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 > Transição do feudalismo para o capitalismo.

 > Plano social – lenta ascensão da burguesia


passagem da Idade Média para Moderna;
 > Crise do sistema feudal;
 > Formação de um novo sistema: capitalismo
em sua forma embrionária (pré-capitalismo)
 > Política: fase final do processo de formação
das Monarquias Nacionais – processo de
centralização política – Absolutismo
Monárquico;
Econômicos
> Expansão entendida como saída para a crise do século XIV.
Político
> Centralização do poder nas mãos dos reis.
Sociais
> Ascensão da burguesia e processo de crescimento urbano.
Culturais
> Ideais renascentistas: humanismo, racionalismo
Religioso
> Ideais de Cruzadas – luta contra a expansão muçulmana,
expansão da fé católica
Pioneirismo fatores:
> Centralização política – formação de uma
monarquia nacional precoce – iniciado ainda na
dinastia de Borgonha ( Guerra da Reconquista),
consolidando-se com a dinastia de Avis, depois
da Revolução de Avis (1385).
> Aliança Rei / Burguesia;
> Avanço nos estudos náuticos – Escola de Sagres
/ Infante D. Henrique;
> Posição geográfica privilegiada;
> Expansionismo do cristianismo.
REINOS CRISTÃOS E GUERRA DA PORTUGAL EM 1185
RECONQUISTA
CONDADO PORTUCALENSE
> 1415 – Tomada de Ceuta – Norte da África;
> 1418 – 1432 - Ilhas dos Açores – introdução do
sistema de Capitanias Hereditárias;
> 1434 – Gil Eanes dobra o Cabo Bojador;
> 1460 – Cabo Verde;
> 1488 – Bartolomeu Dias dobra o Cabo da Boa
Esperança;
> 1498 – Vasco da Gama atinge Calicute, na costa
Oeste da Índia;
> 1500 – Cabral oficializa a posse sobre o Brasil
> Processo retardado devido ao processo mais
continuado da Guerra de Reconquista em
território Espanhol;
> Unificação política somente ocorre em 1469.
Conquistas espanholas – 1492 – Descoberta da
América, por Cristóvão Colombo, 1499 – Ojeda
chega na Venezuela; 1511 – Diogo Velasque
conquista Cuba, 1519 – Fernão de Magalhães
parte para a primeira viagem de
circunavegação e Fernão Cortez conquista o
México, 1541 – Orellana explora o Amazonas.
> Rivalidade entre Portugal e Espanha aumenta quando
da disputa das novas terras descobertas;
> 1480 - Tratado de Toledo – Portugal cedia à Espanha as
Ilhas Canárias, recebendo a livre navegação
monopolizada do litoral africano ao sul da linha do
Equador.
> 1493 – Bula Intercoetera – linha imaginária a 100 léguas
a oeste das Ilhas de Cabo Verde: terras a oeste da linha
– Espanha, a leste da Linha a Portugal.
> 1494 – Tratado de Tordesilhas – muda-se a linha
imaginária para 370 léguas das Ilhas de Cabo Verde.
Obs: a presença espanhola fez as nações ibéricas
também dividir a área, a partir das Ilhas Molucas
com o Tratado de Saragoça – 1529.
CONSEQUÊNCIAS DA EXPANSÃO MARÍTIMA

- Deslocamento do eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico;


- Consolidação do Estado Absolutista e patrocínio ao expansionismo;
- Política econômica mercantilista ;
- Formação do Antigo Sistema Colonial e a consequente colonização da
América;
- Renascimento da escravidão como modo de produção;
- Fortalecimento da burguesia mercantil;
- Processo de europeização devido principalmente a expansão do
cristianismo;
- Destruição de civilizações pré-colombianas;
- Expansão do comércio europeu;
- Acumulação primitiva de capital,realizada através da circulação de
mercadorias;
- Revolução de preços provocada pela crescente entrada de metal
precioso na Europa.
> Esquadra composta por 13 embarcações,com
destino ao Oriente, comandada pelo fidalgo Pedro
Álvares Cabral.

> Finalidades – fundação de feitorias e estabelecer


novas conquistas.
> Casualidade – fuga das calmarias
afastamento da costa, desvio por motivo
de tempestade,
> Intencionalidade – documentos
históricos – carta de Caminha – registro
do nascimento do Brasil, carta dos reis
da Espanha ao rei de Portugal que
demonstra conhecimento de novas terras
descobertas
> Processo de acumulação primitiva de capital –
momento de transição marcado pelo capitalismo
comercial, predomínio da burguesia, Estado
Absolutista, mercantilismo.
> Manter uma balança comercial favorável para as
metrópoles que tinham impérios coloniais.
> entende-se por sistema colonial o conjunto de relações
de dominação e subordinação envolvendo metrópoles
e colônias, essas relações mantidas entre áreas
metropolitanas e áreas periféricas eram diretas e
indiretas.
➢Áreas metropolitanas eram os centro do sistema e eram
formadas pelas nações européias que participaram das grandes
navegações e descobertas – Portugal, Espanha, Inglaterra,
França e Holanda.
➢ As Metrópoles asseguravam de forma exclusiva o
abastecimento das colônias, fornecendo produtos
manufaturados e a mão de obra escrava, através da burguesia
mercantil, sempre com preços elevados, por outro lado se
apropriavam de toda produção colonial, sempre a preços
baixos.
➢ As metrópoles também cobravam das colônias uma grande
quantidade de impostos.
➢As Áreas coloniais constituíam a periferia do sistema onde
se localizavam as colônias e as feitorias, as primeiras na
América operavam na área de produção e as segundas na
África operavam na esfera de trocas.
- - Conjunto de relações de dominação e subordinação
envolvendo metrópoles e colônias durante a Idade
Moderna; essas relações mantidas entre áreas
metropolitanas e áreas periféricas eram diretas e
exclusivas.

