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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

ISCED-UÍGE
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXACTAS
SECÇÃO DE FÍSICA

TEMA: CAMINHO DIALECTICO DO CONHECIMENTO


APLICADO AO ENSINO

Nome: Messías Afonso

CURSO: ENSINO DE FÍSICA

TURMA: B

PERÍODO: TARDE

2ºANO DE FÍSICA ORIENTADO PELA DOCENTE:

MSc: Teresa da Glória Paulo


UÍGE,2020

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SUMÁRIO.................................................................................................................................PÁGINA

1.0-INTRODUÇÃO...................................................................................................................................2
1.1- SENSAÇÃO E PERCEPÇÃO NO ENSINO.............................................................................................3
1.1.1 - SUA PARTICIPAÇÃO NO ENSINO..................................................................................................6
1.2- A MEMÓRIA E O ENSINO................................................................................................................6
1.2.1- SUA PARTICIPAÇÃO NO ENSINO...................................................................................................8
1.3- O PENSAMENTO E O ENSINO..........................................................................................................8
1.3.1- PARTICIPAÇÂO DO PENSAMENTO NO ENSINO...........................................................................11
1.4- ATENÇÃO E ENSINO.......................................................................................................................11
1.4.1- SUA PARTICIPAÇÃO NO ENSINO.................................................................................................12
1.5- A IMAGINAÇÃO E O ENSINO.........................................................................................................13
1.5.1- IMPORTÂNCIA NO ENSINO.........................................................................................................13
1.6- A LINGUAGEM E O ENSINO...........................................................................................................14
1.6.1- SUA IMPORTÂNCIA NO ENSINO.................................................................................................15
1.7- CONCLUSÃO..................................................................................................................................16
1.8- BIBLIOGRAFIA................................................................................................................................17

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1.0-INTRODUÇÃO

O homem desde então, é um ser com capacidade de ensinar, analisar e aprender. Mas para que
isso ocorra existem n factores que tornam este exercício possível. O homem quer sempre
aprender uma vez que este precisa de conhecimentos para dominar o mundo que o rodeia.

Neste capítulo iremos falar de caminho dialéctico do conhecimento aplicado ao ensino


onde vamos ver a influência da sensação, percepção, memória, atenção, pensamento e a
linguagem no ensino.

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1.1- SENSAÇÃO E PERCEPÇÃO NO ENSINO
a)- SENSAÇÃO

Sensação é reação física do corpo ao mundo físico, sendo regida pelas leis da física, química,
biologia, que resulta na ativação das áreas primárias do cortéx cerebral. Vivência simples,
produzida pela acção de um estímulo (externo ou interno: luz, som, calor, etc.) sobre um
órgão sensorial, transmitida ao cérebro através do sistema nervoso.

Nosso organismo recebe constantemente um número infinito de estímulos (sensações),sendo


que interpretamos somente os necessários. Os estímulos (sensações) recebidos serão iguais
para todos, o que muda é a percepção.

Embora por vezes se considere a sensação como o ponto de partida para a construção da
experiência e do saber, ela não é, no entanto, um dado imediato da consciência: a sensação só
se apresenta ao nosso espírito sob uma forma mais complexa, a forma de percepção. Apenas
podemos falar de sensações nas percepções se as considerarmos em si mesmas, sem
considerar o que significam.

No processo de ensino e aprendizagem, é importante apenas as sensação exterioceptivas que


são: Sensação visual, auditiva, gustativa, olfactiva e táctil.

Sensação visual: Neste tipo de sensação órgão sensorial que controla as nossas sensações
visuais é o olho. Quando os nossos olhos captam raios de luz a imagem que está no nosso
horizonte (digamos assim) é nitida na retina, de seguida a lente (cristalino) está logo atrás da
pupila, dobra e foca a imagem que é depois enviada para a parte de trás do olho! A parte de
trás do olho está formada por milhares de células. Esse forro chama-se retina, que registra a
imagem e envia sinais ao cérebro via nervo óptico. Na retina há duas espécies de células
sensíveis à luz, estas são os bastonetes e os cones. Alguns cones são sensíveis à luz vermelha,
outros à verde e outros à cor azul. Depois de enviada a imagem ao cérebro, este a põe na
posição correta e identifica o que estamos a ver. Aí temos uma sensação visual.

