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Aula Inglaterra na Época Moderna

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1. Elizabeth I foi uma das mais importantes monarcas da Inglaterra pois buscou colocar em
prática algumas políticas de fortalecimento do Estado britânico. Durante seu governo,
restabeleceu os Atos de Supremacia e o Book of Common Prayer, dando ao anglicanismo
seus traços principais. Ao apoiar os revoltosos dos Países Baixos que lutavam contra
a Espanha por sua independência, Elizabeth I inaugurou o predomínio inglês nos mares
após a Marinha Inglesa derrotar a Invencível Armada Espanhola. O movimento dos enclosures
foi acelerado em seu governo, bem como foram aprovadas as Poor Laws e criadas as
Companhias de Comércio Privilegiadas.
2. Durante o reinado de Carlos I, a relação entre o monarca e o Parlamento Inglês era muito
instável. Em 1642, um setor realista procedeu um golpe de Estado que teve como resul-
tado a prisão de diversos parlamentares. Vários setores de Londres se opunham ao rei,
levando a uma guerra civil entre eles e aqueles que apoiavam o rei. Após uma alternân-
cia de vitórias e derrotas de parte a parte, o New Model Army, exército encabeçado por
Oliver Cromwell, derrotou as forças realistas em 1645. O rei acabou sendo preso em 1647.
Membros do Parlamento, que desejavam o retorno do rei Carlos I, confrontaram-se com
o exército de Cromwell, que, por sua vez, marchou sobre Londres em 1648, expulsou os
parlamentares e formou um tribunal que julgou e condenou o rei, que acabou executado
em 1649. A monarquia, por fim, foi abolida e Cromwell foi designado Lorde Protetor da
Inglaterra, iniciando o regime do Protetorado que durou até 1659.
3. O Ato de Navegação de 1651 determinava que qualquer mercadoria que entrasse ou saís-
se da Inglaterra teria de ser transportada por um navio inglês ou pertencente ao país que
a produziu.
4. A Revolução Gloriosa teve como consequência a deposição do rei Jaime II e a elevação
de Guilherme de Orange ao trono inglês. Ao jurar obediência ao Bill of Rights, o rei rompia
com o absolutismo de seus antecessores, instaurando uma Monarquia Constitucional na
Inglaterra, legitimando a soberania do Parlamento como representante da nação inglesa.

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Aula Expansão marítimo-comercial europeia
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1. A expansão marítimo-comercial europeia foi o movimento de alguns Estados Modernos


europeus em direção a outras regiões fora da Europa, incorporando novos continentes,
como a África, América, Ásia e Oceania, às grandes linhas de comércio e cultura europeias,
resultando posteriormente no processo de formação dos impérios coloniais.
2. O mercantilismo econômico, típico dos Estados Modernos europeus, tinha como premissa
que a riqueza de um país era determinada pela quantidade de moeda e metal precioso
existente em suas fronteiras, sendo essa concepção denominada metalismo. Para atingir
tal fim, alguns instrumentos de política econômica eram mobilizados, como o protecio-
nismo, em que eram colocadas restrições à entrada de mercadorias importadas de outras
nações visando manter a balança comercial favorável, em que o número de exportações
deveria ser superior ao de importações, aumentando a quantidade de dinheiro em seus
limites e, por consequência, aumentando também a sua riqueza.
3. Devido à concorrência entre os Estados Modernos europeus na realização do comércio di-
retamente com as regiões que eram fontes de produção, criou-se o monopólio de co-
mércio entre eles. A exclusividade comercial acabou não sendo suficiente, uma vez que os
Estados podiam simplesmente ignorar esse monopólio comercial. Sendo assim, foram
colocadas em questão a defesa e a posse das áreas de interesse dos Estados europeus
que passavam a estabelecer suas colônias.
4. O Pacto Colonial pode ser caracterizado pela relação entre a metrópole europeia, que
efetuava o povoamento de algumas regiões, intervindo na produção e na circulação de
mercadorias, e a colônia que deveria complementar economicamente a metrópole, forne-
cendo matéria-prima e gêneros primários, enquanto se tornava um mercado consumidor
forçado dos produtos metropolitanos.

