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Apostila PMERJ

Enviado por Yuri Anjos

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CÓD: SL-052FV-22
7908433218883

 PM-RJ
POLÍCIA MILITAR DO RIO DE JANEIRO

Soldado
 A APOSTILA PREPARATÓRIA É ELABORADA
 ANTES DA PUBLICAÇÃO DO EDITAL OFICIAL COM BASE NO EDITAL
 ANTERIOR, PARA QUE O ALUNO ANTECIPE SEUS ESTUDOS.

DICA

Como passar em um concurso público?

Todos nós sabemos que é um grande desa1o ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro
estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação.
É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa
encontrar a melhor maneira para estar oBmizando sua preparação.
Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma moBvação para estudar. Pensando nisso, a Solução
preparou este arBgo com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação.

Então mãos à obra!

• Esteja focado em seu objeBvo: É de extrema importância você estar focado em seu objeBvo: a aprovação no concurso. Você vai ter
que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho.
• Não saia aBrando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a di1culdade é muito maior quando você
tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você de1na uma
área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área.
• De1na um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito,
determinado um local, os horários e dias especí1cos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não
pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total.
• Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É
praBcamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha
contendo sua roBna diária de aBvidades de1nindo o melhor horário de estudo.
• Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto
estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque
refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação.
• Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses
materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didáBca e esquemaBzada, contendo exercícios para praBcar. Quanto mais
exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame.
• Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma
menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é
Brar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse.

Se prepare para o concurso público

O concurseiro preparado não é aquele que passa o dia todo estudando, mas está com a cabeça nas nuvens, e sim aquele que se
planeja pesquisando sobre o concurso de interesse, conferindo editais e provas anteriores, parBcipando de grupos com enquetes sobre
seu interesse, conversando com pessoas que já foram aprovadas, absorvendo dicas e experiências, e analisando a banca examinadora do
certame.
O Plano de Estudos é essencial na oBmização dos estudos, ele deve ser simples, com fácil compreensão e personalizado com sua
roBna, vai ser seu triunfo para aprovação, sendo responsável pelo seu crescimento con]nuo.
Além do plano de estudos, é importante ter um Plano de Revisão, ele que irá te ajudar na memorização dos conteúdos estudados até
o dia da prova, evitando a correria para fazer uma revisão de úlBma hora.
Está em dúvida por qual matéria começar a estudar? Vai mais uma dica: comece por Língua Portuguesa, é a matéria com maior
requisição nos concursos, a base para uma boa interpretação, indo bem aqui você estará com um passo dado para ir melhor nas outras
disciplinas.

Vida Social

Sabemos que faz parte algumas abdicações na vida de quem estuda para concursos públicos, mas sempre que possível é importante
conciliar os estudos com os momentos de lazer e bem-estar. A vida de concurseiro é temporária, quem determina o tempo é você,
através da sua dedicação e empenho. Você terá que fazer um esforço para deixar de lado um pouco a vida social intensa, é importante
compreender que quando for aprovado verá que todo o esforço valeu a pena para realização do seu sonho.
Uma boa dica, é fazer exercícios asicos, uma simples corrida por exemplo é capaz de melhorar o funcionamento do Sistema Nervoso
Central, um dos fatores que são chaves para produção de neurônios nas regiões associadas à aprendizagem e memória.

DICA

Motvação

A moBvação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo
com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos.
Caso você não seja aprovado de primeira, é primordial que você PERSISTA, com o tempo você irá adquirir conhecimento e experiência.
Então é preciso se moBvar diariamente para seguir a busca da aprovação, algumas orientações importantes para conseguir moBvação:
• Procure ler frases moBvacionais, são óBmas para lembrar dos seus propósitos;
• Leia sempre os depoimentos dos candidatos aprovados nos concursos públicos;
• Procure estar sempre entrando em contato com os aprovados;
• Escreva o porquê que você deseja ser aprovado no concurso. Quando você sabe seus moBvos, isso te da um ânimo maior para seguir
focado, tornando o processo mais prazeroso;
• Saiba o que realmente te impulsiona, o que te moBva. Dessa maneira será mais fácil vencer as adversidades que irão aparecer.
• Procure imaginar você exercendo a função da vaga pleiteada, senBr a emoção da aprovação e ver as pessoas que você gosta felizes
com seu sucesso.

Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação
e moBvação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial.
A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Se você quer aumentar as suas chances
de passar, conheça os nossos materiais, acessando o nosso site: www.aposBlasolucao.com.br 

Vamos juntos!

ÍNDICE

Língua Portuguesa
1. As questões poderão ser teoricamente baseadas nos seguintes pontos: interpretação e compreensão de textos . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Construção de senBdo e efeitos de senBdo (semânBca); denotação (senBdo literal) e conotação (senBdo 1gurado); relações lexic-
ais; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3. Intertextualidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
4. Gêneros textuais; Bpologia textual; linguagem verbal e não verbal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .01
5. Funções da linguagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
6. Variedades linguísBcas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
7. Tipos de discurso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20
8. Acentuação grá1ca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .22
9. Ortogra1a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2. 2
10. Classe de palavras (substanBvo, arBgo, adjeBvo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção, interjeição); estrutura e
formação de palavras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
11. Sintaxe (frase, oração, período; termos essenciais, integrantes e acessórios da oração). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
12. Concordância nominal e verbal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
13. Regência nominal e verbal (crase). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
14. Colocação pronominal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
15. Coesão; coerência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
16. Pontuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

Geogra'a
1. CaracterísBcas gerais do estado do rio de janeiro - reconhecer as relações entre sociedade e o ambiente natural no estado do rio de
 janeiro, destacando os impactos ambientais produzidos e as inruências dos elementos naturais na sociedade ruminense . . . . . . 01
2. IdenB1car as principais regiões do estado e suas caracterísBcas gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .04
3. Apresentar noções básicas sobre a geogra1a do município do rio de janeiro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .05
4. Reconhecer aspectos gerais do processo de favelização e suas caracterísBcas atuais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08
5. IdenB1car em textos e grá1cos situações problema ]picas da sociedade ruminense e reconhecer formas de reduzir os problemas
gerados em tais situações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
6. Apresentar noções de localização espacial dentro do estado do rio de janeiro a partir da utilização de mapas . . . . . . . . . . . 15

História
1. A expansão Ultramarina Portuguesa dos séculos XV e XVI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. O sistema colonial português na América - Estrutura políBco-administraBva, estrutura sócio-econômica, a escravidão (as formas de
dominação econômico-sociais); as formas de atuação do Estado Português na Colônia; a ação da Igreja, as invasões estrangeiras,
expansão territorial, interiorização e formação das fronteiras, as reformas pombalinas, rebeliões coloniais. Movimentos e tentaBvas
emancipacionistas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03
3. O período joanino e o processo de independência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
4. A presença britânica no Brasil, a transferência da Corte, os tratados, as principais medidas de D. João VI no Brasil, políBca joanina, os
parBdos políBcos, revoltas, conspirações e revoluções, emancipação e conritos sociais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
5. O processo de independência do Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
6. Brasil Imperial - O Primeiro Reinado, o Período Regencial e o Segundo Reinado: aspectos, políBcos, administraBvos, militares, cul-
turais, econômicos, sociais, territoriais, a políBca externa, a questão abolicionista, o processo de modernização, a crise da monarquia
e a proclamação da república . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

Sociologia
1. Relações entre indivíduo e sociedade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. DisBnção do espaço público e privado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
3. O Estado e os direitos humanos, cidadania e diversidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .02

ÍNDICE

Noções Sobre Direitos Humanos


1. Direitos e Deveres Individuais e coleBvos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Considerações sobre a polícia e os Direitos Humanos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08

Legislação Brasileira De Trânsito


1. Penalidades aplicadas às infrações de trânsito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Medidas administraBvas a serem adotadas pela autoridade de trânsito e seus agentes. Bibliogra1a/Legislação Brasileira de Trânsito:
Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997 (InsBtui o Código de Trânsito Brasileiro), Capítulo XVI - Das penalidades e Capítulo XVII - Das
medidas administraBvas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

Informá-ca
1. AplicaBvos para processamento de texto, planilhas eletrônicas e apresentações: conceitos e modos de uBlização . . . . . . . . . . . . . 01
2. Conceitos básicos e modos de emprego de tecnologias, ferramentas, aplicaBvos e procedimentos associados à rede de computadores,
internet e intranet . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09

Úl-ma Prova Comentada

LÍNGUA PORTUGUESA
1. As questões poderão ser teoricamente baseadas nos seguintes pontos: interpretação e compreensão de textos . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Construção de sen-do e efeitos de sen-do (semân-ca); denotação (sen-do literal) e conotação (sen-do 8gurado); relações lexi-
cais;. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3. Intertextualidade  . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
4. Gêneros textuais; -pologia textual; linguagem verbal e não verbal  . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
5. Funções da linguagem  . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
6. Variedades linguís-cas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
7. Tipos de discurso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
8. Acentuação grá8ca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
9. Ortogra8a  . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
10. Classe de palavras (substan-vo, ar-go, adje-vo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção, interjeição); estrutura e
formação de palavras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
11. Sintaxe (frase, oração, período; termos essenciais, integrantes e acessórios da oração). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
12. Concordância nominal e verbal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
13. Regência nominal e verbal (crase). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
14. Colocação pronominal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
15. Coesão; coerência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
16. Pontuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

LÍNGUA PORTUGUESA
• Linguagem Mista (ou híbrida) é aquele que u-liza tanto as
AS QUESTÕES PODERÃO SER TEORICAMENTE BASE! palavras quanto as imagens. Ou seja, é a junção da linguagem
ADAS NOS SEGUINTES PONTOS: INTERPRETAÇÃO E verbal com a não-verbal.
COMPREENSÃO DE TEXTOS;; GÊNEROS TEXTUAIS;
TIPOLOGIA TEXTUAL; LINGUAGEM VERBAL E NÃO
VERBAL

Compreensão e interpretação de textos


Chegamos, agora, em um ponto muito importante para todo o
seu estudo: a interpretação de textos. Desenvolver essa habilidade
é essencial e pode ser um diferencial para a realização de uma boa
prova de qualquer área do conhecimento.
Mas você sabe a diferença entre compreensão e interpretação?
A compreensão é quando você entende o que o texto diz de
forma explícita, aquilo que está na superWcie do texto.
Quando Jorge fumava, ele era infeliz.
Por meio dessa frase, podemos entender que houve um tempo
que Jorge era infeliz, devido ao cigarro.
A interpretação é quando você entende o que está implícito,
nas entrelinhas, aquilo que está de modo mais profundo no texto Além de saber desses conceitos, é importante sabermos
ou que faça com que você realize inferências. iden-8car quando um texto é baseado em outro. O nome que
Quando Jorge fumava, ele era infeliz. damos a este processo é intertextualidade.
Já compreendemos que Jorge era infeliz quando fumava, mas
podemos interpretar que Jorge parou de fumar e que agora é feliz. Interpretação de Texto
Percebeu a diferença? Interpretar um texto quer dizer dar sen-do, inferir, chegar
a uma conclusão do que se lê. A interpretação é muito ligada ao
Tipos de Linguagem subentendido. Sendo assim, ela trabalha com o que se pode deduzir
Existem três -pos de linguagem que precisamos saber para que de um texto.
facilite a interpretação de textos. A interpretação implica a mobilização dos conhecimentos
• Linguagem Verbal é aquela que u-liza somente palavras. Ela prévios que cada pessoa possui antes da leitura de um determinado
pode ser escrita ou oral. texto, pressupõe que a aquisição do novo conteúdo lido estabeleça
uma relação com a informação já possuída, o que leva ao
crescimento do conhecimento do leitor, e espera que haja uma
apreciação pessoal e crí-ca sobre a análise do novo conteúdo lido,
afetando de alguma forma o leitor.
Sendo assim, podemos dizer que existem diferentes -pos de
leitura: uma leitura prévia, uma leitura sele-va, uma leitura analí-ca
e, por 8m, uma leitura interpreta-va.

É muito importante que você:


- Assista os mais diferenciados jornais sobre a sua cidade,
estado, país e mundo;
- Se possível, procure por jornais escritos para saber de noacias
(e também da estrutura das palavras para dar opiniões);
- Leia livros sobre diversos temas para sugar informações
ortográ8cas, grama-cais e interpreta-vas;
• Linguagem não-verbal é aquela que u-liza somente imagens, - Procure estar sempre informado sobre os assuntos mais
fotos, gestos... não há presença de nenhuma palavra. polêmicos;
- Procure debater ou conversar com diversas pessoas sobre
qualquer tema para presenciar opiniões diversas das suas.

Dicas para interpretar um texto:


 – Leia lentamente o texto todo.
No primeiro contato com o texto, o mais importante é tentar
compreender o sen-do global do texto e iden-8car o seu obje-vo.

 – Releia o texto quantas vezes forem necessárias.


Assim, será mais fácil iden-8car as ideias principais de cada
parágrafo e compreender o desenvolvimento do texto.

 – Sublinhe as ideias mais importantes.


Sublinhar apenas quando já se -ver uma boa noção da ideia
principal e das ideias secundárias do texto.
 – Separe fatos de opiniões.

Melhore a sua experiência '


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# Útil

& Não útil

LÍNGUA PORTUGUESA
O leitor precisa separar o que é um fato (verdadeiro, obje-vo CACHORROS
e comprovável) do que é uma opinião (pessoal, tendenciosa e
mutável). Os zoólogos acreditam que o cachorro se originou de uma
 – Retorne ao texto sempre que necessário. espécie de lobo que vivia na Ásia. Depois os cães se juntaram aos
Além disso, é importante entender com cuidado e atenção os seres humanos e se espalharam por quase todo o mundo. Essa ami-
enunciados das questões. zade começou há uns 12 mil anos, no tempo em que as pessoas
precisavam caçar para se alimentar. Os cachorros perceberam que,
 – Reescreva o conteúdo lido. se não atacassem os humanos, podiam 8car perto deles e comer a
Para uma melhor compreensão, podem ser feitos resumos, comida que sobrava. Já os homens descobriram que os cachorros
tópicos ou esquemas. podiam ajudar a caçar, a cuidar de rebanhos e a tomar conta da
casa, além de serem ó-mos companheiros. Um colaborava com o
Além dessas dicas importantes, você também pode grifar outro e a parceria deu certo.
palavras novas, e procurar seu signi8cado para aumentar seu
vocabulário, fazer a-vidades como caça-palavras, ou cruzadinhas Ao ler apenas o atulo “Cachorros”, você deduziu sobre o pos-
são uma distração, mas também um aprendizado. sível assunto abordado no texto. Embora você imagine que o tex-
Não se esqueça, além da prá-ca da leitura aprimorar a to vai falar sobre cães, você ainda não sabia exatamente o que ele
compreensão do texto e ajudar a aprovação, ela também es-mula falaria sobre cães. Repare que temos várias informações ao longo
nossa imaginação, distrai, relaxa, informa, educa, atualiza, melhora do texto: a hipótese dos zoólogos sobre a origem dos cães, a asso-
nosso foco, cria perspec-vas, nos torna redexivos, pensantes, além ciação entre eles e os seres humanos, a disseminação dos cães pelo
de melhorar nossa habilidade de fala, de escrita e de memória. mundo, as vantagens da convivência entre cães e homens.
Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias As informações que se relacionam com o tema chamamos de
seletas e organizadas, através dos parágrafos que é composto pela subtemas (ou ideias secundárias). Essas informações se integram,
ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a conclusão ou seja, todas elas caminham no sen-do de estabelecer uma unida-
do texto. de de sen-do. Portanto, pense: sobre o que exatamente esse texto
O primeiro obje-vo de uma interpretação de um texto é fala? Qual seu assunto, qual seu tema? Certamente você chegou à
a iden-8cação de sua ideia principal. A par-r daí, localizam-se conclusão de que o texto fala sobre a relação entre homens e cães.
as ideias secundárias, ou fundamentações, as argumentações, Se foi isso que você pensou, parabéns! Isso signi8ca que você foi
ou explicações, que levem ao esclarecimento das questões capaz de iden-8car o tema do texto!
apresentadas na prova.
Compreendido tudo isso, interpretar signi8ca extrair um Fonte: h)ps://portuguesrapido.com/tema-ideia-central-e-ideias-se-
signi8cado. Ou seja, a ideia está lá, às vezes escondida, e por isso cundarias/ 
o candidato só precisa entendê-la – e não a complementar com
algum valor individual. Portanto, apegue-se tão somente ao texto, e IDENTIFICAÇÃO DE EFEITOS DE IRONIA OU HUMOR EM
nunca extrapole a visão dele. TEXTOS VARIADOS

IDENTIFICANDO O TEMA DE UM TEXTO Ironia


O tema é a ideia principal do texto. É com base nessa ideia Ironia é o recurso pelo qual o emissor diz o contrário do que
principal que o texto será desenvolvido. Para que você consiga está pensando ou sen=ndo (ou por pudor em relação a si próprio ou
iden-8car o tema de um texto, é necessário relacionar as diferen- com intenção deprecia=va e sarcás=ca em relação a outrem).
tes informações de forma a construir o seu sen-do global, ou seja, A ironia consiste na u-lização de determinada palavra ou ex-
você precisa relacionar as múl-plas partes que compõem um todo pressão que, em um outro contexto diferente do usual, ganha um
signi8ca-vo, que é o texto. novo sen-do, gerando um efeito de humor.
Em muitas situações, por exemplo, você foi es-mulado a ler um Exemplo:
texto por sen-r-se atraído pela temá-ca resumida no atulo. Pois o
atulo cumpre uma função importante: antecipar informações sobre
o assunto que será tratado no texto.
Em outras situações, você pode ter abandonado a leitura por-
que achou o atulo pouco atraente ou, ao contrário, sen-u-se atraí -
do pelo atulo de um livro ou de um 8lme, por exemplo. É muito
comum as pessoas se interessarem por temá-cas diferentes, de-
pendendo do sexo, da idade, escolaridade, pro8ssão, preferências
pessoais e experiência de mundo, entre outros fatores.
Mas, sobre que tema você gosta de ler? Esportes, namoro, se-
xualidade, tecnologia, ciências, jogos, novelas, moda, cuidados com
o corpo? Perceba, portanto, que as temá-cas são pra-camente in-
8nitas e saber reconhecer o tema de um texto é condição essen-
cial para se tornar um leitor hábil. Vamos, então, começar nossos
estudos?
Propomos, inicialmente, que você acompanhe um exercício
bem simples, que, intui-vamente, todo leitor faz ao ler um texto:
reconhecer o seu tema. Vamos ler o texto a seguir?

LÍNGUA PORTUGUESA
Os textos com 8nalidade humorís-ca podem ser divididos em
quatro categorias: anedotas, cartuns, -ras e charges.

Exemplo:

Na construção de um texto, ela pode aparecer em três mo-


dos: ironia verbal, ironia de situação e ironia dramá-ca (ou saarica).

Ironia verbal 
Ocorre quando se diz algo pretendendo expressar outro sig-
ni8cado, normalmente oposto ao sen-do literal. A expressão e a
intenção são diferentes. ANÁLISE E A INTERPRETAÇÃO DO TEXTO SEGUNDO O GÊ!
Exemplo: Você foi tão bem na prova! Tirou um zero incrível! NERO EM QUE SE INSCREVE
Compreender um texto trata da análise e decodi8cação do que
Ironia de situação de fato está escrito, seja das frases ou das ideias presentes. Inter-
A intenção e resultado da ação não estão alinhados, ou seja, o pretar um texto, está ligado às conclusões que se pode chegar ao
resultado é contrário ao que se espera ou que se planeja. conectar as ideias do texto com a realidade. Interpretação trabalha
Exemplo: Quando num texto literário uma personagem planeja com a subje-vidade, com o que se entendeu sobre o texto.
uma ação, mas os resultados não saem como o esperado. No li- Interpretar um texto permite a compreensão de todo e qual-
vro “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, a quer texto ou discurso e se amplia no entendimento da sua ideia
personagem atulo tem obsessão por 8car conhecida. Ao longo da principal. Compreender relações semân-cas é uma competência
vida, tenta de muitas maneiras alcançar a notoriedade sem suces- imprescindível no mercado de trabalho e nos estudos.
so. Após a morte, a personagem se torna conhecida. A ironia é que Quando não se sabe interpretar corretamente um texto pode-
planejou 8car famoso antes de morrer e se tornou famoso após a -se criar vários problemas, afetando não só o desenvolvimento pro-
morte. 8ssional, mas também o desenvolvimento pessoal.

Ironia dramá=ca (ou saFrica) Busca de sen+dos


 A ironia dramá=ca é um efeito de sen=do que ocorre nos textos Para a busca de sen-dos do texto, pode-se re-rar do mesmo
literários quando o leitor, a audiência, tem mais informações do que os  tópicos frasais presentes em cada parágrafo. Isso auxiliará na
tem um personagem sobre os eventos da narra=va e sobre inten- apreensão do conteúdo exposto.
ções de outros personagens. É um recurso usado para aprofundar Isso porque é ali que se fazem necessários, estabelecem uma
os signiNcados ocultos em diálogos e ações e que, quando captado relação hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias já
 pelo leitor, gera um clima de suspense, tragédia ou mesmo comé- citadas ou apresentando novos conceitos.
dia, visto que um personagem é posto em situações que geram con- Por 8m, concentre-se nas ideias que realmente foram explici-
 Oitos e mal-entendidos porque ele mesmo não tem ciência do todo tadas pelo autor. Textos argumenta-vos não costumam conceder
da narra=va. espaço para divagações ou hipóteses, supostamente con-das nas
Exemplo: Em livros com narrador onisciente, que sabe tudo o entrelinhas. Deve-se ater às ideias do autor, o que não quer dizer
que se passa na história com todas as personagens, é mais fácil apa- que o leitor precise 8car preso na superWcie do texto, mas é fun-
recer esse -po de ironia. A peça como Romeu e Julieta, por exem- damental que não sejam criadas suposições vagas e inespecí8cas.
plo, se inicia com a fala que relata que os protagonistas da história
irão morrer em decorrência do seu amor. As personagens agem ao Importância da interpretação
longo da peça esperando conseguir a-ngir seus obje-vos, mas a A prá-ca da leitura, seja por prazer, para estudar ou para se
plateia já sabe que eles não serão bem-sucedidos. informar, aprimora o vocabulário e dinamiza o raciocínio e a inter-
pretação. A leitura, além de favorecer o aprendizado de conteúdos
Humor especí8cos, aprimora a escrita.
Nesse caso, é muito comum a u-lização de situações que pare- Uma interpretação de texto asser-va depende de inúmeros fa-
çam cômicas ou surpreendentes para provocar o efeito de humor. tores. Muitas vezes, apressados, descuidamo-nos dos detalhes pre-
Situações cômicas ou potencialmente humorís-cas compar-- sentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz su8-
lham da caracterís-ca do efeito surpresa. O humor reside em ocor- ciente. Interpretar exige paciência e, por isso, sempre releia o texto,
rer algo fora do esperado numa situação. pois a segunda leitura pode apresentar aspectos surpreendentes
Há diversas situações em que o humor pode aparecer. Há as -- que não foram observados previamente. Para auxiliar na busca de
rinhas e charges, que aliam texto e imagem para criar efeito cômico; sen-dos do texto, pode-se também re-rar dele os tópicos frasais 
há anedotas ou pequenos contos; e há as crônicas, frequentemente presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na apreen-
acessadas como forma de gerar o riso. são do conteúdo exposto. Lembre-se de que os parágrafos não es-

LÍNGUA PORTUGUESA
tão organizados, pelo menos em um bom texto, de maneira aleató- Receita: texto instrucional e injun-vo que tem como obje-vo
ria, se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem necessários, de informar, aconselhar, ou seja, recomendam dando uma certa li-
estabelecendo uma relação hierárquica do pensamento defendido, berdade para quem recebe a informação.
retomando ideias já citadas ou apresentando novos conceitos.  
Concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo au- DISTINÇÃO DE FATO E OPINIÃO SOBRE ESSE FATO
tor: os textos argumenta-vos não costumam conceder espaço para
divagações ou hipóteses, supostamente con-das nas entrelinhas. Fato
Devemos nos ater às ideias do autor, isso não quer dizer que você O fato é algo que aconteceu ou está acontecendo. A existência
precise 8car preso na superWcie do texto, mas é fundamental que do fato pode ser constatada de modo indiscuavel. O fato pode é
não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e inespecí8cas. uma coisa que aconteceu e pode ser comprovado de alguma manei-
Ler com atenção é um exercício que deve ser pra-cado à exaustão, ra, através de algum documento, números, vídeo ou registro.
assim como uma técnica, que fará de nós leitores pro8cientes. Exemplo de fato:
A mãe foi viajar.
Diferença entre compreensão e interpretação
A compreensão de um texto é fazer uma análise obje-va do Interpretação
texto e veri8car o que realmente está escrito nele. Já a interpreta- É o ato de dar sen-do ao fato, de entendê-lo. Interpretamos
ção imagina o que as ideias do texto têm a ver com a realidade. O quando relacionamos fatos, os comparamos, buscamos suas cau-
leitor -ra conclusões subje-vas do texto. sas, previmos suas consequências.
Entre o fato e sua interpretação há uma relação lógica: se apon-
Gêneros Discursivos tamos uma causa ou consequência, é necessário que seja plausível.
Romance: descrição longa de ações e sen-mentos de perso- Se comparamos fatos, é preciso que suas semelhanças ou diferen-
nagens 8cacios, podendo ser de comparação com a realidade ou ças sejam detectáveis.
totalmente irreal. A diferença principal entre um romance e uma
novela é a extensão do texto, ou seja, o romance é mais longo. No Exemplos de interpretação:
romance nós temos uma história central e várias histórias secun- A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou-
dárias. tro país.
  A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua pro8ssão
Conto: obra de 8cção onde é criado seres e locais totalmente do que com a 8lha.
imaginário. Com linguagem linear e curta, envolve poucas perso-
nagens, que geralmente se movimentam em torno de uma única Opinião 
ação, dada em um só espaço, eixo temá-co e condito. Suas ações A opinião é a avaliação que se faz de um fato considerando um
encaminham-se diretamente para um desfecho.  juízo de valor. É um julgamento que tem como base a interpretação
  que fazemos do fato.
Novela: muito parecida com o conto e o romance, diferenciado Nossas opiniões costumam ser avaliadas pelo grau de coerên-
por sua extensão. Ela 8ca entre o conto e o romance, e tem a história cia que mantêm com a interpretação do fato. É uma interpretação
principal, mas também tem várias histórias secundárias. O tempo na do fato, ou seja, um modo par-cular de olhar o fato. Esta opinião
novela é baseada no calendário. O tempo e local são de8nidos pelas pode alterar de pessoa para pessoa devido a fatores socioculturais.
histórias dos personagens. A história (enredo) tem um ritmo mais ace-
lerado do que a do romance por ter um texto mais curto. Exemplos de opiniões que podem decorrer das interpretações
  anteriores:
Crônica: texto que narra o co-diano das pessoas, situações que A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou-
nós mesmos já vivemos e normalmente é u-lizado a ironia para tro país. Ela tomou uma decisão acertada.
mostrar um outro lado da mesma história. Na crônica o tempo não A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua pro8ssão
é relevante e quando é citado, geralmente são pequenos intervalos do que com a 8lha. Ela foi egoísta.
como horas ou mesmo minutos.
  Muitas vezes, a interpretação já traz implícita uma opinião.
Poesia: apresenta um trabalho voltado para o estudo da lin- Por exemplo, quando se mencionam com ênfase consequên-
guagem, fazendo-o de maneira par-cular, rede-ndo o momento, cias nega-vas que podem advir de um fato, se enaltecem previsões
a vida dos homens através de 8guras que possibilitam a criação de posi-vas ou se faz um comentário irônico na interpretação, já esta-
imagens. mos expressando nosso julgamento.
É muito importante saber a diferença entre o fato e opinião,
Editorial: texto disserta-vo argumenta-vo onde expressa a principalmente quando debatemos um tema polêmico ou quando
opinião do editor através de argumentos e fatos sobre um assunto analisamos um texto disserta-vo.
que está sendo muito comentado (polêmico). Sua intenção é con-
vencer o leitor a concordar com ele. Exemplo:
  A mãe viajou e deixou a 8lha só. Nem deve estar se importando
Entrevista: texto exposi-vo e é marcado pela conversa de um com o sofrimento da 8lha.
entrevistador e um entrevistado para a obtenção de informações.
Tem como principal caracterís-ca transmi-r a opinião de pessoas ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO E DOS PARÁGRAFOS
de destaque sobre algum assunto de interesse. Uma boa redação é dividida em ideias relacionadas entre si
ajustadas a uma ideia central que norteia todo o pensamento do
Can+ga de roda: gênero empírico, que na escola se materiali- texto. Um dos maiores problemas nas redações é estruturar as
za em uma concretude da realidade. A can-ga de roda permite as ideias para fazer com que o leitor entenda o que foi dito no texto.
crianças terem mais sen-do em relação a leitura e escrita, ajudando Fazer uma estrutura no texto para poder guiar o seu pensamento
os professores a iden-8car o nível de alfabe-zação delas. e o do leitor.

LÍNGUA PORTUGUESA
Parágrafo Língua escrita e língua falada
O parágrafo organizado em torno de uma ideia-núcleo, que é A língua escrita não é a simples reprodução grá8ca da língua
desenvolvida por ideias secundárias. O parágrafo pode ser forma- falada, por que os sinais grá8cos não conseguem registrar grande
do por uma ou mais frases, sendo seu tamanho variável. No texto parte dos elementos da fala, como o -mbre da voz, a entonação, e
disserta-vo-argumenta-vo, os parágrafos devem estar todos rela- ainda os gestos e a expressão facial. Na realidade a língua falada é
cionados com a tese ou ideia principal do texto, geralmente apre- mais descontraída, espontânea e informal, porque se manifesta na
sentada na introdução. conversação diária, na sensibilidade e na liberdade de expressão
do falante. Nessas situações informais, muitas regras determinadas
Embora existam diferentes formas de organização de parágra- pela língua padrão são quebradas em nome da naturalidade, da li-
fos, os textos disserta-vo-argumenta-vos e alguns gêneros jornalís- berdade de expressão e da sensibilidade es-lís-ca do falante.
-cos apresentam uma estrutura-padrão. Essa estrutura consiste em
três partes: a ideia-núcleo, as ideias secundárias (que desenvolvem Linguagem popular e linguagem culta
a ideia-núcleo) e a conclusão (que rea8rma a ideia-básica). Em pa- Podem valer-se tanto da linguagem popular quanto da lingua-
rágrafos curtos, é raro haver conclusão. gem culta. Obviamente a linguagem popular é mais usada na fala,
nas expressões orais co-dianas. Porém, nada impede que ela esteja
Introdução: faz uma rápida apresentação do assunto e já traz presente em poesias (o Movimento Modernista Brasileiro procurou
uma ideia da sua posição no texto, é normalmente aqui que você valorizar a linguagem popular), contos, crônicas e romances em que
irá iden-8car qual o problema do texto, o porque ele está sendo o diálogo é usado para representar a língua falada.
escrito. Normalmente o tema e o problema são dados pela própria
prova. Linguagem Popular ou Coloquial
Usada espontânea e duentemente pelo povo. Mostra-se quase
Desenvolvimento: elabora melhor o tema com argumentos e sempre rebelde à norma grama-cal e é carregada de vícios de lin-
ideias que apoiem o seu posicionamento sobre o assunto. É possí - guagem (solecismo – erros de regência e concordância; barbarismo
vel usar argumentos de várias formas, desde dados estaas-cos até  – erros de pronúncia, gra8a e dexão; ambiguidade; cacofonia; pleo-
citações de pessoas que tenham autoridade no assunto. nasmo), expressões vulgares, gírias e preferência pela coordenação,
que ressalta o caráter oral e popular da língua. A linguagem popular
Conclusão: faz uma retomada breve de tudo que foi abordado está presente nas conversas familiares ou entre amigos, anedotas,
e conclui o texto. Esta úl-ma parte pode ser feita de várias maneiras irradiação de esportes, programas de TV e auditório, novelas, na
diferentes, é possível deixar o assunto ainda aberto criando uma expressão dos esta dos emocionais etc.
pergunta redexiva, ou concluir o assunto com as suas próprias con-
clusões a par-r das ideias e argumentos do desenvolvimento. A Linguagem Culta ou Padrão
É a ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em que
Outro aspecto que merece especial atenção são os conecto- se apresenta com terminologia especial. É usada pelas pessoas ins-
res. São responsáveis pela coesão do texto e tornam a leitura mais truídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela obediên-
duente, visando estabelecer um encadeamento lógico entre as cia às normas grama-cais. Mais comumente usada na linguagem
ideias e servem de ligação entre o parágrafo, ou no interior do pe- escrita e literária, redete presagio social e cultural. É mais ar-8cial,
ríodo, e o tópico que o antecede. mais estável, menos sujeita a variações. Está presente nas aulas,
Saber usá-los com precisão, tanto no interior da frase, quanto conferências, sermões, discursos polí-cos, comunicações ciena8-
ao passar de um enunciado para outro, é uma exigência também cas, no-ciários de TV, programas culturais etc.
para a clareza do texto.
Sem os conectores (pronomes rela-vos, conjunções, advér- Gíria
bios, preposições, palavras denota-vas) as ideias não duem, muitas A gíria relaciona-se ao co-diano de certos grupos sociais como
vezes o pensamento não se completa, e o texto torna-se obscuro, arma de defesa contra as classes dominantes. Esses grupos u-lizam
sem coerência. a gíria como meio de expressão do co-diano, para que as mensa-
Esta estrutura é uma das mais u-lizadas em textos argumenta- gens sejam decodi8cadas apenas por eles mesmos.
-vos, e por conta disso é mais fácil para os leitores. Assim a gíria é criada por determinados grupos que divulgam
Existem diversas formas de se estruturar cada etapa dessa es- o palavreado para outros grupos até chegar à mídia. Os meios de
trutura de texto, entretanto, apenas segui-la já leva ao pensamento comunicação de massa, como a televisão e o rádio, propagam os
mais direto. novos vocábulos, às vezes, também inventam alguns. A gíria pode
acabar incorporada pela língua o8cial, permanecer no vocabulário
NÍVEIS DE LINGUAGEM de pequenos grupos ou cair em desuso.
Ex.: “chutar o pau da barraca”, “viajar na maionese”, “galera”,
De1nição de linguagem “mina”, “-po assim”.
Linguagem é qualquer meio sistemá-co de comunicar ideias
ou sen-mentos através de signos convencionais, sonoros, grá8cos, Linguagem vulgar
gestuais etc. A linguagem é individual e dexível e varia dependendo Existe uma linguagem vulgar relacionada aos que têm pouco
da idade, cultura, posição social, pro8ssão etc. A maneira de ar-- ou nenhum contato com centros civilizados. Na linguagem vulgar
cular as palavras, organizá-las na frase, no texto, determina nossa há estruturas com “nóis vai, lá”, “eu di um beijo”, “Ponhei sal na
comida”.
linguagem, nosso es-lo (forma de expressão pessoal).
As inovações linguís-cas, criadas pelo falante, provocam, com
Linguagem regional
o decorrer do tempo, mudanças na estrutura da língua, que só as
Regionalismos são variações geográ8cas do uso da língua pa-
incorpora muito lentamente, depois de aceitas por todo o grupo
drão, quanto às construções grama-cais e empregos de certas pala-
social. Muitas novidades criadas na linguagem não vingam na língua
vras e expressões. Há, no Brasil, por exemplo, os falares amazônico,
e caem em desuso.
nordes-no, baiano, duminense, mineiro, sulino.

LÍNGUA PORTUGUESA
Tipos e genêros textuais Tipo textual exposi+vo
Os +pos textuais con8guram-se como modelos 8xos e abran- A dissertação é o ato de apresentar ideias, desenvolver racio-
gentes que obje-vam a dis-nção e de8nição da estrutura, bem cínio, analisar contextos, dados e fatos, por meio de exposição,
como aspectos linguís-cos de narração, dissertação, descrição e discussão, argumentação e defesa do que pensamos. A dissertação
explicação. Eles apresentam estrutura de8nida e tratam da forma pode ser exposi-va ou argumenta-va.
como um texto se apresenta e se organiza. Existem cinco -pos clás- A dissertação-exposi-va é caracterizada por esclarecer um as-
sicos que aparecem em provas: descri-vo, injun-vo, exposi-vo (ou sunto de maneira atemporal, com o obje-vo de explicá-lo de ma-
disserta-vo-exposi-vo) disserta-vo e narra-vo. Vejamos alguns neira clara, sem intenção de convencer o leitor ou criar debate.
exemplos e as principais caracterís-cas de cada um deles.
Caracterís-cas principais:
Tipo textual descri+vo • Apresenta introdução, desenvolvimento e conclusão.
A descrição é uma modalidade de composição textual cujo • O obje-vo não é persuadir, mas meramente explicar, infor-
obje-vo é fazer um retrato por escrito (ou não) de um lugar, uma mar.
pessoa, um animal, um pensamento, um sen-mento, um objeto, • Normalmente a marca da dissertação é o verbo no presente.
um movimento etc. • Amplia-se a ideia central, mas sem subje-vidade ou defesa
Caracterís-cas principais: de ponto de vista.
• Os recursos formais mais encontrados são os de valor adje- • Apresenta linguagem clara e imparcial.
-vo (adje-vo, locução adje-va e oração adje-va), por sua função
caracterizadora. Exemplo:
• Há descrição obje-va e subje-va, normalmente numa enu- O texto disserta=vo consiste na ampliação, na discussão, no
meração. ques=onamento, na reOexão, na polemização, no debate, na ex-
• A noção temporal é normalmente está-ca.  pressão de um ponto de vista, na explicação a respeito de um de-
• Normalmente usam-se verbos de ligação para abrir a de8ni- terminado tema.
ção. Existem dois =pos de dissertação bem conhecidos: a disserta-
• Normalmente aparece dentro de um texto narra-vo. ção exposi=va (ou informa=va) e a argumenta=va (ou opina=va).
• Os gêneros descri-vos mais comuns são estes: manual, anún- Portanto, pode-se dissertar simplesmente explicando um as-
cio, propaganda, relatórios, biogra8a, tutorial. sunto, imparcialmente, ou discu=ndo-o, parcialmente.