COLÔNIAS

metrópoles

AMÉRICA - ÁSIA - ÁFRICA

METRÓPOLES - CENTRO DO SISTEMA COLONIAL


COLÔNIAS – PERIFERIA DO SISTEMA
➢ Existia um conjunto de regras e normatizações
– Pacto Colonial.
➢ Exclusivo – monopólio metropolitano do
comércio e navegação coloniais, e o monopólio
estatal de determinados produtos coloniais; no
caso do Brasil, os estancos do pau-brasil, sal,
diamantes e outros.
➢ O pacto colonial era o definidor das relações
entre metrópole e colônia.
➢ O Antigo Sistema Colonial formou-se de duas
formas de colonização: as colônias de
exploração e as de povoamento
COLONIZAÇÃO PORTUGUESA

➢ Primeiras décadas
abandono – os esforços da
metrópole naquele momento
estava concentrado no
Oriente (Índias).

➢ Período pré-colonial (1500


– 1530) – caracterizado por
envio de expedições
exploradoras e guarda costas
e pelo monopólio régio do
pau-brasil – Fernão de
Noronha.
Expedições Exploradoras – tinham o objetivo de
reconhecimento da costa brasileira, nominar acidentes
geográficos:
1501 – Gaspar de Lemos; 1503 – Gonçalo Coelho
Expedições Guarda Costas – tinham objetivos
militares, num total de duas (1516 e 1526), ambas
comandadas por Cristóvão Jacques.

Início da colonização – com os lucros do


comércio com o Oriente entrando em
decadência e a grande presença de piratas
e corsários no litoral brasileiro, D. João III, o
colonizador decide mandar, em 1530,
Martim Afonso nossa primeira expedição colonizadora,
de Souza
comandada por Martin Afonso de Souza.
> 1534 – D. João III implantou o sistema de Capitanias Hereditárias
no Brasil, dando início à colonização efetiva das terras na América.
> Significado do sistema – refletia a não capacidade econômica da
coroa em arcar com as despesas de colonização, transferindo para
iniciativa privada o ônus da colonização.
> Os donatários recebiam lotes em caráter hereditário e
inalienáveis, esses lotes de terra somente poderiam ser
readquiridos pela coroa.
> Documentos que teorizavam a transação – Carta de Doação e
Foral
> Carta de Doação – garantia a concessão da capitania –
dimensões e limites (escritura). Foral – definia direitos e deveres
do donatário.
> descentralização administrativa.
> Fracasso do sistema – de um modo geral fracassou, por que:
distância da Metrópole, hostilidade dos indígenas, desinteresse dos
donatários.
> Apenas duas capitanias obtiveram sucesso – São Vicente e
Pernambuco, por terem características próprias.
➢ Em 1549, diante do fracasso do sistema
de donatarias, D. João III criou o
Governo-Geral do Brasil. Com ele, ficava
estabelecido um órgão centralizador da
ação colonizadora, garantindo-lhe uma
unidade administrativa.
➢ As Capitanias Hereditárias não foram
extintas ou seja Portugal ainda
continuava se valendo da iniciativa
privada.
➢ O governador-geral era nomeado
diretamente pelo rei por um período de
quatro anos e contava três auxiliares, que
com ele formavam o Conselho de
Governo. Destes três auxiliares, o ouvidor-
mor era responsável pela Justiça, o
provedor-mor, pelas finanças e o capitão-
mor, pela defesa do litoral.
➢ O Sistema de Governo Geral significou
uma centralização administrativa e o
documento que teorizava o governo era o
Regimento, que definia a função de cada
Governador Geral.
Tomé de Sousa (1549-53)
Foi o primeiro governador-geral do Brasil,
responsável pela instalação do novo sistema de
administração criado por Portugal.
Do conjunto de suas realizações, destacam-se: a
fundação de Salvador (1549) – a primeira capital da
colônia e sede do governo até o século XVIII – e a
instalação do primeiro bispado do Brasil. Com ele
vieram os primeiros jesuítas, chefiados por Manoel
de Nóbrega, que fundaram na Bahia o primeiro
colégio em território brasileiro. No que se refere à
economia, houve desenvolvimento da economia
açucareira, baseada na mão-de-obra escrava
africana, e a introdução das primeiras cabeças de
gado.
Duarte da Costa (1553-58)
Foi o governo mais conturbado.

Durante o seu governo, ocorreram vários


distúrbios,motivados na sua maioria pelos conflitos entre
colonos e jesuítas, envolvendo a escravização de
indígenas. Os colonos tinham o apoio de Álvaro da
Costa, filho do governador, que por sua vez entrara em
conflito com o bispo d. Pero Fernandes Sardinha, Sua
gestão conviveu ainda com a invasão francesa ao Rio de
Janeiro, em 1555, onde foi fundada a França Antártica.
Sem condições de combater os invasores, Duarte da
Costa perdeu a autoridade, comprometendo sua
administração. Ainda no seu governo, José de Anchieta e
Manoel de Paiva fundaram o colégio de São Paulo, no
planalto de Piratininga.
Mem de Sá (1553-58)

Chamado de Pai da Pátria


Mem de Sá, o terceiro governador-geral, estimulou a
lavoura de exportação e acabou com os conflitos que
envolviam colonos e jesuítas. No seu governo, iniciou-se a
longa campanha que resultou na destruição de França
Antártica, quando teve o apoio dos índios de Araribóia e
do seu sobrinho Estácio de Sá. Nesse contexto, deu-se a
fundação de São Sebastião do Rio de Janeiro (1565), a
segunda cidade do Brasil, e a desmontagem da
Confederação dos Tamoios – aliança indígena que
apoiava os franceses – através do Armistício de Iperoig,
negociado pelos jesuítas José de Anchieta e Manoel de
Nóbrega.

