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Portanto, o fim de uma língua é um estágio natural do fim de uma cultura, de uma
civilização. Mesmo com o fim de Roma, não podemos afirmar ser o latim é uma língua
completamente morta, afinal ela vive nas suas variações modernas, e, como língua de
cultura e estudo, ainda é cultivada em setores acadêmicos e religiosos.
REFERÊNCIAS
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GUIMARAES, Eduardo. A língua portuguesa no Brasil. Cienc. Cult., São Paulo , v.
57, n. 2, p. 24-28, June 2005 . Available from
<http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-
67252005000200015&lng=en&nrm=iso>. access on 02 Mar. 2021.
Até que ponto os empréstimos comprometem o ‘status de língua oficial’? Leia sobre o
assunto e argumente seu posicionando, justificando com ideias de autores
reconhecidos academicamente que discutem sobre o tema em questão.
Temos de ser justos e esclarecer que os empréstimos linguísticos não podem ser
prejudiciais em si. Muito pelo contrário, conforme sustentam Ferreira e Gomes
(2017) muitos desses empréstimos surgem de uma necessidade prática, para solucionar
um "vazio" ou a falta de um termo no léxico de uma língua. Nessa perspectiva, a
incorporação de um termo estrangeiro tende a fortaleceê-la e não enfraquecê-la, na
medida que a torna mais completa. Este pode ser um intercâmbio interessante já que
as línguas, por serem elas mesmas o meio por onde flui a cultura de um povo, tende
a ser construída "à imagem e semelhança" desse mesmo povo. Mário de Andrade (2014)
reconhecia que o português europeu era "riquíssimo em termos náuticos mas pobre em
termos musicais", por isso é natural que muitos dos termos musicias que hoje
empregamos sejam empréstimos do Italiano ou da França. Este, no entanto, é apenas
um exemplo.
Não são estes fenômenos sofridos exclusivamente pelo português, da mesma forma que
as influências não partem de uma fonte única, da língua inglesa por exemplo.
Sofremos historicamente influências externas e internas que expandiram o léxico do
nosso idioma até o status atual. Muitos dos nossos termos nos vieram desde o
espanhol (aluguel, caudilho, sombreiro, etc.) o francês (abajur, bibelô, bidê,
etc.) a multidão de línguas indígenas que aqui se falava antes da colonização. Além
disso, somos fortemente influenciados pela sonoridade das línguas de matizes
africanas. Além disso, não podemos dizer que não há criatividade local ao se
incorporar um termo estrangeiro, já que, "além da adaptação fonética, o item
estrangeiro pode sofrer adaptações ortográficas e/ou morfológicas para atender aos
padrões normativos da língua receptora".(FERREIRA E GOMES, 2017, p. 04)
É claro que, assim como o latim durante o império romano espalhava suas conquistas
culturais através de seus reinos, o inglês vem se consolidando mundialmente como
uma espécie de língua universal e que, de acordo com o grau de abertura ou
resistência à mudanças de cada cultura por ela influenciada, tem impresso marcas
definitivas nos idiomas ao redor do mundo. Isso não é diferente com o português,
sobretudo em nichos do léxico relacionados às áreas de tecnologia e inovação
científica, áreas as quais os EUA tem soberania absoluta no mundo. Em alguns nichos
(como nos negócios e na tecnologia) os falantes se comunicam numa espécie de língua
híbrida em que termos ingleses aparecem em quase pé de igualdade com palavras
portuguesas.
Referências
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ANDRADE, Mário de. Terminologia Musical in Música, Doce Música. Nova Fronteira
(2014)
FERREIRA, Giselle Vasconcelos dos Santos; Gomes, Nataniel dos Santos. Empréstimos
Linguísticos no Português do Brasil: Uma Análise da Língua Falada no Programa
"Navegador". Disponível em: http://www.filologia.org.br/rph/ANO23/67supl/034.pdf.
Acesso em: 04/04/2021.