Exemplo: Tipo textual disserta+vo-argumenta+vo


Era uma casa muito engraçada Este -po de texto — muito frequente nas provas de concur-
Não -nha teto, não -nha nada sos — apresenta posicionamentos pessoais e exposição de ideias
Ninguém podia entrar nela, não apresentadas de forma lógica. Com razoável grau de obje-vidade,
Porque na casa não -nha chão clareza, respeito pelo registro formal da língua e coerência, seu in-
Ninguém podia dormir na rede tuito é a defesa de um ponto de vista que convença o interlocutor
Porque na casa não -nha parede (leitor ou ouvinte).
Ninguém podia fazer pipi
Porque penico não -nha ali Caracterís-cas principais:
Mas era feita com muito esmero • Presença de estrutura básica (introdução, desenvolvimento
Na rua dos bobos, número zero e conclusão): ideia principal do texto (tese); argumentos (estraté-
(Vinícius de Moraes) gias argumenta-vas: causa-efeito, dados estaas-cos, testemunho
de autoridade, citações, confronto, comparação, fato, exemplo,
TIPO TEXTUAL INJUNTIVO enumeração...); conclusão (síntese dos pontos principais com su-
A injunção indica como realizar uma ação, aconselha, impõe, gestão/solução).
instrui o interlocutor. Chamado também de texto instrucional, o • U-liza verbos na 1ª pessoa (normalmente nas argumentações
-po de texto injun-vo é u-lizado para predizer acontecimentos e informais) e na 3ª pessoa do presente do indica-vo (normalmente
comportamentos, nas leis jurídicas. nas argumentações formais) para imprimir uma atemporalidade e
um caráter de verdade ao que está sendo dito.
Caracterís-cas principais: • Privilegiam-se as estruturas impessoais, com certas modali-
• Normalmente apresenta frases curtas e obje-vas, com ver- zações discursivas (indicando noções de possibilidade, certeza ou
bos de comando, com tom impera-vo; há também o uso do futuro probabilidade) em vez de juízos de valor ou sen-mentos exaltados.
do presente (10 mandamentos bíblicos e leis diversas). • Há um cuidado com a progressão temá-ca, isto é, com o
• Marcas de interlocução: voca-vo, verbos e pronomes de 2ª desenvolvimento coerente da ideia principal, evitando-se ro-
pessoa ou 1ª pessoa do plural, perguntas redexivas etc. deios.
Exemplo: Exemplo:
Impedidos do Alistamento Eleitoral (art. 5º do Código Eleito-  A maioria dos problemas existentes em um país em desenvol-
ral) – Não podem alistar-se eleitores: os que não saibam exprimir-se vimento, como o nosso, podem ser resolvidos com uma eNciente
na língua nacional, e os que estejam privados, temporária ou deN- administração polí=ca (tese) , porque a força governamental certa-
ni=vamente dos direitos polí=cos. Os militares são alistáveis, desde mente se sobrepõe a poderes paralelos, os quais – por negligência
que oNciais, aspirantes a oNciais, guardas-marinha, subtenentes ou de nossos representantes – vêm aterrorizando as grandes metró-
suboNciais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensino su-  poles. Isso Ncou claro no confronto entre a força militar do RJ e os
 perior para formação de oNciais. traNcantes, o que comprovou uma verdade simples: se for do desejo
dos polí=cos uma mudança radical visando o bem-estar da popula-
ção, isso é plenamente possível (estratégia argumenta.va: fato-

LÍNGUA PORTUGUESA
-exemplo). É importante salientar, portanto, que não devemos Ncar
Disserta-vo-argumenta-vo Editorial Jornalís-co
de mãos atadas à espera de uma a=tude do governo só quando o Carta de opinião
caos se estabelece; o povo tem e sempre terá de colaborar com uma Resenha
cobrança efe=va (conclusão). Ar-go
Ensaio
Tipo textual narra+vo Monogra8a, dissertação de
O texto narra-vo é uma modalidade textual em que se conta mestrado e tese de doutorado
um fato, 8cacio ou não, que ocorreu num determinado tempo e lu-
gar, envolvendo certos personagens. Toda narração tem um enredo, Narra-vo Romance
personagens, tempo, espaço e narrador (ou foco narra-vo). Novela
Crônica
Caracterís-cas principais: Contos de Fada
• O tempo verbal predominante é o passado. Fábula
• Foco narra-vo com narrador de 1ª pessoa (par-cipa da his- Lendas
tória – onipresente) ou de 3ª pessoa (não par-cipa da história –
onisciente). Sinte=zando: os -pos textuais são 8xos, 8nitos e tratam da for-
• Normalmente, nos concursos públicos, o texto aparece em ma como o texto se apresenta. Os gêneros textuais são duidos, in8-
prosa, não em verso. nitos e mudam de acordo com a demanda social.

Exemplo: INTERTEXTUALIDADE
Solidão A intertextualidade é um recurso realizado entre textos, ou
João era solteiro, vivia só e era feliz. Na verdade, a solidão era seja, é a induência e relação que um estabelece sobre o outro. As-
o que o tornava assim. Conheceu Maria, também solteira, só e fe- sim, determina o fenômeno relacionado ao processo de produção
liz. Tão iguais, a a8nidade logo se transforma em paixão. Casam-se. de textos que faz referência (explícita ou implícita) aos elementos
Dura poucas semanas. Não havia mesmo como dar certo: ao se uni- existentes em outro texto, seja a nível de conteúdo, forma ou de
rem, um -rou do outro a essência da felicidade. ambos: forma e conteúdo.
Nelson S. Oliveira Grosso modo, a intertextualidade é o diálogo entre textos, de
Fonte: h)ps://www.recantodasletras.com.br/contossur- forma que essa relação pode ser estabelecida entre as produções
reais/4835684  textuais que apresentem diversas linguagens (visual, audi-va, escri-
ta), sendo expressa nas artes (literatura, pintura, escultura, música,
GÊNEROS TEXTUAIS dança, cinema), propagandas publicitárias, programas televisivos,
Já os gêneros textuais (ou discursivos) são formas diferentes provérbios, charges, dentre outros.
de expressão comunica-va. As muitas formas de elaboração de um
texto se tornam gêneros, de acordo com a intenção do seu pro- Tipos de Intertextualidade
dutor. Logo, os gêneros apresentam maior diversidade e exercem • Paródia: perversão do texto anterior que aparece geralmen-
funções sociais especí8cas, próprias do dia a dia. Ademais, são te, em forma de crí-ca irônica de caráter humorís-co. Do grego (paro-
passíveis de modi8cações ao longo do tempo, mesmo que preser- dès), a palavra “paródia” é formada pelos termos “para” (semelhante)
vando caracterís-cas preponderantes. Vejamos, agora, uma tabela e “odes” (canto), ou seja, “um canto (poesia) semelhante a outro”. Esse
que apresenta alguns gêneros textuais classi8cados com os -pos recurso é muito u-lizado pelos programas humorís-cos.
textuais que neles predominam. • Paráfrase:  recriação de um texto já existente mantendo a
mesma ideia con-da no texto original, entretanto, com a u-lização
de outras palavras. O vocábulo “paráfrase”, do grego (paraphrasis),
Tipo Textual Predominante Gêneros Textuais
signi8ca a “repe-ção de uma sentença”.
Descri-vo Diário • Epígrafe: recurso bastante u-lizado em obras e textos ciena -
Relatos (viagens, históricos, etc.) 8cos. Consiste no acréscimo de uma frase ou parágrafo que tenha
Biogra8a e autobiogra8a alguma relação com o que será discu-do no texto. Do grego, o ter-
Noacia mo “epígrawe” é formado pelos vocábulos “epi” (posição superior)
Currículo e “graphé” (escrita).
Lista de compras • Citação: Acréscimo de partes de outras obras numa produção
Cardápio textual, de forma que dialoga com ele; geralmente vem expressa
Anúncios de classi8cados entre aspas e itálico, já que se trata da enunciação de outro autor.
Injun-vo Receita culinária Esse recurso é importante haja vista que sua apresentação sem re-
Bula de remédio lacionar a fonte u-lizada é considerado “plágio”. Do La-m, o termo
Manual de instruções “citação” (citare) signi8ca convocar.
Regulamento • Alusão: Faz referência aos elementos presentes em outros
Textos prescri-vos textos. Do La-m, o vocábulo “alusão” (alludere) é formado por dois
termos: “ad” (a, para) e “ludere” (brincar).
Exposi-vo Seminários • Outras formas de intertextualidade menos discu-das são
Palestras o pas-che, o sample, a tradução e a bricolagem.
Conferências
Entrevistas ARGUMENTAÇÃO
Trabalhos acadêmicos O ato de comunicação não visa apenas transmi-r uma informa-
Enciclopédia ção a alguém. Quem comunica pretende criar uma imagem posi-va
Verbetes de dicionários de si mesmo (por exemplo, a de um sujeito educado, ou inteligente,

LÍNGUA PORTUGUESA
ou culto), quer ser aceito, deseja que o que diz seja admi-do como ins-tuição bancária e sua an-guidade, esta tem peso argumenta--
verdadeiro. Em síntese, tem a intenção de convencer, ou seja, tem vo na a8rmação da con8abilidade de um banco. Portanto é provável
o desejo de que o ouvinte creia no que o texto diz e faça o que ele que se creia que um banco mais an-go seja mais con8ável do que
propõe. outro fundado há dois ou três anos.
Se essa é a 8nalidade úl-ma de todo ato de comunicação, todo Enumerar todos os -pos de argumentos é uma tarefa quase
texto contém um componente argumenta-vo. A argumentação é o impossível, tantas são as formas de que nos valemos para fazer as
conjunto de recursos de natureza linguís-ca des-nados a persuadir pessoas preferirem uma coisa a outra. Por isso, é importante enten-
a pessoa a quem a comunicação se des-na. Está presente em todo der bem como eles funcionam.
-po de texto e visa a promover adesão às teses e aos pontos de Já vimos diversas caracterís-cas dos argumentos. É preciso
vista defendidos. acrescentar mais uma: o convencimento do interlocutor, o auditó-
As pessoas costumam pensar que o argumento seja apenas rio, que pode ser individual ou cole-vo, será tanto mais fácil quanto
uma prova de verdade ou uma razão indiscuavel para comprovar a mais os argumentos es-verem de acordo com suas crenças, suas
veracidade de um fato. O argumento é mais que isso: como se disse expecta-vas, seus valores. Não se pode convencer um auditório
acima, é um recurso de linguagem u-lizado para levar o interlocu- pertencente a uma dada cultura enfa-zando coisas que ele abomi-
tor a crer naquilo que está sendo dito, a aceitar como verdadeiro o na. Será mais fácil convencê-lo valorizando coisas que ele considera
que está sendo transmi-do. A argumentação pertence ao domínio posi-vas. No Brasil, a publicidade da cerveja vem com frequência
da retórica, arte de persuadir as pessoas mediante o uso de recur- associada ao futebol, ao gol, à paixão nacional. Nos Estados Unidos,
sos de linguagem. essa associação certamente não sur-ria efeito, porque lá o futebol
Para compreender claramente o que é um argumento, é bom não é valorizado da mesma forma que no Brasil. O poder persuasivo
voltar ao que diz Aristóteles, 8lósofo grego do século IV a.C., numa de um argumento está vinculado ao que é valorizado ou desvalori-
obra in-tulada “Tópicos: os argumentos são úteis quando se tem de zado numa dada cultura.
escolher entre duas ou mais coisas”.
Se -vermos de escolher entre uma coisa vantajosa e uma des- ARGUMENTAÇÃO
vantajosa, como a saúde e a doença, não precisamos argumentar. O ato de comunicação não visa apenas transmi-r uma
Suponhamos, no entanto, que tenhamos de escolher entre duas informação a alguém. Quem comunica pretende criar uma imagem
coisas igualmente vantajosas, a riqueza e a saúde. Nesse caso, pre- posi-va de si mesmo (por exemplo, a de um sujeito educado,
cisamos argumentar sobre qual das duas é mais desejável. O argu- ou inteligente, ou culto), quer ser aceito, deseja que o que diz
mento pode então ser de8nido como qualquer recurso que torna seja admi-do como verdadeiro. Em síntese, tem a intenção de
uma coisa mais desejável que outra. Isso signi8ca que ele atua no convencer, ou seja, tem o desejo de que o ouvinte creia no que o
domínio do preferível. Ele é u-lizado para fazer o interlocutor crer texto diz e faça o que ele propõe.
que, entre duas teses, uma é mais provável que a outra, mais pos- Se essa é a 8nalidade úl-ma de todo ato de comunicação, todo
sível que a outra, mais desejável que a outra, é preferível à outra. texto contém um componente argumenta-vo. A argumentação é o
O obje-vo da argumentação não é demonstrar a verdade de conjunto de recursos de natureza linguís-ca des-nados a persuadir
um fato, mas levar o ouvinte a admi-r como verdadeiro o que o a pessoa a quem a comunicação se des-na. Está presente em todo
enunciador está propondo. -po de texto e visa a promover adesão às teses e aos pontos de
Há uma diferença entre o raciocínio lógico e a argumentação. vista defendidos.
O primeiro opera no domínio do necessário, ou seja, pretende As pessoas costumam pensar que o argumento seja apenas
demonstrar que uma conclusão deriva necessariamente das pre- uma prova de verdade ou uma razão indiscuavel para comprovar a
missas propostas, que se deduz obrigatoriamente dos postulados veracidade de um fato. O argumento é mais que isso: como se disse
admi-dos. No raciocínio lógico, as conclusões não dependem de acima, é um recurso de linguagem u-lizado para levar o interlocutor
crenças, de uma maneira de ver o mundo, mas apenas do encadea- a crer naquilo que está sendo dito, a aceitar como verdadeiro o que
mento de premissas e conclusões. está sendo transmi-do. A argumentação pertence ao domínio da
Por exemplo, um raciocínio lógico é o seguinte encadeamento: retórica, arte de persuadir as pessoas mediante o uso de recursos
A é igual a B. de linguagem.
A é igual a C. Para compreender claramente o que é um argumento, é bom
Então: C é igual a A. voltar ao que diz Aristóteles, 8lósofo grego do século IV a.C., numa
obra in-tulada “Tópicos: os argumentos são úteis quando se tem de
Admi-dos os dois postulados, a conclusão é, obrigatoriamente, escolher entre duas ou mais coisas”.
que C é igual a A. Se -vermos de escolher entre uma coisa vantajosa e
Outro exemplo: uma desvantajosa, como a saúde e a doença, não precisamos
Todo ruminante é um mamífero. argumentar. Suponhamos, no entanto, que tenhamos de escolher
A vaca é um ruminante. entre duas coisas igualmente vantajosas, a riqueza e a saúde. Nesse
Logo, a vaca é um mamífero. caso, precisamos argumentar sobre qual das duas é mais desejável.
O argumento pode então ser de8nido como qualquer recurso que
Admi-das como verdadeiras as duas premissas, a conclusão torna uma coisa mais desejável que outra. Isso signi8ca que ele atua
também será verdadeira. no domínio do preferível. Ele é u-lizado para fazer o interlocutor
No domínio da argumentação, as coisas são diferentes. Nele, crer que, entre duas teses, uma é mais provável que a outra, mais
a conclusão não é necessária, não é obrigatória. Por isso, deve-se possível que a outra, mais desejável que a outra, é preferível à outra.
mostrar que ela é a mais desejável, a mais provável, a mais plau- O obje-vo da argumentação não é demonstrar a verdade de
sível. Se o Banco do Brasil 8zer uma propaganda dizendo-se mais um fato, mas levar o ouvinte a admi-r como verdadeiro o que o
con8ável do que os concorrentes porque existe desde a chegada enunciador está propondo.
da família real portuguesa ao Brasil, ele estará dizendo-nos que um Há uma diferença entre o raciocínio lógico e a argumentação.
banco com quase dois séculos de existência é sólido e, por isso, con- O primeiro opera no domínio do necessário, ou seja, pretende
8ável. Embora não haja relação necessária entre a solidez de uma demonstrar que uma conclusão deriva necessariamente das

LÍNGUA PORTUGUESA
premissas propostas, que se deduz obrigatoriamente dos Quem disse a frase aí de cima não fui eu... Foi Einstein. Para
postulados admi-dos. No raciocínio lógico, as conclusões não ele, uma coisa vem antes da outra: sem imaginação, não há
dependem de crenças, de uma maneira de ver o mundo, mas conhecimento. Nunca o inverso.
apenas do encadeamento de premissas e conclusões. Alex José Periscinoto.
Por exemplo, um raciocínio lógico é o seguinte encadeamento: In: Folha de S. Paulo, 30/8/1993, p. 5-2
A é igual a B.
A é igual a C. A tese defendida nesse texto é que a imaginação é mais
Então: C é igual a B. importante do que o conhecimento. Para levar o auditório a aderir
a ela, o enunciador cita um dos mais célebres cien-stas do mundo.
Admi-dos os dois postulados, a conclusão é, obrigatoriamente, Se um Wsico de renome mundial disse isso, então as pessoas devem
que C é igual a A. acreditar que é verdade.
Outro exemplo:
Todo ruminante é um mamífero. Argumento de Quan+dade
A vaca é um ruminante. É aquele que valoriza mais o que é apreciado pelo maior
Logo, a vaca é um mamífero. número de pessoas, o que existe em maior número, o que tem maior
duração, o que tem maior número de adeptos, etc. O fundamento
Admi-das como verdadeiras as duas premissas, a conclusão desse -po de argumento é que mais = melhor. A publicidade faz
também será verdadeira. largo uso do argumento de quan-dade.
No domínio da argumentação, as coisas são diferentes. Nele,
a conclusão não é necessária, não é obrigatória. Por isso, deve- Argumento do Consenso
se mostrar que ela é a mais desejável, a mais provável, a mais É uma variante do argumento de quan-dade. Fundamenta-se
plausível. Se o Banco do Brasil 8zer uma propaganda dizendo- em a8rmações que, numa determinada época, são aceitas como
se mais con8ável do que os concorrentes porque existe desde a verdadeiras e, portanto, dispensam comprovações, a menos que
chegada da família real portuguesa ao Brasil, ele estará dizendo- o obje-vo do texto seja comprovar alguma delas. Parte da ideia
nos que um banco com quase dois séculos de existência é sólido de que o consenso, mesmo que equivocado, corresponde ao
e, por isso, con8ável. Embora não haja relação necessária entre indiscuavel, ao verdadeiro e, portanto, é melhor do que aquilo que
a solidez de uma ins-tuição bancária e sua an-guidade, esta tem não desfruta dele. Em nossa época, são consensuais, por exemplo,
peso argumenta-vo na a8rmação da con8abilidade de um banco. as a8rmações de que o meio ambiente precisa ser protegido e de
Portanto é provável que se creia que um banco mais an-go seja que as condições de vida são piores nos países subdesenvolvidos.
mais con8ável do que outro fundado há dois ou três anos. Ao con8ar no consenso, porém, corre-se o risco de passar dos
Enumerar todos os -pos de argumentos é uma tarefa quase argumentos válidos para os lugares comuns, os preconceitos e as
impossível, tantas são as formas de que nos valemos para fazer frases carentes de qualquer base ciena8ca.
as pessoas preferirem uma coisa a outra. Por isso, é importante
entender bem como eles funcionam. Argumento de Existência
Já vimos diversas caracterís-cas dos argumentos. É preciso É aquele que se fundamenta no fato de que é mais fácil aceitar
acrescentar mais uma: o convencimento do interlocutor, o aquilo que comprovadamente existe do que aquilo que é apenas
auditório, que pode ser individual ou cole-vo, será tanto mais provável, que é apenas possível. A sabedoria popular enuncia o
fácil quanto mais os argumentos es-verem de acordo com suas argumento de existência no provérbio “Mais vale um pássaro na
crenças, suas expecta-vas, seus valores. Não se pode convencer mão do que dois voando”.
um auditório pertencente a uma dada cultura enfa-zando coisas Nesse -po de argumento, incluem-se as provas documentais
que ele abomina. Será mais fácil convencê-lo valorizando coisas (fotos, estaas-cas, depoimentos, gravações, etc.) ou provas
que ele considera posi-vas. No Brasil, a publicidade da cerveja vem concretas, que tornam mais aceitável uma a8rmação genérica.
com frequência associada ao futebol, ao gol, à paixão nacional. Nos Durante a invasão do Iraque, por exemplo, os jornais diziam que o
Estados Unidos, essa associação certamente não sur-ria efeito, exército americano era muito mais poderoso do que o iraquiano.
porque lá o futebol não é valorizado da mesma forma que no Brasil. Essa a8rmação, sem ser acompanhada de provas concretas, poderia
O poder persuasivo de um argumento está vinculado ao que é ser vista como propagandís-ca. No entanto, quando documentada
valorizado ou desvalorizado numa dada cultura. pela comparação do número de canhões, de carros de combate, de
navios, etc., ganhava credibilidade.
Tipos de Argumento
Já veri8camos que qualquer recurso linguís-co des-nado Argumento quase lógico
a fazer o interlocutor dar preferência à tese do enunciador é um É aquele que opera com base nas relações lógicas, como causa
argumento. e efeito, analogia, implicação, iden-dade, etc. Esses raciocínios
são chamados quase lógicos porque, diversamente dos raciocínios
Argumento de Autoridade lógicos, eles não pretendem estabelecer relações necessárias
É a citação, no texto, de a8rmações de pessoas reconhecidas entre os elementos, mas sim ins-tuir relações prováveis, possíveis,
pelo auditório como autoridades em certo domínio do saber, plausíveis. Por exemplo, quando se diz “A é igual a B”, “B é igual a
para servir de apoio àquilo que o enunciador está propondo. Esse C”, “então A é igual a C”, estabelece-se uma relação de iden-dade
recurso produz dois efeitos dis-ntos: revela o conhecimento do lógica. Entretanto, quando se a8rma “Amigo de amigo meu é meu
produtor do texto a respeito do assunto de que está tratando; dá ao amigo” não se ins-tui uma iden-dade lógica, mas uma iden-dade
texto a garan-a do autor citado. É preciso, no entanto, não fazer do provável.
texto um amontoado de citações. A citação precisa ser per-nente e Um texto coerente do ponto de vista lógico é mais facilmente
verdadeira. Exemplo: aceito do que um texto incoerente. Vários são os defeitos que
“A imaginação é mais importante do que o conhecimento.” concorrem para desquali8car o texto do ponto de vista lógico: fugir
do tema proposto, cair em contradição, -rar conclusões que não se

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fundamentam nos dados apresentados, ilustrar a8rmações gerais - Uso de a8rmações tão amplas, que podem ser derrubadas por
com fatos inadequados, narrar um fato e dele extrair generalizações um único contra exemplo. Quando se diz “Todos os polí-cos são
indevidas. ladrões”, basta um único exemplo de polí-co honesto para destruir
o argumento.
Argumento do Atributo - Emprego de noções ciena8cas sem nenhum rigor, fora do
É aquele que considera melhor o que tem propriedades apicas contexto adequado, sem o signi8cado apropriado, vulgarizando-as e
daquilo que é mais valorizado socialmente, por exemplo, o mais atribuindo-lhes uma signi8cação subje-va e grosseira. É o caso, por
raro é melhor que o comum, o que é mais re8nado é melhor que o exemplo, da frase “O imperialismo de certas indústrias não permite
que é mais grosseiro, etc. que outras crescam”, em que o termo imperialismo é descabido,
Por esse mo-vo, a publicidade usa, com muita frequência, uma vez que, a rigor, signi8ca “ação de um Estado visando a reduzir
celebridades recomendando prédios residenciais, produtos de outros à sua dependência polí-ca e econômica”.
beleza, alimentos esté-cos, etc., com base no fato de que o
consumidor tende a associar o produto anunciado com atributos A boa argumentação é aquela que está de acordo com a situação
da celebridade. concreta do texto, que leva em conta os componentes envolvidos
Uma variante do argumento de atributo é o argumento da na discussão (o -po de pessoa a quem se dirige a comunicação, o
competência linguís-ca. A u-lização da variante culta e formal assunto, etc).
da língua que o produtor do texto conhece a norma linguís-ca Convém ainda alertar que não se convence ninguém com
socialmente mais valorizada e, por conseguinte, deve produzir um manifestações de sinceridade do autor (como eu, que não costumo
texto em que se pode con8ar. Nesse sen-do é que se diz que o men-r...) ou com declarações de certeza expressas em fórmulas
modo de dizer dá con8abilidade ao que se diz. feitas (como estou certo, creio 8rmemente, é claro, é óbvio, é
Imagine-se que um médico deva falar sobre o estado de evidente, a8rmo com toda a certeza, etc). Em vez de prometer,
saúde de uma personalidade pública. Ele poderia fazê-lo das duas em seu texto, sinceridade e certeza, auten-cidade e verdade, o
maneiras indicadas abaixo, mas a primeira seria in8nitamente mais enunciador deve construir um texto que revele isso. Em outros
adequada para a persuasão do que a segunda, pois esta produziria termos, essas qualidades não se prometem, manifestam-se na ação.
certa estranheza e não criaria uma imagem de competência do A argumentação é a exploração de recursos para fazer parecer
médico: verdadeiro aquilo que se diz num texto e, com isso, levar a pessoa a
- Para aumentar a con8abilidade do diagnós-co e levando em que texto é endereçado a crer naquilo que ele diz.
conta o caráter invasivo de alguns exames, a equipe médica houve Um texto disserta-vo tem um assunto ou tema e expressa um
por bem determinar o internamento do governador pelo período ponto de vista, acompanhado de certa fundamentação, que inclui
de três dias, a par-r de hoje, 4 de fevereiro de 2001. a argumentação, ques-onamento, com o obje-vo de persuadir.
- Para conseguir fazer exames com mais cuidado e porque Argumentar é o processo pelo qual se estabelecem relações
alguns deles são barrapesada, a gente botou o governador no para chegar à conclusão, com base em premissas. Persuadir é
hospital por três dias. um processo de convencimento, por meio da argumentação, no
qual procura-se convencer os outros, de modo a induenciar seu
Como dissemos antes, todo texto tem uma função
pensamento e seu comportamento.
argumenta-va, porque ninguém fala para não ser levado a sério,
A persuasão pode ser válida e não válida. Na persuasão
para ser ridicularizado, para ser desmen-do: em todo ato de
válida, expõem-se com clareza os fundamentos de uma ideia
comunicação deseja-se induenciar alguém. Por mais neutro que
ou proposição, e o interlocutor pode ques-onar cada passo
pretenda ser, um texto tem sempre uma orientação argumenta-va.
do raciocínio empregado na argumentação. A persuasão não
A orientação argumenta-va é uma certa direção que o falante
válida apoia-se em argumentos subje-vos, apelos subliminares,
traça para seu texto. Por exemplo, um jornalista, ao falar de um
homem público, pode ter a intenção de cri-cá-lo, de ridicularizá-lo chantagens sen-mentais, com o emprego de “apelações”, como a
ou, ao contrário, de mostrar sua grandeza. indexão de voz, a mímica e até o choro.
O enunciador cria a orientação argumenta-va de seu texto Alguns autores classi8cam a dissertação em duas modalidades,
dando destaque a uns fatos e não a outros, omi-ndo certos exposi-va e argumenta-va. Esta, exige argumentação, razões a favor
episódios e revelando outros, escolhendo determinadas palavras e e contra uma ideia, ao passo que a outra é informa-va, apresenta
não outras, etc. Veja: dados sem a intenção de convencer. Na verdade, a escolha dos
“O clima da festa era tão pací8co que até sogras e noras dados levantados, a maneira de expô-los no texto já revelam uma
trocavam abraços afetuosos.” “tomada de posição”, a adoção de um ponto de vista na dissertação,
ainda que sem a apresentação explícita de argumentos. Desse
ponto de vista, a dissertação pode ser de8nida como discussão,
O enunciador aí pretende ressaltar a ideia geral de que noras debate, ques-onamento, o que implica a liberdade de pensamento,
e sogras não se toleram. Não fosse assim, não teria escolhido esse a possibilidade de discordar ou concordar parcialmente. A liberdade
fato para ilustrar o clima da festa nem teria u-lizado o termo até, de ques-onar é fundamental, mas não é su8ciente para organizar
que serve para incluir no argumento alguma coisa inesperada. um texto disserta-vo. É necessária também a exposição dos
Além dos defeitos de argumentação mencionados quando fundamentos, os mo-vos, os porquês da defesa de um ponto de
tratamos de alguns -pos de argumentação, vamos citar outros: vista.
- Uso sem delimitação adequada de palavra de sen-do tão Pode-se dizer que o homem vive em permanente a-tude
amplo, que serve de argumento para um ponto de vista e seu argumenta-va. A argumentação está presente em qualquer -po de
contrário. São noções confusas, como paz, que, paradoxalmente, discurso, porém, é no texto disserta-vo que ela melhor se evidencia.
pode ser usada pelo agressor e pelo agredido. Essas palavras Para discu-r um tema, para confrontar argumentos e posições,
podem ter valor posi-vo (paz, jus-ça, hones-dade, democracia) é necessária a capacidade de conhecer outros pontos de vista e
ou vir carregadas de valor nega-vo (autoritarismo, degradação do seus respec-vos argumentos. Uma discussão impõe, muitas vezes,
meio ambiente, injus-ça, corrupção). a análise de argumentos opostos, antagônicos. Como sempre,

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LÍNGUA PORTUGUESA
essa capacidade aprende-se com a prá-ca. Um bom exercício A indução percorre o caminho inverso ao da dedução, baseiase
para aprender a argumentar e contra-argumentar consiste em em uma conexão ascendente, do par-cular para o geral. Nesse caso,
desenvolver as seguintes habilidades: as constatações par-culares levam às leis gerais, ou seja, parte de
- argumentação: anotar todos os argumentos a favor de fatos par-culares conhecidos para os fatos gerais, desconhecidos. O
uma ideia ou fato; imaginar um interlocutor que adote a posição percurso do raciocínio se faz do efeito para a causa. Exemplo:
totalmente contrária; O calor dilata o ferro (par-cular)
- contra-argumentação: imaginar um diálogo-debate e quais os O calor dilata o bronze (par-cular)
argumentos que essa pessoa imaginária possivelmente apresentaria O calor dilata o cobre (par-cular)
contra a argumentação proposta; O ferro, o bronze, o cobre são metais
- refutação: argumentos e razões contra a argumentação Logo, o calor dilata metais (geral, universal)
oposta.
Quanto a seus aspectos formais, o silogismo pode ser válido
A argumentação tem a 8nalidade de persuadir, portanto, e verdadeiro; a conclusão será verdadeira se as duas premissas
argumentar consiste em estabelecer relações para -rar conclusões também o forem. Se há erro ou equívoco na apreciação dos
válidas, como se procede no método dialé-co. O método dialé-co fatos, pode-se par-r de premissas verdadeiras para chegar a uma
não envolve apenas questões ideológicas, geradoras de polêmicas. conclusão falsa. Tem-se, desse modo, o so8sma. Uma de8nição
Trata-se de um método de inves-gação da realidade pelo estudo inexata, uma divisão incompleta, a ignorância da causa, a falsa
de sua ação recíproca, da contradição inerente ao fenômeno analogia são algumas causas do so8sma. O so8sma pressupõe
em questão e da mudança dialé-ca que ocorre na natureza e na má fé, intenção deliberada de enganar ou levar ao erro; quando o
sociedade. so8sma não tem essas intenções propositais, costuma-se chamar
Descartes (1596-1650), 8lósofo e pensador francês, criou esse processo de argumentação de paralogismo. Encontra-se um
o método de raciocínio silogís-co, baseado na dedução, que exemplo simples de so8sma no seguinte diálogo:
parte do simples para o complexo. Para ele, verdade e evidência - Você concorda que possui uma coisa que não perdeu?
são a mesma coisa, e pelo raciocínio torna-se possível chegar a - Lógico, concordo.
- Você perdeu um brilhante de 40 quilates?
conclusões verdadeiras, desde que o assunto seja pesquisado em
partes, começando-se pelas proposições mais simples até alcançar, - Claro que não!
por meio de deduções, a conclusão 8nal. Para a linha de raciocínio - Então você possui um brilhante de 40 quilates...
cartesiana, é fundamental determinar o problema, dividi-lo em
partes, ordenar os conceitos, simpli8cando-os, enumerar todos os Exemplos de so1smas:
seus elementos e determinar o lugar de cada um no conjunto da
Dedução
dedução.
A lógica cartesiana, até os nossos dias, é fundamental para a Todo professor tem um diploma (geral, universal)
argumentação dos trabalhos acadêmicos. Descartes propôs quatro Fulano tem um diploma (par-cular)
Logo, fulano é professor (geral – conclusão falsa)
regras básicas que cons-tuem um conjunto de redexos vitais, uma
série de movimentos sucessivos e conanuos do espírito em busca
da verdade: Indução
O Rio de Janeiro tem uma estátua do Cristo Redentor.
- evidência;
- divisão ou análise; (par-cular)
- ordem ou dedução; Taubaté (SP) tem uma estátua do Cristo Redentor. (par-cular)
Rio de Janeiro e Taubaté são cidades.
- enumeração.
Logo, toda cidade tem uma estátua do Cristo Redentor. (geral
A enumeração pode apresentar dois -pos de falhas: a omissão  – conclusão falsa)
e a incompreensão. Qualquer erro na enumeração pode quebrar o
encadeamento das ideias, indispensável para o processo dedu-vo. Nota-se que as premissas são verdadeiras, mas a conclusão pode
A forma de argumentação mais empregada na redação ser falsa. Nem todas as pessoas que têm diploma são professores;
nem todas as cidades têm uma estátua do Cristo Redentor. Comete-
acadêmica é o silogismo, raciocínio baseado nas regras cartesianas,
que contém três proposições: duas premissas, maior e menor, se erro quando se faz generalizações apressadas ou infundadas. A
e a conclusão. As três proposições são encadeadas de tal forma, “simples inspeção” é a ausência de análise ou análise super8cial
dos fatos, que leva a pronunciamentos subje-vos, baseados nos
que a conclusão é deduzida da maior por intermédio da menor. A
premissa maior deve ser universal, emprega todo, nenhum, pois sen-mentos não ditados pela razão.
alguns não caracteriza a universalidade. Tem-se, ainda, outros métodos, subsidiários ou não
fundamentais, que contribuem para a descoberta ou comprovação
Há dois métodos fundamentais de raciocínio: a dedução
(silogís-ca), que parte do geral para o par-cular, e a indução, que vai da verdade: análise, síntese, classi8cação e de8nição. Além desses,
do par-cular para o geral. A expressão formal do método dedu-vo existem outros métodos par-culares de algumas ciências, que
adaptam os processos de dedução e indução à natureza de uma
é o silogismo. A dedução é o caminho das consequências, baseia-se
em uma conexão descendente (do geral para o par-cular) que leva realidade par-cular. Pode-se a8rmar que cada ciência tem seu
à conclusão. Segundo esse método, par-ndo-se de teorias gerais, método próprio demonstra-vo, compara-vo, histórico etc. A
análise, a síntese, a classi8cação a de8nição são chamadas métodos
de verdades universais, pode-se chegar à previsão ou determinação
de fenômenos par-culares. O percurso do raciocínio vai da causa sistemá-cos, porque pela organização e ordenação das ideias visam
para o efeito. Exemplo: sistema-zar a pesquisa.
Análise e síntese são dois processos opostos, mas interligados;
Todo homem é mortal (premissa maior = geral, universal) a análise parte do todo para as partes, a síntese, das partes para
Fulano é homem (premissa menor = par-cular) o todo. A análise precede a síntese, porém, de certo modo, uma
depende da outra. A análise decompõe o todo em partes, enquanto
Logo, Fulano é mortal (conclusão)

