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HEFSIBA-INSTITUTO SUPERIOR CRISTÃO

DELEGAÇÃO DE MOCUBA
Faculdade de Psicologia

1o Ano, T,B

Jornês Luís Francisco


Fernando Raimundo Mulharo
Laurinda Francisco João
Matilde Fernando Mário
Mineses Vasco J. Intama

ÉTICA
Tipos de Ética

Mocuba
2023
HEFSIBA-INSTITUTO SUPERIOR CRISTÃO

DELEGAÇÃO DE MOCUBA

Faculdade de Psicologia

ÉTICA

Tipos de Ética

Trabalho de Formação Espiritual e Ética, a ser


apresentado para fins avaliativos, com submissão na
Coordenação do Curso de Licenciatura em Psicologia
do ISC.

Docente: Alfredo Caputerra

Mocuba

2023
Índice

1.Introdução................................................................................................................................4

1.1. Objectivos.........................................................................................................................5

1.1.1. Objectivo geral..............................................................................................................5

1.1.2. Objectivos específicos...................................................................................................5

2.Ética.........................................................................................................................................6

3. Moral.......................................................................................................................................7

3.1. Moral e Filosofia..............................................................................................................8

3.2. Amoral e Imoral...............................................................................................................8

4. A Ética Profissional................................................................................................................8

5. Deontologia.............................................................................................................................8

5.1. Significado etimológico...................................................................................................8

5.2. Significado filosófico.......................................................................................................9

5.3. Conceito...........................................................................................................................9

6. Ética hedonista........................................................................................................................9

6.1. História do hedonismo.....................................................................................................9

6.2. Hedonismo em nossos dias............................................................................................10

6.3. Hedonismo epicurista.....................................................................................................10

6.4. Tipos de hedonismo.......................................................................................................11

7. Utilitarismo...........................................................................................................................12

7.1. O utilitarismo e John Stuart Mill....................................................................................12

8. Conclusão..............................................................................................................................13

9. Referências bibliográficas.....................................................................................................14
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1. Introdução

O presente trabalho, surge no âmbito da avaliação na cadeira de Técnicas de


Expressão, como forma de responder as demandas da docente da cadeira. O trabalho reflete e
discute algumas abordagens históricas da língua portuguesa e a língua que lhe deu origem: o
Latim. Seu processo de transição, tal como algumas repercussões pontuais a esta pesquisa.
Um estudo crucial não só para saciar a curiosidade intelectual, mas também, apresentar um
pouco da história desta língua, partindo das raízes latinas na Europa até o português moderno.
Trata-se de um trabalho feito a partir de contribuições (de estudantes de psicologia do
HEFSIBA Instituto Superior Cristão) recolhidas de diversas fontes que lhe serão mencionadas
oportunamente. No entanto, pedimos antecipadamente desculpas por eventuais erros e
omissões e convidamos todos a acrescentarem suas observações e sugestões.

1.1. Objetivos
No que diz respeito aos objectivos, o presente trabalho segue-se dos seguintes objectivos:
gerais e específicos.

1.1.2. Objetivo Geral

-Compreender o processo de transição da língua portuguesa

1.1.3. Objetivos Específicos

-Analisar o itinerário histórico da língua portuguesa e discutir o seu processo


evolutivo.

-Descrever as influências das línguas que estiveram na sua gênese.

-Discutir as divergências fonológicas de região para região.


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2. Origem e história da língua portuguesa

2.1. Origem da língua portuguesa

“Uma língua constitui um sistema vivo de comunicação, que visa o entendimento e a


compreensão entre os falantes. Dessa forma, a língua é um instrumento de interação de uma
sociedade, e como tal, está em frequente transformação”. (RICARDO, 2013, p. 1).

Portanto, a língua é uma ferramenta susceptível a acréscimos de vocabulários durante o seu


desenvolvimento para fazer menção dos novos conceitos.

O português surgiu da mesma língua que originou a maioria dos idiomas europeus e
asiáticos.
Com as inúmeras migrações entre os continentes, a língua inicial existente acabou
subdividida em cinco ramos: o helênico, de onde veio o idioma grego; o românico, que
originou o português, o italiano, o francês e uma série de outras línguas denominadas
latinas; o germânico, de onde surgiram o inglês e o alemão; e finalmente o céltico, que deu
origem aos idiomas irlandês e gaélico. O ramo eslavo, que é o quinto, deu origem a outras
diversas línguas atualmente faladas na Europa Oriental. (SOPORTUGUES,2007).

