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INTRODUÇÃO

Portugal é o mais antigo Estado-nação da Europa. O país é marcado por grandes obras
arquitetônicas e diversas tradições culturais que representam a sua história.
Portugal é um país da Europa Ocidental, localizado na península Ibérica, situada nas
margens do oceano Atlântico. A história portuguesa é marcada pelo período das Grandes
Navegações, momento em que Portugal detinha várias possessões territoriais pelo globo,
sendo uma das maiores potências mundiais.
Atualmente, Portugal é uma economia desenvolvida e industrializada, com grande
qualidade social. O país possui uma ótima infraestrutura de serviços e tem como destaque
econômico o turismo. A população portuguesa desfruta de ótimas condições de vida e é
governada por uma democracia plena. A República Portuguesa colonizou o Brasil, e os
brasileiros guardam grandes influências culturais portuguesas, como a língua e a religião.

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DESENVOLVIMENTO
Portugal foi fundado em 1143, ano da celebração do Tratado de Zamora. O Tratado,
assinado entre D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, e Afonso VII de Leão e
Castela, reconhece o estatuto jurídico de Portugal como reino independente. Em 1179
esse estatuto foi confirmado pelo Papa Alexandre III.
Durante os sécs. XII e XIII os reis portugueses foram alargando as fronteiras, até à
conquista do Algarve, consolidando um território praticamente inalterado até hoje.
Com as fronteiras definidas, Portugal começou a olhar para dentro. Em finais do séc. XIII
o rei D. Dinis criou a prestigiada Universidade de Coimbra, uma das mais antigas da
Europa. Nos centros mais importantes edificaram-se castelos, palácios e catedrais, e
sedimentou-se a administração territorial.
Em 1385, na sequência de um movimento popular, D. João I foi aclamado rei, iniciando-
se a 2.ª dinastia. Os filhos de D. João I e de D. Filipa de Lencastre seriam apelidados em
"Os Lusíadas", de Luiz Vaz de Camões, de “Ínclita geração, altos Infantes”, pela
instrução, humanismo e qualidades governativas que demonstraram.
De entre eles, um ficou conhecido para a História como visionário e principal obreiro dos
Descobrimentos, uma das grandes aventuras da Humanidade. Graças ao ímpeto do
Infante D. Henrique, também conhecido como "Henrique o Navegador" as caravelas
portuguesas cruzaram os mares, fazendo uso dos melhores conhecimentos científicos e
práticos da altura. Durante os sécs. XIV, XV e XVI navegaram até África, ao longínquo
Oriente e às profundezas do continente sul-americano. Conquistaram terras, amealharam
riquezas e trouxeram para a Europa coisas jamais vistas.
Em 1498 Vasco da Gama descobriu o caminho marítimo para a Índia, e em 1500 Pedro
Álvares Cabral chegou ao Brasil. Os portugueses chegariam ainda a Oman (1508), à
Malásia (1511), a Timor (1512), à China (1513) e ao Japão (1543). Foi também um
português, Fernão de Magalhães, que planeou e comandou, entre 1519 e 1522, a primeira
viagem de circum-navegação do globo.
Terá sido, talvez, o início da globalização. Para celebrar esta era, e em particular a
chegada à Índia, o rei D. Manuel mandou erigir o Mosteiro dos Jerónimos – obra singular
na qual se destacam os motivos náuticos, e integrou a esfera armilar na bandeira
portuguesa.
O pequeno reino era agora o maior império do mundo. Em Portugal juntavam-se sábios
e mercenários, cientistas e pintores, comerciantes e poetas, escravos e príncipes. Mas tal
poder e riqueza culminaram na trágica morte do jovem rei D. Sebastião, numa batalha em
Alcácer Quibir, no Norte de África. O trono então vago foi ocupado pela dinastia
espanhola dos Filipes, que juntaram os dois Estados durante 60 anos de união pessoal.
Em 1640 Portugal voltou a ter um rei português, D. João IV, que restaurou a
independência. No séc. XVIII, D. João V, rei absolutista e amante das artes, mandou

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construir em Mafra um grandioso convento-palácio e, em Lisboa, o Aqueduto das Águas
Livres.
