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1.Introdução................................................................................................................................2
1.1. Objetivos..........................................................................................................................3
2.Memória...................................................................................................................................4
3.Fases da memória.................................................................................................................5
3.1.Codificação........................................................................................................................5
3.2. Armazenamento...............................................................................................................5
3.3.Recuperação......................................................................................................................6
3.4.Input sensorial...................................................................................................................6
4.Requisitos Sensoriais...............................................................................................................6
5.Tipos de memória....................................................................................................................7
6.Esquecimento.........................................................................................................................10
6.1.Bloqueio..........................................................................................................................12
6.2.Distração..........................................................................................................................12
6.3.Amnésia...........................................................................................................................12
7.Conclusão...............................................................................................................................13
8.Referências Bibliográficas.....................................................................................................14
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1.Introdução
O presente trabalho, surge no âmbito de avaliação na cadeira de Introdução a psicologia,
como forma de responder as demandas do processo estudantil. O trabalho reflete e discute
algumas abordagens sobre a memória humana no sentido psicológico. A palavra memória é
usada de diferentes maneiras e consequentimente possui varias definições. No dia a dia, por
exemplo, memória se refere ao ato de trazer à mente uma informação que foi retida a partir do
passado. A memória é muita das vezes entendida como o local onde se conserva um conteúdo.
É um trabalho de extrema importância, pois quanto mais se sabe sobre a memória, melhor se
compreende como melhorá-la. E, é importante também, manter a nossa memória saudável, de
forma que consigamos compreender e fixar corretamente uma informação. É através da
memória que todo o conteúdo que aprendemos entra, armazena e é recuperado quando
necessário
Devido a grandeza do trabalho, peço desculpas antecipadas por eventuais erros e omissões e
convido a todos a acrescentarem suas observações e sugestões.
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1.1. Objetivos
No que diz respeito aos objectivos, o presente trabalho segue-se dos seguintes objectivos:
gerais e específicos.
Para isso, a pesquisa foi baseada em estudos destes autores: Michael Gazzaniga, Charles G.
Morris e Alberto A. Maisto, entre outros pensadores que elaboraram trabalhos pertinentes ao
assunto.
Para isso, foi feita uma pesquisa bibliografica muito afinca na leitura e, como parte do
processo de construção deste trabalho, foi ainda necessário o levantamento e análise de outros
trabalhos da tematica em alusão. O estudo teve caráter essencialmente qualitativo, com
ênfase em ideias e pressupostos que apresentam significativa importância na definição e
construção dos conceitos discutidos nesta análise.
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2. Memória
A memória é a capacidade do sistema nervoso de manter e recuperar habilidades e
conhecimentos. Essa capacidade possibilita que os indivíduos levem informações de
experiências e armazenem-nas para posterior recuperação.
No entanto, a memória não funciona como uma câmara de vídeo digital que recupera
fielmente os eventos nas experiências do operador. A memória fotográfica não existe. Em vez
disso, as informações que armazenamos e as memórias que recuperamos muitas vezes são
incompletas, tendenciosas e distorcidas. As memórias de duas pessoas para o mesmo evento
podem diferir muito, porque cada indivíduo armazena e recupera memórias do evento
distintamente. Em outras palavras, as memórias são histórias que podem ser alteradas
sutilmente pelo processo de recordação. Além disso, as experiências não têm todas a mesma
probabilidade de serem lembradas. Alguns eventos da vida passam rapidamente, sem deixar
memória duradoura. Outros são lembrados, mas depois esquecidos. Outros, ainda,
permanecem por toda a vida.
Para uma definição mais cientifica, eis a explicação da Dra. Silvia Helena Cardoso sobre o
que é a memória:
De acordo com Hollanda, Na Grécia Antiga já era valorizado o facto de ter boa memória
como se pode depreender da figura mitológica de Mnemosine (deusa grega da memória). Os
mortos que bebessem da água do seu poço relembravam suas vidas. É a deusa que opera as
engrenagens do esquecimento e da lembrança.
