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O poder executivo não podia intrometer-se nos assuntos da competência dos tribunais
e o poder judicial também não poderia interferir no funcionamento da Administração
Pública.
A lei proíbe aos juízes que conheçam de litígios contra as autoridades administrativas
e em 1799 são criados os tribunais administrativos, que não eram verdadeiros
tribunais, mas órgãos da administração, independentes e imparciais – incumbidos de
fiscalizar a legalidade dos actos da Administração e de julgar o contencioso dos seus
contractos e da sua responsabilidade civil.
d) Subordinação da Administração ao direito administrativo: Os órgãos e agentes
administrativos pela sua força, eficácia e capacidade de intervenção, não estão na mesma
posição que os particulares; exercem funções de interesse público e utilidade geral e
devem por isso dispor quer de poderes de autoridade, que lhes permitam impor as suas
decisões aos particulares, quer de privilégios ou imunidades pessoais, que os coloquem ao
abrigo de perseguições ou más vontades vindas dos interesses feridos.
As garantias jurídicas dos particulares face à Administração são aqui menores do que
no sistema britânico, só aos poucos se foi reforçando a posição dos particulares perante os
poderes públicos.
O sistema francês vigora hoje em dia em quase todos os países da Europa ocidental,
como no nosso ordenamento jurídico desde a aprovação da Reforma Administrativa
Ultramarina (1856-1932).