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indice

Capitulo I ............................................................................................................................................... 1

1. Introdução ..................................................................................................................................... 1

1.1. Objectivos .................................................................................................................................. 2

1.2. Metodologia científica ............................................................................................................... 2

Capitulo II ............................................................................................................................................. 3

2. Origem e Evolução da lingua portuguesa ................................................................................... 3

2.1. Fases da Evolucacao da lingua Portuguesa ............................................................................ 4

2.1.1. Fase proto-histórica .............................................................................................................. 4

2.1.2. Fase do português arcaico .................................................................................................... 4

2.1.3. Segunda fase do Português Arcaico (1380-1540)................................................................ 5

2.1.4. Periodo Moderno (século XVI -actualidade) ...................................................................... 6

2.1.5. As primeiras gramáticas ....................................................................................................... 7

2.1.6. Geografia da língua portuguesa........................................................................................... 8

2.1.7. A Comunidade de Países de Língua Portuguesa ...................................................................... 9

2.2. O português do Brasil ............................................................................................................... 9

2.2.1. Os fatos históricos ................................................................................................................. 9

2.2.2. O período colonial até à chegada de D. João VI (1808) ..................................................... 9

2.2.3. Principais características do português do Brasil ............................................................ 10

Capítulo III .......................................................................................................................................... 12

3. Conclusão ..................................................................................................................................... 12

3.1. Referências bibliográficas ...................................................................................................... 13

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Capitulo I
1. Introdução

Em consequência das inúmeras migrações entre os continentes, estima-se que o português


tenha originado do latim vulgar, língua oficial do antigo império romano. Compreende-se que
havia dois tipos da língua latim utilizados na época, o latim clássico, falado por apenas pessoas
cultas como os poetas, filósofos e senadores, e o latim vulgar, a qual se pode dizer que é a
língua a qual o português se originou.

O latim vulgar era uma língua utilizada pelas classes mais baixas, por ser uma língua apenas
em meio de falas, era utilizada com maior frequência por pessoas analfabetas. Diante de tais
características apresentadas, pode se ressaltar que o latim vulgar ficou conhecido como a
“língua do cotidiano”, a qual se submetia a alterações frequentes.

A língua portuguesa é presentemente a quinta língua nativa mais falada a nível mundial, sendo
utilizada não só em Portugal e no Brasil, como também em vários países de África, como
Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, entre outros países. Na Ásia se conservou como
língua oficial apenas em Macau.

Desta o trabalho inerente ira estruturar se em capítulos, onde o primeiro capitulo abordará a
introdução, objetivos e métodos. Por conseguinte o segundo capítulo abordará a parte do
desenvolvimento do próprio trabalho, e por fim, o terceiro e ultimo capitulo será da parte da
conclusão e referências bibliográficas

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1.1.Objectivos

Objectivo geral

• Conhecer a história da origem e evolução da lingua Portuguesa;

Objectivos especificos

• Definir a lingua portuguesa apontando a sua origem;


• Desenvolver as fases da lingua portuguesa;
• Identificar os aspectos historicos de cada fase da lingua portuguesa ate a sua evolução;
• Explicar a origem e evolução da lingua portuguesa no Brasil.

1.2.Metodologia científica

Segundo Lakatos e Marconi, (2003), todas as ciências caracterizam se pela utilização de


métodos científicos; em contrapartida, nem todos os ramos de estudo que empregam estes
métodos são ciências. A Metodologia Cientifica significa introduzir o discente no mundo dos
procedimentos sistemáticos e racionais, base de formação tanto do estudioso quanto do
profissional, pois ambos actuam, além da prática, no mundo das ideias (Marconi e
Lakatos2003).

Tem como objectivo tomar o estudante ou investigador pela mão e caminhar ao lado,
acompanhando-os em seus primeiros passos de vida universitária ou acadêmica, indicando o
caminho certo na procura do saber superior, iluminando problemas para que melhor possam
vê-los a assumir e a desenvolver hábitos de estudo e técnicas de trabalho que tornem realmente
produtivos os anos de vida universitária, tão preciosos e, não raro, tão mal aproveitado (Ruiz,
1985, p.16 apud Uniassevi, 2014).

A Metodologia Cientifica tem como função de propor métodos, técnicas e orientações que
possibilitem colectar, pesquisar, organizar, classificar registar interpretar, etc, dados e factos ,
favorecendo a maior aproximação possível com a realidade.