Contudo, a luxuosa e exótica capital do reino desapareceu quase completamente em 1755
devido a um devastador terramoto. Foi o Marquês de Pombal, ministro do rei D. José,
quem inventou uma nova Lisboa, monumental e melhor preparada para enfrentar as fúrias
da natureza.
No início do séc. XIX as tropas de Napoleão invadiram Portugal e a corte mudou-se para
o Brasil, a fim de assegurar a continuidade dinástica e assim a independência de Portugal.
Quando, 14 anos mais tarde, em 1821, o rei D. João VI regressou a Portugal, o país era
diferente: para além das marcas deixadas pelos anos de guerra surgira entretanto o
movimento liberal, o qual transformara o panorama político nacional. O poder do rei não
mais era absoluto e a primeira constituição estava em vias de ser aprovada.
Quando D. João VI morreu, em 1826, a situação política era confusa, quer do ponto de
vista político, quer dinástico. Em 1828 deflagrou a guerra civil, com dois filhos de D.
João VI a disputar o trono: D. Miguel, aclamado pelas cortes, que defendia uma visão
tradicionalista e se opunha à Constituição, e D. Pedro que defendia o liberalismo e a
Constituição mas que, por ter declarado em 1822 a independência do Brasil e ser
Imperador deste país, estava impedido de ocupar o trono português.
A disputa seria finalmente decidida em 1834, com a Convenção de Évora Monte, que
acabou com a guerra civil e determinou o regresso a uma versão liberal e constitucional
da monarquia portuguesa.
As ideias republicanas começaram a ganhar cada vez mais força a partir dos finais do séc.
XIX. Na sequência do regicídio de D. Carlos em 1908, e da revolução de 5 de outubro de
1910, a República acabou por ser instaurada. D. Manuel II foi o último rei de Portugal e
Teófilo Braga o primeiro chefe de Estado republicano, na qualidade de presidente do
Governo provisório. Manuel de Arriaga foi o primeiro presidente eleito da República
Portuguesa.
Depois de um período conturbado e da participação portuguesa na 1.ª Guerra Mundial,
deu-se a 28 de maio de 1926 um golpe militar que pôs fim à Primeira República. Iniciou-
se então um período de ditadura militar que terminou com a aprovação da Constituição
de 1933. Através desta foi instaurado o Estado Novo, regime autoritário, corporativista e
de partido único dominado pela figura de António Oliveira Salazar, que governou o país
durante quase meio século.
A 25 de abril de 1974 a "Revolução dos Cravos" devolveu a liberdade e a democracia aos
portugueses, rapidamente reconhecendo a independência das antigas colónias em África.
De novo dentro das suas fronteiras originais, Portugal tornou a virar-se para a Europa.
Em 1986 o país aderiu à CEE - Comunidade Económica Europeia e, desde então, os
portugueses têm participado com entusiasmo na construção de uma nova Europa, sem
contudo esquecerem a sua História, o seu caráter e as suas tradições.
O território português, originalmente formado por povos ibéricos, foi ocupado por
romanos, germânicos, árabes e até mesmo celtas. A ocupação definitiva dos portugueses
enfrentou resistência de todos esses povos listados.

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Posteriormente, a partir da formação administrativa portuguesa, o país se tornou uma das
principais potências mundiais, especialmente no período das Grandes Navegações. Os
portugueses dominaram regiões em diversos continentes do globo, com destaque para o
Brasil, gerando inúmeras riquezas para a população portuguesa por meio da exploração
de recursos vegetais e bens minerais.
No entanto, após a dominação do território português por forças estrangeiras, como
espanholas e francesas, além da independência das principais possessões portuguesas no
mundo, o país foi levado ao declínio econômico e social.
A história recente portuguesa é marcada por governos militares e crises econômicas.
Porém, nos últimos anos, houve uma virada no cenário português, uma vez que Portugal
conseguiu reerguer sua economia e tornou-se um dos maiores polos turísticos da Europa.
O país faz parte da União Europeia e é um dos principais receptores de investimento
estrangeiro em nível regional.
