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1. Introdução............................................................................................................................ 3
3. Conclusão .......................................................................................................................... 11
1. Introdução
1.1.Objectivos Geral
Conhecer o processo de contratação na administração.
1.1.1. Objectivos Específico
Definir Contrato Administrativo;
Explicar os poderes ou cláusulas da Administração Pública na execução dos seus
contractos;
Descrever o processo administrativo que culmina com a contratação de empreitadas de
obras públicas.
1.2.Metodologia
O presente trabalho que têm como Tema Contratos Administrativos, obedeceu o método de
revisão Bibliográfica, onde teve como seu ponto de partida a recolha de dados através de
livros, revistas, monografias teses e artigos de internet existentes, também tendo-se feito uma
abordagem de ideias próprias que aborda assuntos relacionados ao Tema em questão.
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2. Revisão da literatura
2.1.Contrato administrativo
Por sua vez, Maria (2001), define o contrato administrativo em função da sua subordinação a
um regime jurídico de Direito Administrativo: serão administrativos dos contractos cujo
regime jurídico seja traçado pelo Direito Administrativo: serão civis ou comerciais os
contractos cujo regime jurídico seja traçado pelo Direito Civil ou Comercial. Aí se denomina
que o contrato administrativo é o acordo de vontades pelo qual é obtido, modificada ou
extinta uma relação jurídico-administrativa, para a consecução do interesse público.
O regime jurídico dos contractos administrativos é constituído por normas que conferem
Prerrogativas especiais de Autoridade à Administração Pública, quer por normas que impõe à
Administração Pública especiais deveres ou sujeições que não têm paralelo no regime dos
contractos de Direito Privado. Legalmente o contrato administrativo em Moçambique é
regulado pelo Decreto nº 5/2016 de8 de Março (Regulamento de Contratação de Empreitada
de Obras Públicas, Fornecimento de Bens e Prestação de Serviços ao Estado), onde
encontramos todos os aspectos referentes a estes, desde o lançamento do concurso até a
cessação dos contractos. Tendo em conta o (Artigo 107), menciona que:
2.3.Modalidades de Contratação
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O género contrato administrativo pode ser divido em várias espécies, também denominadas de
modalidades desses contratos. Estas se apresentam em grande número na legislação pátria. A
contratação é feita através de concurso Público tendo em conta o (Artigo 44), que é a
modalidade de contratação na qual pode intervir todo e qualquer participante interessado,
desde que reúna os requisitos publicados nos Documentos de Concurso. O Concurso Público
observa, pela ordem determinada, as seguintes etapas:
a) De preparação e lançamento;
b) Recepção das propostas e dos documentos de qualificação;
c) A abertura das propostas e dos documentos de qualificação;
d) Avaliação, classificação e recomendação do júri;
e) Anúncio do posicionamento dos concorrentes;
f) Adjudicação, Cancelamento ou Invalidação;
g) Notificação aos concorrentes;
h) Reclamação e Recurso; e
i) Celebração do Contrato.
2.4.Principais Espécies de Contractos Administrativos
Segundo Maria (2014), ao tratar das modalidades de contratos administrativos analisa em sua
obra os derivados dos contratos administrativos por excelência, sendo os mais utilizados
como algumas espécies de contratos administrativos as seguintes:
É um contrato pelo qual um particular se encarrega de executar e explorar uma obra mediante
retribuição a obter directamente dos utentes através do pagamento de taxas de utilização;
trata-se de um contrato com aplicação restrita ao nível das autarquias locais;
Contrato pelo qual um particular ingressa nos quadros permanentes da Administração e presta
a sua actividade profissional de acordo com o estatuto definido;
Contrato pelo qual um particular acorda com a Administração dar-lhe a sua colaboração
profissional com o estatuto da função pública;
ser feita através de ajuste direito, concurso limitado ou concurso público. A regra geral é que
todo o contrato contratual tem de ser celebrado precedendo concurso público, salvo se a lei
autorizar outro processo.
A liberdade contratual da Administração Púbica não é limitada somente pelas regras legais
relativas à escolha do contraente privado, também a liberdade de conformação do conteúdo da
relação contratual está condicionada pela proibição da exigência de prestações
desproporcionadas ou que não tenham uma relação directa com o objecto do contrato. Os
contractos administrativos estão sujeitos à forma escrita (Artigo 107 do Decreto 5/2016 de
8de Março). Acontece muitas vezes que as leis administrativas prevêem a figura da
adjudicação. Este é um acto administrativo: trata-se do acto pelo qual o órgão competente
escolhe uma proposta preferida e, portanto, selecciona o particular com quem pretende
contratar. A adjudicação é assim, um acto administrativo, ou seja, um acto jurídico unilateral,
ao passo que o conteúdo é um acto jurídico bilateral, um acordo de vontades.
