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Índice
Capitulo I..................................................................................................................................2

1. Introdução.........................................................................................................................2

1.1. Objectivos.......................................................................................................................3

1.2. Metodologia científica...................................................................................................3

Capitulo II.................................................................................................................................4

2. Os outros sentidos da percepção......................................................................................4

2.1. O olfato...........................................................................................................................4

2.2. O paladar.......................................................................................................................4

2.3. O tacto............................................................................................................................5

2.4. O sentido de posição......................................................................................................5

2.5. Sentido Cinestésico........................................................................................................6

2.6. Sentido Vestibular.........................................................................................................7

2.7. Sensacoes da pele...........................................................................................................8

2.8. Dor..................................................................................................................................8

2.9. Percepção.......................................................................................................................9

2.10. Organização perceptiva..........................................................................................10

2.11. Constância perceptiva.............................................................................................11

2.12. Percepção do movimento........................................................................................11

2.13. Ilusões visuais...........................................................................................................12

2.14. Características do observador................................................................................13

Capitulo III.............................................................................................................................15

3. Conclusão.........................................................................................................................15

3.1. Referências bibliograficas..........................................................................................16


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Capitulo I
1. Introdução

O principal fator motivador desta pesquisa sobre a percepção é o desenvolvimento dos


sentidos da criança, através de estímulos visuais, gustativos, olfativos e táteis, trabalhando a
atenção ligada a esses sentidos. Este trabalho trata prioritariamente das questões referentes às
percepções visuais, estimuladas por figuras de duplo sentido e/ou ilusórias, e está
fundamentada em teorias.

O processamento do estímulo, sua decodificação, análise nos mecanismos de interpretação,


com a comparação com os dados já existentes, facilitando a tomada de decisão, elaboração de
resposta, organizada no mecanismo de resposta e posterior encaminhamento aos efetores
apropriados, dá-se o nome de percepção (MAGILL, 2000).

O desenvolvimento perceptivo motor pode ser descrito como um processo de especialização


crescente e habilidade funcional, empregando-se informações sensoriais, que é a recepção de
várias formas de estímulos pelos órgãos sensoriais; integração sensorial, que é a organização
dos estímulos que chegam ao cérebro e sua associação com informações já armazenadas;
interpretação motora, que refere-se à tomada de decisões motoras internas baseadas na
memória existente.

A cinestesia é a sensação e consciência que o indivíduo tem dos movimentos do seu corpo,
conforme o posicionamento de articulações e tensões geradas pelos músculos. A
propriocepção é a capacidade em reconhecer a localização espacial do corpo, sua posição e
orientação, a força exercida pelos músculos e a posição de cada parte do corpo em relação ás
demais sem utilizar a visão. Esse tipo percepção permite a manutenção do equilíbrio e a
realização de diversas atividades práticas (SCHMIDT; WRISBERG, 2001).

Para alem destes pontos o trabalho ira debrucar em torno da dor, o tacto, o olfacto entre
outros órgãos de sentidos envolvidos na percepção. O trabalho esta estrutura em partes
divididos por três capitulos a saber o primeiro envolve a introdução, objectivos, e
metodologia. O segundo envolve o desenvolvimento do trabalho e por fim o terceiro envolve
a parte da conclusão e de referências bibliográficas.
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1.1. Objectivos

O objetivo da pesquisa é verificar qual o papel dos órgãos sensoriais especificamente na


percepção.

1.2. Metodologia científica

Segundo Lakatos e Marconi, (2003), todas as ciências caracterizam se pela utilização de


métodos científicos; em contrapartida, nem todos os ramos de estudo que empregam estes
métodos são ciências. A Metodologia Cientifica significa introduzir o discente no mundo dos
procedimentos sistemáticos e racionais, base de formação tanto do estudioso quanto do
profissional, pois ambos actuam, além da prática, no mundo das ideias (Marconi e
Lakatos2003).

Tem como objectivo tomar o estudante ou investigador pela mão e caminhar ao lado,
acompanhando-os em seus primeiros passos de vida universitária ou acadêmica, indicando o
caminho certo na procura do saber superior, iluminando problemas para que melhor possam
vê-los a assumir e a desenvolver hábitos de estudo e técnicas de trabalho que tornem
realmente produtivos os anos de vida universitária, tão preciosos e, não raro, tão mal
aproveitado (Ruiz, 1985, p.16 apud Uniassevi, 2014).