Divisões e reunificações do governo do Brasil
Mem de Sá governou até 1572, quando
faleceu em Salvador. O seu substituto, D. Luís de
Vasconcelos, nomeado em 1570, morreu antes da posse,
em confronto com franceses no mar. De 1572 a 1578, o
Brasil foi dividido em dois governos: o do Norte
(Salvador) a cargo de Luís de Brito e Almeida e o do
Sul (Rio de Janeiro) com Antônio Salema. Com o
fracasso da divisão, deu-se a reunificação. Salvador era
novamente a sede, sob a administração de Lourenço da
Veiga. Entre 1602 e1612, durante a União Ibérica,
ocorreu nova divisão e outra reunificação. Em 1621, o
Brasil foi dividido em dois estados: Estado do Brasil e
Estado do Maranhão e, desta feita, até 1775, quando foi
reunificado pelo Marquês de Pombal.
A população brasileira resulta da fusão de vários troncos
étnicos , chamaram-se mamelucos ou caboclo mestiços
dos colonos com os indígenas. Os troncos das grandes
famílias paulistas são geralmente os casais de portugueses
e índias, como João Ramalho e Bartira

As leis portuguesas
A mestiçagem animavam o
com os negros cruzamento com a
também foi raça indígena .Os
abundante, mas mestiços com índios
havia dificuldade conservavam todos
de aceitação os direitos inclusive
social o de nobreza.
• Os primeiros que chegaram foram os
encarregados das primeiras feitorias ,
poderiam ser náufragos (Diogo Alvarez e João
Ramalho) ou degredados.
• A vinda de grande quantidade de colonos
portugueses para fixar-se no Brasil começou a
aumentar muito após a vinda de Martin
Afonso de Souza (1530).
• O elemento branco formou a administração
da coroa era a elite da sociedade colonial
• A burguesia próspera assumiu um estilo de
vida imitando a aristocracia européia.
• Na época do descobrimento era dividido em grandes grupos:
Aruaques e Caraíbas no noroeste; os Tupis e os Tapuias ao
sudeste.
• Os Tupis e Tapuias eram mais propriamente brasileiros.
• Viviam em estado primitivo usavam o arco e a flecha como
arma, moravam em cabanas rudes (ocas), usavam utensílios
feitos de pedra lascada, serviam-se do fogo mas não
conheciam o metal, a roda e o arado.
• Praticavam agricultura rudimentar da mandioca e do milho, o
nomadismo também era um costume.
• Não domesticavam os animais, no centro do Brasil, os Índios
Guaicurus dominaram o cavalo e usavam constantemente
para o transporte e em guerras.
• Deixaram um legado cultural muito grande e foram fator de
inspiração para obras literárias – O Guarani, Iracema (José de
Alencar) e outros.
• Vieram para o Brasil como solução para a mão de
obra.
• Eram transportados em navios negreiros (tumbeiro)
e vinham de diversas áreas da África – Sudão,
Guiné, Nigéria.
• Deixaram grande legado cultural.
• Calcula-se que no século XIX, 1 milhão de negros
foram enviados para o Brasil.
• foram responsáveis por toda mão de obra utilizada
no Brasil Colonial (Gilberto Freire, citando Antonil)
• A fuga era usada constantemente como revolta os
negros fugidos se reuniam em Quilombos.
QUESTÕES :

1. O Governador correrá todas as Capitanias acompanhado do provedor-


mor, e com ele e com os respectivos capitães e oficiais da Fazenda,
consultará tudo quanto importar a sua boa governação e defesa, fazendo
levantar cerca onde as não houver e reparar as existentes”.
(Regimento de Tomé de Sousa in CASTRO, 1982)

O texto indica o objetivo principal da Coroa portuguesa em implantar o


Governo-Geral no Brasil, que era:
a) criar um centro administrativo e político e promover a unidade da
Colônia.
b) criar instituições administrativas que evitassem o conflito entre
donatários e jesuítas
c) empreender viagens de fiscalização aos donatários.
d) suprimir as Capitanias 1Hereditárias.
e) estabelecer tribunais que julgassem os crimes de má governança na
Colônia..
2. “Depois de vossa partida se praticou se seria meu serviço povoar-se
toda a costa do Brasil, e algumas pessoas me requeriam capitanias em
terra dela...depois fui informado que de algumas partes faziam fundamento
de povoar a terra do dito Brasil...determinei demarcar de Pernambuco até o
Rio da Prata cinqüenta léguas de costa a cada capitania [...]”
(Carta de Martim Afonso, 1532 in LINHARES, 1990, p. 29)
A) povoar as terras brasileiras poupando seus recursos, atraindo o interesse
e os recursos de particulares para os quais transferia os riscos do
empreendimento.

B) instalar núcleos de colonização estável, baseados na propriedade


familiar, abdicando a sua soberania sobre as terras do Brasil.

C) transferir amplos poderes aos capitães, diretamente submetidos à Coroa,


no tocante à administração pública, através da descentralização política,
sem a vigilância dos funcionários reais.

D) suprimir a tradição medieval européia de conceder benefícios em troca


da lealdade política e militar entre os reis e seus vassalos, à medida que
instituía a Carta de Doação com os direitos do donatário.

E) montar feitorias ao longo da costa litorânea e o conseqüente monopólio


do comércio de pau-brasil, nesse momento contrabandeado pelos franceses.
3. Sobre as Capitanias Hereditárias, é correto afirmar
que:

A) nos primeiros anos realizaram os objetivos de


lucratividade perseguidos pela Coroa.

B) prosperaram economicamente por igual em todo o


Brasil.

C) além dos lotes iniciais, novas Capitanias foram


criadas e doadas no Brasil até o século XVIII.

D) continuaram tendo donatários até o início do século


XIX.