A origem da língua portuguesa associa-se ao latim, língua falada pelo povo romano que vivia
na Península Itálica, atual região da Itália.
O latim era a língua oficial do império romano. Segundo SANTANA (2023), existiam duas
variantes da língua latina:
 Latim clássico: usado pela camada mais alta do Império Romano e pelo clero,
escritores e poetas; e utilizado na produção escrita e no ensino escolar.
 Latim vulgar: falado pela população em geral (soldados, comerciantes romanos,
artesãos, agricultores etc.).

De acordo com Tufano (1983, p.66), “Com o tempo, Roma foi crescendo e, à medida que
conquistava novos povos, impunha o latim como meio de comunicação obrigatório,
transformando-o assim em língua oficial por toda a extensão do longo império romano. ”

Com a expansão do Império Romano, a língua latina sobrepôs-se às demais línguas existentes
na região da Península Ibérica. A variante latina imposta aos povos dominados e às regiões
conquistas foi o latim vulgar, a língua falada pelos soldados e colonos romanos que ali
chegavam.
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“O domínio cultural e político dos romanos na península Ibérica impôs sua língua, que,
entretanto, mesclou-se com os substratos linguísticos lá existentes, dando origem a vários
dialetos, genericamente chamados romanços (do latim romanice, que significa "falar à
maneira dos romanos"). Esses dialetos foram, com o tempo, modificando-se, até constituírem
novas línguas: as línguas românicas: português, espanhol, francês, italiano, catalão e romeno.
” (BELBRITTO, 2014, p. 2).

“Vários povos antes dos romanos nela se haviam fixado. [...]. Com efeito, é bastante confusa
a história da Península antes da conquista romana. ” (COUTINHO, 1976, p. 46).

Podemos concluir que apesar da significativa influência do latim, a formação da língua


portuguesa se deve também a outros fatos históricos, pois antes e depois dos romanos, outros
povos se fixaram na península e deixaram suas marcas e suas influências.

“É importante destacar que no século VIII, a Península Ibérica foi novamente invadida. Dessa
vez, pelos povos árabes. Entretanto, a presença da língua árabe como língua oficial não
suprimiu a língua latina – já modificada pelos povos que ali viviam na região ibérica.
Contudo, não se pode negar a influência cultural e literária dos povos árabes na constituição
do galego-português. ” (SANTANA, 2023).

Mais tarde, já no século XI, com a expulsão dos árabes, o galego-português consolidou-se
como a língua falada na região da Península Ibérica. Com o passar do tempo, as diferenças
entre o galego e o português se acentuaram de forma que o português se consagrou como
língua da nação portuguesa e o galego como uma variante linguística do espanhol.
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2.2. História da língua portuguesa

Os primeiros textos escritos em português surgem no século XIII. Nessa época, o português
não se distingue do galego, falado na província (hoje espanhola) da Galícia. Essa língua
comum — o galego-português ou galaico-português — é a forma que toma o latim no ângulo
noroeste da Península Ibérica. (TEYSSIER, 2014, p.6).

“A língua portuguesa não é uma invenção ou uma criação, mas uma formação. Essa formação
da língua portuguesa pode ser observada ao longo da história de Portugal. ” (SANTANA,
2023).

Entretanto, como vimos anteriormente, é difícil identificar qual ou quais línguas eram faladas
na região da Península Ibérica na Antiguidade. Entretanto, sabe-se que no século III a.C, o
Império Romano, invadiu a região ibérica e impôs o uso do latim vulgar.