2.6.Cláusulas Essenciais
Os contratos administrativos preceituam quais são as cláusulas necessárias, ou seja, quais são
as cláusulas obrigatórias em todos os contratos administrativos. De acordo com O (Artigo 112
do Decreto 5/2016 de 8 de Março), aponta algumas cláusulas necessárias em todo contrato
que estabeleçam:
A primeira ideia para termos em mente quanto aos contratos administrativos é que eles não
poderão ser celebrados por prazo indeterminado. A regra de duração dos contratos
administrativos encontra-se claramente mencionada. De acordo com o mesmo decreto acima
citado do (Artigo 116), ampara, a entidade contratante tem a prerrogativa de, nos termos
previstos no presente regulamento:
2.9.Exigências de Garantia
No que tange aos dizeres de Maria (2014), “A garantia, quando exigida do contratado, é
devolvida após a execução do contrato, em caso de rescisão contratual, por acto atribuído ao
contratado”, Por tanto, Administração ou a Entidade Contratante deve exigir que uma
Contratada preste garantia definitiva adequado ao bom e pontual cumprimento das suas
obrigações que foram previstas na celebração do contrato, (Artigo 100, do decreto lei 5/2016).
Todavia, não é permitido o pagamento de adiantamento sem prestação de garantia no mesmo
valor.
Por outro lado, quando lembramos que o contrato administrativo é considerado um contrato
típico de adesão, (Meirelles, 2002), posto diante da parte contratante (particular)
confeccionado integralmente pela Administração, dificilmente a nulidade do contratual será
atribuída exclusivamente à culpa do contratado sem que a Administração não tenha
concorrido para anualidade. É configurada a culpa concorrente de ambas as partes,
entendemos cabível indemnização proporcional, correspondente apenas ao custo do serviço
ou bem que contratou, sem incluir a parcela remuneratória prevista no contrato.
A cessação do contrato por mútuo acordo ou por rescisão unilateral é obrigatoriamente feita
por escrito, art.55 e o art.56 nos apontam quais são as causas da rescisão contratual unilateral.
A doutrina nos aponta que para além das causas normais de extinção do contrato
administrativo, designadamente por caducidade ou termo, há duas causas específicas:
3. Conclusão
Chegou-se a conclusão de que um contrato administrativo, desde o seu aspecto estrutural até
as peculiaridades que o distinguem dos demais contractos em geral. Diante da prepositiva
temática demonstramos que o contrato administrativo, em regra, é regido pelo Direito Público
(Direito Administrativo), porém existem casos que cabem regimento a esfera do Direito Civil.
Os contratos administrativos buscam, na maioria das vezes, a satisfação do interesse público,
são dotados de cláusulas exorbitantes e contem em seu bojo cláusulas de cunho obrigatório.
Os contratos administrativos não podem ser considerados mera formalidade, devendo ser
rigorosamente cumpridos e formalmente editados pelos órgãos da Administração Pública.
Por sua vez, são regidos por Lei e possuem como principais características consensuais,
formal, oneroso, comutativo, realizado intuito personae; f) geralmente precedido de licitação e
g) possuir cláusulas exorbitantes (dentre as quais destaca-se a exigência de garantia; alteração
unilateral por parte da Administração; rescisão unilateral por parte da Administração;
fiscalização; retomada do objecto; aplicação de penalidades; anulação; restrições ao uso da
excepção do contrato não cumprido.
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3.1.Referências Bibliográficas
Alexandre, Mazza. (2011). Direito Administrativo, Colecção OAB Nacional. 3ªed. São Paulo:
Saraiva. P.142.
Maria Sylvia Zanella Di Pietro. (2014). Direito Administrativo. 27ª ed. São Paulo: Atlas.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo, 2001. In: PÊRA, Iausy Anahy
Farias Martins. Licitação e Contratos. Maringar: Cesumar, 2011.
MEIRELLES. Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 27ª ed. atual. São Paulo:
Malheiros, 2002.
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. São Paulo, Editora
Malheiros, 2004.
Legislação