E) em toda a Colônia atingiram a forma de Capitanias


Reais.
4. Analise as afirmativas abaixo sobre a formação étnica do povo
brasileiro e, a seguir, marque a alternativa correta:

I. Os negros que foram introduzidos no Brasil não apresentavam


diversidade cultural.
II. Os mamelucos eram os mestiços de colonos com as índias.
III. Os troncos das grandes famílias paulistas são geralmente de
casais mulatos.

A) somente a I está correta.

B) somente a I e a II estão corretas.

C) somente a II está correta.

D) somente a II e a III estão corretas.

E) todas estão corretas.


5. Analise as afirmativas abaixo sobre a colonização brasileira
e, a seguir, marque a alternativa correta:

I. Antes da fundação das Capitanias, algumas feitorias foram


espalhadas pela costa brasileira.
II. A Paraíba foi conquistada durante o período de unificação
das Coroas Ibéricas.
III. Martim Soares Moreno foi o conquistador do Ceará.
A) somente a I e a III estão corretas

B) somente a I e a II estão corretas.

C) somente a II e a III estão corretas.

D) somente a III está correta.

E) todas estão corretas


6. Sobre as questões que motivaram o empreendimento marítimo dos portugueses,
não é correto afirmar que:

A) o papel pioneiro de Portugal na expansão ultramarina está relacionado com a


intensificação da rota marítima comercial que contornava o continente europeu pelo
estreito de Gibraltar para chegar até o Mar do Norte.

B) a expansão marítima dos países da Europa deriva-se do desenvolvimento do


comércio continental europeu e de um novo sistema de relações internas que
integrava o Mar Mediterrâneo ao Mar do Norte, especialmente a partir da revolução
da arte de navegar

C) os portugueses, buscando se livrar da concorrência no continente europeu e


contando com suas vantagens geográficas empregaram seus esforços no comércio
com a costa Ocidental da África.

D) a riqueza das repúblicas italianas e dos mouros, originada do comércio com as


Índias, levou Portugal a desenhar um plano de navegação para atingir o Oriente
contornando a África.

E) o projeto econômico da Coroa lusitana de navegar em direção à Ásia contou com


os recursos financeiros da nobreza tradicional e da burguesia, ambas unidas por
uma aliança matrimonial para a consolidação precoce do Estado português.
ADMINISTRAÇÃO COLONIAL :
Papel da Igreja na colonização:
•Dividida por fases ou ciclos – representada por um
produto rei – Pau Brasil, Cana de Açúcar, Mineração.
• Pau Brasil:
• Estanco e Escambo;
• Principal arrendatário – Fernão de Noronha;
• Mão de obra – índia - escambo
• Não fixou o homem à terra; não promove o
povoamento;
• Atividade extrativa e itinerante;
• Já atendia as especificações do Mercantilismo.
CANA DE ACÚCAR :
• Determinou a colonização portuguesa no Brasil;
• Obedecia aos princípios do mercantilismo vigente na. Época;
• Cenário externo favorecia – demanda européia;
• Os holandeses foram os responsáveis pelo financiamento da
instalação dos engenhos na colônia e pelo transporte, refino e
comercialização do açúcar na Europa.
• PLANTATION – MERCADO EXTERNO / MONOCULTURA /
MÃO DE OBRA ESCRAVA NEGRA / LATIFÚNDIO;
• Formação de uma sociedade escravista - Unidade de produção
ENGENHO - conjunto formado pelas terras (canaviais, pastagens e
matas) e demais instalações onde se processava a produção do
açúcar, o engenho era o centro de gravitação da vida do mundo
açucareiro;
• teve sua decadência iniciada na segunda metade do século XVI,
diretamente relacionada à concorrência da produção antilhana.
• Volta a ser um produto de destaque um século depois, ou seja, no
final do século XVIII, dentro do Renascimento Agrícola.
- Vacância do trono português devido a morte de D.
Sebastião;
- Felipe II, monarca espanhol, assume o trono unindo as
duas coras;
CONSEQUENCIAS NO BRASIL:
-Fechamento dos portos ibéricos aos navios flamengos
desarticulando o comércio açucareiro;
- Invasões holandesas – Bahia e Pernambuco;
- litoral brasileiro foi marcado por ataques de corsários;
- 2ª Invasão Francesa – França Equinocial;
- supressão temporária do Tratado de Tordesilhas,
provocando uma expansão territorial;
- Bandeirismo. - incentivado pela interrupção do tráfico
negreiro no contexto das invasões holandesas – estímulo a
escravidão indígena.
- Presença inglesa – 1583 – Almirante Edward
Fenton entrou em Santos mas foi repelido;
- Noite de Natal de 1581 – Thomas Cavendish
ocupou Santos e exigiu pagamento de
resgate.No ano seguinte tentou novamente
com fracasso.
-Em 1587, ocorreu um ataque fracassado a
Salvador, chefiado por Robert Withrington. Em
1595, nova expedição comandada pelo inglês
James Lancaster atacou com grande sucesso
o povoado do Recife.
- França Antártica - Rio de Janeiro, em 1555, tentativa dos
franceses em estabelecer uma colônia em território
português;
- Foram chefiados por Nicolau Durand de Vilegaignon e
formaram uma união com os índios tamoios – Confederação
dos Tamoios;
- O contexto religioso também estava presente pois a
expedição estava inserida nas “fugas” de perseguições
religiosas da época.
- Vilegaignon formou com os indios Tamoios a Confederação
dos Tamoios.
- A invasão foi realizada no governo de Duarte da Costa e
forma expulsos no governo de Mem de Sá.
- A Confederação dos Tamoios foi desmontada com a ajuda
dos jesuítas Nobrega e Anchieta que fizeram com os índios o
armistício de Iperoig.
A França equinocial (1612-1615)
- Mesmo com a destruição da França Antártica, os
franceses continuaram a freqüentar o litoral Nordeste
do Brasil, estabelecendo várias bases, na Paraíba, no
Rio Grande do Norte e no Ceará, onde contavam com
o apoio dos indígenas.
- 1612 – expedição comandada por Daniel de La
Touche, funda o forte São Luiz, futura cidade do
mesmo nome.
- As tropas que derrotaram os franceses foram
inicialmente comandadas por Jerônimo de
Albuquerque e Martim Soares Moreno e
posteriormente Alexandre de Moura. Os franceses
foram expulsos em 1615.
- A Guerra entre Espanha e Holanda (1568-
1648);
- Desde 1551, Felipe II, da Espanha, intervinha
de forma marcante nas províncias flamengas,
sobre as quais possuía direitos legados por
herança de seu pai, o imperador Carlos V;
- 1568 – início das guerras de independência
das províncias flamengas;
- Tais acontecimentos sempre mantiveram as
relações entre Espanha e países baixos
ásperas.
A Invasão Holandesa na Bahia (1624-25)
Holandeses em Pernambuco (1630-54)
O Governo de Nassau (1637- 1644)
A Insurreição Pernambucana (1645- 1654)
Conseqüências das Invasões Holandesas

