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Manual de Curso de licenciatura em Ensino


de Geografia – 2o ano

Geografia de
Moçambique I
G0145 - Características
Físico - Geográficas
Universidade Católica de Moçambique
Centro de Ensino á Distância
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Direitos de autor (copyright)


Este manual é propriedade da Universidade Católica de Moçambique, Centro de Ensino à Distância
(CED) e contém reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução deste manual, no
seu todo ou em partes, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico,
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Moçambique - Centro de Ensino à Distância). O não cumprimento desta advertência é passível a
processos judiciais.
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Moçambique - Beira
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Cel: 82 50 18 44 0
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Agradecimentos
A Universidade Católica de Moçambique - Centro de Ensino à Distância e o autor do presente manual,
dr. Adalberto Armindo, gostariam de agradecer a colaboração dos seguintes indivíduos e instituições
na elaboração deste manual:
Pela maquetização e revisão final
dr. Heitor Simão Mafanela Simão
Elaborado Por: dr. Adalberto Armindo
Licenciado em Ensino de Geografia pela Universidade Pedagógica – Beira
Colaborador do Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia no CED
Coordenação, Maquetização e Revisão Final: dr. Heitor Simão Mafanela Simão
Licenciado em Ensino de Geografia pela Universidade Pedagógica – Beira
Mestrando em Ciências e Sistemas de Informação Geográfica
Coordenador do Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia no CED

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Geografia de Moçambique I
i

Índice
Visão geral
1
Bem - vindo ao Módulo de Geografia Física de Moçambique I ...................................... 1
Objectivos do curso ....................................................................................................... 1
Quem deveria estudar este módulo ................................................................................ 2
Como está estruturado este módulo................................................................................ 2
Ícones de actividade ...................................................................................................... 3
Acerca dos ícones ........................................................................................ 3
Habilidades de estudo .................................................................................................... 4
Precisa de apoio? ........................................................................................................... 4
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) .............................................................................. 5
Avaliação ...................................................................................................................... 6
Unidade I
7
Introdução ao Enquadramento Geográfico de Moçambique ........................................... 7
Introdução ............................................................................................................ 7
Sumário ......................................................................................................................... 8
Exercícios...................................................................................................................... 8
Unidade II
9
As Fronteiras de Moçambique ....................................................................................... 9
Introdução ............................................................................................................ 9
Sumário ....................................................................................................................... 11
Exercícios.................................................................................................................... 11
Unidade III
12
Os Fusos Horários ....................................................................................................... 12
Introdução .......................................................................................................... 12
Sumário ....................................................................................................................... 16
Exercícios.................................................................................................................... 17
Unidade IV
18
Formações e Estruturas Geológicas ............................................................................. 18
Introdução .......................................................................................................... 18
Sumário ....................................................................................................................... 22
Exercícios.................................................................................................................... 23
Unidade V
24
Morfologia de Moçambique ........................................................................................ 24
Introdução .......................................................................................................... 24

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ii
Índice
Sumário ....................................................................................................................... 27
Exercícios.................................................................................................................... 28
Unidade IV
29
Depressões .................................................................................................................. 29
Introdução .......................................................................................................... 29
Sumário ....................................................................................................................... 31
Exercícios.................................................................................................................... 31
Unidade VII
32
Solos de Moçambique ................................................................................................. 32
Introdução .......................................................................................................... 32
Sumário ....................................................................................................................... 34
Exercícios.................................................................................................................... 34
Unidade VIII
35
A Distribuição dos solos em Moçambique ................................................................... 35
Sumário ....................................................................................................................... 37
Exercícios.................................................................................................................... 38
Unidade IX
39
Clima de Moçambique................................................................................................. 39
Introdução .......................................................................................................... 39
Sumário ....................................................................................................................... 44
Exercícios.................................................................................................................... 44
Unidade X
45
A distribuição do Clima pelo Território Nacional ........................................................ 45
Introdução .......................................................................................................... 45
Sumário ....................................................................................................................... 47
Exercícios.................................................................................................................... 47
Unidade XI
48
As Influências da Circulação Geral da Atmosfera sobre o País .................................... 48
Introdução .......................................................................................................... 48
Sumário ....................................................................................................................... 50
Exercícios.................................................................................................................... 51
Unidade XII
52
Enquadramento geral da Costa de Moçambique ........................................................... 52
Introdução .......................................................................................................... 52

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Geografia de Moçambique I iii
Sumário ....................................................................................................................... 53
Exercícios.................................................................................................................... 53
Unidade XIII
54
Ecossistemas Costeiros e Espécies Ameaçadas ............................................................ 54
Introdução .......................................................................................................... 54
Sumário ....................................................................................................................... 59
Exercícios.................................................................................................................... 59
Unidade XIV
60
As Principais Ilhas da Costa de Moçambique............................................................... 60
Introdução .......................................................................................................... 60
Sumário ....................................................................................................................... 61
Exercícios.................................................................................................................... 62
Unidade XV
63
Importância das Ilhas para a Economia Nacional ......................................................... 63
Introdução .......................................................................................................... 63
Sumário ....................................................................................................................... 65
Exercícios.................................................................................................................... 65
Unidade XVI
66
A Poluição das águas Oceânicas no Litoral Moçambicano ........................................... 66
Introdução .......................................................................................................... 66
Sumário ....................................................................................................................... 67
Exercícios.................................................................................................................... 68
Unidade XVII
69
Hidrografia de Moçambique ........................................................................................ 69
Introdução .......................................................................................................... 69
Sumário ....................................................................................................................... 75
Exercícios.................................................................................................................... 77
Unidade XVIII
78
As Formações Lacustres em Moçambique ................................................................... 78
Introdução .......................................................................................................... 78
Sumário ....................................................................................................................... 80
Exercícios.................................................................................................................... 80
Unidade XIX
81
O Canal de Moçambique e a Plataforma Continental ................................................... 81
Introdução .......................................................................................................... 81
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iv
Índice
Sumário ....................................................................................................................... 83
Exercícios.................................................................................................................... 84
Unidade XX
85
Águas Subterrâneas ..................................................................................................... 85
Introdução .......................................................................................................... 85
Sumário ....................................................................................................................... 87
Exercícios.................................................................................................................... 88
Unidade XXI
89
A Biogeografia ............................................................................................................ 89
Introdução .......................................................................................................... 89
Sumário ....................................................................................................................... 92
Exercícios.................................................................................................................... 93

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Geografia de Moçambique I
1

Visão geral
Bem - vindo ao Módulo de
Geografia Física de Moçambique I
Na Cadeira de Geografia Física de Moçambique I o Estudante terá
a oportunidade de conhecer os principais aspectos físicos de
Moçambique, sua história geológica e geomorfológica, bem como
as principais transformações que ocorreram ao longo do tempo os
quais exerceram as suas influências para as actuais configurações
da Geologia e do relevo de Moçambique.
As condições climáticas de Moçambique determinam o tipo
climático que se apresenta no país, onde podemos encontrar as
principais variações de precipitações que determinam o tipo de
bacias hidrográficas do país onde podemos encontrar os principais
rios a nascerem no interior do Continente, isto é nos países vizinhos
de Moçambique e deste modo os país partilha as bacias
hidrográficas com estes países. Do mesmo modo o estudante terá a
oportunidade de estudar a Biogeografia de Moçambique com as
principais ocorrências de flora e fauna.

Objectivos do curso
Quando terminar o estudo de Geografia Física de Moçambique I
será capaz de:
• Descrever o enquadramento geográfico de Moçambique.
• Caracterizar a constituição geológica de Moçambique.
• Destacar os principais fenómenos que ocorrem na Costa

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2
Objectivos
Moçambicana.
• Caracterizar as Bacias hidrográficas de Moçambique.
• Destacar a fauna e flora de Moçambique.

Quem deveria estudar este


módulo
Este Módulo foi concebido para todos aqueles que , estando a
formar – se em Ensino de Geografia, precisam de bases sólidas de
Geografia Física de Moçambique para poder dar aulas no processo
de interpretação de diversos fenómenos físico-geográfico que
ocorrem e ocorreram em Moçambique.

Como está estruturado este


módulo
Todos os módulos dos cursos produzidos pela Universidade Católica de
Moçambique - Centro de Ensino a Distância encontram-se estruturados
da seguinte maneira:
Páginas introdutórias
▪ Um índice completo.
▪ Uma visão geral detalhada do curso / módulo,
resumindo os aspectos-chave que você precisa conhecer
para completar o estudo. Recomendamos vivamente que
leia esta secção com atenção antes de começar o seu
estudo.

