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Administracao
çã
de Pessoas
2ª Edição
Curitiba
2018
Ficha Catalográfica elaborada pela Fael. Bibliotecária – Cassiana Souza CRB9/1501
FAEL
Direção Acadêmica Francisco Carlos Sardo
Coordenação Editorial Raquel Andrade Lorenz
Revisão Elaine Monteiro
Projeto Gráfico Sandro Niemicz
Diagramação Mariana Buôgo Ferro
Imagem da Capa Shutterstock.com/abstract
Arte-Final Evelyn Caroline dos Santos Betim
Sumário
Carta ao Aluno | 5
Conclusão | 155
Referências | 157
Carta ao aluno
Bons estudos!
– 6 –
1
Evolução da gestão
de pessoas
Objetivo de aprendizagem:
22 Descrever, compreender e caracterizar as principais fases da Gestão
de Pessoas.
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Evolução da gestão de pessoas
Importante
Organizações podem ser entendidas como sendo a coordena-
ção planejada de atividades realizadas, por várias pessoas, para o
alcance de um objetivo comum, por meio da divisão de trabalho e
seguindo uma hierarquia de autoridade e responsabilidade.
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Administração de Pessoas
Saiba mais
A Colgate-Palmolive assenta suas ações em três valores corpora-
tivos centrais: respeito, trabalho em equipe e melhoria contínua.
Tais valores refletem-se não só na qualidade dos bens e na imagem
organizacional, mas também na preocupação com a comunidade
ao seu entorno. Para tanto, a Gestão de Pessoas foca-se em práti-
cas que possibilitam o desenvolvimento dos colaboradores. Atrair,
desenvolver e manter pessoas talentosas é uma de suas prioridades.
Para garantir o desenvolvimento e a satisfação dos funcionários, ofe-
rece oportunidades globais de carreira e acesso a treinamentos e
programas de desenvolvimento de alta qualidade.
Fonte: GestãoRH (2012).
– 10 –
Evolução da gestão de pessoas
Você sabia
Que a Administração de Pessoas tem vários sinônimos? Depen-
dendo da região, da empresa ou mesmo do contexto histórico a que
tivermos nos referindo, esta subárea também é conhecida como, por
exemplo, Departamento Pessoal, Relações Industriais, Administração
de Pessoal, Administração de Recursos Humanos, Gestão de Pes-
soas, Gestão de Pessoal e, ainda, Gestão do Capital Humano.
Somente a partir da
Escola das Relações Humanas
é que os fatores sociais e psi-
cológicos dos trabalhadores
passaram a ser considerados
na questão da produtividade.
As empresas adotaram novas
medidas com os funcionários:
as pessoas, que antes eram tratadas como máquinas, passaram a ter menor frag-
mentação das atividades laborais e regras e controles menos rigorosos.
– 12 –
Evolução da gestão de pessoas
– 13 –
Administração de Pessoas
tais como: férias, benefícios, horas extras, aviso prévio, jornada de trabalho,
salário mínimo e fim de semana remunerado.
Saiba mais
Com a crise mundial de 1929, o governo brasileiro passou a intervir
na economia de maneira mais incisiva, através do consumo de bens
e serviços, bem como na oferta de produtos e serviços (serviço
público), objetivando impulsionar a industrialização através da subs-
tituição das importações. Isso ocasionou uma demanda de mão de
obra, tanto por parte da iniciativa privada como no serviço público.
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Evolução da gestão de pessoas
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Administração de Pessoas
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Evolução da gestão de pessoas
Saiba mais
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Evolução da gestão de pessoas
Resumindo
A evolução da Administração de Pessoas está relacionada com o cresci-
mento das organizações considerando-se, também, os fatores políticos, eco-
nômicos e sociais. Ela originou-se da necessidade de controlar as pessoas. Sua
denominação inicial é a de Relações Industriais. Na transição para a fase da
Administração de Recursos Humanos, ela assume o caráter legal e, aos pou-
cos, a ênfase burocrática e operacional tornou-se voltada para o indivíduo e
suas relações com os demais elementos da organização.
Nas últimas quatro décadas, a função deixou de ser caracterizada pelo
nível tático e intermediário, voltando-se para o nível estratégico da empresa
e, assim, passou a ser denominada como Gestão de Pessoas.
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2
A gestão de pessoas em
um ambiente dinâmico
e competitivo
Objetivo de aprendizagem:
22 Identificar os principais fatores influenciadores da Gestão de Pes-
soas contemporânea.
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A gestão de pessoas em um ambiente dinâmico e competitivo
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Administração de Pessoas
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A gestão de pessoas em um ambiente dinâmico e competitivo
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Administração de Pessoas
Saiba mais
Segundo o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq), na área do conhecimento Ciências Sociais
Aplicadas, entre as diferentes subáreas, destacam-se: Direito,
Administração, Ciências Contábeis e Economia. Fonte: Portal do
CNPq (2014).
Saiba mais
O economista Joseph Schumpeter talvez tenha sido o pensador
mais influente de todos os tempos sempre que se pensa em inova-
ção, empreendedorismo e capitalismo (MCGAW, 2014).
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A gestão de pessoas em um ambiente dinâmico e competitivo
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Administração de Pessoas
2.1.4 A inovação
Para os propósitos deste capítulo, as inovações aqui tratadas englobam
não somente as novas tecnologias de produção, mas também os modos de
produzir. Em outras palavras, as inovações podem ser tecnológicas e organi-
zacionais. Portanto, a noção de inovação é aqui entendida de maneira ampla
o suficiente para englobar fatores como geração e difusão de novos bens e
serviços, novos processos e novos mercados.
um termo da Economia,
e não da tecnologia. Mais
ainda, inovação não é
invenção e pode significar
a descoberta de novos usos
para produtos (bens ou ser-
viços) antigos. Portanto,
pode ser definida como a
tarefa de dotar os recursos humanos e materiais de nova e maior capacidade
de produzir riquezas.
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A gestão de pessoas em um ambiente dinâmico e competitivo
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Administração de Pessoas
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A gestão de pessoas em um ambiente dinâmico e competitivo
Saiba mais
O Modelo de Excelência da Gestão® (MEG) é baseado em 13
fundamentos e oito critérios. Como fundamentos, podemos definir os
pilares, a base teórica de uma boa gestão. Esses fundamentos são colo-
cados em prática por meio dos oito critérios, conforme figura a seguir.
Pessoas
Processos
Sociedade
Inf
orm
n to ações
e Conhecime
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Administração de Pessoas
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A gestão de pessoas em um ambiente dinâmico e competitivo
Resumindo
No cenário da nova Economia, os cargos industriais, ocupados por profis-
sionais de baixa qualificação, foram reformulados e, portanto, passou-se a reque-
rer especialistas qualificados, denominados trabalhadores do conhecimento.
A Gestão de Pessoas, neste ambiente dinâmico e competitivo, carac-
teriza-se pela participação, pelo envolvimento e pelo desenvolvimento das
diferentes pessoas que a compõem. Cabe à área de Gestão de Pessoas a função
de humanizar as empresas.
A humanização das organizações vai ao encontro das exigências da nova
Economia, que pede às pessoas um trabalho predominantemente mental, com
agilidade, inovação, flexibilidade e criatividade para enfrentar as contingências
que surgem diariamente e assegurar a sustentabilidade das organizações.
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3
Planejamento estratégico
da gestão de pessoas
Objetivo de aprendizagem:
22 Compreender e relacionar a importância do Planejamento Estraté-
gico como orientador da definição das políticas e práticas da Ges-
tão de Pessoas.
