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Introdução

 Os impérios coloniais europeus surgiram dentro do contexto das grandes navegações.
Portugal foi a primeira nação a se aventurar no mar com objetivo de estabelecer colônias em
áreas remotas, processo este iniciado no século XV. E a ele, seguiram-se outras nações,
principalmente Espanha, Inglaterra, Holanda e França. O ciclo findou no século XX. É
verdade que a ideia de colonização já existia no mundo antigo, várias cidades gregas, por
exemplo, fundaram colônias.  Mas, somente a partir do século XV foi possível o surgimento
de impérios coloniais que varriam grandes extensões de terra sem contiguidade, que
continham partes em porções isoladas nos continentes, com as comunicações entre a
metrópole e a colônia realizadas por meio de longas navegações, nos mais variados mares.
Analisaremos sinteticamente os impérios coloniais da Inglaterra, Holanda, Espanha, Portugal
e França, nesta ordem. E as análises dos dois primeiros formam uma “primeira parte” e as dos
restantes uma “segunda parte”.    

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Império Colonial Holandês

Império Colonial Holandês, também conhecido como Império Colonial


Neerlandês ou Império dos Holandeses (em neerlandês: Het Nederlandse Koloniale Rijk),
ou simplesmente como Império Neerlandês, eram os territórios ultramarinos e postos de
comércio controlados e administrados por empresas majestáticas holandesas (principalmente
os holandeses Companhia Holandesa das Índias Ocidentais e da Companhia Holandesa das
Índias Orientais) e, posteriormente, pela República Neerlandesa (1581-1795) e pelo moderno
Reino dos Países Baixos depois de 1815. Inicialmente, era um sistema baseado
no comércio que derivava a maior parte de sua influência da empresa mercantil e do controle
holandês das rotas marítimas internacionais através de postos avançados estrategicamente
posicionados, ao invés de empreendimentos territoriais expansivos. Com algumas notáveis
exceções, a maioria das propriedades ultramarinas do império colonial holandês consistia em
fortes costeiros, fábricas e assentamentos portuários com diferentes graus de incorporação de
seu interior e regiões vizinhas. As companhias majestáticas holandeses muitas vezes ditavam
que suas posses deviam ser mantidas o mais confinadas quanto possível, a fim de evitar gastos
desnecessários, e, enquanto alguns lugares, como a Colônia do Cabo (atual África do Sul) e
as Índias Orientais Holandesas (atual Indonésia) expandiram-se de qualquer maneira (devido
à pressão de colonos holandeses de mentalidade independente do governo), outros
permaneceram como centros de comércio isolados e subdesenvolvidos, dependentes de uma
nação anfitriã nativa. Isto refletia o propósito primordial do império colonial holandês: o
intercâmbio comercial em oposição à soberania sobre terrenos homogêneos.

As ambições imperiais dos holandeses foram reforçadas pela força de sua indústria
naval, bem como pelo papel fundamental que desempenharam na expansão do comércio
marítimo entre a Europa e o Oriente. Como as pequenas empresas comerciais europeias
frequentemente não tinham o capital ou a mão de obra para operações de larga escala,
os Estados Gerais fundaram as duas Companhias Holandesas das Índias no início do século
XVII.. Estas foram consideradas as maiores e mais extensas empresas de comércio marítimo
da época e detinham o monopólio virtual das rotas marítimas europeias estratégicas para o
oeste, através do hemisfério sul em torno da América do Sul pelo Estreito de Magalhães, e
para o leste, ao redor da África, além do Cabo da Boa Esperança.. O domínio das empresas
no comércio global contribuiu grandemente para uma revolução comercial e um florescimento
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cultural nos Países Baixos do século XVII, conhecido como a Era de Ouro Holandesa. Em sua
busca por novas passagens comerciais entre a Ásia e a Europa, navegadores holandeses
exploraram e mapearam regiões distantes como Nova Zelândia, Tasmânia e partes da costa
leste da América do Norte.