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Geografia de Moçambique I
3
Conteúdo do curso / módulo
O curso está estruturado em unidades. Cada unidade incluirá uma
introdução, objectivos da unidade, conteúdo da unidade incluindo
actividades de aprendizagem, um summary da unidade e uma ou mais
actividades para auto-avaliação.
Outros recursos
Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos uma lista
de recursos adicionais para você explorar. Estes recursos podem incluir
livros, artigos ou sites na internet.
Tarefas de avaliação e/ou Auto-avaliação
Tarefas de avaliação para este módulo encontram-se no final de cada
unidade. Sempre que necessário, dão-se folhas individuais para
desenvolver as tarefas, assim como instruções para as completar. Estes
elementos encontram-se no final do módulo.
Comentários e sugestões
Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer comentários
sobre a estrutura e o conteúdo do curso / módulo. Os seus comentários
serão úteis para nos ajudar a avaliar e melhorar este curso / modulo.

Ícones de actividade
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens das
folhas. Estes ícones servem para identificar diferentes partes do processo
de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de texto, uma
nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc.
Acerca dos ícones
Os ícones usados neste manual são símbolos africanos, conhecidos por
adrinka. Estes símbolos têm origem no povo Ashante de África
Ocidental, datam do século 17 e ainda se usam hoje em dia.

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4

Habilidades de estudo
Durante a formação, para facilitar a aprendizagem e alcançar melhores
resultados, implicará empenho, dedicação e disciplina no estudo. Isto é, os
bons resultados apenas se conseguem com estratégias eficazes e por isso é
importante saber como estudar. Apresento algumas sugestões para que
possa maximizar o tempo dedicado aos estudos:
Antes de organizar os seus momentos de estudo reflicta sobre o ambiente
de estudo que seria ideal para si: Estudo melhor em
casa/biblioteca/café/outro lugar? Estudo melhor à noite/de manhã/de
tarde/fins de semana/ao longo da semana? Estudo melhor com
música/num sítio sossegado/num sítio barulhento? Preciso de um intervalo
de 30 em 30 minutos/de hora a hora/de duas em duas horas/sem
interrupção?
É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido estudado
durante um determinado período de tempo; Deve estudar cada ponto da
matéria em profundidade e passar só ao seguinte quando achar que já
domina bem o anterior. É preferível saber bem algumas partes da matéria
do que saber pouco sobre muitas partes.
Deve evitar-se estudar muitas horas seguidas antes das avaliações, porque,
devido à falta de tempo e consequentes ansiedade e insegurança, começa a
ter-se dificuldades de concentração e de memorização para organizar toda
a informação estudada. Para isso torna-se necessário que: Organize na sua
agenda um horário onde define a que horas e que matérias deve estudar
durante a semana; Face ao tempo livre que resta, deve decidir como o
utilizar produtivamente, decidindo quanto tempo será dedicado ao estudo e
a outras actividades.
É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será uma
necessidade para o estudo das diversas matérias que compõem o curso: A
colocação de notas nas margens pode ajudar a estruturar a matéria de
modo que seja mais fácil identificar as partes que está a estudar e Pode
escrever conclusões, exemplos, vantagens, definições, datas, nomes, pode
também utilizar a margem para colocar comentários seus relacionados
com o que está a ler; a melhor altura para sublinhar é imediatamente a
seguir à compreensão do texto e não depois de uma primeira leitura;
Utilizar o dicionário sempre que surja um conceito cujo significado
desconhece;

Precisa de apoio?
Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra situação, o
material impresso, lhe pode suscitar alguma duvida (falta de clareza,
alguns erros de natureza frásica, prováveis erros ortográficos, falta de
clareza conteudística, etc). Nestes casos, contacte o tutor, via telefone,

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Geografia de Moçambique I
5
escreva uma carta participando a situação e se estiver próximo do tutor,
contacte-o pessoalmente.
Os tutores têm por obrigação, monitorar a sua aprendizagem, dai o
estudante ter a oportunidade de interagir objectivamente com o tutor,
usando para o efeito os mecanismos apresentados acima.
Todos os tutores têm por obrigação facilitar a interacção, em caso de
problemas específicos ele deve ser o primeiro a ser contactado, numa fase
posterior contacte o coordenador do curso e se o problema for de natureza
geral. Contacte a direcção do CED, pelo número 825018440.
Os contactos só se podem efectuar, nos dias úteis e nas horas normais de
expediente.
As sessões presenciais são um momento em que você caro estudante, tem
a oportunidade de interagir com todo o staff do CED, neste período pode
apresentar duvidas, tratar questões administrativas, entre outras.
O estudo em grupo com os colegas é uma forma a ter em conta, busque
apoio com os colegas, discutam juntos, apoiem-se mutuamente, reflictam
sobre estratégias de superação, mas produza de forma independente o seu
próprio saber e desenvolva suas competências.

Tarefas (avaliação e auto-


avaliação)
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e
auto-avaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é
importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues antes do
período presencial.
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não
cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do
estudante.
Os trabalhos devem ser entregues ao CED e os mesmos devem ser
dirigidos ao tutor\docentes.
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, contudo os
mesmos devem ser devidamente referenciados, respeitando os direitos do
autor.
O plagiarismo deve ser evitado, a transcrição fiel de mais de 8 (oito)
palavras de um autor, sem o citar é considerado plagio. A honestidade,
humildade científica e o respeito pelos direitos autoriais devem marcar a
realização dos trabalhos.
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6

Avaliação
Você será avaliado durante o estudo independente (80% do curso) e o
período presencial (20%). A avaliação do estudante é regulamentada com
base no chamado regulamento de avaliação.
Os trabalhos de campo por ti desenvolvidos, durante o estudo individual,
concorrem para os 25% do cálculo da média de frequência da cadeira.
Os exames são realizados no final da cadeira e durante as sessões
presenciais, eles representam 60%, o que adicionado aos 40% da média de
frequência, determinam a nota final com a qual o estudante conclui a
cadeira.
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira.
Nesta cadeira o estudante deverá realizar 3 (três) trabalhos, 2 (dois) testes
e 1 (exame).
Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizados como
ferramentas de avaliação formativa.
Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em
consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de cientificidade,
a forma de conclusão dos assuntos, as recomendações, a identificação das
referências utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros.
Os objectivos e critérios de avaliação estão indicados no manual.
consulte-os.

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Geografia de Moçambique I
7

Unidade I
Introdução ao Enquadramento
Geográfico de Moçambique
Introdução
Com Conteúdos desta Unidade , os discentes terão conhecimentos
sobre o enquadramento geográfico no Mundo em geral e em
particular no Continente Africano.
Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de:
Objectivos
▪ Descrever a localização geográfica e cosmica de Moçambique.
▪ Descrever os Límites Norte, Sul, Este e Oeste de Moçambique.
1. Localização geográfica e Cósmica de Moçambique
A localização Geográfica tem a ver com a posição da República de
Moçambique em relação a outos territórios do continente Africano
e em relação ao Oceano Indíco. Nesse contexto, Moçambique situa
– se na Costa Sudeste do continente Africano, a Sul do Equador
banhado pelo Oceano Índico.
Em termo de paralelos o território Moçambique situa – se na zona
Intertropical do Hemisfério Sul, Zona Quente. Atravessado pelo
Trópico de Capricórnio na parte Meridional.
Limites de Moçambique:
A Norte: República da Tânzania,

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8
A Sul: República da África do Sul (RSA),
A Oeste: pelas Repúblicas do Malawi, Zâmbia, Zimbabwe, RSA e
Suazilândia.
A Este: Oceano Índico.
Quanto a localização Cósmica o território Moçambicano situa – se
entre os Paralelos 10º 27” Latitude Sul e 26º 52” Latitude Sul.
Moçambique também faz parte da região Oriental entre os
Meridianos de 30º 12” Longitude Este e 40º 51” Longitude Este.

Sumário
O Território Moçambicano situa – se na zona Intertropical do
Hemisfério Sul, Zona Quente. Atravessado pelo Trópico de
Capricórnio na parte Meridional. Entre os Paralelos 10º 27”
Latitude Sul e 26º 52” Latitude Sul. Moçambique também faz parte
da região Oriental entre os Meridianos de 30º 12” Longitude Este e
40º 51” Longitude Este.