A Metodologia Cientifica tem como função de propor métodos, técnicas e orientações que
possibilitem colectar, pesquisar, organizar, classificar registar interpretar, etc, dados e factos ,
favorecendo a maior aproximação possível com a realidade.

O trabalho em estudo baseou se no método de pesquisa bibliográfica no qual fez se a


investigação dos processos para a sua elaboração.
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Capitulo II
2. Os outros sentidos da percepção
Falar de outros sentidos é mergulhar nas prespectivas de outros actos sensoriais e perceptivas
sobre como os acontecimentos extraordinários estão ocultos dentro dos quatro outros sentidos
comuns: tacto, paladar, olfato e o sentido de posição.

2.1. O olfato

Embora este sentido seja mais fraco nos humanos que na maioria dos animais, o nosso olfacto
é cerca de dez mil vezes mais agucado que o nosso paladar (Moncrieff, 1951). Como nossos
outros sentidos o olfato passa por adaptação, assim os odores que no inicio parecem fortes
gradativamente se tornam menos notaveis.

Nosso olfato para odores comuns é activado por uma proteina complexa produzida numa
glândula nasal.a proteina se liga a moléculas presentes no ar, que então activam os
receptores localizados na parte superior de cada cavidade nasal. Muitos animais, inclusive os
humanos, tem um segundo sistema sensorial destinado ao olfato que em alguns animais usam
para comunicar sinais sexuais, agressivos ou territoriais. Receptores localizados na parede
superior da cavidade nasal detectam substâncias quimicas chamados ferormonios, que podem
ter efeitos bem especificos e poderosos no comportamento. Os humanos tambem tem
receptores para ferormonios (Takami, et al. 1993).

A teoria da evolucao tambem explica porquê nosso olfato é fraco se comparado ao de


oputros animais (Ackerman, 1995).

Os dados imediatos do sentido olfativo são os odores. Há uma grande qualidade de odores
muito ricos em qualidades sensíveis. Uns agradáveis (flores, frutos), outros desagradáveis
(suor) e outros ainda repugnantes (carnes podres, excrementos humanos, ovos podres, etc). A
sensibilidade olfativa é varia muito de espécie para espécie e é relativamente pouco
desenvolvida no homem e extremamente desenvolvida nos animais chamados osmóticos, na
vida dos quais tem um papel primordial. É pelo olfato que os animais geralmente distinguem
substâncias próprias para a sua alimentação das substâncias nocivas. É pelo olfato que os
animais caçadores e predadores descobrem e perseguem as suas presas.

2.2. O paladar
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Como o tacto, o sentido do paladar envolve quatro sensações básicas, nomeadamente doce,
azedo, salgado e amargo. O gosto é uma sensação química. Os estímulos gustativos são
substâncias chamadas sápidas que se diluem na saliva, (acção química). O dispositivo
receptor é constituído por células reunidas em papilas e que com ramificações do nervo
gustativo se encontram dispostas na superfície da língua.

Para que as células sejam excitadas é necessária a diluição, por isso, a introdução na boca de
qualquer substância sapida determina logo um acréscimo de secreção salivar (reflexo salivar).
Os elementos do sentido gustativo são os sabores e que se dividem em quatro grupos – doce,
amargo, acido e salgado. Esta distinção de sabores tem uma base fisiológica, porque cada
sabor fundamental corresponde a grupos de células de estabilidade química diferentes. As
sensações gustativas combinam-se com as outras que as enriquecem ou modifica (térmicas ou
olfativas). As sensações gustativas térmicas, como por exemplo café, cerveja, sopa e água
sabem de modo diferente conforme se são tomadas quentes ou frias. As sensações olfativas,
ao exemplo da comida, da bebida entre outras sabem melhor quando cheiram bem.

2.3. O tacto

O estímulo táctil é qualquer corpo sólido, liquido ou gasoso com a condição de que comprima
a pele deformando-a mais ou menos ligeiramente. A sua acção é mecânica.

Os dispositivos receptores tácteis distribuem-se pelas diferentes regiões da pele. É de realçar


a existência de dois tipos de receptores:

a) Superficiais - sensíveis a deformações ligeiras, fornecem sensações de contacto.

b) Profundas- só sensíveis a compressões demoradas, fornecem sensações de pressão.