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Aula Expansão marítimo-comercial portuguesa
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1. Com a Revolução de Avis (1383-1385), Portugal tornou-se o primeiro Estado Moderno


europeu e passou a reunir condições para que fossem mobilizados recursos necessários
para os empreendimentos marítimos.
2. O empreendimento marítimo português em direção ao ultramar tinha a intenção de buscar
as especiarias altamente valorizadas na Europa diretamente nas suas fontes de produção.
3. A chegada de Colombo à América marcou o início da expansão marítima espanhola, aumen-
tando as rivalidades entre Portugal e Espanha. Apoiado pelo Tratado de Alcáçovas (1479),
o rei de Portugal reclama a posse de parte das terras descobertas. O papa Alexandre VI,
para favorecer os interesses espanhóis, estabeleceu, através da Bula Inter Coetera, uma
divisão em que as terras a oeste de um meridiano traçado polo a polo a 100 léguas das
ilhas de Cabo Verde pertenceriam à Espanha e aquelas a leste pertenceriam a Portugal.
O rei D. João II discordou da divisão, o que aumentou o clima de tensão entre as partes.
Em junho de 1494, é assinado o Tratado de Tordesilhas entre Portugal e Espanha, que
determinou um aumento na distância do meridiano de 100 léguas para 370.

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Aula Civilizações pré-colombianas
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1. Os maias eram divididos em dois grupos sociais: o primeiro era composto pelos gover-
nantes, sacerdotes e guerreiros de alta posição, e o segundo era formado pelo resto da
população.
2. Apesar de terem sido bem recebidos pelo governante asteca Montezuma II, os espa-
nhóis acabaram sendo alvo de uma revolta popular que os expulsou de Tenochtitlán
em 1520. Em 1521, Hernán Cortés invadiu e tomou a cidade de Tenochtitlán, e, em 1524,
executou o rei Cuauhtemoc, colocando fim ao Império Asteca.
3. No Império Inca, as terras pertenciam ao imperador, sendo cedidas aos trabalhadores para
que eles pudessem cultivá-las. Em troca da cessão das terras, esses trabalhadores deve-
riam pagar tributos ao Estado, tendo também outras obrigações, como, por exemplo, a
de trabalhar no cultivo das fazendas estatais.

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Aulas Colonizações espanhola, inglesa e francesa na América
25 e 26

1. As colônias de exploração eram organizadas a partir da implantação de uma atividade


econômica complementar à economia metropolitana em grandes propriedades com
grande controle e interferência da metrópole. Já as colônias de povoamento correspondem
às áreas em que populações europeias que sofriam perseguições políticas e religiosas se
instalavam, geralmente em pequenas e médias propriedades, sendo a economia voltada
para a subsistência e tendo uma relativa autonomia político-administrativa.
2. Uma das características comuns à administração europeia nas colônias americanas está na
existência de um poder local exercido através das Câmaras Municipais. Outra característica
comum às colônias era a existência de um regime de monopólio comercial e de mecanis-
mos voltados ao controle em relação à cobrança de tributos.
3. A sociedade na América Espanhola era dividida em níveis sociais, sendo que o mais alto era
o dos chapetones, que eram espanhóis e ocupavam os cargos mais elevados nas colônias,
seguidos pelos criollos, filhos de espanhóis nascidos na América, e os mestizos, nascidos da
união de europeus com indígenas. Os níveis sociais mais baixos eram ocupados pelos indí-
genas, que trabalhavam de maneira compulsória nas minas, agricultura e obras públicas, e
pelos escravos, que eram considerados mercadorias de seus senhores.
4. Os principais motivos que estimularam o fluxo migratório para a América Inglesa foram
os conflitos religiosos entre católicos e protestantes e o movimento dos enclosures.
5. As colônias do grupo da Nova Inglaterra possuíam uma economia com um certo grau de
complexidade, com o predomínio de pequenas e médias propriedades, além de uma in-
tensa vida urbana. O grupo do Sul era formado por colônias com pouca densidade demo-
gráfica, sendo sua economia predominantemente rural, baseada em grandes proprieda-
des dentro da lógica da plantation. O grupo intermediário abrange as colônias que, devido
à posição central, foram o ponto de partida para a penetração ao interior do território
norte-americano e, por mais que possuíssem características distintas tanto do Sul como
da Nova Inglaterra, tinham mais pontos em comum com as colônias da Nova Inglaterra.
6. A França estabeleceu colônias nas três Américas em momentos distintos. Na América do
Sul, teve a França Antártica e a França Equinocial em território brasileiro, que duraram de
1555 a 1567 e 1612 a 1621, respectivamente. Os franceses conquistaram e fundaram Caiena,
capital da Guiana Francesa, em 1632, além de ocuparem territórios na América Central
e Caribe, onde podemos destacar o Haiti. Na América do Norte, no século XVIII, a França
tinha duas frentes de colonização: Québec e Louisiana, mas perderam grande parte do
território para a Inglaterra no contexto da Guerra dos Sete Anos. Ao final do século XVIII,
restou à França a Guiana, Nova Orleans e as Antilhas.