No século XVIII, o império colonial holandês começou a declinar como resultado


da Quarta Guerra Anglo-Holandesa, entre 1780 e 1784, na qual a Holanda perdeu algumas de
suas possessões coloniais e vendeu monopólios ao Império Britânico.[7] No entanto, grandes
porções do império sobreviveram até o advento da descolonização global após a Segunda
Guerra Mundial (1939-1945), ou seja, as Índias Orientais (Indonésia) e a Guiana
Holandesa (Suriname). Três antigos territórios coloniais nas ilhas das Antilhas ao redor do
Mar do Caribe - Aruba, Curaçao e Sint Maarten - permanecem como países constituintes
representados no Reino dos Países Baixos.

África

Angola

Angola foi atacada pelos neerlandeses em 1624. Os neerlandeses ocuparam Angola


em 1641 para assegurar a mão de obra escrava em Pernambuco. O rei angolano Mwene
Kongo formou uma aliança com os portugueses, que reconquistaram Angola em 1648.

Império Inglês

Era denominado Império Colonial Britânico um conjunto de domínios, colônias,


protetorados, mandatos e territórios governados ou administrados pela Inglaterra. Maior
império colonial de seu tempo, originou-se através das colônias e entrepostos estabelecidos
pela Inglaterra (importante notar que ainda não se tratava do Reino Unido, edificado
posteriormente) em fins do século XVI e início do século XVII. Seu apogeu ocorre durante
praticamente todo o século XIX, fazendo de sua metrópole uma potência global.

Permanecendo à margem da Era dos Descobrimentos, França, Países Baixos e


Inglaterra decidem entrar tardiamente na corrida pelo estabelecimento de colônias.
Lentamente, durante um século e meio, em meio a uma série de guerras contra Países Baixos
e França, dentro e fora da Europa, a já formada Grã-Bretanha (em 1707) irá se tornar potência
dominante na América do Norte e na Índia.

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Logo depois, porém, as treze colônias de povoamento da América do Norte irão conquistar a
independência ante a já estabelecida potência marítima, aplicando a esta uma humilhante
derrota.

Após este temporário revés, o país irá voltar suas atenções para a África, Ásia e
Pacífico, muito disso explicável pela Doutrina Monroe elaborada pelos norte-americanos, de
que as potências europeias deveriam abster-se de interferir nos assuntos relativos ao
continente, sendo agora missão dos EUA (corroborada pela ideia trazida pelo "destino
manifesto") de tutelar os destinos dos nações subdesenvolvidas do continente americano. A
derrota da França Napoleônica pouco depois irá dar ao recém-formado Reino Unido um
predomínio indiscutível ante as grandes potências europeias. O governo da Rainha Vitória
(1837 - 1901), ou "período vitoriano" marca o auge da predominância britânica no mundo,
onde o pais era o mais industrializado de todos, sempre inovador no campo tecnológico,
tornando-se por isso mesmo um centro mundial de pesquisa e conhecimento, com suas
universidades atingindo um nível de excelência inédito. Isso sem contar o domínio amplo das
principais rotas marítimas, dos principais entrepostos comerciais do planeta, e dono de um
império cuja extensão territorial superava a de todas as outras potências. Aliás, em 1877,
quando o primeiro-ministro Benjamin Disraeli declara a rainha Vitória imperatriz da Índia, é
que proclama-se formalmente a instituição de um "Império Britânico", de fato e de direito.

A principal jóia do império colonial britânico era a Índia, que funcionava como centro
fornecedor e também consumidor de boa parte da produção do império. O "British Raj", nome
pelo qual o domínio britânico na Índia era referido, durou cerca de um século, da metade do
século XIX até pouco depois da Segunda Guerra Mundial.

Apesar de sair vitoriosa das duas Guerras Mundiais, a força do Reino Unido como
potência foi encolhendo aos poucos. O país saiu extremamente enfraquecido das duas guerras,
muitos setores industriais foram extintos devido à concorrência de outras potências (em
especial Estados Unidos, e Japão e Alemanha no pós-Segunda Guerra). Em 1947, o país
retira-se da Índia, e no fim da década de 50, a presença britânica na África começa a ser
desmantelada, começando por Gana. Atualmente, o Reino Unido ainda possui colônias, muito
delas localizadas no Mar do Caribe, sendo possessões geralmente de dimensões diminutas, do
tamanho de municípios médios brasileiros.