O termo memória tem sua origem etimológica no latim e significa faculdade de reter e/ou
readquirir ideias, imagens, expressões e conhecimentos adquiridos anteriormente reportando-
se às lembranças. Constitui uma das funções cognitivas mais importantes e complexas do ser
humano pois é a base para toda a aprendizagem. Toda a informação que se sabe acerca do
mundo, dos outros e de nós próprios foi adquirida através da experiência e armazenada na
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memória. É ela que define e distingue cada ser humano pelo conjunto de recordações próprias
e pelas inúmeras associações de ideias e pensamentos que é capaz de fazer e que constituem o
suporte para todo o conhecimento, habilidades e planeamento, fazendo-nos considerar o
passado, situarmo-nos no presente e projetarmo-nos no futuro.
3. Fases da memória
Os vários processos de memória podem ser entendidos como operando ao longo do tempo em
três fases: codificação, armazenamento (incluindo a consolidação) e recuperação.
3.1. Codificação
Ocorre no momento da aprendizagem, conforme a informação é transformada em um formato
que pode ser armazenado na memória. Isto é, o cérebro transforma a informação em um
código neural que ele é capaz de utilizar.
Entretanto, a codificação é tratamento das informações de modo que elas possam ser
armazenadas.
3.2. Armazenamento
É a retenção da representação codificada. Isto é, uma mudança em seu sistema nervoso
registra o que você acabou de experimentar, mantendo-o como um evento memorável. Então,
enquanto você lê, seu cérebro é alterado. Conexões neurais que apoiam a memória se tornam
mais fortes e novas sinapses são construídas (Miller, 2005). Esse processo é conhecido como
consolidação neural. Por meio da consolidação, a informação codificada é guardada na
memória. Pense nessa fase como semelhante a manter em mente o conteúdo que você lê
durante o tempo de uma prova ou por mais tempo. Existem pelo menos três sistemas de
armazenamento, que diferem na quantidade de tempo em que as informações permanecem
armazenadas. O armazenamento pode durar uma fração de segundo ou a vida toda.
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Entretanto,o Armazenamento é a retenção de representações codificadas ao longo do tempo e
a Consolidação é o processo neural pelo qual a informação codificada é guardada na memória.
3.3. Recuperação
É a terceira fase da memória. Essa fase consiste em procurar nas memórias armazenadas a fim
de encontrar e trazer à mente quando for necessária uma memória previamente codificada e
armazenada. Pense na recuperação como atrair o conteúdo de seu cérebro para uso a médio
prazo, no exame final, ou em algum momento muito tempo depois da sua formatura, quando
alguém lhe faz uma pergunta sobre psicologia.
Para subsidiar as fases que nos foram descritas, Gazzaniga nos deixa uma descrição no
seguinte item:
Recuperação: a informação é recuperada quando for necessário (exatamente como ela aparece
na tela para que possa ser visualizada).
4. Requisitos Sensoriais
Para GAZZANIGA (2014), a memória sensorial é um sistema de memória temporária
intimamente ligada aos sistemas sensoriais. Não é o que em geral vem à nossa mente quando
pensamos em memória, porque ela dura apenas uma fração de segundo e normalmente não
tomamos consciência de que está operando. obtemos todas as informações sobre o mundo por
meio de nossos sentidos. Os nossos sistemas sensoriais transformam, ou alteram, as
informações em impulsos neurais. Tudo o que lembramos é, portanto, resultado de neurônios
disparando no cérebro. Por exemplo, a memória de uma visão ou de um som é criada por
intrincados padrões de atividade neuronal no cérebro.
“A memória sensorial ocorre quando uma luz, um som, um odor, um sabor ou uma impressão
tátil deixa um rastro evanescente no sistema nervoso por uma fração de segundo. olha para
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algo e rapidamente desvia o olhar, você pode imaginar brevemente a imagem e recordar
alguns de seus detalhes. Quando alguém protesta: “Você não está prestando atenção em
mim”, muitas vezes você é capaz de repetir as últimas palavras que a pessoa falou, mesmo
que estivesse pensando em outra coisa.” (GAZZANIGA,2014).
5. Tipos de memória
5.1. A Memória de Curto Prazo (MCP) ou Memória de Trabalho (MT)
De acordo com Gazzaniga, a MCP ou simplesmente MT, recebe a informação que foi por
breves momentos registada na memória sensorial e à qual precisamos atribuir um sentido de
modo a tornar possível a sua retenção a longo prazo. Constitui um armazém da memória no
qual a informação tem pela primeira vez um significado não obstante a sua duração de
retenção ser curta.