Portanto, os dados imediatos de tacto são as sensações de pressão e de contacto.

2.4. O sentido de posição

O funcionamento eficaz do corpo exige um sentido sinestésico, que comunica ao cérebro a


posição e o movimento de partes do corpo, assim como um sentido de equilíbrio, que
monitora a posição e o movimento de todo o corpo.

Chama-se sentido de equilíbrio a capacidade que o ser vivo tem de assumir quer no estado de
repouso quer em movimento, a posição somática correspondente às exigências de momento.
E o sentido de orientação é a capacidade que tem o ser vivo de se situar no espaço e de se
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dirigir para o lugar não directamente percebido. Os estímulos de orientação e de equilíbrio


são de natureza mecânica respectivamente a força de gravidade e as forças centrípetas
produzidas pelos movimentos do nosso corpo. O dispositivo receptor dos sentidos de
equilíbrio e de orientação no homem é o ouvido interno a que se encontram dispositivos
sobre os quais atuam os estímulos, isto é, os otólitos e a endolinfa. Os otólitos são
corpúsculos calcários (pedrinhas) situados em pequenas cavidades do ouvido interno. São
sensíveis a acção da gravidade, isto é, pesam sob acção de gravidade. Os otólitos fazem a
pressão sobre as células revestidas de cílios tácteis e que por sua vez comunicam com os
nervosos sensitivos através dos quais a excitação é transmitida ao cérebro.

2.5. Sentido Cinestésico

A cinestesia é a percepção do equilíbrio e da posição das várias partes do corpo. O conceito


tem origem nos termos gregos koiné (“comum”) e áisthesis (“sensação”), pelo que,
etimologicamente, faz referência à sensação ou percepção do movimento.

O sentido cinestésico é basicamente o sentido do movimento. É tudo uma questão de como


podemos sentir se nosso corpo está se movendo. É uma consciência de nosso próprio corpo
em termos de coisas como onde nossos membros estão descansando atualmente. Também é
conhecido como memória muscular. Por exemplo, você pode levantar a perna sem olhar para
ela e pode continuar digitando mesmo fechando os olhos. A propriocepção é semelhante, mas
os cientistas acham que isso pode estar relacionado à nossa consciência ou sentido dos
movimentos, e não aos próprios movimentos. Tudo isso é baseado em feedback interno em
nosso corpo. Em outras palavras, é bem diferente de algo como a visão, que depende de
sinais externos do mundo.

Todo o sistema nervoso , que é um conjunto de células nervosas que transmitem sinais do
cérebro e da medula espinhal para o resto do corpo, é responsável pelo sentido cinestésico.
Em nossos músculos, articulações e tendões, temos neurônios que respondem a coisas como
toque e pressão. Esses neurônios trabalham com outras partes do nosso corpo para monitorar
o movimento do nosso corpo.

O sentido cinestésico é o que nos permite saber coisas como quando chegamos a uma porta
para a qual estamos caminhando ou quão pesado é um objeto quando o levantamos. O sentido
cinestésico é muito importante para atividades como esportes. Imagine que você está
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correndo por um campo de futebol com a bola na sua frente. Você não gostaria de ficar
olhando exclusivamente para a bola, certo? Você também precisa olhar para o gol e para os
outros jogadores ao seu redor. O sentido cinestésico é o que torna isso possível.

2.6. Sentido Vestibular

Os sentidos vestibulares nos dão pistas sobre nossa orientação ou posição no espaço (Leigh,
1994), dizendo nos qual direcção esta para cima ou para baixo.

O sentido vestibular é o nosso sentido de equilíbrio. Enquanto o sentido cinestésico lida com
nossos movimentos reais, como levantar uma perna ou um braço, o sentido vestibular tem
mais a ver com nosso movimento em relação ao mundo externo. Aqui está um exemplo para
ilustrar a diferença. Você pode fechar os olhos e ainda conseguir realizar os movimentos
cinestésicos, como levar a mão ao rosto. Mas você não pode girar em círculos com os olhos
fechados sem perder o equilíbrio. É por isso que os bailarinos devem manter os olhos abertos
e fixos em um objeto estável para completar este movimento.