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LÍNGUA PORTUGUESA
a síntese recompõe o todo pela reunião das partes. Sabe-se, porém, Para a clareza da dissertação, é indispensável que, logo na
que o todo não é uma simples justaposição das partes. Se alguém introdução, os termos e conceitos sejam de8nidos, pois, para
reunisse todas as peças de um relógio, não signi8ca que reconstruiu expressar um ques-onamento, deve-se, de antemão, expor clara
o relógio, pois fez apenas um amontoado de partes. Só reconstruiria e racionalmente as posições assumidas e os argumentos que as
todo se as partes es-vessem organizadas, devidamente combinadas,  jus-8cam. É muito importante deixar claro o campo da discussão e
seguida uma ordem de relações necessárias, funcionais, então, o a posição adotada, isto é, esclarecer não só o assunto, mas também
relógio estaria reconstruído. os pontos de vista sobre ele.
Síntese, portanto, é o processo de reconstrução do todo A de8nição tem por obje-vo a exa-dão no emprego da
por meio da integração das partes, reunidas e relacionadas num linguagem e consiste na enumeração das qualidades próprias
conjunto. Toda síntese, por ser uma reconstrução, pressupõe a de uma ideia, palavra ou objeto. De8nir é classi8car o elemento
análise, que é a decomposição. A análise, no entanto, exige uma conforme a espécie a que pertence, demonstra: a caracterís-ca que
decomposição organizada, é preciso saber como dividir o todo em o diferencia dos outros elementos dessa mesma espécie.
partes. As operações que se realizam na análise e na síntese podem Entre os vários processos de exposição de ideias, a de8nição
ser assim relacionadas: é um dos mais importantes, sobretudo no âmbito das ciências.
Análise: penetrar, decompor, separar, dividir. A de8nição ciena8ca ou didá-ca é denota-va, ou seja, atribui às
Síntese: integrar, recompor, juntar, reunir. palavras seu sen-do usual ou consensual, enquanto a conota-va ou
metafórica emprega palavras de sen-do 8gurado. Segundo a lógica
A análise tem importância vital no processo de coleta de ideias tradicional aristotélica, a de8nição consta de três elementos:
a respeito do tema proposto, de seu desdobramento e da criação de - o termo a ser de8nido;
abordagens possíveis. A síntese também é importante na escolha - o gênero ou espécie;
dos elementos que farão parte do texto. - a diferença especí8ca.
Segundo Garcia (1973, p.300), a análise pode ser formal ou
informa•. A análise formal pode ser ciena8ca ou experimental; O que dis-ngue o termo de8nido de outros elementos da
é caracterís-ca das ciências matemá-cas, Wsico-naturais e mesma espécie. Exemplo:
experimentais. A análise informal é racional ou total, consiste
em “discernir” por vários atos dis-ntos da atenção os elementos Na frase: O homem é um animal racional classi8ca-se:
cons-tu-vos de um todo, os diferentes caracteres de um objeto ou
fenômeno.
A análise decompõe o todo em partes, a classi8cação estabelece  
as necessárias relações de dependência e hierarquia entre as
partes. Análise e classi8cação ligam-se in-mamente, a ponto de se Elemento especiediferença
 a ser de8nidoespecí8ca
confundir uma com a outra, contudo são procedimentos diversos:
análise é decomposição e classi8cação é hierarquisação.
É muito comum formular de8nições de maneira defeituosa,
Nas ciências naturais, classi8cam-se os seres, fatos e fenômenos
por exemplo: Análise é quando  a gente decompõe o todo em
por suas diferenças e semelhanças; fora das ciências naturais, a
partes. Esse -po de de8nição é grama-calmente incorreto; quando
classi8cação pode-se efetuar por meio de um processo mais ou
é advérbio de tempo, não representa o gênero, a espécie, a gente é
menos arbitrário, em que os caracteres comuns e diferenciadores
forma coloquial não adequada à redação acadêmica. Tão importante
são empregados de modo mais ou menos convencional. A é saber formular uma de8nição, que se reco e G 1973
classi8cação, no reino animal, em ramos, classes, ordens, subordens, p 306 p de e m n o equ o d de8n o deno -
gêneros e espécies, é um exemplo de classi8cação natural, pelas P e e de8n o de e p e en o e u n e equ o
caracterís-cas comuns e diferenciadoras. A classi8cação dos o e mo de e e men e pe en e o êne o ou e em
variados itens integrantes de uma lista mais ou menos caó-ca é que e n u do me é um mó e e em que me e
ar-8cial. e men e n u d e n o me é um n umen o ou e men
ou n o
Exemplo: aquecedor, automóvel, barbeador, batata, caminhão, o êne o de e e u8 en emen e mp o p n u odo o
canário, jipe, leite, ônibus, pão, pardal, pintassilgo, queijo, relógio, e emp o e pe 8 o d o de8n d e u8 en emen e e o
sabiá, torradeira. p que d e en po e pe eb d em d 8 u d de
Aves: Canário, Pardal, Pintassilgo, Sabiá. de e e ob o men e 8 m - n o h em e d de
Alimentos: Batata, Leite, Pão, Queijo. de8n o qu ndo e d que o n u o n o é um p m
Mecanismos: Aquecedor, Barbeador, Relógio, Torradeira. de e e e p o O homem é um e o n o on - u
Veículos: Automóvel, Caminhão, Jipe, Ônibus. de8n o e po que e p o odo e o é um homem
n o é e d de o oé e o e n o é homem
Os elementos desta lista foram classi8cados por ordem de e e b e e on-d num ó pe odo Qu ndo de8n o
alfabé-ca e pelas a8nidades comuns entre eles. Estabelecer ou o que e p e end omo é mu o on é e de pe odo
critérios de classi8cação das ideias e argumentos, pela ordem ou de p o h m e e p o e mbém de8n o
de importância, é uma habilidade indispensável para elaborar e p nd d d
o desenvolvimento de uma redação. Tanto faz que a ordem seja de e e um e u u m - d u e o o e mo +
crescente, do fato mais importante para o menos importante, ou ópu e bo de o e + p ed - o o êne o + d un o
decrescente, primeiro o menos importante e, no 8nal, o impacto d e en
do mais importante; é indispensável que haja uma lógica na
classi8cação. A elaboração do plano compreende a classi8cação A de8n õe do d on o de n u o e po me o
das partes e subdivisões, ou seja, os elementos do plano devem de p e de8n ó ou e um ope o me n u -
obedecer a uma hierarquização. (Garcia, 1973, p. 302304.) que on e em e be e e um e o de equ ên en e
p e eu n 8 do

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NGUA PORTUGUESA
A o do e o d e - o e em u und men o ed b d ded u o d de d emb e eque õe e
emp e é und men p o u um po quê um o e d de no o po de um e o on - uem umen o de u o d de Ao
e ne e A e d de de um pon o de de e e demon d e um o o enun do u o enun do ne on-do
om umen o do O pon o de m ó oe on n nh de o n o que e e on de m dequ d p
do mundo n o em o en oe- e omp nh do de um e p ou u -8 um o ou enômeno e -po de umen o
und men o oe en e e dequ d em m e on8 m ó o que omp ob ó o
O mé odo und men de o n o e undo ó Apo o n on en u d de Ce 8 m õe d pen m
que o m bo d do n e o men e u m o e p o ou omp o o po eu on eúdo é e o omo do
u men o d d de do o À ee umen o é po on en o pe o meno em de e m n do e p o o o u u
e pode e onhe e e men e eu e emen o e u Ne e o n uem e
e õe ou ee p em e on u õe o n m e A de o que e p e um e d de un e o homem
de modo e m u ndo e n e u u do umen o Po o mo p mo d de
é p e o p ende e onhe e o e emen o que on - uem um A de o que é e den e po me m o do
umen o p em on u õe Depo de e onhe e e 8 po u do e om
e e emen o o e d de o ou o em e u d Qu ndo e p m o dom n o n e e u ou e é de
eo umen o e e p e o o e men e e h oe ên e n u e ub e- ou en-men o mo em õe que p óp
dequ o en e eu e emen o ou e h on d o P o o de onhe e mp pe o de o dem e é- o o
é que e p ende o p o e o de o n o po dedu o e po n o e d u e d e pe o é e o o do m e o nd
ndu o Adm -ndo e que o n é e on on u e que que p e e b u do
o umen o é um -po e pe 8 o de e o en e p em e
on u o Comp o o pe e pe ên ou ob e o A e d de de
P o ed men o A umen - o Con - uem o p o ed men o um o ou 8 m o pode e omp o d po me o de d do
umen - o m emp e do p omp o um 8 m o on e o e a - o ou do umen
e emp 8 o e p o enume o omp o Comp o o pe und men o ó A omp o o
emp 8 o P o u u -8 o pon o de po me o e e po me o de umen o on b e do n ó
de e emp o h e qu 8 m õe o e p e õe omun u e e o on equên u ond o o o ên
ne e -po de p o ed men o m mpo n e que upe o de o n o e d u em d u em e op n õe A de õe
m o ee n que mp e m e mbém d do e a - o u men o p onun men o p e õe que e p e m op n õe
omp nh do de e p e õe on de ndo o d do on o me pe o n o ub e- de em e u d de omp o d
o d do p e en do e e emp 8 o nd pe e ó o o p o m m e umo od 8 m o ou u o que
p e en o de u e on equên u ndo e omumen e e p e e um op n o pe o ó e d de e und men d n
e p e õe po que po qu n o po que um e que o que e dên do o ou e e omp nh d de p o d de
po u de em ude de em de po mo- o de do umen o po ém pode e on e d po me o d on
p o O ob e- o de e e u o umen - o é e p umen o ou e u o o o o p o e o de on
ou e e e o pon o de p e en do Pode e n umen o
e e ob e- o pe de8n o pe o e emunho e pe n e p e o Re u o pe o b u do eu e um 8m o
N e p o po de8n o emp e m e e p e õe omo que demon ndo o b u do d on equên emp o oé
d e denom n e h m e n e d de oé h ou on umen o do o de o n onhe d bu O obo e o
me ho no e emunho o omun e p e õe on o me o de o
e undo n op n o de no p e e de on o n e de de no Re u o po e u o on e em p opo h pó e e
en ende de no pen men o de A e p o e mbém pe p e mn p e en ndo e en o que que e u
nepe o em que o omun e u n e e p e õe p e e e d de
m de e pon o de De qu 8 o do umen o bu e o umen o
nume o e pe p e en o de um equên de op n o pe o ub e- do enun do e n ndo e
e emen o que omp o m um op n o omo enume o un e d de d 8 m o
de po meno e de o em um equên de empo em que o A que o umen o pe o e emunho de u o d de
equen e e p e õe p me o e undo po ú -mo n e on e em e u um umen o emp e ndo o e emunho de
depo nd em e u d en o p e en emen e n- men e u o d de que on m 8 m o p e en d
depo de n e de u men e ho e no p do u e men e De qu 8 d do on e o p e en do on e em
e pe - men e N enume o de o em um equên de de u o d do e demon ndo que o enun do
e p o emp e m e e u n e e p e õe o b eou e em d do o e o m - ou on u õe ou
ém d n e pe o de o edo de no do n p no n on equen e Po e emp o e n umen o 8 mou e po
ne o n nde d de no u no e e me o de d do e a - o que o on o e demo 8 o p odu o
Comp o An o e on e o du m ne de en o men o 8 m e que on u o é n on equen e po
de e e be e e omp o om 8n d de de omp o b e e em um e o de u e o d W de e omp o d
um de ou op n o N n o o omun e p e õe d P on umen p opõe e um e o n e o
me m o m omo n o qu n o m omo u men e de en o men o é que e o on o e demo 8 o
P e be e e on e emp e m e e p e õe m que Ap e en m e qu u e õe um do o e o po e p
meno que me ho que p o que de en o e um em que podem e n d e d p d
n e ou o -po de umen o emp e do p umen o de en o men o de ou o em e e e um em e em
o pode de pe u o de um e o d e - o en on m e e u d u e em e o p o ed men o que de em e do do
A umen o de u o d de O be no ó o de um u o d de p e bo o de um P no de Red o
e onhe d em e e do onhe men o d po o um
8 m o De m ne po u e e p o enun do

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NGUA PORTUGUESA
em O homem e m qu n ne e d de e o d e ou o m un o pode e d e que n e e u d de ume
e no ó un o de n o ó pe u d o e o omo mbém de d und
Que -on o em n o m o em n e o o e ponde u u um e que e de um e o om e pn u
ne o o um um pon o de d o po quê d e u u e u e n e e u d de é e o en e do
e po u -8 ndo um umen o b o e o e d po um o ou o
m n um pon o de opo o o umen o b oe A n e e u d de é o d o o en e e o O o e qu ndo
on u um on umen o pen o m de e u o um e o o e o e b ou n o e b de um m ne
que pode e e o umen o b o e en de qu 8 e u- de ou o n e bo o de u men em O do e o
e e -po de umen o – on e e o que d o om e – podem e do me mo êne o
Rede- ob e o on e o ou e e um o e de de ou de êne o d -n o e em me m 8n d de ou p opó o
que e e m d e ou nd e men e d o em de d e en e A m omo o ê on ou um h ó em
podem e d emen e ou o n d omo u e qu d nho pode u- o de um e o ena8 o m omo
on equên um poem pode e e de um e de mú ou um - o de
An de no d u e o om o em e om o op n o pode men on um p o é b o onhe do
umen o b o H m ne de um e o m n e n e e u d de om
e um e e o d de pe -nen e e o hendo que ou o en e e o o o e um o o ep odu o om
pode o e p o e d no e o e de n om m e ou p o du o p ou o d om o mp o o
em umen o u e que e p m e o obo m de do om o omo pon o de p -d o de endê o o - o o
umen o b o on o ou o omp o om ou o
e um e bo o do P no de Red o o n ndo um O e ud o o 8 m m que em odo o e o o o e um
equên n p e en o d de e e on d obede endo u de n e e u d de po qu ndo mo e e emo
p e p n p d e u u do e o que pode e m ou de enh mo p n mo mo d mo ou e emp e que no
meno e un e e p e mo e mo no endo de de e on e o que
o m o mu do po ou o p e 8m o mp o
n odu o ou me mo on d ê o m ou p n o h e o
un o o d ên e d e no o b o u men e o n po e e emp e – de m ne e p ou
de8n õe de ên e e no o mp – m n êm um e o om o que o o ou do
nd duo e o ed de pe n e o n o e no ó o ou do

De en o men o po de n e e u d de
p e en o de pe o po - o e ne - o do A n e e u d de on e e qu ndo h um e e ên
de en o men o e no ó o e p ou mp de um e o em ou o mbém pode
omo o de en o men o ena8 o e no ó o mod 8 ou o o e om ou om ém do e o mú p n u 8 me
ond õe de d no mundo u no e e od e que um ob 8 e u o ou o o e
e no opo o en e um o ed de n e e u d de
e no o men e de en o d e dependên e no ó do Po o é mpo n e p o e o o onhe men o de mundo
p e ubde en o do um be p é o p e onhe e e den-8 qu ndo h um
enume e d u- o o e de de en o men o o d o o en e o e o A n e e u d de pode o o e 8 m ndo
omp d de ho e om o d e o -po de d do me m de d ob d ou on e ndo
p do pon eme h n e d e en
n ond õe u de d no nde en o N pa á a p o mud d po ém de do
u b no e o é on8 m d pe o no o e o u oo o ep u
omo e pode u ên e e no o p hum n e 8 m o en-do ou un en-do do e o do d e
m o ed de om ou p o que o d o
A pa ód a é um o m de on e ou d u ou o
Con u o e o h um up u om deo o mpo e po o
e no o pode be ou e beneW o é ob e o de n e e e p o e ud o o d n u e d e
on equên m é8 O o e qu um hoque de n e p e o o do e o o n
n e e n e p e - do umen o e on umen o é e om d p n om eu en-do e o e o um
p e en do ede o - de u e d de n on e d n e o men e om
e e p o e o h um nd o ob e o do m e be e do
N u men e e e n o é o ún o nem o me ho p no de e um bu pe e d de e on eb d é do o noe
ed o é um do po e d - O p o m humo - o em u o onanuo de
n e e u d de é o nome d do e o que e e be e e e equen emen e o d u o de po - o o bo d do
en e do e o qu ndo um e o do e e e nduên n de m ne ôm e on e do p o o ndo o e mbém
o de um no o e o Pode e de8n en o n e e u d de ede o e pe o d dem o p - d pe e dom n n e
omo endo o de um e o p - de ou o e o A p e é um e u o b n e u- do em ob e o
e en e Dependendo d u o n e e u d de em ena8 o de de - o e enh mono 8 um e que
un õe d e en e que dependem mu o do e o on e o em on e no é mo de um e ou p o que enh um
que e é n e d e o om o que e d u-do no e o Do e o o e mo
O d o o pode o o e em d e e do onhe men o p g ab é o m do pe o o bu o p po o upe o e
n o e e n ndo ún e e u men e e o e o g aph e Como e emp o podemo um - o ob e
P môn o Cu u e ep e do 8 ó o o A ó e e 384 C 322
C A u u a o m ho on o o pa a a h

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NGUA PORTUGUESA
A C o é o A é mo de p e de ou ob num e und pe o
p odu o e u de o m que d o om e e e men e em O u o o um d e men e om o e o omo um
e p e en e p e o que e d enun o de ou o d o o e de um om oe om que o e o e
uo e e u o é mpo n e h que u p e en o n qu e omo ou o pe on em que p - p d h ó
em e on on e u- d é on de do p o Do -m o
e mo o a n8 on o e e pe o
Co o o e o num po o e en omo e pen
A Au o e e ên o e emen o p e en e em ou o ob e e o on e e O d o o n o o omo n n -
e o Do -m o o bu o u o a ud é o m do po do em p me pe o que ne e oo u o e e omo
e mo ad p e ud b n uém que e - e e pen on ndo o que d pe on em
d e
P + he é um e o ên um êne o
endo m o u o de e de8n e u n - e
A du o e no mpo d n e e u d de po que mp n m -d o e o po um ou o pe on en e h ó
e o de um e o é on d po m de um e 8 a o n o do pon o de
de um p ou o de e e bem p que quem e - e
den emen e n e e u d de e d o omp nh ndo e u n o 8que on u o
onhe men o de mundo que de e e omp - h do ou e
omum o p odu o e o e ep o de e o Coe ên
A n e e u d de p e upõe um un e o u u mu o um ede de n on en e p e e o odo de um e o
mp oe omp e o po mp den-8 o o e onhe men ode Con un o de un d de em - d num dequ d e o e
em õe ob ou e o e ho m ou meno onhe do m n- que e m n e n omp -b d de en e de N
ém de e do n e o u o p d de de n e p e un o n u em popu d e o om o ou um o b e om
d que o ou u o em que o ou
Coe ên é un d de de en-do e u n e d e o que e
n e e u d de e p e n e e u d de mp e be e e en e p e do e o Um de ud omp een
A n e e u d de pode e e d omo e p ou de ou p odu ndo um en-do ob u do qu d um
mp de o do om e o e be e d om o e o on e d p e nh en-do Coe ên é o em on un o do
ou e e m d e ou e m uben end d e emen o o m - o de um e o
A oe ên n o é pen um m e u m d e pe o
A n e e u d de e p o on e o e e õe em n- que pe m em un o do
–é men e den-8 d pe o e o e e emen o e u
– e be e e um e o d e om o e o on e A oe ên de um e o é men e dedu d po um ne
– p e en e emen o que den-8 m o e o on e de um n u qu ndo n o en on en-do ó o en e p opo
– n o e e que h dedu o po p e do e o õe de um enun do o ou e o ompe ên n u -
– pen pe omp een o do on eúdo om d em en-do o que pe m e e e n e e onhe e de
med o oe ên de um d u o
A n e e u d de mp
–n oé men e den-8 d pe o e o e A oe ên
– n o e be e e um e o d e om o e o on e en e no p no o n - o d n e b d de do e o
– n o p e en e emen o que den-8 m o e o on e u e n ub ên do e o e be e e one o on e
– e e que h dedu o n e ên en o e n e po u
p e do e o e e on e om m oe u u b h om o odo om
– e e que o e o e e o m onhe men o p é o p o pe o ob do e o
omp een o do on eúdo e be e e e õe de on eúdo en e p e e

PON O D V A Coe o
O modo omo o u o n u h ó p o o d e en e um on un o de e emen o po on do o on o do e o
en-do o e o em e o um ob em ê pon o num nh de equên e om o qu e e be e e um n u o
de d e en e on de do o e emen o d n o que ou one o equen e o n u o oe o e m -
omp eende pe pe - é d qu e on h ó e em oe o m - e e po me o do o bu o
e d po o d qu o n do - u n - Ape em e oe o e
de e - d e en e po b d de de Pon o de V em um A oe o e u é o e o one o en e p
n - on de e do pon o de omo und men O e p e õe ou e do e o m n e e po e emen o
n do ob e do e o n do pe on em m - que e em p e be e e n u o en e o ompo
nen e do e o
P me pe o em em n u Po u ue do -po de oe o e
Um pe on em n h ó p - de eu p óp o pon o que é ob-d pe e õe de nôn mo h pe ôn mo nome e
de ou e o e o u p me pe o Ne e o emo né o e o m e d d e m - que é on e u d p -
o o om en o de e mo o do pe on em podendo do emp e o dequ do de - o p onome d e- o de e m n do
também saber quais são seus pensamentos, o que causa uma advérbios e expressões adverbiais, conjunções e numerais.
leitura mais ín-ma. Da mesma maneira que acontece nas nossas A coesão:
vidas, existem algumas coisas das quais não temos conhecimento e - assenta-se no plano grama-cal e no nível frasal;
só descobrimos ao decorrer da história. - situa-se na superWcie do texto, estabele conexão sequencial;

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LÍNGUA PORTUGUESA
- relaciona-se com a microestrutura, trabalha com as partes so há uma indagação sobre os dogmas estabelecidos e uma busca
componentes do texto; pela verdade real, concebida através do raciocínio e da crí-ca. Os
- Estabelece relações entre os vocábulos no interior das frases. programas humorís-cos fazem uso conanuo dessa arte, frequente-
mente os discursos de polí-cos são abordados de maneira cômica
e contestadora, provocando risos e também redexão a respeito da
Intertextualidade é o nome dado à relação que se estabelece demagogia pra-cada pela classe dominante.
entre dois textos, quando um texto já criado exerce induência na
criação de um novo texto. Pode-se de8nir, então, a intertextualida- A  Epígrafe  é um recurso bastante u-lizado em obras, textos
de como sendo a criação de um texto a par-r de outro texto já exis- ciena8cos, desde ar-gos, resenhas, monogra8as, uma vez que con-
tente. Dependendo da situação, a intertextualidade tem funções siste no acréscimo de uma frase ou parágrafo que tenha alguma re-
diferentes que dependem muito dos textos/contextos em que ela lação com o que será discu-do no texto. Do grego, o termo “epígra-
é inserida.  be” é formado pelos vocábulos “epi ” (posição superior) e “graphé”
O diálogo pode ocorrer em diversas áreas do conhecimento, (escrita). Como exemplo podemos citar um ar-go sobre Patrimônio
não se restringindo única e exclusivamente a textos literários. Cultural e a epígrafe do 8lósofo Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.): “ A
Em alguns casos pode-se dizer que a intertextualidade assume cultura é o melhor conforto para a velhice”.
a função de não só persuadir o leitor como também de difundir a
cultura, uma vez que se trata de uma relação com a arte (pintura, A Citação é o Acréscimo de partes de outras obras numa pro-
escultura, literatura etc). Intertextualidade é a relação entre dois dução textual, de forma que dialoga com ele; geralmente vem ex-
textos caracterizada por um citar o outro. pressa entre aspas e itálico, já que se trata da enunciação de outro
A intertextualidade é o diálogo entre textos. Ocorre quando um autor. Esse recurso é importante haja vista que sua apresentação
texto (oral, escrito, verbal ou não verbal), de alguma maneira, se sem relacionar a fonte u-lizada é considerado “plágio”. Do La-m, o
u-liza de outro na elaboração de sua mensagem. Os dois textos – a termo “citação” (citare) signi8ca convocar.
fonte e o que dialoga com ela – podem ser do mesmo gênero ou
de gêneros dis-ntos, terem a mesma 8nalidade ou propósitos di- A  Alusão  faz referência aos elementos presentes em outros
ferentes. Assim, como você constatou, uma história em quadrinhos textos. Do La-m, o vocábulo “alusão” (alludere) é formado por dois
pode u-lizar algo de um texto ciena8co, assim como um poema termos: “ad ” (a, para) e “ludere” (brincar).
pode valer-se de uma letra de música ou um ar-go de opinião pode
mencionar um provérbio conhecido. Pas+che é uma recorrência a um gênero.
Há várias maneiras de um texto manter intertextualidade com
outro, entre elas, ao citá-lo, ao resumi-lo, ao reproduzi-lo com ou- A Tradução está no campo da intertextualidade porque implica
tras palavras, ao traduzi-lo para outro idioma, ao ampliá-lo, ao to- a recriação de um texto.
má-lo como ponto de par-da, ao defendê-lo, ao cri-cá-lo, ao ironi-
zá-lo ou ao compará-lo com outros. Evidentemente, a intertextualidade está ligada ao “conheci-
Os estudiosos a8rmam que em todos os textos ocorre algum mento de mundo”, que deve ser compar-lhado, ou seja, comum ao
grau de intertextualidade, pois quando falamos, escrevemos, de- produtor e ao receptor de textos.
senhamos, pintamos, moldamos, ou seja, sempre que nos expres- A intertextualidade pressupõe um universo cultural muito am-
samos, estamos nos valendo de ideias e conceitos que já foram plo e complexo, pois implica a iden-8cação / o reconhecimento de
formulados por outros para rea8rmá-los, ampliá-los ou mesmo con- remissões a obras ou a textos / trechos mais, ou menos conhecidos,
tradizê-los. Em outras palavras, não há textos absolutamente origi- além de exigir do interlocutor a capacidade de interpretar a função 
nais, pois eles sempre – de maneira explícita ou implícita – mantêm daquela citação ou alusão em questão.
alguma relação com algo que foi visto, ouvido ou lido.
Intertextualidade explícita e intertextualidade implícita
Tipos de Intertextualidade A intertextualidade pode ser caracterizada como explícita ou
A intertextualidade acontece quando há uma referência ex- implícita, de acordo com a relação estabelecida com o texto fonte,
plícita ou implícita de um texto em outro. Também pode ocorrer ou seja, se mais direta ou se mais subentendida.
com outras formas além do texto, música, pintura, 8lme, novela etc.
Toda vez que uma obra 8zer alusão à outra ocorre a intertextuali- A intertextualidade explícita:
dade.  – é facilmente iden-8cada pelos leitores;
Por isso é importante para o leitor o conhecimento de mundo,  – estabelece uma relação direta com o texto fonte;
um saber prévio, para reconhecer e iden-8car quando há um diá-  – apresenta elementos que iden-8cam o texto fonte;
logo entre os textos. A intertextualidade pode ocorrer a8rmando as  – não exige que haja dedução por parte do leitor;
mesmas ideias da obra citada ou contestando-as.  – apenas apela à compreensão do conteúdos.

Na paráfrase as palavras são mudadas, porém a ideia do texto A intertextualidade implícita:


é con8rmada pelo novo texto, a alusão ocorre para atualizar, rea-  – não é facilmente iden-8cada pelos leitores;
8rmar os sen-dos ou alguns sen-dos do texto citado. É dizer com  – não estabelece uma relação direta com o texto fonte;
outras palavras o que já foi dito.  – não apresenta elementos que iden-8cam o texto fonte;
 – exige que haja dedução, inferência, atenção e análise por par-
A paródia é uma forma de contestar ou ridicularizar outros tex- te dos leitores;
tos, há uma ruptura com as ideologias impostas e por isso é objeto  – exige que os leitores recorram a conhecimentos prévios para
de interesse para os estudiosos da língua e das artes. Ocorre, aqui, a compreensão do conteúdo.
um choque de interpretação, a voz do texto original é retomada
para transformar seu sen-do, leva o leitor a uma redexão crí-ca
de suas verdades incontestadas anteriormente, com esse proces-

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LÍNGUA PORTUGUESA

 CONSTRUÇÃO DE SENTIDO E EFEITOS DE SENTIDO MSEMÂNTICAP; DENOTAÇÃO MSENTIDO LITERALP E CONOTAÇÃO


MSENTIDO FIGURADOP; RELAÇÕES LEXICAIS

Signi1cação de palavras
As palavras podem ter diversos sen-dos em uma comunicação. E isso também é estudado pela Gramá-ca Norma-va: quem cuida
dessa parte é a Semân-ca, que se preocupa, justamente, com os signi8cados das palavras. Veremos, então, cada um dos conteúdos que
compõem este estudo.

Antônimo e Sinônimo
Começaremos por esses dois, que já são famosos.

O Antônimo são palavras que têm sen-dos opostos a outras. Por exemplo, felicidade é o antônimo de tristeza, porque o signi8cado de
uma é o oposto da outra. Da mesma forma ocorre comhomem que é antônimo de mulher .

Já o sinônimo são palavras que têm sen-dos aproximados e que podem, inclusive, subs-tuir a outra. O uso de sinônimos é muito im-
portante para produções textuais, porque evita que você 8que repe-ndo a mesma palavra várias vezes. U-lizando os mesmos exemplos,
para 8car claro: felicidade é sinônimo de alegria/contentamento e homem é sinônimo de macho/varão.

Hipônimos e Hiperônimos
Estes conceitos são simples de entender: o hipônimo designa uma palavra de sen-do mais especí8co, enquanto que o hiperônimo 
designa uma palavra de sen-do mais genérico. Por exemplo,cachorro e gato são hipônimos, pois têm sen-do especí8co. E animais domés-
=cos é uma expressão hiperônima, pois indica um sen-do mais genérico de animais. Atenção: não confunda hiperônimo com substan-vo
cole-vo. Hiperônimos estão no ramo dos sen-dos das palavras, beleza?!?!

Outros conceitos que agem diretamente no sen-do das palavras são os seguintes:

Conotação e Denotação
Observe as frases:
 Amo pepino na salada.
Tenho um pepino para resolver.

As duas frases têm uma palavra em comum: pepino. Mas essa palavra tem o mesmo sen-do nos dois enunciados? Isso mesmo, não!
Na primeira frase, pepino está no sen-do denota+vo, ou seja, a palavra está sendo usada no sen-do próprio, comum, dicionarizado.
Já na segunda frase, a mesma palavra está no sen-ndo conota+vo, pois ela está sendo usada no sen-do 8gurado e depende do con-
texto para ser entendida.
Para facilitar: denota-vo começa com D de dicionário e conota-vo começa com C de contexto.

Por 8m, vamos tratar de um recurso muito usado em propagandas:

Ambiguidade
Observe a propaganda abaixo:

h)ps://redacaonocafe.wordpress.com/2012/05/22/ambiguidade-na-propaganda/ 

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LÍNGUA PORTUGUESA
Perceba que há uma duplicidade de sen-do nesta construção. Por meio do -po de linguagem que usamos, do tom de voz que
Podemos interpretar que os móveis não durarão no estoque da loja, empregamos, etc., transmi-mos uma imagem nossa, não raro in-
por estarem com preço baixo; ou que por estarem muito barato, conscientemente.
não têm qualidade e, por isso, terão vida ú-l curta. Emprega-se a expressão função emo-va para designar a u-li-
Essa duplicidade acontece por causa da ambiguidade, que é zação da linguagem para a manifestação do enunciador, isto é, da-
 justamente a duplicidade de sen-dos que podem haver em uma quele que fala.
palavra, frase ou textos inteiros.
Exemplo: Nós te amamos!

Função Cona+va
INTERTEXTUALIDADE A função cona-va ou apela-va é caracterizada por uma lingua-
gem persuasiva com a 8nalidade de convencer o leitor. Por isso, o
Prezado Candidato, o tema acima supracitado, já foi abordado grande foco é no receptor da mensagem.
em tópicos anteriores. Trata-se de uma função muito u-lizada nas propagandas, pu-
blicidades e discursos polí-cos, a 8m de induenciar o receptor por
meio da mensagem transmi-da.
Esse -po de texto costuma se apresentar na segunda ou na ter-
FUNÇÕES DA LINGUAGEM ceira pessoa com a presença de verbos no impera-vo e o uso do
voca-vo.
Funções da linguagem são recursos da comunicação que, de Não se interfere no comportamento das pessoas apenas com
acordo com o obje-vo do emissor, dão ênfase à mensagem trans- a ordem, o pedido, a súplica. Há textos que nos induenciam de ma-
mi-da, em função do contexto em que o ato comunica-vo ocorre. neira bastante su-l, com tentações e seduções, como os anúncios
São seis as funções da linguagem, que se encontram direta- publicitários que nos dizem como seremos bem-sucedidos, atraen-
mente relacionadas com os elementos da comunicação. tes e charmosos se usarmos determinadas marcas, se consumirmos
certos produtos.
Funções da Linguagem Elementos da Com essa função, a linguagem modela tanto bons cidadãos,
Comunicação que colocam o respeito ao outro acima de tudo, quanto esperta-
lhões, que só pensam em levar vantagem, e indivíduos atemoriza-
Função referencial ou denota-va contexto dos, que se deixam conduzir sem ques-onar.
Função emo-va ou expressiva emissor Exemplos: Só amanhã, não perca!
Função apela-va ou cona-va receptor Vote em mim!

Função poé-ca mensagem Função Poé+ca


Função fá-ca canal Esta função é caracterís-ca das obras literárias que possui
como marca a u-lização do sen-do conota-vo das palavras.
Função metalinguís-ca código
Nela, o emissor preocupa-se de que maneira a mensagem será
transmi-da por meio da escolha das palavras, das expressões, das
Função Referencial
8guras de linguagem. Por isso, aqui o principal elemento comunica-
A função referencial tem como obje-vo principal informar, re-
-vo é a mensagem.
ferenciar algo. Esse -po de texto, que é voltado para o contexto da
A função poé-ca não pertence somente aos textos literários.
comunicação, é escrito na terceira pessoa do singular ou do plural,
Podemos encontrar a função poé-ca também na publicidade ou
o que enfa-za sua impessoalidade.
nas expressões co-dianas em que há o uso frequente de metáforas
Para exempli8car a linguagem referencial, podemos citar os
(provérbios, anedotas, trocadilhos, músicas).
materiais didá-cos, textos jornalís-cos e ciena8cos. Todos eles, por
meio de uma linguagem denota-va, informam a respeito de algo,
sem envolver aspectos subje-vos ou emo-vos à linguagem. Exemplo:
“Basta-me um pequeno gesto,
Exemplo de uma noacia:  feito de longe e de leve,
O resultado do terceiro levantamento feito pela Aliança Global  para que venhas comigo
 para A=vidade Física de Crianças — en=dade internacional dedica- e eu para sempre te leve...” 
da ao esFmulo da adoção de hábitos saudáveis pelos jovens — foi (Cecília Meireles)
decepcionante. Realizado em 49 países de seis con=nentes com o
obje=vo de aferir o quanto crianças e adolescentes estão fazendo Função Fá+ca
exercícios ksicos, o estudo mostrou que elas estão muito sedentá- A função fá-ca tem como principal obje-vo estabelecer um ca-
rias. Em 75% das nações par=cipantes, o nível de a=vidade ksica nal de comunicação entre o emissor e o receptor, quer para iniciar a
 pra=cado por essa faixa etária está muito abaixo do recomendado transmissão da mensagem, quer para assegurar a sua con-nuação.
 para garan=r um crescimento saudável e um envelhecimento de A ênfase dada ao canal comunica-vo.
qualidade — com bom condicionamento ksico, músculos e esquele- Esse -po de função é muito u-lizado nos diálogos, por exem-
tos fortes e funções cogni=vas preservadas. De “A” a “F”, a maioria plo, nas expressões de cumprimento, saudações, discursos ao tele-
dos países =rou nota “D”. fone, etc.

Função Emo+va Exemplo:


Caracterizada pela subje-vidade com o obje-vo de emocionar. -- Calor, não é!?
É centrada no emissor, ou seja, quem envia a mensagem. A mensa- -- Sim! Li na previsão que iria chover.
gem não precisa ser clara ou de fácil entendimento. -- Pois é...

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LÍNGUA PORTUGUESA
Função Metalinguís+ca  – A pronúncia do “l” 8nal de sílaba como “u” (na maioria das
É caracterizada pelo uso da metalinguagem, ou seja, a lingua- regiões do Brasil) ou como “l” (em certas regiões do Rio Grande
gem que se refere a ela mesma. Dessa forma, o emissor explica um do Sul e Santa Catarina) ou ainda como “r” (na linguagem caipira):
código u-lizando o próprio código. quintau, quintar, quintal; pastéu, paster, pastel; faróu, farór, farol .
Nessa categoria, os textos metalinguís-cos que merecem des-  – deslocamento do “r” no interior da sílaba:largato, preguntar,
taque são as gramá-cas e os dicionários. estrupo, cardeneta, apicos de pessoas de baixa condição social.
Um texto que descreva sobre a linguagem textual ou um do-  – a queda do “r” 8nal dos verbos, muito comum na linguagem
cumentário cinematográ8co que fala sobre a linguagem do cinema oral no português: falá, vendê, cur- (em vez de cur-r), compô.
são alguns exemplos.  – o acréscimo de vogal no início de certas palavras: eu me
Exemplo: alembro, o pássaro avoa, formas comuns na linguagem clássica,
Amizade s.f.: 1. sen-mento de grande afeição, simpa-a, apreço hoje frequentes na fala caipira.
entre pessoas ou en-dades. “sen=a-se feliz com a amizade do seu  – a queda de sons no início de palavras: ocê, cê, ta, tava, ma-
mestre”  relo (amarelo), margoso (amargoso), caracterís-cas na linguagem
2. POR METONÍMIA: quem é amigo, companheiro, camarada. oral coloquial.
“é uma de suas amizades Néis” 
Variações Sintá+cas
Correlação entre as palavras da frase. No domínio da sintaxe,
como no da morfologia, não são tantas as diferenças entre uma va-
VARIEDADES LING UÍSTICAS riante e outra. Como exemplo, podemos citar:
 – a subs-tuição do pronome rela-vo “cujo” pelo pronome
É possível encontrar no Brasil diversas variações linguís-cas, “que” no início da frase mais a combinação da preposição “de” com
como na linguagem regional. Elas reúnem as variantes da língua o pronome “ele” (=dele): É um amigo que eu já conhecia a família
que foram criadas pelos homens e são reinventadas a cada dia. dele (em vez de cuja família eu já conhecia).
Delas surgem as variações que envolvem vários aspectos histó-  – a mistura de tratamento entre tu e você, sobretudo quando
ricos, sociais, culturais, geográ8cos, entre outros. se trata de verbos no impera-vo: Entra, que eu quero falar com
você (em vez de con=go); Fala baixo que a sua (em vez de tua) voz
Nenhuma língua é usada de maneira uniforme por todos os
me irrita.
seus falantes em todos os lugares e em qualquer situação. Sabe-se
 – ausência de concordância do verbo com o sujeito: Eles che-
que, numa mesma língua, há formas dis-ntas para traduzir o mes-
gou tarde (em grupos de baixa extração social); Faltou naquela se-
mo signi8cado dentro de um mesmo contexto.
mana muitos alunos; Comentou-se os episódios.
As variações que dis-nguem uma variante de outra se mani-
 – o uso de pronomes do caso reto com outra função que não
festam em quatro planos dis-ntos, a saber: fônico, morfológico,
a de sujeito: encontrei ele (em vez de encontrei-o) na rua; não irão
sintá-co e lexical. sem você e eu (em vez de mim); nada houve entre tu (em vez de -)
e ele.
Variações Morfológicas  – o uso do pronome lhe como objeto direto: não lhe (em vez de
Ocorrem nas formas cons-tuintes da palavra. As diferenças en- “o”) convidei; eu lhe (em vez de “o”) vi ontem.
tre as variantes não são tantas quanto as de natureza fônica, mas  – a ausência da preposição adequada antes do pronome rela--
não são desprezíveis. Como exemplos, podemos citar: vo em função de complemento verbal: são pessoas que (em vez de:
 – uso de substan-vos masculinos como femininos ou vice- de que) eu gosto muito; este é o melhor 8lmeque (em vez de a que)
-versa: duzentas gramas de presunto (duzentos), a champanha (o eu assis-; você é a pessoa que (em vez de em que) eu mais con8o.
champanha), -ve muita dó dela (muito dó), mistura do cal (da cal).
 – a omissão do “s” como marca de plural de substan-vos e ad- Variações Léxicas
 je-vos (apicos do falar paulistano): os amigo e as amiga, os livro Conjunto de palavras de uma língua. As variantes do plano do
indicado, as noite fria, os caso mais comum. léxico, como as do plano fônico, são muito numerosas e caracteri-
 – o enfraquecimento do uso do modo subjun-vo: Espero que o zam com ni-dez uma variante em confronto com outra. São exem-
Brasil reOete (redita) sobre o que aconteceu nas úl-mas eleições; Se plos possíveis de citar:
eu estava (es-vesse) lá, não deixava acontecer; Não é possível que  – as diferenças lexicais entre Brasil e Portugal são tantas e, às
ele esforçou (tenha se esforçado) mais que eu. vezes, tão surpreendentes, que têm sido objeto de piada de lado a
 – o uso do pre8xo hiper- em vez do su8xo -íssimo para criar o lado do Oceano. Em Portugal chamam de cueca aquilo que no Brasil
superla-vo de adje-vos, recurso muito caracterís-co da linguagem chamamos de calcinha; o que chamamos de Nla no Brasil, em Por-
 jovem urbana: um cara hiper-humano (em vez de humaníssimo), tugal chamam de bicha; café da manhã em Portugal se diz pequeno
uma prova hiperdikcil  (em vez de di8cílima), um carro hiperpossan- almoço; camisola em Portugal traduz o mesmo que chamamos de
te (em vez de possanassimo). suéter, malha, camiseta.
 – a conjugação de verbos irregulares pelo modelo dos regula-  – a escolha do adje-vo maior   em vez do advérbio muito para
res: ele interviu (interveio), se ele manter  (man-ver), se ele ver  (vir) formar o grau superla-vo dos adje-vos, caracterís-cas da lingua-
o recado, quando ele repor  (repuser). gem jovem de alguns centros urbanos: maior   legal; maior   diWcil;
 – a conjugação de verbos regulares pelo modelo de irregulares: Esse amigo é um carinha maior   esforçado.
vareia (varia), negoceia (negocia).
Designações das Variantes Lexicais:
Variações Fônicas  –  Arcaísmo:  palavras que já caíram de uso. Por exemplo, um
Ocorrem no modo de pronunciar os sons cons-tuintes da pala- bobalhão era chamado de coió ou bocó; em vez de refrigerante usa-
vra. Entre esses casos, podemos citar: va-se gasosa; algo muito bom, de qualidade excelente, era supimpa.
 – a redução de proparoxítonas a paroxítonas: Petrópis (Petró-  – Neologismo: contrário do arcaísmo. São palavras recém-cria-
polis), fórN   (fósforo), porva (pólvora), todas elas formas apicas de das, muitas das quais mal ou nem entraram para os dicionários. A na
pessoas de baixa condição social. computação tem vários exemplos, como escanear, deletar, printar .