O trabalho em estudo baseou se no método de pesquisa bibliográfica no qual fez se a


investigação dos processos para a sua elaboração.

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Capitulo II
2. Origem e Evolução da lingua portuguesa

A formação e a evolução da língua portuguesa contam com um elemento decisivo: o domínio


romano, que reduziu a um denominador comum as várias culturas existentes na Península
Ibérica. A língua falada pelos conquistadores o latim - dominou quase toda a região. Podemos
reconhecer duas modalidades de latim: o latim clássico, gramaticalizado, usado pelas pessoas
cultas, que era falado e escrito; e o latim vulgar, usado pelo povo, que era apenas falado. A
língua falada nas regiões romanizadas era o latim vulgar e dele se originou a língua
portuguesa.Entretanto, não se pode desprezar a influência exercida pelas diversas línguas pré -
romanas faladas na região sobre o latim vulgar, pois ele era mais aberto a transformações e
diversificações, em conseqüência de seu caráter oral. Assim, o latim passou por uma fase de
transição, modificado pelos falares regionais, e deu origem a vários dialetos, que receberam a
denominação genérica de romanço (do latim romanice, que significa "falar à maneira dos
romanos").

No século V, com as invasões bárbaras e a queda do Império Romano no Ocidente,


intensificou-se o aparecimento desses vários dialetos. Ao final de um processo evolutivo,
constituíram-se as línguas modernas, conhecidas como neolatinas. No caso particular da
Península Ibérica, várias línguas e dialetos se formaram, entre eles o catalão (língua de cultura
da região da Catalunha, a nordeste da Espanha), o castelhano (da região de Castela, onde se
situa Madri) e o galego-português. O galego-português, resultante do romanço, era um falar
geograficamente limitado à faixa ocidental da Península, correspondendo aos atuais territórios
da Galiza e do norte de Portugal. Cronologicamente, esse dialeto restringiu-se ao período
compreendido entre os séculos XII e XIV coincidindo com a época das lutas de Reconquista.
Em meados do século XIV houve uma maior influência dos falares do sul, notadamente da
região de Lisboa, avolumando, assim, as diferenças entre o galego e o português.O galego
floresceu durante os séculos XII e XV, aparecendo tanto em documentos oficiais da região da
Galiza como em obras poéticas de diversos cancioneiros. A partir do século XVI, com o
domínio político centralizador de Castela, impõe-se o castelhano como língua oficial; o galego
sobrevive como língua de cultura na Galiza, região a noroeste da Espanha.

A língua portuguesa é a continuação ininterrupta, no tempo e no espaço, do latim levado à


Península Ibérica pela expansão do império romano, no início do séc. III a.C., particularmente
no processo de romanização dos povos do oeste e noroeste (lusitanos e galaicos).

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2.1.Fases da Evolucacao da lingua Portuguesa

Para melhor compreender as transformações da língua portuguesa ao longo do tempo, a divisão


de sua história em períodos ou fases é uma importante ferramenta didática. Porém, é necessário
considerar a dificuldade em se fixar uma data exata para o estabelecimento de uma mudança
na língua, já que as mudanças ocorrem de forma lenta e gradual. Muitos autores já propuseram
periodizações da língua portuguesa, portanto, ela não é absoluta. Porém, eles concordam em
um aspecto: reconhecem na história da língua uma fase arcaica, uma fase clássica e uma fase
moderna ou contemporânea. Segundo Ilari e Basso (2009, p. 20)

2.1.1. Fase proto-histórica

Estende-se de fins do século IX até o século XII, com textos escritos em latim bárbaro
(modalidade do latim usada apenas em documentos e por isso também chamada de latim
tabeliônico ou dos tabeliães). Dessa fase, os mais antigos documentos são um título de doação,
datado de 874, e um título de venda, datado de 883.

2.1.2. Fase do português arcaico

Do século XII ao século XVI, compreendendo dois períodos distintos: a) do século XII ao XIV
com textos em galego-português; b) do século XIV ao XVI, com a separação entre o galego e
o português.

Primeira fase do Português Arcaico: o Galego-Português (1100-1350)

Os primórdios do Galego-Português coincidem com a criação do Reino de Portugal.Tanto um


fato quanto outro decorrem das correrias e ações guerreiras promovidas pelaReconquista.
Enquanto o Reino se consolida, o Galego-Português vai ocupando os novos territórios,
deslocando-se do Norte para o Sul. Essa língua românica foi adotada pelos moçárabes, pelos
muçulmanos que tinham permanecido na península, e por outros contingentes que desciam do
Norte para ocupar as terras abandonadas pelos árabes.