Portanto, o sentido vestibular diz respeito às coisas do nosso mundo externo; precisamos dele
para manter nosso equilíbrio, ou o equilíbrio de nosso corpo . Para manter o equilíbrio,
precisamos de informações de alguns lugares diferentes, mas o principal componente é o
ouvido interno. Nosso sistema vestibular está localizado em nosso ouvido interno, que é
preenchido com minúsculas células ciliadas que comunicam informações sobre nosso
equilíbrio.

Nossa percepção do movimento de nosso corpo surge nos chamados canais semicirculares do
ouvido interno. Dentro desses canais, existe um fluido que aciona aquelas pequenas células
ciliadas para enviar informações sobre como nosso corpo está girando em relação à
gravidade. Você já esteve em um barco rochoso e ficou enjoado? Isso acontece porque nosso
ouvido interno detecta movimento (o balanço do barco) e as células ciliadas ficam
superestimuladas. Esse desequilíbrio nos faz sentir mal.

Os sacos vestibulares são órgãos localizados em nosso ouvido interno, que nos dizem onde
está nossa cabeça em relação ao nosso corpo. Então, estamos olhando para cima, para baixo
ou de um lado para o outro? Esses sacos vestibulares estão entre os canais semicirculares e a
cóclea , ou a parte da orelha amplamente responsável pela audição. Os sacos vestibulares
conectam o canal semicircular e a cóclea e são importantes para o equilíbrio.
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Sem nosso sistema vestibular, ficaríamos tontos e sem equilíbrio o tempo todo e teríamos
problemas para fazer coisas como controlar a postura da cabeça.

2.7. Sensacoes da pele

Na verdade, nossa pele é nosso maior órgão sensorial. Além de nos proteger do ambiente,
conter os fluídos do corpo e regular nossa temperatura interna, a pele é um órgão sensorial
que possuí enormes receptores nervosos distribuidos em diversas concentrações ao longo de
sua superfície. As fibras nervosas de todos esses receptores seguem em direcção ao cérebro
em dois caminhos. Algumas informações passam pela medula e pelo tálamo, e daí vão para o
córtex sensorial do lobo pariental so cérebro presumivelmente local em que se origina nossa
sensação de tato. Outras informações passam pelo tálamo e depois seguem para a formação
reticular e é responsável tanto por estimular quanto por acalmar o sistema nervoso.

Varios receptores da pele dão origem a sensações de pressão, temperatura e dor. A relação
entre esses receptores e nossa experiência sensorial e sutil.

Os pesquisadores acreditam que o nosso cérebro recorre à informações complexas sobre os


padrões de actividades, recebidas de diversos receptores diferentes, afim de detectar e
discriminar as sensações da pele (Craig e Rollman, 1999).

O cérebro deve combinar as informações inerentes a variações de fibras para determinar a


temperatura da pele. Caso os dois grupos sejam ativados ao mesmo tempo o cérebro
geralmente interpreta esse padrão combinado d disparos como «quente»(Craig e Bushnell,
1994).

A pele é extremamente sensível: a remoção de apenas 0,0001016 cm de pele é capaz de gerar


uma sensação de pressao (Weinstein, 1968).

2.8. Dor

A palavra dor deriva do latim da palavra “poena” e é definida como uma “sensação a qual a
pessoa experiencia desconforto, angústia, ou sofrimento devido a estímulos de nervos
sensitivos.”

A dor serve de sinal de alerta para nos avisar que algo errado esta acontecendo.
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A dor pode ser definida como “Efeito de um mal que o corpo experimenta.” Sendo assim,
esta definição pretende identificar três elementos presentes: uma sensação corporal, um mal-
estar emocional e uma actividade de evitamento. É uma sensação na medida em que a dor é
desencadeada por um sistema sensorial especializado de descodificação que informa o
indivíduo sobre o seu ambiente e sobre o estado do seu organismo.