ETIMOLOGIA DE PORTUGAL
A teoria acadêmica mais aceita argumenta que o nome Portugal deriva do termo
Portucale, designação geográfica da região da cidade do Porto, o principal centro
econômico e político dessa porção do território europeu em tempos muito antigos.
Geografia de Portugal
O território português está localizado no extremo oeste do Europa, na chamada península
Ibérica, situada na Europa Ocidental. O país é banhado unicamente pelo oceano Atlântico
e faz fronteira terrestre somente com a Espanha. Além do espaço formado pelo seu
território continental, Portugal possui diversas ilhas, como destaque para os arquipélagos
de Açores e Madeira, localizados entre o litoral europeu e africano.
Em relação à geomorfologia, Portugal tem grandes formações de relevo, especialmente
na porção norte do país. Há na sua parte central muitas formações de relevo planáltico e
pequenas zonas de planícies litorâneas. O território português é suscetível a terremotos
em razão da sua localização em uma zona de instabilidade geológica. Os principais rios
de Portugal são o Douro, o Tejo, o Mondego e o Guadiana.
Já em relação aos aspectos vegetacionais e climáticos, o território português sofre grande
influência da umidade do oceano, sendo assim composto por vegetações e climas
mediterrânicos. Há uma dualidade estacional em quase todo o país, com duas estações
bem definidas, uma mais quente e seca, além de outra mais fria e úmida. A vegetação
portuguesa, tipicamente seca, é muito suscetível a incêndios.

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DEMOGRAFIA DE PORTUGAL
O território português é habitado por cerca de 10 milhões de habitantes. A demografia de
Portugal é bastante complexa em relação à multiplicidade de aspectos que marcam a
população do país, como a grande emigração e o envelhecimento populacional.
O país registra uma grande saída de jovens nativos, que emigram especialmente para
outros países europeus, em busca de melhores condições de vida. Ainda, a população
portuguesa é extremamente envelhecida, resultado da alta expectativa de vida, da baixa
taxa de natalidade, além da mencionada emigração da população.
Tais condições levaram o governo português a adotar políticas públicas de combate ao
envelhecimento populacional, como a atração de habitantes para o país. Os brasileiros,
em fuga da crise econômica e da instabilidade política, são um grupo importante que tem
emigrado em massa para Portugal nos últimos anos.
Geograficamente, a população portuguesa está concentrada ao longo do litoral, nas duas
principais cidades do país, Lisboa e Porto, além das suas regiões metropolitanas. O
território português registra uma grande população relativa especialmente no litoral e
vazios demográficos no seu interior.
ECONOMIA DE PORTUGAL
A economia de Portugal é muito desenvolvida e diversificada, envolvendo desde
atividades primárias até setores de alta tecnologia, com destaque ainda para as atividades
de turismo. O ramo primário da economia tem grande destaque em solo português,
especialmente por meio da cultivação de produtos tradicionais, como as uvas e as
azeitonas, utilizadas para a produção de vinhos e azeites.
Há também uma grande produção de frutas temperadas, como as cerejas, além do
beneficiamento de leite e derivados, como queijos diversos. A coleta de pescados e a
produção de cortiças também são um destaque na economia primária portuguesa.
Durante a década de 1990 Portugal seguiu uma política económica determinada pelos
critérios de convergência da União Económica e Monetária (UEM). O processo de
convergência nominal foi concluído com êxito, tendo o nosso país logrado a integração
na Zona Euro desde a sua criação, em janeiro de 1999. Tal implicou o cumprimento de
um conjunto de critérios quantitativos associados à prossecução de uma política
macroeconómica rigorosa e credível.
Desde então que se vem verificando, em termos da estrutura da economia, o crescente
domínio do setor dos serviços, à semelhança, aliás, dos restantes parceiros europeus. Em
2018, o setor primário representava apenas 2,7% do VAB (contra 24% em 1960) e 5,8%
do emprego; enquanto o secundário correspondia a 21,9% do VAB e 24,1% do emprego.
Nesse ano os serviços contribuíram com 75,3% para o VAB e representaram 70,1% do
emprego.