O bandeirismo
Movimento expansionista desenvolvido pela
população de São Paulo de Piratininga
deslocando-se para o interior da colônia,
durante boa parte do século XVII. Ao lado
deste, devem ser destacadas as entradas,
outro movimento de penetração de interior,
cujas diferenças, em relação ao primeiro, são
mais tradicionais do que efetivas: as entradas
teriam organização oficial e não
ultrapassariam a linha de Tordesilhas, entre
outras, ao contrário das bandeiras, que seriam
organizadas por particulares e não
respeitariam o Tratado de Tordesilhas.
-Decadência econômica de São Vicente;
-Pobreza e miséria dos habitantes de São
Vicente,
- Busca de novas riquezas, principalmente a
caça aos índios que eram vendidos como
escravos.
- Observação: o relevo e vegetação de São
Paulo também podem ser considerados como
m fatores que ajudaram na penetração para o
interior.
- A forma de viver do mameluco também foi
outro fator.
PREAÇÃO DE ÍNDIOS :
Busca de índios para serem vendidos como
escravos;
- O índio bravio foi trocado pelo índio aldeado
levando a um grande descontentamento dos
jesuítas;
Principais ações : 1612 e 1628, o bandeirante paulista
Manuel Preto atacou sucessivas vezes a missão jesuítica
de Guairá;
-1629, bandeira de Antônio Raposo Tavares, cuja
violência do ataque acabou obrigando os jesuítas a se
fixar em outras áreas como Tapes, no Rio Grande do Sul,
e Itatim, em Mato Grosso. Essas missões foram
destruídas entre 1637 e 1648 pelo mesmo Raposo
Tavares.
Bandeirismo de contrato – dedicava-se ao
combate de índios hostis (guerras justas) e à
captura de escravos negros fugitivos, eram
expedições essencialmente militares e
prestavam serviços à coroa e os grandes
proprietários de terra.
- Principais ações: contra indígenas,
ido Norte do Brasil -guerra dos
bárbaros - que culminou com a
destruição da Confederação dos
Cariris, no Ceará e Rio Grande do
Norte.
- Destruição do Quilombo dos
Palmares pelo bandeirante Domingos
Domingos Jorge Velho Jorge Velho
Prospecção ou busca do ouro
Principais ações:
1674 - Fernão Dias Pais, o "caçador de esmeraldas“,
não alcançou um grande sucesso, mas teve a
importância de ser o precursor;
1690 - Garcia Rodrigues Pais, seu filho, anunciava a
descoberta das primeiras jazidas auríferas;
1963 - Antônio Rodrigues Arzão encontrou ouro em
Caeté, seguido das descobertas das, por
1700 - Borba Gato descobriu as minas de Vila Rica
e de Sabará;
1719 – Pascoal Moreira Cabral descobre ouro em
Mato Grosso.
1725 - Bartolomeu Bueno da Silva, descobre as
minas dos Goiáses, no Centro Oeste brasileiro.
-No século XVII, teve início a expansão territorial,
interiorizando a colonização lusa, em que se
destacaram três figuras humanas: o bandeirante,
organizando as expedições de apresamento indígena
e de prospecção mineral; o vaqueiro.

Observação :
podemos considerar
também como fator de
interiorização a União
Ibérica e a ação dos
jesuítas na catequização Tratado de Tordesilhas
Área Ocupada
dos índios Interiorização
PARAÍBA - 1584, a ação portuguesa para conquistar a região
começou com Frutuoso Barbosa, que, depois das primeiras
derrotas, recebeu o apoio de uma esquadra espanhola,
comandada por Diogo Valdez. A fundação do forte de São
Felipe e São Tiago e da cidade de Filipéia de Nossa Senhora
das Neves, hoje João Pessoa, garantiu a incorporação dessa
região à colônia.
RIO GRANDE DO NORTE - Era um dos últimos redutos dos
franceses.
Manuel de Mascarenhas Homem, Alexandre de Moura e
Jerônimo de Albuquerque, foram os heróis da expulsão dos
invasores
- 1597- fundação do forte dos Reis Magos (atual Natal). que
se tornou o núcleo de ocupação da região. -
QUESTÕES:
1. No século XV, Portugal e Espanha deram início à expansão marítima européia, da qual
resultaram grandes impérios coloniais, a exemplo do Brasil. As afirmativas abaixo dizem
respeito às várias explicações acerca do expansionismo e dos descobrimentos portugueses
dos séculos XV e XVI. Analise-as e, a seguir, assinale a alternativa correta.

I. A busca por rotas comerciais alternativas na tentativa de escapar das altas taxas
cobradas pelos turco-otomanos, a partir do domínio estabelecido por eles no
Mediterrâneo oriental em 1453.

II. O desenvolvimento de instrumental tecnológico para navegação, a partir de


estudos realizados por cartógrafos, astrônomos, matemáticos e navegadores na
Escola de Sagres.

