro, isto é, quando se destina a um certo fim,
mas implica e torna cognoscível, “a latere”, um autoregulamento sobre outro ponto (“quando
se deduz de factos que, com toda a probabilidade, a revelem”).
CONCLUSÕES
Os negócios jurídicos são actos jurídicos constituídos por uma ou mais declarações de
vontade, dirigidas à realização de certos efeitos práticos, com intenção de os alcançar sob
tutela do direito, determinado o ordenamento jurídico produção dos efeitos jurídicos
conformes à intenção manifestada pelo declarante ou declarantes.
E também podem ser negócio jurídico gratuito ou negócio jurídico oneroso; negócio jurídico
inter vivos ou negócio jurídico mortis causa; negócio jurídico formal ou negócio jurídico
informal; negócio jurídico independente ou negócio jurídico dependente.
REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BETTI, Emílio. Teoria Geral do Negócio Jurídico. 1. ed. Coimbra: ed. Coimbra, 1969, tomo
I.
TARTUCE, Flávio. Direito civil: Lei de Introdução e Parte Geral. 13. ed. Rio de Janeiro:
Forense, 2017. 1v. Disponível em: <https://bit.ly/2NCVBEe>. Acesso em: 21 Maio de 2023.