Exercícios
1. Refira a localização Geográfica e cosmic do Território
Moçambicano.
2. Fale dos límites Norte, Sul, Oeste e Este de Moçambique

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Geografia de Moçambique I
9

Unidade II
As Fronteiras de Moçambique
Introdução
Esta unidade pretende se dotar aos discentes sobre os traçados de
fronteiras moçambicanas, com as respectivas coordenadas,
distâncias máximas e minímas dos traçados,fronteiras terrestre e
fronteiras fluvial para fins políticos, sociais, culturais, económicos,
etc.
Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de:
Objectivos
▪ Descrever os traçados de fronteiras Norte, Noroeste, Ocidental
Sul e Este.
▪ Caracterizar a extensão territorial de Moçambique.
▪ Descrever as extensões territoriais e as respectivas coordenadas
geográficas de Moçambique.
2. As Fronteiras de Moçambique
A fronteira terrestre de Moçambique é cerca de 4312 Km; a
fronteira fluvial cerca de 1205 Km; fronteira lacustre 302. E a orla
marítima moçambicana é cerca de 2515 Km, sentido Norte – Sul.
- A superfície total de Moçambique é cerca de 799 380 Km2; terra
firme cerca de 786 380 Km2;
- Águas Interiores cerca de 13.000 Km2;
A largura máxima de Moçambique é de 962,5 Km, começando da

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Península de Mossuril (Nampula) até ao marco da fronteira
localizado na confluência do Rio Aruângua com o Rio Zambeze
(Tete). A menor largura é de 47,5 Km, começando do marco
Sivayana (Sul de Namaacha) até o alto Farol (Catembe).
2.1.A Fronteira Norte
Tem cerca de 800 Km e separa Moçambique da Tanzania e é
estabelecida pelo curso do Rio Rovuma (Fronteira naturais) entre a
sua Foz e a confluência do rio Messinge. Deste ponto começa para
Oeste uma linha convencional até um ponto ao meio do Lago Niassa
11º 30” Lat. Sul e Long. 34º 38ꞌ E.
2.2. A Fronteira Sul
Faz a separação com a RSA no sentido Este – Oeste, em primeiro
através do Rio Maputo até a confluência com Rio Pongolo a partir
do qual corre uma linha convencional até Ponta do Ouro no Oceano
Índico. Cerca de 85 Km.
2.3. A Fronteira Ocidental
O território nacional é separado por cincos Países vizinhos em cerca
de 2680 Km desde o seu extremo Norte no meio do Lago Niassa
onde inicia a fronteira com Malawi até ao extremo Sul, junto a
Fronteira com a Suazilândia. A partir do Paralelo 14º 14º Sul,
tangente a Província de Tete toma lugar a Fronteira Norte -
Ocidental com a Zâmbia até ao Rio Aruângua proceguindo ao longo
do curso deste Rio até a sua confluência com Rio Zambeze onde em
direcção ao Sul inicia a fronteira com o Zimbabwe e vai até ao Rio
Limpopo. A partir deste Rio inicia a fronteira com a RSA no sentido
NNW – SSE até ao Monte Mꞌponduine onde se interrompe a

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Geografia de Moçambique I 11
fronteira com a Suazilândia até ao extremo Sul no Rio Maputo.
2.4. A Fronteira Leste
Encontra – se a 12 milhas marítimas no canal de Moçambique a
partir da linha de base.

Sumário
A fronteira terrestre de Moçambique é cerca de 4312 Km; a
fronteira fluvial cerca de 1205 Km; fronteira lacustre 302. E a orla
marítima moçambicana é cerca de 2515 Km, sentido Norte – Sul.
A superfície total de Moçambique é cerca de 799 380 Km2; terra
firme cerca de 786 380 Km2; Águas Interiores cerca de 13.000
Km2;
A largura máxima de Moçambique é de 962,5 Km, começando da
Península de Mossuril (Nampula) até ao marco da fronteira
localizado na confluência do Rio Aruângua com o Rio Zambeze
(Tete). A menor largura é de 47,5 Km, começando do marco
Sivayana (Sul de Namaacha) até o alto Farol (Catembe). As
fronteiras terrestres separam Moçambique dos seguintes Países:
Tanzania ao Norte; Malawi; Zâmbia; Zimbabwe; África do Sul e
Suazilândia a Oeste e África do Sul ao Sul.

Exercícios
1. Caracteriza as fronteiras Norte, Sul, Ocidental, Oeste e Leste de
Moçambique.
2. Qual é a extensão Territorial de Moçambique?
a) Qual é a largura máxima e menor de Moçambique
Realize os exercícios e entregue somente o número 1.

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12

Unidade III
Os Fusos Horários
Introdução
Nesta presente unidade os discentes terão conhecimento se a terra
estivesse parade, cada cidade ou localidade do Mundo teria mesmo
sempre um mesmo horário. Entrentanto, é graças ao seu
movimento de rotação que conhecemos a alternância dos dias e das
noites, fazendo com que os horários não sejam sempre os mesmo
para cada localidade da Terra.
Também ficarão dotados que as diferenças de horários existentes
entre as diferentes partes do Mundo foram durante muito tempo
motivo de certa confusão. Por isso foi estabelecido um sistema de
tempo padrão. Por isso, em 1884 foi estabelecido um sistema de
tempo padrão onde se aplicou a noção de fusos horários
Ao completar esta unidade, você será capaz de:
Objectivos
▪ Conceituar os Fusos Horários;
▪ Distinguir a hora legal e hora local de Moçambique;
▪ Descrever os processos de identificação dos fusos horários de
um País.
▪ Explicar a divisão político e territorial,
▪ Importância dos fusos horários
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Geografia de Moçambique I 13
3. Fusos horários – conceito
3.1. Fusos horários – é um espaço compreendido entre dois
meridianos que distam 15º e é percorrido pelo sol durante uma
hora.
Como a esfera terrestre completa uma rotação em 24 horas,
temos que em 1hora ela percorre o equivalente a 15º, isto é, 15º
de meridianos, ou seja:
24 horas........................360º
1 hora..........................15º
Cada espaço da terra equivale a 15º de meridianos corresponde a
1 fuso horário e equivale, em tempo, a 1 hora. Concluímos,
portanto, que os 360º de meridianos da esfera terrestre são
suficientes para formarem um total de 24 fusos horários, pois
1 fuso = 15º
24 fusos = 360º
Todos os fusos apresentam horários definidos em relação a
Greewich (GMT), isto é, o Meridiano de Greenwich é o ponto
central de partida do sistema fuso horário 0º. Como a Terra gira
de Oeste para Leste, devemos compreender que as localidades
situadas a Leste estarão com horários sempre adiantados em
relação áquelas que se encontram a Oeste.
Assim sendo, se uma localidade estiver situada 3 fusos (45º) a
Leste de Greenwich, estará com 3 horas adiantadas em relação
ao horário de Greenwich. Convém lembrar que todos os pontos
situados ao longo de um mesmo fuso possuem oficialmente o
mesmo horário.
As linhas que delimitam os fusos horários não são regulares,
seguem geralmente sobre a Superfície da Terra o traçado das

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14
fronteiras Internacionais e Internas, o que permite definir hora
para cada País. Países de grande extensão territorial em
Longitude são definidos vários fusos horários.
Exemplo: Rússia tem 11 fusos horários.
Como calcular a hora doutro fuso? Verifique no Mapa de fusos
horários e subtraia o menor do maior fusos envolvidos.
Tomemos como exemplo: imaginemos que no Brasil são 10
horas, e que horas serão na Índia? Verificando no mapa dos
fusos horários achará: brasíl tem fuso (-3) e a Índia fuso (+
5:30), subtraindo o menor do maior: + 5:30 – (-3) = 5:30 + 3 =
8:30. Logo some esta diferença á hora Legal, se estiver a Leste,
ou subtrai se estiver a Oeste. Logo se no Brasil são 10 horas, na
India são 18h 30min.
3.1. Hora Legal e Hora Local de Moçambique
Em Moçambique o Meridiano Central do Fuso Horário deste
Território é o Meridiano 30º E ou seja o Meridiano Central do
fuso horário mais 2 é o Meridiano 30º E que passa a Oeste da
Província de Tete.
A hora local é definida pela passagem do sol pelo meridiano
superior deste lugar, mas a hora legal é definida pelo fuso
horário onde estamos. Em Moçambique é 12h Local quando o
sol está na vertical deste local ou está sobre Meridiano deste
local e com o tempo estará na vertical doutro local. E 12h Legal
de Moçambique é quando o Sol está na vertical de Meridiano
30º 00”.
A Hora Legal tem como vantagens, a saber:
• Facilita a navegação maritima e áerea no território;

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Geografia de Moçambique I 15
• Facilita a localização geográfica e astronómica territorial
• Permite o traçado de fronteiras dos Países;
• Regula as actividades económicas; etc.
3.2. A Divisão Territorial de Mçambique
Segundo a Constituição da República de Moçambique, as
unidades político – administrativas regionais designam – se por
Províncias, Distritos, Postos Administrativos e Localidades,
incluindo a Cidade de Maputo, Província Capital.
Moçambique subdivide – se em 11 Províncias, segundo ilustra a
tabela abaixo.