Para alguns psicólogos (Baddley, 1990; 2006 e Baddeley & Hitch, 1974, 1994), esta memória
de curto prazo deveria ser considerada como uma Memória de Trabalho tripartida, em que um
dos componentes é a central executiva que coordena o material a considerar durante o
processo de formação do raciocínio e da tomada de decisão.
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corretamente (MILLER, 1956), indicando, portanto, que a atenção e a perceção são processos
psicológicos diretamente relacionados com a memória de trabalho. Estudos mostram que a
memória de trabalho aumenta gradualmente durante a infância e segue tendo uma diminuição
na idade adulta até a velhice (SANDER; WERKLE-BERGNER; LINDENBERGER, 2011).
Por isso, as queixas de memória são muito comuns entre os idosos saudáveis (KEEFOVER,
1998), pois uma das regiões cerebrais mais sensíveis ao envelhecimento do organismo é o
córtex pré-frontal, área dedicada à memória de trabalho (RAJAH; D’ESPOSITO, 2005). Há
muitas discussões sobre déficits e perda da memória de trabalho. Da mesma forma, são
amplamente discutidas na literatura estratégias para preservar e reabilitar este sistema
cognitivo, dado a sua complexidade e envolvimento com os demais processos
neuropsicológicos.
Baddeley (1990) acredita que uma falha na central executiva seja a responsável pelas perdas
de memória características da doença de Alzheimer.
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(Karpicke & Blunt, 2011). O tempo de estudo foi o mesmo para cada grupo. Uma semana
mais tarde, os estudantes fizeram um teste final. Aqueles que praticaram a recuperação da
informação tiveram a melhor pontuação.
Entretanto, o ensaio é uma maneira de mandar algumas informações para a memória de longo
prazo.
Constitui um armazém final de capacidade quase ilimitada. Embora este tipo de memória
tivesse sido entendido como uma unidade, contudo a maior parte da pesquisa ente atualmente
que ela engloba diferentes componentes ou módulos de memória (Feldman, 2001), onde cada
um desses módulos está relacionado com um sistema de memória distinto no cérebro.
Por exemplo podemos encontrar no âmbito desta distinção a memória declarativa que
representa a informação factual e a memória procedimental (por vezes também referida como
memória não declarativa) que diz respeito a memória de experiências e hábitos, tais como
andar de bicicleta ou jogar à bola. A informação sobre coisas é armazenada na memória
declarativa; a informação sobre como fazer as coisas é armazenada na memória
procedimental. Os factos na memória declarativa podem ainda ser subdivididos em memória
semântica (a memória do conhecimento geral e dos factos do mundo) e memória episódica
que ao contrário é a memória dos detalhes biográficos das nossas vidas particulares.
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ela é incapaz de se projetar tanto para o passado quanto para o presente e futuro (TULVING,
2002; ROSENBAUM et al., 2005).
Memória semântica, por sua vez, diz respeito à compreensão e ao uso da linguagem
(palavras e conceitos) e à memória de “fatos gerais do mundo”. A definição de memória
semântica refere-se à consciência da existência do mundo e objectos, eventos e outros
elementos dentro dele, independente da subjetividade envolvida como acontece na memória
episódica (EUSTACHE; DESGRANGES, 2008). A memória semântica, portanto, permite
uma atitude introspetiva em relação ao mundo, sem que, necessariamente, o objeto que deu
origem ao pensamento esteja presente, e sem o sentimento subjetivo da experiência que
caracteriza a memória episódica (TULVING, 1972).
6.Esquecimento
O esquecimento é uma experiência perfeitamente normal, todos os dias. Dez minutos depois
de ver um filme, você provavelmente se lembra de muitos de seus detalhes, mas no dia
seguinte pode se lembrar maioritariamente do enredo e dos personagens principais. Anos mais
tarde, você pode se lembrar da essência da história, ou pode nem se lembrar de ter visto o
filme. Esquecemo-nos muito mais do que nos lembramos. A maior parte das pessoas não
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gosta do esquecimento. Elas queriam poder se lembrar melhor do conteúdo do exame, do
aniversário de amigos, dos períodos geológicos do tempo, e assim por diante. Mas imagine
como seria a vida se você não fosse capaz de esquecer. Imagine, por exemplo, caminhar até o
seu armário e lembrar não apenas da combinação do cadeado, mas das 10 ou 20 combinações
de cadeado que você já utilizou.