Os primeiros documentos escritos na Língua Portuguesa aparecem no séc. XIII: o Testamento


de Afonso II (1214), de que se conhecem várias versões, e a Notícia de Torto (cerca de 1214).

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Esses primeiros documentos são diplomas reais, diplomas particulares, leis locais e leis gerais.
Língua literária mesmo ocorreria, igualmente no começo desse século, com a extraordinária
floração da poesia lírica, reunida nos cancioneiros: Cancioneiro da Ajuda, Cancioneiro da
Vaticana, Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa.

Três categorias de poesia são recolhidas nesses cancioneiros:

• as cantigas de amor, de inspiração provençal, em que fala o homem,


• as cantigas de amigo, mais populares, em que fala a mulher,
• e as cantigas d’escarnho e mal dizer, poemas satíricos, habitualmente grosseiros.

Segundo Castro (1991: 185), esses documentos foram escritos em duas áreas territoriais: a
primeira área corresponde a Galiza e o noroeste de Portugal, até o rio Mondego, área em que
os árabes não conseguiram fixar-se; a segunda área, menos povoada porém mais extensa,
administrada pelas ordens militares, compreende o nordeste e o resto de Portugal, ao sul do
Mondego.

Entretanto, em documentos do final do séc. IX já encontramos “palavras portuguesas”, isto é,


palavras que mostravam características dessa língua, tais como elemosias, em lugar de
elemosinas, moásticas em lugar de monásticas, etc. Lembre-se do que já foi aqui dito sobre a
precariedade das datações linguísticas.

2.1.3. Segunda fase do Português Arcaico (1380-1540)

A transição do Galego-Português para o Português Arcaico se deu “por volta de 1350”. Vamos
insistir em que os períodos lingüísticos não coincidem com as datas do calendário civil, visto
que os períodos de mudança lingüística se interpenetram. Antes e depois dessa data o Galego-
Português ainda existia, e a segunda fase do Português Arcaico já teria aparecido. Assim, as
datas aqui indicadas são meramente aproximativas, inclinando-se muitos a considerar que a
Carta de Caminha, escrita em 1500, finaliza o período medieval do Português.

Quando ocorreu o reconhecimento do Português como uma nova língua?

Levou tempo para que se tomasse consciência do Português como uma nova língua. Tiveram
importância nesse ofício duas instituições, que agiram como centros irradiadores de cultura na
Idade Média: os mosteiros, onde se levavam a cabo traduções de obras latinas, francesas e

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espanholas (Mosteiros de Santa Cruz e Alcobaça) e a Corte, para a qual convergiam os
interesses nacionais. Escreviam ali fidalgos e trovadores, aprimorando a língua literária.

De maneira muito simplificada, podemos dizer que o português arcaico situava -se entre o latim
vulgar e o português atual, pois muitos traços que caracterizam nossa língua não estavam ainda
completamente definidos (ILARI; BASSO, 2009).

Os textos da primeira fase do período arcaico eram produzidos e reproduzidos de forma


manuscrita, nos cartórios e nos conventos, pautando a vida jurídica e eclesiástica, e mais tarde
o latim passou a se diferenciar. Para ser mais compreensível a seus falantes, o romanço passou
a ser utilizado no sermão e na administração dos sacramentos. A administração civil também
substituiu o latim misturado e cheio de fórmulas cartoriais pelo romanço (SPINA, 2008).

Com o tempo, a língua portuguesa passa a ser uma língua de cultura e, portanto, torna-se
necessária a normatização de sua escrita. Uma grande dificuldade desse período foi representar
na escrita, por exemplo, a nasalização dos ditongos da língua portuguesa (mão, sã, pães), que
não existia no latim. Hoje há uma padronização para esses casos, como com o uso do til, mas
na Idade Média tal padronização ainda não tinha acontecido. Por isso que, ao lermos textos
datados daquela época, encontramos diferentes formas para representar um mesmo som.

O fim desse período de consolidação da língua (ou de utilização do português arcaico) é


marcado pela publicação do Cancioneiro Geral de Garcia de Resende, em 1516.

Desta conclui se que o portugues arcaico apresenta caracteristicas nas modificacaoes em torno
da fonologia e morfologia.