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Aulas América Portuguesa: aspectos gerais, administração, povoamento
27 e 28 e expansão territorial

1. Portugal dedicou-se à extração do pau-brasil. A partir da implantação do monopólio real


do produto, Portugal enviou expedições para o reconhecimento do território e para o
estabelecimento de feitorias no território brasileiro.
2. As expedições guarda-costeiras portuguesas não eram suficientes para resguardar o territó-
rio da América Portuguesa da atuação de contrabandistas estrangeiros. Sendo assim, para
garantir a posse do território, D. João III enviou a expedição de Martim Afonso de Sousa que,
dentre outras atribuições, possuía a missão de iniciar a colonização do território.
3. O Estado português não teria condições de arcar com os custos que a colonização deman-
daria, sendo assim, através da doação das capitanias hereditárias, ele delegava a tarefa da
colonização à iniciativa privada.
4. Excetuando-se as capitanias de Pernambuco e de São Vicente, as demais não estavam
tendo êxito. Sendo assim, com o intuito de auxiliar as capitanias hereditárias, D. João III
implantou o Governo Geral no Brasil.
5. Dentre as reformas implantadas pelo Marquês de Pombal estavam medidas que buscavam
aumentar o controle do Estado português sobre o comércio colonial.
6. As entradas eram expedições de iniciativa oficial que respeitavam os limites do Tratado
de Tordesilhas enquanto as bandeiras eram expedições de caráter particular que costuma-
vam ultrapassar os limites desse tratado. As monções eram expedições que usavam os
cursos dos rios como vias de penetração no interior do território brasileiro, podendo ser
tanto de caráter oficial quanto privado.

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Aula Domínio estrangeiro e fixação dos limites territoriais na América
29 Portuguesa

1. A implantação da França Antártica possuía motivações econômicas, que podem ser com-
provadas pela presença de armadores bretões e normandos na expedição de Villegagnon,
e motivações religiosas, pois também na expedição havia huguenotes, que, perseguidos
na França, buscavam ter no novo território liberdade de culto.
2. Os Países Baixos estavam em guerra com a Espanha, e, dentro do contexto da União Ibérica,
o Brasil estava sob domínio espanhol. A Holanda, dentro da lógica de produção açucareira,
era incumbida do refino e distribuição do açúcar brasileiro. A Espanha impôs diversas
restrições à Holanda, sendo que uma delas era a proibição de que navios holandeses
atracassem nos portos portugueses. Sendo assim, patrocinados pela Companhia das
Índias Ocidentais, os holandeses, em 1630, tomam o Recife, após uma tentativa frustrada
de se estabelecerem na Bahia em 1624.
3. Com a saída de Maurício de Nassau do governo holandês no Brasil e com um aumento do
fiscalismo da Holanda em relação à cobrança de imposto dos senhores de engenho, há
uma insatisfação dos portugueses e brasileiros de Pernambuco, que deflagram a chamada
Insurreição Pernambucana, que leva à expulsão dos holandeses em 1654.
4. O princípio do uti possidetis usado na concepção do Tratado de Madri significava que a
soberania de determinado território era concedida àquele que ocupasse efetivamente a
área. Sendo assim, uma vasta área do território brasileiro, além do Tratado de Tordesilhas,
que era ocupada por portugueses, foi dada como posse a Portugal.

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Aula América Portuguesa: economia
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1. Dentro do mercantilismo econômico, o Pacto Colonial definia um regime de monopólio