2.2.1. Separação do galego

O galego começa a isolar-se do português desde o século XI com obras em prosa de


que a Crônica Troiana é um dos melhores exemplos. Entre 1350 e 1450 houve na
Galícia uma segunda floração lírica, da qual os portugueses não participaram. Mas a
partir do século XVI o galego deixa de ser cultivado como língua literária e só
sobrevive no uso oral. Sofre, além disso, uma série de evoluções fonéticas que vão
afastá-lo cada vez mais do português: ensurdecimento das fricativas sonoras escritas z,
-s- e j (ex.: cozer, coser, já), que se confundem com ç, -ss- e x; pronúncia interdental
do antigo ç; transformação, em toda a parte ocidental da Galícia, de g oclusivo em
uma fricativa velar surda idêntica ao jota do espanhol contemporâneo (trata-se do
fenômeno chamado geada), etc. Ao mesmo tempo, acentuam-se no interior do galego
algumas diferenças dialetais, e o vocabulário é invadido de hispanismos. (TEYSSIER,
2015, p. 34).

No entanto, o galego-português foi percursor de duas línguas: o galego e o português, que


acabaram se distanciando não por uma grande notável diferença linguística, mas sim, por
questões políticas e geográficas.
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3. Evolução da língua portuguesa

3.1 Palavras divergentes e palavras convergentes


(Via popular e erudita)

“...muitas foram as palavras que entraram no nosso léxico por altura do Renascimento. Assim,
e apesar de ser inegável o facto de a base do português ser o latim vulgar, com a maioria das
palavras a resultarem de uma evolução morosa, há também que assinalar que um número
bastante abundante de palavras que empregamos diariamente são fruto do processo de
latinização e, por conseguinte, assaz semelhantes à sua origem latina. ” (MATOS, 2015,
p.24).

Ainda segundo Matos (2015, p.24), as primeiras palavras resultantes de vários séculos de
alterações fonológicas, dizemos que nos chegam por via popular.
As segundas, introduzidas no Renascimento e impulsionadas por uma corrente que propunha
o regresso dos valores clássicos, chegam-nos por via erudita. Estas palavras apresentam uma
forma muita próxima do seu étimo e foram maioritariamente introduzidas por escritores.
Desta forma, possuímos no nosso dicionário vocábulos que, não obstante a sua derivação da
mesma raiz, apresentam uma forma e um significado distintos. Estes lexemas designam-se por
palavras divergentes.

Exemplos:
Latim Via popular Via erudita
Arena Areia Arena
Actu Auto Ato
Adveru Avesso Adverso
Atriu Adro Átrio
Lucru Logro Lucro

Por outo lado, há também palavras que sofrem o fenômeno inverso. Partindo de um étimo
distinto no latim, apresentam, hoje em dia uma forma semelhante: são as palavras
convergentes.
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A ocorrência mais comum é a das palavras homônimas, que se aproximam na grafia e na


fonética, como canto da sala, de canthu(m), aresta, e canto do pássaro de cantu(um), canto.
Incluindo também palavras como são, de sanum, saudável, e são, terceira pessoa do verbo
ser.
3.1.1 Fases da evolução da língua portuguesa

Segundo SANTANA (2023), a formação da língua portuguesa teve sua evolução dividida em
cinco períodos linguísticos:

-Pré-românico: o latim era a língua oficial de Roma e foi levado por soldados para as
regiões conquistadas, entrando em contato com as diversas línguas locais.

-Românico: línguas que surgiram do latim vulgar falado pelos soldados romanos. Isto é, O
contato entre o latim vulgar e os dialetos dos diversos povos da região Ibérica deram
origem as línguas românicas: espanhol, francês, italiano, catalão, romeno e o português no
século XIII.

-Galego-português: foi o idioma da Galiza, que se desenvolveu a partir das


transformações e modificações que o latim vulgar sofreu na região da Galiza, no noroeste
da Espanha, e nas regiões de Portugal, Douro e Minho. Essa língua permaneceu até o
século XIV.
-Português arcaico: língua derivada do latim vulgar e com influências linguísticas de
dialetos árabes, entre outros. Sendo o idioma falado entre o século XIII e a primeira
metade do século XVI. Foi nesse contexto que iniciaram os estudos da língua portuguesa

-Português clássico e moderno: o português arcaico se transformou em clássico (língua


de Camões e das grandes expedições marítimas). Esse português teria sido trazido para o
Brasil no tempo das grandes navegações.