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Planejamento estratégico da gestão de pessoas
Saiba mais
As potenciais consequências do cumprimento do contrato psicoló-
gico são: aumento da satisfação, do comprometimento e do desejo
de permanecer na organização. Entretanto, quando há a quebra deste
contrato, verifica-se um aumento da insatisfação e, consequente-
mente, do desejo de sair da organização. Fonte: Flood et al. (2001).
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Administração de Pessoas
Importante
A Gestão Estratégica de Pessoas é um processo estruturado de
interação das pessoas, entre si, e com a organização e/ou negó-
cio de forma a construir um projeto coletivo de desenvolvimento.
Assim, os funcionários são considerados partes integrantes da
empresa, sentindo-se valorizados e comprometidos com os obje-
tivos da organização. Isso gera um sentimento de pertencimento,
cria-se uma relação de compromisso mútuo, no qual o empregador
trata o funcionário, não como um custo a ser controlado, mas como
um ativo a ser desenvolvido (DUTRA, 2006).
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Planejamento estratégico da gestão de pessoas
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Administração de Pessoas
3.2.1 Planejamento
O planejamento é a primeira função do processo administrativo. Depois
de planejar, é preciso organizar, direcionar, coordenar e controlar os recursos
envolvidos nas diferentes atividades administrativas.
O planejamento está relacionado com os seguintes elementos: objetivo
(o que realizar, quando e como) e meta. É preciso, assim, definir recursos
financeiros, humanos, logísticos, tecnológicos, mercadológicos e materiais;
estipular prazos e responsáveis pela execução das diretrizes ali elencadas.
Cabe lembrar que o planejamento pode se dar em três níveis: superior,
envolvendo decisões estratégicas (planejamento estratégico); intermediário,
envolvendo decisões táticas/administrativas (planejamento tático); e inferior,
envolvendo decisões operacionais (planejamento operacional).
3.2.3 Negócio
O negócio é o entendimento do principal benefício esperado pelo cliente.
Por exemplo: o negócio da Kopenhagen é presentes finos. A sua definição é de
suma importância para definir estratégias, envolvendo seu âmbito de atuação,
o conjunto de necessidades a atender e o afunilamento da concorrência.
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Planejamento estratégico da gestão de pessoas
Saiba mais
A reflexão do dirigente da Kopenhagen levou-o a redirecionar sua
estratégia. Ao definir que seu negócio não é chocolate (visão míope)
e sim presentes finos (visão estratégica), tomou a seguinte decisão
estratégica em relação à precificação: se o negócio fosse chocolate, a
empresa teria de estar concorrendo com a Lacta, Garoto etc., numa
mesma faixa de preço. Sendo o negócio definido como presentes
finos, pode-se praticar preços superiores, pois o cliente está com-
prando um presente feito de chocolate e não apenas chocolate. Fonte:
Bolgari Consultoria Gestão e Negócios Ltda. (2014).
3.2.4 Missão
A missão: é a razão de existir da empresa no seu negócio. Em relação aos
seus principais benefícios, podemos dizer que ela: orienta a “partida” (saber
o que fazer dentro do negócio para ser diferente das outras); atrai, motiva e
retém talentos; orienta a formulação de objetivos; e ajuda a aumentar a pro-
dutividade. É importante destacar que a missão deve explicitar: o que, como
e onde fazer e com que responsabilidade social.
3.2.5 Princípios
Os princípios estão relacionados com o posicionamento da empresa face
aos stakeholderes. Ou, ainda, é o conjunto de valores que balizam a organiza-
ção no cumprimento de sua missão.
3.2.6 Visão
A visão é a imagem que a organização tem a respeito de si própria e do
seu futuro, ou seja, daquilo que pretende ser. A definição da visão ajuda na
descrição de um alvo a ser alcançado e que possibilita compreender melhor
quais ações serão necessárias para alcançá-lo.
A declaração da visão ajuda a motivar as pessoas para cumprir o objetivo
organizacional e mostrar para os investidores, clientes e demais interessados
que a organização está indo na direção certa.
Para exemplificar, pensemos na visão do Aché Laboratórios S.A.: “Ser o
melhor laboratório farmacêutico do Brasil, preferido pelos consumidores e
profissionais da saúde, por viabilizar o acesso a produtos e serviços inovadores
que proporcionam saúde e bem-estar para toda a população”.
Tomando como base a visão declarada, a área de Gestão de Pessoas
deverá concentrar seus esforços no recrutamento e na seleção de profissio-
nais especialistas no desenvolvimento de produtos farmacêutico, deverá
investir em treinamento para manter seu corpo funcional constantemente
atualizado e criar condições para que as pessoas possam inovar. Além
disso, a empresa poderá investir num canal de comunicação com seus
consumidores para obter informações que ajudem a melhorar seus pro-
cessos e produtos.
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Planejamento estratégico da gestão de pessoas
Saiba mais
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Administração de Pessoas
3.2.8 Objetivos
Os objetivos estão relacionados com o resultado que a empresa deve
alcançar em prazo determinado para concretizar sua visão.
Em relação aos seus principais benefícios de objetivos bem definidos, podemos
mencionar: detalham e quantificam a visão; fundamentam a avaliação de desem-
penho; orientam: o processo decisório, o plano de investimentos e a formulação de
estratégias; atraem e mantêm talentos; tiram a empresa da “zona de conforto”.
Para a formulação dos objetivos, é preciso: definir o horizonte de plane-
jamento; os campos de ação (mercadológico, econômico-financeiro, contri-
buições ao desenvolvimento socioeconômico etc.).
3.2.9 Estratégias
As estratégias estão relacionadas com aquilo que a empresa decide fazer e
não fazer, considerando o ambiente para concretizar a visão e atingir os obje-
tivos, respeitando os princípios, visando cumprir a missão no seu negócio.
Em relação aos seus principais objetivos, dizemos que as estratégias:
apoiam a escolha de caminhos (aproveitando oportunidades); criam diferen-
cial competitivo; orientam o marketing; motivam a equipe; orientam o recru-
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Planejamento estratégico da gestão de pessoas
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Planejamento estratégico da gestão de pessoas
Missão da Organizaç ão
Objetivos Organizacionais
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Administração de Pessoas
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Planejamento estratégico da gestão de pessoas
Resumindo
A Gestão Estratégica de Pessoas e a estratégia da organização são influen-
ciadas mutuamente, uma vez que a estratégia da organização é determinada
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Administração de Pessoas
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4
Processos de gestão
de pessoas
(subsistema provisão)
Objetivo de Aprendizagem
22 Analisar e compreender a abrangência sistêmica da área de Gestão
de Pessoas e descrever as características das principais atividades
pertinentes ao subsistema de provisão.
Você sabia
Que a política de Gestão de Pessoas, que direciona os processos de
recrutamento e seleção, de treinamento, bem como de remuneração e
carreira, desempenha um papel fundamental no sentido de decifrar os
padrões culturais de uma organização? Fonte: Fleury e Fisher (1996).
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Processos de gestão de pessoas (subsistema provisão)
Saiba mais
A cultura organizacional é o conjunto de pressupostos básicos que um
grupo inventou, descobriu ou desenvolveu ao aprender como lidar
com os problemas de adaptação externa e integração interna e que fun-
cionaram bem o suficiente para serem considerados válidos e ensinados
a novos membros como a forma correta de perceber, pensar e sentir,
em relação a esses problemas. Fonte: Schein (1991).