Para além de uma maior incidência dos serviços na atividade económica, registou-se nas
últimas décadas uma alteração significativa no padrão de especialização da indústria
transformadora em Portugal: modernizou-se, saindo da dependência de atividades
industriais tradicionais para uma situação em que novos setores, de maior incorporação

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tecnológica, ganharam peso e uma dinâmica de crescimento, salientando-se o setor
automóvel e de componentes, a eletrónica, energia, farmacêutica e novas tecnologias de
informação e comunicação.
A indústria, no passado decisiva para o desenvolvimento económico e social europeu, foi
perdendo relevância com o desenvolvimento do setor dos serviços. Em Portugal, a
indústria transformadora passou de 18,1% do PIB em 1995, para 13,5% em 2019, abaixo
dos 16,5% da média europeia no mesmo ano. Assim, a indústria é hoje vista como uma
área prioritária para a recuperação e modernização económica nacional, parte de uma
transição ecológica e digital, nos termos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR),
aprovado pela Comissão Europeia. Este plano, com execução prevista até 2026, assenta
numa significativa industrialização nacional que se faça num contexto internacional de
descarbonização, assente assim em investimento em hidrogénio limpo, no quadro do
Pacto Ecológico Europeu e do Acordo de Paris. A industrialização nacional terá assim
destaque no plano, com vista e a contribuir para os Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável da Agenda 2020 e garantir uma melhoria sustentável do nível de vida da
população. Esta necessidade tornou-se evidente durante a crise pandémica, como pilar
essencial de uma economia resiliente que reduza a sua dependência face ao exterior e
exposição a riscos de novas disrupções de cadeiras de valor.
Ainda nos serviços, a posição geográfica de Portugal, usufruindo do clima mediterrânico
moderado pela influência do Atlântico, bem como a extensa faixa costeira, aliados à
história e à cultura, apoiam uma relevante e crescente indústria turística.
Decorrente da pandemia, e das restrições de mobilidade, o setor do turismo registou em
2020, uma quebra histórica. Sendo esperada a recuperação do mesmo, com o ultrapassar
da pandemia e retorno à circulação sem restrições, o setor está ainda assim também em
destaque no PRR, com vista a uma modernização e reforço da competitividade. Com
efeito, o turismo é uma das áreas prioritárias de ação de planos como a Estratégia
Nacional de Investigação e Inovação para uma Especialização Inteligente (ENEI), e
Emprego + Digital 2025 - programa de capacitação em tecnologias digitais focados na
inovação e transformação digital. Reforça ainda a referência ao conceito de crescimento
verde e azul, potencialidades ou oportunidades ligadas aos ecossistemas, hidrosistemas e
ao oceano, ou seja, às “nature-bases solutions”.
Portugal está entre as 50 maiores economias do mundo e encontrava-se até 2020 com
perspetiva positiva de crescimento. O choque económico decorrente da crise causada pela
pandemia do vírus SARS-CoV-2 colocou um travão nesta tendência, provocando uma
queda acentuada da atividade. No entanto, hoje, com a campanha de vacinação e as
políticas públicas de apoio, as previsões macroeconómicas apontam para a recuperação
da economia nacional, que deverá atingir o nível de produto pré-pandemia após o 3º
trimestre de 2022, segundo dados da OCDE
O setor secundário está ancorado em pequenas indústrias para abastecimento interno,
além de setores de novas tecnologias e de comunicação e informação. A produção de bens
tradicionais, como azulejos e vidros, também é um destaque na indústria local.
O país tem como setores industriais fortes a produção de materiais elétricos e construtivos
diversos, a confecção de roupas e sapatos, a fabricação de máquinas e equipamentos, entre

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outros. O setor da construção civil também é muito importante para a economia
portuguesa mediante o aumento do volume de construções locais após a entrada de
imigrantes e turistas no país.
Já a atividade terciária é a principal da economia portuguesa. O país é um dos centros
europeus no fornecimento de serviços bancários e financeiros. Há ainda uma grande
indústria criativa, mobilizada por meio de exposições de arte e incentivos culturais
diversos. O país é um dos centros de produção cultural da Europa.