2.1.4. Periodo Moderno (século XVI -actualidade)

Não podemos afirmar verdadeiramente o registo de que o ano 1536 foi o decisivo ponto de
viragem, ditando o inicio desta nova etapa da lingua portuguesa. A transição de um periodo
para o outro é, inevitavelmente um processo contínuo e moroso. Esta data é, pois, meramente
indicativa, como ponto convergente de varios acontecimentos de indole literária, cultural e até
política

O primeiro acontecimento simboliza o inicio da reflexão linguística sobre o português.

O segundo simboliza a transição de um pensamento medievalista para um marcadamente


humanista, visto ser esta a instituição centro deste espirito por meados do século.

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O terceiro permite balizar sensivelmente esta altura como momento marcante. Comandados
pelo espirito aventureiro e explorador do povo português, os descobrimentos deixaram também
influências decisivas para o panorama linguistico vigente hoje em dia, nomeadamente ao nivel
vocabular.

A expansão ultramarina Portuguesa para África, Ásia, Oceânia e América significou, por um
lado, a propagação da lingua Portuguesa para diversos territórios por todo o globo e, por outro,
o aparecimento dos crioulos de base Portuguesa, fruto da necessidade de comunicação entre o
povo luso e as comunidades recém – descobertas. Permitiu igualmente, a entrada na língua de
vocábulos diretamente provenientes desses territorios.

O domínio lexical foi, aliás, o mais privilegiado no século XVI. As mudanças linguísticas atrás
plasmadas já estavam mais ou menos consolidadas e, a partir dessa data, as evoluções foram
quase nulas, por comparação ao período de transição. Além do mais, para além da importação
de um número assinalável de vocábulos dos novos mundos, a cultura latina contribuiu também
de forma decisiva para o estabelecimento do nosso léxico. Tal como sabido que desde os seus
primórdios a língua recorreu a empréstimos do latim para se enriquecer, a adoção e uso de
palavras latinas nesta fase sofreu um grande incremento. Neste processo, foi de extremo relevo
o papel do movimento humanista e classicista, personificado por diversos autores
renascentistas nomeadamente Luis de Camões na sua obra «Os Lusíadas».

Este progressivo incremento pode ser facilmente atestado por uma breve comparação entre a
escrita de Gil Vicente, até 1536, e a obra camoniana, datada de 1572.

Resta referir que quanto ao dominio do vocabulário, é de referir o seu constante alargamento,
facto que, por um lado, se deve em grande parte ao desenvolvimento continuo e acelerado da
comunidade científica e subsequente surgimento de novos objectos. Na maior parte das vezes
a lingua sentiu uma necessidade de se socorrer das raízes grego- latinas. Por essa razão é
pertinente olhar para as gramáticas da língua.

2.1.5. As primeiras gramáticas

Como já vimos, a primeira gramática da língua portuguesa foi publicada em 1536 por Fernão
de Oliveira. A obra apresentava cinqüenta capítulos, que abordavam desde a história da
linguagem até noções de sintaxe, com destaque para os aspectos sonoros; o seu conceito de
gramática era clássico: "a arte de falar e escrever corretamente". Em 1540, surge a gramática
de João de Barros, cronista e historiador da expansão lusa. As duas primeiras gramáticas da

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língua portuguesa seguiam uma mesma filosofia humanista: a exaltação da língua portuguesa,
tida como a mais próxima dos padrões latinos. Daí a latinização sintática e léxica dos textos
literários do século XVI.

Em Os Lusíadas, estrofe 33 do Canto I, ao comentar a identidade de Vênus com o povo


português, Camões, artista renascentista, destaca a íntima relação entre o português que se
estruturava e o latim:

Vênus bela,

Afeiçoada à gente Lusitana,

Por quantas qualidades via nela,

(...)

E na língua, na qual quando imagina,

Com pouca corrupção crê que é Latina.

Falar da modernidade da lingua tambem remete nos a espelhar o noso conhecimento em estudar
a Geografia da lingua para entender mais sobre quais paises falam a lingua Portuguesa
actualmente.

2.1.6. Geografia da língua portuguesa

O atual quadro de regiões onde se fala a língua portuguesa, quer como língua oficial, quer
resistindo como bolsões ou originando dialetos, é ainda reflexo da expansão territorial lusitana
ocorrida nos séculos XV e XVI.