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Durante a colonização do Brasil, a Língua Portuguesa foi imposta como Língua
oficial, no entanto, sabemos que o PB difere do Português de Portugal. Como isso se
justifica? O que contribuiu para que houvesse essa diferenciação?
Como pudemos atestar da leitura do fascículo (2009), havia no Brasil mais de mil
línguas autóctones de vários grupos linguísticos no início da colonização. Mas a
matriz nativa iria ser suplantada a partir de 1731 com a primeira expedição oficial
de Martim Afonso. A nem sempre coridal, mas profunda mistura entre as línguas
nativas o e português europeu duraria até o fim do século dezoito no esforço
colonizador em busca de pedras preciosas e que resultaria nos núcleos urbanos e nos
topônimos atuais (nomeados, ou em homenagem a santos católicos ou com termos
indígenas). Gilberto Freyre (2005) destaca que a facilidade de aclimatação, a
adaptação a um novo regime de climas e chuvas, a ausência de critérios raciais em
Portugal, fizeram com que o Português (em comparação ao espanhol) pudesse mais
profundamente se misturar com a cultura local.
Referências
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Ali, Said. Dificuldades da língua portuguesa 7. ed. – Rio de Janeiro: ABL :
Biblioteca Nacional, 2008. 260p.
FREYRE, Gilberto. Casa Grande & Senzala: formação da família brasileira sob
regime de economia patriarcal. São Paulo: Global, 2005
Silva, Francisca Núbia Bezerra e História da língua portuguesa / Francisca Núbia
Bezerra e Silva. – Recife: UPE/NEAD, 2009. 66 p.: il. – (Letras).
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o que motiva a supremacia de alguns dialetos? Existe um “ falar bonito e certo” em
detrimento de um “falar feio e errado” ou existem maneiras de falar diferentes?
A supremacia de alguns dialetos em relação a outros tem mais a ver com interesses
oficiais da elite cultural do território onde a língua de prestígio se difunde do
que pela preferência linguística dos falantes. Nesse ponto do curso temos
consciência de ter havido no Brasil mais de mil línguas autóctones de vários grupos
linguísticos no início da colonização. A mistura entre as línguas nativas o e
português europeu duraria até o fim do século dezoito no esforço colonizador em
busca de pedras preciosas e que resultaria nos núcleos urbanos e nos topônimos
atuais (nomeados, ou em homenagem a santos católicos ou com termos indígenas).
Sabemos também que foi apenas com as reformas pombalinas que o ensino de Português,
inaugurado pelos Jesuítas dentro da tradição vernácula latina, se desenvolveu aqui
no Brasil como corpo de ensino independente tendo o português europeu como norma
padrão e língua oficial do território. Mais tarde, no século XX no Brasil, foi
marcado pelo empreendimento Estatal de ensino obrigatório universal.
"a crença de que só existe,(...), uma única língua portuguesa digna deste nome e
que seria a língua ensinada nas escolas, explicada nas gramáticas e catalogada nos
dicionários. Qualquer manifestação lingüística que escape desse triângulo escola-
gramática-dicionário é considerada, sob a ótica do preconceito lingüístico,
'errada, feia, estropiada, rudimentar, deficiente', e não é raro a gente ouvir que
'isso não é português'. (BAGNO, 2015; p. 40)
Referências
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Bagno, Marcos. Preconceito Linguístico: o que é, como se faz. São Paulo: Parábola
editorial, 2015. 352p
Silva, Francisca Núbia Bezerra e História da língua portuguesa / Francisca Núbia
Bezerra e Silva. – Recife: UPE/NEAD, 2009. 66 p.: il. – (Letras).
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A língua Portuguesa no Brasil - eduardo Guimaraes
1) até a saída dos holandeses em 1654 - português nos oficios do reino.
2) até 1808 - três culturas (negra, indígena, portuguesa)
3) até 1824 - Impacto de D João VI
4) desde 1824 - instituição das gramáticas, língua oficial, José de Alencar.