É preciso mencionar, por fim, o turismo como uma das principais atividades econômicas
de Portugal. O país é um dos centros do turismo europeu, e até mesmo mundial, recebendo
um grande fluxo de visitantes todos os anos. Há localmente uma grande infraestrutura de
hotéis, restaurantes e lojas diversas para atendimento aos turistas.
SETORES
Com um passado predominantemente agrícola, atualmente e devido a todo o
desenvolvimento que o país registou, a estrutura da economia baseia-se nos serviços e na
indústria, que representam 67,8% e 28,2% do VAB.
A agricultura portuguesa está bem adaptada devido ao clima, relevo e solos favoráveis.
Nas últimas décadas, intensificou-se a modernização agrícola, embora ainda cerca de
12% da população ativa trabalhe na agricultura. As oliveiras (4 000 km²), os vinhedos (3
750 km²), o trigo (3 000 km²) e o milho (2 680 km²) são produzidos em áreas bastante
vastas. Os vinhos (especialmente o Vinho do Porto e o Vinho da Madeira) e azeites
portugueses são bastante apreciados devido à sua qualidade. Portugal também é produtor
de fruta de qualidade selecionada, nomeadamente as laranjas algarvias, a pêra-rocha da
região Oeste, a cereja da Gardunha e a banana da Madeira. Outras produções são de
horticultura ou floricultura, como a beterraba doce, óleo de girassol e tabaco.
A importância económica da pesca tem vindo a diminuir, empregando menos de 1% da
população ativa. A diminuição das reservas de recursos piscatórios refletiu-se na redução
da frota pesqueira portuguesa que, embora se tenha vindo a modernizar, ainda tem
dificuldade em competir com outras frotas europeias. Apesar da reduzida extensão da
plataforma continental portuguesa, existe alguma diversidade de espécies nas águas da
ZEE de Portugal, uma das maiores da Europa. A frota portuguesa efetua captura em águas
internacionais e nas ZEE de outros países. No seu todo, as espécies mais capturadas são
a sardinha, o carapau, o polvo, o peixe-espada-preto, a cavala e o atum. Os portos com
maior desembarque de pescado, em 2001, foram os de Matosinhos, Peniche, Olhão e
Sesimbra.
A cortiça tem uma produção bastante significativa: em 2010, Portugal produzia 54% da
cortiça produzida no mundo. Os recursos minerais mais significativos em Portugal são o
cobre, o lítio (7), o volfrâmio (6), o estanho, o urânio, feldspatos (11), sal-gema, talco e
mármore
A balança comercial de Portugal é, há muito, deficitária, com o valor das exportações a
cobrir apenas 65% do valor das importações em 2006. As maiores exportações
correspondem aos têxteis, vestuário, máquinas, material elétrico, veículos, equipamentos
de transporte, calçado, couro, madeira, cortiça, papel, entre outras.

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INFRAESTRUTURA DE PORTUGAL
O território português abriga uma infraestrutura muito moderna e desenvolvida, fruto de
grandes investimentos em mobilidade e energia, principalmente após a superação das
crises econômicas vivenciadas pelo país nos últimos anos.
Em Portugal, há uma extensa rede de rodovias e hidrovias, além de portos e aeroportos,
que fazem ligações de maiores distâncias. O país está integrado ao território europeu por
meio de transportes modernos. Ademais, o maior parte da energia consumida em Portugal
vem de fontes renováveis, principalmente de hidrelétricas.
A população portuguesa desfruta de uma ampla oferta de serviços públicos,
especialmente de saúde e educação, consideradas de elevada qualidade até mesmo para
os padrões europeus. O sucesso da política portuguesa de combate à pandemia de covid-
19 é um exemplo desse cenário.
A cobertura de água e esgoto em Portugal é praticamente universal. O país também tem
grande destaque na conservação de áreas naturais e na promoção de espaços verdes. O
acesso às telecomunicações em Portugal é bastante amplo, com destaque para a internet
de alta velocidade.
GOVERNO DE PORTUGAL
O governo português é formado por uma estrutura semipresidencialista. Há a figura do
chefe de Estado, presidente do país eleito democraticamente de cinco em cinco anos, e a
figura do chefe de governo, o primeiro-ministro indicado pelo presidente. A estrutura
governamental local é completada pelos sistemas Legislativo e Judiciário.