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Administração de Pessoas
Saiba mais
Business intelligence é a tradução do termo “Inteligência de Negócios”,
que, significa, resumidamente, coletar dados de diversas fontes, orga-
nizá-los, analisá-los e compartilhá-los com os executivos mais importantes
da empresa. Estes então transformam essas informações relevantes em
decisões importantes para o futuro da empresa. Fonte: It4biz (2014).
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Processos de gestão de pessoas (subsistema provisão)
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Administração de Pessoas
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Processos de gestão de pessoas (subsistema provisão)
a. Pesquisa de Mercado
As diferentes vagas disponíveis por um conjunto de empresas e os poten-
ciais e reais candidatos a uma vaga
Figura 3: Mercado de Trabalho. são os elementos centrais daquilo
que denominamos de Mercado de
Trabalho e de Mercado de Recur-
sos Humanos.
Fonte: Shutterstock (2014).
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Administração de Pessoas
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Processos de gestão de pessoas (subsistema provisão)
Saiba mais
Assista a este episódio e forme sua opinião a respeito desta reporta-
gem: <http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2011/02/especialis-
tas-alertam-para-apagao-de-mao-de-obra-em-algum-setores.html>.
b. Recrutamento e Seleção
Quando uma empresa precisa encontrar alguém para ocupar um cargo
ou trabalho dentro da organização, ela lança no mercado a divulgação de
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Administração de Pessoas
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Processos de gestão de pessoas (subsistema provisão)
uma vez que a organização busca escolher somente profissionais capazes e com
bons desempenhos. Para tanto, utiliza como subsídios de suas escolhas as téc-
nicas de planejamento de pessoal, análise de cargos, política salarial, avaliação
de desempenho, avaliação de potencial, plano de carreiras e treinamentos.
Para Chiavenato (2008), o recrutamento interno apresenta como van-
tagens a possibilidade de aproveitar melhor o potencial humano da organiza-
ção; motivar o desenvolvimento profissional dos atuais funcionários; incenti-
var a permanência deles na empresa; minimizar os custos relacionados com a
contratação de pessoal.
Por outro lado, suas principais desvantagens são: manter e conservar
a cultura organizacional; bloquear a entrada de novas ideias, experiências e
expectativa; e manter inalterado o patrimônio humano.
O recrutamento externo, por sua vez, é aquele que busca candida-
tos potencialmente qualificados que estão inseridos no Mercado de Recur-
sos Humanos. Trata-se de um processo que tem início com a entrega do
curriculum vitae à organização. As técnicas frequentemente utilizadas são:
anúncios em jornais e revistas; agências de emprego; contato com esco-
las e universidades; cartazes; indicações de funcionários e banco de dados
(CHIAVENATO, 2008).
Assim, como o recrutamento interno, o externo apresenta vantagens
e desvantagens. Os principais pontos positivos são: introduzir novos talen-
tos, destrezas e conhecimentos na organização; aumentar seu o capital; e;
renovar a cultura organizacional. As desvantagens são: afetar negativamente
a motivação dos atuais funcionários; reduzir a fidelidade deles ao dar opor-
tunidade para pessoas desconhecidas; aumentar os custos operacionais rela-
cionados à contratação; e exigir a oferta de treinamento introdutório para os
recém-contratados.
Destacamos que outra possibilidade é o processo de atração ser iniciado
com o recrutamento interno e depois partir-se para o externo e vice-versa.
Neste caso, chamamos de recrutamento misto.
Quando a empresa possui informações e cadastros adequados, já atraiu
os candidatos suficientes e/ou disponíveis para a vaga, inicia-se uma nova
etapa, o processo de seleção.
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Administração de Pessoas
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Processos de gestão de pessoas (subsistema provisão)
Saiba mais
Em relação à capacidade tecnológica, podemos pensar no caso da
Renner. A área de RH da Renner procura estar sempre alinhada com
as práticas mais atualizadas de gestão, e entre as ações implantadas nos
últimos anos estão: a utilização de jogos eletrônicos em seleções e o
uso de redes sociais para o recrutamento de candidatos. Em 2011,
além do website específico para o Programa de Trainees com vídeos e
depoimentos de executivos da Renner, a campanha para recrutamento
contemplou canal no YouTube, no Twitter e no Facebook. Em 2012,
a presença do Programa no Facebook foi aprimorada, envolvendo tam-
bém um aplicativo chamado “Parece que foi ontem”, através do qual
os candidatos eram convidados a fazer uma retrospectiva do seu último
ano, postando fotos e mensagens. Fonte: Gestão RH (2012).
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Administração de Pessoas
Resumindo
As diversas atividades referentes aos Processos de Gestão de Pessoas, sob
o ponto de vista das organizações, refletem seu modo de lidar com as pessoas,
de buscá-las no mercado, de integrá-las e orientá-las, de fazê-las trabalhar,
de desenvolvê-las, de recompensá-las ou de monitorá-las e de controlá-las.
Isso tudo contempla diversas atividades pertinentes a cada um dos cinco
Subsistemas de Gestão de Pessoas (Provisão, Aplicação, Manutenção,
Desenvolvimento e Controle).
O Subsistema de Provisão se refere ao planejamento, à busca e à escolha
de quem fará parte da organização. Para tanto, é preciso primeiramente defi-
nir a quantidade de pessoas necessárias para a realização do trabalho e o perfil
do ocupante para exercer determinado cargo.
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5
Processos de gestão de
pessoas (subsistema
aplicação/orientação)
Objetivo de aprendizagem:
22 Analisar, compreender e descrever as características das principais
atividades pertinentes ao subsistema de aplicação/orientação.
Saiba mais
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Administração de Pessoas
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Processos de gestão de pessoas (subsistema aplicação/orientação)
Saiba mais
As pessoas não captam o mundo exterior diretamente, elas cons-
troem representações mentais (quer dizer, internas) dele. Repre-
sentações internas, ou representações mentais, são maneiras de
“re-presentar” internamente o mundo externo. Fonte: Moreira e
Lagreca (2001).
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Administração de Pessoas
A cultura organizacional
vista como iceberg Aspectos formais e abertos
Estrutura organizacional
Títulos e descrições de cargos
Componentes visíveis Objetivos e estratégia
e publicamente Tecnologias e práticas operacionais
observáveis, Políticas e diretrizes de pessoal
orientados para Métodos e procedimentos
aspectos Medidas de produtividade física
operacionais e e financeira
de tarefas
Componentes
invisíveis e
cobertos,
afetivos e
emocionais,
orientados para
aspectos sociais
e psicológicos Aspectos informais e ocultos
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Processos de gestão de pessoas (subsistema aplicação/orientação)
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Administração de Pessoas
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Processos de gestão de pessoas (subsistema aplicação/orientação)
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Administração de Pessoas
Após realizar o desenho de cargo, deverá ser feita sua descrição e análise.
Para Gil (2006), a descrição de cargos é a apresentação ordenada das tarefas
ou atribuições de um cargo.
Para Chiavenato (2008), o conteúdo do cargo pode ser conhecido a
partir de sua descrição. Conforme podemos observar na figura a seguir, tal
descrição envolve informações a respeito do que o ocupante do cargo faz?
(tarefas), quando faz? (periodicidade), como faz? (pessoas, materiais), onde
faz? (local) e por que faz? (objetivos e metas).
Figura 4: Conteúdo do cargo e sua descrição.