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16

Sumário
Fusos horários – é um espaço compreendido entre dois meridianos
que distam 15º e é percorrido pelo sol durante uma hora. E Como a
esfera terrestre completa uma rotação em 24 horas, temos que em
1hora ela percorre o equivalente a 15º, isto é, 15º de meridianos
Província Capital
(Cidade)
Superfície
(km2)
Total
Limites
N
S
W
E
Cabo
Delgado
Pemba
82.625
Tanzania Nampula Niassa
Oceano
Indíco
Niassa
Lichinga 129.056
Tanzania Nampula Malawi
Cabo
delgado
Nampula Nampula 81.606
C.Delgado
e Niassa
Zambézia Sul
de
Niassa e
Norte de
Zambézia
Oceano
Indíco
Zambézia Quelimane 61.661
Nampula
e Niassa
Rio
Zambeze
Tete
e
Malawi
Oceano
Indíco
Tete
Tete
100.724
Zâmbia
Manica e
Sofala
Zimbabwe Sofala
Manica
Chimoio 61.661
Tete
Rio Save Zimbabwe Sofala
Sofala
Beira
68.018
Rio
Zambeze
Rio Save Manica
Oceano
Indíco
Inhambane Inhambane 68.615
Rio Save Oceano
Indíco
Gaza
Oceano
Indíco
Gaza
Xai - Xai 75.709
Rio save
(Manica)
Maputo Zimbabwe
e RAS
Inhambane
Maputo
Província
Matola
26.058
Gaza
RAS
Suazilândia
e RAS
Oceano
Indíco
Maputo
cidade
Maputo
(Capital)
300

Page 25
Geografia de Moçambique I 17
O Meridiano de Greenwich é o Ponto Central de partida do sistema
fuso horário 0º.
A hora local é definida pela passagem do sol pelo meridiano
superior deste lugar, mas a hora legal é definida pelo fuso horário
onde estamos. Em Moçambique é 12h Local quando o sol está na
vertical deste local ou está sobre Meridiano deste local e com o
tempo estará na vertical doutro local. E 12h Legal de Moçambique
é quando o Sol está na vertical de Meridiano 30º 00”.

Exercícios
1. Estabeleça a diferença entre a Hora Local e Hora Legal.
2. Diga qual é o Meridiano Central do Fuso horário de
Moçambique?
3. Diga porque que na Ilha de Moçambique (Nampula),
quando o Sol está na vertical deste Local (12h local) não é
oficial ou Legal.
Realize os exercícios e entregue – os.
Page 26
18

Unidade IV
Formações e Estruturas
Geológicas
Introdução
Com esta Unidade pretende – se que os discentes tenham
conhecimentos sobre as manifestções geológicas que ocorreram no
nosso terrtório, no respeita as Eras, períodos geológicos, as
formações e as respectiva regiões.
Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de:
Objectivos
▪ Identificar as principais unidades geológicas de Moçambique;
▪ Caracterizar as formações do precâmbrico e do fanerozoico;
▪ Descrever as unidades geológicas de Moçambique.
4. Estruturas Geológicas
As formações geológicas do território moçambique, interligam com
as do continente africano.
No território moçambicano distinguem – se duas grandes unidades
de formações geológicas, e que esta divisão corresponde á duas
grandes Eras geológicas da história da Terra que manifestaram de
forma expressiva no nosso território, a saber:
• O Precâmbrico, com uma superfície cerca de 534.000 Km2;

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Geografia de Moçambique I 19
• O Fanerozoico, com uma área aproxidamente á 237.000
Km2
4.1. O Precâmbrico
Os territórios do Precâmbrico são constituido por rochas mais do
território que se formaram a mais de 600 milhões de anos,
ocupando cerca de 1/3 do território moçambicano, mais
concretamente nas regiões Centro e Norte Ocidental do País.
Em Moçambique, as rochas do Precâmbrico subidivide – se em
duas partes:
4.1.1. O Precâmbrico Inferior/Arcaico
É representado pelo Cinturão de Zimbabwe que enquadra o sistema
de Manica e localiza – se na Província de Manica e é constituido
pelas formações de Macequece e de N′beza e Vengo.
Litologicamente é constituido por rochas metamórficas de origem
magmáticas e sedimntares.
4.1.2. O Precâmbrico Superior/ Cinturão de Moçambique
É constituido por formações antigas profundamente removidas por
várias Orogenias das quais a íltima orogenia Katanguana com
vestigíos marcantes datados de 500 milhões de anos.
O Precâmbrico Supeior divide – se em três Provínciais Geológicas,
tais como:
4.1.2.1. Província Tectónica de Moçambique, que enquadram
vários territórios das provínciais do Norte e Zambézia, excluindo a

Page 28
20
parte Ocidental da província do Niassa;
.
4.1.2.2. Província Tectónica do Niassa, Engloba vastos territórios
Ocidentais da Província do Niassa e os territórios da Província de
Tete, a norte do Rio Zambeze;
4.1.2.3. Província Tectónica do Médio Zambeze, engloba vastos
territórios Planálticos a Sul do Rio Zambeze ao Rio Save e exclui o
extremo Ocidental da Província de manica que faz parte do
Precâmbrico Inferior.
4.2. O Fanerozóico
É formado essencialmente por rochas sedimentares que se
formaram entre 300 – 70 molhões de anos. Não obstante algumas
formações eruptivas como os basaltos e riolitos que ocrrem junto a
fronteira Sul do País.
O fanerozóico ocupa cerca de 2/3 do território nacional assim
distribuido:
A Sul do Rio Save, ocupa quase a totalidade das Provínciais de
Inhambane, Gaza e Maputo, estreita gradualmente na região central
(Provínciais de Sofala, Zambézia), para o norte de Quelimane
reduz – se a uma estreita faixa litoral até a foz do rio Lúrio donde
se alarga ligeiramente at’e a foz do rio Rovuma.
Fazem parte do fanerozóico, as rochas do Karroo, Jurássico,
Cretácico e ainda do Quaternário/antropogénico.
O karroo, distribui – se geograficamente pelas Províncias do
Niassa, Tete, Manica e nos Montes Limbombos no Sul do País. Os

Page 29
Geografia de Moçambique I 21
sedimentos do Karroo caracteriza – se pela sua origem continental
e por se depositarem em bacias com falhas, a maioria das quais
estão representadas nas provínciais de Tete e Manica.
Jurássico, as formações do jurássico encontram – se representadas
nas Provínciais de Tete e Cabo Delgado, litologicamente o
jurássico é caracterizado por grés, calcáreos, riolitos, gabros e
conglomerados.
O Cretácico, é essencialmente formado por rochas sedimentares,
não obstante rochas eruptivas, que predominam na concâva de
maciço de Lupata na Província de Tete (Sudeste). A importância
económica do cretáccico consiste na presença de gás natural.
O Terciário e o Quaternário, estas duas formações apresentam
semelhanças no respeita a sua composição litológica.
O quartenário é composto por sedimentos resultantes da erosão de
rochas formadas no terciário e composto essencialmente por dunas
costeiras não consolidadas e por aluviões e coluviões. De um modo
geral as duas unidades dominam quase todo Sul do rio Save estão
representadas também no litoral Centro do País e por uma faixa
estreita ao longo do litoral norte. Enquanto o Terciário é
caracterizado por grés, conglomerados, rochas basálticas, chaminés
vucânicos de basaltos nefilíticos e traquitos. (ver Atlas Geográfico
Vol. I, pág. 10).

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22
Estrutura Geológica de Moçambique

Sumário
No território moçambicano distinguem – se duas grandes unidades
de formações geológicas, e que esta divisão corresponde á duas
grandes Eras geológicas da história da Terra que manifestaram de
forma expressiva no nosso território, a saber:
O Precâmbrico, com uma superfície cerca de 534.000 Km2,
composto por precâmbrico inferior e superior. Constituido por
rochas metamórficas de origem magmáticas e sedimntares
O Fanerozoico, com uma área aproxidamente á 237.000 Km2,
formado essencialmente por rochas sedimentares. E fazem parte do

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Geografia de Moçambique I 23
fanerozóico, as rochas do Karroo, Jurássico, Cretácico e ainda do
Terciário e Quaternário.

