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(b) Prestações
Nos direitos de crédito, objeto é uma conduta humana: prestação. Nestes direitos, o objeto não é a res
mas um comportamento do devedor (positivo ou negativo).
Por vezes, a prestação é o objeto imediato e a própria coisa o objeto mediato. Noutros casos, a
prestação é também o objeto da relação, não se distinguindo entre objeto mediato e imediato.
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podem ser explorados economicamente. Par alem disso, alguns deles estão ligados à personalidade
do seu autor.
E, por isso, o direito reconhece a importância destes bens, tutelando-os mediante a atribuição de
direitos de autor («exteriorizações das criações intelectuais do domínio literário, científico e
artístico») e a chamada propriedade industrial (direitos sobe patentes, nome e insígnia do
estabelecimento, logotipos, etc)
O objeto destes direitos não é uma coisa corpórea. O objeto do direito de autor é a obra na sua forma
ou conceção ideal; é a entidade ideal traduzida numa especifica articulação de ideias, formas e sons.
O conteúdo do direito de autor compreende poderes respeitantes à utilização económica da obra
criada- direito patrimonial de autor: poder de disposição exclusiva da obra – e poderes dirigidos à
tutela da personalidade, o chamado direito pessoal ou moral do autor: poder de manter a obra inédita,
de se opor à sua publicação com ilustrações, supressões, etc.
(f) A própria pessoa (certas manifestações ou modos de ser físicos ou morais da pessoa)
Alguns autores contestam a legitimidade da figura dos direitos da própria pessoa uma vez que seria
absurdo levar-nos a distinguir no homem duas pessoas: uma delas sujeito e outro objeto dos seus
direitos de personalidade. Para além disso, seria moralmente insustentável por levar ao
reconhecimento da legitimidade do suicídio, da automutilação, da escravidão consentida, etc.
No entanto, a nossa lei protege os indivíduos contra qualquer ofensa ilícita ou ameaça de ofensa à
sua personalidade física ou moral (art.70º) e concretiza alguns direitos sobre certos aspetos de
personalidade- direito ao nome, direito à reserva de intimidade da vida privada, etc.
Deste modo, pode sustentar-se a existência de um direito sobre a própria pessoa. Tal figura nem será
ilógica pois o direito subjetivo é um poder ideal da vontade humana, nem nos vinculará a
consequências moralmente absurdas pois tais direitos devem ter-se como irrenunciáveis e
insuscetíveis de limitação voluntária quando esta for contrária à ordem pública (art. 81º)
(g) Animais
- Aplicam-se a situações das coisas, sejam elas a compra e venda, a prestação de serviços, etc
- Não são coisa, mas é um objeto.
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CAPÍTULO II - AS COISAS E O PATRIMÓNIO
1. NOÇÃO JURÍDICA DE COISA
Em sentido amplo, coisa é tudo o que pode ser pensado, ainda que não tenha existência real e
presente.
Em sentido físico, coisa é tudo o que tem existência corpórea (quod tangi potest- tudo o que se pode
tocar), ou pelo menos, é suscetível de ser captado pelos sentidos.
Ex: eletricidade
Em sentido jurídico, há que considerar o art. 202º CC que define coisa como:
Compreende-se que a noção explicitada pelo artigo está incorreta uma vez que se confunde coisas
com objeto.
Há entes suscetíveis de serem objeto das relações jurídicas que não são coisas em sentido jurídico.
Por exemplo, as prestações, as pessoas, etc.
Uma vez que a noção de coisas está incorreta no CC, é necessário recorrermos à jurisprudência.
Define-se coisas em sentido jurídico como «os bens (ou os entes) de caráter estático, desprovidos de
personalidade e não integradores do conteúdo necessário desta, suscetíveis de constituírem objeto de
relações jurídicas».
Mas os bens de caráter estático, carecidos de personalidade, só são coisas em sentido jurídico quando
puderem ser objeto de relações jurídicas. Para esse efeito devem apresentar as seguintes caraterísticas
(sentido +)
Existência autónoma ou separada (a casa é uma coisa, mas as paredes que a integram não o
são);
Possibilidade de apropriação exclusiva por alguém (não são coisas os bens que escapam ao
domínio do ser humano, como, por exemplo, as estrelas ou a lua)
Aptidão para satisfazer interesses ou necessidades humanas (ser humano é a medida e, por
isso, não são coisas, pois para nada servem, uma gota de água, um grão de areia)
Inversamente, não é necessário (sentido -)
Que se trate de bens de natureza corpórea (energia elétrica é uma coisa)
Que se trate de bens permutáveis, isto é, com valor de troca (ex: foto de casamento da avó)
Que se trate de bens efetivamente apropriados (animais bravios, peixes não apropriados;
basta que sejam bens apropriáveis)
O CC define várias categorias de coisas decorrentes das classificações que consagrou, definindo no
art. 204º e ss as coisas móveis e imóveis, as coisas simples e compostas, coisas fungíveis, coisas
consumíveis, coisas divisíveis, as coisas principais e acessórias/pertenças e as coisas futuras.