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LÍNGUA PORTUGUESA
 – Estrangeirismo: emprego de palavras emprestadas de outra concordar
língua, que ainda não foram aportuguesadas, preservando a forma consen-r
de origem. Nesse caso, há muitas expressões la-nas, sobretudo da contestar
linguagem jurídica, tais como: habeas-corpus (literalmente, “tenhas con-nuar
o corpo” ou, mais livremente, “estejas em liberdade”), ipso facto  declamar
(“pelo próprio fato de”, “por isso mesmo. determinar
dizer
As palavras de origem inglesas são várias: feeling (“sensibilidade”, esclarecer
capacidade de percepção), brieNng (conjunto de informações básicas). exclamar
 –  Jargão: vocabulário [pico de um campo pro1ssional como explicar
a medicina, a engenharia, a publicidade, o jornalismo. Furo é no- gritar
acia dada em primeira mão. Quando o furo se revela falso, foi uma indagar
barriga. insis-r
 – Gíria: vocabulário especial de um grupo que não deseja ser interrogar
entendido por outros grupos ou que pretende marcar sua iden-da- interromper
de por meio da linguagem. Por exemplo, levar um lero (conversar). intervir
 – Preciosismo: é um léxico excessivamente erudito, muito raro: mandar
 procras=nar  (em vez de adiar); cinesíforo (em vez de motorista). ordenar, pedir
 – Vulgarismo:  o contrário do preciosismo, por exemplo, de perguntar
saco cheio (em vez de aborrecido), se ferrou (em vez de se deu mal , prosseguir
arruinou-se). protestar
reclamar
Tipos de Variação repe-r
As variações mais importantes, são as seguintes: replicar
 – Sociocultural: Esse -po de variação pode ser percebido com responder
certa facilidade. retrucar
 –  GeográBca: é, no Brasil, bastante grande. Ao conjunto das solicitar
caracterís-cas da pronúncia de uma determinada região dá-se o
nome de sotaque: sotaque mineiro, sotaque nordes-no, sotaque Os verbos declara-vos podem, além de introduzir a fala, indicar
gaúcho etc. a-tudes, estados interiores ou situações emocionais das persona-
 –  De Situação: são provocadas pelas alterações das circuns- gens como, por exemplo, os verbos protestar, gritar, ordenar e ou-
tâncias em que se desenrola o ato de comunicação. Um modo de tros. Esse efeito pode ser também ob-do com o uso de adje-vos ou
falar compa[vel com determinada situação é incompa[vel com advérbios aliados aos verbos de elocução: falou calmamente, gritou
outra histérica, respondeu irritada, explicou docemente.
 – Histórica: as línguas se alteram com o passar do tempo e com
o uso. Muda a forma de falar, mudam as palavras, a gra8a e o sen-- Exemplo:
do delas. Essas alterações recebem o nome de variações históricas. — O amor, prosseguiu sonhadora, é a grande realização de nos-
sas vidas.
Ao u-lizar o discurso direto – diálogos (com ou sem travessão) en-
tre as personagens –, você deve optar por um dos três es-los a seguir:
TIPOS DE DISCURSO
Es-lo 1:
Discurso direto João perguntou:
É a fala da personagem reproduzida 8elmente pelo narrador, — Que tal o carro?
ou seja, reproduzida nos termos em que foi expressa.
— Bonito papel! Quase três da madrugada e os senhores com- Es-lo 2:
pletamente bêbados, não é? João perguntou: “Que tal o carro?” (As aspas são opta-vas)
Foi aí que um dos bêbados pediu: Antônio respondeu: “horroroso” (As aspas são opta-vas)
— Sem bronca, minha senhora. Veja logo qual de nós quatro é
o seu marido que os outros querem ir para casa. Es-lo 3:
(Stanislaw Ponte Preta) Verbos de elocução no meio da fala:
— Estou vendo, disse efusivamente João, que você adorou o
Observe que, no exemplo dado, a fala da personagem é intro- carro.
duzida por um travessão, que deve estar alinhado dentro do pará- — Você, retrucou Antônio, está completamente enganado.
grafo.
O narrador, ao reproduzir diretamente a fala das personagens, Verbos de elocução no 8m da fala:
conserva caracterís-cas do linguajar de cada uma, como termos de — Estou vendo que você adorou o carro — disse efusivamente
gíria, vícios de linguagem, palavrões, expressões regionais ou ca- João.
coetes pessoais. — Você está completamente enganado — retrucou Antônio.
O discurso direto geralmente apresenta verbos de elocução (ou
declara-vos ou dicendi) que indicam quem está emi-ndo a mensagem. Os trechos que apresentam verbos de elocução podem vir com
Os verbos declara-vos ou de elocução mais comuns são: travessões ou com vírgulas. Observe os seguintes exemplos:
acrescentar — Não posso, disse ela daí a alguns instantes, não deixo meu
a8rmar 8lho. (Machado de Assis)

20

LÍNGUA PORTUGUESA
— Não vá sem eu lhe ensinar a minha 8loso8a da miséria, disse tos da personagem aparecem, no trecho transcrito, principalmente
ele, escarrachando-se diante de mim. (Machado de Assis) nas orações interroga-vas, entremeadas com o discurso do narra-
dor.
— Vale cinquenta, ponderei; Sabina sabe que custou cinquenta
e oito. (Machado de Assis) Transposição de discurso
Na narração, para recons-tuir a fala da personagem, u-liza-se
— Ainda não, respondi secamente. (Machado de Assis) a estrutura de um discurso direto ou de um discurso indireto. O
domínio dessas estruturas é importante tanto para se empregar
Verbos de elocução depois de orações interroga-vas e excla- corretamente os -pos de discurso na redação.
ma-vas: Os sinais de pontuação (aspas, travessão, dois-pontos) e outros
— Nunca me viu? perguntou Virgília vendo que a encarava com recursos como grifo ou itálico, presentes no discurso direto, não
insistência. (Machado de Assis) aparecem no discurso indireto, a não ser que se queira insis-r na
— Para quê? interrompeu Sabina. (Machado de Assis) atribuição do enunciado à personagem, não ao narrador. Tal insis-
— Isso nunca; não faço esmolas! disse ele. (Machado de Assis) tência, porém, é desnecessária e excessiva, pois, se o texto for bem
construído, a iden-8cação do discurso indireto livre não oferece
Observe que os verbos de elocução aparecem em letras minús- di8culdade.
culas depois dos pontos de exclamação e interrogação.

Discurso indireto Discurso Direto


No discurso indireto, o narrador exprime indiretamente a fala • Presente
da personagem. O narrador funciona como testemunha audi-va e A enfermeira a8rmou:
passa para o leitor o que ouviu da personagem. Na transcrição, o  – É uma menina.
verbo aparece na terceira pessoa, sendo imprescindível a presen-
ça de verbos dicendi (dizer, responder, retrucar, replicar, perguntar,
• Pretérito perfeito
pedir, exclamar, contestar, concordar, ordenar, gritar, indagar, de-
clamar, a8rmar, mandar etc.), seguidos dos conec-vos que (dicendi  – Já esperei demais, retrucou com indignação.
a8rma-vo) ou se (dicendi interroga-vo) para introduzir a fala da
personagem na voz do narrador. • Futuro do presente
A certo ponto da conversação, Glória me disse que desejava Pedrinho gritou:
muito conhecer Carlota e perguntou por que não a levei comigo.  – Não sairei do carro.
(Ciro dos Anjos)
• Impera.vo
Fui ter com ela, e perguntei se a mãe havia dito alguma coisa; Olhou-a e disse secamente:
respondeu-me que não.  – Deixe-me em paz.
(Machado de Assis)
Outras alterações
Discurso indireto livre • Primeira ou segunda pessoa
Resultante da mistura dos discursos direto e indireto, existe Maria disse:
uma terceira modalidade de técnica narra-va, o chamado discurso  – Não quero sair com Roberto hoje.
indireto livre, processo de grande efeito es-lís-co. Por meio dele,
o narrador pode, não apenas reproduzir indiretamente falas das • Voca.vo
personagens, mas também o que elas não falam, mas pensam, so-  – Você quer café, João?, perguntou a prima.
nham, desejam etc. Neste caso, discurso indireto livre corresponde
ao monólogo interior das personagens, mas expresso pelo narrador. • Objeto indireto na oração principal 
As orações do discurso indireto livre são, em regra, independentes, A prima perguntou a João se ele queria café.
sem verbos dicendi, sem pontuação que marque a passagem da fala do
narrador para a da personagem, mas com transposições do tempo do • Forma interroga.va ou impera.va
verbo (pretérito imperfeito) e dos pronomes (terceira pessoa). O foco Abriu o estojo, contou os lápis e depois perguntou ansiosa:
narra-vo deve ser de terceira pessoa. Esse discurso é muito empregado  – E o amarelo?
na narra-va moderna, pela duência e ritmo que confere ao texto.
• Advérbios de lugar e de tempo
Fabiano ouviu o relatório desconexo do bêbado, caiu numa in-
aqui, daqui, agora, hoje, ontem, amanhã
decisão dolorosa. Ele também dizia palavras sem sen-do, conversa
à toa. Mas irou-se com a comparação, deu marradas na parede. Era • Pronomes demonstra.vos e possessivos
bruto, sim senhor, nunca havia aprendido, não sabia explicar-se. essa(s), esta(s)
Estava preso por isso? Como era? Então mete- se um homem na esse(s), este(s)
cadeia por que ele não sabe falar direito? isso, isto
(Graciliano Ramos) meu, minha
teu, tua
Observe que se o trecho “Era bruto, sim” es-vesse um discur- nosso, nossa
so direto, apresentaria a seguinte formulação: Sou bruto, sim; em
discurso indireto: Ele admi-u que era bruto; em discurso indireto
livre: Era bruto, sim.
Para produzir discurso indireto livre que exprima o mundo inte-
rior da personagem (seus pensamentos, desejos, sonhos, fantasias
etc.), o narrador precisa ser onisciente. Observe que os pensamen-

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LÍNGUA PORTUGUESA

Discurso Indireto ORTOGRAFIA


• Pretérito imperfeito
A enfermeira a8rmou que era uma menina. ORTOGRAFIA OFICIAL
• Futuro do pretérito • Mudanças no alfabeto: O alfabeto tem 26 letras. Foram rein-
Pedrinho gritou que não sairia do carro. troduzidas as letras k, w e y.
• Pretérito mais-que-perfeito O alfabeto completo é o seguinte: A B C D E F G H I J K L M N O
Retrucou com indignação que já esperara (ou -nha espera- PQRST UVWXYZ
do) demais. • Trema: Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a
• Pretérito imperfeito do subjun.vo letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue,
Olhou-a e disse secamente que o deixasse em paz. gui, que, qui.
Outras alterações
• Terceira pessoa Regras de acentuação
Maria disse que não queria sair com Roberto naquele dia.  – Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói  das
• Objeto indireto na oração principal  palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúl-ma
A prima perguntou a João se ele queria café. sílaba)
• Forma declara.va
Abriu o estojo, contou os lápis e depois perguntou ansiosa
pelo amarelo. Como era Como 1ca
lá, dali, de lá, naquele momento, naquele dia, no dia an- alcatéia alcateia
terior, na véspera, no dia seguinte, aquela(s), aquele(s), aquilo,
apóia apoia
seu, sua (dele, dela), seu, sua (deles, delas)
  apóio apoio

Atenção: essa regra só vale para as paroxítonas. As oxítonas


ACENTUAÇÃO GRÁFICA con-nuam com acento: Ex.: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.

Acentuação é o modo de proferir um som ou grupo de sons  – Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no
com mais relevo do que outros. Os sinais diacrí-cos servem para u tônicos quando vierem depois de um ditongo.
indicar, dentre outros aspectos, a pronúncia correta das palavras.
Vejamos um por um: Como era Como 1ca
Acento agudo:  marca a posição da sílaba tônica e o -mbre baiúca baiuca
aberto. bocaiúva bocaiuva
 Já cursei a Faculdade de Hist ória.
Acento circundexo: marca a posição da sílaba tônica e o -mbre Atenção: se a palavra for oxítona e o i  ou o u es-verem em
fechado. posição 8nal (ou seguidos de  s), o acento permanece. Exemplos:
Meu av ô e meus tr ês =os ainda são vivos. tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
Acento grave: marca o fenômeno da crase (estudaremos este
caso afundo mais à frente).  – Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem
Sou leal à mulher da minha vida. e ôo(s).
As palavras podem ser:
 – Oxítonas: quando a sílaba tônica é a úl-ma (ca-fé, ma-ra-cu- Como era Como 1ca
- já, ra-paz, u-ru-bu...) abençôo abençoo
 – Paroxítonas: quando a sílaba tônica é a penúl-ma (me-sa,
sa-bo-ne-te, ré-gua...) crêem creem
 – Proparoxítonas: quando a sílaba tônica é a antepenúl-ma
(sá-ba-do, tô-ni-ca, his-tó-ri-co…)  – Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/
para, péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.
As regras de acentuação das palavras são simples. Vejamos:
• São acentuadas todas as palavras proparoxítonas (médico, Atenção:
íamos, Ângela, sânscrito, fôssemos...) • Permanece o acento diferencial em pôde/pode.
• São acentuadas as palavras paroxítonas terminadas em L, N, • Permanece o acento diferencial em pôr/por.
R, X, I(S), US, UM, UNS, OS, ÃO(S), Ã(S), EI(S) (amável, elétron, éter, • Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural
fênix, júri, oásis, ônus, fórum, órfão...) dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter,
• São acentuadas as palavras oxítonas terminadas em A(S), reter, conter, convir, intervir, advir etc.).
E(S), O(S), EM, ENS, ÉU(S), ÉI(S), ÓI(S) (xarás, convéns, robô, Jô, céu, • É faculta-vo o uso do acento circundexo para diferenciar as
dói, coronéis...) palavras forma/fôrma.
• São acentuados os hiatos I e U, quando precedidos de vogais
(aí, faísca, baú, juízo, Luísa...) Uso de hífen
Regra básica:
Viu que não é nenhum bicho de sete cabeças? Agora é só trei- Sempre se usa o hífen diante de h: an=-higiênico, super-ho-
nar e 8xar as regras. mem.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Outros casos • São acentuadas as palavras paroxítonas terminadas em L, N,
1. Pre8xo terminado em vogal: R, X, I(S), US, UM, UNS, OS, ÃO(S), Ã(S), EI(S) (amável, elétron, éter,
 – Sem hífen diante de vogal diferente:autoescola, an=aéreo. fênix, júri, oásis, ônus, fórum, órfão...)
 – Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, • São acentuadas as palavras oxítonas terminadas em A(S),
semicírculo. E(S), O(S), EM, ENS, ÉU(S), ÉI(S), ÓI(S) (xarás, convéns, robô, Jô, céu,
 – Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas letras: an=rracis- dói, coronéis...)
mo, an=ssocial, ultrassom. • São acentuados os hiatos I e U, quando precedidos de vogais
 – Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-on- (aí, faísca, baú, juízo, Luísa...)
das.
Viu que não é nenhum bicho de sete cabeças? Agora é só trei-
2. Pre8xo terminado em consoante: nar e 8xar as regras.
 – Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-
-bibliotecário.
 – Sem hífen diante de consoante diferente:intermunicipal, su-
 persônico. CLASSE D E PALAVRAS MSUBSTANTIVO, ARTIGO, ADJETI!
 – Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante. VO, NUMERAL, PRONOME, VERBO, ADVÉRBIO, PREPO !
SIÇÃO, CONJUNÇÃO, INTERJEIÇÃOP; ESTRUTURA E FOR!
Observações: MAÇÃO DE PALAVRAS
• Com o pre8xo sub, usa-se o hífen também diante de palavra
iniciada por r: sub-região, sub-raça. Palavras iniciadas por h perdem CLASSES DE PALAVRAS
essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade.
• Com os pre8xos circum e pan, usa-se o hífen diante de pala- Substan+vo
vra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano. São as palavras que atribuem nomes aos seres reais ou imagi-
• O pre8xo co aglu-na-se, em geral, com o segundo elemento, nários (pessoas, animais, objetos), lugares, qualidades, ações e sen-
mesmo quando este se inicia por o: coobrigação, coordenar, coope- -mentos, ou seja, que tem existência concreta ou abstrata.
rar, cooperação, cooptar, coocupante.
• Com o pre8xo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-al- Classi1cação dos substan+vos
mirante.
• Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam
a noção de composição, como girassol, madressilva, mandachuva, SUBSTANTIVO SIMPLES:  Olhos/água/
 pontapé, paraquedas, paraquedista. apresentam um só radical em muro/quintal/caderno/
• Com os pre8xosex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, sua estrutura. macaco/João/sabão
usa-se sempre o hífen: ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, SUBSTANTIVOS COMPOSTOS:  Macacos-prego/
recém-casado, pós-graduação, pré-ves=bular, pró-europeu. são formados por mais de um porta-voz/
radical em sua estrutura. pé-de-moleque
Viu? Tudo muito tranquilo. Certeza que você já está dominando
muita coisa. Mas não podemos parar, não é mesmo?!?! Por isso SUBSTANTIVOS PRIMITIVOS: Casa/
vamos passar para mais um ponto importante. são os que dão origem a mundo/
outras palavras, ou seja, ela é população
Acentuação é o modo de proferir um som ou grupo de sons a primeira. /formiga
com mais relevo do que outros. Os sinais diacrí-cos servem para SUBSTANTIVOS DERIVADOS: Caseiro/mundano/
indicar, dentre outros aspectos, a pronúncia correta das palavras. são formados por outros populacional/formigueiro
Vejamos um por um: radicais da língua.
Acento agudo:  marca a posição da sílaba tônica e o -mbre SUBSTANTIVOS PRÓPRIOS: Rodrigo
aberto. designa determinado ser /Brasil
 Já cursei a Faculdade de Hist ória. entre outros da mesma /Belo Horizonte/Estátua da
Acento circundexo: marca a posição da sílaba tônica e o -mbre espécie. São sempre iniciados Liberdade
fechado. por letra maiúscula.
Meu av ô e meus tr ês =os ainda são vivos. SUBSTANTIVOS COMUNS: biscoitos/ruídos/estrelas/
Acento grave: marca o fenômeno da crase (estudaremos este referem-se qualquer ser de cachorro/prima
caso afundo mais à frente). uma mesma espécie.
Sou leal à mulher da minha vida.
SUBSTANTIVOS CONCRETOS: Leão/corrente
As palavras podem ser: nomeiam seres com existência /estrelas/fadas
 – Oxítonas: quando a sílaba tônica é a úl-ma (ca-fé, ma-ra-cu- própria. Esses seres podem /lobisomem
- já, ra-paz, u-ru-bu...) ser animadoso ou inanimados, /saci-pererê
 – Paroxítonas: quando a sílaba tônica é a penúl-ma (me-sa, reais ou imaginários.
sa-bo-ne-te, ré-gua...) SUBSTANTIVOS ABSTRATOS: Mistério/
 – Proparoxítonas: quando a sílaba tônica é a antepenúl-ma nomeiam ações, estados, bondade/
(sá-ba-do, tô-ni-ca, his-tó-ri-co…) qualidades e sen-mentos que con8ança/
não tem existência própria, ou lembrança/
As regras de acentuação das palavras são simples. Vejamos: seja, só existem em função de amor/
• São acentuadas todas as palavras proparoxítonas (médico, um ser. alegria
íamos, Ângela, sânscrito, fôssemos...)

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LÍNGUA PORTUGUESA

SUBSTANTIVOS COLETIVOS: Elenco (de atores)/


referem-se a um conjunto acervo (de obras aras-cas)/
de seres da mesma espécie, buquê (de dores)
mesmo quando empregado
no singular e cons-tuem um
substan-vo comum.
NÃO DEIXE DE PESQUISAR A REGÊNCIA DE OUTRAS PALAVRAS
QUE NÃO ESTÃO AQUI!

Flexão dos Substan=vos


• Gênero: Os gêneros em português podem ser dois: masculino e feminino. E no caso dos substan-vos podem ser biformes ou uni-
formes
 – Biformes: as palavras tem duas formas, ou seja, apresenta uma forma para o masculino e uma para o feminino: -gre/-gresa, o pre-
sidente/a presidenta, o maestro/a maestrina
 – Uniformes: as palavras tem uma só forma, ou seja, uma única forma para o masculino e o feminino. Os uniformes dividem-se em
epicenos, sobrecomuns e comuns de dois gêneros.
a) Epicenos: designam alguns animais e plantas e são invariáveis: onça macho/onça fêmea, pulga macho/pulga fêmea, palmeira ma-
cho/palmeira fêmea.
b) Sobrecomuns: referem-se a seres humanos; é pelo contexto que aparecem que se determina o gênero: a criança (o criança), a tes-
temunha (o testemunha), o individuo (a individua).
c) Comuns de dois gêneros: a palavra tem a mesma forma tanto para o masculino quanto para o feminino: o/a turista, o/a agente, o/a
estudante, o/a colega.
• Número: Podem dexionar em singular (1) e plural (mais de 1).
 – Singular: anzol, tórax, próton, casa.
 – Plural: anzóis, os tórax, prótons, casas.

• Grau: Podem apresentar-se no grau aumenta-vo e no grau diminu-vo.


 – Grau aumenta-vo sinté-co: casarão, bocarra.
 – Grau aumenta-vo analí-co: casa grande, boca enorme.
 – Grau diminu-vo sinté-co: casinha, boquinha
 – Grau diminu-vo analí-co: casa pequena, boca minúscula.

Adje+vo 
É a palavra invariável que especi8ca e caracteriza o substan-vo: imprensa livre, favela ocupada. Locução adje-va é expressão compos-
ta por substan-vo (ou advérbio) ligado a outro substan-vo por preposição com o mesmo valor e a mesma função que um adje-vo: golpe
de mestre (golpe magistral), jornal da tarde (jornal vesper+no).

Flexão do Adje=vos
• Gênero:
 – Uniformes: apresentam uma só para o masculino e o feminino: homemfeliz, mulher feliz.
 – Biformes: apresentam uma forma para o masculino e outra para o feminino: juizsábio/ juíza sábia, bairro japonês/ indústria japo-
nesa, aluno chorão/ aluna chorona.

• Número:
 – Os adje-vos simples seguem as mesmas regras de dexão de número que os substan-vos: sábio/ sábios, namorador/ namoradores,
 japonês/ japoneses.
 – Os adje-vos compostos têm algumas peculiaridades: luvas branco-gelo, garrafas amarelo-claras, cintos da cor de chumbo.

• Grau:
 – Grau Compara-vo de Superioridade: Meu -me émais vitorioso (do) que o seu.
 – Grau Compara-vo de Inferioridade: Meu -me émenos vitorioso (do) que o seu.
 – Grau Compara-vo de Igualdade: Meu -me étão vitorioso quanto o seu.
 – Grau Superla-vo Absoluto Sinté-co: Meu -me éfamosíssimo.
 – Grau Superla-vo Absoluto Analí-co: Meu -me émuito famoso.
 – Grau Superla-vo Rela-vo de Superioridade: Meu -me éo mais famoso de todos.
 – Grau Superla-vo Rela-vo de Inferioridade; Meu -me émenos famoso de todos.

Ar+go
É uma palavra variável em gênero e número que antecede o substan-vo, determinando de modo par-cular ou genérico.
• Classi8cação e Flexão do Ar-gos
 – Ar-gos De8nidos: o, a, os, as.
O menino carregava o brinquedo em suas costas.
 As meninas brincavam com as bonecas.

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LÍNGUA PORTUGUESA
 – Ar-gos Inde8nidos: um, uma, uns, umas.
Um menino carregava um brinquedo.
Umas meninas brincavam com umas bonecas.

Numeral
É a palavra que indica uma quan-dade de8nida de pessoas ou coisas, ou o lugar (posição) que elas ocupam numa série.
• Classi8cação dos Numerais
 – Cardinais: indicam número ou quan-dade:
Trezentos e vinte moradores.
 – Ordinais: indicam ordem ou posição numa sequência:
Quinto ano. Primeiro  lugar.
 – Mul-plica-vos: indicam o número de vezes pelo qual uma quan-dade é mul-plicada:
O quíntuplo do preço.
 – Fracionários: indicam a parte de um todo:
Dois terços dos alunos foram embora.

Pronome
É a palavra que subs-tui os substan-vos ou os determinam, indicando a pessoa do discurso.
• Pronomes pessoais vão designar diretamente as pessoas em uma conversa. Eles indicam as três pessoas do discurso.

Pronomes Retos Pronomes Oblíquos


Pessoas do Discurso
Função Subje+va Função Obje+va
1º pessoa do singular Eu Me, mim, comigo
2º pessoa do singular Tu Te, -, con-go
3º pessoa do singular Ele, ela, Se, si, consigo, lhe, o, a
1º pessoa do plural Nós Nos, conosco
2º pessoa do plural Vós Vos, convosco
3º pessoa do plural Eles, elas Se, si, consigo, lhes, os, as

• Pronomes de Tratamento são usados no trato com as pessoas, normalmente, em situações formais de comunicação.

Pronomes de Tratamento Emprego


Você U-lizado em situações informais.
Senhor (es) e Senhora (s) Tratamento para pessoas mais velhas.
Vossa Excelência Usados para pessoas com alta autoridade
Vossa Magni8cência Usados para os reitores das Universidades.
Empregado nas correspondências e textos
Vossa Senhoria
escritos.
Vossa Majestade U-lizado para Reis e Rainhas
Vossa Alteza U-lizado para príncipes, princesas, duques.
Vossa San-dade U-lizado para o Papa
Vossa Eminência Usado para Cardeais.
Vossa Reverendíssima U-lizado para sacerdotes e religiosos em geral.

• Pronomes Possessivos referem-se às pessoas do discurso, atribuindo-lhes a posse de alguma coisa.

Pessoa do Discurso Pronome Possessivo


1º pessoa do singular Meu, minha, meus, minhas
2º pessoa do singular teu, tua, teus, tuas
3º pessoa do singular seu, sua, seus, suas
1º pessoa do plural Nosso, nossa, nossos, nossas
2º pessoa do plural Vosso, vossa, vossos, vossas
3º pessoa do plural Seu, sua, seus, suas

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LÍNGUA PORTUGUESA
• Pronomes Demonstra-vos são u-lizados paraindicar a posi-  – Número: Este é fácil: singular e plural.
ção de algum elemento em relação à pessoa seja no discurso, no  – Pessoa: Fácil também: 1ª pessoa (eu amei, nós amamos); 2º
tempo ou no espaço. pessoa (tu amaste, vós amastes); 3ª pessoa (ele amou, eles ama-
ram).
Pronomes Singular Plural
• Formas nominais do verbo
Feminino esta, essa, aquela estas, essas, aquelas Os verbos têm três formas nominais, ou seja, formas que exer-
Masculino este, esse, aquele estes, esses, aqueles cem a função de nomes (normalmente, substan-vos). São elas in8-
ni-vo (terminado em -R), gerúndio (terminado em –NDO) e par-cí -
• Pronomes Inde8nidos referem-se à 3º pessoa do discurso, pio (terminado em –DA/DO).
designando-a de modo vago, impreciso, indeterminado. Os prono-
mes inde8nidos podem ser variáveis (varia em gênero e número) e • Voz verbal
invariáveis (não variam em gênero e número). É a forma como o verbo se encontra para indicar sua relação
com o sujeito. Ela pode ser a-va, passiva ou redexiva.
 – Voz a-va: Segundo a gramá-ca tradicional, ocorre voz a-va
Classi1cação Pronomes Inde1nidos quando o verbo (ou locução verbal) indica uma ação pra-cada pelo
algum, alguma, alguns, algumas, nenhum, sujeito. Veja:
nenhuma, nenhuns, nenhumas, muito, mui-  João pulou da cama atrasado
ta, muitos, muitas, pouco, pouca, poucos,  – Voz passiva: O sujeito é paciente e, assim, não pra-ca, mas
poucas, todo, toda, todos, todas, outro, ou- recebe a ação. A voz passiva pode ser analí-ca ou sinté-ca. A voz
Variáveis tra, outros, outras, certo, certa, certos, cer- passiva analí-ca é formada por:
tas, vário, vária, vários, várias, tanto, tanta, Sujeito paciente + verbo auxiliar  (ser, estar, 8car, entre outros)
tantos, tantas, quanto, quanta, quantos, + verbo principal da ação conjugado no par.cípio  +  preposição
quantas, qualquer, quaisquer, qual, quais,  por/pelo/de + agente da passiva.
um, uma, uns, umas. A casa foi aspirada pelos rapazes
quem, alguém, ninguém, tudo, nada, ou- A voz passiva sinté-ca, também chamada de voz passiva prono-
Invariáveis
trem, algo, cada. minal (devido ao uso do pronome se) é formada por:
Verbo conjugado na 3.ª pessoa (no singular ou no plu-
• Pronomes Interroga-vos são palavras variáveis e invariáveis ral) + pronome apassivador «se» + sujeito paciente.
u-lizadas para formular perguntas diretas e indiretas. Aluga-se apartamento.

Classi1cação Pronomes Interroga+vos Advérbio


É a palavra invariável que modi8ca o verbo, adje-vo, outro ad-
qual, quais, quanto, quantos, quan-
Variáveis vérbio ou a oração inteira, expressando uma determinada circuns-
ta, quantas.
tância. As circunstâncias dos advérbios podem ser:
Invariáveis quem, que.  – Tempo: ainda, cedo, hoje, agora, antes, depois, logo, já, ama-
nhã, tarde, sempre, nunca, quando, jamais, ontem, anteontem,
• Pronomes Rela-vos referem-se a um termo já dito anterior- brevemente, atualmente, à noite, no meio da noite, antes do meio-
mente na oração, evitando sua repe-ção. Eles também podem ser -dia, à tarde, de manhã, às vezes, de repente, hoje em dia, de vez
variáveis e invariáveis. em quando, em nenhum momento, etc.
 – Lugar: Aí, aqui, acima, abaixo, ali, cá, lá, acolá, além, aquém,
Classi1cação Pronomes Rela+vos perto, longe, dentro, fora, adiante, defronte, detrás, de cima, em
cima, à direita, à esquerda, de fora, de dentro, por fora, etc.
o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja,  – Modo: assim, melhor, pior, bem, mal, devagar, depressa, rapi-
Variáveis cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quan- damente, lentamente, apressadamente, felizmente, às pressas, às
tas. ocultas, frente a frente, com calma, em silêncio, etc.
Invariáveis quem, que, onde.  – A8rmação: sim, deveras, decerto, certamente, seguramente,
efe-vamente, realmente, sem dúvida, com certeza, por certo, etc.
Verbos  – Negação: não, absolutamente, tampouco, nem, de modo al-
São as palavras que exprimem ação, estado, fenômenos me- gum, de jeito nenhum, de forma alguma, etc.
teorológicos, sempre em relação ao um determinado tempo.  – Intensidade: muito, pouco, mais, menos, meio, bastante, as-
saz, demais, bem, mal, tanto, tão, quase, apenas, quanto, de pouco,
• Flexão verbal de todo, etc.
Os verbos podem ser dexionados de algumas formas.  – Dúvida: talvez, acaso, possivelmente, eventualmente, por-
 – Modo: É a maneira, a forma como o verbo se apresenta na ventura, etc.
frase para indicar uma a-tude da pessoa que o usou. O modo é
dividido em três: indica-vo (certeza, fato), subjun-vo (incerteza, Preposição
subje-vidade) e impera-vo (ordem, pedido). É a palavra que liga dois termos, de modo que o segundo com-
 – Tempo: O tempo indica o momento em que se dá o fato ex- plete o sen-do do primeiro. As preposições são as seguintes:
presso pelo verbo. Existem três tempos no modo indica-vo: pre-
sente, passado (pretérito perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito)
e futuro (do presente e do pretérito). No subjun-vo, são três: pre-
sente, pretérito imperfeito e futuro.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Interjeição
É a palavra invariável que exprime ações, sensações, emoções,
apelos, sen-mentos e estados de espírito, traduzindo as reações
das pessoas.

• Principais Interjeições
Oh! Caramba! Viva! Oba! Alô! Psiu! Droga! Tomara! Hum!

Dez classes de palavras foram estudadas agora. O estudo delas


é muito importante, pois se você tem bem construído o que é e a
função de cada classe de palavras, não terá di8culdades para enten-
der o estudo da Sintaxe.

Conjunção
É palavra que liga dois elementos da mesma natureza ou uma CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL
oração a outra. As conjunções podem ser coordena-vas (que ligam
orações sinta-camente independentes) ou subordina-vas (que li- Concordância é o efeito grama-cal causado por uma relação
gam orações com uma relação hierárquica, na qual um elemento é harmônica entre dois ou mais termos. Desse modo, ela pode ser
determinante e o outro é determinado). verbal — refere-se ao verbo em relação ao sujeito — ou nominal —
refere-se ao substan-vo e suas formas relacionadas.
• Conjunções Coordena-vas • Concordância em gênero: dexão em masculino e feminino
• Concordância em número: dexão em singular e plural
Tipos Conjunções Coordena+vas • Concordância em pessoa: 1ª, 2ª e 3ª pessoa

Adi-vas e, mas ainda, mas também, nem... Concordância nominal


contudo, entretanto, mas, não obstante, no Para que a concordância nominal esteja adequada, adje-vos,
Adversa-vas ar-gos, pronomes e numerais devem aexionar em número e gêne-
entanto, porém, todavia...
ro, de acordo com o substan-vo. Há algumas regras principais que
 já…, já…, ou, ou…, ou…, ora…, ora…, quer…, ajudam na hora de empregar a concordância, mas é preciso estar
Alterna-vas
quer… atento, também, aos casos especí8cos.
assim, então, logo, pois (depois do verbo), por Quando há dois ou mais adje-vos para apenas um substan-vo,
Conclusivas o substan-vo permanece no singular se houver um ar-go entre os
conseguinte, por isso, portanto...
adje-vos. Caso contrário, o substan-vo deve estar no plural:
pois (antes do verbo), porquanto, porque,
Explica-vas • A comida mexicana e a japonesa. / As comidas mexicana e
que...
 japonesa.
• Conjunções Subordina-vas Quando há dois ou mais substan-vos para apenas um adje-vo,
a concordância depende da posição de cada um deles. Se o adje-vo
Tipos Conjunções Subordina+vas vem antes dos substan-vos, o adje-vo deve concordar com o subs-
Causais Porque, pois, porquanto, como, etc. tan-vo mais próximo:
• Linda casa e bairro.
Embora, conquanto, ainda que,
Concessivas
mesmo que, posto que, etc. Se o adje-vo vem depois dos substan-vos, ele pode concordar
Se, caso, quando, conquanto que, tanto com o substan-vo mais próximo, ou com todos os substan--
Condicionais vos (sendo usado no plural):
salvo se, sem que, etc.
• Casa e apartamento arrumado. / Apartamento e casa arru-
Conforme, como (no sen-do de mada.
Conforma-vas
conforme), segundo, consoante, etc. • Casa e apartamento arrumados. / Apartamento e casa arru-
Para que, a 8m de que, porque (no mados.
Finais
sen-do de que), que, etc.
Quando há a modi8cação de dois ou mais nomes próprios ou
À medida que, ao passo que, à
Proporcionais de parentesco, os adje-vos devem ser dexionados no plural:
proporção que, etc.
• As talentosas Clarice Lispector e Lygia Fagundes Telles estão
Quando, antes que, depois que, até entre os melhores escritores brasileiros.
Temporais
que, logo que, etc.
Que, do que (usado depois de mais, Quando o adje-vo assume função de predica-vo de um sujeito
Compara-vas ou objeto, ele deve ser dexionado no plural caso o sujeito ou objeto
menos, maior, menor, melhor, etc.
seja ocupado por dois substan-vos ou mais:
Que (precedido de tão, tal, tanto), • O operário e sua família estavam preocupados com as conse-
Consecu-vas
de modo que, De maneira que, etc. quências do acidente.
Integrantes Que, se.

