Você está na página 1de 10

Escola Secundaria Joaquim Chissano de Boane

Disciplina: Língua Portuguesa

Trabalho em Grupo

12ª classe; Turma 3B1

Curso: Diurno

2º Grupo

Nomes de Alunos:
1. Bernardino Pedro

2. Cristina Nelson

3. Lúcia Jonas

4. Joana Cláudio

Docente: dr. Olavo Mazuze

Boane, julho 2023


Índice

Introdução ......................................................................................................................... 3

1 A Origem da Língua Portuguesa ............................................................................... 4

1.1 Fases da evolução da Língua Portuguesa .......................................................... 5

2 Variação Linguística ................................................................................................. 5

2.1 Tipos de variação linguística. ............................................................................ 5

3 Geografia da Língua Portuguesa ......................................................................................... 6

3.1 Surgimento da língua portuguesa em Brasil................................................................. 6

3.2 Surgimento da Língua Portuguesa em Moçambique ................................................. 8

4 Distinção da Língua portuguesa moçambicano e Língua portuguesa brasileira ....... 8

4.1 Fonologia ........................................................................................................... 9

Bibliografia sumária ....................................................................................................... 10


Introdução

O presente trabalho tem como Tema principal a história e evolução da língua portuguesa
no mundo, dentro deste Tema iremos abordar fases da evolução da língua portuguesa,
suas variações; Geografia da língua portuguesa, o surgimento da língua portuguesa em
Brasil e em Moçambique e por a sua distinção na função sintática, semântica e fonológica.

O objetivo deste trabalho é demonstrar a origem e evolução histórica da Língua


Portuguesa.

Neste trabalho procuramos refletir sobre a história da Língua Portuguesa a partir da língua
que lhe deu origem, a Língua Latina. A língua, além de ser o meio do ser humano se
interar com o outro, é por meio dela também que foi possível toda a publicação que temos
da história mundial e da literatura

3
1 A Origem da Língua Portuguesa

Do latim aos primeiros textos em galego-português (século XIII) Os primeiros textos


escritos em português surgem no século XIII. Nessa época, o português não se distingue
do galego, falado na província (hoje espanhola) da Galícia. Essa língua comum o galego
português ou galaico-português é a forma que toma o latim no ângulo noroeste da
Península Ibérica

A origem da língua portuguesa está ligada ao latim – língua falada pelo povo romano,
que se situava no Lácio, pequeno Estado da Península Itálica. A transformação do latim
em língua portuguesa se deu por consequência de conflitos e transformações político
histórico-geográficas desse povo. Isso aconteceu por volta do século III a.C., quando os
romanos ocuparam a Península Ibérica por meio de conquistas militares e impuseram aos
vencidos seus hábitos, suas instituições, seus padrões de vida e, principalmente, sua
língua, que reflete a cultura.

Existiam duas modalidades de latim: o vulgar e o clássico. O latim vulgar, de vocabulário


reduzido, falado por aqueles que encaravam a vida fazendo uso de uma linguagem sem
preocupações estilísticas na fala e na escrita, era dotado de variação linguística notável,
por ser uma modalidade somente falada; era, pois, suscetível a frequentes alterações. O
latim clássico caracterizava-se pela erudição da oralidade e das produções textuais de
pessoas ilustres da sociedade e de escritores; era uma linguagem complexa e elitizada.
Das duas modalidades existentes, era imposta aos povos vencidos a modalidade vulgar,
pois essa fora a língua predominante dos povos navegantes que exploravam novas terras
para novas conquistas.

Decorridos alguns séculos, o latim predominou sobre as línguas e dialetos falados em


várias regiões. Dessa maneira, formaram-se diversas línguas dentro da região de domínio
de Roma, ou seja, do Império Romano; aí se originaram as línguas românicas, também
chamadas de neolatinas (dizem-se românicas todas as línguas que têm sua origem no latim

e que ocupam parte do território conquistado pelos romanos), das quais nossa língua
portuguesa é oriunda.

4
1.1 Fases da evolução da Língua Portuguesa
A evolução da língua é dividida em cinco períodos:

I. Pré-românico: surgidas a partir do latim vulgar (sermo vulgaris). O latim vulgar


foi o idioma levado pelos soldados para as áreas conquistadas no Império Romano
porque era a língua oficial de Roma.
II. Românico: são as línguas que resultaram da diferenciação ou do latim levado
pelos conquistadores romanos. Com as sucessivas transformações o latim é
substituído por dialetos. Desses, da transição iniciada no século V, surgem quatro
séculos depois as demais línguas românicas: francês, espanhol, italiano, sardo,
provençal, rético, franco-provençal, dálmata e romeno. O português surge no
século XIII.
III. Galego-português: foi o idioma da Galiza, na atual Espanha, e das regiões
portuguesas do Douro e Minho. Permanece até ao século XIV.
IV. Português Arcaico: é o idioma falado entre o século XIII e a primeira metade do
século XVI. É nesse período que começam os estudos gramaticais da língua
portuguesa.
V. Português Moderno: é o idioma falado atualmente no Brasil e nos demais países
lusófonos.

