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Capitulo I Aula: 7,8,9 Bibliografia e material de

apoio
Introdução ao Estudo do A Codificação
Direito ✓ Importância
✓ Vantagens e
✓ desvantagens

Noção de Código

A codificação é um movimento jurídico aparecido no Ocidente no século XIX, que subdivide-se


em dois grupos o francês, onde destacou-se o Código de Napoleão ( Code Civil des Français), e
o grupo alemão; e sistema do Common Law também conhecido como grupo Anglo- Americano.

Este movimento mesmo não sendo tao antigo, foi conhecido desde a antiguidade. A história do
Direito Romano reparte-se em duas codificações: a Lei da XII Tábuas e o Corpus Juris de
Justiniano.

Necessidade de codificar a lei

Ao fazer um recuo a idade media podemos trazer a colação o código de Hamurabi o código de
Teodósio ou de Justiniano1 isto mostra que na idade media já existiam códigos e foram bastante

1
Corpus Juris Civilis ou Corpus Iuris Civilis (em português: Compilação de Direito Civil) é uma obra jurídica fundamental, publicada
a partir do ano de 533 d.C. por determinação do imperador bizantino Justiniano I (que assumiu o trono em 527 d.C.). Ele, dentro
de seu projeto de unificar e expandir o Império Bizantino, viu que era indispensável criar uma legislação congruente e que tivesse
capacidade de atender às demandas e litígios vivenciados à época.
Pouco depois de assumir o poder, Justiniano, além de perceber a importância de salvaguardar a herança representada pelo direito
romano, viu também a necessidade de reorganizar a legislação que se mantinha em vigor na época e a indispensabilidade de se
manter as normas de direito romano,e assim, em 528, um ano após ter-se tornado imperador, nomeou uma comissão de dez
membros para realizar um trabalho de seleção, catalogação e compilação das constituições imperiais vigentes (leis emanadas dos
imperadores desde o governo do imperador Adriano, um confuso amontoado legislativo). O encarregado dessa comissão foi
Triboniano, ministro da justiça do imperador, professor de direito da escola de Constantinopla e jurisconsulto de grande mérito.
Triboniano podia nomear uma comissão para ajudá-lo e cercou-se de juristas, advogados e quatro professores, dentre os quais
se destacaram Teófilo, professor da escola de Constantinopla, e Leôncio, professor da escola de direito de Berito (Beirute), com
os quais inicia o enorme trabalho de compilação.

A missão dos compiladores completou-se em dois anos. O Código era destinado a substituir o Gregoriano, o Hermogeniano, as
constituições particulares e o Código Teodosiano de 438. Em 7 de abril de 529, com a constituição Summa rei publicae, o
imperador publica o código, intitulado Novus Justinianus Codex (Código Novo de Justiniano), e estabelece que entraria em vigor
em 16 de abril daquele ano. Essa primeira obra não chegou até nós pois foi substituída por outra, já em 534. Assim, ficou conhecido
por Codex Vetus (Código Velho), em contraposição ao de 534, chamado de Código Novo.
A expressão Corpus Iuris Civilis não é justinianeia e sua difusão se deve à edição publicada em 1583 por Dionísio Godofredo.
Atualmente, entende-se que o que se convencionou chamar de Corpus Iuris Civilis compreende quatro partes: Institutas, Digesto,
Código e Novelas.
fundamentais, mas não podemos considera-los códigos no entanto que tal, na medida em que eram
simples compilações caóticas2 mais ou menos empíricas que se podem confundir com a lex
duodécimo tabulário ( lei das XII tábuas).

Só a partir da era contemporânea (seculo XVII ʺnossa eraʺ) é que podemos falar tecnicamente de
códigos, porque foi no século XVIII que surgem as novas leis ʺsintéticasʺ scientificas e
sistemáticas primeiro na Prussia3 1794, França 1804 e sob a influência da França na Europa
Ocidental Significa a tendência para enfeixar em lei toda a matéria jurídica, em regra, uma parte
do direito, de modo a dar, nessa parte, unidade de tratamento jurídico às relações jurídicas que ela
brotam. Tal lei se denomina Código. Mas, codificação, como movimento jurídico, não é a feitura
de um código. Muitos países que pertencem ao sistema da Common Law têm alguns códigos.
Significa sim a adesão ao direito escrito, ao direito codificado ou legislado. Nesse caso, em
códigos, estão os principais ramos do direito.

A codificação não só unifica o direito, dando em lei toda matéria jurídica, como, também, a
apresenta de forma orgânica, sistemática, em virtude de suas regras observarem princípios gerais
informativos do todo. Partindo da França, atingindo a Alemanha, o movimento codificador ganhou
a corrida com o direito comum (direito romano adaptado às condições europeias pelos juristas
europeus desde a Idade Média) e com o direito consuetudinário. Países como a Inglaterra e os
Estados unidos, que não aderiram a esse movimento, de certa forma sentiram a necessidade de
oficialmente unificar o direito. Na Inglaterra, escreve Gogliolo: "é sabido que os juízes se fundam
nos chamados precedentes escritos, que se encontram em coleções e livros. O código é uma lei
que disciplina unitária, cientifica e sistematicamente os aspectos fundamentais de uma
determinada matéria jurídica. Em regra, de um ramo do Direito.

Um código distingue-se das antigas compilações legislativas (leis) na medida em que não eram
unitárias pelo facto de abrangerem de forma tendenciosa a totalidade da ordem jurídica, mas
também porque não eram cientificas e nem sistemáticas pelo facto de se limitarem numa mera
recolha e concentração de leis.

2Que se confunde com desordem.


3Foi uma poderosa nação europeia do séc. XIX teve influencia na historia da Europa, esta região ocupava uma vasta região que
hoje conhecemos por Dinamarca Alemanha Bélgica Polonia Rússia etc.
Vantagem (importância) da codificação.

Na idade media como vantagem o direito deixou de ser fragmentado, ultrapassou-se a


multiplicidade confusa das ordens consuetudinárias, e na era contemporânea a codificação traz
para o Direito a coerência sistemática das soluções jurídicas

Desvantagens da Codificação

O sistema tende a tornar-se rígido, o que faz com que os juristas sejam obrigados a ter atitudes
meramente contemplativas e exegéticas.

O código é resultado de um enorme esforço de elaboração de um trabalho de anos, todas as


alterações exigem uma meditação profunda, paradoxalmente a vida está em permanente mutação
e imparável por essa razão é inevitável o desfasamento, por isso deve caber ao jurista adoptar o
Direto a vida.

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