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PROCESSO LEGISLATIVO

O processo legislativo, ou seja, o processo de elaboração de leis Moçambicana comporta 5


fases:

 Elaboração;
 Aprovação;
 Promulgação;
 Publicação; e
 Entrada em vigor

I. Elaboração

O processo legislativo só pode ser iniciado pelo órgão com competência legal para o efeito,
nomeadamente (art.º 182º da C.R.M.): Deputados; as Bancadas Parlamentares; as comissões
da Assembleia da Republica; ao Presidente da Republica; e governo.

Depois de iniciado o processo de apresentação de projectos de lei (iniciativa dos Deputados)


ou propostas de lei (iniciativa do Governo), o texto da lei é discutido e votado.

A discussão do texto da lei implica uma debate na generalidade e outro na especialidade, ao


passo que a votação envolve uma votação na generalidade, uma votação na especialidade e
uma votação final global (art.º 183º, nºs 1,2 e 3 da C.R.M.).

II. Aprovação

O acto legislativo, ou seja, o texto da lei seguidamente tem que ser aprovado por maioria da
Assembleia da República quando se trate de Lei, ou pelo Conselho de Ministros quando for
decreto-lei.

III. Promulgação

A promulgação é o acto pelo qual se “atesta solenemente a existência da norma e intima à sua
observância”, isto é, se atesta a existência da Lei e se obriga ao seu cumprimento.

Este acto é competência do Presidente da República (art.º 162º, nº1 da C.R.M.), as leis são
promulgada ate 30 dias a contar do recebimento da Assembleia da República (art.º 162º, n.º2
da C.R.M.).

IV. Publicação

A publicação das leis é determinada pela necessidade de as leis serem conhecidas, pois
apenas dessa forma podem as mesmas ser aplicadas.
Com efeito, é a publicação que confere publicidade aos actos legislativos, dado que a sua
ignorância não aproveita a ninguém, os mesmos são Publicado no BOLETIM DA
REPUBLICA.

V. Entrada em Vigor

Após a publicação, em princípio o diploma legal em causa entra em vigor.

Porém, “entre a publicação e a vigência da lei decorrerá o tempo que a própria lei fixar ou, na
falta de fixação, o que for determinado em legislação especial” (art.º 5º, n.º 2 do C. Civil).

Assim, o diploma pode entrar em vigor:

 No dia nele fixado, mas nunca no próprio dia da publicação ou


 Apos a sua publicação

Nunca se conta o dia da publicação do diploma – “os prazos contam-se a partir do dia
imediato ao da publicação do diploma, ou da sua efectiva distribuição se esta tiver sido
posterior”.

O período de tempo que medeia entre a publicação e a entrada em vigor da lei designa-se
vacatio legis.

Se, eventualmente, um diploma legal for publicado com erros, deve o mesmo ser rectificado.

 Contudo, as correcções apenas são admitidas para corrigir erros materiais decorrentes
de divergências entre o texto original e o texto impresso, devendo ser publicadas até
60 dias após a publicação do texto rectificando, sob pena de nulidade do acto de
rectificação.

Nota Importante no o processo legislativos

1. Veto – é o processo pelo qual o Presidente da Republica manda devolver a lei a


Assembleia da República para reexame (art.162 nº3 da CRM)
2. Vacatio Legis – ee o tempo fixado mormente entre a publicação e entrada em vigor
da lei
3. O Diário da República é composto de 3 séries e publicado pela Imprensa Nacional.
 Na I.ª série são publicadas as normas gerais e abstractas e os preceitos de interesse
para todos os cidadãos;
 II.ª série publicam-se os actos administrativos e na
 III.ª série os actos a que se pretende dar publicidade oficial

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