Tijolo: parte componente
Móvel: parte acessória
Candeeiro: parte integrante
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O CC dá-nos também o conceito de frutos (art.212º) e de benfeitorias (art.216º)
2. NOÇÃO DE PATRIMÓNIO
Património global: conjunto de relações jurídicas ativas e passivas (direitos e obrigações) avaliáveis
em dinheiro de que uma pessoa é titular
É importante destacar alguns pontos
2º Não fazem parte do património certas realidades suscetíveis de terem grande relevância para a
vida económica das pessoas como, por exemplo, a força de trabalho ou a competência técnica de um
indivíduo. Estas são qualidades do sujeito que se projetam nos resultados patrimoniais da sua vida
mas não são parte do seu património
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Quando podemos considerar existirem vários patrimónios?
Existem vários critérios: a especial destinação de certa massa de bens, a sua administração separada e
a responsabilidade por dividas.
O critério preferível e o da responsabilidade por dívidas. Se o património tem como função
principal responder pelas dividas do seu titular então parece que o critério mais adequado para
caraterizar a separação de patrimónios deve ser o da existência de um tratamento jurídico em matéria
de responsabilidade por dívidas.
Património autónomo será o que «responde por dividas próprias». As dividas pelas quais só o
património autónomo responde são aquelas relacionadas com a função especifica, com a finalidade
ou afetação especial desse património.
Mas no nosso direito privado não é assim. A herança será um património autónomo se os bens
hereditários responderem apenas pelas dividas do de cujus, e não pelas dividas pessoais do herdeiro
O caso mais nítido de património autónomo no direito privado português era, até 1986, a herança que se
define como o conjunto de relações jurídicas patrimoniais que, por força da morte de um individuo, passam
da titularidade deste para os herdeiros e legatários.
As características de uma plena autonomia patrimonial manifestam-se:
Na circunstância de a responsabilidade do herdeiro pelas dividas da herança não exceder o valor dos
bens herdados, quer a herança seja aceite a benefício do inventário, quer seja apenas aceite (art.
2071º)
Na circunstância de os credores da herança e os legatários gozarem de preferência sobre os credores
pessoais do herdeiro durante 5 anos subsequentes à abertura da sucessão.
Constata-se que a herança é um mero escopo de liquidação que assegura o pagamento dos credores da
herança com os bens da herança (e apenas com estes).
Um caso em que o legislador se referiu a um património autónomo é o estabelecimento individual de
responsabilidade limitada (EIRL). Estes pode ser constituído por qualquer pessoa singular que pretenda
exercer uma atividade comercial, afetando para o efeito ao estabelecimento de uma parte do seu
património, cujo valor representa o capital inicial do estabelecimento. (art.1º do DL nº 248/86, de 25 de
Agosto).
Pelas dividas resultantes de atividades no âmbito da EIRL, só respondem os bens a estes afetados. Por
outro lado, o património da EIRL responde apenas pelas dívidas contraídas no desenvolvimento da
atividade no âmbito desse estabelecimento (art.10º e 22º)
Sub-rogação real: substituição de uma coisa que se perdeu por força de um ato ou facto jurídico que
simultaneamente implicou a aquisição de um valor, ocupando o novo valor o lugar do anterior, como novo
objeto da mesma RJ existente (ex: venda objeto que é trocado pelo preço correspondente).
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A figura do património coletivo apresenta-se quando um único património tem vários sujeitos. O
património coletivo não se confunde com a compropriedade (cada comproprietário tem direito a uma
quota ideal ou fração do objeto comum) - art. 1408º
O património coletivo pertence, em bloco, ao conjunto de pessoas. Individualmente nenhum dos
sujeitos tem direito a qualquer quota ou fração; o direito sobre a massa patrimonial em causa cabe ao
grupo no seu conjunto.
Pelas dividas geradas a prossecução do seu escopo, reponde o grupo titular com os bens coletivos e,
esgotados estes, solidariamente com os seus bens pessoais.