A população portuguesa possui ampla participação política por meio da atuação direta em
decisões governamentais, além da organização de plebiscitos. O país é uma democracia
avançada baseada no respeito às liberdades individuais. Ademais, Portugal mantém
relações internacionais amistosas com diversos países do globo.
Em Portugal, a lei fundamental é a Constituição, datada de 1976, todas as outras leis
devem respeitá-la. A constituição sofreu algumas revisões. Está previsto na Constituição
a realização de referendos de consulta popular, no entanto, o resultado pode ser anulado
politicamente. O primeiro referendo foi em 1933 que aprovou a Constituição que levou à
criação do Estado Novo. Outras leis estruturantes do país são o Código Civil (1966), o
Código Penal (1982), o Código Comercial (1888), o Código de Processo Civil (2013), o
Código de Processo Penal (1987) e o Código do Trabalho (2011). Algumas destas leis
têm sofrido revisões profundas desde a sua publicação original.
Existem quatro Órgãos de Soberania: o Presidente da República (Chefe de Estado —
poder moderador, mas com algum poder executivo), a Assembleia da República
(Parlamento — poder legislativo), o Governo (poder executivo) e os Tribunais (poder
judicial). Vigora no país um sistema semipresidencialista, segundo o quadro
constitucional estabelecido em 1976. O semipresidencialismo português - de pendor
parlamentarista (atenuado ou acentuado, conforme o governo seja maioritário ou
minoritário) - suporta 4 traços estruturais essenciais: a eleição do Presidente da República
por sufrágio direto e universal; a partilha do poder executivo entre este e o Governo, sem
nunca o primeiro chefiar direta e formalmente o Executivo; a responsabilização política

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do Governo perante a Assembleia da República e o Presidente da República; e o Chefe
de Estado detém o poder de dissolução do Parlamento e das Assembleias Legislativas
Regionais.
Portanto, o Presidente da República é o chefe de Estado e é eleito por sufrágio universal,
para um mandato de cinco anos. Ao contrário dos outros órgãos de soberania, o candidato
a este cargo tem que ser maior de 35 e cidadão nacional. O candidato vencedor - na
tomada de posse perante a Assembleia da República - presta o seguinte juramento: «Juro
por minha honra desempenhar fielmente as funções em que fico investido e defender,
cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa». O candidato eleito tem
de ter mais de metade dos votos. No caso de não haver um vencedor claro, é feita uma
segunda volta com os dois candidatos mais votados da primeira volta.
O Presidente da República exerce - entre as supra mencionadas funções - a de comando,
como Comandante Supremo das Forças Armadas (Exército, Armada, Força Aérea,
Guarda Nacional Republicana); a de representação formal do Estado português no
estrangeiro e nas relações internacionais, nomeadamente na de ratificação das convenções
ou tratados internacionais e na receção das credenciais de embaixadores estrangeiros; a
de promulgar e mandar publicar ou vetar os atos legislativos, nomeadamente as Leis da
Assembleia da República, os Decretos-Lei e os decretos-regulamentares do Governo,
bem como requerer a fiscalização da constitucionalidade destes diplomas; a de nomeação
e exoneração do Primeiro-Ministro e dos demais ministros, neste último caso sob
proposta do chefe do governo; conferir condecorações e exercer o cargo de grão-mestre
das ordens honoríficas. Cabe, ainda, ao Presidente da República, sob proposta do
Governo, a nomeação e exoneração de embaixadores e dos mais altos cargos militares
(chefes de estado maior), bem como a nomeação do Procurador-Geral da República. No
âmbito da interdependência de poderes entre o Presidente da República, a Assembleia da
República e o Governo, cabe ao primeiro declarar a guerra e fazer a paz, declarar o estado
de emergência e o de sítio e indultar e comutar penas. O chefe de Estado português reside,
oficialmente, no Palácio de Belém, em Lisboa.