O que faz Tarefas e atividades a executar
Periodicidade: diária
semanal
Quando faz mensal
anual
esporádica
Conteúdo
do Através de: pessoas
cargo máquinas e equipamentos
Como faz
materiais
dados e informações
Objetivos do cargo
Por que faz
Metas e resultados a atingir
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Processos de gestão de pessoas (subsistema aplicação/orientação)
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Administração de Pessoas
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Processos de gestão de pessoas (subsistema aplicação/orientação)
Saiba mais
Eficácia pode ser entendida como a realização efetiva das coisas certas,
pontualmente e dentro dos requisitos de qualidade especificados.
Já a eficiência requer que, além de fazer as coisas certas, deve-se
fazê-las da melhor maneira possível, portanto, o incremento dos
níveis de eficiência exige um processo de aperfeiçoamento contí-
nuo para a criação de melhores condições competitivas por parte
das organizações. Fonte: Sink e Tuttle (1993).
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Administração de Pessoas
Importante
Ao fornecermos informações a alguém de como está seu desem-
penho em uma dada tarefa, estamos lhe fornecendo um feedback,
que é a comunicação a uma pessoa ou um grupo, no sentido de
fornecer-lhe informações. Fonte: Moscovici (2000).
Saiba mais
A avaliação 360 graus é feita de modo circular por todos os ele-
mentos que mantêm alguma interação com o avaliado, ou seja, par-
ticipam seus pares, fornecedores, clientes, subordinados e todas
as pessoas que o avaliado mantém relação, por isso a metáfora de
360°. Fonte: Chiavenato (2008).
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Processos de gestão de pessoas (subsistema aplicação/orientação)
Resumindo
Quando ingressam na organização ou quando a organização faz mudan-
ças, as pessoas precisam sentir em que situação a empresa se encontra e para
onde devem conduzir suas atividades e seus esforços. Imprimir rumos e dire-
ções, definir comportamentos e ações, estabelecer metas e resultados a cum-
prir são algumas das providências orientadoras que a organização deve ofere-
cer aos seus funcionários.
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Administração de Pessoas
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6
Processos de gestão de
pessoas (subsistema
de manutenção)
Objetivo de aprendizagem:
22 Analisar, compreender e descrever as características das principais
atividades pertinentes ao subsistema de manutenção.
6.1.1 Remuneração
Os processos de recompensar estão diretamente relacionados com as
possibilidades de se incentivar e motivar as pessoas na sua vida laboral. A
gestão da remuneração é um processo crucial para o sucesso de qualquer
organização. No entanto, do ponto de vista da empresa, a remuneração
representa um dos principais componentes de custo de seus processos
e produtos. Mas, por outro lado, do ponto de vista do funcionário, ela
simboliza a forma pela qual a organização percebe o valor relativo de seu
trabalho (HSM, 2004).
Os objetivos básicos do sistema remuneratório são: cumprir as obriga-
ções legais; manter um senso de equidade e justiça entre os empregados; atrair
novos empregados altamente qualificados; reter os empregados atuais; motivar
os empregados na busca do bom desempenho e do contínuo desenvolvimento;
controlar os custos, as despesas com pessoal representam uma considerável
parte dos custos totais das operações de uma organização (DUTRA, 2006).
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Processos de gestão de pessoas (subsistema de manutenção)
e estáticos.
Você sabia
A busca de novos processos de compensação, com destaque para a
remuneração por competências, vinculada à capacidade de “entrega” do
funcionário, alimenta as expectativas dos gestores de pessoas. O conceito
de competências torna-se referência para a gestão de carreiras e das práti-
cas de treinamento e desenvolvimento. Fonte: HSM (2004).
– 83 –
Administração de Pessoas
Saiba mais
Na organização em que você trabalha o processo de recompensar
apresenta características de quais das duas abordagens? Se quiser
saber mais, acesse este link: <www.endeavor.org.br/artigos/
gente-gestao/recompensa-e-reconhecimento/um-novo-modelo-de-
gestao-de-pessoas>. Aqui são trazidos exemplos de uma empresa
que tem seu sistema de incentivo e recompensa baseado na
abordagem moderna.
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Processos de gestão de pessoas (subsistema de manutenção)
b. Programas de incentivos
Os programas de incentivos estão relacionados com a ideia de remu-
neração variável. Segundo Chiavenato (2008), não basta remunerar as
pessoas pelo seu tempo dedicado à organização. É preciso incentivá-las
a fazer o melhor possível, a ultrapassar o desempenho atual e alcançar
metas e resultados para o futuro.
Mas devemos nos perguntar: por que a ideia de remuneração variável? A
remuneração fixa foi uma prática frequentemente utilizada no início do
século XX para compensar o trabalho rotineiro e repetitivo dos funcio-
nários, em uma época de estabilidade e de permanência. No século XXI,
caracterizado como nova economia, a dinâmica das organizações tem
sofrido influência de diferentes variáveis. O mundo mudou e as organi-
zações também! Atualmente, grande parte das empresas bem-sucedidas
está migrando para o modelo de remunerações variáveis. Modelo este
capaz de motivar, incentivar e influenciar positivamente a autoestima das
pessoas, através de diversos programas de incentivo. Entre eles, podemos
citar, com base em Chiavenato (2008) e Lacombe (2011):
22 recompensas relacionadas com os resultados do desempenho orga-
nizacional, como o lucro ou prejuízo;
22 recompensas vinculadas ao tempo de serviço do funcionário, con-
cedidas automaticamente em certos intervalos, como cinco (quin-
quênios) ou dez anos (decênios), desde que seu desempenho não
tenha sido insatisfatório;
– 85 –
Administração de Pessoas
Saiba mais
A necessidade de profissionais mais hábeis nas organizações traz à
tona alguns aspectos revelados como comportamentos empreen-
dedores em funcionários de maior destaque, retratando o empre-
endedorismo corporativo, que se caracteriza, essencialmente, pelo
desenvolvimento de projetos inovadores nas organizações. Fonte:
Lenzi et al. (2012).
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Processos de gestão de pessoas (subsistema de manutenção)
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Administração de Pessoas
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Processos de gestão de pessoas (subsistema de manutenção)
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Administração de Pessoas
Saiba mais
Que os estudos sobre Segurança e Saúde no Trabalho tiveram seu iní-
cio no século XVI em função de muitas perdas humanas e também da
Revolução Industrial, e vêm percorrendo um longo caminho. Atualmente,
reflete impacto sobre os trabalhadores em cada local de trabalho. Fonte:
Pacheco Júnior (1995).
Importante
Empresas privadas precisam seguir uma série de Normas Regulamentado-
ras (NR) que estão dispostas no livro “Segurança e Medicina do Traba-
lho”, da editora Atlas, 2011.
– 90 –
Processos de gestão de pessoas (subsistema de manutenção)
diversos programas executados pelos profissionais que atuam nesta área, des-
taca-se o programa de medicina ocupacional.
Saiba mais
O programa de medicina ocupacional envolve os exames médicos exi-
gidos legalmente, palestras de medicina preventiva, elaboração do mapa
de riscos ambientais, relatórios anuais e arquivos de exames médicos com
avaliação clínica e exames complementares, visando a qualidade de vida
dos funcionários e maior produtividade da organização. Fonte: Chiave-
nato (2008).
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Administração de Pessoas
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Processos de gestão de pessoas (subsistema de manutenção)
– 93 –
Administração de Pessoas
Resumindo
Vimos, neste capítulo, que a organização que quiser se manter com-
petitiva e se destacar perante os correntes, precisa concentrar suas ações nos
processos de atração, desenvolvimento e retenção de talentos.