III. A aliança entre portugueses, venezianos e genoveses para fortalecer o


monopólio que mantinham sobre o Mediterrâneo, visando anular os prejuízos
causados pela invasão árabe na península Ibérica ocorrida naquele período.

IV. As aspirações da burguesia mercantil que havia consolidado a sua relação com
a Coroa durante a Revolução de Avis, entre 1383 e 1385, quando as forças de
Castela foram expulsas de Portugal e Dom João I assumiu o trono.
2. Inegavelmente, fatores políticos europeus influenciaram a História do Brasil ao
longo dos tempos. Em particular, a invasão holandesa no nordeste brasileiro
durante o século XVII está relacionada:

(A) à Guerra dos Cem Anos que colocou as terras flamengas sob a égide do
domínio britânico obrigando os holandeses a buscarem novas terras para alocar a
população perseguida.
(B) ao confronto entre lusitanos e castelhanos na região de fronteira de
Portugal. Esse conflito fragilizou as defesas da metrópole ibérica permitindo a ação
holandesa no Brasil.
(C) às Guerras de Reconquista contra os mouros que deixou os portugueses à
mercê do controle financeiro dos banqueiros holandeses.

(D) aos Atos de Navegação estabelecidos pelo governo inglês. Essa medida
prejudicou enormemente os interesses marítimos holandeses deixando a nação
flamenga com a única opção de ocupar as zonas produtoras de açúcar.

(E) à União Ibérica que atrapalhou os interesses holandeses no comércio do


açúcar levando o governo da Holanda a optar pela ocupação das zonas produtoras
no nordeste.
3. A máquina administrativa colonial portuguesa primou pelos zelos fiscais e pela
preservação da soberania lusitana sobre as terras brasileiras. Acerca dos
mecanismos de controle criados por Portugal, é correto afirmar:

(A) as câmaras municipais representavam a única manifestação autônoma da


colônia. Entre suas atribuições estava a possibilidade de contratar serviços, nomear
os capitães-mores e distribuir sesmarias.
(B) o Regimento Geral estabelecia as regras fiscais na própria Colônia. O
Regimento trazido pelos primeiros capitães-donatários determinava ainda os
direitos e deveres dos mesmos.
(C) o objetivo principal da criação do Governo Geral, estabelecido em
Salvador em 1549, era centralizar a administração metropolitana na própria
Colônia.
(D) tanto donatários como sesmeiros possuíam as mesmas obrigações fiscais,
oportunidades fundiárias e direitos arrecadatórios determinados pelas Cartas de
Doação.
(E) os "homens bons" representantes da elite colonial tinham seu poder muito
mais determinado pela quantidade de terras que possuíam do que pela quantidade
de escravos. Os forais regulavam o tamanho destas propriedades.
DEMARCAÇÃO DA COLÔNIA DE SACRAMENTO
PALCO DE INÚMERAS DISPUTAS TERRITORIAIS
A expansão da pecuária
• Da sua introdução nos engenhos do litoral nordestino,
o gado se expandiu em direção ao sertão, no primeiro
século e meio da colonização. Com isso, o Sertão do
Nordeste e o Vale do Rio São Francisco surgem como
as principais regiões pecuaristas da colônia, o que
garantiu a ocupação de um grande território do interior
brasileiro.
• Outra região que se voltaria também para a pecuária
seria o sul de Minas Gerais, já no século XVIII.
• O interior de São Paulo também foi beneficiado com
a pecuária cidades como Sorocaba serviam de
entreposto entre o sul e as regiões mineradoras.
• A produção de charque e couro também irão ter
grande impulso
A Restauração Portuguesa
• A Restauração foi marcada por importantes
modificações na política colonial, especialmente
no que se refere ao Brasil, uma das poucas fontes
de riquezas que ainda sobrava a Portugal.
• 1642, foi criado o Conselho Ultramarino – órgão
encarregado de centralizar toda a administração
do comércio português;
• O Fiscalismo se tornou mas repressivo;
• Criação de companhias de comércio a do
Maranhão e a do Brasil;
• Política agora marcada pela centralização e pelo
progressivo enrijecimento do pacto colonial;
• Medidas fizeram surgir ao primeiras
manifestações nativistas
MOVIMENTOS NATIVISTAS

• Não chegaram a reivindicar a


independência nacional, tratava-se de
manifestações contra medidas isoladas e
contrárias ao interesse dos colonos de uma
ou outra região brasileira.
• A Insurreição Pernambucana (1645-54)
contribuiu para o advento desses
movimentos, visto que durante a sua
ocorrência registrou-se a divergência entre
os interesses dos colonos e os objetivos
pretendidos pela Metrópole.
- Aclamação de Amador Bueno – O
homem que não queria ser Rei – SP – 164;

Amador
Bueno
Obs: Botada dos
Padres para fora.

Revolta de Beckman – Maranhão, 1684;