Assim é que a língua portuguesa, partindo "da ocidental praia lusitana", entrou por todos os
continentes: América (Brasil), África (Guiné-Bissau, Cabo Verde, Angola, Moçambique,
República Democrática de São Tomé e Príncipe), Ásia (Macau, Goa,Damão, Diu) e Oceania
(Timor), além das ilhas atlânticas próximas da costa africana (Açores e Madeira), que fazem
parte do Estado português.

É necessário, entretanto, destacar duas situações:

a) em alguns países, o português é a língua oficial (República Democrática de São Tomé e


Príncipe, Brasil, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde) e, apesar da incorporação
de vocábulos nativos e de modificações gramaticais e de pronúncia, mantém uma unidade com
o português de Portugal;
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b) em alguns locais, as mudanças foram tantas que se pode falar em dialetos originários do
português. Temos ainda outras regiões em que esse idioma é falado apenas por uma pequena
parcela da população, como ocorre em Hong Kong e Sri Lanka.

2.1.7. A Comunidade de Países de Língua Portuguesa


Os sete países que têm o português como língua oficial são chamados de lusófonos e
constituíram, em 17 de julho de 1996, a Comunidade de Países de Língua Portuguesa.

Segundo dados de 1995, a Comunidade agrega cerca de 200 milhões de falantes, assim
distribuídos:

• República Popular de Angola - 1 I 558 000 hab.


• República Federativa do Brasil - 160 000 000 hab.
• República de Cabo Verde - 392 000 hab.
• República da Guiné-Bissau - 1 073 000 hab.
• República de Moçambique - 17 889 000 hab.
• República Portuguesa - 9 906 000 hab.
• República Democrática de São Tomé e Príncipe - 13 1 000 hab.

2.2.O português do Brasil

Com o seu enorme território (mais de oito milhões e meio de quilômetros quadrados) e a sua
população de 120 milhões de habitantes, o Brasil não está em proporção com Portugal (92.000
km2 e 9 milhões de habitantes). A língua desse imenso país é no entanto o português. Essa
massa de lusófonos brasileiros contribui de uma forma decisiva, na altura do século XX em
que vivemos, para fazer do português uma língua de importância internacional.

2.2.1. Os fatos históricos

A 22 de abril de 1500 Pedro Álvares Cabral chega às costas do Brasil, de que toma posse em
nome do rei D. Manuel de Portugal. A colonização portuguesa, porém, só começa em 1532,
com a atribuição de quinze capitanias hereditárias.

2.2.2. O período colonial até à chegada de D. João VI (1808)

Quando os portugueses se instalaram no Brasil, o país era povoado de índios. Importaram,


depois, da África grande número de escravos, O português europeu, o índio e o negro

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constituem, durante o período colonial, as três bases da população brasileira. Mas, no que se
refere à cultura, a contribuição do português foi de longe a mais importante.

No período de que estamos tratando a situação lingüística do Brasil pode ser assim resumida.
Os “colonos” de origem portuguesa falam o português europeu, mas evidentemente com traços
específicos que se acentuam no decorrer do tempo. As populações de origem indígena, africana
ou mestiça aprendem o português, mas manejam-no de uma forma imperfeita. Ao lado do
português existe a língua geral, que é o tupi, principal língua indígena das regiões costeiras,
mas um tupi simplificado, gramaticalizado pelos jesuítas e, destarte, tornado uma língua
comum. Enfim, muitos povos indígenas conservam os seus idiomas particulares, que se
denominam línguas travadas.

Na segunda metade do seculo XVIII, porém, a língua geral entra em decadência. Varias razões
contribuem para isso, entre as quais a chegada de numerosos imigrantes portugueses seduzidos
pela descoberta das minas de ouro e diamantes e o Diretório criado pelo marqüês Pombal em
3 de maio de 1757, cujas decisões, aplicadas primeiro ao Pará e ao Maranhão, se estenderam,
em 17 de agosto de 1758, a todo o Brasil. Por elas proibia-se o uso da língua geral e obrigava-
se oficialmente o da língua portuguesa. A expulsão dos jesuítas, em 1759, afastava da colônia
os principais protetores da língua geral. Cinqüenta anos mais tarde o português eliminaria
definitivamente esta última como língua comum, restando dela apenas um certo numero de
palavras integradas no português local e muitos topônimos.