Assim, para manter as pessoas ali trabalhando, a área de Gestão de Pes-
soas deve desenhar um sistema de remuneração que inclua não apenas salários
atraentes, como também um conjunto de benefícios e incentivos que con-
tribuam para a maximização do desempenho de seu pessoal. Além de criar
condições saudáveis e seguras para a execução laboral e melhoria da qualidade
de vida no trabalho.
Os programas de reconhecimento e de assistência aos empregados
são um reflexo da preocupação com as relações interpessoais e com os
preceitos legais.
– 94 –
7
Processos de gestão de
pessoas (subsistema
de desenvolvimento)
Objetivo de aprendizagem:
22 Analisar, compreender e descrever as características das principais
atividades pertinentes ao subsistema de desenvolvimento.
(DRUCKER, 2012).
Você sabia
Como diferenciais na retenção do capital humano, o Bradesco possui uma
política de carreira, que visa o aprimoramento constante de competências
técnicas e comportamentais, essenciais para a formação de seus profissionais.
– 96 –
Processos de gestão de pessoas (subsistema de desenvolvimento)
– 97 –
Administração de Pessoas
Você sabia
Que a universidade corporativa pode ser vista como uma opção para
se obter o desenvolvimento das pessoas? Trata-se de “laboratórios”
para a aprendizagem, ou seja, de uma forma estratégica de desen-
volvimento para colaboradores, clientes e fornecedores, através de
ensinamentos voltados à melhoria do desempenho organizacional.
Além disso, elas podem ser utilizadas como meio de prover oportu-
nidades de aprendizagem que deem suporte para a empresa atingir
seus objetivos críticos do negócio; de estimular gerentes e líderes a
se envolver com a aprendizagem, tornando-se também responsáveis
pelo processo; da organização obter vantagem competitiva e entrar
em novos mercados (MEINSTER, 2005).
Saiba mais
Uma das dimensões do modelo de Gestão de Pessoas para a qual
os especialistas na área conferem maior importância está vinculada
– 98 –
Processos de gestão de pessoas (subsistema de desenvolvimento)
7.1.1 Treinamento
Primeiramente, antes de definirmos o que é um programa de treina-
mento e estudarmos como se dá sua preparação e execução, pensemos como
ele foi entendido ao longo do tempo.
A partir de uma retrospectiva histórica, podemos dizer que, na época
da Administração Científica, o objetivo do treinamento era preparar o indi-
víduo em relação aos aspectos físicos do trabalho. Já no período da Escola de
Relações Humanas, seu objetivo era capacitar os trabalhadores para o desem-
penho de suas tarefas e para o relacionamento interpessoal. Atualmente, o
treinamento é visto como um meio de suprir as carências dos indivíduos em
termos de conhecimentos, habilidades e atitudes, para que desempenhem as
tarefas necessárias ao alcance dos objetivos organizacionais.
Nesta direção, Lacombe (2011) define treinamento como qualquer ati-
vidade que contribua para tornar um indivíduo apto a exercer sua função
ou atividade, aumentar sua capacidade para as funções atuais ou prepará-las
para novas funções. Assinala-se que a preocupação com novas funções pode
estar relacionada tanto com processos sucessórios, de pessoas ocupando novas
posições ou ainda relacionada com novos processos de trabalho como uma
estratégia da empresa em antecipar as mudanças da nova economia.
– 99 –
Administração de Pessoas
– 100 –
Processos de gestão de pessoas (subsistema de desenvolvimento)
Saída Entrada
4 2
Avaliação dos Projeto e
Resultados do Programação
Treinamento de Treinamento
Entrada Saída
3
Execução do
Treinamento
Saída Entrada
– 101 –
Administração de Pessoas
Saiba mais
Os principais métodos para se levantar as necessidades de treina-
mento são:
22 avaliação do desempenho;
22 observação;
– 102 –
Processos de gestão de pessoas (subsistema de desenvolvimento)
22 questionamento;
22 solicitação de supervisores e gerentes;
22 entrevistas com supervisores e gerentes;
22 reuniões interdepartamentais;
22 exame de empregados;
22 modificação do trabalho;
22 entrevista de saída;
22 análise de cargos;
22 relatórios periódicos.
Fonte: Chiavenato (2008).
– 103 –
Administração de Pessoas
vezes podem ser pessoas da própria empresa). Essa escolha deve levar em
consideração a alocação dos envolvidos em um cronograma bem defi-
nido para que os setores não fiquem desfalcados.
Como produto final do desenho do programa de treinamento, tem-se
um plano que deverá contemplar as seguintes partes: identificação, obje-
tivos gerais e específicos, conteúdo programático, estratégias de ensino,
recursos instrucionais, avaliação e carga horária, veja figura a seguir.
Figura 4: Plano de Treinamento.
Treinamento: Carga Horária:
População-alvo:
Objetivos gerais:
– 104 –
Processos de gestão de pessoas (subsistema de desenvolvimento)
Saiba mais
O treinamento não pode ser confundido com uma simples questão
de realizar cursos e proporcionar informação. Significa atingir o nível
de desempenho almejado pela organização através do desenvolvi-
mento contínuo das pessoas que nela trabalham. Contudo, deve-se
criar uma cultura interna favorável ao aprendizado e comprometida
com as mudanças da organização. Fonte: Chiavenato (2008).
Importante
Gil (2006) assinala que a avaliação pode ser considerada um dos
aspectos mais críticos do treinamento. Por ser uma atividade delicada
e complexa, costuma ser delegada a segundo plano ou realizada de
maneira superficial.
– 105 –
Administração de Pessoas
principal avaliação deve ser em relação à melhoria nas atitudes e nos resulta-
dos obtidos pelas pessoas que receberam o treinamento (LACOMBE, 2011).
A avaliação de treinamento é um dos grandes desafios da área de Gestão
de Pessoas, pois consiste em como demonstrar e quantificar os resultados
obtidos em programas de treinamento. Assim, poderá se verificar sua eficácia
e o atendimento das necessidades apontadas na etapa do levantamento das
necessidades, bem como mensurar o grau de impacto no desempenho indivi-
dual, da equipe e da organização (CHIAVENATO, 2008).
7.2 Desenvolvimento de
Pessoal e Organizacional
O processo de treinamento pode ser entendido de uma maneira mais
abrangente a partir da denominação de Processo de Treinamento e Desen-
volvimento (T&D). Podemos, de certa forma, entendê-los como atividades
complementares, porém o desenvolvimento de pessoal está mais focalizado no
crescimento do empregado e visa à carreira futura e não apenas o cargo atual
(CHIAVENATO, 2008). Em relação aos principais métodos utilizados para o
desenvolvimento de pessoas, destacam-se: rotação de cargos; posição de asses-
soria; aprendizagem prática; atribuição de comissões; participação em cursos e
seminários externos; exercícios de simulação; tutoria; coaching e mentoring.
Importante
O coaching consiste no desenvolvimento da capacidade e habilidade
de cada um. O processo é conduzido por um coach, profissional cre-
denciado e certificado para exercer tal função, em sessões que levam
o indivíduo ou o grupo a atingir metas e objetivos, desenvolvendo a
capacidade e despertando o potencial infinito que existe em cada um.
Já o mentoring é um tipo de orientação, em que um profissional mais
velho, mais experiente, orienta os jovens. Neste processo, a condução é
feita por um especialista em determinada área que dará instruções, dentro
de sua experiência, aos mais jovens, visando crescimento profissional.