27

LÍNGUA PORTUGUESA

CASOS ESPECÍFICOS REGRA EXEMPLO


É PROIBIDO Deve concordar com o substan-vo quando há presença
É proibida a entrada.
É PERMITIDO de um ar-go. Se não houver essa determinação, deve
É proibido entrada.
É NECESSÁRIO permanecer no singular e no masculino.
Mulheres dizem “obrigada”   Homens dizem
OBRIGADO / OBRIGADA Deve concordar com a pessoa que fala.
“obrigado” .
 As bastantes crianças Ncaram doentes com a
volta às aulas.
Quando tem função de adje-vo para um substan-vo,
Bastante criança Ncou doente com a volta às
BASTANTE concorda em número com o substan-vo.
aulas.
Quando tem função de advérbio, permanece invariável.
O prefeito considerou bastante a respeito da
suspensão das aulas.
É sempre invariável, ou seja, a palavra “menas”   não Havia menos mulheres que homens na Nla
MENOS
existe na língua portuguesa.  para a festa.
 As crianças mesmas limparam a sala depois
MESMO Devem concordar em gênero e número com a pessoa a
da aula.
PRÓPRIO que fazem referência.
Eles próprios sugeriram o tema da formatura.
Quando tem função de numeral adje-vo, deve
 Adicione meia xícara de leite.
concordar com o substan-vo.
MEIO / MEIA Manuela é meio ar=sta, além de ser
Quando tem função de advérbio, modi8cando um
engenheira.
adje-vo, o termo é invariável.
Segue anexo o orçamento.
Seguem anexas as informações adicionais
ANEXO INCLUSO Devem concordar com o substan-vo a que se referem.  As professoras estão inclusas na greve.
O material está incluso no valor da
mensalidade.

Concordância verbal
Para que a concordância verbal esteja adequada, é preciso haveraexão do verbo em número e pessoa, a depender do sujeito com o
qual ele se relaciona.

Quando o sujeito composto é colocado anterior ao verbo, o verbo 8cará no plural:


• A menina e seu irmão viajaram para a praia nas férias escolares.

Mas, se o sujeito composto aparece depois do verbo, o verbo pode tanto 8car no plural quanto concordar com o sujeito mais próximo:
• Discu=ram marido e mulher. / Discu=u marido e mulher.

Se o sujeito composto for formado por pessoas grama-cais diferentes, o verbo deve 8car no plural e concordando com a pessoa que
tem prioridade, a nível grama-cal — 1ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2ª (tu, vós); a 2ª tem prioridade em relação à 3ª (ele,
eles):
• Eu e vós vamos à festa.

Quando o sujeito apresenta uma expressão par++va (sugere “parte de algo”), seguida de substan-vo ou pronome no plural, o verbo
pode 8car tanto no singular quanto no plural:
• A maioria dos alunos não se preparou para o simulado. / A maioria dos alunos não se prepararam para o simulado.

Quando o sujeito apresenta uma porcentagem, deve concordar com o valor da expressão. No entanto, quanto seguida de um subs-
tan-vo (expressão par--va), o verbo poderá concordar tanto com o numeral quanto com o substan-vo:
• 27% deixaram de ir às urnas ano passado. / 1% dos eleitores votou nulo / 1% dos eleitores votaram nulo.

Quando o sujeito apresenta alguma expressão que indique quan+dade aproximada, o verbo concorda com o substan-vo que segue
a expressão:
• Cerca de duzentas mil pessoas compareceram à manifestação. / Mais de um aluno Ncou abaixo da média na prova. 

Quando o sujeito é indeterminado, o verbo deve estar sempre na terceira pessoa do singular:
• Precisa-se de balconistas. / Precisa-se de balconista.

Quando o sujeito é cole+vo, o verbo permanece no singular, concordando com o cole-vo par--vo:
• A mul=dão delirou com a entrada triunfal dos ar=stas. / A ma=lha cansou depois de tanto puxar o trenó.

Quando não existe sujeito na oração, o verbo 8ca na terceira pessoa do singular (impessoal):
• Faz chuva hoje

28

LÍNGUA PORTUGUESA
Quando o pronome rela+vo “que” atua como sujeito, o verbo DICA:  Como a crase só ocorre em palavras no feminino, em
deverá concordar em número e pessoa com o termo da oração prin- caso de dúvida, basta subs-tuir por uma palavra equivalente no
cipal ao qual o pronome faz referência: masculino. Se aparecer “ao”, deve-se usar a crase: Amanhã iremos
• Foi Maria que arrumou a casa. à escola / Amanhã iremos ao colégio.

Quando o sujeito da oração é o pronome rela+vo “quem”, o A regência estuda as relações de concordâncias entre os ter-
verbo pode concordar tanto com o antecedente do pronome quan- mos que completam o sen-do tanto dos verbos quanto dos nomes.
to com o próprio nome, na 3ª pessoa do singular: Dessa maneira, há uma relação entre o termo regente (principal) e
• Fui eu quem arrumei a casa. / Fui eu quem arrumou a casa. o termo regido (complemento).

Quando o pronome inde1nido ou interroga+vo, atuando A regência está relacionada à transi+vidade  do verbo ou do
como sujeito, es-ver no singular, o verbo deve 8car na 3ª pessoa nome, isto é, sua complementação necessária, de modo que essa
do singular: relação é sempre intermediada com o uso adequado de alguma
• Nenhum de nós merece adoecer. preposição.

Quando houver um substan+vo que apresenta forma plural, Regência nominal


porém com sen-do singular, o verbo deve permanecer no singular. Na regência nominal, o termo regente é o nome, podendo ser
Exceto caso o substan-vo vier precedido por determinante: um substan-vo, um adje-vo ou um advérbio, e o termo regido é o
• Férias é indispensável para qualquer pessoa. / Meus óculos complemento nominal, que pode ser um substan-vo, um pronome
sumiram. ou um numeral.
Vale lembrar que alguns nomes permitem mais de uma prepo-
sição. Veja no quadro abaixo as principais preposições e as palavras
que pedem seu complemento:
REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL MCRASEP

PREPOSIÇÃO NOMES
Crase é o nome dado à contração de duas letras “A” em uma
só: preposição “a” + ar+go “a” em palavras femininas. Ela é de- acessível; acostumado; adaptado; adequado;
marcada com o uso do acento grave (à), de modo que crase não agradável; alusão; análogo; anterior; atento;
é considerada um acento em si, mas sim o fenômeno dessa fusão. benekcio; comum; contrário; desfavorável;
Veja, abaixo, as principais situações em que será correto o em- devoto; equivalente; Nel; grato; horror;
A
prego da crase: idên=co; imune; indiferente; inferior; leal;
• Palavras femininas: Peça o material emprestado àquela alu- necessário; nocivo; obediente; paralelo;
na.  posterior; preferência; propenso; próximo;
• Indicação de horas, em casos de horas de8nidas e especi8ca- semelhante; sensível; ú=l; visível...
das: Chegaremos em Belo Horizonte às 7 horas. amante;amigo;capaz;certo;contemporâneo;
• Locuções preposi-vas: A aluna foi aprovada à custa de muito convicto; cúmplice; descendente; des=tuído;
estresse. devoto; diferente; dotado; escasso; fácil;
• Locuções conjun-vas: À medida que crescemos vamos dei- DE  feliz; imbuído; impossível; incapaz; indigno;
 xando de lado a capacidade de imaginar. inimigo; inseparável; isento; junto; longe;
• Locuções adverbiais de tempo, modo e lugar:Vire na próxima medo; natural; orgulhoso; passível; possível;
à esquerda. seguro; suspeito; temeroso...
Veja, agora, as principais situações em que não se aplica a cra- opinião; discurso; discussão; dúvida;
se: SOBRE insistência; inOuência; informação;
• Palavras masculinas: Ela prefere passear a pé.  preponderante; proeminência; triunfo...
• Palavras repe-das (mesmo quando no feminino):Melhor ter- acostumado; amoroso; analogia;
mos uma reunião frente a frente. compaFvel; cuidadoso; descontente;
• Antes de verbo: Gostaria de aprender a pintar. generoso; impaciente; ingrato; intolerante;
COM
• Expressões que sugerem distância ou futuro: A médica vai te mal; misericordioso; ocupado; parecido;
atender daqui a pouco. relacionado; sa=sfeito; severo; solícito;
• Dia de semana (a menos que seja um dia de8nido): De terça triste...
a sexta. / Fecharemos às segundas-feiras. abundante; bacharel; constante; doutor;
• Antes de numeral (exceto horas de8nidas): A casa da vizinha erudito; Nrme; hábil; incansável; inconstante;
 Nca a 50 metros da esquina. EM
indeciso; morador; negligente; perito;
 prá=co; residente; versado...
Há, ainda, situações em que o uso da crase é faculta-vo
• Pronomes possessivos femininos:Dei um picolé a minha Nlha. atentado; blasfêmia; combate; conspiração;
 / Dei um picolé à minha Nlha. CONTRA declaração; fúria; impotência; liFgio; luta;
• Depois da palavra “até”: Levei minha avó até a feira. / Levei  protesto; reclamação; representação...
minha avó até à feira. PARA bom; mau; odioso; próprio; ú=l...
• Nomes próprios femininos (desde que não seja especi8cado):
Enviei o convite a Ana. / Enviei o convite à Ana. / Enviei o convite à
 Ana da faculdade.

29

LÍNGUA PORTUGUESA
Regência verbal
Na regência verbal, o termo regente é o verbo, e o termo regido poderá ser tanto um objeto direto (não preposicionado) quanto um
objeto indireto (preposicionado), podendo ser caracterizado também por adjuntos adverbiais.
Com isso, temos que os verbos podem se classi8car entre transi-vos e intransi-vos. É importante ressaltar que a transi-vidade do
verbo vai depender do seu contexto.

Verbos intransi+vos: não exigem complemento, de modo que fazem sen-do por si só. Em alguns casos, pode estar acompanhado
de um adjunto adverbial (modi8ca o verbo, indicando tempo, lugar, modo, intensidade etc.), que, por ser um termo acessório, pode ser
re-rado da frase sem alterar sua estrutura sintá-ca:
• Viajou para São Paulo. / Choveu forte ontem.

Verbos transi+vos diretos: exigem complemento (objeto direto), sem preposição, para que o sen-do do verbo esteja completo:
• A aluna entregou o trabalho. / A criança quer bolo.

Verbos transi+vos indiretos: exigem complemento (objeto indireto), de modo que uma preposição é necessária para estabelecer o
sen-do completo:
• Gostamos da viagem de férias. / O cidadão duvidou da campanha eleitoral.

Verbos transi+vos diretos e indiretos: em algumas situações, o verbo precisa ser acompanhado de um objeto direto (sem preposição)
e de um objeto indireto (com preposição):
• Apresentou a dissertação à banca. / O menino ofereceu ajuda à senhora.

COLOCAÇÃO PRONOMINAL

Prezado Candidato, o tema acima supracitado, já foi abordado em tópicos anteriores.

COESÃO; COERÊNCIA

A coerência e a coesão são essenciais na escrita e na interpretação de textos. Ambos se referem à relação adequada entre os compo-
nentes do texto, de modo que são independentes entre si. Isso quer dizer que um texto pode estar coeso, porém incoerente, e vice-versa.
Enquanto a coesão tem foco nas questões grama-cais, ou seja, ligação entre palavras, frases e parágrafos, a coerência diz respeito ao
conteúdo, isto é, uma sequência lógica entre as ideias.

Coesão
A coesão textual ocorre, normalmente, por meio do uso de conec+vos (preposições, conjunções, advérbios). Ela pode ser ob-da a
par-r da anáfora (retoma um componente) e da catáfora (antecipa um componente).
Con8ra, então, as principais regras que garantem a coesão textual:

REGRA CARACTERÍSTICAS EXEMPLOS


Pessoal (uso de pronomes pessoais ou possessivos) –
João e Maria são crianças. Eles são irmãos.
anafórica
Fiz todas as tarefas, exceto esta: colonização
REFERÊNCIA Demonstra-va (uso de pronomes demonstra-vos e
africana.
advérbios) – catafórica
Mais um ano igual aos outros...
Compara-va (uso de comparações por semelhanças)
Subs-tuição de um termo por outro, para evitar Maria está triste. A menina está cansada de 8car
SUBSTITUIÇÃO
repe-ção em casa.
No quarto, apenas quatro ou cinco convidados.
ELIPSE Omissão de um termo
(omissão do verbo “haver”)
Conexão entre duas orações, estabelecendo relação Eu queria ir ao cinema, mas  estamos de
CONJUNÇÃO
entre elas quarentena.
U-lização de sinônimos, hiperônimos, nomes genéricos
A minha casa  é clara. Os quartos, a sala  e a
COESÃO LEXICAL ou palavras que possuem sen-do aproximado e
cozinha têm janelas grandes.
pertencente a um mesmo grupo lexical.

Coerência
Nesse caso, é importante conferir se a mensagem e a conexão de ideias fazem sen-do, e seguem uma linha clara de raciocínio.
Existem alguns conceitos básicos que ajudam a garan-r a coerência. Veja quais são os principais princípios para um texto coerente:
• Princípio da não contradição: não deve haver ideias contraditórias em diferentes partes do texto.

30

LÍNGUA PORTUGUESA
• Princípio da não tautologia: a ideia não deve estar redundan- Dois-pontos ( : )
te, ainda que seja expressa com palavras diferentes. Marcam uma supressão de voz em frase ainda não concluída.
• Princípio da relevância: as ideias devem se relacionar entre Em termos prá-cos, este sinal é usado para: Introduzir uma citação
si, não sendo fragmentadas nem sem propósito para a argumenta- (discurso direto) e introduzir um aposto explica-vo, enumera-vo,
ção. distribu-vo ou uma oração subordinada substan-va aposi-va.
• Princípio da con+nuidade temá+ca: é preciso que o assunto Ex: Uma bela festa: cheia de alegria e comida boa.
tenha um seguimento em relação ao assunto tratado.
• Princípio da progressão semân+ca: inserir informações no- Ponto e vírgula ( ; )
vas, que sejam ordenadas de maneira adequada em relação à pro- Representa uma pausa mais forte que a vírgula e menos que o
gressão de ideias. ponto, e é empregado num trecho longo, onde já existam vírgulas,
para enunciar pausa mais forte, separar vários itens de uma enume-
Para atender a todos os princípios, alguns fatores são recomen- ração (frequente em leis), etc.
dáveis para garan-r a coerência textual, como amplo conhecimen- Ex: Vi na festa os deputados, senadores e governador; vi tam-
to de mundo, isto é, a bagagem de informações que adquirimos ao bém uma linda decoração e bebidas caras.
longo da vida; inferências acerca do conhecimento de mundo do
leitor; e informa+vidade, ou seja, conhecimentos ricos, interessan- Travessão ( — )
tes e pouco previsíveis. Não confundir o travessão com o traço de união ou hífen e com
o traço de divisão empregado na par-ção de sílabas (ab-so-lu-ta-
-men-te) e de palavras no 8m de linha. O travessão pode subs-tuir
vírgulas, parênteses, colchetes, para assinalar uma expressão inter-
PONTUAÇÃO calada e pode indicar a mudança de interlocutor, na transcrição de
um diálogo, com ou sem aspas.
Pontuação Ex: Estamos — eu e meu esposo — repletos de gra=dão.
Com Nina Catach, entendemos por pontuação um “sistema
de reforço da escrita, cons-tuído de sinais sintá-cos, des-nados a Parênteses e colchetes ( ) – [ ]
organizar as relações e a proporção das partes do discurso e das Os parênteses assinalam um isolamento sintá-co e semân-co
pausas orais e escritas. Estes sinais também par-cipam de todas as mais completo dentro do enunciado, além de estabelecer maior in-
funções da sintaxe, grama-cais, entonacionais e semân-cas”. (BE- -midade entre o autor e o seu leitor. Em geral, a inserção do parên-
CHARA, 2009, p. 514) tese é assinalada por uma entonação especial. In-mamente ligados
A par-r da de8nição citada por Bechara podemos perceber a aos parênteses pela sua função discursiva, os colchetes são u-liza-
importância dos sinais de pontuação, que é cons-tuída por alguns dos quando já se acham empregados os parênteses, para introduzi-
sinais grá8cos assim distribuídos: os separadores (vírgula [ , ], pon- rem uma nova inserção.
to e vírgula [ ; ], ponto 8nal [ . ], ponto de exclamação [ ! ], re-- Ex: Vamos estar presentes na festa (aquela organizada pelo go-
cências [ ... ]), e os de comunicação ou “mensagem” (dois pontos vernador)
[ : ], aspas simples [‘ ’], aspas duplas [ “ ” ], travessão simples [ – ],
travessão duplo [ — ], parênteses [ ( ) ], colchetes ou parênteses Aspas ( “ ” )
retos [ [ ] ], chave aberta [ { ], e chave fechada [ } ]). As aspas são empregadas para dar a certa expressão sen-do
par-cular (na linguagem falada é em geral proferida com entoação
Ponto ( . ) especial) para ressaltar uma expressão dentro do contexto ou para
O ponto simples 8nal, que é dos sinais o que denota maior pau- apontar uma palavra como estrangeirismo ou gíria. É u-lizada, ain-
sa, serve para encerrar períodos que terminem por qualquer -po da, para marcar o discurso direto e a citação breve.
de oração que não seja a interroga-va direta, a exclama-va e as Ex: O “co•e break” da festa estava ó=mo.
re-cências.
Estaremos presentes na festa. Vírgula
São várias as regras que norteiam o uso das vírgulas. Eviden-
Ponto de interrogação ( ? ) ciaremos, aqui, os principais usos desse sinal de pontuação. Antes
Põe-se no 8m da oração enunciada com entonação interroga-- disso, vamos desmis-8car três coisas que ouvimos em relação à
va ou de incerteza, real ou 8ngida, também chamada retórica. vírgula:
Você vai à festa?  1º – A vírgula não é usada por inferência. Ou seja: não “sen--
mos” o momento certo de fazer uso dela.
Ponto de exclamação ( ! ) 2º – A vírgula não é usada quando paramos para respirar. Em
Põe-se no 8m da oração enunciada com entonação exclama- alguns contextos, quando, na leitura de um texto, há uma vírgula, o
-va. leitor pode, sim, fazer uma pausa, mas isso não é uma regra. A8nal,
Ex: Que bela festa! cada um tem seu tempo de respiração, não é mesmo?!?!
3º – A vírgula tem sim grande importância na produção de tex-
Re+cências ( ... ) tos escritos. Não caia na conversa de algumas pessoas de que ela é
Denotam interrupção ou incompletude do pensamento (ou menos importante e que pode ser colocada depois.
porque se quer deixar em suspenso, ou porque os fatos se dão com Agora, precisamos saber que a língua portuguesa tem uma or-
breve espaço de tempo intervalar, ou porque o nosso interlocutor dem comum de construção de suas frases, que é Sujeito > Verbo >
nos toma a palavra), ou hesitação em enunciá-lo. Objeto > Adjunto, ou seja, (SVOAdj). 
Ex: Essa festa... não sei não, viu. Maria   foi   à padaria  ontem.
Sujeito  Verbo  Objeto  Adjunto

31

Melhore a sua experiência '


A avaliação nos ajudará a sugerir
documentos ainda melhor relacionados
a todos os nossos leitores!

# Útil

& Não útil

LÍNGUA PORTUGUESA
Perceba que, na frase acima, não há o uso de vírgula. Isso ocor- • Frase:  Enunciado que estabelece uma comunicação de sen-
re por alguns mo-vos: -do completo.
1) NÃO se separa com vírgula o sujeito de seu predicado. Os jornais publicaram a noFcia.
2) NÃO se separa com vírgula o verbo e seus complementos. Silêncio!
3) Não é aconselhável usar vírgula entre o complemento do
verbo e o adjunto. • Oração: Enunciado que se forma com um verbo ou com uma
locução verbal.
Podemos estabelecer, então, que se a frase es-ver na ordem Este Nlme causou grande impacto entre o público.
comum (SVOAdj), não usaremos vírgula. Caso contrário, a vírgula  A inOação deve con.nuar sob controle.
é necessária:
Ontem, Maria foi à padaria. • Período Simples: formado por uma única oração.
Maria, ontem, foi à padaria. O clima se alterou muito nos úl=mos dias.
À padaria, Maria foi ontem.
• Período Composto: formado por mais de uma oração.
Além disso, há outros casos em que o uso de vírgulas é neces- O governo prometeu/ que serão criados novos empregos.
sário:
• Separa termos de mesma função sintá-ca, numa enumera- Bom, já está a clara a diferença entre frase, oração e período.
ção. Vamos, então, classi8car os elementos que compõem uma oração:
Simplicidade, clareza, obje=vidade, concisão são qualidades a • Sujeito: Termo da oração do qual se declara alguma coisa.
serem observadas na redação oNcial. O problema da violência preocupa os cidadãos.
• Separa aposto. • Predicado: Tudo que se declara sobre o sujeito.
 Aristóteles, o grande Nlósofo, foi o criador da Lógica.  A tecnologia permi.u o resgate dos operários.
• Separa voca-vo. • Objeto Direto: Complemento que se liga ao verbo transi-vo
Brasileiros, é chegada a hora de votar. direto ou ao verbo transi-vo direto e indireto sem o auxílio da pre-
• Separa termos repe-dos. posição.
 Aquele aluno era esforçado, esforçado.  A tecnologia tem possibilitado avanços notáveis.
Os pais oferecem ajuda Bnanceira ao Nlho.
• Separa certas expressões explica-vas, re-8ca-vas, exempli- • Objeto Indireto: Complemento que se liga ao verbo transi-
8ca-vas, como: isto é, ou seja, ademais, a saber, melhor dizendo, -vo indireto ou ao verbo transi-vo direto e indireto por meio de
ou melhor, quer dizer, por exemplo, além disso, aliás, antes, com preposição.
efeito, digo. Os Estados Unidos resistem ao grave momento.
O polí=co, a meu ver, deve sempre usar uma linguagem clara, João gosta de beterraba.
ou seja, de fácil compreensão. • Adjunto Adverbial: Termo modi8cador do verbo que exprime
determinada circunstância (tempo, lugar, modo etc.) ou intensi8ca
• Marca a elipse de um verbo (às vezes, de seus complemen- um verbo, adje-vo ou advérbio.
tos). O ônibus saiu à noite quase cheio , com des=no a Salvador.
O decreto regulamenta os casos gerais; a portaria, os par=cula- Vamos sair do mar.
res. (= ... a portaria regulamenta os casos par=culares) • Agente da Passiva: Termo da oração que exprime quem pra--
ca a ação verbal quando o verbo está na voz passiva.
• Separa orações coordenadas assindé-cas. Raquel foi pedida em casamento por seu melhor amigo.
Levantava-me de manhã, entrava no chuveiro, organizava as • Adjunto Adnominal: Termo da oração que modi8ca um subs-
ideias na cabeça... tan-vo, caracterizando-o ou determinando-o sem a intermediação
de um verbo.
• Isola o nome do lugar nas datas. Um casal de médicos eram os novos moradores do meu pré-
Rio de Janeiro, 21 de julho de 2006. dio.
• Complemento Nominal: Termo da oração que completa no-
• Isolar conec-vos, tais como: portanto, contudo, assim, dessa mes, isto é, substan-vos, adje-vos e advérbios, e vem preposicio-
forma, entretanto, entre outras. E para isolar, também, expressões nado.
conec-vas, como: em primeiro lugar, como supracitado, essas infor-  A realização do torneio teve a aprovação de todos.
mações comprovam, etc. • Predica-vo do Sujeito: Termo que atribui caracterís-ca ao su-
Fica claro, portanto, que ações devem ser tomadas para ame-  jeito da oração.
nizar o problema.  A especulação imobiliária me parece um problema.
• Predica-vo do Objeto: Termo que atribui caracterís-cas ao
objeto direto ou indireto da oração.
SINTAXE MFRASE, ORAÇÃO, PERÍODO; TERMOS ESSEN! O médico considerou o paciente hipertenso.
CIAIS, INTEGRANTES E ACESSÓRI OS DA ORAÇÃOP • Aposto:  Termo da oração que explica, esclarece, resume ou
iden-8ca o nome ao qual se refere (substan-vo, pronome ou equi-
valentes). O aposto sempre está entre virgulas ou após dois-pontos.
Agora chegamos no assunto que causa mais temor em muitos  A praia do Forte, lugar paradisíaco , atrai muitos turistas.
estudantes. Mas eu tenho uma boa noacia para te dar: o estudo • Voca-vo: Termo da oração que se refere a um interlocutor a
da sintaxe é mais fácil do que parece e você vai ver que sabe muita quem se dirige a palavra.
coisa que nem imagina. Para começar, precisamos de classi8car al- Senhora , peço aguardar mais um pouco.
gumas questões importantes:

32

LÍNGUA PORTUGUESA
Tipos de orações
As partes de uma oração já está fresquinha aí na sua cabeça, não é?!?! Estudar os -pos de orações que existem será moleza, moleza.
Vamos comigo!!!
Temos dois -pos de orações: as coordenadas, cuja as orações de um período são independentes (não dependem uma da outra para
construir sen-do completo); e as subordinadas, cuja as orações de um período são dependentes (dependem uma da outra para construir
sen-do completo).
As orações coordenadas podem ser sindé+cas (conectadas uma a outra por uma conjunção) e assindé+cas (que não precisam da
conjunção para estar conectadas. O serviço é feito pela vírgula).

Tipos de orações coordenadas

Orações Coordenadas Sindé+cas Orações Coordenadas Assindé+cas


Adi+vas Fomos para a escola e fizemos o exame final. • Lena estava triste, cansada, decepcionada.
Adversa+vas Pedro Henrique estuda muito, porém não passa •
no vestibular. • Ao chegar à escola conversamos, estudamos, lan-
chamos.
Alterna+vas Manuela ora quer comer hambúrguer, ora  quer
comer pizza. Alfredo está chateado, pensando em se mudar.
Conclusivas Não gostamos do restaurante, portanto  não
iremos mais lá. Precisamos estar com cabelos arrumados, unhas feitas.

Explica+vas Marina não queria falar, ou seja, ela estava de João Carlos e Maria estão radiantes, alegria que dá inveja.
mau humor.

Tipos de orações subordinadas


As orações subordinadas podem ser substan-vas, adje-vas e adverbiais. Cada uma delas tem suas subclassi8cações, que veremos
agora por meio do quadro seguinte.

Orações Subordinadas
Subje+vas É certo que ele trará os a sobremesa do
Exercem a função de sujeito  jantar. 
Comple+vas Nominal Estou convencida de que ele é solteiro.
Exercem a função de complemento
nominal
Predica+vas O problema é que ele não entregou a
Orações Subordinadas Substan+vas Exercem a função de predica-vo refeição no lugar.
Aposi+vas Eu lhe disse apenas isso: que não se
Exercem a função de aposto aborrecesse com ela.
Obje+vas Direta Espero que você seja feliz.
Exercem a função de objeto direto
Obje+vas Indireta Lembrou-se da dívida que tem com ele.
Exercem a função de objeto indireto
Explica+vas Os alunos, que foram mal na prova de
Explicam um termo dito anteriormente. quinta, terão aula de reforço.
SEMPRE serão acompanhadas por
vírgula.
Orações Subordinadas Adje+vas
Restri+vas Os alunos que foram mal na prova de quinta
Restringem o sen-do de um termo terão aula de reforço.
dito anteriormente. NUNCA serão
acompanhadas por vírgula.

33

LÍNGUA PORTUGUESA

Causais Estou ves-da assim porque vou sair.


Assumem a função de advérbio de causa
Consecu+vas Falou tanto que 8cou rouca o resto do dia.
Assumem a função de advérbio de
consequência
Compara+vas A menina comia como um adulto come.
Assumem a função de advérbio de
comparação
Condicionais Desde que ele par-cipe, poderá entrar na
Assumem a função de advérbio de reunião.
condição
Conforma+vas O shopping fechou, conforme havíamos
Assumem a função de advérbio de previsto.
Orações Subordinadas Adverbiais
conformidade
Concessivas Embora eu esteja triste, irei à festa mais
Assumem a função de advérbio de tarde.
concessão
Finais Vamos direcionar os esforços para que todos
Assumem a função de advérbio de tenham acesso aos beneWcios.
8nalidade
Proporcionais Quanto mais eu dormia, mais sono -nha.
Assumem a função de advérbio de
proporção
Temporais Quando a noite chega, os morcegos saem de
Assumem a função de advérbio de suas casas.
tempo

Olha como esse quadro facilita a vida, não é?! Por meio dele, conseguimos ter uma visão geral das classi8cações e subclassi8cações
das orações, o que nos deixa mais tranquilos para estudá-las.

EXERCÍCIOS

1. (FEMPERJ – VALEC – JORNALISTA – 2012) Intertextualidade é a presença de um texto em outro; o pensamento abaixo que NÃO se
fundamenta em intertextualidade é:
(A) “Se tudo o que é bom dura pouco, eu já deveria ter morrido há muito tempo.”
(B) “Nariz é essa parte do corpo que brilha, espirra, coça e se mete onde não é chamada.”
(C) “Une-te aos bons e será um deles. Ou 8ca aqui com a gente mesmo!”
(D) “Vamos fazer o feijão com arroz. Se puder botar um ovo, tudo bem.”
(E) “O Neymar é invendável, inegociável e imprestável.”

2. (FUNIVERSA – CEB – ADVOGADO – 2010) Assinale a alterna-va em que todas as palavras são acentuadas pela mesma razão.
(A) “Brasília”, “prêmios”, “vitória”.
(B) “elétrica”, “hidráulica”, “responsáveis”.
(C) “sérios”, “potência”, “após”.
(D) “Goiás”, “já”, “vários”.
(E) “solidária”, “área”, “após”.

3. (CESGRANRIO – CMB – ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO – 2012) Algumas palavras são acentuadas com o obje-vo exclusivo
de dis-ngui-las de outras. Uma palavra acentuada com esse obje-vo é a seguinte:
(A) pôr.
(B) ilhéu.
(C) sábio.
(D) também.
(E) lâmpada.

4. (FDC – PROFESSOR DE PORTUGUÊS II – 2005) Marque a série em que o hífen está corretamente empregado nas cinco palavras:
(A) pré-nupcial, ante-diluviano, an--Cristo, ultra-violeta, infra-vermelho.
(B) vice-almirante, ex-diretor, super-intendente, extra8no, infra-assinado.

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LÍNGUA PORTUGUESA
(C) an--alérgico, an--rábico, ab-rupto, sub-rogar, an-higiênico. (E) Estava sempre dizendo coisas de que mais tarde se arre-
(D) extrao8cial, antessala, contrassenso, ultrarrealismo, con- penderia. Prome-a a si própria que da próxima vez, tomaria
trarregra. cuidado com as palavras, o que entretanto, não acontecia.
(E) co-seno, contra-cenar, sobre-comum, sub-humano, infra-
-mencionado. 9. (FCC – INFRAERO – ADMINISTRADOR – 2011) Está inteira-
mente correta a pontuação do seguinte período:
5. (ESAF – SRF – AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL – 2003) (A) Os personagens principais de uma história, responsáveis
Indique o item em que todas as palavras estão corretamente em- pelo sen-do maior dela, dependem, muitas vezes, de peque-
pregadas e grafadas. nas providências que, tomadas por 8gurantes aparentemente
(A) A pirâmide carcerária assegura um contexto em que o po- sem importância, ditam o rumo de toda a história.
der de infringir punições legais a cidadãos aparece livre de (B) Os personagens principais, de uma história, responsáveis
qualquer excesso e violência. pelo sen-do maior dela, dependem muitas vezes, de pequenas
(B) Nos presídios, os chefes e subchefes não devem ser exata- providências que tomadas por 8gurantes, aparentemente sem
mente nem juízes, nem professores, nem contramestres, nem importância, ditam o rumo de toda a história.
subo8ciais, nem “pais”, porém avocam a si um pouco de tudo (C) Os personagens principais de uma história, responsáveis
isso, num modo de intervenção especí8co. pelo sen-do maior dela dependem muitas vezes de pequenas
(C) O carcerário, ao homogeinizar o poder legal de punir e o providências, que, tomadas por 8gurantes aparentemente,
poder técnico de disciplinar, ilide o que possa haver de violento sem importância, ditam o rumo de toda a história.
em um e de arbitrário no outro, atenuando os efeitos de revol- (D) Os personagens principais, de uma história, responsáveis
ta que ambos possam suscitar. pelo sen-do maior dela, dependem, muitas vezes de pequenas
(D) No singular poder de punir, nada mais lembra o an-go po- providências, que tomadas por 8gurantes aparentemente sem
der do soberano iminente que vingava sua autoridade sobre o importância, ditam o rumo de toda a história.
corpo dos supliciados. (E) Os personagens principais de uma história, responsáveis,
(E) A existência de uma proibição legal cria em torno dela um pelo sen-do maior dela, dependem muitas vezes de peque-
campo de prá-cas ilegais, sob o qual se chega a exercer con- nas providências, que tomadas por 8gurantes, aparentemente,
sem importância, ditam o rumo de toda a história.
trole e aferir lucro ilícito, mas que se torna manejável por sua
organização em delinqüência.
10. (CONSULPLAN – ANALISTA DE INFORMÁTICA (SDS-SC) –
2008) A alterna-va em que todas as palavras são formadas pelo
6. (FCC – METRÔ/SP – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO JÚNIOR –
mesmo processo de formação é:
2012) A frase que apresenta INCORREÇÕES quanto à ortogra8a é:
(A) responsabilidade, musicalidade, defeituoso;
(A) Quando jovem, o compositor demonstrava uma capacidade
(B) ca-veiro, incorrupaveis, desfazer;
extraordinária de imitar vários es-los musicais. (C) deslealdade, colunista, incrível;
(B) Dizem que o músico era avesso à ideia de expressar sen-- (D) anoitecer, festeiro, infeliz;
mentos pessoais por meio de sua música. (E) reeducação, dignidade, enriquecer.
(C) Poucos estudiosos se despõem a discu-r o empacto das
composições do músico na cultura ocidental. 11. (IMA – PREF. BOA HORA/PI – PROCURADOR MUNICIPAL –
(D) Salvo algumas exceções, a maioria das óperas do compo- 2010) No verso “Para desentristecer, leãozinho”, Caetano Veloso
sitor termina em uma cena de reconciliação entre os persona- cria um neologismo. A opção que contém o processo de formação
gens. u-lizado para formar a palavra nova e o -po de derivação que a
(E) Alguns acreditam que o valor da obra do compositor se palavra primi-va foi formada respec-vamente é:
deve mais à árdua dedicação do que a arroubos de inspiração. (A) derivação pre8xal (des + entristecer); derivação parassinté-
-ca (en + trist + ecer);
7. (CESGRANRIO – FINEP – TÉCNICO – 2011) A vírgula pode ser (B) derivação su8xal (desentriste + cer); derivação imprópria
re-rada sem prejuízo para o signi8cado e mantendo a norma pa- (en + triste + cer);
drão na seguinte sentença: (C) derivação regressiva (des + entristecer); derivação parassin-
(A) Mário, vem falar comigo depois do expediente. té-ca (en + trist + ecer);
(B) Amanhã, apresentaremos a proposta de trabalho. (D) derivação parassinté-ca (en + trist + ecer); derivação pre8-
(C) Telefonei para o Tavares, meu an-go chefe. xal (des + entristecer);
(D) Encomendei canetas, blocos e crachás para a reunião. (E) derivação pre8xal (en + trist + ecer); derivação parassinté--
(E) Entrou na sala, cumprimentou a todos e iniciou o discurso. ca (des + entristecer).