É também no decorrer do século XVIII que se documentam as primeiras alusões aos traços
específicos que caracterizam o português falado no Brasil. D. Jerónimo Contador de Argote
fala dos dialetos ultramarinos “como Índia, Brasil, etc.”, que, segundo ele, se particularizam
pelo uso de um certo vocabulário exótico ou arcaico72. Em 1767, Frei Luís do Monte Carmelo
(Compendio de Orthographia) assinala pela primeira vez um traço fonético dos brasileiros, que
é o de não fazerem distinção entre as pretônicas abertas (ex.: pàdeiro, prègar, còrar) e as
fechadas (ex.: cadeira, pregar, morar). Jerónimo Soares Barbosa (Grammatica Philosophica,
1822) salienta o mesmo fato e acrescenta que os brasileiros dizem minino (por menino)

2.2.3. Principais características do português do Brasil

Diversidade geográfica e diversidade cultural

Como explicar as particularidades do português do Brasil? Pela região de origem dos primeiros
colonos? De tal argumento se têm servido alguns estudiosos que justificam a maior semelhança

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do “brasileiro” com o português meridional por uma predominância entre esses colonos de
elementos originários do Sul de Portugal.

Pesquisas mais profundas, porém, vieram mostrar que o povoamento europeu se fez a partir de
todas as regiões de Portugal. O que sucedeu, de fato, foi que os portugueses do Brasil
elaboraram uma koiné por eliminação de todos os traços marcados dos falares portugueses do
Norte e por generalização das maneiras não marcadas do Centro-Sul.

Há, hoje, na língua do Brasil urna certa diversidade geográfica. Os lingüistas vêm tentando
elaborar o mapa dos “dialetos” brasileiros, à semelhança do que se tem feito para as línguas
européias. Distinguem um Norte e um Sul, cuja fronteira se identificaria, grosso modo, com
uma linha que, partindo da costa, seguisse da foz do rio Mucuri (extremo sul do Estado da
Bahia) até à cidade de Mato-Grosso, no Estado do mesmo nome, próximo à fronteira boliviana.
A realidade, porém, é as divisões “dialetais” no Brasil são menos gráfica que socioculturais.
As diferenças na maneira de falar são maiores, num determinado lugar, entre um homem culto
e o vizinho analfabeto que entre dois brasileiros do mesmo nível cultural originários de duas
regiões distantes uma da outra. A dialetologia brasileira será, assim, menos horizontal que
vertical.

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Capítulo III
3. Conclusão
Neste trabalho abordamos o tema da origem e evolução da língua portuguesa. A língua
portuguesa teve origem romana, com a língua extinta latim. Este era dividido em latim vulgar,
que possuía um vocabulário mais reduzido, e o latim clássico, que era uma língua mais erudita.

O latim evoluiu de varias maneiras, dependendo do local e culturas que se agregava. Após a
invasão dos mouros em roma, a língua foi profundamente marcada por sua cultura. Um
exemplo bem claro da influência moura na língua, são as palavras iniciadas com “al” que
provém do árabe.

Essas e outras evoluções transformaram a língua portuguesa ao longo dos anos para se tornar
a 5º língua mais falada no mundo, com mais de 215 milhões de falantes. Mas como o mundo
sempre está em contínua transformação, é válido lembrar que a língua portuguesa estará
permanentemente sujeita à mudanças.

Desta conclui se tambem que o Brasil emergiu neste ponto ao falarmos da origem do portugues
nste ponto geográfico, onde ate hoje a sua fonologia se difere com o português de Portugal por
este apresentar a suas diversidades culturais o que transcendeu ate a origem de novas formas
lexicais ao português.

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3.1.Referências bibliográficas

ALI, MANUEL SAID, Gramática Histórica da Língua Portuguesa, 1ª ed., Melhoramentos, São
Paulo, 1921-1923; 3ª ed., Melhoramentos, São Paulo, 1964.

COUTINHO, ISMAEL DE LIMA, Pontos de Gramática Histórica, 1ª ed., Companhia Editora


Nacional, São Paulo, 1938; 7ª ed., Livro Técnico, Rio de Janeiro, 1976.

CÂMARA JR., JOAQUIM MATTOSO, Para o Estudo da Fonêmica Portuguesa, 1ª ed.,


Simões, Rio de Janeiro, 1953; 2ª ed., Padrão, Rio de Janeiro, 1977.

Descrição do português moderno (variante européia e variante brasileira):

Almeida, Fernando R. (2013) Origem da evolução da língua portuguesa


Rita Marquilha, J. Leon Acosta Lisboa

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