Fonte: <www.administradores.com.br/noticias/carreira/entenda-a-
-diferenca-entre-coaching-e-mentoring/53772>.
– 106 –
Processos de gestão de pessoas (subsistema de desenvolvimento)
Resumindo
Na nova economia, o desenvolvimento humano representa vantagem
competitiva. O sucesso das organizações, sua competitividade e sustentabi-
lidade dependem, diretamente, do conhecimento das pessoas que ali estão
– 107 –
Administração de Pessoas
– 108 –
8
Processos de gestão de
pessoas (subsistema
de controle)
Objetivo de Aprendizagem
22 Analisar, compreender e descrever as características das principais
atividades pertinentes ao subsistema de controle.
– 110 –
Processos de gestão de pessoas (subsistema de controle)
Saiba mais
Na organização linha-staff, coexistem órgãos de linha (órgãos de exe-
cução) e de assessoria (órgãos de apoio e de consultoria) mantendo
relações entre si. Os órgãos de linha caracterizam-se pela autoridade
linear e pelo princípio escalar, enquanto os órgãos de staff prestam
assessoria e serviços especializados. Fonte: Chiavenato (2004).
– 111 –
Administração de Pessoas
– 112 –
Processos de gestão de pessoas (subsistema de controle)
Bancos de Dados
Cadastro de Pessoal
Saída de informações
Cadastro de Cargos
Entrada de dados
Cadastro de Seções
Cadastro de Remuneração
Cadastro de Benefícios
Cadastro Médico
– 113 –
Administração de Pessoas
– 114 –
Processos de gestão de pessoas (subsistema de controle)
Saiba mais
– 115 –
Administração de Pessoas
Saiba mais
Como especialistas em administração, os gestores de RH devem
repensar a maneira como os processos de gestão de pessoas são
realizados. Os sistemas de informação seriam uma ferramenta para
reformular e reestruturar tais processos, na medida em que sua
utilização pode reduzir custos e aumentar a agilidade do acesso às
informações. Fonte: Mascarenhas e Vasconcelos (2004).
– 116 –
Processos de gestão de pessoas (subsistema de controle)
– 117 –
Administração de Pessoas
– 118 –
Processos de gestão de pessoas (subsistema de controle)
Saiba mais
O MEG é o Modelo de Excelência em Gestão, desenvolvido pela
FNQ (Fundação Nacional da Qualidade). Trata-se de um modelo sistê-
mico assentado em oito critérios: liderança, estratégias e planos, clientes,
sociedade, informações e conhecimentos, pessoas, processo e resulta-
dos. Fonte: <www.fnq.org.br>.
Saiba mais
O PDCA (Plan, Do, Check, Action) é uma ferramenta, utilizada
frequentemente na Gestão da Qualidade Total, que tem como
objetivo balizar os processos de melhoria sistematizados.
Fonte: Campos (1992).
– 119 –
Administração de Pessoas
Figura 6: Check list para registro dos itens avaliados na auditoria do Subsistema
de Provisão.
Subsistema I: Provisão de Recursos Humanos
COMENTÁRIOS:
– 120 –
Processos de gestão de pessoas (subsistema de controle)
1
2
30 3
29 4
28 5
27 6
26 7
25 8
24 9
23 10
22 11
21 12
20 13
19 14
18 15
17 16
PRÁTICAS ADEQUADAS (PA)
PARCIALMENTE ADEQUADAS (PPA)
INADEQUADAS/INEXISTENTES (PI)
– 121 –
Administração de Pessoas
berta de suas causas principais que impedem o alcance das metas e plano de
ação. Na fase D, tem-se a ação propriamente dita, ou seja, a atuação conforme
o plano de ação para bloquear as causas do problema identificadas anterior-
mente. Na fase C é a vez da verificação, ou seja, a confirmação da efetividade
do plano de ação para ver se as causas foram bloqueadas. Já na fase A, são
duas as etapas: a de padronização e a de conclusão. Na etapa de padronização,
caso o bloqueio tenha sido efetivo, acontece a eliminação definitiva das causas
para que o problema não reapareça. Caso contrário, retorna-se para a fase P.
Na etapa de conclusão, acontece a revisão das atividades e planejamento para
trabalhos futuros (CAMPOS, 1992).
Retomando a explicação da proposta de Couto e Salles (2005), os pro-
cessadores do modelo apresentado, baseado no PDCA, são pré-auditoria (P),
execução (D), pós-auditoria (C) e monitoramento (A). Acompanhe a seguir
as descrições de cada dessas quatro fases do processo de auditoria aplicados
no Subsistema de Provisão.
1. Planejamento de auditoria (Plan): tem como objetivo buscar
conhecimento do item a ser auditado. Os auditores utilizam manu-
ais, procedimentos e até mesmo instruções de trabalho, com fins de
entender como funciona o processo de gestão de competências da
organização. Uma vez entendida a complexidade deste processo,
eles devem planejar a auditoria, avaliando o tempo necessário para
realizar a análise documental e entrevistas e, assim, entregar aos
auditados a agenda de auditoria.
2. Realizando a auditoria (Do): o sucesso da auditoria depen-
derá da abordagem dos auditores no momento em que a reali-
zam. É importante conhecer o objetivo da alta administração
para saber exatamente o que focar e assim relatar a situação em
que o processo se encontra. Os auditores devem ser perspica-
zes em levantar uma série de questões que são fundamentais na
gestão das competências. Após terem sido realizados todos os
questionamentos, são necessários que os auditores elaborem
um relatório, com o objetivo de dar continuidade no processo
de comunicação dos resultados de auditoria. É importante que
todos os registros sejam relatados, tais como: observações, não
conformidades e oportunidades de melhoria para o processo.
– 122 –
Processos de gestão de pessoas (subsistema de controle)
Saiba mais
Os auditores devem ter em mente que decisões fundamentais sobre a
Gestão de Pessoas serão tomadas com base no relatório de auditoria. A
alta administração decidirá se as atividades de pessoal estão de acordo
com o esperado e, caso contrário, agirão para que mudanças sejam reali-
zadas.Fonte: Couto e Salles (2005).
– 123 –
Administração de Pessoas
Resumindo
As organizações contemporâneas entendem a importância da Gestão de
Pessoas no que diz respeito ao planejamento e à organização das atividades (em
consonância com a estratégia corporativa) que cada um deve realizar durante
a execução de seu trabalho, bem como pelas condições em que as pessoas rea-
lizam tais atividades.
Nesse sentido, você aprofundou seus conhecimentos principalmente no
desempenho do Subsistema de Controle, que tem fundamental importância,
pois, caberá a ele, por meio do banco de dados, sistemas de informações geren-
ciais e auditoria de pessoal, gerar, armazenar e disseminar registros de diversas
naturezas que servirão de reflexo para saber o quanto as pessoas estão contri-
buindo para o sucesso da organização. O monitoramento constante resultará
numa série de informações que permitirão que medidas corretivas sejam pla-
nejadas e executadas.
– 124 –
9
Conflito, negociação
e comportamento
entre grupos
Objetivo de aprendizagem:
22 Entender, refletir e saber definir o conflito como um fenômeno ine-
rente à natureza humana e conhecer estratégias para solucioná-lo.
– 126 –
Conflito, negociação e comportamento entre grupos
Saiba mais
Os teóricos clássicos comparavam as organizações a máquinas e
imaginavam o conflito como um sintoma de pane. Fonte: Wagner
e Hollenbeck (2009).