Exercícios
1. Refira as unidades geológicas que manifestaram em
Moçambique.
2. Mencione as Provínciais Tectónicas de Moçambique.
3. Caracterize as formações do Terciário e Quaternário e não
se esquecendo de referir a sua importância económica.
4. Fale da importância sócio – económica do karroo.
Resolvas os exercícios e entregue números 2 á 4

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24

Unidade V
Morfologia de Moçambique
Introdução
A superfície do território moçambicano apresenta um relevo
irregular como resultado de processos orogénicos, epirogeénico,
vulcânicos e da geodinâmica externa que actuaram e actuam sobre
esta parcela do continente africano.
Ao completar esta unidade sobre a morfologia, você será capaz de:
Objectivos
▪ Identificar as diversas formas de relevo de Moçambique;
▪ Caracterizar as diversas formas de relevo em Moçambique;
▪ Descrever a influência de diversos factores externos e internos na
modelação do relevo.
5. Estrutura Morfológica
Em termo gerais considera – se que a morfologia do território
moçambicano compreende três formas principais, a saber:
Planicíes, Planaltos e Montanhas, além de Depressão.
As três formas que no seu conjunto constituem zonas morfológicas
estão dispostas, de forma, geral, em escadarias, aumentando de
altitude do litoral para interior. Assim caminhando do litoral para
interior o relevo passa sucessivamente de estrutura mais baixa para
as mais elevadas.
1.
A Zona de Planícies no nosso Território variam de 0 –

Page 33
Geografia de Moçambique I 25
200m de altitude que correspondem cerca de 44% do território
Nacional. Ocupa quase os territórios do Sul do Save a saber:
Província de Inhambane, Gaza e Maputo, com destaque da
Província de Inhambane em que quase 100% do seu território
possue altitude igual ou menor a 200m.
De uma forma em geral a Planície litoral moçambicana alarga –
se no Sul e estreita – se no Norte; penetra mais para em faixas
estreitas seguindo as margens dos principais rios, e esta forma de
divulgação faz que as restantes zonas do relevo do País estejam
separadas uma da outra.
A zona de Planícies está interligada em todo território
moçambicano e faz parte de Planície litoral africana que circunda
quase todo Continente.
2. A Zona de Planaltos, variam de 200 – 1000 m de altitude,
compreende cerca de 40% do território nacional.
Morfologicamente os Planaltos moçambicanos classificam – se:
• Planaltos Médios – 200 – 500 m de altitude;
• Alti – Planaltos – 500 – 1000 m de altitude.
Os Planaltos em Moçambique predominam nas Provincias do
Norte e Centro e na parte Sul do Save limita – se as pequenas
áreas no interior limitrófe da Província de Gaza e Maputo. Eis os
Planaltos moçambicano:
2.1. Planalto Moçambicano, abrangem os territórios do interior
das províncias de Cabo Delgado, sudeste do Niassa, Nampula
e Zambézia.
2.2. Planalto de Lichinga, abrangem território do Noroeste
Província do Niassa.
2.3. Planalto de Moeda, abrangem a parte centro – nordeste

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26
Província de Cabo Delgado.
2.4. Planlto de Angónia, situa – se no Nordeste de Tete junto a
fronteira com Malawi.
2.5. Planalto de Marávia, localiza – se na Província de Tete a
Norte da Albufeira de Cahora Bassa e alarga – se até
fronteira com a Zâmbia.
2.6. Planalto de Chimoio, situa – se na Província de Manica
estendendo grosso modo no sentido Norte – Sul e na parte
Ocidental confina com altos-relevos da fronteira com
Zimbabwe.
3. Zona de Montanhas, estão acima dos 1000 m e que
corresponde cerca de 16% do território nacional. São
considerados cincos formações orográficas, a saber:
3.1. O sistema Maniamba – Amaramba, este sistema localiza –
se na Província na província do Niassa. Tem orientação
Norte – Sul; ladeia lago Niassa e desce em escadaria bastante
agrupta em direcção ao lago Niassa. O ponto mais alto é a
serra Jeci com 1836 m de altitude; além de monte Mitucué
com 1803 m de altitude.
3.2. Formação Chire – Namuli, estende – se do rio Chire
(Zambézia) até Ribarue (Nampula), seu ponto mais alto é o
monte Namuli com 2419 m altitude, outros pontos mais
elevados são: Serra Chiperone (2054 m altit) e Serra Inago
(1807m altit).
3.3. Sistema Marávia – Angónia, estende – se em todo o Norte
da província de Tete ao longo da fronteira com a Zâmbia e
Malawi, os pontos mais elevados são: O monte Dómue (2095
m altit.) e monte Chirobué (2021 m altit.).

Page 35
Geografia de Moçambique I 27
3.4. Sistema de Manica, formado por uma série de montanhas
situadas na Província de Manica. É neste sistema onde se
enquadra o maciço de Chimanimani, onde se situa o monte
Binga, o ponto mais alto de Moçambique, com 2436 m de
altit.
Outros pontos mais elevados são: Gorongue (1887 m altit.),
Serra Shoa (1844 m altit.) e monte Gorongosa (1862 m
altit.)
3.5. Os Montes Libombos, localiza – se na Província de
Maputo, o sitema dos Libombos é formado por dois
alinhamentos paralelo de Montanhas; os pequenos Libombos,
que contituem um degrão intermédio entre a planicíe litoral e
alinha de maiores altitudes da fronteira e os grandea
Libombos situados ao longo da fronteira, é neste alinhamento
onde se encontra maiores altitudes. Na verdade as altitudes
dos montes Libombos não chegam a atingir os 1000m
considerados como marco das altitudes das montanhas,
porém no conjunto do relevo do Sul do País eles se destacam
como únicas formações elevadas. O ponto mais alto é monte
M’ Pnduine (801 m altit.).
As principais depressões existentes em Moçambique,
destacam – se os vales dos rios e as formas de relevo
negativas onde se localizam – se os lagos e Pantanos. Estas
depressões interrompem frequentemente a continuidade das
planícies; planaltos e das montanhas. A maior depressão é o
vale do rio Zambeze, etc.

Sumário
As três formas que no seu conjunto constituem zonas morfológicas
estão dispostas, de forma, geral, em escadarias, aumentando de

Page 36
28
altitude do litoral para interior. Assim caminhando do litoral para
interior o relevo passa sucessivamente de estrutura mais baixa para
as mais elevadas. As zonas de Planícies ocupam 44%, Planaltos
40% e Montanhas 16% do território, além de depressões.

Exercícios
1. Refira os principais factores que actuaram e actuam na
modelação do relevo moçambicano.
2. Descreva o relevo moçambicano.
3. Mencione as formações montanhosas do território
moçambicano.
Resolva os exercícios e entrega os números 1 e 3.

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Geografia de Moçambique I 29

Unidade IV
Depressões
Introdução
Com esta unidade pretende – se que os discentes tenha
conhecimentos sobre as depressões que se manisfestam no nosso
território, sua distribuição e características.
Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de:
Objectivos
▪ Identificar as depressões no território moçambicano;
▪ Caracterizar as depressões moçambicanas;
▪ Descrever as depressões moçambicanas.
6. Depressões
Características
As principais depressões existentes em Moçambique destacam – se
os vales dos rios e as formas de relevo negativas onde se localizam
– se os lagos e Pantanos. Estas depressões interrompem
frequentemente a continuidade das planícies; planaltos e das
montanhas.
Que estas evidências são como resultados dos movimentos
tectónicos que no passado geológico manifestaram no continente
africano na parte Oriental e em moçambique em particular.

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30
6.1. Distribuição das Depressões
6.1.1. Depressão do vale do rio Zambeze, é a maior não por
constituir um dos maiores do continente africano, como também
por atravessar regiões de litologia e tectónica complicada, ás quais
o rio teve se adaptar.
Em alguns pontos do seu percurso o rio Zambeze, dada a
resistência de certas formações rochosas por onde atravessa, escava
o seu leito, constituindo gargantas apertadas e profundas, com
grande relevância para a topografia do relevo.
6.1.2. Depressões Chire – Urema e Espungabera, estas formas
negativas é resultado de movimentos grabens tectónicos e
representam das superfícies falhadas que caracterizam a África
Oriental.
6.1.3. Depressão do Niassa, onde se localizam os lagos Niassa,
Chirua, Chiúta e Amaramba.
6.1.4. Depressão de Chissenga, é prolongamento do afundamento
de Urema – Zangué para Sul; este aberga o curso inferior do
Púngué e que se desvia para mar onde continua na plataforma
continental.
6.1.5. Depressão de Funhalouro, constitue um dos mais
importantes afundimentos tectónico á Sul do Rio Save.
6.1.6. Depressão do Xai – Xai, constitue um largo e profundo
afundamento que representa o vale do rio Limpopó.
6.1.7. Depressão das Palmeiras, na província de Maputo, este
afundamento é percorrido pelo rio Incomati, no extremo Sul
composta o afundamento tectónico correspondente a baia de
Maputo, etc.