A dor é uma emoção penosa e desagradável, que a partir do momento em que surge suscita
como primeira reacção a sua recusa. A componente comportamental da dor engloba um
conjunto de manifestações verbais e não verbais da pessoa, tais como queixas, gemidos,
mímicas, posturas anti-álgicas. A percepção da dor actual é influenciada pelo passado
doloroso do sujeito, pelas dores dos outros que ficaram na sua memória. 6 Segundo a
Internacional Association for the Study of Pain (1994), A dor é uma experiência sensorial e
emocional desagradável associada a uma lesão tecidular potencial ou real, ou cuja descrição
pode corresponder à existência de tal lesão. Esta definição significa que a dor pode estar
associada a uma lesão tecidual, ou a variáveis cognitivas ou emocionais onde a dor é
independente de dano tecidual. A dor é um fenómeno somatopsíquico modulado pelo humor
e pelo moral do doente e pelo significado que a dor assume para o doente. Cicely Saunders
alerta para a definição de dor total ou de sofrimento total que engloba aspectos físicos,
psicológicos, sociais e espirituais.

Alguns psicólogos acham que a teoria do controle do portão de entrada simplifica demais a
complexa experiência à qual chamamos «dor». A teoria Biopsicossocial, sustenta que a dor é
um processo dinâmico que envolve três mecanismos inter – relacionados. Os mecanismos
biológicos envolvem o grau em que o tecido é ferido e o modo como os nossos caminhos da
dor se adaptaram. Os mecanismos psicológicos envolvem nossos pensamentos, crenças e
emoções em relação a dor.

Por exemplo os pacientes hospitalizados que ouviram dizer que o certo procedimento médico
não era doloroso, de facto mencionaram ter sentido menos dor em relação a pessoas que nao
posssuiam tal informação (Dimatteo e Friedman, 1982).

Por fim os mecanismos sociais, como o grau de apoio familiar ou expectativas culturais,
podem influenciar a dor que sentimos. Exemplo quando as pessoas acreditam que sua dor é
administravel é que podem suporta – lá frequentemente sentem menos dor, talvez porque sua
crença positiva faça com que os centros superiores do cérebro reduzam ou bloqueiem os
sinais solorosos (Wall e Melazack, 1996).
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2.9. Percepção

A percepção é um processo contínuo de organização de novas informações associada às


informações armazenadas pelo cérebro, significando conhecer e interpretar informações
(GALLAHUE; OZMUN, 2005).

O ato de decifrar padrões que façam sentido em meios a essa mixórdia se informações
sensoriais é chamado de percepção.

A sensação e percepção encontram-se com conceituações distintas propostas pelos autores


abordados. Para Gallahue e Ozmun (2005), sensação são os estímulos recebidos por várias
modalidades sensoriais, por exemplo, a visão, audição, tato, ou a propriocepção. Já o termo
percepção significa conhecer ou interpretar informações, é um processo contínuo de
organização de novas informações associada às informações armazenadas pelo cérebro
(GALLAHUE; OZMUN, 2005). Essas percepções podem se dar na esfera visual, tátil,
auditiva e proprioceptiva quando se trata de habilidades motoras.

A Teoria

A Teoria da Gestalt, de maneira simplificada, afirma que “quando os elementos sensoriais


são combinados, forma-se algum novo padrão ou configuração” . Por exemplo, “juntemos
algumas notas musicais e algo novo – uma melodia ou tom – surge da combinação.” (Schultz,
1992, p. 295). Tudo é diferente na união das partes.

Teoria Piagetiana do Desenvolvimento Perceptivo

Jean Piaget elaborou, também, a teoria do desenvolvimento da percepção, ele trabalhou quase
que inteiramente os aspectos quantitativos dessa teoria, sendo que estes podem ser testados
no estudo de ilusões geométricas. Segundo Piaget, “...a percepção do bebê é determinada
primordialmente por processos sensoriais periférico, enquanto que na criança mais velha e no
adulto os processos nervosos centrais desempenham o papel principal.” (Elkind, 1972, p.
131).

Para Piaget, a percepção não é uma atividade única, fazendo parte, sim, de processos diversos
como a exploração, reorganização, esquematização, transporte e antecipação. Além do que,
apesar de todas essas atividades estarem possivelmente presentes desde o nascimento, elas
não acontecem, pelo que parece, no mesmo ritmo.

2.10. Organização perceptiva


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A percepção como um processo mental obedece a certos critérios estabelecidos pela própria
mente e a ter em conta no agente perceptivo. Para clarificar este fenômeno, Myers (1999)
estabelece um princípio que favorece a transformação de informações sensoriais em
percepções significativas que a seguir se apresenta:

Para transformar a informação sensorial em percepções significativas, devemos organizá-


la: devemos perceber objectos como distintos de seu ambiente, vê-los como tendo uma forma
definida e constante e discernir sua distância e movimento. As regras do cérebro para
formular percepções explicam algumas ilusões desconcertantes, (MYERS, 1999, p.130).