O direito português conhece a figura da compropriedade de tipo individualístico (art.1403º e ss)
não sendo possível, entre nós, criar-se um património coletivístico sem repartição de quotas.
O único caso que parece ser similar (patr. Coletivo) corresponde à comunhão conjugal
(art.1695º /1696º)
2)_Negócios jurídicos: factos voluntários cujo núcleo essencial é integrado por uma ou mais
declarações de vontade a que o ordenamento atribui efeitos jurídicos concordantes com o conteúdo
da vontade das partes.
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- Os seus efeitos produzem-se ex voluntate, como é o caso do testamento ou contratos
Simples atos jurídicos: factos voluntários cujos efeitos se produzem mesmo que não tenham sido
previstos ou queridos pelos seus autores, embora muitas vezes haja concordância entre a vontade
destes e os referidos efeitos
- Os seus efeitos produzem-se ex lege e não ex voluntate (ex: gestão de negócios – art. 464º/fixação
domínio voluntário- art.82º)
Dentro dos simples atos jurídicos faz-se a distinção entre:
Quase-negócios jurídicos: manifestação exterior de uma vontade
Atos materiais/ operações jurídicas: traduzem-se na efetivação ou realização de um resultado
material a que a lei liga determinados efeitos jurídicos.
Dentro da aquisição derivada pode distinguir-se entre aquisição derivada translativa, aquisição
derivada constitutiva e aquisição derivada restitutiva.
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Aquisição derivada translativa (+ vulgar): o direito que se adquire é o mesmo que o anterior
(tem a mesma amplitude e conteúdo). É uma transmissão de direito que se vai extinguir na esfera de
um sujeito e surgir na esfera de outro.
Ex: Contrato de CV. A vende, B compra. O direito de propriedade de A transmite-se para B.
Aquisição derivada constitutiva: o direito adquirido filia-se num direito mais amplo do anterior
titular, isto é, forma-se à custa dele, limitando-o ou comprimindo-o = direito progenitor e filial
Ex:
DISTINÇÃO: Cessão da posição contratual (1) VS Subcontrato (2) (pags.363, nota 430)
(1) É uma aquisição derivada translativa da posição contratual, isto é, da relação contratual
emergente do contrato de locação, contrato de fornecimento, etc. – art.424º.
(2) É uma aquisição derivada constitutiva pois um contratante concede a outro a possibilidade de
usar a posição contratual que para o primeiro resulte de um contrato principal, ao qual este
último continua ligado.
Aquisição derivada restitutiva: hipótese de o titular de um direito real limitado se demitir dele,
unilateral ou contratualmente, recuperando assim o proprietário a plenitude dos seus poderes, em
virtude da conhecida elasticidade ou força expansiva do direito de propriedade.
Ex: Olhando para o exemplo anterior, a extinção do usufruto vai restituir o direito a A (pleno)
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No entanto, a sucessão refere-se igualmente às dividas e não só aos direitos, enquanto a aquisição diz
respeito apenas a direitos. As dívidas, apesar da mudança de devedor com consentimento do credor,
não se adquirem – assume-se. Por este motivo é que o art. 595º CC tem a epígrafe de assunção da
dívida.
Ou seja, na sucessão teremos uma modificação subjetiva e não uma aquisição derivada translativa.
A noção de transmissão de direitos equivale à de aquisição derivada translativa e à de sucessão.
E no caso de B não registar? E A vender a C o terreno, sendo que este último irá registar?
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- Segundo a Escola de Coimbra, é irrelevante se o terceiro age ou não de má-fé, baseando-se em 2
critérios:
O nosso direito não fornece qualquer argumento legal que permita sustentar a relevância da
má-fé (quando é um elemento essencial, vem descrito na letra da lei)
Nos termos deste artigo, os negócios simulados são nulos e, como tal, não produzem quaisquer
efeitos.
Simulação: divergência intencional entre a vontade e declaração que resulta de um conluio/acordo
entre declarantes com vista a enganar terceiros. (direito de preferência sobre C, no caso de A querer
vender. Não há direito de preferência nos casos de doação).
Ou seja, o vendedor ou doador que tenha adquirido a propriedade por ato simulado (nulo) faz com
que o terceiro o adquira de quem não era proprietário.
O art. 243º aplica-se sempre em casos de simulação. Este artigo serve para a proteção de terceiros se
os seus requisitos forem preenchidos.