8. (CESGRANRIO – PETROBRAS – TÉCNICO DE ENFERMAGEM 12. (IMA – PREF. BOA HORA/PI – PROCURADOR MUNICIPAL –
DO TRABALHO – 2011) Há ERRO quanto ao emprego dos sinais de 2010) A palavra “Olhar” em (meu olhar) é um exemplo de palavra
pontuação em: formada por derivação:
(A) Ao dizer tais palavras, levantou-se, despediu-se dos convi- (A) parassinté-ca;
dados e re-rou-se da sala: era o 8nal da reunião. (B) pre8xal;
(B) Quem disse que, hoje, enquanto eu dormia, ela saiu sorra- (C) su8xal;
teiramente pela porta? (D) imprópria;
(C) Na infância, era levada e teimosa; na juventude, tornou-se (E) regressiva.
amida e arredia; na velhice, estava sempre alheia a tudo.
(D) Perdida no tempo, vinham-lhe à lembrança a imagem mui- 13. (CESGRANRIO – BNDES – ADVOGADO – 2004) No atulo do
to branca da mãe, as brincadeiras no quintal, à tarde, com os ar-go “A tal da demanda social”, a classe de palavra de “tal” é:
irmãos e o mundo mágico dos brinquedos. (A) pronome;
(B) adje-vo;

35

LÍNGUA PORTUGUESA
(C) advérbio; 19 DC – MAPA – ANA AD MA – 2010 N o o
(D) substan-vo; e no de m À VON AD e no e ho n b ndo o
(E) preposição. que que n u men e de e e e o À D ÂNC A ob e e
o o ên d e n o u õe d e b em N
14. Assinale a alterna-va que apresenta a correta classi8cação o u õe d e b o mbém o o e e que de e e
morfológica do pronome “alguém” (l. 44). m d om o en o XC O em
(A) Pronome demonstra-vo. A odo e m e pe de um o u o p o p ob em
(B) Pronome rela-vo. B À p opo o que o empo p m o e n ú - do
(C) Pronome possessivo. e e o do pe o e u do 8n
(D) Pronome pessoal. C Um p ob em o empe ou o un on men o do em
(E) Pronome inde8nido. D O é n o e m e e om um p ob em n o ú
e
15. Em relação à classe e ao emprego de palavras no texto, na O bun 8 ou me ê do h e que n d m o
oração “A abordagem social cons-tui-se em um processo de traba- em
lho planejado de aproximação” (linhas 1 e 2), os vocábulos subli-
nhados classi8cam-se, respec-vamente, em 20 e ndo e em on de o o on e o de e o oe
(A) preposição, pronome, ar-go, adje-vo e substan-vo. pe odo é o e o 8 m que o e ho b o é on de do um
(B) pronome, preposição, ar-go, substan-vo e adje-vo. A e pe - é que o Mé o p e on do pe mud n
(C) conjunção, preposição, numeral, substan-vo e pronome. me n en e n 8
(D) pronome, conjunção, ar-go, adje-vo e adje-vo. A e um e que é ompo po o õe oo den d e
(E) conjunção, conjunção, numeral, substan-vo e advérbio. ubo d n d
B Pe odo ompo o po ê o õe
16. (VUNESP – TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2011) C O o po po u en-do omp e o
Assinale a alterna-va em que a concordância verbal está corret D Pe odo po é ompo o po e e o õe
A H m oope - de do e n d de de o P u o
21 AOCP – PR D CA U BA – M CÂN CO D V CU O –
B O o de e ondom n o op e o
2007 e e u n e en en oana omou um on o não do
C O men o e de -n o o e o do o e que
mu A n e e n - que 8 o e men e e und
35% de e o e de pe do em e o
o o
D em do no que p e e u d que o do o
A O o oo den d ndé- d-
omo nó quem p on pe o de o om o e
B O o oo den d ndé- d-
de o
C O o oo den d ndé- d e -
D O o oo den d ndé- e p -
17 A – CGU – ANA A D NANÇA CON RO – 2012 O o oo den d ndé- en -
A n e op o que o ne e o e u -8 - p e õe
de on o d n no e o b o 22 AOCP – PR D CA U BA – B B O CÁR O – 2007 e
O bom d mp nho do ado a da onom a p opo onou e u n e en en Não p a mo o a ao m d o n m a
um p odo d go o o m n o da a ada ão A ma o u a am A n e en - que 8 o e men e du
= dad da mp a o d a pa a o u ado N a a o o õe
á a am d o ma gn N a= a m a o a d A O o oo den d ndé- eo o oo den d d e
Va onado p o nd d P o ao Con um do Amp o PCA a -
a do mpo o d R nda P oa u d a RP a Con bu ão B O op n p eo o oo den d ndé- d-
o a ob o u o qu do C a Con bu ão pa a o nan C O o oo den d ndé- e o o oo den d d
am n o da gu dad o a CoNn O m n o da ma a d -
aá o aum n a a a ada ão do mpo o d R nda P oa D O op n p eo o ubo d n d d eb on e u
a RP a ad bu a ão ob a o ha da p d n a -
o a Não m no an o am o ado ganho d ap a O o oo den d ndé- eo o oo den d d e
pon á p o aum n o da a ada ão do RP b on e u-
A O u o do p u em o e é e pon e pe de o de
p u em ded on do 23 MPA A – P – CR V N UD C ÁR O – 1999 An
B O p u em e u do é e pon e pe de o de p u e n - men e o o em de que
em e m e Bem en u do o que 8 m po que e e e o e ompen
C mp e e o n u em p opo onou p e pe do M h do de A
e de on o d n om e onom A o o ubo d n d ub n- omp e- nom n
D O n u em e d o é e pon e pe de o de
B o o ubo d n d d e b u
n u em e umen
C o o ubo d n d d e b empo de en o d
A de o de p u em o m u -8 e pe on o d n
D o o oo den d ndé- on u
om e e n e
o o oo den d ndé- e p -
18 GV – NADO D RA – PO C A G A VO D RA
– 2008 A n e e n - em que e enh op do o e men
e po u- ou n o o en o e nd - o de e
A Vou B do meu onho
B No o e ped en e é de e und e
C P e endo P b
D e o de b e o

36

NGUA PORTUGUESA
24 GV – NADO D RA – CN CO G A VO – ADM d de o de m ne do O o e um umen o do ond o
N RAÇÃO – 2008 M o o é que n p ên de ou de e ud o que n o e n e e n e p o e o emp e d
um p o e o de ob e o n p um um d u o de M u o Gue° d o do do n - u o ó o Amb en A Com
po - de e u o de u o en e d que pou o ou qu e o n o de e o ou o d no e e e podem o o e
n d e m ne e d de de popu õe d -n ON ) www m A A MA
Ao o d no e ho m 8 e omo QU A NDA U A O BRA
A ubo d n d ub n- p ed -
B ubo d n d d e- e - 27 Ob e e e- e on d o e o do
C ubo d n d ub n- ub e- O e o é p edom n n emen e n - o que n um
D ubo d n d ub n- ob e- d e o
ubo d n d d e- e p - O e o é p edom n n emen e e po - o que pe en e o
êne o e u ed o
25 UNCAB – PR POR O V HO RO – M D CO – 2009 No O e o é p e en p e n - ep e e po -
e ho b o o õe n odu d pe o e mo do o que e de um epo em
8 d em e o med men e n e o e omo V O e o p e en p e n - ep e e po -
N o h dú d de que p e emo u - m o d d e de um ed o
m nun u de no o 8 ho
A ubo d n d ub n- ob e- nd e e oo den d n An e e- e e pond
dé- d e - A omen e é o e
B ubo d n d d e- e - e oo den d ndé- e B omen e é n o e
p - C omen e é o e
C ubo d n d d e b on o m - e ubo d n d d e D A e V o o e
b on e
D ubo d n d ub n- omp e- nom n e oo den d 28 Ob e e e- e on d o e o A m que
ndé- d e - u oB nd
ubo d n d d e- e - e ubo d n d d e b on O e o é oe o m n o é oe en e que em p ob em
e no de en o men o do un o
O e o é oe en e m n o é oe o que p e en p o
26 AC P – PR QU XADÁ C – P CÓ OGO – 2010 No pe b em no u o de on un õe e p epo õe
odo O e en é o e u n e nun n e ne e p hou e um O e o é oe o e oe en e o bom u o d e
o e no o mbu do d de de que e o p e ome de p e d o dem n -
h ó o o ub nh d é 8 d omo V O e o é oe o e oe en e que p e en p o e o
A oo den d ndé- em - e bom u o do e u o oe o
B ubo d n d ub n- omp e- nom n
C ubo d n d ub n- ob e- nd e An e e- e e pond
D ubo d n d ub n- po - A omen e é o e
e o e o b op e ponde que o B omen e é n o e
A m que nd u o B C omen e é o e
b o Pe e b o pe e @ oe om b D omen e V é o e

Am o éd mb en d h ó do P e n ou um e o e o b op e ponde que õe
do p n p o d on un u po - e e onôm b e
ne ên do e o p do e do ó o púb o d n e de UM APÓ OGO
um de e de epe u o mund Con8 m d mo e do R o M A
Do e o o e no ede nd n o p e en ou um p no de e u
pe o e e- o p e pen um de n en õe m um e um u h que d e um no e o de nh
pou o m ne do m o on o d pe b e V e e pe — Po que e o ê om e e od he de od en o
n o u n BHP B on A ún med d on e o p d p 8n que e um o ne e mundo
o d mu de R$ 250 m hõe – endo que n o h n- de — De e me enho
que e e u d no o O e o do o e pe deu e h po — Que de e Que de e po quê Po que he d o que e
und e e n o mou num ó e o o d M u R be o om um n upo e Rep o que m e e emp e que me
oo den do d ede de u d und o O M A n- de n be
ob e o de e em M n M n Ge O o ume de e e o — Que be enho A enho n o é 8ne e é u h
e o nou um bomb e ó o n e o A u h n o em be Que he mpo o meu C d qu em
P éd emp e de ou que e em o o que Deu he deu mpo e e om u d e de e do
de omp men o n b en de Ge m no e de n ém e un ou o
do o Dep men o N on de P odu o M ne pe o meno 16 —M o ê é o u ho
b en de m ne o em odo o P p e en m ond õe de — De e o que ou
ne u n O o e no pe deu u p d de de p e h ó — M po quê
o én o p 8 o d M u N d e o opo — bo Po que o o n o o e -do e en e e de no
Ao m nho d e u n e o p o e o de e 654 2015 do m quem é que o o e en o eu
en do Rome o u PMDB RR que p e ê en ún em um — Vo ê o é me ho Vo ê é que o o e Vo ê no
empo e uo p ob on de d e é O no o m que quem o o e ou eu e mu o eu
o e u ó o d m ne o po u e mbém on ede p o

37

NGUA PORTUGUESA
— Vo ê u o p no n d m eu é que o o p endo um pe
d o o ou o dou e o o b b do …
— m m que e o u é que u o o p no ou d n e
pu ndo po o ê que em obede endo o que eu oe
m ndo…
— mbém o b edo e o d n e do mpe do
— Vo ê é mpe do
—N od o o M e d de é que o ê um p pe u
b e no ndo d n e ó mo ndo o m nho endo o
b ho ob u o e n8mo u é que p endo o un o…
m n o qu ndo o u e he ou d b one
N o e e d e que o e p em de um b one que
-nh mod o pé de p n o nd de Che ou
o ue pe ou do p no pe ou d u h pe ou d nh en
8ou nh n u h e en ou o e Um e ou m nd ndo A Po que e o ê om e e od he de od en
o u ho pe o p no d n e que e me ho d ed en e o d p 8n que e um o ne e mundo 02
o dedo d o u e e omo o o de D n — p d B Que be enho A enho n o é 8ne e é u h
o um o poé- d uh A u h n o em be Que he mpo o meu 06
— n o enho nh nd e m no que d h pou o C m m que e o u é que u o o p no ou d n e
N o ep que e d -n o u e ó e mpo om o eu é pu ndo po o ê que em obede endo o que eu o
que ou qu en e o dedo de un d nh e e u ndo b o e m ndo 14 15
e m … D n o enho nh nd e m no que d h pou o
A nh n o e pond n d nd ndo Bu o be o pe N o ep que e d -n o u e ó e mpo om o
u h e o o en h do po e en o e - omo quem be eu é que ou qu en e o dedo de un d nh e e u ndo
o que e n o e p ou p ou A u h endo que b oe m 25 26
e n o he d e po ou e mbém e o nd ndo e And p ende o C n e em b m nho p e
udo ên o n e de o u n o e ou m que o p p e e é que o d d enqu n o 8 n nh de
p p d u h no p no C ndo o o o u e dob ou o u e omo eu que n o b o m nho p n n uém
o u p o d e u n e on-nuou nd ne e e no ou o é Onde me e pe m 8 o 40 41
que no qu o bou ob e 8 ou e pe ndo o b e
Ve o no e do b e e b one e -u e A o u e que 30 O d m nu- o em n u Po u ue pode e p e ou o
udou e- e e u h e pe d no o p nho p o e em n- o ém d no o de d men o omo e- d de
d um pon o ne e o enqu n o ompunh o e -do d pe o - d de e n en d de Ne e en-do pode e 8 m que
be d m e pu um do ou ou o e d qu ou d o o e em n- o u- do n o m d m nu- un d
ndo bo o ndo o he ndo nh p mo d uh nh 26 e o p nho 32 o e pe - men e de
pe un ou he A d men o e pe o - d de
—O o d me quem é que o b e no o po d B e- d de e n en d de
b one endo p e do e -do e d e e n Quem é que C e- d de e d men o
d n om m n o e d p om enqu n o o ê o p D n en d de e d men o
nh d o u e n e de p o b o d mu m pe o - d de e e- d de
V mo d
P e e que u h n o d e n d m um 8ne e de be 31 m um e o n - o omo Um Apó o o é mu o o
nde e n o meno e pe ên mu mu ou pob e u h — And mum u o de n u em deno - e ono - A n e en
p ende o C n e em b m nho p e e e é que o - u o e ho e- do do e o é um demon od e p e
d d enqu n o 8 n nh de o u e omo eu que d de do e mo nh e u h em en-do 8 u do
n o b o m nho p n n uém Onde me e pe m 8 o A bo Po que o o n o o e -do e en e e de no
Con e e h ó um p o e o de me n o que me d m quem é que o o e en o eu 11
e b n ndo be — mbém eu enho e do de u h B Que be enho A enho n o é 8ne e é u h
mu nh o d n A u h n o em be 06
C Vo ê u o p no n d m eu é que o o p endo um
29 De o do om o e o Um Apó o o de M h do de A ped o o ou o dou e o o b b do 13
e om u o b o e e ndo em on de o pe on D mbém eu enho e do de u h mu nh o d
en p e en e n n - n o e b qu n o u nd que n 43
op o em que n o é omp a e om o o en e o n o enho nh nd e m no que d h pou o
e emen o do e o 25

32 De o do om em - e d no e o e de modo
me ó o on de ndo e õe e en e em um mb en e
de b ho pon e op o que NÃO o e ponde um de p e
en e no e o
A O e o n que no m men e n o h um e o
equ n me em mb en e o e- o de b ho
B O e o n que no m men e n o h um e o
equ n me em mb en e o e- o de b ho

38

NGUA PORTUGUESA
C O e o nd que em um mb en e o e- o de b ho ______________________________________________________
37 BA ANO A N M ADM N RAÇÃO – BA –
d u e o po u bu õe p óp 2019
D O e o u e e que o e onhe men o no mb en e o e ______________________________________________________
A e de eu onhe men o em ed o o8 é o eo
- o de b ho p e e e- men e d p óp - ude do 8 m que o o - o dequ do um e o no p d o oW o de -
ue o ______________________________________________________
n do o p e den e do Con e o N on é
O e o e e que em um mb en e o e- o de b ho A enho P e den e
______________________________________________________
equen emen e é d W d om d de nd du B e ena mo enho P e den e
C P e den e
______________________________________________________
33 CC – R MG – CN CO UD C ÁR O – 2005 A be d D e ena mo P e den e
de e e e e o u o d em e pe o d e o e o up e ena mo enho
_____________________________________________________
no Con - u o P een hem de modo o e o un d e
m n o dem d d e p e õe _____________________________________________________
38 CÂMARA D CABO D AN O AGO NHO P AUX AR
A que – de que ADM N RA VO N U O AOCP 2019
B de que – om que ______________________________________________________
Re e en e p o de e emen o de m - ed o o8
C u – de u o o n de pon u o e o do e u u n - e êm
______________________________________________________
D que – em que 8n d de A n e e n - que p e en pon u o
em que – o qu que pode e u- d em u d u p d ên e o que
______________________________________________________
e que d e
34 A – CGU – ANA A D NANÇA CON RO – 2008 ______________________________________________________
A Do pon o
A n e o e ho que p e en e o de e ên B Pon o e u
A Depo de um on o pe odo em que p e en ou de ______________________________________________________
C Pon o de n e o o
e men o e onôm o que n o m ém do 3% o B e D Pon o de e m o
h o no de 2007 om um e p n o de 5 3% e men e ______________________________________________________
m o e d n ú -m dé d 39 UN R CN CO D ABORA ÓR O ANÁ C N CA
B O d do nd n o o de8n - o m ______________________________________________________
udo u e e que AOCP – 2018
e o on8 m do A en-d de e pon e pe o e udo o Pode e d e que ed o o8 é m ne pe qu o Pode
______________________________________________________
onhe d Com o onôm p Amé -n C PA Púb o ed e o no m - o e omun õe m e o ed
C N o h dú d de que o núme o o bon num momen o ______________________________________________________
o de do umen o o8 u ue omo V RDAD RO ou A O
em que -n mo um bom upe em on o en e em o en e u
que e e e qued no de emp e o e é e nun m A n u em po ob e- o omun o A un e emen o
p o de no ee mone ém d de obe de o ne e o p omun o em o b e ep o on
no on e de pe ó eo eúdo d ód o e me o de u o u o omun -
D Me mo m o h ndo e p o nho de on-nen e Com e o ed o o8 o em o é o e o Púb o M n
pe ebe e que no pe o m n e é n e o que o bu é o e e Dep men o D o e o e o O un o
d A en-n 8 6% e un ou o p e om p - p o é emp e e e en e bu õe do ó o que omun O de -
meno no on un o do ben p odu do pe Amé -n n o ou e ep o de omun o ou é o púb o o on un o
Nem é p e o o h o e emp o d Ch n nd e Rú do d d o ou ou o ó o púb o do e u- o ou do ou o
om e men o m de e p m e Ao on un o n e o Pode e d Un o
d Amé -n o o n mo n e n on e bu ndo C R O
um e men o méd o em 2007 de 5 6% um pou o m o do RRADO
que o do B
40 C A N M ADM N RAÇÃO C 2019
35 C GRANR O – P AG BA – PRO OR POR UGU – De e m n d p o equen e n ed o o8 Con
2010 be e e e o de h pe on m h pon m ne o dem o me e do A o do O o 8 o que en ou em o em
o e u n e p de p 2009 n e op o CORR A que on ém pen p
A e ondo – u do d on o me o A o do
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C p – e opo o p o de m e ue p o enen e e oo den do
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e on e – -nho e o d un o d e o e e u- o d e o e ó o e en e
d e o p e den e ed o en e ed o he e e d e
36 VUN P – AP P – AG N D CO A V G ÂNC A o ene de b d ene de e é o e undo e e o
P N NC ÁR A – 2012 No e ho – P e pe 8 um V m é p m ou do e p pe moed pó du o
que o é que pon o e e ube n e onôm no B é pó ope ó o p é e o pén p é e -bu e e
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em omo n ôn mo V p me d m p me o m n o p me o e e o p ó
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D A 8 m õe e Ve o o e

39

NGUA PORTUGUESA
A 8 m õe VeVe o o e 24 A
41 PC MG CR VÃO D PO C A C V UMARC – 2018 25 D
N Red o O8 e e e o u o do p d o o m d n u 26 B
Po n o o ne e o onhe men o n u - o que und
men em e e u o 27 C
An e o u o d u n e un e e do e o 3 28 D
1 Um me b b o mob ou Po M n Re o de
29
Vend No em Be o Ho on e on em
2 O p de 22 no e p e en ou e pon ne men e 9 30 D
Á e n e d de e u n Púb A p e deu de he do me 31 D
3 e undo po o o em n o mou que -nh um e on
men o d W om m e e e d u-do om e momen o n e 32 D
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ND QU en e o p ên e e u -8 - dequ d p uo 34 D
d u em d e 35
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36 D
P ep d un o d e b
P nd um po o 37 B
38 B
A equên CORR A de m p b o é
A 1–2–3 39 A
B 2–1–3 40
C 3–1–2
41 C
D 3–2–1

GABAR TO ANOTAÇÕES

______________________________________________________
1
2 A ______________________________________________________
3 A ______________________________________________________
4 D
______________________________________________________
5 B
______________________________________________________
6 C
7 B ______________________________________________________
8 ______________________________________________________
9 A
______________________________________________________
10 A
11 A ______________________________________________________
12 D ______________________________________________________
13 A
______________________________________________________
14
______________________________________________________
15 B
16 ______________________________________________________
17 A ______________________________________________________
18 A
______________________________________________________
19 D
20 B ______________________________________________________

21 C ______________________________________________________
22 C ______________________________________________________
23

40
 

GEOGRAFIA

1. Caracterís)cas gerais do estado do rio de janeiro - reconhecer as relações entre sociedade e o ambiente natural no estado do rio de
 janeiro, destacando os impactos ambientais produzidos e as in=uências dos elementos naturais na sociedade =uminense . . . . . .01
2. Iden)@car as principais regiões do estado e suas caracterís)cas gerais  . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04
3. Apresentar noções básicas sobre a geogra@a do município do rio de janeiro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05
4. Reconhecer aspectos gerais do processo de favelização e suas caracterís)cas atuais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08
5. Iden)@car em textos e grá@cos situações problema Hpicas da sociedade =uminense e reconhecer formas de reduzir os problemas
gerados em tais situações  . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
6. Apresentar noções de localização espacial dentro do estado do rio de janeiro a partir da utilização de mapas . . . . . . . . . . . 15

Melhore a sua experiência '


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GEOGRAFIA

dos da natureza sobre a sociedade. Um exemplo seria o Aque-


CARACTERÍSTICAS GERAIS DO ESTADO DO RIO DE cimento Global, fruto da poluição e da degradação ambiental
JANEIRO - RECONHECER AS RELAÇÕES ENTRE SOCIE- (embora, no meio científico, essa teoria não seja um consenso).
DADE E O AMBIENTE NATURAL NO ESTADO DO RIO DE Portanto, é preciso considerar que, independente da forma
JANEIRO, DESTACANDO OS IMPACTOS AMBIENTAIS com que se estabelece essa complexa relação entre natureza e
PRODUZIDOS E AS INFLUÊNCIAS DOS ELEMENTOS
sociedade, é preciso entender que os seres humanos precisam
NATURAIS NA SOCIEDADE FLUMINENSE
conservar o espaço natural, sobretudo no sentido de garantir a
existência dos recursos e dos meios inerentes a eles para as so-
ciedades futuras. A evolução das técnicas, nesse ínterim, precisa
Sociedade e Natureza acontecer no sentido de garantir essa dinâmica.
Desde a constituição das primeiras sociedades e o surgi-
mento das primeiras civilizações, observa-se a existência de uma Fonte: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/socie-
intensa e nem sempre equilibrada relação entre sociedade e na- dade-natureza.htm
tureza. Essa relação diz respeito às formas pelas quais as ações
humanas transformam o meio natural e utilizam-se deste para o
seu desenvolvimento. Além do mais, diz respeito também à for- Impactos Ambientais no Estado do Rio de Janeiro
ma pela qual as composições naturais – seres vivos, relevo, clima O presente artigo pretende identificar, discutir e entender
e recursos naturais – interferem nas dinâmicas sociais. alguns dos principais impactos ambientais urbanos que ocorrem
Por esse motivo, é importante entender a complexidade na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, tais como: movimen-
com que se estabelece a interação entre natureza e ação huma- tos de massa, inundações, enchentes e alagamentos.
na, pois, mesmo com a evolução dos diferentes instrumentos Resultado de reflexões que se acumularam aos poucos, a
tecnológicos e das formas de construção da sociedade, a utiliza- partir de observações e pesquisas, esse artigo foi sendo organi-
ção e transformação dos elementos naturais continuam sendo zado considerando algumas idéias básicas para compreensão do
de fundamental relevância. tema proposto, como por exemplo os de região metropolitana,
Originalmente, os primeiros agrupamentos humanos, que impactos ambientais e impactos ambientais urbanos. Acrescen-
eram nômades, utilizavam-se da natureza como habitat e tam- te-se a essas reflexões as experiências no dia-a-dia do autor, que
bém para a extração de alimentos. Com o passar do tempo, a sendo morador dessa região do estado, a qual é tema, buscou
constituição da agricultura no período neolítico possibilitou a formular interpretações de sua realidade, o que gerou diversas
instalação fixa das primeiras sociedades e, por extensão, o de- análises que foram devidamente expostas em nossa pesquisa.
senvolvimento de diferentes civilizações. Isso foi possível graças Nossa intenção é os relatos dos principais impactos ambien-
à evolução ocorrida nas técnicas e nos instrumentos técnicos, tais urbanos que ocorrem na Região Metropolitana do Rio de Ja-
que permitiram o cultivo e a administração dos elementos na- neiro fiquem claros, de modo que possam servir de contribuição
turais. para outras pesquisas.
Com o tempo, as sociedades tornaram-se cada vez mais de-
senvolvidas e, consequentemente, produziram transformações IMPACTOS AMBIENTAIS URBANOS NA REGIÃO METROPO-
cada vez mais avançadas em seus sistemas de técnicas, gerando LITANA DO RIO DE JANEIRO
um maior poder de construção e transformação do espaço geo- Segundo resolução do CONAMA (conselho nacional de meio
gráfico e os consequentes impactos sobre a natureza. Portanto, ambiente), Nº 1 de 23 de janeiro de 1986 em art. 1, considera-se
a influência da ação humana sobre a dinâmica natural tornou-se impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas,
gradativamente mais complexa. químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer
Essa influência acontece de muitas formas e perspectivas, forma de matéria ou energia das atividades humanas que direta
como é o caso das consequências geradas pelo desmatamento, ou indiretamente afetam: I- a saúde, a segurança e o bem estar
retirada dos recursos do solo, alteração das formas de relevo da população; II- as atividades sociais e econômicas; III- a biota;
para o cultivo (como as técnicas de terraceamento desenvolvi- IV- as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; V- a
das pelos astecas), etc. Após o século XVIII, com o desenvolvi- qualidade dos recursos ambientais.
mento da Revolução Industrial, podemos dizer que os impactos Em consonância com o CONAMA, COELHO (2006) define im-
da sociedade sobre o meio natural intensificaram-se de maneira pacto ambiental como o processo de mudanças sociais e eco-
 jamais vista, propiciando uma união de fatores que levou ao ace- lógicas causado por perturbações (uma nova ocupação e/ou
leramento da geração de impactos ambientais. construções de um objeto novo: uma usina, uma estrada ou uma
Mas é preciso considerar que a natureza também gera im- indústria) no ambiente. Impacto ambiental diz respeito ainda, à
pactos sobre a sociedade. Essa perspectiva é de necessária com- evolução conjunta das condições sociais e ecológicas estimula-
preensão para que não se considere o espaço natural como um das pelos impulsos das relações entre forças externas e internas
meio estático, passivo, sem ação. Um exemplo mais evidente à unidade espacial e ecológica, histórica ou socialmente deter-
disso envolve os desastres naturais, como a passagem de um minada.
forte ciclone sobre uma cidade ou a ocorrência de um intenso Existem impactos ambientais espalhados por diferentes
terremoto. Essas são apenas algumas das muitas formas com espaços, mas existe um local onde sua proliferação ocorre de
que a natureza pode gerar mudanças no espaço geográfico e na forma mais acentuada e mais perceptível, que é nos sistemas
constituição das ações humanas. urbanos. Dentro desses sistemas, os espaços ocupados pelas ati-
Em muitas abordagens, considera-se que há uma interação vidades produtivas e pelos indivíduos vão ser distintos, variando
muitas vezes caótica e até reativa entre a natureza e a socieda- conforme alguns fatores. O principal fator que determinará a
de. Nesse ponto de vista, entende-se que os impactos gerados espacialidade e o lugar onde o indivíduo irá ocupar é a socie-
sobre a natureza reverberam, cedo ou tarde, em impactos gera- dade de classes. A partir daí, concluímos que os impactos am-

GEOGRAFIA

bientais não vão ser uniformes, vão variar conforme a classe so- Os movimentos de massa ocorrem em diferentes escalas e
cial concentrada no espaço físico impactado. Assim, concluímos velocidades, variando de rastejamentos a movimentos muito
que nos espaços de população menos favorecida a intensidade rápidos. Os movimentos rápidos são denominados generica-
dos impactos ambientais vão ser maior. Sobre o tema COELHO mente de deslizamentos e tombamentos, e são muito comuns
(2006:27) sintetiza: de ocorrerem dentro da dinâmica urbana de uma região metro-
“Os problemas ambientais (ecológicos) não atingem igual- politana, já que sofrem grande influência das atividades antró-
mente todo o espaço urbano . Atingem muito mais os espaços picas. Os deslizamentos e tombamentos são deflagrados pelo
físicos de ocupação das classes sociais menos favorecidas do aumento de solicitação de mobilização de material e pela redu-
que as das classes mais elevadas . A distribuição espacial das ção da resistência do material (ação desagregadora de raízes,
primeiras está associada a desvalorização do espaço, quer pela rastejamentos, textura e estrutura favoráveis à instabilização).
proximidade dos leitos de inundação dos rios, das indústrias, de Estes processos são partes da dinâmica natural, mas tornam-se
usinas termonucleares, quer pela insalubridade...” um problema quando encontram-se relacionados à ocupação
humana, ou seja, quando em áreas naturalmente potenciais à
Os impactos ambientais urbanos são em sua maioria re- sua ocorrência são induzidas pela ação antrópica, que ocorrem
sultantes de processos como reduções da cobertura vegetal, através de construções de fixos urbanos como estradas, túneis e
impermeabilização do solo e assoreamento das bacias fluviais. habitações mal planejadas. Nessa perspectiva de relação entre
Esses fatos acarretam na redução do potencial de infiltração de eventos naturais e ação antrópica, o fenômeno é enquadrado
água das chuvas no solo urbano, que sobrecarregam as redes como sendo de risco, ou seja, fenômenos de origem natural ou
de drenagem e que acabam não dando vazão, por já estarem induzidos antropicamente e que acarretam prejuízos aos com-
obstruídas por ocupações humanas. Além disso, o caminho final ponentes do meio biofísico e social, como veremos no transcor-
dessas águas são os rios, que no espaço urbano encontram-se rer de nosso trabalho.
extremamente entulhados e assoreados por sedimentos e detri- Nos países subdesenvolvidos e de clima tropical os movi-
tos industriais e domésticos. Tais fatos, intensificam nas cidades mentos de massa vem se tornando um problema que vem se
diversos problemas ambientais urbanos, como os processos de acentuando cada vez mais no meio urbano. Isso vem o ocorren-
erosão em encostas, com destaque para os movimentos de mas- do em função do aumento da população urbana, que tem levado
sa, além das inundações, alagamentos e enchentes. à ocupação de áreas de encostas para moradia, principalmente
por parte da população de baixa renda. Essa situação tem leva-
Os fenômenos urbanos das inundações, alagamentos e en-
do ao aumento da freqüência desses fenômenos nos grandes
chentes, apesar de serem tratados nos veículos de telecomu-
centros urbanos, gerando em alguns casos, grandes catástrofes.
nicações de forma genérica, são acontecimentos distintos. De
Antes de colocarmos em prática nossas análises sobre im-
acordo com o Manual de Desastres ambientais (1998) as inunda-
pactos ambientais em nosso objeto de estudo, a Região Metro-
ções podem ser definidas como o transbordamento de água pro-
politana do Rio de Janeiro, convém defini-la, localizá-la e carac-
veniente de rios, lagos ou açudes. Já alagamento, segundo esse
terizá-la socialmente e geograficamente.
mesmo manual, ocorre quando as águas ficam acumuladas nos
Segundo o CIDE (2010) a Região metropolitana do Rio de
leitos das ruas e no perímetro urbano em função de um sistema
Janeiro é composta por 16 municípios, a saber: Rio de Janeiro,
de drenagem deficiente. Por fim, as enchentes se caracterizam Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaboraí, Japeri,
pela elevação das águas de forma paulatina e previsível, man- Magé, Maricá, Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu, Queimados, São
tendo-se em situação de cheia durante algum tempo e a seguir Gonçalo, São João de Meriti, Seropédica e Tanguá. Segundo da-
escoam-se gradativamente. Para Ward apud Rosa (2010), o fe- dos do IBGE (2008), a Região Metropolitana do Rio de Janeiro
nômeno da enchente está relacionado ao relevo, ao solo e a fal- apresenta uma população de 11,9 milhões de pessoas, tendo a
ta de cobertura vegetal, que são elementos colaboradores para maior taxa de urbanização do país, alcançando no ano de 2000,
a ocorrência, duração e intensidade desse evento. Para esse au- segundo dados do Censo demográfico, o porcentual de 99,3%
tor, a pluviosidade é uma variável secundária, já que as caracte- de pessoas habitando áreas urbanas. Essa região apresenta em
rísticas do sítio e a conseqüente ação antrópica na mudança da seu sítio características peculiares, já que apresenta fisicamente
dinâmica natural do solo, relevo e vegetação é que intensifica o formas muito complexas e distintas. Para começar esta região,
problema das enchentes urbanas. de maneira geral, situa-se entre o litoral, que incluí a Baía de
Os problemas ambientais em encostas estão relacionadas Guanabara, e a Serra do Mar. Entre esses dois pontos localizá-se
à topografia de uma superfície, mantendo uma relação indisso- uma área de baixada, formada por uma área de planície. Espa-
ciável a qualquer evento que diminua ou elimine a cobertura lhados ao longo dessa planície aparecem marrotes arredonda-
protetora da vegetação natural ou danifique a estrutura do solo, dos com altitudes compreendidas entre 30 e 100 metros de alti-
contribuindo para o início ou aceleração de processos erosivos tude, além de alguns maciços costeiros, como os do Mendanha,
em encostas, como os movimentos de massa. Gerecinó e Pedra Branca. Também não podemos deixar de citar
A dinâmica de um relevo de encosta tem relação tanto com que nessa área de Baixada situa-se uma vasta rede hidrográfica,
a interação de variáveis endógenas, como o tipo e estrutura das formada por um grande número de rios e canais, que são ali-
rochas e as atividades tectônicas, quanto exógenas, como as va- mentados através do lençol freático e/ou pelo escoamento de
riáveis climáticas, atuação de fauna e flora, etc (CHRISTOFOL- água das escarpas da Serra do Mar ou Maciços costeiros.
LETTI, 1974). Como parte dessa dinâmica ocorre os movimentos Outro aspecto importante a ser citado quando se fala em
de massa, que envolvem o desprendimento e transporte de solo impactos ambientais urbanos na RMRJ (Região Metropolitana
ou material rochoso vertente abaixo. A mobilização desse mate- do Rio de Janeiro) é o clima. Nessa região predomina o clima
rial está ligada à sua condição de instabilidade, devido à atuação tropical semi-úmido, com chuvas abundantes no verão, que é
da gravidade, podendo ser acelerada pela ação de outros agen- muito quente e invernos secos, com temperaturas amenas. A
tes, como a água. temperatura média anual é de 22 °C a 24 °C e o índice pluviomé-
trico fica entre 1.000 a 1.500 milímetros anuais.

GEOGRAFIA

Todos os aspectos citados anteriormente, como a urbaniza- vesse em boas condições e que fosse usada de maneira correta.
ção, número de habitantes, localização, características do sítio e Mas, segundo Ross, essa ação é complicada pois envolve muitas
clima da RMRJ, são agentes ativos que agem de forma integrada pessoas”.
na propagação dos impactos ambientais urbanos nessa região Então, analisando todos os relatos anteriores, percebemos
fluminense. A seguir faremos uma análise dos principais impac- que a região Metropolitana do Rio de Janeiro em função de sua
tos ambientais urbanos que ocorrem na região metropolitana topologia, de suas condições climáticas e de seus aspectos so-
do Rio de Janeiro. ciais, relacionados principalmente aos aspectos da segregação
Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro as áreas de en- espacial, é uma região susceptível a ocorrência de movimentos
costas, em via de regra, são locais desprezados e desvalorizados de massa.
dentro do espaço urbano, sendo ocupados normalmente por Os impactos ambientais urbanos, relacionados às inunda-
grupos sociais de baixa renda, constituindo nos maciços e mar- ções, enchentes ou alagamentos, que ocorrem dentro dos limi-
rotes da RMRJ, moradias irregulares e favelas. tes da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, estão intimamen-
SOUZA (2000) explica que esses sítios comportam riscos e, te relacionados à ocupação de margens de rios, que ocorrem
diz ainda, que sob as condições de um clima tropical úmido, o muito em função da falta de estrutura de algumas cidades em
intenso intemperismo químico, que afeta as rochas cristalinas realizar um planejamento urbano, onde se evite a ocupação des-
dos maciços costeiros do Rio de Janeiro, mais a falta de cobertu- sas áreas. Essas ocupações em primeiro lugar dizimam as matas
ra vegetal e impermeabilidade do solo, pode gerar mobilização ciliares, o que contribui para o assoreamento dos rios, já que
de material e desagregação dos blocos rochosos, gerando movi- acabam com a camada protetora que retém os sedimentos tra-
mentos de massa. zidos pelas águas através da drenagem. Além disso, a ocupação
Num período de temporais, notadamente no verão, tantos das margens dos rios dificulta o trabalho de limpeza e dragagem
os marrotes como os maciços costeiros da RMRJ ficam sujeitos desses, o que lhes mantém sempre assoreados e entulhados.
a riscos de tombamentos e deslizamentos, já que se tornaram Por conseqüência a população que margeia os rios e canais que
áreas instáveis em função de construções desordenadas de mo- cortam a RMRJ são importantes fatores de degradação ambien-
radias sem planejamento, causando destruição e até mesmo tal, já que esses moradores, normalmente, tem ligações clandes-
grandes catástrofes, com inúmeros desabrigados e até mesmo tinas de esgoto e a maioria joga detritos e lixo domésticos em
mortos. Foi o que ocorreu recentemente com o Morro do Bum- seus leitos, entulhando esses.
ba, no dia 07 de março de 2010 em Niterói. A reportagem a se- SOUZA (2000) diz que as margens de rios e canais são sujei-
guir do portal de notícias R7 (2010) retrata com fidelidade essa tas a riscos, sobretudo devido ao acúmulo de lixo nos canais, di-
situação: ficultando o escoamento das águas pluviais. Além desse fato, na
“Até a noite de quinta-feira (8), as chuvas no Rio de Janeiro região metropolitana do Rio de Janeiro, as habitações que mar-
 já haviam matado mais do que o dobro do que em quatro meses geiam os rios se tornam obstáculos para o escoamento da água
de temporais no Estado de São Paulo. Geógrafos ouvidos pelo em períodos de elevada pluviosidade. Além disso, por se locali-
R7 apontam dois fatores para a tragédia provocada pela chuva zar numa área litorânea, a drenagem da RMRJ sofre influência
no Rio ter sido maior que em São Paulo: o relevo do Estado e a das marés, que em dias de frente fria fazem as ondas ficarem
natureza do fenômeno dos deslizamentos de terra, que diminui altas dificultando o escoamento. Todos esses fatos somados a
a chance de sobrevivência. impermeabilidade do solo urbano, em função de sua compacta-
Para o professor de geologia da UFF (Universidade Federal ção devido à falta de cobertura vegetal, acarretam em seguidos
Fluminense) Adalberto Silva, a natureza geográfica do Rio de Ja- problemas de drenagem na região metropolitana do Rio de Ja-
neiro, aliada à ocupação irregular nas encostas, acelerou o pro- neiro, o que em períodos de grandes chuvas vão gerar inunda-
cesso de deslizamentos. Ele explica que, em São Paulo, houve ções, alagamentos e enchentes. Também não podemos deixar
muitas enchentes, enquanto no Rio predominaram os desliza- de citar, no que se refere a esses problemas, que a maior parte
mentos de casas. As chances de sobreviver a esse tipo de aci- dessas áreas que sofrem com constantes problemas de alaga-
dente são pequenas. Isso porque as vítimas não têm tempo de mentos e inundações dentro da RMRJ são áreas de ecossistemas
reagir e a lama que desce das encostas acaba sufocando-as. originalmente inundáveis, como brejos, pântanos e várzeas.
Silva entregou um estudo à Prefeitura de Niterói, em 2004, A reportagem a seguir do jornal O Globo (2009) do dia 12 de
que apontava as áreas da cidade mais suscetíveis a desabamen- novembro relata com perfeição nossas análises acerca do assun-
tos. Para o geólogo, a tragédia é anunciada. Por isso, você en- to abordado anteriormente:
trega as informações ao poder público para ele tomar as pro- “A enchente que inundou a Baixada Fluminense, na noite
vidências necessárias. Ele tem ferramentas para analisar isso e de quarta-feira e ontem, não era difícil de ser prevista. O geó-
minimizar essas tragédias”. grafo Elmo Amador, especialista na Bacia da Baía de Guanaba-
“O geógrafo e professor da USP (Universidade de São Paulo) ra, explicou que a maior parte das áreas atingidas pela água foi
Jurandyr Ross concorda que a tragédia que ocorreu o Rio não construída em cima de ecossistemas originalmente inundáveis,
é para ser uma surpresa, pois as chuvas intensas são normais como brejos, pântanos e várzeas. A inundação na região foi fa-
na região. Ele destacou que a capital fluminense é construída, cilitada ainda pela geografia - uma grande área plana cercada
predominantemente, em uma planície costeira, que é facilmen- por serras -, pela urbanização excessiva das margens dos canais
te inundável. E, ao redor dessa planície, estão as montanhas da e rios e pelo assoreamento praticamente completo de alguns
Serra do Mar, muito inclinadas e ocupadas irregularmente. dos principais deltas de rios da região, como o Iguaçu e o Meriti,
São construções frágeis, em relevo frágil. Porque é muito com enormes ilhas de lixo e areia. Amador criticou a omissão do
inclinado. poder público, já que muitas zonas ocupadas eram regularizadas
Para os dois professores, a solução ideal seria que o poder pelos próprios administradores municipais: As áreas inundadas
público retirasse todas as pessoas que vivem nesses locais de são exatamente as que correspondiam aos ecossistemas úmidos,
risco e não abandonasse a área, garantindo que ela se manti- geralmente localizados ao nível do mar. É natural que isso ocor-

GEOGRAFIA

ra ali. Há uma nítida negligência do poder público, já que muitos Neste sentido, vamos apresentar cada uma destas regiões,
loteamentos nessas áreas são regularizados. Um exemplo claro ressaltando seus municípios, características e principais ativida-
desse problema é Campos Elíseos, em Duque de Caxias”. des exercidas.
Os impactos ambientais urbanos ocorridos na rede de dre-
nagem da Região Metropolitana do Rio de Janeiro não afetarão 1. Região Metropolitana
apenas os rios ou em seu entorno, mas vai gerar impactos em Municípios: Rio de Janeiro, Niterói, Belford Roxo, Duque de
seu destino final, o mar. No caso da RMRJ esses impactos vão Caxias, Guapimirim, Itaboraí, Japeri, Magé, Mesquita, Nilópolis,
chegar até a Baía de Guanabara, que é o depósito final de mui- Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados, São Gonçalo, São João de
tos rios que cortam essa região, que por sua vez levam consigo Meriti, Seropédica e Tanguá.
muitos sedimentos e detritos. • Concentra mais de 80% da população do Estado e mais
de 60% do produto interno bruto.
CONCLUSÃO • 2º maior pólo industrial do país.
O objetivo deste artigo foi relatar os principais impactos am- • Grandes problemas sócio-ambientais (desemprego,
bientais urbanos que ocorrem na Região Metropolitana do Rio violência, pressão e poluição sobre os recursos naturais, desi-
de Janeiro, relacionados a duas variáveis de análise: áreas de gualdade sócio-espacial e exclusão social).
encosta e margens de rios.
As referências que adotamos serviram de fio condutor para 2. Região do Médio Vale do Paraíba
que nosso tema fosse contextualizado harmonicamente com Municípios: Resende, Volta Redonda, Porto Real, Barra
nosso objeto de estudo. Desta forma, foi de vital importância Mansa, Itatiaia, Pinheiral, Piraí, Barra do Piraí, Rio Claro, Valen-
para o entendimento de nossa pesquisa a conceituação de im- ça, Quatis e Rio das Flores.
pactos ambientais e a localização e configuração da Região me- • Região localizada no vale do rio Paraíba do Sul.
tropolitana do Rio de Janeiro. • Seu histórico de ocupação e degradação está associado
Por fim queremos deixar claro que o presente trabalho tem à atividade cafeeira.
como finalidade servir de contribuição para futuras pesquisas • É a região que mais cresce no interior do estado, devido
e, principalmente, aguçar a discussão em torno da questão am- à posição logística no eixo RJ-SP-BH.
biental na Região Metropolitana do Rio de Janeiro e estimular • A atividade industrial é bastante intensa, com a presen-
a introdução em nossa sociedade de um modelo de desenvolvi- ça de empresas como: CSN (Volta Redonda), Volkswagen (Re-
mento que reduza os impactos ambientais. sende), Michelin (Itatiaia), entre outras.
• Poluição atmosférica muito intensa, pela presença de
Fonte: https://www.webartigos.com/artigos/impactos-ambien- muitas industrias.
tais-urbanos-na-regiao-metropolitana-do-rio-de-janeiro/71113 • A presença do Parque Nacional de Itatiaia alavanca o
turismo na região e fortalece o setor de comércio e serviços em
cidades como Resende e Itatiaia.
IDENTIFICAR AS PRINCIPAIS REGIÕES DO ESTADO E • Pecuária leiteira e agricultura em Valença, Barra Man-
SUAS CARACTERÍSTICAS GERAIS sa, Quatis e Resende.