em que a economia colonial deveria ter um papel de complementariedade à economia
metropolitana, sendo que a colônia deveria ser obrigatoriamente consumidora de
produtos da metrópole e fornecedora de produtos para a metrópole.
2. Podemos citar como características da economia colonial o caráter predatório, o uso de
trabalho compulsório – seja o trabalho escravo indígena ou o africano –, a produção em
larga escala – em grandes unidades de produção – e a economia em ciclos.
3. A necessidade de um alto investimento inicial para o empreendimento açucareiro determi-
nava também a exigência de grandes unidades de produção e o uso de mão de obra escrava
em larga escala. Esse tipo de estrutura gerou uma grande concentração de renda e uma elite
proprietária que estendia seu poder para a esfera política, a partir dos postos que ocupavam
nas Câmaras Municipais. Essa sociedade era chamada de sociedade patriarcal.
4. A atividade mineradora gerou diversas mudanças na dinâmica colonial brasileira. Ao con-
trário da estrutura da economia açucareira, a extração mineral exigia um baixo investi-
mento, podendo ser organizada em pequenas e médias propriedades. A descoberta das
jazidas auríferas gerou também um aumento na migração interna de populações a partir
do litoral da Colônia, além, também, de imigrações advindas de Portugal. O eixo econômi-
co colonial acabou se deslocando do Nordeste para o Centro-Sul do país, sendo a capital
do país transferida de Salvador para o Rio de Janeiro em 1763. A mineração também aca-
bou gerando, por parte da Metrópole, a formação de um intenso fiscalismo para que fosse
garantida a arrecadação fiscal. Diferentemente do que ocorria na sociedade açucareira, a
mineração acabou suscitando a formação de uma sociedade urbana, apesar de que a mão
de obra utilizada continuou sendo predominantemente a escrava.

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Aula Rebeliões na América Portuguesa
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1. A Revolta de Beckman foi deflagrada devido às disputas entre os jesuítas, que se dedica-
vam à atividade de catequese dos índios e eram contrários à escravidão indígena, e os co-
lonos do Maranhão, que geralmente não dispunham de recursos suficientes para adquirir
escravos africanos e recorriam à caça dos índios para usá-los como mão de obra escrava.
2. A Guerra dos Emboabas foi um conflito entre os paulistas, primeiros exploradores a
chegarem à região das minas, e as outras pessoas que, paulatinamente, deslocavam-se
para a região e eram denominados “emboabas”, palavra indígena que designa uma ave
que possui pés cobertos de pena.
3. A Conjuração Baiana, ao contrário dos outros movimentos, pode ser considerada como
“a primeira revolução social brasileira”, pois teve grande participação popular, inclusive
de escravos, propondo a separação do Brasil de Portugal e a criação de uma República,
sendo defendida a Abolição da Escravatura.

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Aula Indígenas no Brasil
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1. Os nativos da América eram classificados pelos portugueses em dois grandes grupos: os


tupis, que possuíam uma certa unidade linguística e habitavam o litoral, e os tapuias, que
possuíam culturas e idiomas diversos e habitavam o interior do território.
2. O Diretório dos Índios buscava tirar os povos indígenas da tutela religiosa, colocando-os
sob a autoridade secular, em que um diretor era nomeado pelo governador e deveria agir
como intermediário entre os colonos e os índios. Em 1758, um alvará confirmava as
determinações do Diretório, declarando os índios de todo o Brasil livres e súditos do rei.
3. A Lei de Terras de 1850 estabelecia que as terras indígenas não poderiam ser consideradas
devolutas, pois os índios possuíam um direito originário às terras que ocupavam.

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Aula Iluminismo e despotismo esclarecido
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1. O pensamento iluminista tinha como base a valorização e confiança na ciência e na razão,


colocando em xeque afirmações e verdades que, até então, eram tidas como indiscutíveis,
principalmente em relação às questões de organização social e política, além também das
crenças religiosas. Acreditava-se que, sendo guiadas pelas “luzes da razão”, as pessoas
iriam se ver livres do obscurantismo que levava a abusos e preconceitos.
2. John Locke defendia a existência de um soberano que representasse o Estado, mas que go-
vernasse com poderes limitados. Considerado o teórico do liberalismo político, ele defendia
que os cidadãos deveriam ter direitos fundamentais que não poderiam ser suspensos.
3. Rousseau defendia que todos os homens eram iguais e livres, sendo que as organizações
políticas e sociais deveriam salvaguardar os direitos de cada um.
4. Os déspotas esclarecidos foram governantes que procuraram implantar reformas a partir
das novas ideias iluministas, buscando o fortalecimento do poder do monarca e do
próprio Estado, sem rupturas drásticas, como a Inglaterra e a França experimentaram.

