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GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA


UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO JANE VANINI

CURSO: LICENCIATURA EM LETRAS


DISCIPLINA:LÍNGUA PORTUGUESA: HISTÓRIA DA LÍNGUA PORTUGUESA.
DOCENTE: Dr. JANIO CELSO SILVA VEIGA
DISCENTE: RAYANE DA SILVA OLIVEIRA

Resumo- A língua latina e sua formação histórica- CARDOSO, Zélia de


Almeida. 2002.

Quando paramos para pensar sobre a origem da nossa língua materna (a


língua portuguesa) nos aprofundamos em um vasto universo de conhecimento
histórico e evolucionário de como ocorreu a mudança do Latim para o galego-
português e mais tarde para nossa Língua Portuguesa. Filólogos e gramáticos do
passado e do presente realizaram pesquisas tentando encontrar respostas que
justificassem da história do Latim, ao domínio e à importância do idioma.

O latim era a língua falada na região de Lácio, na Itália central que logo em
meados do século VII a.C se tornou Roma. Suas raízes possuem fontes de outras
palavras pertencentes a algumas das antigas línguas faladas na Índia, na Pérsia, na
Grécia, na Gália, na Germânia e em outras regiões, também possuem certa
semelhança em suas estruturas gramaticais, o que permitiu aos estudiosos
formularem a hipótese da existência de uma língua primitiva que com o tempo gerou
esses idiomas a qual denominaram de “indo-europeu”. Com isso acredita-se que os
falantes de indo-europeu se dispersaram pelo mundo e consequentemente
acarretaram profundas modificações linguísticas no idioma (inicialmente uno),
supõe-se que essa língua tenha sofrido divisões e dividindo-se em numerosos
outros idiomas, tais como: céltico, itálico, protogrego, balto-eslavo, albanês, indo-
iraniano, proto-germanico entre outros (muitas acham-se mortas ou extintas
atualmente).
No caso do português, foi do indo-europeu para o itálico, para o latim e
então para o português (vale ressaltar que o indo-europeu gerou diversos outros
idiomas a partir do mesmo, não somente os citados). O latim enquanto língua viva,
também sofreu profundas transformações. É notável a diferença dos primeiros
documentos escritos para os textos tabeliães portugueses, há também uma sensível
dessemelhança entre o latim das obras literárias do século I a.C e as escrituras
cristas dos primeiros tempos. Sendo assim costumamos caracterizar o latim
conforme a época e circunstancias em que foi usado: latim pré-histórico como língua
dos primeiros habitantes do Lácio; latim proto-histórico que aparece nos primeiros
documentos da língua; latim arcaico enriquecida e aperfeiçoada pela influência da
cultura helênica (III a.C e início do século I a.C) e utilizada em antigos textos
literários, epitáfios e textos legais; latim clássico utilizado em marcantes prosas e
poesias a partir do século I a.C, caracterizada como língua cultivada, artística e
profundamente diferente do que seria o latim falado; latim vulgar que é a língua
falada pelo povo e que como toda língua oral esteve sujeita a alterações por
diversos fatores como épocas, influencias estrangeiras, nível de cultura dos falantes
e etc.; latim pós-clássico encontrado nas obras literárias do século I e V de nossa
era.

A ciência ate o início do século XX via o latim como uma linguagem universal
e isso gerou inúmeros escritos de tratados filosóficos, científicos e acadêmicos (até
hoje podemos notar esse uso no ensino de ciências biológicas e anatômicas).

A importância do latim no prestigio de Roma foi notável. A mesma, fundada


por pastores albanos se tornou a principal cidade de uma confederação itálica, a
grande metrópole do Mediterrâneo e a capital de um dos maiores impérios que a
civilização conheceu. Seria desnecessário falar de sua importância durante a Idade
Média e o início dos tempos modernos quando foi a língua da comunicação
universal, da política, da religião, da cultura e da ciência.

Em suma, atualmente o interesse pelo latim está focalizado em apenas dois


aspectos, de um lado há uma rica literatura deixada pelo mundo romano, que nos
permite desfrutar de autênticas obras de arte, porém com o problema de perder a
autenticidade genuína da obra ao ser traduzida. E de outro lado temos o interesse
linguístico pelo latim, que oferece a solução de numerosas indagações que se
referem ao conhecimento da língua, nos fornecendo explicações para fenômenos
aparentemente inexplicáveis de nosso idioma e das línguas irmãs do português.

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