No começo do século XX, um grupo de psicólogos alemães que baptizaram asim mesmos de
psicólogos gestaltistas decidiu descobrir os princípios básicos da percepção. A palavra alemã
gestalt não possue tradução precisa em português, mas equivale a «totalidade», «forma`» e
«padrao». Os gestaltistas acreditavam que o cérebro gera uma experiência perceptiva
coerente que é,mais do que simplesmente a soma das informações sensoriais disponíveis, e
que isso acontece de maneira previsível.

Os primeiros psicólogos da gestalt de acordo com Myers (1999, p.136), se impressionaram


com a maneira aparentemente inata pela qual organizamos dados sensoriais fragmentados em
percepções completas. A mente estrutura as informações recebidas de várias maneiras
demonstráveis: percepção de forma, de profundidade e de movimento.

2.11. Constância perceptiva

São fenômenos pelas quais as propriedades físicas dos objetos são percebidas imutáveis,
independentes das variações das condições de estimulação. Ou seja, as constâncias
perceptivas fornecem estabilidade às qualidades percebidas dos objetos e ambiente em que
vivemos.

Uma vez que consituimos uma percepção estável de um objecto, somos capazes de reconhece
lo em quase qualquer posição, distância e sob qualquer tipo de iluminação. Por exemplo uma
casa branca parece uma casa branca de dia, à noite e a partir de qualquer ângulo.a informação
sensorial pode mudar conforme se alteram a iluminação e a perspectiva mas o objecto é visto
como constante. A memória e a experiência desempenham um papel importante na
constância perceptiva.

A constância perceptiva pode ser vista de varias formas segundo a análise dos objectos a
saber: constância de tamanho, constância de forma, constância de cor, constância de
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luminosidade, constância de brilho, constância de odor, constância de intensidade percebida


de sons.

2.12. Percepção do movimento

O cérebro calcula o movimento à medida que os objectos se deslocam através da retina ou em


sua direcção. Uma rápida sucessão de imagens, como num filme ou no cartaz luminoso,
podem também criar uma ilusão de movimento.os psicólogos fazem distinção entre
movimentos aparente e real.

Movimento real se refere a um deslocamento fisico de um objecto de uma posicao para a


outra. Para a percepção do movimento real depende apenas parcialmente do movimento das
imagens ao longo da retina do olho.

Movimento aparente é uma ilusão que ocorre quando percebemos movimentos em objectos
que na verdade, estão parados. Há um tipo de movimento aparente conhecido como ilusão
auto- cinética. O outro tipo de ilusão, é de movimento estroboscopico que é criado por uma
rápida série de imagens paradas e consequente cria um fenômeno designado «fenómeno phi».

2.13. Ilusões visuais

Segundo Cardoso, Frois & Fachada (1993, p. 288), a ilusão é uma deformação da percepção.
Diz-se, portanto que há ilusão sempre que há um desacordo entre o percepto e o objecto, isto
é, entre os dados da percepção e a realidade física. A ilusão resulta da aplicação de processos
perceptivos a certas configurações de estímulos. Convém distinguir a ilusão de dois
fenômenos com que, por vezes é confundida: a miragem e a alucinação.

A miragem é mais um fenômeno físico que psicológico. Portanto explica-se pela modificação
da direcção dos raios solares resultantes de certas condições atmosféricas. Ao passo que a
alucinação tem uma causa psicológica, mas difere da ilusão pelo facto de supor uma
percepção sem objecto, mais do que uma deformação da percepção. A ilusão pelo contrário
implica a percepção de um objecto, mas uma percepção falseada deste objecto cuja causa se
situa no processo perceptivo. De acordo com Cardoso, Frois & Fachada (1993 p.290),
existem hoje várias teorias psicológicas que além de tentarem explicar as ilusões, procuram
nelas razões para reforçar as suas concepções acerca dos processos perceptivos normais.
Essas teorias estão de acordo nestes pontos:
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As ilusões implicam os processos perceptivos normais; estudar as ilusões é


extraordinariamente útil para a compreensão da percepção normal.