Guerra dos Emboabas – Minas Gerais,


1708/1709
Revolta de Felipe dos Santos (Vila Rica), Minas
Gerais, 1720;
Guerra dos Mascates – Pernambuco, 1710-12;
Outras: A revolta contra os governadores
No Rio de Janeiro, entre 1660 e 1661, ocorreu
uma revolta devida à forte política fiscalista
aplicada pelo governador português Salvador
Correia de Sá e Benevides. Seu líder foi Jerônimo
Barbalho, que, após ter deposto o governador
devido à decretação dos novos tributos, foi preso e
executado. Na Revolta de "Nosso Pai", em
Pernambuco (1664-65), também houve a rebelião
local contra o governador português Jerônimo de
Mendonça Furtado, alcunhado "Xumbrega",
acusado de corrupção e de ser conivente com os
franceses. Na realidade, nesse acontecimento já
havia indícios da rivalidade entre Olinda e Recife.
A mineração
• abrangeu basicamente o século XVIII,
com o seu apogeu entre 1750 e 1770.
• desenvolvida a partir do ouro de
aluvião, tendo como características o
baixo nível técnico e o rápido
esgotamento das jazidas.
•formas de exploração comuns
encontradas eram as lavras e a
faiscação. A utilizada era a mão-de-
obra escrava
Legislação, órgãos e tributos
• Regimento das Terras Minerais – disciplinava a
exploração;
• quinto - a quinta parte do que se extraía (20%) era
o imposto devido à metrópole.
• datas - porções das jazidas que representavam a
unidade de produção - e passadas para os
exploradores mediante o sistema de sorteio,
promovido pela Intendência das Minas, principal
órgão de controle e de fiscalização da mineração do
ouro.
• Casas de Fundição - que só vieram a funcionar em
1725, em Vila Rica - com a finalidade de transformar
o ouro em barras timbradas e quintadas.
A exploração dos diamantes
•1729, Bernardo da Fonseca Lobo descobriu
as primeiras jazidas diamantíferas no arraial do
Tijuco ou Serro Frio, hoje Diamantina.
• Em 1733, foi criado o Distrito Diamantino,
única área demarcada em que se podia
explorar legalmente as jazidas. A exploração
era livre, mediante o pagamento do quinto e da
capitação sobre o trabalhador escravo.
•1739, a livre extração cedeu lugar ao sistema
de contrato, que deu origem aos ricos
contratadores
CONSEQUÊNCIAS DA MINERAÇÃO
• AUMENTO POPULACIONAL;
• MERCADO INTERNO;
• TRANSFERÊNCIA EIXO ECONÔMICO
NORDESTE/SUDESTE
• URBANIZAÇÃO;
• INTENSIFICAÇÃO DO COMÉRCIO;
• MIGRAÇÃO ENTRE AS REGIÕES
BRASILEIRAS;
• ALTERAÇÃO NA ESTRUTURA SOCIAL
MAIOR MOBILIDADE E FLEXIBILIDADE;
• PENETRAÇÃO PARA O INTERIOR.
CULTURA MINEIRA

• Todo o conjunto de conseqüências,


anteriormente citadas, refletiu-se na
vida cultural e intelectual da
mineração, marcada por um notável
desenvolvimento artístico.

• Barroco Mineiro – Antonio Francisco


Lisboa Aleijadinho;

• Literatura – Arcadismo;

• Influência européia.
A COLÔNIA NO FINAL DO SÉCULO XVIII

• Renascimento Agrícola - século XVIII,


uma fase intermediária - de transição -
entre a mineração e o advento do café.
Causas: Revolução Industrial Inglesa;
• a guerra de independência dos EUA
suspendendo o fornecimento de algodão
para os ingleses
• guerras napoleônicas provocando
entraves no comércio indiano e egípcio
para os ingleses.
• crise na produção de gêneros tropicais antilhano.
• Por fim, a política do marquês de Pombal, ministro
do reino na época, previa uma recuperação de
Portugal, a partir dos lucros que a colônia pudesse
oferecer, novamente se organizando para abastecer o
mercado europeu. Para isso, com a garantia dos
monopólios pelo Estado, a burguesia mercantil lusa
organizou as companhias de comércio, importantes
para o investimento, estímulo e fomento das
atividades agrícolas de exportação na colônia. Foram
criadas as Companhias de Comércio do Grão-Pará-
Maranhão e do Pernambuco-Paraíba. A primeira foi
fundamental para o desenvolvimento da cotonicultura
maranhense.
Principais Produtos de Exportação
• Algodão, Cana de Açúcar, tabaco, cacau, anil, arroz.
• A partir de 1750, a política e a administração portu-
guesa conheceram grandes mudanças. Por vinte e
sete anos, o poder foi exercido por Sebastião José de
Carvalho e MeIo, o marquês de Pombal, ministro de
Estado de D. José I. Fortemente influenciado pelo
Iluminismo, Pombal se insere no quadro do
despotismo esclarecido, em que monarcas, sem
abandonar o poder absolutista, adotam algumas
práticas e princípios liberais. Daí, uma série de
medidas e reformas que acabaram por torná-lo uma
figura polêmica na História portuguesa.
REFORMAS POMBALINAS