Governo é chefiado pelo primeiro-ministro, que é, por regra, o líder do partido mais
votado em cada eleição legislativa, e é convidado, nessa forma, pelo presidente da
República para formar governo, pelo que o governo não é eleito mas nomeado. É o
Presidente da República quem nomeia e exonera os restantes ministros, sob proposta do
primeiro-ministro Este reside oficialmente no Palacete de São Bento, nas traseiras da
Assembleia da República, em Lisboa. Qualquer governo pode ser alvo duma moção de
censura podendo derrubá-lo na Assembleia. Uma moção de confiança também pode ser
apresentada, opondo-se à moção de censura.

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SISTEMA JUDICIAL
Os tribunais administram a justiça em nome do povo, defendendo os direitos e interesses
dos cidadãos, impedindo a violação da legalidade democrática e mediando os conflitos
de interesses que ocorram entre diversas entidades. Segundo a Constituição existem as
seguintes categorias de tribunais: Tribunal Constitucional, que tem a competência de
interpretar a Constituição e fiscalizar a conformidade das leis com as suas disposições; o
Supremo Tribunal de Justiça e os tribunais judiciais de primeira instância (Tribunais de
Comarca) e de segunda instância (Tribunais da Relação); o Supremo Tribunal
Administrativo e os tribunais administrativos e fiscais de primeira e segunda instâncias
(Tribunais Centrais Administrativos); e o Tribunal de Contas.
Portugal tem um regime legal considerado inovador, no plano internacional, de opção
pela salvaguarda do toxicodependente, ao invés da sua punição. Em 2001, o governo
português descriminalizou, com resultados eficazes, a posse de todas as drogas como a
canábis, a cocaína, a heroína e o LSD. Enquanto que a posse não é criminalizada, o tráfico
ainda o é. Aos cidadãos portugueses apanhados em flagrante com pequenas quantidades
de qualquer droga, é dada a opção de ir para uma clínica de reabilitação, sendo que a
recusa ao tratamento pode ser feita sem consequências. Apesar das críticas de outros
países europeus, que declararam o consumo de drogas em Portugal iria aumentar
tremendamente, o uso de drogas entre os adolescentes caiu, juntamente com o número de
casos de infeção pelo HIV, que caiu 50 por cento em 2009.
A 31 de maio de 2010, Portugal tornou-se o sexto país da Europa e o oitavo país do mundo
a reconhecer legalmente o casamento entre pessoas do mesmo sexo em nível nacional. A
lei entrou em vigor em 5 de junho de 2010.
CULTURA DE PORTUGAL
A cultura de Portugal é uma das mais tradicionais da Europa, marcada por um conjunto
de influências, que vão desde os povos romanos até os árabes. Em contrapartida, ao
instaurar grandes possessões em todo o mundo, os portugueses influenciaram diretamente
a cultura de vários países, como o Brasil.
A língua portuguesa e a religião católica são elementos da cultura portuguesa que marcam
a população brasileira. A arquitetura das cidades históricas, a adoção de superstições
populares e até mesmo a celebração de festas diversas presentes no Brasil têm como
condicionante a cultura de Portugal.
Localmente, a população portuguesa tem como hábitos comuns a farta culinária e o
apreço às manifestações artísticas. O fado, ritmo musical português, é um exemplo desse
cenário. O país também foi berço de grandes escritores e poetas bem como de grandes
naturalistas e desbravadores. O uso do azulejo nas construções históricas e do ouro em
obras sacras é tradição portuguesa.

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MÚSICA E DANÇA
A música tradicional portuguesa é variada e muito rica. Do folclore fazem parte as danças
do vira, do Minho, dos Pauliteiros de Miranda, da zona mirandesa, do Corridinho do
Algarve ou do Bailinho, da Madeira. Instrumentos típicos são o cavaquinho, a gaita-de-
foles, o acordeão, o violino, os tambores, a guitarra portuguesa (instrumento caraterístico
do fado) e uma variedade de instrumentos de sopro e percussão. Ainda na cultura popular
existem as bandas filarmónicas que representam cada localidade e tocam vários estilos de
música, desde a popular à clássica, sendo as bandas portuguesas das que melhor qualidade
artística têm.