Tal é o caso de Piaget, que elaborou sua teoria geral dos mecanismos perceptivos com base
essencialmente no estudo experimental das ilusões perceptivas.

Tipos de ilusões - Distorções • Ambigüidade • Paradoxos • Fictícios

Causas de ilusões - Físicas • Fisiológicas • Cognitivas • Organizacionais

2.14. Características do observador

Falar das caracteristicas do observador é procurar entender varios aspectos que envolvem a
percepção ao entender a motivação, valores, expectativas, estilo cognitivo, experiência e
cultura e personalidade.

Motivação pessoas necessitadas estão mais aptas a perceber algo que elas acham que
satisfará suas necessidades. Exemplo quando as pessoas passam algum tempo sem comer
percebem imagens vagas como comida (McClelland e Atkinson, 1948: Sanford, 1937).

Valores ensinam nos que um experimento pode revelar o quão forte a percepção pode ser
afetada pelos valores da pessoa. (Lambert, Solomon e Watson, 1949).

Expetativas - as ideias precomcebidas sobre o que deveríamos perceber também sao capazes
de influenciar a percepção, fazendo com que apaguemos, introduzamos, transponhamos, ou
seja, modifiquemos o que vemos (Lachman, 1996. Lachman (1984) demonstrou isso pedindo
que as pessoas copiassem um grupo de estímulos parecidos com seguintes: paris na a
primavera, mas todo mundo apos serem projectadas as palavras todo mundo tendia dizer ver
as palavras paris na primavera o que significa «crer para ver»

Estilo congnitivo é uma maneira pessoal de le dar com o ambiente de acordo com o
desenvolvimento e amadurecimento de um estilo cognitivo. Isso tambem afecta o modo como
vemos o mundo. Alguns psicólogos diferenciam entre duas abordagens gerais que as pessoas
empregam em sua visão de mundo: a dependência do campo e a independência do campo
(Witkin et al;1962).

Pessoas que sao dependentes do campo tendem a ver o ambiente como um todo e nao
delineam de forma clara a forma, a cor e o tamanho e as outras características de itens
individuais. Em contra partida pessoas independntes do campo tem maoir probabilidade de
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perceber separadamente o elementos do ambiente, distinguir um dos ooutros e desenhar cada


elemento como destacado do fundo.

Experiência cultural - o meio cultural tambem influência as percepções das +pessoas. A


linguagem que elas falam afecta a maneira como percebem o que esta ao seu redor.

Personalidade - diversos pesquisadores demonstraram que nossas personalidades individuais


influenciam nossa percepção (Greenwald, 1992). Neste ponto foi possivel usar se palavras
para poder descobrir que não só a personalidade, mas também a presença de um distúrbio de
personalidade, pode influenciar a percepção.
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Capitulo III
3. Conclusão

O indivíduo nasce apropriado de sensações, tais sensações vão sendo aprimorados ao longo
da vida de cada indivíduo passando a ser percepção. A percepção é considerada uma forma
de reconhecimento, de aproximação e interação com o meio ambiente (SAMULSKI, 2009).

É desta que o trabalho inerente conclui que os órgãos de sentido são importantes para o
desenvolvimento das percepções, pois sem eles o indivíduo não teria a capacidade de analisar
e eplicar esses fenómenos. O funcionamento eficaz do corpo exige um sentido sinestésico,
que comunica ao cérebro a posição e o movimento de partes do corpo, assim como um
sentido de equilíbrio, que monitora a posição e o movimento de todo o corpo.

Chama-se sentido de equilíbrio a capacidade que o ser vivo tem de assumir quer no estado de
repouso quer em movimento, a posição somática correspondente às exigências de momento.

Em suma tudo resume se a percepção e sensação pois eses órgão de sentido estão interligados
a percepção trabalhando de forma contínua para o processo do comportamento humano
ligado a mente.
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3.1. Referências bibliograficas

GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C. Compreendendo o Desenvolvimento Motor em Bebês


Crianças, Adolescente e Adultos. 3ª ed. São Paulo: Phorte Editora, 2005. GIL, A. C. Como
Elaborar Projetos de Pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

CAPARÓS, António. História da Psicologia. Lisboa: Plátano editora, 1999

MYERS, David. Introdução Psicologia Geral. São Paulo: Editora Santuário, 1999

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