O Estado do Rio de Janeiro está subdividido em 8 regiões 3. Região Centro-Sul Fluminense


de governo: Municípios: Três Rios, Areal Comendador Levy Gasparian,
1. Região Metropolitana Paraíba do Sul, Sapucaia, Vassouras, Paty dos Alferes, Mendes,
2. Região do Médio Vale do Paraíba Miguel Pereira e Engenheiro Paulo de Frontin.
3. Região Centro-Sul Fluminense • A produção cafeeira foi dinamizadora da região no pas-
4. Região Serrana sado.
5. Região das Baixadas Litorâneas • Três Rios como principal centro da região. Privilegiado
6. Região Norte Fluminense pelo entroncamento rodo-ferroviário e localização estratégica
7. Região Noroeste Fluminense entre MG e RJ.
8. Região da Costa Verde • Principais atividades econômicas: Metalurgia (Três
Rios), Alimentos, Mecânica, Cerâmica (Paraíba do Sul), Constru-
ção Civil (Miguel Pereira), entre outras.

 4. Região Serrana


Municípios: Cantagalo, Carmo, Cordeiro, Bom Jardim, Duas
Barras, Nova Friburgo, Sumidouro, Santa Maria Madalena, São
Sebastião do Alto, Trajano de Morais, Petrópolis, São José do
Vale do Rio Preto, Teresópolis e Macuco.
• Apresenta bons indicadores socioeconômicos, sendo
bem dinamizada nos setores da indústria, comércio e prestação
de serviços. Sofreu, nas últimas décadas, com o crescimento ur-
bano desordenado.
• Região sofre com os desastres naturais, devido aos in-
tensos deslizamentos de terra, normalmente, promovidos pelas
chuvas em abundância, principalmente no verão, gerando perda
de vida, bens materiais e abalo econômico na região e no estado.

GEOGRAFIA

• As terras cultivadas na região abastecem os municípios • A região está localizada na porção leste da Serra da
da região metropolitana. Mantiqueira.
• Contribuem para o desenvolvimento da agricultura: cli- • A agropecuária é a principal atividade econômica (pe-
ma e a rede hidrográfica, relevo, o solo e o índice pluviométrico. cuária leiteira). A estrutura fundiária é concentrada, os solos
• Atividade turística bastante desenvolvida, voltada para não são utilizados adequadamente e a pecuária é extensiva.
o turismo histórico (Petrópolis), turismo rural, ecoturismo, turis-
mo cultural (culturas alemãs e suíças) e o turismo de comércio 8. Região da Costa Verde
(pólos têxteis e moda íntima). Municípios: Itaguaí, Mangara)ba, Angra dos Reis e Paraty.
• A industria têxtil tem um papel muito importante na *Inserção recente de Itaguaí e Mangara)ba.
região, chegando a exportar lingerie para diversos países. • É a região de menor extensão territorial.
• Possui ainda uma grande unidade de Mata Atlân)ca do
 5. Região das Baixadas Litorâneas estado, além de diversos ecossistemas associados. Entretanto, esse
Municípios: Maricá, Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, ecossistema vem sofrendo com a expansão de a)vidades urbanas.
São Pedro da aldeia, Cabo Frio, Arraial do Cabo, Armação de Bú- • Na região existem diversas reservas ambientais.
zios, Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Silva Jardim, Rio Bonito • Estão localizadas as Usinas Nucleares de Angra.
e Cachoeira de Macacu. • Turismo forte em Angra dos Reis e Paraty.
• A importância do fator clima na região: o clima entre
Arraial do Cabo e Cabo Frio é diferente do restante do estado, Fonte: http://pibidgeouff.blogspot.com/2013/10/regioes-de-
sendo um local que chove menos, venta mais e o número de dias -governo-do-estado-do-rio-de.html 
ensolarados durante o ano é maior, o que estimula o turismo de
veraneio na região.
• Ressurgência - este fenômeno, característico da região, APRESENTAR NOÇÕES BÁSICAS SOBRE A GEOGRAFIA
impulsiona a indústria pesqueira em Cabo Frio. DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
• Turismo é a principal atividade, gerando diversas ou-
tras, como comércio e construção civil. Um dos primeiros territórios explorados pelos colonizado-
• Os ecossistemas de restingas e lagunas sofrem com a res portugueses, durante muito tempo a cidade do Rio de Ja-
pressão desordenada e a falta de políticas públicas para a con- neiro, localizada no estado homônimo, foi a capital do Brasil,
servação. portanto, centro administrativo do país. Mesmo que desde a
• Outros dois setores da indústria muito importantes
década de 60 a capital seja Brasília, o estado ainda sedia muitos
são: a pesca e a produção de sal, este último em decadência pela
órgãos públicos.
pressão dos empreendedores imobiliários e pela concorrência
com a produção do Rio Grande do Norte.
Com o objetivo de realizar contratações para esses órgãos,
• Falta de infra-estrutura e crescimento desorganizado
anualmente uma série de editais de concursos e processos se-
impulsionado pela especulação imobiliária são os principais cau-
letivos são publicados. Embora o total domínio do conteúdo
sadores de problemas sócio-ambientais na região.
programático seja indispensável, a preparação antecipada e um
• Expansão das atividades não agrícolas.
6. Região Norte Fluminense bom material de apoio são fundamentais para o sucesso dos es-
Municípios: Campos dos Goytacazes, Carapebus, Cardoso tudantes.
Moreira, Conceição de Macabu, Macaé, Quissamã, São Fidélis,
São Francisco de Itabapoana e São João da Barra. Nesses certames regionais, frequentemente aparecem
• Produção de etanol de cana-de-açúcar. questões específicas sobre o estado que sedia o órgão, e no Rio
• Solos férteis, relevo de planície, disponibilidade hídri- de Janeiro não é diferente. Por isso, candidatos devem estar
ca, tradição em agricultura, força de trabalho numerosa e baixo sempre em dias com a matéria de geografia do Rio de Janeiro
custo, proximidade dos grandes centros consumidores. para concursos. Confira, a seguir, o nosso resumo sobre o tema.
• Bacia de Campos: exploração do petróleo off shore.
• Indústrias ligadas ao setor petrolífero presentes cada Formação do território
vez em maior número na região. Como mencionado anteriormente, o território onde hoje
• Falta de infra-estrutura básica em cidades como Macaé está o Rio de Janeiro foi um dos primeiros a ser explorado pelos
e Campos. portugueses. Uma dessas missões exploratórias chegou na Baía
• Royalties do petróleo aumentando receitas dos municí- de Guanabara em 1º de janeiro de 1502.
pios, sem outrora, melhorar as condições de vida da população.
• Estrutura fundiária marcada pela forte concentração de Porém, assim como no restante do território, a colonização
terras. só teve início, de fato, a partir de 1532. O local que anteriormen-
te era usado apenas para atividades extrativistas, passou a so-
 7. Região Noroeste Fluminense frer com ameaças das nações que se aventuraram tardiamente
Municípios: Itaperuna, Aperibé, Bom Jesus do Itabapoana, nas grandes navegações.
Cambuci, Italva, Itaocara, Lajes do Muriaé, Natividade, Porciún-
cula, Santo Antônio de Pádua, São José de Ubá e Varre-Sai. França, Inglaterra, Holanda e outros, constituíam uma real
• É a região mais pobre do estado, participa apenas com ameaça, e por isso, o português Martim Afonso de Souza foi en-
1% do PIB do estado. carregado de vir para o Brasil em uma missão colonizadora. Por
• Itaperuna é o maior centro da região. conta da imensidão do território brasileiro, essa colonização não
• O meio físico da região é composto por muitas serras, teve êxito em evitar os ataques, que continuaram a acontecer
rios, morros e cachoeiras. deliberadamente.

GEOGRAFIA

A próxima tentativa de conter os ataques foi a divisão do Além do limitar-se ao oceano Atlântico ao sul e ao leste,
país em 15 capitanias hereditárias, destinando cada uma delas seus estados limítrofes são Minas Gerais ao norte e a oeste, São
para um donatário, que por sua vez, ficaria responsável pela pro- Paulo a oeste e o Espírito Santo ao norte.
teção e colonização do território que havia sido designado a ele.
Rio de Janeiro e as principais cidades
O local onde hoje está o Rio de Janeiro pertencia à Capitania A capital do Rio de Janeiro recebe o mesmo nome que o
de São Vicente, que foi entregue ao próprio Martim de Souza em estado e é conhecida popularmente apenas por “Rio” ou “cidade
1534. Uma porção do território também fazia parte da Capitania maravilhosa”, principalmente por conta de suas belezas naturais
de São Tomé, que em 1536 foi doada a Pero Góis da Silveira. e pontos turísticos. Ela obriga, inclusive, uma das sete maravi-
lhas do mundo moderno, o Cristo Redentor.
As capitanias hereditárias também não foram efetivas, e
em 1555 a Baía de Guanabara foi invadida pelos franceses. Com A cidade é um dos centros econômicos mais importantes do
apoio do rei da França, Henrique II, eles fundaram a França An- Brasil e o polo turístico que atrai o maior número de visitantes
tártica e trouxeram aproximadamente 300 colonos calvinistas. internacionais no país, na América Latina e em todo o hemisfério
sul. É também a capital brasileira mais conhecida no exterior.
Portugal demorou quase 10 anos para tomar medidas de
combate aos franceses. Uma delas ocorreu em 1º de março de Fundada em 1º de março de 1965, de acordo com dados do
1565, e foi comandada por Estácio de Sá. Nesse dia, aconteceu Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2017 a
a fundação da segunda cidade brasileira, São Sebastião do Rio população estimada era de 6.520.266 habitantes, o que corres-
de Janeiro. ponde a quase 40% de todo o território.

A partir daí, entre 1567 e 1568 os portugueses travaram inú- Além da capital, que é a maior e mais populosa cidade do
meras batalhas contra os franceses e indígenas. Além da expul- estado, conheça outras dez cidades que se destacam:
são dos primeiros, os segundos foram amplamente dizimados. • São Gonçalo – 1.038.081 habitantes
Porém, os índios que aliaram-se aos lusitanos foram poupados, • Duque de Caxias – 882.729 habitantes
e muitas vezes, recompensados. • Nova Iguaçu – 807.492 habitantes
• Niterói – 496.696 habitantes
Em 1574, em mais uma tentativa de frear os ataques ao Bra- • São João de Meriti – 483.128 habitantes
sil, a Coroa Portuguesa dividiu o país em dois governos, um com • Belford Roxo – 481.127 habitantes
sede em Salvador – BA e outro no Rio de Janeiro – RJ. Somente • Campos dos Goytacazes – 460.624 habitantes
com essa iniciativa é que ocorreu a ocupação definitiva do ter- • Petrópolis – 298.142 habitantes
ritório. • Volta Redonda – 262.970 habitantes
• Magé – 236.319 habitantes
Pouco tempo depois, em 1578, aconteceu a reunificação.
No entanto a capital passou a ser unicamente Salvador. Essa
configuração permaneceu até 1808, ano que em que a família Bandeira do Rio de Janeiro
real portuguesa chegou ao Rio de Janeiro, devolvendo à cidade
status de capital brasileira.

Ela assim permaneceu, até que em 21 de abril de 1960 Bra-


sília passou a ser a capital do Brasil. Essa transferência fez com
que a atual cidade do Rio de Janeiro se tornasse uma cidade-
-estado independente. Somente em 1975 ela se uniu ao Estado
do Rio de Janeiro, tornando-se uma capital como a conhecemos
hoje.
Detalhes do estado do Rio de Janeiro
Um dos três estados da região sudeste, o Rio de Janeiro é
representado pela sigla RJ. O gentílico do estado é o fluminense,
enquanto quem nasce na capital é chamado de carioca.
Como uma área de 43.777,954 km², o estado é quarto me-
nor estado brasileiro. Ao todo, ele tem 92 municípios, divididos
em cinco regiões geográficas intermediárias e 14 regiões geo-
gráficas imediatas, conforme detalhamento a seguir. Um dos símbolos oficiais do Rio de Janeiro, sua bandeira foi
• Rio de Janeiro: Rio de Janeiro, Angra dos Reis e Rio Bonito. adotada em 1965. Tanto o brasão, quanto a bandeira são de au-
• Volta Redonda-Barra Mansa: Volta Redonda-Barra Mansa, toria do Dr. Alberto Rosa Fioravanti, atendendo a um pedido do
Resende e Valença. então governador, General Paulo Torres.
• Petrópolis: Petrópolis, Nova Friburgo e Três Rios-Paraíba As cores azul e branco representam, respectivamente, o mar
do Sul. e a paz. No brasão, o café e a cana-de-açúcar representam a im-
• Campos dos Goytacazes: Campos dos Goytacazes, Itaperu- portância da atividade agrícola no estado, enquanto as serras, o
na e Santo Antônio de Pádua. pico Dedo de Deus, que é uma formação geológica da Serra dos
• Macaé-Rio das Ostras-Cabo Frio: Cabo Frio e Macaé-Rio Órgãos. Por fim, a águia representa o governo forte e honesto.
das Ostras.

GEOGRAFIA

População Os maciços costeiros, também chamados de maciços litorâ-


Durante o período colonial o povoamento do Rio de Janeiro neos, são as elevações que surgem nas áreas de baixada, esten-
foi bastante lento. O processo só acelerou a partir do período dendo-se desde o município de Cabo Frio até a cidade do Rio de
imperial, principalmente no auge da cafeicultura. Naquela épo- Janeiro.
ca, assim como hoje, a população já concentrava-se na capital.
Segundo dados do IBGE, a população no Rio de Janeiro em Clima
2017 era de 16,72 milhões de habitantes. O Rio de Janeiro possui climas diversos, dependendo da
região referenciada. Portanto, há áreas úmidas, semi-úmidas e
Economia secas.
Conforme citado anteriormente, o Rio de Janeiro é um dos Na porção ocidental da baixada prevalece o tropical semi-ú-
maiores centros econômicos do Brasil. Em 2015, segundo o mido, com chuvas de verão e invernos secos. O clima de monção
IBGE, o Produto Interno Bruno (PIB) do estado era de R$ 659,137 aparece nos maciços e encostas baixas da capital em função das
bilhões. Já o PIB per capita era de R$ 39.826,90. Apesar da crise chuvas de relevo.
dos últimos anos, ainda permanece entre os maiores do país. O tropical úmido com chuvas bem distribuídas durante todo
A principal fonte de renda é a petroquímica, porém, há im- o ano prevalece na porção mais rebaixada da escarpa do pla-
portantes representantes em outros setores, como a agricultu- nalto. Já o tropical de altitude, onde os verões são quentes e as
ra, pecuária, indústria e energia. A industrialização começou a se chuvas bem distribuídas a ocorrência é nas porções elevadas da
instalar a partir do século XIX, um dos motivos pelos quais é tão escarpa. O temperado úmido e suas variáveis está presente no
bem estabelecida atualmente. restante do território.
Entre 1940 e 1960 houve investimentos pesados na região,
que foram os responsáveis por consolidar a industrialização na Vegetação
capital e em toda a região metropolitana. Hoje, no Brasil, o Rio Mais de 90% do território do Rio de Janeiro era coberto por
de Janeiro ocupa o segundo lugar em desenvolvimento indus- florestas. Porém, por conta das atividades agropecuárias boa
trial. parte da vegetação original foi devastada. Delas, restam peque-
Sobressaem-se, além do petróleo e seus derivados, a cons- nas manchas, geralmente em locais de difícil acesso, por serem
trução naval, siderurgia, metalurgia, indústrias alimentícia e de em terrenos extremamente acidentados.
bebidas, têxtil, de materiais de construção, fábricas de automó- Em menor quantidade, há manguezais e restingas no litoral,
veis, entre outras. além de campos de altitude nas áreas mais elevadas.
Na agricultura, durante muito tempo o café foi o principal
produto fluminense, entretanto, por conta da característica ero- Fauna
siva do solo e a abolição da escravidão fizeram com que ele en- Os pássaros constituem uma parcela importante entre os
trasse em decadência. animais característicos do Rio de Janeiro. Mas além deles há vá-
O Rio de Janeiro é um dos poucos estados brasileiros onde a rios mamíferos de pequeno e grande porte. Conheça os princi-
agricultura é secundária na economia. A cana-de-açúcar, notória pais animais do estado:
na região dos Campos, mantém-se como um dos produtos de • Biguá
maior destaque desde o final do século XX. Laranja, tomate, ca- • Jacutinga
qui, banana, arroz, mandioca, milho e feijão também são fortes • Bicho-preguiça
na agricultura fluminense. • Gambá
Em relação a pecuária, a criação de bovinos tem destaque • Cutia
na região do vale do Paraíba do Sul. Ao final do século XIX ela • Quati
entrou como atividade substitutiva ao café, cuja produção já • Tatu
estava decaindo naquele momento. Em menor quantidade, há • Mico-leão-dourado
criatórios de porcos e galinhas. • Tucano-de-peito-amarelo
A pesca, principalmente de sardinha, também é uma impor- • Jacu
tante atividade econômica do Rio de Janeiro. • Onça-pintada
• Atobá-pardo
Relevo • Muriqui
O relevo do Rio de Janeiro pode ser dividido em três unida-
des: baixadas, terras altas e maciços costeiros. Hidrografia
As baixadas situam-se entre o oceano e o planalto. Elas são O principal rio é o Paraíba do Sul, mas no estado há inúme-
muito lembradas pelo seu nome genérico, Baixada Fluminense. ros rios que correm para o oceano Atlântico. O Paraíba do Sul
Essa porção ficou restrita ao território que engloba os municí- vem do estado de São Paulo, corta o estado no sentido oeste
pios de Duque de Caxias, Belford Roxo, São João de Meriti, Jape- para leste, até desembocar no oceano, nas proximidades da di-
ri, Nilópolis, Nova Iguaçu, Queimados e Mesquita. visa com o Espírito Santo.
Localmente, elas são chamadas de Baixada dos Rios Macaé e Seus principais afluentes são os rios Piraí, Pomba, Paraibu-
São João, Baixada dos Goytacazes ou Baixada Campista, Baixada na, Dios Rios e Piabanha. Todo o sistema fluvial que nasce no
de Sepetiba e Baixada da Guanabara. alto da Serra do Mar converge para o rio Paraíba do Sul.
Nas terras altas, como o próprio nome diz, abrigam as maio- Além desses e em proporções menores, destacam-se os rios
res altitudes do estado, que estão localizadas nas áreas de pla- independentes Macaé, Macacu e São João. Em todo o litoral flu-
nalto. Destaque para a Serra do Mar, Vale do Paraíba do Sul, o minense, há, ainda, uma série de lagoas, resultantes do fecha-
Planalto do Itatiaia e o ponto mais alto do Rio de Janeiro, o Pico mento de baías por cordões litorâneos.
das Agulhas Negras.

GEOGRAFIA

Comidas típicas do Rio de Janeiro • Taxa de natalidade – entre todas as unidades federativas
É comum as pessoas pensarem que o estado do Rio de Ja- do Brasil, o Rio de Janeiro tem a segunda menor taxa de nata-
neiro não tem uma culinária própria, ou se a tem, que ela fica lidade, com 11,9%, fica à frente apenas do Rio Grande do Sul.
restrita apenas a feijoada. Essa ideia é completamente errada, • Expectativa de vida – neste quesito, o estado o ocupa a
e pelo contrário, a comida tem características muito singulares. oitava melhor posição, com expectativa de vida média de 76,2
Apesar de ter outras influências, na comida típica fluminen- anos.
se, predominam as características da culinária portuguesa. Um • Incidência da pobreza – no estado, a incidência da pobreza
reflexo dos anos em que, durante o Brasil Império, o estado abri- está entre as dez menores do Brasil. Com 3,9% da população de
gou a capital do país. extrema pobreza, o Rio de Janeiro fica em sétimo lugar entre
• Feijoada todas as unidades federativas.
• Filé à Oswaldo Aranha • Acesso à rede de esgoto – mais de 92% dos municípios
• Chuvisco fluminenses possuem rede de esgoto, o que o coloca o estado
• Pão doce como o quarto melhor no ranking do país.
• Biscoito Globo e chá mate
• Caldo verde Fonte: https://editalconcursosbrasil.com.br/blog/geografia-do-
• Frango assado de padaria -rio-de-janeiro-para-concursos/ 
• Podrão (gíria que dá nome ao cachorro quente feito em
barraquinhas de rua)

Realidade e principais problemas enfrentados RECONHECER ASPECTOS GERAIS DO PROCESSO DE


A partir de 2017 o Rio de Janeiro começou enfrentar proble- FAVELIZAÇÃO E SUAS CARACTERÍSTICAS ATUAIS
mas muito sérios. Uma crise econômica que afetou praticamen-
te todas as áreas do estado, seguida de um colapso na Seguran- Se a imagem da metrópole no século XX era a dos arranha-
ça Pública. -céus e das oportunidades de emprego, ao redor do mundo é
Por conta do rombo nos cofres públicos, hospitais ficaram possível, atualmente, observarmos cenários de pobreza onde
comprometidos por falta de insumos, até mesmo para atendi- vive grande parte dos habitantes das grandes cidades do século
mentos básicos e delegacias também tiveram falta de material XXI. Temos presenciado o crescimento cada vez maior do núme-
de trabalho. Houve racionamento de combustíveis e muitos ro de favelas em diversas partes do mundo; em todos os con-
servidores estaduais ficaram durante meses sem saber ao certo tinentes. Os números impressionam e quando expostos, como
quando iriam receber seus salários. feito por Mike Davis (2006), deixam atônitos até os menos en-
O problema que se arrastou durante vários governos acon- volvidos com a temática: tratam-se de aproximadamente 200
teceu principalmente pela confiança depositada dos royalties do mil favelas existentes no planeta.
petróleo, que acabou entrando em queda, frustrando todas as Esse crescimento está ligado a vários fatores, mas mencio-
expectativas. naremos apenas alguns que, obviamente, estão interligados. A
Dessa forma, o Rio de Janeiro passou a arrecadar menos im- impiedosa especulação imobiliária é um dos fatores responsá-
postos, e menos royalties. Somente entre 2013 e 2016, a receita veis pela expulsão de milhões de moradores pobres das cidade
com tributos despencou de R$ 47,5 bi para R$ 43 bi, enquanto para as periferias e para as favelas, sujeitando-os a inundações,
os royalties caíram de R$ 10 bi para apenas R$ 3,5 bi. Na con- deslizamentos e a todo tipo de risco que acabam sujeitos, le-
tramão, as despesas com previdência foram de R$ 11,8 bi para vando a graves doenças, inclusive ligadas a falta de saneamento
R$ 15,5 bi. básico. Além disso, doenças praticamente banidas dos países
Ou seja, a conta não fechava. Ainda mais levando em consi- centrais crescem vertiginosamente nessas áreas. Dados com-
deração que a situação no estado se agravou por conta da quan- provam o crescimento exponencial de tuberculose dentre os
tidade de aposentadorias. Ao ponto de que, para cada servidor habitantes das favelas. Em 2008, matéria publicada no Jornal do
na ativa, há um aposentado, a maioria com salário integral. Brasil afirmava que a favela da Rocinha, localizada na zona sul
da cidade do Rio de Janeiro, registrava a impressionante média
Após uma série de medidas, o estado começou a ir no rumo de 55 casos mensais de tuberculose, ou seja, são 600 casos para
de uma recuperação da crise, que deve acontecer pelos próxi- cada 100 mil habitantes. A ausência de debates públicos quando
mos anos, de forma lenta e gradual. se trata de crescimento tão elevado – a Organização Mundial da
Saúde (OMS) considera aceitável apenas cinco casos de incidên-
Principais indicadores socioeconômicos cia do Bacilo de Koch, causador da doença, para cada 100 mil ha-
Uma das principais formas de conhecer uma população é bitantes – somente se explica por tratar de assolar a população
entender seus indicadores socioeconômicos. Conheça quais são mais pobre da cidade.
os principais índices do Rio de Janeiro: Outro ponto importante, inclusive explorado por Davis
• Alfabetização – o Rio de Janeiro tem a segunda melhor (2006), referir-se-ia ao papel do Estado, que tem se preocu-
taxa de alfabetização do país, como 97,3%. O estado fica atrás pado apenas com obras de embelezamento urbano e medidas
somente do Distrito Federal. remediadoras – que não resolvem os problemas – ao invés de
• Pessoas com nível superior completo – 10,91% dos flumi- desenvolver políticas de inclusão social, seja no que se refere
nenses possuem graduação superior. O índice coloca o Rio de a políticas de geração de empregos, seja em forma de políticas
Janeiro como o terceiro melhor colocado no ranking. habitacionais ou no desenvolvimento de sistema de transpor-
• Mortalidade infantil – o estado registra a oitava menor tes coletivos eficientes. Maricato, no posfácio do livro de Davis
taxa de mortalidade do país, são 11,5 óbitos a cada mil nasci- (2006, p. 217), afirma que “o Brasil, por exemplo, cresceu 7 por
mentos. cento ao ano de 1940 a 1970. Na década de 1980, cresceu 1,3

GEOGRAFIA

por cento, e na década de 1990, 2,1 por cento, segundo o IBGE. tística (IBGE), esse tipo de habitação encontra-se assim defini-
Ou seja, o crescimento econômico do país, nas duas últimas dé- do: “aglomerado subnormal (favelas e similares) é um conjunto
cadas do século XX, não conseguiu incorporar nem mesmo os constituído de, no mínimo, 51 unidades habitacionais, ocupando
ingressantes da População Economicamente Ativa (PEA) no mer- ou tendo ocupado até período recente, terreno de propriedade
cado de trabalho, o que acarretou conseqüências dramáticas alheia (pública ou não), dispostas de forma desordenada e den-
para a precarização do trabalho e, conseqüentemente, também sa, carentes, em sua maioria, de serviços públicos essenciais”.
para a crise urbana”. Sem entrarmos no mérito da definição, por si só problemática,
Foi com a introdução das políticas neoliberais, a partir de  já na última década do século XIX, em 1897, surgiram as favelas
1980, que esse processo ganhou força, já que houve uma política nos morros da Providência e de Santo Antônio, na área central
de privatização, uma acumulação de bens e serviços em poucas da cidade.
mãos, o que acabou desestabilizando socialmente os países pe- A cidade do Rio de Janeiro tinha problemas seríssimos de fal-
riféricos e lançando milhões de pessoas na informalidade. Para o ta de moradia e ainda assim não parava de crescer. Entre 1903 e
sistema, segundo Davis (2006), eles são “óleo queimado”, “zeros 1906, o Prefeito Pereira Passos promoveu uma intensa reforma
econômicos”, “massa supérflua” que sequer merece entrar no urbana, na qual foram demolidos vários imóveis (grande parte
exército de reserva do capital. Essa exclusão pode ser percebi- deles de habitação popular) para ampliação de vias e construção
da pela crescente favelização que ocorre no planeta. Segundo de “prédios modernos”, muitos deles de inspiração parisiense.
Davis (2006, p. 34), 78,2 por cento das populações dos países Além disso, como voltaremos a falar posteriormente, o prefeito
pobres é de favelados e dados da CIA, de 2002, apresentavam impôs novas e rigorosas normas urbanísticas que acabaram por
o espantoso número de 1 bilhão de pessoas desempregadas ou inviabilizar inclusive os subúrbios para as classes mais pobres
subempregadas favelizadas. que foram desalojadas da área central da cidade. Nesse sentido,
No Rio de Janeiro a realidade não é diferente. Há um grande o novo já traz em si a sua própria negação. Para complicar ainda
crescimento de favelas na cidade e dados oficiais (Instituto Pe- mais, os meios de transporte eram precários, obrigando a força
reira Passos - IPP) trazem a informação de que cerca de 20 por de trabalho a residir próximo ao local de trabalho.
cento dos habitantes da cidade moram em favelas. Esse cresci- Desde o início do século XX – com a denominada Reforma
mento mais vertiginoso faz-se ainda mais visível a partir da dé- Passos – foram promovidas reformas urbanas vigorosas (Abreu,
cada de 1980 – conhecida no Brasil como a década perdida, já 1987, p. 60; Neves, 1996, p. 49; Vaz, Silveira, 1999, p. 59; Reis,
que o crescimento foi irrisório frente aos anteriores – e está as- 1977, p. 22), ademais, embora tenham sido formados bairros
sociado a todos os fatores enunciados anteriormente. Alto índi- ditos operários (Albernaz, 1985, p. 25), o aspecto geomórfico
ce de desemprego, crescimento da informalidade, especulação peculiar da cidade fez com que a divisão de classes por entre os
imobiliária, falta de política habitacional para população de bai- diversos bairros da cidade fosse ligeiramente borrada. Assim é
xa renda e sistema de transportes coletivos precário são apenas que observamos um grande número de favelas localizadas em
alguns exemplos dos motivos para o crescimento das favelas no bairros nobres da cidade. Contudo, importa reconhecer que a
Brasil e especificamente no município do Rio de Janeiro. própria concepção “de morador do morro” e “morador do asfal-
Com toda certeza, para falarmos sobre as origens, expan- to” por si só já denota a divisão.
são, remoção e, atualmente, exclusão concretamente proposta Houve, durante a constituição da organização espacial ca-
através da construção de muros de contenção contra o cresci- rioca no decorrer do século XX, um comportamento já conheci-
mento das favelas, teríamos de iniciar nossa argumentação com do desde o século XIX, em que o Estado associou-se ao capital
o próprio processo de formação e expansão da cidade do Rio privado em benefício das classes mais abastadas da sociedade –
de Janeiro, contudo nossa proposta – até por ter um caráter de sobre tal tema Jacobi (1989, p. 06-09) debruça-se com bastante
sucinto comentário – objetivará fazer uma breve, e por isso in- clareza. É nesse sentido que podemos afirmar, juntamente com
suficiente, contextualização para posteriormente abordarmos a Lojkine (1981), que as formas de urbanização são, antes de tudo,
proposta do governo do estado com o apoio da prefeitura da formas da divisão social e territorial do trabalho. Jean Lojkine
cidade, de construir muros para conter a expansão das favelas. (1981, p. 122) acredita que “não considerar a urbanização como
Para tanto, subdividimos este artigo em três partes: inicialmente elemento-chave das relações de produção (...) é retomar um dos
retornaremos ao final do século XIX e início do século XX para temas dominantes da ideologia burguesa segundo a qual só é
apontarmos o que seria considerado o surgimento das favelas ‘produtiva’ a atividade de produção da mais-valia”.
na cidade do Rio de Janeiro, além de, também, abordarmos as No último quartel do século XIX, as companhias de bondes
transformações realizadas durante a Reforma Passos, que pro- da cidade também tiveram importante papel na produção do es-
moveu grande mudança na organização espacial da cidade; na paço carioca. Longe de representarem apenas companhias de
segunda parte trataremos da expansão das favelas – que cer- transporte, estas participaram da conformação da espacialidade
tamente seguem a expansão da própria cidade e dos empregos da cidade do Rio de Janeiro, pois a partir das alianças entre o
gerados por ela – , além de apontarmos também as políticas de capital externo, o capital imobiliário, o capital fundiário e o Esta-
remoção; e, finalmente, chegaremos ao fim do artigo apresen- do, o espaço urbano começa a ser (con)formado. Maria Lais Pe-
tando as atuais absurdas propostas de contenção do crescimen- reira da Silva (1992, p. 43) elucida tal colocação ao afirmar que,
to das favelas a partir da construção de muros em seu entorno. quando da concessão para abertura das linhas para Copacabana
e Vila Isabel, ocorreram barganhas com o poder público que im-
Sobre as origens das favelas plicaram em obras que modificaram o espaço urbano:
A presença de casebres em morros da cidade data de 1865, “a Cia. Do Jardim Botânico, por exemplo, executa o desmon-
o que leva a argumentação de que já se tratariam de formas te de parte da ladeira de Santo Antônio para alargamento da rua
embrionárias de favelas. Isso porque a definição oficial inclui a da Guarda Velha, sem falar nos túneis e em aterro (como vários
conotação de adensamento, ilegalidade, pobreza, insalubridade na lagoa Rodrigo de Freitas) para construir estações; a Cia. De
e desordem. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Esta- São Cristóvão prolonga e abre várias ruas, como condição para