REQUISITOS:
A simulação tem de ser arguida por um dos simuladores
O terceiro tem de estar de boa-fé
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8) Tem de ter passado mais do que 3 anos sobre a data do primeiro negócio;
2. MODIFICAÇÃO DE DIREITOS
A modificação de direitos ocorre quando, alterado ou mudado um elemento de um direito, permanece
a identidade do referido direito, apesar da vicissitude ocorrida. O ordenamento jurídico, apesar da
modificação verificada, continua a tratar o direito como se não tivesse tido lugar a alteração. Ou seja,
o direito é o MESMO.
A modificação de direitos pode ser: (a) Subjetiva e (b) Objetiva
(a)MODIFICAÇÃO SUBJETIVA: será subjetiva se tem lugar uma substituição do respetivo
titular, permanecendo a identidade objetiva do direito.
É o caso da sucessão entre vivos nas relações obrigacionais – substituição de sujeitos sem extinção
da relação jurídica e surgimento de uma nova- também pode ter lugar do lado passivo, surgindo a
assunção da dívida e pode ainda referir-se à relação contratual através da cessão da posição
contratual.
A modificação também pode ter lugar, tanto pelo lado ativo como passivo, através de uma sucessão
mortis causa.
(b) MODIFICAÇÃO OBJETIVA: será objetiva se muda o conteúdo ou o objeto do direito,
permanecendo este idêntico.
Altera o conteúdo se, é concedida pelo credor ao devedor uma prorrogação do prazo para o
cumprimento. Muda o objeto quando o devedor, não cumprindo culposamente a obrigação, o seu
dever de prestar é substituído por um dever de indemnizar.
3. EXTINÇÃO DE DIREITOS
A extinção de um direito tem lugar quando um direito deixa de existir na esfera jurídica de uma
pessoa. Quebra-se a relação entre o direito e a pessoa do seu titular.
A extinção de direitos pode ser: (a) Subjetiva e (b) Objetiva.
(a) EXTINÇÃO SUBJETIVA: será uma extinção subjetiva se o direito sobreviver em si, apenas
mudando a pessoa do seu titular. Ou seja, o direito mudou de titularidade, extinguindo-se para
aquele sujeito, mas subsiste na esfera jurídica de outrem.
Verifica-se sempre que tem lugar uma sucessão na titularidade do direito.
(b) EXTINÇÃO OBJETIVA: será objetiva se o direito desaparece, deixando de existir para o seu
titular ou para qualquer outra pessoa. Nesta hipótese, não há sucessão, transmissão ou
aquisição translativa de direitos.
Ex: destruição de coisa por incendido
NOTA: Estas considerações valem sobretudo para a extinção de obrigações
Uma forma particular de extinção de direitos são os institutos da prescrição (art.300º e ss) e da
caducidade (art. 328º e ss).
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Prescrição
Se o titular de um direito o não exercer durante certo tempo fixado na lei, extingue-se esse direito.
Diz-se, nestes casos, que o direito caducou.
O beneficiário da prescrição, quando completada, pode recusar o cumprimento da prestação ou opor-
se ao exercício do direito prescrito. Mas, se o devedor, beneficiário da prescrição, tiver cumprido
espontaneamente a obrigação prescrita, o credor goza da soluti retentio, não podendo o obrigado
repetir o que haja prestado (art.304º) – Obrigações naturais
Ao lado desta prescrição negativa existe ainda a chamada prescrição aquisitiva ou positiva, através
da qual se adquirem direitos reais Usucapião
Diferenças entre a prescrição e a caducidade
Ambas acarretam a extinção de direitos quando estes não são exercidos durante certo tempo.
Segundo o critério tradicional clássico, a prescrição aplica-se aos direitos subjetivos propriamente
ditos enquanto a caducidade visará os direitos potestativos.
A nossa lei seguiu, porém, um critério formal, afirmando que quando um direito deva ser exercido
durante certo prazo se aplicam as regras da caducidade, salvo se a lei se referir expressamente à
prescrição (art.298º/2 CC).
CADUCIDADE PRESCRIÇÃO
1. Admitem-se estipulações convencionais 1. Regime inderrogável- art. 300º
sobre a caducidade -art. 330º 2. Tem de ser invocada, não podendo o
2. Apreciada oficiosamente pelo tribunal - tribunal supri-la de ofício – art.303º
art.333º 3. Suspende-se e interrompe-se nos casos
3. Em princípio, não comporta causas de previstos na lei (art. 318º e ss e 323º e
suspensão nem de interrupção (art.328º) ss)
4. Só é impedida, em princípio, pela 4. Interrompe-se pela citação ou
prática do ato (art.331) notificação judicial de qualquer ato que
exprima a intenção de exercer o direito,
tendo-se por interrompida, 5 dias depois
de requerida a citação/notificação –
art.323º
RAZÕES DESTAS DIFERENÇAS
- Na caducidade só o aspeto objetivo da certeza A prescrição extintiva é um instituto endereçado
e segurança é tomado em conta e, por isso, é fundamentalmente à realização de objetivos de
que esta é apreciada oficiosamente no tribunal conveniência ou oportunidade.