2 Variação Linguística

Variação linguística é o fenômeno comum às línguas de apresentar variações em função


da época, região, situação de uso e das particularidades dos falantes. A língua usada por
um grupo social específico, com características próprias, constitui uma variedade
linguística. Sendo assim, falar de padrão linguístico uniforme é pura ilusão, visto que as
línguas são heterogêneas.

2.1 Tipos de variação linguística.

i. A variação diatópica;
ii. A variação diafásica;
iii. A variação diastrática (ou social);
iv. A variação diacrônica.

5
1. A variação diatópica é a variação regional. É uma mesma língua sendo falada de
forma diferente dependendo da localidade;
2. A variação diafásica é a variação que ocorre em situações de fala (situacional).
A mesma pessoa muda a sua maneira de falar dependendo do ambiente (formal
ou informal);
3. A variação diastrática (ou social) se refere às diferenças entre os estratos
socioculturais, ou seja, são as variações que acontecem de um grupo social para
outro. Relaciona-se a um conjunto de fatores que têm a ver com a identidade dos
falantes e também com a organização sociocultural da comunidade de fala. Assim,
é possível apontar alguns fatores relacionados às variações de natureza social: a)
classe social; b) idade; c) sexo;
4. A variação diacrônica (ou histórica) ocorre através do tempo. São as pessoas do
mesmo grupo social ou da mesma região mudando a maneira de falar com o
decorrer dos anos.

3 Geografia da Língua Portuguesa


Como consequência direta da Expansão marítima dos séculos XV e XVI, a língua portuguesa
é difundida por três novos continentes: América, África e Ásia. A presença e, em alguns
casos, o domínio dos portugueses em regiões destes continentes foram o fator responsável
por a língua portuguesa ter sido adotada como o idioma oficial.O português falado em cada
um dos territórios do antigo império adquiriu naturalmente traços próprio

3.1 Surgimento da língua portuguesa em Brasil

Portugal ficou conhecido pelas grandes navegações que realizara. No século XV e XVI,
pelos movimentos colonialistas e de propagação do catolicismo, Portugal espalhou pelo
mundo a língua portuguesa. Como, então, chegou a este solo essa língua navegante?

Ao Brasil, a língua portuguesa foi trazida no século XVI em virtude do “descobrimento”.


O português era imposto às línguas nativas que havia aqui como língua oficial ou
modificava-se dando origem a outros dialetos. Mas houve um longo processo para que o
português se fixasse no território brasileiro.

Quando os portugueses desembarcaram na costa brasileira, estima-se que havia aqui


1.200 povos indígenas; falavam-se aproximadamente mil línguas. Além dessa
diversidade étnica e linguística, foram trazidos cerca de 4 milhões de africanos de diversas

6
culturas para trabalhar como escravos. Essa pluralidade linguístico-cultural fortaleceu as
bases da construção da identidade do português brasileiro. Isso se deu em detrimento dos
interesses políticos e comerciais de Portugal, que tomara algumas medidas radicais, entre
elas a proibição do uso das línguas gerais (diz-se língua geral aquela falada no Brasil
colonial como língua de contato entre índios, portugueses e seus descendentes) e a
imposição do português como língua oficial.

O contato entre indígenas, africanos e os imigrantes vários que vieram de algumas regiões
da Europa favoreceu o chamado multilinguismo. Além da fase bilíngue pela qual passara
o português, o multilinguismo contribuiu (e ainda contribui) para a formação identitária
do português brasileiro.

Sabe-se, por exemplo, que o léxico de uma língua não é estático, está aberto a novas
incorporações: aceita o apagamento de algumas palavras ou a substituição de outras. Esse
fenômeno ocorreu (e ainda ocorre) com muita frequência no nosso idioma. As línguas
indígenas, por exemplo, contribuíram para o enriquecimento vocabular da botânica
(nomes de plantas), da fauna (nomes de animais), da toponímia (nomes de lugares) e da
onomástica (nomes de pessoas) do português do Brasil. Justifica-se ainda o
multilinguismo com a forte influência das línguas e dialetos africanos que chegaram ao
Brasil; tal influência incrementou, por exemplo, a linguagem religiosa do candomblé,
uma manifestação da cultura africana.