Os avanços obtidos pelas neurociências permitiram que a memória também fosse estudada
sob diferentes pontos de vista, nos quais o objeto de estudo não foi o que pode ser lembrado,
mas sim o que não é lembrado e que está retido no inconsciente. Para a psicanálise, por
exemplo, a memória é um campo no qual a significação é feita a partir das experiências
vividas ou imaginadas pela pessoa. Muitas das memórias esquecidas temporariamente estão,
na verdade, reprimidas no inconsciente, uma vez que são memórias que trazem lembranças de
sofrimento. Defendem os psicanalistas que em determinados momentos, conhecidos como
lapsos de memória, nos sonhos ou por meio de um tratamento psicanalítico, essas memórias
poderiam ser recuperadas e voltariam para o consciente.
Daniel Schacter (1999) identificou o que ele chama de sete pecados da memória. Os quatro
primeiros pecados – transitoriedade, bloqueio, distração e persistência – estão relacionados ao
esquecimento e à rememoração discutidos aqui. Os três seguintes – atribuição equivocada,
distorção e sugestionabilidade – são discutidos mais adiante neste capítulo como distorções da
memória. Esses chamados pecados são muito familiares para a maior parte das pessoas.
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A transitoriedade da memória é a degradação da memória (esquecimento) ao longo do tempo.
Ebbinghaus observou esse padrão em seus estudos de sílabas sem sentido. Muitos teóricos
antigos argumentavam que esse esquecimento resultava da degradação no traço de memória
no sistema nervoso de uma pessoa. Na verdade, algumas evidências indicam que as memórias
não utilizadas são esquecidas. Informações adicionais podem levar ao esquecimento por meio
de interferência pró-ativa ou retroativa.
6.1.Bloqueio
É uma falha na recuperação. Essa falha ocorre quando uma pessoa é temporariamente incapaz
de se lembrar de algo: você não consegue se lembrar do nome de uma canção favorita,
esquece o nome de alguém que está apresentando a outra pessoa, “tem um branco” em
algumas partes ao atuar em uma peça, e assim por diante. Esses bloqueios temporários são
comuns e frustrantes.
6.2.Distração
É a codificação desatenta ou superficial dos eventos. A principal causa da distração está em
não prestar atenção. Por exemplo, você distraidamente se esquece onde deixou suas chaves
porque, quando as largou, estava indo atender o telefone. Você esquece do nome de uma
pessoa com quem estava falando há cinco minutos porque estava prestando atenção em seu
rosto, não em seu nome.
6.3.Amnésia
Às vezes, as pessoas perdem a capacidade de recuperar grandes quantidades de informação da
memória de longo prazo. Esse déficit é uma amnésia. Esse tipo de perda de memória não é um
dos “sete pecados” de Schacter. A amnésia resulta de doenças, lesão cerebral ou trauma
psicológico. Os dois tipos básicos de amnésia são a retrógrada e a anterógrada. Na amnésia
retrógrada, as pessoas perdem memórias pregressas para eventos, fatos, pessoas e até mesmo
informações pessoais. A maior parte dos retratos da amnésia nos meios de comunicação
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envolve a amnésia retrógrada, como quando um personagem em uma novela acorda de um
coma e não se lembra quem é. Em contrapartida, na amnésia anterógrada, as pessoas perdem a
capacidade de formar novas memórias.
7.Conclusão
Chegado ao final deste trabalho, consegui observar a pertinência do estudo desta temática.
Pois como estudante aspirante à psicólogo, o tema se encaixa perfeitamente do declínio dos
objetos do estudo desta ciência, pois a memória tem muito a ver com estruturas cerebrais
envolvidas na aquisição, armazenamento e evocação das diversas informações adquiridas por
aprendizagem.
Com um estudo mais afinco, foi possível compreender alguns conceitos chave sobre a
memória, bem como os mecanismos de funcionamento subjacentes. No que diz respeito à
abordagem neuropsicológica da memória, os estudos destacam a divisão dessa função
cognitiva em memória de curto, ou mais recentemente memória de trabalho, e memória de
longo prazo.
Espero ter conseguido sintetizar as informações mais importantes, ou pelo menos aquelas que
me são uteis no meu percurso em vida de estudante.
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8.Referências Bibliográficas
LEVITIN, Daniel
MORRIS, C. G; MAISTO, A.A, Introdução a psicologia, 6ª. ed. São Paulo, 2004.
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