– 127 –
Administração de Pessoas
Você sabia
Na opinião dos especialistas em Gestão de Pessoas, as principais
fontes de conflitos são:
22 escassez de recursos;
22 situações de interdependência;
22 falta de informação ou comunicação falha;
22 falta de clareza nas responsabilidades e funções;
22 valores e cultura da empresa são distintos e podem não condizer
com os de seus empregados;
22 situações de imposição de poder e força;
22 oscilações no clima interno e nas relações estabelecidas dentro da
organização;
22 conflitos encobertos;
22 clima competitivo ou de “escassez” de reconhecimento;
22 divergências de estilos, habilidades e competências de atuação tanto
entre líderes quanto entre os empregados da organização;
22 existência de inseguranças internas por medo de
“perder” (controle, poder).
Fonte: InfoMoney (2010).
– 128 –
Conflito, negociação e comportamento entre grupos
Percepção
de conflito
Resolução
Resultado
– 129 –
Administração de Pessoas
– 130 –
Conflito, negociação e comportamento entre grupos
– 131 –
Administração de Pessoas
Saiba mais
O comportamento organizacional é um campo de estudo que estuda
o impacto que indivíduos, grupos e a estrutura têm sobre o compor-
tamento dentro das organizações, com o propósito de utilizar esse
conhecimento para promover a melhoria da eficácia organizacional.
Fonte: Robbins (2008).
– 132 –
Conflito, negociação e comportamento entre grupos
Saiba mais
A diversidade da força de trabalho é uma variável de grande influência no
comportamento das organizações, pois quanto maior a variabilidade entre
as pessoas maior a probabilidade de surgirem situações de conflitos. Por-
tanto, caberá à organização investir na administração eficaz dos conflitos
de modo a transformá-los em conflitos construtivos.
– 133 –
Administração de Pessoas
ritário, em que o gestor utiliza-se do seu poder atribuído pelo cargo para
chegar a uma solução.
Conforme Chiavenato (2008), para administrar um conflito organiza-
cional, pode-se utilizar um dos seguintes estilos: evitação (fuga); acomodação
(resolvem-se pontos simples e deixam-se os problemas maiores para depois);
competitivo (tem-se um comando autoritário de lidar de forma rápida com
o problema ou enfrentar uma decisão impopular); compromisso (ocorre
quando os envolvidos aceitam as perdas e os ganhos da situação); e colabo-
ração (é utilizado numa situação ganha/ganha, visto que todos os interesses
podem ser reunidos numa solução mais ampla).
Robbins (2008) de forma semelhante à Chiavenato (2008) assinala que,
entre as possíveis estratégias para lidar com os conflitos, destacam-se: fuga (usada
para evitar situações de conflitos); remendo (refere-se a uma tentativa de “ganhar
tempo”, até que o conflito se torne menos emocional. Resolvem-se pontos
menores de discordância, deixando de lado problemas maiores); e con-
fronto (pode se dar a partir de vários métodos, por exemplo, a negociação
e a arbitragem).
9.3.1 Negociação
A negociação é um método utilizado para análise dos elementos envol-
vidos numa situação de conflito e para a escolha da alternativa mais adequada
para resolvê-la. O negociador atua como um mediador que ajuda as partes
envolvidas no conflito a chegar num acordo.
Saiba mais
A negociação é um dos assuntos centrais abordados em Teoria dos
Jogos. A Teoria dos Jogos aborda interações estratégicas, englo-
bando desde disputas de mercado até negociações de diferentes
naturezas. Um de seus principais elaboradores é o ganhador do
Prêmio Nobel em Economia, John Nash. Fonte: Varian (2012).
– 134 –
Conflito, negociação e comportamento entre grupos
a. Mediação
A mediação é outra técnica utilizada para resolução de conflitos, entre-
tanto, o seu grande mérito é a possibilidade de educar e transformar as par-
tes envolvidas. Em outros termos, trata-se de um método de realinhamento
de divergências existentes entre as partes, no qual se tem a figura de um ter-
ceiro, o mediador, que tem como objetivo não simplesmente solucionar o
conflito, mas principalmente ajudar os envolvidos a planejar possibilidades
– 135 –
Administração de Pessoas
de solução para que eles se sintam responsáveis por sua resolução (FIORELLI
et al., 2008).
Segundo os mesmo autores, seu caráter educativo está relacionado ao
fato de possibilitar a aprendizagem de novas maneiras de se comportar,
uma vez que na mediação, os envolvidos vivenciam uma nova leitura dos
acontecimentos.
O caráter educativo atribuído ao processo de mediação vai ao encontro
dos pressupostos de Senge (2006) a respeito da organização que aprende.
Conforme o autor, a organização que aprende compreende os conflitos como
pontos alavancadores de crescimento decorrente tanto da aprendizagem indi-
vidual quanto grupal proporcionadas por tais situações. Nesse caso, os confli-
tos não são evitados ou anulados.
Manfredi (2010) acrescenta que a mediação pode ser vista como uma
intervenção que otimiza a comunicação na organização através do gerencia-
mento assertivo dos problemas. Como consequência, tem-se um clima de
cooperação, inovação, lealdade e transparência. Em outras palavras, trata-se
de um método utilizado para trabalhar os relacionamentos interpessoais em
situações conflitivas no ambiente laboral.
Em relação à figura do mediador, Fiorelli et al. (2008) assinalam que
suas funções deverão ser de: acolhimento, organização, prestação de infor-
mações e esclarecimentos, administração das participações dos mediandos,
ampliação e compreensão da situação conflitiva, estabelecimento do equilí-
brio emocional, desenvolvimento cooperativo de soluções e favorecimento de
acordos satisfatórios.
Em função das possibilidades de mudança e crescimento possibilitadas
pelo papel do mediador, pode-se dizer que a mediação, assim como a negocia-
ção, é um método que busca um resultado do tipo ganha-ganha.
Podemos observar diante do exposto que, ao lidar com conflitos, a organi-
zação deve ter como preocupação central encontrar um meio que possibilite que
as situações conflitivas sejam administradas de tal modo que se consiga obter
resultado do tipo ganha-ganha. Porém, infelizmente, nem sempre é possível
chegar a relações deste tipo, principalmente quando não existe disposição para a
construtividade/cooperação versus competitividade. Nestes casos, a arbitragem
pode considerada uma das formas mais eficazes de resolução de conflitos.
– 136 –
Conflito, negociação e comportamento entre grupos
9.3.2.1 Arbitragem
Para Moore (1998), a arbitragem é um tipo de mediação através de um
processo voluntário em que as pessoas em conflito solicitam a ajuda de uma
terceira parte imparcial e neutra para tomar uma decisão por elas com relação
a questões problemáticas.
Fiorelli et al. (2008) comentam que a opção pelo método da arbitragem
para resolver conflitos organizacionais é justificada em função de suas caracte-
rísticas de celeridade, objetividade e efetividade, que possibilitam a obtenção
de resultados mais ágeis e satisfatórios para as partes envolvidas.
Segundo Egger (2005), a mediação, também denominada arbitra-
gem, é entendida como um método extrajudicial de resolução de confli-
tos. Em outras palavras, é um procedimento em que as partes em litígio,
de forma voluntária, pedem ajuda a um terceiro imparcial e neutro no sen-
tido de tomar uma decisão em seu lugar. Portanto, a arbitragem não favo-
rece o diálogo direto entre as partes, uma vez que o arbítrio assume o papel
de juiz.