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Aulas Revolução Francesa
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1. Durante a década de 1780, a França vivenciou uma grave crise econômica causada por diver-
sos fatores, entre eles, uma queda brusca na produção agrícola. Ao mesmo tempo, o endivi-
damento público crescia devido aos subsídios dados aos dois estratos sociais privilegiados:
o clero e a nobreza. Sobre o Terceiro Estado, maior parte da população, recaía toda a tribu-
tação. A única solução à crise seria a implementação de reformas no sistema tributário, o
que desagradava o clero e a nobreza. Sendo assim, a crise econômica acabou gerando uma
crise política. Após Luís XVI convocar a Assembleia dos Notáveis, que não concordou com as
mudanças, restou ao rei convocar os Estados Gerais evidenciando a insatisfação do Terceiro
Estado, o que acabou sendo o início das movimentações revolucionárias francesas.
2. A prisão da Bastilha era considerada um símbolo do poder real na França. A tomada do
prédio pelos revoltosos demonstrou o enfraquecimento do Estado absolutista francês,
representando o fim do Antigo Regime.
3. O Terror, durante a Convenção Montanhesa, foi a fase mais radical da Revolução Francesa em
que foi promulgada a “lei dos suspeitos”, que determinava que aqueles que nada tinham feito
contra a revolução, mas que também nada tinham feito a seu favor, eram acusados de trai-
dores. Seguiu-se prisões e execuções em massa, levando à guilhotina cerca de 42 mil pessoas.
4. O período do Diretório foi marcado por uma grande alta da inflação e por diversas denún-
cias de corrupção, além das ameaças que a França sofria das nações absolutistas vizi-
nhas. Nesse momento, em que há a possibilidade de que grupos políticos mais radi-
cais tomem novamente o poder político, o general Napoleão Bonaparte, apoiado pela
burguesia, dissolve o Diretório e estabelece um novo governo denominado Consulado,
episódio esse conhecido como Golpe do 18 Brumário.

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Aula Período Napoleônico e Congresso de Viena
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1. Napoleão, durante o período do Consulado, tomou medidas como a instituição de


prefeitos e subprefeitos, a criação do Banco da França, a instituição do Código Civil, a
Concordata com a Igreja e o grande investimento na educação pública.
2. Napoleão não conseguia derrotar militarmente a poderosa marinha inglesa, sendo assim,
ele tentou minar as forças inglesas decretando o bloqueio dos portos ingleses, determi-
nando que a França e nenhum aliado poderiam estabelecer relações comerciais com a
Inglaterra. Esse ato foi denominado Bloqueio Continental.
3. Napoleão em 1812 reuniu um grande exército para invadir a Rússia. Conforme o Exército
napoleônico avançava, o czar determinou uma política de terra arrasada que impossibi-
litava as forças napoleônicas de se beneficiar dos territórios conquistados. A falta de
suprimentos, juntamente ao rigoroso inverno russo, às doenças e às baixas em combates,
reduziram as forças de Napoleão de 600 mil homens para 100 mil.
4. O Congresso de Viena foi guiado pelos princípios da restauração, da legitimidade, do equi-
líbrio de poder e das fronteiras geográficas. Segundo a deliberação do congresso, os
legítimos governantes que ocupavam seus respectivos tronos antes da revolução deve-
riam ser restaurados ao poder, bem como deveriam ser restauradas as antigas fronteiras
de cada um dos países. O princípio do equilíbrio de poder determinava que os recursos
humanos e materiais deveriam ser repartidos entre as potências, para que nenhuma delas
se tornasse mais poderosa que as outras. Para isso, as fronteiras determinadas deveriam
ser mantidas, a fim de evitar que alguma dessas potências anexasse territórios e, com os
recursos da região, se tornasse superior e rompesse o equilíbrio.

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Aulas Revolução Industrial e Revolução Intelectual
37 e 38

1. Podemos relacionar o pioneirismo britânico a um conjunto de fatores, como, por exemplo,


a expansão comercial da Inglaterra, que gerou uma grande acumulação de capitais que
puderam ser aplicados no empreendimento industrial; o progresso científico do período,
que levou à criação de máquinas para serem utilizadas nas indústrias; a existência de um
sistema político-econômico baseado numa monarquia parlamentar e no liberalismo eco-
nômico, defendendo a livre concorrência, opondo-se ao mercantilismo econômico; a dis-
ponibilidade de abundante mão de obra no país; a existência de um sistema de transporte
que integrava as regiões produtoras de matérias-primas aos centros manufatureiros e ao
mercado de consumo.
2. Durante a Segunda Revolução Industrial houve uma mudança na matriz energética utiliza-
da na produção industrial (com a adoção do petróleo e da eletricidade), assim como uma
maior divisão e especialização do trabalho. Nesse período, passou a haver uma supremacia
do capitalismo financeiro, com o controle das empresas pelos bancos. A busca por maté-
rias-primas e por novos mercados consumidores gerou uma concorrência entre os países
industrializados por novas áreas de influência na Ásia e na África, num movimento conhe-
cido como imperialismo.
3. O movimento luddista surge a partir da ideia de que o crescente desemprego na Inglaterra
no início do século XIX havia sido causado pelo intenso uso de máquinas nas indústrias.
Sendo assim, os aderentes ao movimento defendiam a destruição das máquinas.
4. Os anarquistas eram contra todas as formas de governo e defendiam a eliminação de toda
autoridade. A sociedade deveria ser gerida pela “ação direta”, sem participação em proje-
tos eleitorais, sem classes sociais ou partidos. Eles defendiam o fim da propriedade priva-
da, sendo a favor da coletivização dos meios de produção.