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Império Francês

O Primeiro Império Francês (em francês: Empire Français), também conhecido


como o Grande Império da França ou ainda o Império Napoleônico, foi um império
construído por Napoleão Bonaparte. No auge do seu poder, no começo do século XIX,
dominava quase toda a Europa ocidental.

Durante o longo processo da Revolução Francesa, em 1799, com um golpe


militar, Napoleão Bonaparte tomou o poder na França. Logo em seguida foi instituído
o Consulado e ele se tornou primeiro-cônsul. Em 1802, foi proclamado cônsul vitalício e, dois
anos depois, ele se autoproclamou imperador.

Nos quinze anos em que permaneceu no poder, Napoleão construiu um dos maiores
mitos da história. Admirador do general romano Júlio César, acalentava o desejo de
transformar a França na maior potência mundial. E não mediu esforços para alcançar seu
objetivo. Governando de forma ditatorial, arrastou grande parte da Europa à guerra. Em 1810,
já controlava quase toda a porção ocidental do continente, faltando apenas o Reino Unido.

Com suas conquistas, vários governos absolutistas foram extintos e os ideais da Revolução
Francesa se disseminaram. No plano interno, Napoleão conseguiu restabelecer a estabilidade
política e criou uma infraestrutura capaz de impulsionar os negócios burgueses na França.

A expansão da revolução
As guerras travadas pela França contra as várias coalizões de outras potências
europeias entre 1792 e 1815 estavam interligadas, em termos tanto estratégicos quanto
constitucionais, pelo programa político da Revolução Francesa. Seu objetivo era pôr fim às
autocracias do Estado territorial (Império Austríaco, Império Russo, Reino da Prússia, por
exemplo) e substituir tais regimes na liberdade política e na igualdade jurídica da população.

Se o povo era a fonte da legitimidade política, então cabia-lhe também a


responsabilidade de defender seus próprios direitos de eventuais ataques. O direito de voto
acarretou o dever do serviço militar. Exércitos recrutados tomaram o lugar das pequenas
forças profissionais do Estado territorial.

Embora a França acabasse sendo derrotada, o resultado constitucional das guerras


travadas entre 1792 e 1815 não foi a restauração dos antigos regimes dos Estados territoriais.
As inovações francesas logo foram reproduzidas de maneira meticulosa e implementadas com
grande vigor na Prússia.
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Conclusão

Os processos de ocupação da África, Ásia e América Colonial por nações européias


obedeceu características específicas para cada metrópole, que resultaram em diferentes formas
de colonização. Sabemos que espanhóis e portugueses, por terem largado na frente no
contexto das Grandes Navegações acabaram por ocupar grande parte do chamado mundo
novo.

No entanto, nações como França, Inglaterra e Holanda participaram ativamente do


processo de conquista, seja por meio da pirataria ou através do estabelecimento de colônias
próprias. Aos holandeses cabe citar também o importante papel que desempenharam no
desenvolvimento do mercado do açúcar produzido por colonos portugueses no nordeste
brasileiro: eles foram os maiores financiadores da produção, sendo também os principais
distribuidores do produto no mercado europeu.

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Referências Bibliográficas

https://www.filantropia.ong/informacao/a-influ%C3%AAncia-da-cultura-na-forma
%C3%A7%C3%A3o-do-cidad%C3%A3o

http://www.montfort.org.br/bra/veritas/historia/imperios-coloniais-parte-1/

https://pt.slideshare.net/DiogoChico8c/o-imprio-holands-e-ingls

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Índice

Introdução...................................................................................................................................1
Império Colonial Holandês.........................................................................................................2
África..........................................................................................................................................3
Angola.................................................................................................................................3
Império Inglês.............................................................................................................................3
Império Francês..........................................................................................................................5
A expansão da revolução.........................................................................................................5
Conclusão....................................................................................................................................6
Referências Bibliográficas..........................................................................................................7

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