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GEOGRAFIA

extensão de suas linhas; a Cia. De Vila Isabel faz o aterro do man- buscou estar próximo ao local de trabalho. E nesse sentido não é
gue de Praia Formosa e abre ruas no Cachambi e outros locais, de espantar que a maior parte das remoções não obteve suces-
e assim por diante”. so, pois os moradores eram alocados em locais muito distantes
Maurício Abreu (1987, p. 44) também percebe tal aliança e sem infra-estrutura de transportes.
e enaltece o que denominou “associação bonde-loteamento”. Desde meados do século XX, a ocupação da cidade conti-
Exemplificando essa forma de associação, afirma que o bairro nuou seguindo o caminho traçado já no início desse mesmo sé-
de Vila Isabel foi criado em 1873 pela Companhia Arquitetôni- culo: o declínio da população residente na área central era cada
ca, cujo proprietário era o mesmo da Companhia Ferro-Carril de vez maior e enquanto os subúrbios absorviam as classes mais
Vila Isabel, o Barão de Drummond. Visto isso, acreditamos que a baixas da população, a zona sul manteve-se como área preferida
apropriação e a produção do espaço se dá segundo os interesses da classe mais abastada da cidade. Durante a primeira metade
do Estado, do capital comercial (nesse caso, mais especificamen- do século XX a cidade se expandiu e em seu interior as fave-
te os concessionários do setor de transportes), o capital imobi- las foram sendo criadas. Era possível observar um crescimento
liário e o capital fundiário. vertical no centro e na zona sul, enquanto que nos bairros da
Evidentemente, todas essas obras de extensão das linhas de zona norte e dos subúrbios a expansão deu-se através da cons-
bondes, que contribuíram para a expansão da cidade, deman- trução horizontal, principalmente de casas unifamiliares. Lílian
davam grande quantidade de mão de obra. Esses trabalhadores Vaz (1998) enaltece o fato de que “nas décadas de 1940-1950 e
acomodavam-se nos canteiros de obra durante a construção, seguintes assistiu-se à expansão metropolitana e à formação das
porém quando esta chegava ao fim, se não encontravam em- periferias”. Nesse período já havia forte pressão para a remoção
prego em novas obras, tinham de construir suas casas junto aos das favelas e a população de baixa renda que optava por não so-
locais em que pudessem conseguir trabalho. frer esse tipo de risco, tinha como alternativa as periferias cada
Em se tratando das companhias de bondes, poderíamos vez mais distantes, onde se multiplicaram os loteamentos po-
afirmar que enquanto a Companhia Jardim Botânico contribuiu pulares. Assim, segundo Vaz (1996), “nos lotes pequenos, sem
para a ocupação da freguesia da Lagoa pelas classes abastadas, infra-estruturas urbanísticas, de difícil acesso, e por isso mesmo,
as demais companhias exerciam a função de integração da área baratos, praticava-se a auto-construção. Assim, na produção dos
central da cidade aos bairros proletários de Santo Cristo, Gam- novos espaços, destacava-se o binômio loteamentos populares
boa, Saúde e Catumbi. e auto-construção, e em menor grau, a produção de conjuntos
Roberto Lobato Corrêa (1995, p. 32) dá-nos exemplo da residenciais pelo Estado”.
associação desses agentes quando da abertura do Túnel Velho Nos anos 1960 e 1970, a produção de conjuntos habitacio-
(que liga Botafogo a Copacabana) pela própria Companhia de nais esteve associada à política de remoção de favelas. Nesse
Bondes do Jardim Botânico. Para esse empreendimento foi cria- período, grande quantidade de moradores de favelas foi trans-
da a Empresa de Construções Civis, que acabou sendo a maior ferida para assentamentos distantes do núcleo, que na maio-
responsável pela valorização do arrabalde de Copacabana. ria das vezes não contava com comércio e nem com sistema de
Nesse sentido, elucida-nos Elizabeth Cardoso (1986, p. 66) transportes coletivos que desse boas condições de deslocamen-
a propósito do que vinha a ser a Empresa de Construções Civis. to para essas pessoas. Boa parte das áreas de onde foram re-
Constituiu-se de uma aliança de interesses comuns centrados movidas as favelas foi ocupada por grandes empreendimentos
nas valorizações fundiária e imobiliária. imobiliários que se destinavam à construção de conjuntos de
“Eram seus acionistas vários proprietários de terras em Co- edifícios de apartamentos de alto luxo.
pacabana, vários bancos – Banco Luso-Brasileiro, Banco Brasil e Neste momento seria importante tecer alguns esclareci-
Norte América, Banco Construtor do Brasil e Banco de Crédito mentos quanto à noção de subúrbio. Para tal, importa reconhe-
Rural e Internacional –, pelo menos uma empresa do setor in- cer, junto com José de Souza Martins (1992, p. 09), que “a pers-
dustrial, a Companhia Nacional de Forjas e Estaleiros, empresas pectiva elitista do centro domina a concepção que se tem do que
comerciais, entre elas uma de exportação de café, outras em- foi [e é] o subúrbio”. Tentaremos não nos alongar em demasia,
presas imobiliárias, como a Empresa de Obras Públicas no Brasil, contudo a maneira como essa noção foi e, efetivamente, é utili-
que foi a maior acionista e a própria Botanical Garden”. zada no Rio de Janeiro tem sua especificidade. Nelson da Nóbre-
Mas isso não é tudo, participaram também da Empresa ga Fernandes (1995, p. 29) ao investigar a história da categoria
de Construções Civis um ex-Ministro da Agricultura, Comércio subúrbio no Rio de Janeiro entre 1858 e 1945, reconhece que
e Obras Públicas e dois prefeitos da cidade, dentre eles Carlos essa palavra sofreu uma transformação em seu significado tra-
Sampaio (também proprietário fundiário em Copacabana). Cor- dicional, fazendo com que deixasse de representar todas áreas
rêa (1995, p. 33) acrescenta à lista de acionistas membros da circunvizinhas à cidade para designar, de forma particular e ex-
antiga nobreza: “pelo menos seis barões e um visconde eram clusiva, os bairros populares situados ao longo das ferrovias nos
sócios dela”. Percebemos, então, a aliança entre proprietários setores norte e oeste da cidade do Rio de Janeiro.
fundiários, promotores imobiliários, bancos, empresas comer- O autor interpreta a produção do conceito carioca de subúr-
ciais e industriais e, inclusive, o Estado. bio, como o resultado de um rapto ideológico – mudança brusca
e drástica do significado de uma categoria, em que seus atribu-
tos mais originais e essenciais são expurgados de seu conteúdo,
A expansão das favelas por toda a cidade e as políticas de sendo submetidos por significados novos e complemente estra-
remoção nhos à sua extração mais genuína. Esse tipo de reforma implicou
A partir da década de 1910, as favelas crescem mais inten- na destruição dos bairros proletários centrais e o deslocamento
samente e penetram a zona sul e o seu crescimento é acompa- de seus moradores para o subúrbio, que para a ideologia domi-
nhado, nessa mesma década, pela sua repressão. Foi assim que nante, deveria ser o locus do proletariado.
presenciamos uma longa história de remoções, desconsideran-
do um fato fundamental: durante toda a história o trabalhador

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Em se tratando do Rio de Janeiro, a ausência de uma efetiva Após essa explanação, podemos perceber de maneira mais
política de habitação popular, tornou a casa própria no subúrbio apropriada a forma pela qual a cidade do Rio de Janeiro se ex-
uma miragem para a maioria do proletariado. A partir de então, pandiu. As primeiras três décadas do século XX demonstraram
Fernandes (1995, p. 30) supõe que “o sentido do ‘conceito ca- notável expansão da tessitura urbana da cidade. Nesse período,
rioca de subúrbio’ experimentou o sentimento e a necessidade caracterizou-se o crescimento da cidade a partir de dois vieses:
ideológica das elites no intuito de afastar as classes subalternas as classes alta e média ocuparam as zonas sul e norte, tendo no
do Rio de Janeiro”. Estado e nas companhias concessionárias de serviços públicos
Considerando a advertência de Henri Lefebvre (1976, p. seus maiores aliados; e por outro lado, os subúrbios cariocas
46) de que o espaço é sempre uma representação carregada de caracterizaram-se como locais de residência do proletariado,
ideologia, o trinômio trem–subúrbio–pobreza só veio de fato a que, a partir do deslocamento das indústrias, se dirigiu, tam-
se concretizar depois do início do século XX, com o desenvolvi- bém, para lá. Se as zonas sul e norte tiveram apoio do Estado,
mento da ideologia da casa própria no subúrbio. “Subúrbio”, en- em se tratando dos bairros suburbanos a ocupação se deu sem
tão, passou a ser entendido como as áreas servidas por ferrovia qualquer apoio estatal ou das concessionárias. Dessa maneira,
que foram abertas ao proletariado como um dos símbolos das logo se percebia a desigualdade sócio-econômica que se refletia
alterações das relações sociais que conformam e caracterizam na espacialidade da cidade.
as reformas urbanas verificadas no Rio de Janeiro. A alternativa Pelo que vimos, o Rio de janeiro apresentou uma história
da moradia suburbana para os pobres do Rio de Janeiro apare- de crescimento urbano marcado por extensas periferias, em
cerá com grande nitidez em 1905, no âmbito de uma comissão que residia a população de classe mais baixa, e por forte desi-
designada pelo Ministério da Justiça e do Interior para “propor gualdade da oferta de infra-estrutura e de serviços, em benefí-
soluções ‘ao urgente problema das habitações populares’ na ca- cio das áreas habitadas pelas classes mais abastadas. Vetter e
pital da República” (Benchimol, 1992, p. 39). Massena (1982, p. 50), analisando a cidade, identificaram em
O subúrbio ferroviário, contudo, não foi um lugar destinado sua dinâmica uma matriz perversa de distribuição dos recursos
aos pobres, o que significa que, do ponto de vista de um direito urbanos, que direcionava os investimentos públicos direta ou
social como a habitação, a República, além de expulsar os po- indiretamente para as camadas já mais bem servidas e de mais
bres da cidade, não garantiu sequer aquela área ao proletariado alta renda. Denominaram esse modelo de “causação circular”,
da cidade. O Prefeito Pereira Passos, através do Decreto 39, de que, segundo Cardoso e Ribeiro (1996, p. 22), “passou a ser con-
10/02/1903, criou uma série de normas para construção que di- siderado pela literatura como característico do nosso padrão de
ficultava ainda mais a construção de habitações populares nos urbanização”. Harvey (1980, p. 135; 1982, p. 11), já percebendo
subúrbios. Assim, a tentativa de organização espacial acabou tal distribuição desigual, enunciava a alocação espacial diferen-
por contribuir para a formação de favelas por toda cidade – in- ciada dos equipamentos urbanos de consumo coletivo. Tal ca-
clusive naquelas áreas mais periféricas, que teoricamente se- racterística levava à ampliação da renda real daqueles que já
riam destinados aos pobres – e, ainda, incentivou a promoção possuíam elevada renda monetária. Apesar disso, convém lem-
de loteamentos irregulares na Baixada Fluminense, ou seja, para brar que, devido à especificidade geomorfológica da cidade do
além do território do, à época, Distrito Federal. É nessa conjun- Rio de Janeiro, mesmo nos bairros habitados pelas classes mais
tura de transformação socioespacial do Rio de Janeiro que se abastadas da sociedade carioca encontramos favelas sem a in-
define os subúrbios ferroviários como o lugar do proletariado. fra-estrutura mínima necessária.
Ainda hoje, no Rio de Janeiro, é comum o uso de expressões A intensificação do processo de concentração de renda em
como: subúrbio da Leopoldina (referindo-se aos bairros servidos curso culminou com a expansão da parte rica da cidade em di-
pela Estrada de Ferro da Leopoldina) e subúrbio da Central (tra- reção a São Conrado e Barra da Tijuca. Para tanto, o Estado que
tando-se dos bairros servidos pela Estrada de Ferro da Central se associou ao capital imobiliário teve importante papel, pois
do Brasil). incorreu em um enorme investimento para a construção da Au-
O conceito carioca de subúrbio é uma representação que to-Estrada Lagoa-Barra. Essa obra foi extremamente custosa,
sintetiza um discurso ideológico sobre o lugar dos pobres na ci- pois incluiu, para sua realização, a perfuração de vários túneis e
dade do Rio de Janeiro. Para Fernandes (1995, p. 31), tal concei- a construção de pistas sobrepostas encravadas na rocha. Nesse
to significa o tipo de cidadania reservada para a maioria de sua período, essas novas áreas da cidade, apesar de esparsamente
população, já que “predomina, entre nós, a idéia de um espaço habitadas, tiveram no Estado importante agente para a produ-
(suburbano) subordinado e sem história, sem criação, sem cultu- ção do espaço. A partir da associação com o capital privado, seja
ra, carente de valores estéticos em seus homens e sua natureza na abertura de estradas e ruas, seja na pavimentação e instala-
(subúrbio é quase sempre feio e sem atrativos), ausente de par- ção de infra-estrutura, o Estado investiu grandes somas de di-
ticipação política e cultural. No máximo, concede-se ao subúrbio nheiro na preparação desse novo eixo de expansão da cidade.
o lugar da reprodução”. Em um período de aproximadamente 40 anos – 1955 a 1999 –
A partir dessa leitura, constatamos que o padrão de segre- a Barra da Tijuca apresentou um crescimento surpreendente,
gação que se reproduz através do conceito carioca de subúrbio, principalmente nos últimos 15 anos (Figuras 01, 02, 03, 04 e 05).
reifica o subúrbio enquanto ideologia, o que acaba por legiti- A rede viária do Rio de Janeiro, juntamente com a constru-
mar não só os discursos que fazem apologia ao status quo como ção imobiliária, tem se constituído como marco concreto do pro-
aqueles que se opõem a ele e o denunciam; isto porque não vão cesso de produção e transformação do espaço urbano. A cons-
além da forma, ou seja, classificam as aparências mas não as trução da rede viária contribuiu, segundo Mauro Kleiman (2001,
explicam e ao não fazê-lo reificam as práticas sociais a partir da p. 1597), para a configuração de seu padrão de segregação so-
ideologia dominante. Portanto, repete-se um dos fundamentos cioespacial. Tal afirmação baseia-se na forma com que se deu
das ideologias que é a negação e/ou omissão do processo histó- Os investimentos em direção à Barra da Tijuca continuaram
rico. É a naturalização do real e sua redução ao presente, onde o com a abertura de novas vias de acesso: Avenida das Américas
passado existe para ratificá-lo. (que se prolonga em direção ao Recreio dos Bandeirantes) e a

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Avenida Alvorada (atual Avenida Ayrton Senna). Tais avenidas ra da Tijuca. Contudo, não devemos esquecer que, na década
favoreceram, respectivamente, a expansão imobiliária em di- de 1990, bairros como Botafogo, Lagoa, Jardim Botânico e Le-
reção ao Recreio e a acessibilidade maior a partir do bairro de blon começaram a vivenciar um processo de renovação do seu
Jacarepaguá. Contudo, juntamente com os condomínios fecha- estoque imobiliário pelas grandes incorporadoras, seja para a
dos construídos, houve também o surgimento e o crescimento construção de apartamentos de luxo, seja para edifícios de es-
das favelas. Algumas, como no caso da Favela do Terreirão, bem critórios.
próximas à praia e nesse caso tratando-se de favelas planas. Esse período compreende justamente a fase em que o cres-
No caso do Rio de Janeiro, como vimos anteriormente, a ar- cimento econômico no Brasil foi praticamente nulo, não con-
ticulação entre os agentes ocorreu desde há muito tempo atrás seguindo incorporar a população economicamente ativa que
e continua a ocorrer. Apesar de o governo federal ter anuncia- chegava ao mercado de trabalho, além de apresentar um for-
do sua intenção de concentrar seus investimentos em moradia te crescimento do desemprego. A estratégia de sobrevivência
para a população de baixa renda, as principais construtoras que dessa parte da população voltou-se à informalidade e as favelas
atuam na cidade têm-se dedicado à construção para a classe próximas aos locais de trabalho tornaram-se sua opção de ha-
mais abastada. Segundo levantamento da própria Associação bitação.
de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi/RJ), Luciana Corrêa do Lago (2001, p. 1535) percebe uma ten-
publicado pelo jornal O Globo (2003), 50,5 por cento dos novos dência que se refere à “elitização da população residente em
projetos – imóveis na planta, em construção ou que acabaram de áreas com significativa intervenção do capital imobiliário, res-
ficar prontos – custam hoje mais de R$ 251 mil. Além disso, 23,7 ponsável pelas mudanças de uso do espaço”. Tratam-se, basica-
por cento referem-se a unidades com preços acima de R$ 400 mente, de áreas consolidadas e já valorizadas como Botafogo,
mil. Curiosamente, o próprio presidente da Ademi/RJ (Associa- Leblon e Lagoa. Além dessas, a Barra da Tijuca se junta a elas
ção dos Empresários do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro) como nova área de expansão. Em uma dessas áreas, na Favela
na época, Márcio Fortes, ao analisar o resultado do levantamen- Santa Marta em Botafogo (Foto 06), o Governador Sérgio Cabral
to, afirma estar diante de uma grande distorção no sistema, já em parceria com o Prefeito Eduardo Paes estão pondo em ação
que em condições normais os imóveis avaliados acima de R$ 251 um plano de ocupação de favelas. Na segunda quinzena de de-
mil não deveriam representar mais de 10 por cento da oferta. zembro de 2008, foi inaugurado o novo Posto de Policiamento
Outro ponto marcante encontra-se no fato de, aproximada- Comunitário (PPC) na favela ocupada pela polícia desde 19 de
mente, 60 por cento dos imóveis serem financiados diretamente novembro do mesmo ano. Essa primeira experiência, segundo o
pelo incorporador. Nesse sentido, o financiamento caracteri- Secretário de Segurança, funcionará como projeto piloto e deve
za-se pelo curto prazo – em geral, cinco anos – o que exclui a ser expandido para outras favelas, segundo matéria publicada
possibilidade de aquisição pela parcela menos abastada da po- no jornal O Globo (19/12/2008).
pulação. A ação policial, que teria “expulsado” os traficantes, seria
E se a cidade vêm crescendo em direção da Barra da Tijuca acompanhada de uma “invasão social”, que traria atividades
(zona oeste litorânea), não é à toa que das 513 favelas regis- educativas e culturais, acesso aos serviços públicos e etc. Contu-
tradas pelo IBGE na Região Metropolitana, mais de 100 estão do, segundo o presidente da Associação de Moradores, a inva-
concentradas na zona oeste. Não nos surpreende que os núme- são social ainda não chegou.
ros oficiais cheguem a afirmar que aproximadamente 20% da Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Pereira Passos (IPP),
população da cidade vive em favelas. na primeira quinzena de janeiro de 2009, afirma que o Rio de
Paulo Bastos Cezar (Jornal do Brasil, 20 de dezembro de Janeiro já contabiliza 968 favelas, ou seja, 218 a mais do que em
2002), pesquisador do Instituto Pereira Passos (IPP), concluiu 2004. A pesquisa mostra ainda que a população favelada passou
seu trabalho sobre o crescimento das favelas afirmando que se a ocupar mais três milhões de metros quadrados do que ocupa-
a ocupação do Rio de Janeiro continuar no ritmo em que está, va em 1999. Segundo o IPP, as favelas passaram a ocupar 3,7 por
em 2024 os condomínios e prédios de Jacarepaguá estarão to- cento do território do município.
dos cercados por favelas. Segundo o pesquisador, atualmente O Prefeito da cidade, na primeira quinzena de janeiro de
o bairro tem 113.227 favelados, ou seja, 22 por cento de um 2009, publicou quatro decretos com o objetivo de controlar o
total de 506.760 moradores. Enquanto “a população favelada crescimento das favelas. Um deles autoriza a Secretaria de Ur-
cresceu 12,53 por cento ao ano, a população normal [sic] cres- banismo a firmar convênios com universidades e institutos de
ceu em média 2 por cento nos últimos quatro anos”. Importante pesquisa para elaborar regras urbanísticas para as 968 favelas
frisar que grande parte da população favelada presta serviços até 2012. Tais regras definirão o gabarito – limite máximo de
no bairro vizinho: Barra da Tijuca. Fato é que o crescimento po- altura para prédios em certas zonas – permitido, assim como as
pulacional da Barra da Tijuca continua alto e, como no passado, áreas públicas dentro das comunidades. O prefeito determinou
tal crescimento gera uma demanda por serviços pouco qualifica- ainda que os órgãos municipais passem a demolir habitações em
dos, que atrai cada vez mais população de baixa renda em busca áreas de risco. Outro decreto autoriza a Secretaria de Urbanis-
de postos de trabalho. mo a contratar arquitetos para ajudar a orientar os moradores
quanto às regras de construção. E, finalmente, o quarto decreto
Sinais concretos da exclusão: muros para conter o cresci- define a favela Vila Canoas, em São Conrado, como Área de Es-
mento das favelas pecial Interesse, onde será desenvolvido um projeto piloto que
Voltando os olhos para o período pós-1984, percebemos servirá como base para posterior expansão para outras favelas.
o que Lago (2001, p. 1534) denominou “elitização do mercado Ali, além de definir os gabaritos e as áreas públicas da comu-
imobiliário carioca”, pois com a crise do Sistema Financeiro de nidade, o prefeito determinou a obrigatoriedade de habite-se
Habitação (SFH) e praticamente o fim do financiamento para para qualquer obra.
construção de habitações populares, a produção das grandes
empresas passou a se concentrar mais especificamente na Bar-

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GEOGRAFIA

Contudo, a medida mais polêmica do Governo do Estado além de imóveis públicos e de empresas que faliram ou que sim-
 juntamente com a Prefeitura foi a divulgação do início da cons- plesmente abandoram os antigos prédios. Acreditamos que há
trução, ainda este mês, de um muro de quase 650 metros de realmente um número considerável de imóveis que poderiam
comprimento por três metros de altura na Favela situada no ser convertidos em habitações populares, mas não seriam sufi-
Morro Dona Marta, em Botafogo (zona sul carioca). Se tivermos cientes para dar conta de toda a população favelada do Rio de
em conta que do outro lado da favela há um plano inclinado, Janeiro.
com teleférico para transporte da comunidade, que já serve Assusta-nos que, nos dias atuais, os governos acreditem que
como muro de contenção, ao final da construção do muro os isolar em guetos parte específica da população – a classe pobre
moradores estarão concretamente segregados No discurso,  – por achá-la inconveniente ou perigosa vá resolver algo. O pro-
o motivo para a construção do muro é apenas para impedir a blema do crescimento do tráfico de drogas, do crescimento das
devastação da floresta do entorno, tanto que três dias após a favelas e da desordem urbana estão como estão porque houve
divulgação da construção do muro, as instâncias de governo descaso com a população mais pobre e porque a escolha política
passaram a referir-se a ele como “ecolimite”. Em nota oficial o de caminhar junto às propostas neoliberais contribuíram para
governador afirma: “estamos investindo na ordem pública, en- o crescimento da informalidade. A instalação de equipamen-
frentando o tráfico de drogas e impondo limites ao crescimento tos, como infraestrutura de água e esgoto, luz e energia, gás,
desordenado”. coleta de lixo, serviço de correio, saúde e educação facilmente
A Favela Santa Marta parece ser apenas a primeira dentre encontradas no asfalto não chegaram às favelas. Então, ainda é
outras tantas, já que os secretários de Ordem Pública, de Urba- preciso pensar em políticas de construção e financiamento de
nismo e de Meio Ambiente sobrevoaram as Favelas da Rocinha habitações populares, mas tendo em conta que é preciso pen-
(São Conrado), Pavão-Pavãozinho (Copacabana) e Chapéu-Man- sar que a maioria da população necessitada não tem sequer ca-
gueira (Leme), todas na zona sul da cidade, e também demons- pacidade de endividamento, pois não tem como confirmar sua
traram preocupação com o crescimento desenfreado das cons- renda, são trabalhadores informais. É preciso levar serviços pú-
truções e com o desmatamento das áreas de floresta. Mas as blicos de qualidade até essas localidades. E finalmente, é preciso
medidas não param por aí, já foi iniciado o monitoramento onli- respeitar essas pessoas que lá vivem e que são tão moradores da
ne da expansão das comunidades usando satélites e a remoção cidade do Rio de Janeiro como qualquer outro.
de construções fora das áreas delimitadas estão entre as ações
definidas pela prefeitura para acabar com as invasões em áreas
de florestas. Segundo os secretários municipais, estão sendo de-
finidos os limites e qualquer construção que estiver além dessa IDENTIFICAR EM TEXTOS E GRÁFICOS SITUAÇÕES
definição será derrubada. PROBLEMA TÍPICAS DA SOCIEDADE FLUMINENSE E
Essa idéia de murar as favelas e que está sendo posta em RECONHECER FORMAS DE REDUZIR OS PROBLEMAS
prática agora pela parceria entre governo e prefeitura do Estado
GERADOS EM TAIS SITUAÇÕES
do Rio de Janeiro não é nova. Em 2004, o Vice-Governador do
Estado, Luís Paulo Conde (que é arquiteto), fez essa mesma pro- A recessão, a grave crise financeira do Estado do Rio, a es-
posta para conter o crescimento da Favela da Rocinha, contudo cassez de recursos para a polícia e o desemprego estão entre os
a grande mobilização da academia e da opinião pública fez com fatores que contribuem para a atual crise de segurança.
que não a pusesse em prática. O Vice-Governador havia sido Para o antropólogo e especialista em segurança pública Luiz
Secretário de Urbanismo e, em seguida, Prefeito da cidade em Eduardo Soares, o quadro atual resulta da intensificação de prá-
meados da década de 1990. ticas e circunstâncias que estão em curso há muito tempo.
Em 1991, havia cerca de 245.000 imóveis desocupados no
Rio de Janeiro. Atualmente, estima-se que haja mais de 300.000 “O padrão tem sido o mesmo: confronto com ‘o tráfico’,
nessa mesma condição. Se olharmos atentamente, veremos ao adotando incursões bélicas às favelas, que matam inocentes,
longo das vias que cruzam as zonas industriais e portuária gal- suspeitos e até mesmo policiais. A velha ‘política’ da conhecida
pões, armazéns e prédios em sua maioria abandonados. Na área - e derrotada - guerra às drogas”, lamenta.
central da cidade a cena se repete em edifícios antigos e novos Entenda quais são os principais fatores estão por trás da
com grande quantidade de escritórios vazios. Isso acontece in- atual crise de segurança no Rio.
clusive no núcleo central da cidade.
Afirma Vaz (1996) que “nas zonas residenciais, principal- Deterioração das UPPs
mente nos bairros mais modernos, onde predominam os edifí- Nos últimos cinco anos, o número de tiroteios em comuni-
cios de apartamentos, vemos apartamentos e por vezes edifícios dades com UPPs aumentou 13 746% de o do om um e udo
inteiros vazios e fechados”. A autora acrescenta ainda, no que e o pe p óp Po M O núme o de on on o n
se refere ao enorme número de domicílios vazios, que esse nú- e om UPP p ou de 13 em 2011 p 1 555 em 2016
mero é tão alto que daria para ocupá-los com os habitantes das A o de o e n en mn ú m em n no
favelas. Segue Vaz (1996) afirmando que “há moradias para to- d men e no Comp e o do A em o onde PM u p n
dos, e o Rio de Janeiro não precisaria ter nenhuma moradia em um b ne b nd d num d p n p d omun d de
favela, nem tampouco, nenhuma favela! E no entanto, os dados No B
sobre favelas continuam a ser utilizados como demonstrativos O en u mo em o no d po d UPP o n men e
do déficit de habitações e da necessidade de construção de no- u do po um qued e no no nd e de m n
vas moradias”. d de n omun d de Com o empo e e p n o do p o m
Evidentemente, os números apresentados pela autora – que p omun d de m o e e m omp e omo Ro nh
acreditamos ter tido o objetivo apenas de provocação – são da- e o p óp o Comp e o d M é u o ome ou e de e
dos gerais, que incorporam imóveis particulares, de veraneio, o

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GEOGRAF A

Um do p ob em e undo o óo u em ube p n o d m n h de m n d de
oo den do do Cen o de udo de e u n e C d d n A dé d en e 2006 e 2016 o m d po um pe odo de
d C nd do Mende Ce e o po p mo d men e n o m mo que e e eu p e em 2011 no que p e en ou o
UPP que nh m o o on p e nun o m um po me ho e nd do e de e u n m e ud u o o
de e u n púb p odo o do d 38 UPP m me ou e de e o Ao m do pe odo o ên n o o ou
p n d pen um no Comp e o d M n ue nh o o que e m e e on u ou e e e p hou eo men e
do m e do mun p o n B d um nen e pe o do
Qu ndo po d UPP en ou em ên o do Um pe qu e d pe GV DAPP om b e no d do
n o on e u u e mo men p d men e p e ee u u omp do pe o n u o de e u n Púb P mo ou
d em ube que qu ndo o ên o ou umen e ed bu u pe o
P e o ep ód o o en o que d de em p e en do
do o e õe pon u p p n ênd o e ndo o R o An e p emp e umu o m o e núme o de
de o u o de no o ên d M be Cou o um d uo d pe qu
o n o é um po de e u n púb o o o o mud ndo o on o do ú mo no om o umen o do
õe o en que n o e m u nenhum emo o me no n e o do do e n B d um nen e e o me
um méd de qu o mo e p o o d pe po po d e opo n do R o o d on e do mun p o
m de 60 po mo e m no R o ó ne e no o e A on en on p n que do pon o de
um e nd o em qu que p e do mundo Aqu p ed d e u n púb o e o o e o on n en e mbém
p em pod m e on en do Ho e o ên e mu o m d
P n o C no pe qu do d Ue o do e n o pe eépe od bu e o o e u o e do e é
ou no bon e u do n d UPP em que po m omp e d Cou o
o em mp d o d mod d ou omp emen d Ad bu o m n pode e bu d em p e u
po no po de n e de e o up d po UPP p on o d o
O e oe e m m um e p n o qu e u om dom n o e ou o e ó o M Cou o on de mbém
d UPP e do p men o de bon õe po on que o de éd o d UPP e e um mpo n e p pe A UPP
de C no e d que UPP m o e he d e u n ou e m en o de que o R o n men e d on do
púb no R o on en onou e bu e udo de bom que p ob em do o O p me o ep ód o de o ên e
on e ou om odo o p ob em omo nd o de eu me de de m n e e mo m que UPP n o e m
o A u o po ém en o e mu o ou o oe n e

C e n n e no e do e n po o e men o de õe m no
O en o de e e o e e e n n e no do do en e n UPP p e m e u o ndo u
R o em do e do e púb o e du de o eo o de m no o em um e d pu de e ó o
e e n o é d e en e om Po M u de do e en emen e mo m que o d no u do n o o m
que he m o e opo o do G e o p O mp d no no pe m nen e A d pu de e ó o em do on n e no
p do o m e eb do po um upo de po em p o e Ro e õe m no po e m ep de o m
o empunh ndo b nde d ndo bo nd o n e no m e
we ome o he d em n ê ndo que po e bom A m n d de pe ebe que h um de on o e n e u
be o n o e m e ebendo eu o e quem he e n púb que n o h umo o en o d u em u
oRon oe e uo be
De p u o e o nou m De do Vo ê h que m n d de n o pe ebe que o R o e
e po nd n o e ebe m 13 o nem bon de om um e o e n do p e o o m nd o do u o
õe que êm d e o M be Cou o d D e o de endo o e e ên u õe de o up o on o o
An e de Po Púb d und o Ge ú o V GV e n do u e n ndo Pe o um bun de Con que e
DAPP d que e e de e u o em p e ud ndo n n de um u o de de e m d de do do
e uu e ond õe de b ho d po umen ndo um do que e um pou o de e m n d de pe e
u o de u ne b d de be o men e umen em ube
O umen o do nd do e de o ên n que o M do que o de u d de o e de opo u
po n pon e o endo o o do ob mu o m p e n d de p o en n omun d de on nu on bu p
o o enqu n o o do p po um e n n e o men no e do e en e p o o e mun õe
en m que e n ed de ob e e o e ebe o e de e u o hum no
bo o de que o do n o em d nhe o p omp o n em ou po de d que o e e ou opo un d de
de que u e o u e d de que o e e p o de o en pob e de omun d de dem o do pe o bene
b e o en do e m e o em m nu en o udo o o edu o e do o que n o e edu em ben m e
e um en o de mu o e e e p um un on o u un d o n opó o o e e pe em e u n púb u
oé p u e p o e e popu o du do o e M do que o e o em o o o h men o
Ne e no m de 60 po o m mo o no R o A e onhe men o o o e pe en men o @ m
o ed de p e e pon b o po qu ndo e e p e po e d pu men no men no om on e de e u
e e pon b do m mbém p e en ende que po men o m no D pu n @ o e e e pe o meno o me
e o ob e em p e o e p o undo e e e e que e e mo beneå o om n n e )do e den emen e on de
mbém o m de e p o e o o e d ndo o e emp o do mpo de po ) u u que em
mu e pe ên bem u ed d no B e no mundo

14

GEOGRAF A

M be Cou o d GV DAPP d que de um po n on de e u n mbém ud o e e õe


que ub u m d pu de um ou ou e po d pu m mp e mb o
A e o do me n o e pe on e d M be Cou o A õe e o e omun ndo ndo p e bu
ndo e p nd u n uên e u o H um d pu n on e n e n on po e ó o
m on po o e d e u en e e bo um po n on de e u n púb O o e no ede p e en ende
que e de um que o n on e que é eu de e d om o Nenhum do em ond õe de d on de e on o e
o nho

P o e u on on o
Com ên d po de p o e o umen o d m n d de e pe d em que dou n po que p e o
n o on on o m do e o ndo nh o A po d UPP o b e d em e é de po men o omun
embo on de u em ube e n o enh m do bem u ed d em on o d e e n u o om omun d de
Po ém o e ho mode o d ope õe po em e p on on o o n o o b ndon do e om o men o
d e e d o ên o e n en
O umen o do núme o de pe o mo pe po e e e o umen o de on on o No ú mo n o no 2012 2016 o
núme o de hom d o de o en e de opo o n e en o po umen ou 120% he ndo 920 m 2012 o p m m
b o n ú m dé d o m 419 mo e em 2007 n e d UPP o núme o de mo o po po he ou 1 330
A pe d de d de o en e de e on un o de õe o de n d n men e omo u e ee o o e de me
d d ne e Como d o e e e o de e u n Púb o éM no Be me e ou o n e de e N o e em
ome e e em queb o o d u du do o e
u e en o de de que n o e m eu ho O e e o de o en o e pon e me mo m no o o

APRE ENTAR NOÇÕE DE OCA ZAÇÃO E PAC A DENTRO DO E TADO DO R O DE ANE RO A PART R DA UT ZAÇÃO
DE MAPA

O e do do R o de ne o é um d 27 un d de ede do B e u p po u me m nomen u mo
d de m ho

O n do no e do do R o de ne o o denom n do um nen e enqu n o que e que d ém d p oo o

u do n e o ude e ê e do em on e om e o p o no no e M n Ge no oe e
oP uo udoe e e od u o e e é b nh d pe o O e no A n o

Conhe do pe o nde núme o de p e pon o u o e en e o p me o e do o on do pe o po u ue e


o mbém p do B en e o no de 1763 e 1960

O e do e ebeu o nome de R o de ne o po on d e ped o e p o ó e pe o po u ue e em que po mn


b de Gu n b no d 1 de ne o de 1502
e undo o n u o B e o de Geo e BG e m é que e enh 17 264 943 pe o no e do em
um e de 43 780 m ó n p o e m d 6 718 903 pe o

A u popu o é u o d me em en e o nd en no e eu opeu

Con de d e und m o e onom do p o eu e ó o é um do o om m o ndu o

O R o de ne o é e o do omo um d du d de ob b e enqu d ndo e o d ún me ópo e d


Amé do u em um e p o que b n e é o P u o e B d n

15

GEOGRAF A

M p po o do e do do R o de ne o
O e do do R o de ne o po u 92 mun p o e o o e õe do o e no

M p d e õe do R o de ne o
A o o e õe de o e no e mun p o do R o de ne o o
1 Re o Me opo n do R o de ne o RMR
2 Re o No oe e
3 Re o No e
4 Re o d B d o ne
5 Re o e n
6 Re o Cen o u
7 Re o do Méd o P b
8 Re o d Co Ve de

16

GEOGRAF A

M p odo o do R o de ne o
O e do on om e de 6 m qu ôme o de odo p men d e d Om p do pe o M n é o do n
po e p e en p n p odo ee d do R o de ne o Ve

M p n o do R o de ne o
O m p n o mo omo e o e do no no de 1923 e ue

M p do mun p o do R o de ne o – e õe e b o
O mun p o do R o de ne o e ubd d do em no e ubp e e u up d em qu o e õe ou on on oe e
on no e en o e on u

17

GEOGRAF A

po uem 33 e õe dm n u qu o m 160 b o

18

GEOGRAF A

M p d d de do R o de ne o

EXERC C O

1 A d de do R o de ne o em um empe u méd nu em o no de 23 C p e en ndo um e un o m d de


ém o on o do no enqu n o e o me eo o ó o d no mun p o de e méd nu em o no de
8 C A n e en que p e en e p o o e p e e o
A A po o em ude de e m n o o ume de n o o que um de e m n do u e ebe e d e en ém en e
o u e
B A p o m d de do o po h d o n uen empe u do de do e ém d upe e on
nen
C A n uên d ude e p d e en de empe u en e u e u do pequen d n um do ou o e n
me m de ude
D A od o en e o e n n uen empe u do po que n po m o ou o de um u p ou o
A p o m d de d m oe de e m n õe on d empe u en e o u e de do o o ume de
n o o e eb do

2 Com e o o o um nen e n e m e u
N Co Ve de o o é b u men e n e omp do pe o pon õe n o o h m do o õe e en e e e p
em o m de o
N B d o ne n en ed men o deu o em o b om e en p n e den o d qu en
on m e o
N Re o Me opo n o e o de o en e do e men o u b no e o n men o de e o o e o u b no no o
de u m o m n ue que u m omo be o n eno o d d m nh

A n e
A e pen m e e o e
B e pen m e e e em o e
C e pen m e e e em o e
D e pen m e e e em o e
e od m e e em o e

19

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GEOGRAF A

3O o odo o me opo no o Comp e o Pe oqu m o do R o de ne o COMP R o po o de u omo


mo om p e u

ob e on u o do o odo o n e m e u
A on u o do o de e eo en o oe p d d de ndu d Re o Me opo n
A on u o do o de e o e o men o d p odu o d o o en d b de Gu n b
A on u o do o de e one o do p n p e o o que e m Re o Me opo n

A n e
A e pen m e e o e
B e pen m e e e em o e
C e pen m e e e em o e
D e pen m e e e em o e
e od m e e em o e

4Om p e u nd o o o e de um on e e do de ene eé no do do R o de ne o
e e o de um A n e

A1 A u n e monu e e o d no mun p o de An do Re
B 2 Au n hd eé do un o d no mun p o de Re ende
C 3 A u n e me é M o o o d no mun p o de M é
D 4 O omp e o h d e é o de e o do no mun p o de P
5 Au n hd eé de mp o no mun p o de ê R o

5 Com e o Re o Me opo n do R o de ne o RMR n e m n o e


A A de e men o demo o do mun p o que ompõem RMR é upe o do mun p o do R o de ne o
B A de ên do em de n po e de m e o e men o u b no de o den do mp m o p ob em de n e
u o d RMR
C A d e en en e o p d õe u b no do R o de ne o e N e ó e do dem mun p o d RMR é mu o en u d
D A RMR em um de e men o demo o de 3 0% o no e on ém em o no de 50% d popu o um nen e
A RMR é po nu e d om omp e e õe en e eu nú eo e e pe pe e

20

GEOGRAF A

6 A d de do R o de ne o
A é um mode o de de en o men o o e m do
B é um o o de p ob em n upe e omo o ên
ub n
C m n e e o me mo mo de e men o de de o pe o
do o on
D on u um e emp o de o up o on de um e
d pon e
é um bo ó o onde e pe ên ne m e êm
do e d

7 A e on o do do do R o de ne o em endo
o e d pe po de pó o e onôm o en do em
d de d e en d Con de e m m e n e
en que me ho ep e en o pó o d Re o do o
e d Re o do V e Méd o do P b e pe men e
A Pó o qu m o e u o
B Pó o u oe qu m o
C Pó o me u omob oe u o
D Pó o u o e me u omob o
Pó o u o e me u omob o

GABAR TO

1 C

4 C

5 D

ANOTAÇÕES

21

GEOGRAF A

22
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