O mais conhecido estilo de música português é o fado, cuja intérprete mais célebre foi
Amália Rodrigues. Outros cantores como Alfredo Marceneiro, Vicente da Câmara, Nuno
da Câmara Pereira, Frei Hermano da Câmara, António Pinto Basto e Hermínia Silva
também se distinguiram como fadistas. No entanto, o Fado tem também nos últimos anos
assistido ao aparecimento de jovens cantores que atingem grande êxito, como Ricardo
Ribeiro, Cristina Branco, Camané, Mariza, Ana Moura, Mafalda Arnauth e Mísia, entre
outros, bem como de jovens guitarristas como Bernardo Couto. Recentemente, através
dos Madredeus e de cantores como Mariza ou Dulce Pontes, a música portuguesa tem
atingido um patamar de reconhecimento internacional e tem ajudado a divulgar a língua
portuguesa em todo o mundo. A nível de instrumentistas merece realce a carreira e
composições do guitarrista Carlos Paredes, o mais conhecido mestre de guitarra
portuguesa.
Referências da canção de finais do século XX (principalmente do período pré e pós-
revolucionário) são Zeca Afonso, Sérgio Godinho, Fausto, Adriano Correia de Oliveira,
Vitorino, José Mário Branco, os Trovante, entre outros. Mesmo sendo ainda o fado o
género mais conhecido além-fronteiras, a "nova" música portuguesa também tem um
papel importante, demonstrando grande originalidade. Rui Veloso, The Gift, Mafalda
Veiga, Kátia Guerreiro, Sara Tavares, Jorge Palma, Clã, David Fonseca, GNR, Ornatos
Violeta, Xutos & Pontapés, Moonspell, Da Weasel, Primitive Reason, Deolinda, Mão
Morta, Blasted Mechanism e Mind Da Gap são apenas alguns dos nomes mais
conhecidos, indo do rock, à pop-eletrónica e ao rap, entre outros estilos. Com Salvador
Sobral, Portugal venceu em 2017 o Festival Eurovisão da Canção em Kiev.
A música erudita portuguesa constitui um capítulo importante da música ocidental. Ao
longo dos séculos, sobressaíram nomes de compositores e intérpretes como os trovadores
Martim Codax e D. Dinis, os polifonistas Duarte Lobo, Filipe de Magalhães, Manuel
Cardoso e Pedro de Cristo, o organista Manuel Rodrigues Coelho o compositor e cravista
Carlos Seixas, a cantora Luísa Todi, o sinfonista e pianista João Domingos Bomtempo ou
o compositor e musicólogo Fernando Lopes Graça. O período de ouro da música
portuguesa coincidiu, discutivelmente, com o apogeu da polifonia clássica no século
XVII (Escola de Évora, Santa Cruz de Coimbra). Entre as grandes referências atuais,
pontificam os nomes dos pianistas Artur Pizarro, Maria João Pires, Olga Prats e Sequeira
Costa, da violetista Anabela Chaves, do violinista Carlos Damas, do compositor
Emmanuel Nunes, do compositor e maestro Álvaro Cassutto. As orquestras sinfónicas
mais importantes são a Orquestra da Fundação Gulbenkian.

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CONCLUSÃO
O território português foi habitado por diversos povos ao longo do tempo. A formação do
Estado português foi a primeira de toda a Europa.O país já foi uma das maiores potências
mundiais, especialmente durante o período das Grandes Navegações, quando colonizou
o Brasil.
Em termos climáticos e vegetacionais, predominam os aspectos mediterrânicos, com forte
influência da umidade proveniente do oceano. O território português está localizado na
península Ibérica, sendo todo o seu litoral banhado pelo oceano Atlântico.
A população portuguesa é bastante envelhecida. O país tem promovido políticas de
atração populacional para reverter a estagnação do crescimento da população,a economia
portuguesa tem como destaque o turismo. Há ainda no país indústrias diversas e um forte
setor primário.
A infraestrutura portuguesa é muito desenvolvida. O país detém redes modernas de
transporte e geração de energia.
A cultura portuguesa tem como símbolo a farta culinária, por exemplo, no consumo de
peixes, vinhos e azeites.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA
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