Portanto, não podemos contestar que a língua portuguesa, utilizada neste século XXI, é
resultante das transformações do latim-vulgar, de acréscimos linguísticos e de modificações
sofridas durante o galego-português, do contato com línguas diversas ao longo das expedições
marítimas e expansão territorial portuguesa, e dos diversos neologismos e estrangeirismos
gerados com o processo de globalização mundial.
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4. O português no brasil

Tonon & Cavalheiro (2017) afirmam que o Brasil, um pouco antes de sua descoberta em
1500, era habitado por povos indígenas, por conseguinte, a língua mais falada era o Tupi-
Guarani. Quando os navegantes portugueses chegaram ao Brasil, a língua portuguesa falada
por eles foi sendo difundida pelo território. A língua foi se espalhando cada vez mais quando
os padres Jesuítas vieram ao Brasil catequizar os índios, fato que fez com que muitos povos
nativos aprendessem o português.

Durante a leitura, chegamos no início do sec. XVI onde encontramos a carta de Pero Vaz de
Caminha ao rei Dom Manuel sobre a chegada ao brasil. Considerada hoje o mais importante
documento a respeito do Descobrimento do Brasil.
Narra o episódio do desembarque dos portugueses na praia, o primeiro encontro entre os
índios e os colonizadores, e a primeira missa realizada no Brasil. Eis um trecho dela:
Sñor/ posto que o capitam moor desta vossa frota e asy os outros capitaães screpuam a vossa
alteza a noua do achamento desta vossa terra noua que se ora nesta naue gaçom achou. Nom
leixarey tambem de dar disso minha comta a vossa alteza asy como eu milhor poder ajmda
que pera o bem contar e falar o sabia pior que todos fazer. (VAZ, 1500).

Portanto, esta carta deixa pista da conjuntura da língua portuguesa falada na época e faz nos
crer das gigantescas mudanças que ela sofreu ao longo do tempo até ao português que
conhecemos hoje.

Os escravos africanos enviados ao Brasil para trabalhar, principalmente em lavouras de cana-


de-açúcar, também contribuíram muito para a difusão do português, pois alguns escravos,
especialmente da Angola, tinham essa língua como oficial. Como a língua portuguesa varia
em cada país que é utilizada, Portugal e Angola tinham um modo um pouco diferente de
pronunciá-la. Isso gerou uma mistura de palavras, e fez com que o português de Portugal se
distanciasse cada vez mais do brasileiro.
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Quando a família Real veio ao Brasil em 1808, os dois tipos de português, do Brasil
e de Portugal se aproximaram novamente, pois muitos outros portugueses também
vieram, então, a língua foi sofrendo influências e tornando-se cada vez mais
parecida com a língua mãe. A reforma ortográfica feita em 2009 fez um acordo entre
os países que tem o português como língua oficial, nesse acordo algumas regras que
eram distintas foram modificadas, unificando-as. Porém, na oralidade, cada país
continua com suas peculiaridades. (TONON; CAVALHEIRO, 2017, p.2).

5. Conclusão

Como conseguimos observar no trabalho, a língua portuguesa vem sofrendo grandes


repercussões. No entanto, esta é uma temática bastante pertinente pois, ajudou-nos a
aprimorar os nossos conhecimentos sobre a história e a origem da língua portuguesa e a
compreender as tais repercussões ou influências que ela sofreu ao longo dos seus anos.
O desenvolvimento deste estudo, possibilitou uma análise de como foi feito o processo de
transição desta língua e alguns aspectos fonológicos.
Uma língua românica com uma fonética complexa influenciada por línguas de todos os
continentes.
Dada a importância e complexidade do tema, esperamos que tenhamos trazido o melhor do
conteúdo.
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6. Referências bibliográficas

TEYSSIER, Paul, História da língua portuguesa, França, 1980.


CINTRA, Luís, Bibliografia Dialectal Galego-Portuguesa, Centro de Linguística das
Universidades de Lisboa, Lisboa, 1976.
MATOS, João Carlos, Gramatica Moderna da Língua Portuguesa, 3ª. ed. Lisboa, 2015.
RICARDO, Katiana Maria de Morais, História da língua portuguesa, 2013.
TONON, F. G; CAVALHEIRO, L.D, História da língua portuguesa, 2017.
 "Português na História" em Só Português. Virtuous Tecnologia da Informação, 2007-2023.
Consultado em 02/03/2023 aas 07:38. Disponível na internet em:
https://www.soportugues.com.br/secoes/portuguesHistoria.php

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