A implantação do português no Brasil é marcada por quatro momentos, períodos


significativos para esse processo de implantação:

i. O primeiro momento vai da colonização até a saída dos holandeses do Brasil, em


1654;
ii. o segundo vai daí até a chegada da Família Real portuguesa ao Brasil, em 1808;
iii. o terceiro finda com a independência do Brasil, em 1822.
iv. Por fim, o quarto momento se inicia em 1826, com a transformação da língua do
colonizador em língua da nação brasileira.

O português brasileiro sofreu profundas mudanças para chegar ao português que se fala
nestas terras hoje. Entretanto, ainda está no processo de construção de sua própria
identidade.

7
3.2 Surgimento da Língua Portuguesa em Moçambique

Língua Pportuguesa em Moçambique chegou por meio da colonização ocorrida nos


séculos XV. A sua implementação encontrou uma resistência profunda por parte dos
nativos devido a existência de uma diversidade linguística enorme em diferentes etnias,
em diferentes regiões espalhadas pelo extenso país (801.590 km²). As línguas faladas
nesse período eram ágrafas, sem escrita e a oralidade tinha maior prestígio no seio da
população. A chegada dos primeiros exploradores criou mudanças consideráveis na vida
dos moçambicanos, sobretudo nas suas línguas nas grandes cidades. Para que o sistema
colonial ganhasse espaço era necessário ensinar a LP aos moçambicanos, fato que não
teve muito êxito porque os colonizadores não tinham muito interesse em ensinar, até
porque não eram professores, nem acadêmicos na sua maioria, porque se assim fosse não
teríamos 1,2% de moçambicanos que falam português em 1980, quer dizer, 5 anos após
a independência. Os colonos eram simplesmente militares, agricultores, pescadores e até
prisioneiros. Hoje, o número de falantes do português como língua segunda aumentou
para pouco mais de 10,7%, mas as características se distanciam com o português europeu,
da metrópole.

4 Distinção da Língua portuguesa moçambicano e Língua portuguesa brasileira

A Língua Portuguesa apresenta algumas diferenças quanto à utilização que dela se faz em
alguns países do mundo. Entre o português falado em Moçambique (PM) e o português
falado no Brasil (PB), por exemplo, existem algumas diferenças. Vamos analisar com
mais pormenor algumas dessas diferenças.

Por exemplo, enquanto no PM dizemos «Hoje, a Maria não apareceu por aqui», no PB
diz-se «Hoje, Maria não apareceu por aqui».

Portanto, o que há de diferente nas duas construções é que na primeira construção (PM)
temos o artigo a anteceder o substantivo ou nome (Maria), ao passo que na segunda
construção (PB), verifica-se que o substantivo ocorre sem nenhum artigo a antecedê-lo.

Podemos, assim, depreender deste exemplo que no PB omitem-se os artigos, ou seja, os


substantivos ou nomes ocorrem sem determinantes ou artigos a antecedê-los, enquanto
no PM não se verifica tal irregularidade.

8
4.1 Fonologia
Em muitos aspectos fonológicos, o português de Moçambique assemelha-se ao português
falado no Brasil, como por exemplo no final das palavras terminadas em 'e' passa para 'i'
em vez de 'ɨ' como em Portugal (por exemplo [felisidádi] em vez de [fɨlisidádɨ]). Outros
aspectos da pronúncia das palavras do português moçambicano é a supressão do fonema
/r/ final (exemplificando, estar lê-se [eʃ'tá] em vez de [eʃ'táɾ]) e a supressão de vogais não
acentuadas não é tão forte como em Portugal.

Tomando como base os exemplos acima apresentados, podemos salientar que, quanto ao
nível morfológico e sintáctico, no PB é habitual, antes do possessivo pronominal, a
ausência do artigo. Pelo contrário, no PM temos sempre o artigo a anteceder o possessivo
pronominal, salvo nos casos em que a frase é construída incorretamente. As regras,
porém, ditam a colocação do artigo antes do possessivo pronominal ou antes do
substantivo.

9
Bibliografia sumária

I. DIAS, AUGUSTO EPIFANIO DA SILVA, Sintaxe Histórica Portuguesa, 1ª ed.,


Clássica Editora, 1918; 4ª ed., Clássica Editora, 1959.

II. NETO, SERAFIM DA SILVA, Introdução ao Estudo da Filologia Portuguesa, 1ª


ed., Companhia Editora Nacional, São Paulo, 1956; 2ª ed., Grifo, Rio de Janeiro,
1976.

III. NUNES, JOSÉ JOAQUIM, Compêndio de Gramática Histórica Portuguesa, 1ª


ed., Clássica Editora, Lisboa, 1919; 6ª ed., Clássica Editora, Lisboa, 1960.

IV. Google académico.

10

Você também pode gostar