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Geografia de Moçambique I 31
Sumário
As principais depressões existentes em Moçambique destacam – se
os vales dos rios e as formas de relevo negativas onde se localizam
– se os lagos e Pantanos, nomeadamente Depressão do Rio
Zambeze, que é a maior, depressão do Niassa, depressão de Chire –
Urema, de Espungabera e as que se registam – se no Sul do rio
save. Estas depressões interrompem frequentemente a continuidade
das planícies; planaltos e das montanhas.

Exercícios
1. Identifique e caracterize as depressões moçambicanas.
Resolva o exercício somente.

Page 40
32

Unidade VII
Solos de Moçambique
Introdução
Com esta unidade pretende – se que os discentes tenha
conhecimentos sobre os recursos pedológicos de Moçambique, no
que respeita os tipos de solos e suas respeitivas características.
Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de:
Objectivos
▪ Identificar os diferentes tipos de solos no território nacional;
▪ Caracterizar os diferentes tipos de solos;
▪ Descrever as características dos solos no território nacional.
7.1. Solos de Moçambique
No território moçambicano existe uma grande variedade de
recursos pedológico que resulta da combinação de diversos
factores, tais como: condições geológicas, climáticas, etc.
7.2. Os Tipos de Solos de Moçambique
Os tipos de solos em Moçambique são:
Solos argilosos vermerlhos e profundos Solos franco – argiloso –
arenoso - avermelhados, Solos franco – argiloso – acastanhados,
evoluidos e fértis, Solos argilosos vermelhos, Solos arenosos de

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Geografia de Moçambique I 33
fertilidade de muito baixa, Solos arenosos avermelhados, Solos
arenosos brancos, Solos fluviais de alta fertilidade, Solos muito
pesados ,Solos argilosos mal drenados, Solos fluviais e marinhos e
Solos delgados e pouco profundos.
7.3. As Características dos Solos de Moçambique
Tipos de Solos
Características
Solos argilosos vermerlhos e profundos
Bem drenados e muito baixa fertilidade
Solos franco – argiloso – arenoso -
avermelhados
Fertilidade baixa a intermédia
susceptível á erosão
Solos franco – argiloso – acastanhados,
evoluidos e fértis
Favorável á agricultura
Solos argilosos vermelhos
Fertilidade intermédia a boa
Solos arenosos de fertilidade de muito
baixa
Baixa retenção de água
Solos arenosos avermelhados
Fertilidade muito baixa e baixa
retenção de água
Solos arenosos brancos
Fertilidade muito baixa e baixa
retenção de água
Solos fluviais de alta fertilidade
Excesso de água e salinidade
Solos muito pesados
Cor cinzenta e negra, mal drenados e
difícil lavoura
Solos argilosos mal drenados
Camada superficial mais leve e com
côr pálida, salgado
Solos fluviais e marinhos
Mal drenado e muito salgado
Solos delgados e pouco profundos
Rochosos e não aptos para a agricultura

Page 42
34

Sumário
No território moçambicano existe uma grande variedade de
recursos pedológico que resulta da combinação de diversos
factores, tais como: condições geológicas, climáticas.
Os tipos de solos em Moçambique são solos argilosos vermerlhos e
profundos, Solos franco – argiloso – arenoso - avermelhados,
Solos franco – argiloso – acastanhados, evoluidos e fértis, Solos
argilosos vermelhos, Solos arenosos de fertilidade de muito baixa,
Solos arenosos avermelhados, Solos arenosos brancos, Solos
fluviais de alta fertilidade, Solos muito pesados ,Solos argilosos
mal drenados, Solos fluviais e marinhos e Solos delgados e pouco
profundos.
Exercícios
1. Explique como as condições climáticas influenciam os
solos no território moçambicano.
2. Caracterize os solos moçambicanos.
Resolva os exercícios e entregue o número 1.

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Geografia de Moçambique I 35

Unidade VIII
A Distribuição dos solos em
Moçambique
Introdução
Com esta unidade pretende – se que os discentes tenham
conhecimentos sobre a distribuição dos diferentes tipos de solos
pelo território nacional a nível das regiões Norte, Centro e Sul. Não
obstante a influência do factor rocha – mãe na distribuição dos
solos.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:
Objectivos
▪ Identificar os tipos de solos e a sua distribuição pelo território nacional;
▪ Caracterizar os tipos de solos predominantes nas diferentes regiões do
território nacional;
▪ Explicar a influência do factor rocha – mãe na distribuição dos solos no
território nacional.
8.1. Distribuição dos Solos em Moçambique
Em Moçambique existe uma enorme variedade dos solos como
resultado da combinação de diversos factores, tais como
condições geológicas e climáticas, etc.
Na Região Norte, onde predominam rochas do Precâmbrico e
com precipitação abundantes, os solos predominantes são os
argilosos variando entre os franco – argiloso – avermelhados
que ocupa a maior área, e os argilosos vermelhos e castanhos

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36
profundo com boa permeabilidade e drenagem.
Na Região Centro predominam solos francos – argilosos –
arenosos – avermelhados. No curso médio e inferior do Rio
Zambeze predominam solos fluviais com elevada fertilidade.
Na Região Sul predominam solos arenosos de baixa fertilidade
e baixo poder de retenção de água sendo intercalados por solos
arenosos brancos fluviais e marinho. Ao longo dos vales dos
rios Incomáti e Limpopó encontram – se solos fluviais de alta
fertilidade.
8.2. A Influência da Rocha – mãe na Distribuição dos Solos
A Rocha – mãe fornece os constituentes minerais ao solo. As
rochas superficiais expostas ao ar livre estão sujeitas á
influência dos agentes atmosféricos, bem como á acção dos
seres vivos. Uma vez formado este pode ser arrastado por
vários agentes erosivos e redistribuidos.
E do modo geral, os solos do território moçambicano são
influenciados pela Estrutura Geológica (rochas do Pré –
Cambrico e do Fanerozóico).
As rochas do Pré – Cambrico (rochas vulcânicas), abragem
maior parte dos territórios da região Norte e Centro, no interior,
predominam solos maduros (Solos Zonais), isto é, solos franco
– argiloso – avermelhados, argilosos – vermelhos e castanhos
profundos com boa fertilidade e drenagem.
Enquanto no litoral Norte, Centro e Sul do rio Save (com maior
abragência), predominam as rochas do Fanerozóico, e os solos
são arenosos brancos fluviais e marinhos, com baixa fertlidade.
Distribuição de Solos em Moçambique

Page 45
Geografia de Moçambique I 37

Sumário
Em Moçambique existe uma enorme variedade dos solos. É
influenciado em grande medida pela estrutura geológica (rocha -
mãe).
Na Região Norte e Centro (no interior), onde predominam
abundantes rochas do Precâmbrico e com precipitação, os solos
predominantes são os argilosos variando entre os franco – argiloso
– avermelhados que ocupa a maior área, e os argilosos vermelhos e
castanhos profundo com boa permeabilidade e drenagem e solos
francos – argilosos – arenosos – avermelhados. No curso médio e
inferior do Rio Zambeze predominam solos fluviais com elevada
fertilidade.
Na Região Sul predominam rochas do Fanerozóico, os solos são
arenosos de baixa fertilidade e baixo poder de retenção de água

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38
sendo intercalados por solos arenosos brancos fluviais e marinho.
Ao longo dos vales dos rios Incomáti e Limpopó encontram – se
solos fluviais de alta fertilidade.

Exercícios
1. A partir do Atlas Geográfico, Vol.I, página 13, recursos
pedológico do território moçambicano, diga:
a) Dois tipos de solos mais predominates nas Províncias
do Norte.
b) Refira o tipo de solo mais divulgado no Sul do Rio
Save.
c) Fale dos solos divulgados nas faixas costeiras de Cabo
Delgado, Búzi até Vilânculos.
Resolva todos exercícios e entrega – os.

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Geografia de Moçambique I 39

Unidade IX
Clima de Moçambique
Introdução
Com abordagem desta unidade pretende – se que os discentes
tenham conhecimentos sólidos sobre as particularidades climáticas
do Território moçambicano, os factores que influenciam, os
principais elementos do clima e seu comportamento, os tipos de
clima, etc.
Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de:
Objectivos
▪ Identificar os factores e elementos de clima;
▪ Caracterizar os factores e elementos de clima;
▪ Caracterizar os diferentes tipos de clima.
7.1. Clima de Moçamique
Os Principais factores do clima do Teritório moçambicano são:
- Altitude;
- Latitude;
- Continentalidade;
- Correntes maritímas (corrente quente de canal de Moçambique),
além de outros.