• Século XVIII – mudança radical na administração portuguesa

- Sobe ao poder como ministro de


D. José, Sebastião José de
Carvalho e Melo – futuro Conde de
Oeiras e depois Marques de
Pombal.

-Encarnava em Portugal a figura do Déspota


Esclarecido, exercia amplo poder no reino e
ganhou grande prestígio quando da
reconstrução de Lisboa, que fora devastada
por um terremoto.
• Política – defendia o absolutismo, declarando-se a
favor da doutrina do direito divino dos reis, doutrina
que fez ensinar na Universidade de Coimbra.
• Economia – adotava o mercantilismo, procurava
aumentar a exportação e incrementar a indústria.
Pombal teve muitos opositores da alta nobreza e da
igreja – Pombal chegou a romper relações
diplomáticas como papa.
• O jesuítas perderam a direção da Universidade de
Coimbra, e no Brasil a direção das aldeias indígenas.
• as aldeias formaram vilas e os próprios índios
aldeados passaram a administrar as mesmas.
• Impôs o Diretório uma nova lei que foi considerado
um malogro no terreno da incorporação dos índios à
sociedade.
• Pombal contribuiu para a unidade do
Brasil, reformulando e reformando a
administração introduzindo princípios
centralizadores e coordenadores por
parte da coroa.
• A substituição dos Jesuítas na educação
foi feitas por professores leigos,
sustentados pelo subsídio literário –
imposto criado exclusivamente para este
fim.
• entrou em choque com a nobreza e com a Igreja,
detentores de privilégios seculares e outras vantagens,
típicas da sociedade do Antigo Regime.
•estimulou a recuperação das manufaturas nacionais
•A escalada de Pombal, marcada pelo anti-clericalismo,
típico do Iluminismo, teve início com a expulsão dos
jesuítas de Portugal e seus domínios,
•centralização e pelo fiscalismo.
• Foram criadas as aulas régias do ensino laicizado o
sistema de capitanias hereditárias foi extinto (1759), a
capital do Brasil foi transferida de Salvador para o Rio de
Janeiro (1763), o Maranhão uniu-se novamente ao Brasil,
agora reunificado politicamente e a escravidão indígena
foi abolida. Com isso, substituindo a ação dos jesuítas, foi
criado o Diretório dos Índios, cuja função era administrar
as missões indígenas.
• Morte de D. José – assume o trono português D.
Maria que procurou anular toda apolítica adotada
por Pombal – a VIRADEIRA
• Álvará de 1785 – proibição de manufaturas na
colônia.
TRATADOS E DEFINIÇÕES DAS FRONTEIRAS
Com o fim da União Ibérica começaram alguns
conflitos entre Portugal e Espanha em relação a
fronteiras, era necessário a demarcação das mesmas
fins acabar com conflitos.
Tratados de Utrech - Em 1713 foi reconhecido a
Portugal a soberania sobre as terras brasileiras
compreendidas entre os Amazonas e Oiapoque. Em
1715 acordou-se na restituição aos portugueses da
Colônia do Sacramento.
• Em 1750, os dois países assinavam o
Tratado de Madri, quando o representante
de Portugal, o luso-brasileiro Alexandre de
Gusmão, assumiu a defesa dos interesses
portugueses, a partir do princípio do uti
possidetis (direito de posse). Com este
tratado, ficava incorporada à colônia uma
área três vezes maior do que aquela fixada
por Tordesilhas, garantindo ao Brasil sua
configuração geográfica atual. Portugal
ficava sem Sacramento mas incorporava
os Sete Povos das Missões.
• A região dos Sete Povos era
ocupada pelos índios guaranis e
pelos jesuítas, que não quiseram
a presença dos portugueses o que
desencadeou a Guerra
Guaranítica.
• O Convênio de El Pardo (1761)
anulava o Tratado de Madri na
parte do sul do Brasil.

1777 – Tratado de Santo Idelfonso onde Sacramento e


Sete Povos ficariam para a Espanha, Portugal aceita para
poder recuperar Santa Catarina que tinha sido ocupada
pelos espanhóis.
UTRECH 1713 1715

BADAJÓS SANTO IDELFONSO


CULTURA E SOCIEDADE COLONIAL:

• Primeiro documento literário – Carta de Pero Vaz de


Caminha – registrava o primeiro contato com a terra.
• Século XVI – registro da vida cotidiana na colônia,
Pero de Magalhães Gandavo autor do Tratado da
Terra do Brasil e Gabriel Soares de Sousa autor de
Tratado Descritivo do Brasil.
• Século XVII – Frei Vicente do Salvador escreveu a
primeira História do Brasil, Gregório de Matos – poeta
satírico versos com grande dose de moralidade,
Rocha Pita escreveu História da América Portuguesa;
Frei Gaspar da Madres de Deus descreve em suas
memórias a vida em São Vicente.
• No século XVIII surge a Escola Mineira destaque
na literatura era representada pelos ilustres
Cláudio Manoel da Costa, Tomaz Antonio
Gonzaga, Alvarenga Peixoto e outros.
• Arquitetura, escultura e pintura foram
desenvolvidas nas igrejas, etilo barroco foi o
preponderante, a figura de maior importância foi
Aleijadinho.
• A sociedade colonial, do nordeste açucareiro era
ruralizada, patriarcal, elitista, escravista e marcada
pela imobilidade social.
• A Mineração faz emergir uma sociedade mais
aberta, heterogênea e marcada por uma certa
mobilidade social.
REVOLTAS EMANCIPACIONISTAS:
 Século XVIII (final) e XIX (início).

 Objetivo: separação de Portugal


(independência).
 Nacionalistas.

 Influenciadas pelo iluminismo, independência


dos EUA e Revolução Francesa.
 Inconfidência Mineira (1789):

 Causas: esgotamento do ouro, crise econômica,


exploração abusiva de POR (impostos, derrama,
proibição de produção de manufaturados na colônia –
Alvará de D. Maria I).
 Penetração de ideais iluministas.
 Líderes: elite mineira
(Cláudio Manuel da Costa,
Tomás Antônio Gonzaga,
Alvarenga Peixoto, Joaquim
José da Silva Xavier – o
“Tiradentes”).
 Objetivos: proclamação da
República, fim do pacto
colonial, estímulo ao
desenvolvimento de
manufaturas, criação de uma
Universidade, bandeira com a
inscrição “Libertas quae sera
tamen” (Liberdade ainda que
tardia).
 Denunciada por Joaquim Silvério
dos Reis.
 Líderes presos e degredados para
a África.
 Tiradentes é enforcado e
esquartejado (exemplo).
 Conjuração Carioca (1794):
 Manifestações contrárias ao absolutismo.
 Ideais iluministas (Sociedade Literária).
 Líderes presos e libertados a seguir por falta de provas.
 Sociedade Literária é fechada.

 Conjuração Baiana ou Revolta dos Alfaiates (1798):


 Causas: extrema pobreza e desigualdades sociais.
 Objetivos: independência, República, liberdade de
comércio, igualdade em todos os níveis, abolição da
escravidão.
 Influência da Revolução Francesa (Liberdade –
Igualdade – Fraternidade).
 Líderes: João de Deus Nascimento, Manuel Faustino
dos Santos (alfaiates e mulatos), Luís Gonzaga das
Virgens, Lucas Dantas Amorim Torres (soldados e
mulatos), entre outros. Todos pobres.
 Ampla participação popular.
 Repressão intensa de POR.
COMPARAÇÃO ENTRE AS
CONJURAÇÕES MINEIRA E BAIANA

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