– 137 –
Administração de Pessoas
Administração
Administração de
da transformação
estratégias de RH
e mudança
Foco nos Foco nas
processos pessoas
Administração Administração
da infra-estrutura da contribuição
da empresa dos funcionários
Foco no
cotidiano
operacional
– 138 –
Conflito, negociação e comportamento entre grupos
Resumindo
Você conseguiu assimilar que o conflito não é intrinsecamente bom ou
mau para os envolvidos, para a organização ou para sociedade? Tudo depende
– 139 –
Administração de Pessoas
– 140 –
10
Mudança organizacional
Objetivo de aprendizagem:
22 Compreender as principais características do processo de mudança
organizacional.
Você sabia
A Ciência Econômica possui uma área especificamente construída
para o estudo dos condicionantes, das escolhas ótimas e dos melho-
res resultados que podem ser alcançados por uma empresa. Essa
área (dentro da Ciência Econômica) é chamada de: Teoria da Firma.
Fonte: Varian (2012).
– 142 –
Mudança organizacional
Saiba mais
As mudanças vivenciadas no mundo corporativo têm-se intensificado
e pode-se perceber que os aspectos mais importantes estão direta-
mente relacionados ao avanço tecnológico que provoca alterações
nas relações pessoais, o que ocasionou alterações no fluxo e na inten-
sidade das informações. Outra mudança visível foi a globalização,
que fez com que as empresas vivessem um alto nível de competiti-
vidade, provocando um entendimento de que as pessoas fazem a
diferença neste contexto, dependendo cada vez mais de profissionais
competentes. Fonte: Gestão RH (2012).
Saiba mais
A Revolução Industrial foi uma grande evolução no campo tecnológico,
representada pela solução de problemas fabris através da substituição da
mão do homem pela máquina.
Paralela a essa revolução tecnológica, acontece uma revolução nas rela-
ções de trabalho, passando a existir uma nítida divisão de classes: patrão
e empregado. Surge a percepção da necessidade de uma proatividade
administrativa, traduzida pela antecipação em encontrar soluções e inova-
ções, fazendo a organização buscar integrar-se com o ambiente externo,
ao invés de permanecer na passividade. Fonte: Luz et al. (2001).
– 143 –
Administração de Pessoas
– 144 –
Mudança organizacional
– 145 –
Administração de Pessoas
– 146 –
Mudança organizacional
– 147 –
Administração de Pessoas
– 148 –
Mudança organizacional
– 149 –
Administração de Pessoas
Você sabia
A mudança é um ônus, pois requer que a pessoa reveja sua maneira
de pensar, agir, comunicar, se interrelacionar e criar significados para
a sua própria vida. Fonte: Motta (1999).
– 150 –
Mudança organizacional
disso, muitas vezes os resultados obtidos não são satisfatórios porque não
houve participação das pessoas diretamente envolvidas nos processos durante
o planejamento da mudança. Com o envolvimento de todos, é facilitado o
encontro de uma solução adequada para os problemas. Para exemplificar,
podemos pensar que geralmente é o motorista do caminhão quem conhece
melhor os problemas de desperdício de combustível. Nada mais justo na ela-
boração de uma nova rota, que ele seja consultado.
De uma forma geral, seja qual for o processo de mudança, as reações
das pessoas são parecidas e previsíveis. Inicialmente, surge um movimento
de resistência (seja pelas sensações de perdas, insegurança e auto conservação,
ocasionadas pela falta de conhecimento das reais implicações da mudança).
Para que não ocorra a perda da produtividade, é necessário um processo de
conscientização e esclarecimentos frequentes, utilizando-se de uma comuni-
cação eficaz. Quanto mais efetivo for esse processo de comunicação, melhor
será a adaptação das equipes de profissionais aos novos modelos de gestão.
As mudanças organizacionais dependem em grande parte de pessoas. E
para isso é importante saber o que deve ser mudado e principalmente o que
leva as pessoas a agirem como agem. Pessoas bem informadas e participan-
tes dos processos têm maior comprometimento com a organização e com a
mudança. Pessoas desinformadas perdem a motivação e seu tempo criando e
repassando fofocas a respeito do processo de mudança, disseminando medo,
incertezas e criando obstáculos à mudança.
Sabemos que as organizações e as pessoas ali inseridas resistem à
mudança; mudar implica em sair da “zona de conforto”. Chiavenato (2008) e
Robbins (2008) assinalam que, em certa medida, a resistência pode ser posi-
tiva quando proporciona um grau de estabilidade e previsibilidade e pode ser
uma fonte de conflito funcional. Por outro lado, a resistência também pode
bloquear o progresso e a adaptação. Em relação à sua natureza, a resistência
à mudança pode acontecer em nível individual ou em nível organizacional.
Segundo Robbins (2008), a resistência individual ocorre quando as per-
cepções, personalidades e necessidades dos indivíduos afetam sua disponibi-
lidade para a mudança. Os cinco motivos pelos quais os indivíduos podem
resistir à mudança são: hábito; segurança; fatores econômicos; medo do des-
conhecido; e processamento seletivo das informações.
– 151 –
Administração de Pessoas
– 152 –
Mudança organizacional
– 153 –
Administração de Pessoas
Resumindo
Na nova economia, a empresa que quiser obter sucesso tem de ser capaz
de antecipar problemas e aproveitar oportunidades. É preciso foco no que se
está fazendo e tentar fazê-lo da melhor forma que puder.
O mercado tem selecionado organizações mais flexíveis, que promo-
vam a cooperação interna necessária à inovação e, consequente, à oferta de
bens e serviços de alta qualidade que assegurem sua competitividade e sus-
tentabilidade. Portanto, para isso, é preciso identificar as variáveis desenca-
deadoras da mudança, conhecer as etapas do processo de mudança, enten-
der as fontes de resistência à mudança e tirar proveito das oportunidades do
ambiente e do potencial das pessoas, convergindo suas ações para o alcance
de melhores resultados.
– 154 –
Conclusão
Administração de Pessoas
– 156 –
Referências
Administração de Pessoas
– 158 –
Referências
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Administração de Pessoas
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Referências
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Administração de Pessoas
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Referências
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Administração de Pessoas
– 164 –
Administrar pessoas não é, apenas, contratar, treinar, recom-
pensar e avaliar o pessoal que fará parte de uma empresa. Gerir pes-
soas refere-se à definição de práticas de recursos humanos destinadas
a atrair, desenvolver talentos e, assim, conseguir criar uma vantagem
competitiva em relação aos concorrentes. Pessoas devem ser enten-
didas como um ativo intangível que ajuda a transformar ambientes
laborais em bons lugares para se trabalhar, maximizando o alcance dos
objetivos corporativos.
Para se entender como as pessoas passaram a ser vistas como
ativos intangíveis, é importante resgatarmos a evolução da Adminis-
tração de Pessoas. Abordaremos sua gestão em um ambiente econô-
mico e veremos como as práticas de pessoal devem alinhar-se ao Pla-
nejamento Estratégico Corporativo. Estudaremos a Gestão de Pessoas
de modo sistêmico a partir de seus cinco subsistemas: provisão, apli-
cação, manutenção, desenvolvimento e controle.
Veremos que o conflito é um fenômeno inerente à natureza
humana, cabendo ao gestor de pessoas saber como transformá-lo,
construtivamente, de modo a melhorar a qualidade da decisão e
provocar mudanças positivas na organização. Assim como o con-
flito, as mudanças também fazem parte do ciclo de vida das orga-
nizações. Para finalizar, estudaremos as principais características da
mudança organizacional.
ISBN 978-85-53370-03-0
9 7885 53 3 7003 0