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40
7.1. Altitude
A temperatura do ar diminui cerca de 0,6º c em cada 100m. A
diferença de Altitude vai influenciar as temperaturas das regiões
para regiões.
As regiões mais fersca sãode Planaltos e Montanhas, enquanto que
as regiões com temperaturas elevadas é Província de Tete nas
regiões baixas de Planicie, ela influe na estabilidade térmicas.
7.2. Latitude
A maior parte do território moçambicano situa – se na zona
Intertropical, por isso, clima do tipo tropicais. O trópico de
Capricórnio atravessa esse território na sua parte Sul das Províncias
de Inhambane e Gaza, ficando apenas pequena parte deste território
ao Sul do referido Trópico, isto é, na dita Temperada do Sul que no
entanto, em Moçambique devido a influência de diversos factores
com destaque da Corrente quente do canal de moçambique tais
territórios não possuem climas Temperados, mas sim um clima
Tropical.
Em termos de Latitude nota – se a diminuição quase gradual da
humidade e das precipitações do Norte para Sul, não só devido ao
factor Altitude, mas também da própria Latitude. Os índices de
maior secura registam – se no interior das províncias de gaza e
Inhambane e em particular na região de Pafúri (localidade),no
interior da fronteira de Gaza próximo entre os paralelos 22º 15” e
23º 00” de Latitude Sul, isto é, próximo e a Norte do Trópico de
Capricórnio, uma região de relevo de Planaltos médios de 200 –
500m de altitude e a cerca de 400 km do Litoral.

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Geografia de Moçambique I 41
7.3. Continentalidade
Para maior parte do território moçambicano a continentalidade é
um factor de menor significado pois que as influências negativas
deste factor no interior são separados pelo factor altitude. De facto,
a medida que a continentalidade aumenta ou seja, a medida que se
caminah do litoral para o interior a altitude aumenta, e o aumento
da altitude significa aumento da pluviosidade.
As regiões do País com maior continentalidade sào as do norte que
entretanto como se referiu neles, predominam altos planaltos e
montanhas. As únicas regiões onde se faz sentir os efeitos
negativos da continentalidade é o interior de Gaza (Localidade de
Pafúri), bem como no Sul da província de tete e Norte da Província
de manica. Nestas regiões predominam climas tropicais secos e
tropical semi – áridos.
A regularidade do efeito da continentalidade está patente nas
Províncias de Inhambane e gaza que se manifestam pela
diminuição da humudade e pluviosidade de Leste para Oeste.
Enquanto isto, nos restantes pontos do País não se observam
nenhuma regularidade espacial.
7.4. Correntes Maritímas (Corrente Quente de Canal de
Moçambique)
Esta corrente tem como origem o avanço ou continuação da
corrente Equatorial Sul. A corrente quente do canal d Moçambique
movimenta águas mornas que libertam bastante vapor de água que
por conseguinte é levado ou arrastado pelos ventos para a costa
moçambicana onde após origina abundantes precipitações.
A corrente não só aumenta a quantidade de precipitação em toda
costa, mas também eleva a temperatura do ar cuja evidência tem
maior significado nas regiões costeiras a Sul do tr’opico de

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Capricórnio como se referiu anteriormente pois que na ausência da
influência destes ventos, as temperaturas m’edias anuais das mais a
Sul do Trópico de Capricórnio seriam sensivelmente inferiores aos
registados.
7.5. Outros Factores
7.5.1. Influência do Centro de Baixas Pressões e das Altas
Pressões Sub – Tropicais
Grande parte do território nacional, em particular nas províncias do
Norte sofrem a influência da Baixa Pressão Equatorial, em paralelo
o movimento do Equador Térmico ao longo do ano ora para mais á
Norte e ora para mais á Sul faz deslocar em Janeiro a Baixa Pressão
Equatorial para a África Austral e com ela maior aquecimento e
abundante precipitações na Região em geral e em Moçambique em
particular. Esta é a estação quente e chuvosa.
Em Julho pelo contrário, o Equador Térmico movimenta – se para
o Norte, África Austral em geral e Moçambique em particular é
dominada por Altas Pressões Subtropicais que originam depressão
tropical de Origem Térmica situada no interior da África Austral
responsável do período de tempo seco e da escassez de
precipitações ou de temperatura relativamente baixas. Esta é a
estação seca e fresca.
7.5.2. Frentes Frias
As frentes frias em Moçambique, são condicionadas pela
penetração de Massas de ar fria que provém das altas altitudes na
Antárctida e Pólo Sul. Criando no Sul uma instabilidade térmico –
pluviométrica, frio e por vezes precipitação no estado sólido

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Geografia de Moçambique I 43
(granizo e saraiva).
7.6. Tipos de Clima e Suas Características
7.6.1. Clima Tropical Húmido
As temperaturas médias anuais variam entre 24º - 26º c e as
precipitações cerca de 1000 1400mm de pluviosidade.
7.6.2. Clima Tropical Seco
As temperaturas m’edias anuais acima dos 20º c e as precipitações
inferior á 60 mm.
7.6.3. Clima Tropical Semí – Árido
As temperaturas são elevadas acima de 26º c e á escassez de
precipitações.
7.6.4.Clima Modificados pela Altitude
São regiões mais fescas e mais pluviosas, as temperaturas médias
anuais são menores a 22º c, e nas regisões de montanhas mais
inferior a 18º c. as precipitações são abundantes (1400 – 2000mm).
Segundo o Critério Arcaico, a Classificação Climática de
Moçambique é:
- Quanto a Temperatura do Ar (Clima quente), valores médios
anuais maoires á 20º c em todos os locais com excepção de
Espungabera, Furangungo e Lichinga onde é “Temperado” com
valores médios anuais entre 10º - 20º c a “Oceânico”, com
amplitude anual inferiores ‘a 10º c em todos locais.
- Quanto a Humidade do Ar – é Clima Seco, com valores médios
anuais entre 55 – 75% em todos locais, excepto no litoral da Beira,
Quelimane, Lichinga, mocimboa da Praia, onde é húmido, com

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valores médios anuais entre 75 – 90%.
- Quanto a Precipitação – é clima Chuvoso com valores médios
anuais entre 500 – 1000mm em todos locais, excepto Pafúri onde é
Semí – Árido, com valores médios anuais de 250 – 400mm.

Sumário
Os Principais factores do clima do Teritório moçambicano são:
- Altitude; Latitude; Continentalidade; Correntes maritímas
(corrente quente de canal de Moçambique), Baixa pressão; Alta
Pressão Subtropicais e Frentes Frias.
O clima de Moçambique em conformidade da combinação de
vários factores e do compotamento dos principais elementos do
clima desta região são: Clima tropical húmido, Seco, Semí – Árido
e modificado pela altitude.

Exercícios
1. Mencione os principais factores do Clima de Moçambique.
E explique um a sua escolha.
2. Fale do comportamento dos elementos do clima em
Moçambique.
a) Regiões abragentes;
b) Temperatura;
c) Precipitação.
Revolva os exercício e entrega – os.

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Geografia de Moçambique I 45

Unidade X
A distribuição do Clima pelo
Território Nacional
Introdução
Nesta unidade pretende – se que os discentes tenha conhecimentos sobre a
distribuição do tipos de clima em Moambique.
Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de:
Objectivos
▪ Identificar os tipos de clima no território nacional;
▪ Caracterizar os tipos de clima pelo território nacional;
▪ Descrever os tipos de clima pelo território nacional
10. Tipos de Clima e Sua Distribuição
10.1. Clima Tropical Húmido
Cobre quase todo território das Província do Norte do País e na
parte litoral e estreitando para Sul até a Ponta do Ouro. As
temperaturas médias anuais que variam entre 24º - 26º c e as
precipitações cerca de 1000 1400mm de pluviosidade.
10.2. Clima Tropical Seco
Cobre os territórios das províncias Tete (Sul), Manica (Norte e
Sul) e Inhambane e Gaza (no interior). As temperaturas m’edias
anuais acima dos 20º c e as precipitações inferior á 60 mm.
10.3. Clima Tropical Semí – Árido
Abragem somente a localidade de Pafúri no interior de Gaza. As
temperaturas são elevadas acima de 26º c e á escassez de

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precipitações.
10.4.Clima Modificados pela Altitude
Cobre as regiões de montanhas e de Alti – Planaltos das
províncias de Manica, Niassa, Tete, Zambézia e Maputo
(Libombos). São regiões mais fescas e mais pluviosas, as
temperaturas médias anuais são menores a 22º c, e nas regisões de
montanhas mais inferior a 18º c. as precipitações são abundantes
(1400 – 2000mm).
Distribuição dos tipos de clima em Moçambique

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Geografia de Moçambique I 47

Sumário
O Clima Tropical Húmido, cobre quase todo território das
Província do Norte do País e na parte litoral e estreitando para Sul
até a Ponta do Ouro.
O Clima Tropical Seco, cobre os territórios das províncias Tete
(Sul), Manica (Norte e Sul) e Inhambane e Gaza (no interior).
O Clima Tropical Semí – Árido, abragem somente a localidade de
Pafúri no interior de Gaza.
O Clima Modificados pela Altitude, cobre as regiões de montanhas
e de Alti – Planaltos das Províncias de Manica, Niassa, Tete,
Zambézia e Maputo (Libombos). São regiões mais fescas e mais
pluviosas.
Exercícios
1. Fale dos tipos de clima e a sua distribuição pelo território
nacional.
Resolva e entregue.