- A prescrição arranca também da ponderação
de uma inercia negligente do titular do direito
em exercitá-lo
NOTAS:
Prazo ordinário de prescrição – 20 anos (art. 309º CC), prevendo a lei para certas hipóteses
uma prescrição de 5 anos (art.310º).
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Prescrições presuntivas (as que se fundam na presunção de cumprimento- art. 312º) - prazo
de 6 meses (art. 316º) ou de 2 anos (art.317º)
DISTINÇÕES ENTRE NJ e
Meros acordos/agréments: são combinações sobre matéria que é normalmente objeto de NJ mas
que, excecionalmente, estão desprovidas de intenção de efeitos jurídicos (ex: empréstimo de
honra)
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3. ELEMENTOS DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS
Há uma tradicional repartição dos elementos dos NJ: elementos essenciais, elementos naturais e
elementos acidentais
3.1. Elementos essenciais
Os elementos essenciais de um NJ deveriam ser as realidades sem as quais o negócio não chegaria
sequer a existência material.
A sistematização tradicional considera elementos essenciais de todo e qualquer negócio jurídico os
requisitos ou condições gerais de validade de qualquer negócio. São eles:
Capacidade das partes (legitimidade);
Declaração de vontade;
Idoneidade do objeto.
NOTA: Pode falar-se dos elementos essenciais de cada negócio típico (venda, locação, mútuo, etc.).
Neste caso, trata-se de cláusulas/características próprias que distinguem um certo tipo negocial dos
restantes tipos.
3.2. Elementos Naturais
Os elementos naturais são os efeitos negociais derivados de disposições legais supletivas. Não é
necessário que as partes configurem qualquer cláusula para a produção destes efeitos, podendo,
todavia, ser excluídos por estipulação propositadamente formulada.
3.3. Elementos Acidentais
Estes elementos correspondem as clausulas acessórias dos NJ. Trata-se de estipulações que não
caraterizam o tipo negocial em abstrato, mas se tornam imprescindíveis para que o negócio concreto
produza os efeitos a que elas tendem.
4. Classificações dos Negócios Jurídicos (pag.27 sebenta)
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Capacidade negocial de exercício: idoneidade para atuar juridicamente, exercendo ou
adquirindo direitos, cumprindo ou assumindo obrigações, por atividade própria ou através de
um representante voluntário.
Incapacidade negocial de exercício: impedimento/proibição não absoluta da realização de
negócios e, como tal, é suprível pelos institutos da representação ou assistência.
Legitimidade: é uma relação entre o sujeito e o conteúdo do ato (a relação jurídica que está em
jogo no negócio).
Ilegitimidade: falta dessa relação de tal modo que o sujeito não pode com a sua vontade afetar esse
direito ou obrigação.
1. CONCEITO
O CC regula a declaração negocial nos arts. 217º e ss.
Capacidade gozo e de exercício e legitimidade requisito de validade Anulabilidade
Idoneidade do objeto negocial- requisito de validade Nulidade do negócio
Pelo contrário, a declaração negocial é um elemento verdadeiramente integrante do NJ, conduzindo
a sua falta à inexistência material do negócio.
Declaração negocial de vontade
Comportamento que, exteriormente observado, cria a aparência de exteriorização de um certo
conteúdo de vontade negocial, caraterizando, depois, a vontade negocial com a intenção de
realizar certos efeitos práticos, com animo de que sejam juridicamente tutelados e vinculantes.
-Comportamento declarativo
Apesto subjetivista: vontade manifestada
Aspeto objetivista: comportamento objetivo, aparência de vontade, etc.
O comportamento externo em que se traduz a declaração, manifesta normalmente uma vontade,
formada sem anomalias e coincidente com o sentido exteriormente captado daquele comportamento.
A declaração pretende ser o instrumento de exteriorização da vontade psicológica do declarante.
Atos jurídicos de natureza não negocial – art.295º
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- A vontade da ação: consiste na voluntariedade (consciência e intenção) do comportamento declarativo. Mas
pode faltar a vontade da ação (ato de reflexo-aceitação de uma proposta).
- A vontade da declaração/vontade da relevância da ação: consiste em o declarante atribuir ao
comportamento querido o significado de uma declaração negocial
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