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Aula Revoluções de 1830 e 1848
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1. A Revolução de 1830 na França foi motivada pela postura absolutista do rei Carlos X, que
procurou eliminar as liberdades que haviam sido estabelecidas pela Constituição de 1814.
Uma das modificações dizia respeito a alterações no sistema eleitoral. Essa conduta do rei
acabou motivando, em 27 de julho de 1830, a eclosão de diversas manifestações, sendo
erguidas barricadas em Paris, durando três dias de batalhas em que as forças que defendiam
Carlos X foram derrotadas.
2. As Revoluções de 1830 na Europa podem ser caracterizadas como revoluções liberais,
pois combatiam regimes absolutistas em nome da implantação de regimes constitucionais.
Outra característica que podemos destacar está no caráter nacional dos movimentos,
pois, além da supressão do absolutismo, lutava-se também pela independência da nação
que estava sob o jugo de outra, ou pela unificação nacional.
3. As Revoluções de 1848, além do caráter liberal e nacional que as de 1830 possuíam, também
tinham um caráter social, principalmente em Paris, onde claramente havia a presença
de um ideário socialista.
4. A Revolução de 1848 levou à abdicação do rei Luís Filipe e, posteriormente, à Proclamação
da República pela oposição. Foi estabelecido um novo sistema eleitoral baseado no
sufrágio universal, aumentando a participação popular dos franceses nas eleições. As
eleições ocorreram em dezembro de 1848, sendo eleito Luís Napoleão, sobrinho de
Napoleão Bonaparte. Paulatinamente, Luís Napoleão assumiu posições conservadoras
e, em 1851, ele articulou um golpe de Estado, colocando um fim na Segunda República
Francesa, estabelecendo uma nova monarquia sendo ele o rei sob o título de Napoleão III.

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Aula Unificações: Itália e Alemanha
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1. O Risorgimento ou “ressurreição” foi um movimento que surgiu entre intelectuais na


década de 1830 propondo, sem a definição de uma tendência política, difundir e lutar
pelos ideais de independência e unificação da Itália.
2. Camilo Benso, conde de Cavour, era ministro do rei da Sardenha Vítor Emanuel II, sendo o
principal artífice da unificação italiana. Ele acreditava que era necessário o auxílio estran-
geiro para colocar em prática o processo de unificação, e, principalmente, era fundamen-
tal anular o poder da Áustria na região. Sendo assim, Cavour dedicou-se a articular
alianças e apoio militar, principalmente vindo da França, para conseguir alcançar o êxito
desejado. Cavour morreu em junho de 1861, pouco tempo depois de Vítor Emanuel II
ser proclamado rei da Itália (17 de março de 1861).
3. O Zollverein foi criado em 1819 e consistia em uma união aduaneira entre os Estados
germânicos, em que eram extintas as barreiras alfandegárias entre eles. Essa medida, em
que se buscou uma unidade econômica, auxiliou o processo de unificação política.
4. A Guerra Franco-Prussiana tem origem na questão da sucessão do trono espanhol, que
estava vago desde 1868. O governo francês se opunha à candidatura de Leopoldo de
Hohenzollern ao trono espanhol (que havia sido proposta pelo governo provisório
espanhol), pois acreditava que, por ser parente do rei da Prússia, se ele ocupasse o trono,
reforçaria ainda mais o poder prussiano na Europa. Mesmo após a renúncia de Leopoldo
ao trono, uma série de incidentes diplomáticos opuseram França e Prússia, até que, em
19 de julho de 1870, a França declarou guerra à Prússia.

Ciências Humanas e suas Tecnologias – 3ª Série – Módulo 2 – Resolução História 16


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