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Unidade XI
As Influências da Circulação Geral
da Atmosfera sobre o País
Introdução
Nesta unidade o discente vai poder ter conhecimentos sobre a
influência da Circulação Geral da Atmosfera no território
moçambicano e as mudanças nele decorrente, factores.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:
Objectivos
▪ Descrever os processos de Circulação Geral da Atmosfera;
▪ Caracterizar a influência da Circulação Geral da Atmosfera em
Moçambique.
▪ Explicar as mudanças decorrentes da Circulação Geral da
Atmosfera.

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Geografia de Moçambique I 49
10. Circulação Geral da Atmosfera
A circulação geral da atmosfera é determinada por uma série de
factores, dos quais salienta – se a variação solar em Latitude e em
movimento de rotação da Terra. Já é sabido que as diferenças
térmicas são conforme o gradiente barométrico. O movimento de
rotação traz consequência o surgimento da força de Coriolis, e
portanto, desvio nas trajectórias dos fluxos de ar.
Por outro lado, a conservação do movimento angular traduz um
aumento da velocidade dos fluxos de ar quando a Latitude diminui
no caso contrário.
Tendo com base o factor latitude, Moçambique faz parte da zona
Intertropical, das altas pressões tropicais, onde se situa a zona de
divergência, o ar movimenta – se para as baixas pressões
equatoriais, que é a zona de convergência; os ventos constantes que
ai se formam são os ventos alíseos.
Mas nas zonas subtropicais, o ar está sujeito a uma subsidência
permanente, dai que é muito seco. Isso produz como resultado a
formação dos desertos, onde praticamente não chove, tanto sobre
os Continentes como sobre os Oceanos.
Nesta zona de Subsidência o céu quase sempre limpo, por isso,
excassez de precipitação em forma de chuva. E para caso de
Moçambique não existem regiões desérticas dado o factor correntes
maritimas Quente do Canal de Moçambique, mas sim regiões Semi
– Áridas (localidade de Pafúri).
Além da circulaçãogeral da atmosfera, formam – se em certas
zonas, devido a factores específicos, ventos locais – Brisas que são
ventos periódicos que se alternam de sentido durante o dia e a
noite.

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Nas zonas litorais, em particular de Moçambique, devido ao
contraste terra – mar no seu comportamento térmico, estabelecem –
se diferenças de pressão que estào na origem das brisas. Com o
aquecimento mais rápido da terra durante a manhã, dá – se uma
chamada de ar marítimo, isto é, brisa marítima. Mas com o
arrefecimento mais rápido da terra durante a noite, nota – se a
movimentação do ar da terra para mar, isto é, brisa terrestre.
Nas regiões montanhosas, por causa do contraste térmico entre o
vale e os cumes, estabelece – se um sistema de brisas. De manhã os
cimos aquecidos provocam uma subida do ar vindo do vale – brisa
do vale. Á noite, os cimos, arrefecimento facilita, a descida do ar –
brisa da montanha.

Sumário
Moçambique faz parte da zona Intertropical, das altas pressões
tropicais, onde se situa a zona de divergência, o ar movimenta – se
para as baixas pressões equatoriais, que é a zona de convergência;
os ventos constantes que ai se formam são os ventos alíseos.
O vento desloca – se de altas pressões (centro anticiclónicos) para
as baixas pressões (centro ciclónicos). E a velocidade do vento é
tanto maior quanto maior for a distância. A pressão depende da
temperatura – quando a temperatura aumenta a pressão diminui e
vice – versa.
A diferença em latitude provoca a circulação geral da atmosfera –
os ventos alíseos que sopram dos Trópicos para o Equador.

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Geografia de Moçambique I 51

Exercícios
1. Fale da influência das altas pressões e baixas pressões no
território moçambicano.
2. Explique porque é que o nosso território nacional não
possui região desértica.
Resolva e entregue – os.

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Unidade XII
Enquadramento geral da Costa
de Moçambique
Introdução
Nesta unidade pretende – se que os discentes tenham
conhecimentos sobre o traçado da costa ou linha da costa do
território, suas características de modo geral.
Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de:
Objectivos
▪ Descrever o traçado da linha da costa moçambicana;
▪ Caracterizar o traçado da costa moçambicana
▪ Identificar as orientações de traçados da costa moçambicana.
10.1. O Litoral Moçambicano e o Traçado da Linha da Costa
O território moçambicano possui uma costa de cerca de 2700 km,
banhada pelo Oceano Índico. A zona costeira moçambicana vai do
rio Rovuma, a Norte, na fronteira com a república da Tanzania at’e
a Ponta de Ouro, no Sul, na fronteira com a República da África do
Sul.
Duma maneira geral, a linha da costa moçambicana é rectilinea
apresentando contudo uma s’erie de saliência e reentrância não
divulgadas; entretanto as enormes reentrâncias nessa costa são as
Baías de Sofala e Maputo.
A orientação do traçado é predominantemente Norte – Sul e

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Geografia de Moçambique I 53
Norodeste – Sudeste. Os traçados da linha da costa com orientação
Norte – Sul de Cabo Delgado á Ilha de Moçambique.
Da foz do rio Púngué á foz do rio Gorongosa; do cabo das
Correntes (Inhambane) ao Paralelo 24º Sul (Sul do cabo das
Correntes) e do cabo Santa Maria (Sul da Inhaca) á ponta do Ouro.
Os traçados da costa com orientação Nordeste – Sudeste: da Ilha de
Moçambique a foz do rio Púngué do paralelo 24º Sul ao estuário da
confluência dos rios Matola, Úmbeluzi e Tembe.
Intercalados a estes troços de orientação predominante encontra –
se partes do traçado cuja orientação varia de Nordeste – sudeste,
caso da linha da costa que vai do rio Gorongosa ao cabo de São
Sebastião em Vilânculos e dos estuários dos rios Matola, Úmbeluzi
e Tembe ao extremo Sul da baia de Maputo. Além dos traçados de
orientação não descrita dizem respeito as costas de algumas
saliências e reentrâncias.

Sumário
Em suma, a orientação do traçado da costa Norte – Sul, são
relativamente mais recortadas e apresenta maor número de
reentrância e saliência e relaciona – se com uma plataforma
continental estreita e agrupta. Enquanto a de orientação Nordeste –
Sudeste apresenta uma costa praticamente rectilínea, com maior
relevância para costa de Inharrime – Incomáti, relacionando com
uma plataforma larga e suável.
Exercícios
1. A partir do Atlas Geográfico, página 8 fale:
a) As províncias e as principais cidades localizadas junto á
costa.
b) A região mais e menos recortada.

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Unidade XIII
Ecossistemas Costeiros e
Espécies Ameaçadas
Introdução
Nesta unidade pretende – se que os discentes tenha conhecimentos
sobre a ecologia marinha do território nacional no geral e em
particular os respectivos ecossistemas, os factores da sua extinção.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:
Objectivos
▪ Identificar os ecossistemas marinhos e as respectivas espécies;
▪ Caracterizar os ecossistemas marinhos e as respectivas espécies;
▪ Descrever os factores que ameaçam os ecossistemas e as
espécies marinhas,
▪ Falar da importância ambietal dos ecossitemas costeiros.
13. Ecossistemas Costeiros e as Espécies Ameaçadas
Ecossistema – é composto por um meio abiótico ou não vivo
(factores climáticos, edáficos, químicos), cada um integrado por
uma série de subfactores – temperatura, humidade, ciclo do
nitrogênio, do carbono, estrutura do solo, etc; e um meio biótico ou
vivo (plantas e animais). O ecossitema é um sistema aberto.
(FERRETTI: 2002, p. 59).
E os ecossistemas costeiros do território moçambicano são: os

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recifes de coral, os mangais, praias e os tapetes de ervas. Estes
ecossistemas são responsáveis pela produção de fitoplâncton,
peixe, moluscos, crustáceos.
Estes ecossistemas são extremamente produtivos e para além do
que produzem, transformam matéria orgânica que acabam sendo
transferida para os outros ecossistemas,
E as espécies marinhas são: tartarugas marinhas e mamíferos
marinhos.
Os mangais e os recifes de corais protegem a zona costeira da
erosão, funcionado como fil

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