Sensação auditiva: O órgão sensorial que predomina na sensação auditiva é o ouvido. As


vibrações ao qual chamamos de som, entra no nosso ouvido e faz o nosso tímpano vibrar. Este
ao abanar faz vibrar três ossos chamados ossícolos (martelo, bigorna, estribo) que enviam as
vibrações para a cóclea. A cóclea é um órgão cheio de água que detecta a frequência do som e

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envia-a ao cérebro. A parte do cortéx cerebral responsável por a audição reconhece o som e aí
temos uma sensação auditiva.

Sensação olfativa: O orgão responsável pelo olfato e também uma parte do sistema
respiratório é o nariz. As moléculas aromáticas (cheiros) são inaladas (misturadas no ar) pelo
nariz, onde há um conjunto de várias células chamado de epitélio olfativo. Há prolongamentos
das células receptoras que vão através da base do crânio para o bulbo olfativo. O bulbo
olfativo envia sinais elétricos ao cérebro que reconhece o cheiro e nesse momento temos uma
sensação olfativa.

Sensação gustativa: Pelo gosto, é possível saber se aprecia um determinado tipo de alimento
ou não. Os receptores do paladar detectam químicos dos alimento dissolvidos na saliva.
Quando o químico do alimento é detectado pelos receptores, este envia sinais ao cérebro que
reconhece o paladar do alimento. Aí temos uma sensação gustativa.

Sensação tactil: O sentido tacto está em toda a pele. Temos milhares de nervos na pele que,
conforme a pressão que recai sobre ele, envia sinais ao cérebro e aí temos uma sensação
tactiva.

Sensação interioceptivas: São aquelas com receptores internos do organismo humano. Ex.
Os pulmões. Coração útero estômago e em todos outros vasculares.

Sensações proprioceptivas: são sensações com receptores próprios encontram-se nos tendões
e nas articulações que fornecem informações acerca do movimento e da posição do nosso
corpo.

A sensação está sujeita as leis do S.N no caso da lei de tudo ou nada a sensação desempenha
um papel biológico de adaptação do organismo ao meio ambiente.

b)- PERCEPÇÃO

Em psicologia, neurociência e ciências cognitivas, a função cerebral que


atribui significado a estímulos sensoriais, a partir de histórico de vivências passadas
(memórias). Através da percepção um indivíduo organiza e interpreta as suas impressões
sensoriais para atribuir significado ao seu meio. Consiste na aquisição, interpretação, seleção
e organização das informações obtidas pelos sentidos. A percepção pode ser estudada do
ponto de vista estritamente biológico ou fisiológico, envolvendo estímulos elétricos evocados
pelos estímulos nos órgãos dos sentidos. Do ponto de vista psicológico ou cognitivo, a

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percepção envolve também os processos mentais, a memória e outros aspectos que podem
influenciar na interpretação dos dados percebidos.

Bases fisiologica da percepçâo

A percepção assim como a sensação é um processo reflexo que se produz quando diferentes
analisadores actuam o estímulo. Toda a actividade perceptial está apoiada na actividade
analítica e sintética do cérebro na formação de conexões nervosas temporais.

Tipos de percepção

O estudo da percepção distingue alguns tipos principais de percepção como: visual, auditiva,
gustativa, olfativa, tactil, temporal, espacial e outros. Nos seres humanos, as formas mais
desenvolvidas são a percepção visual e auditiva, pois durante muito tempo foram
fundamentais à sobrevivência da espécie (A visão e a audição eram os sentidos mais
utilizados na caça e na proteção contra predadores). Também é por essa razão que as artes
plásticas e a música foram as primeiras formas de arte a serem desenvolvidas por todas as
civilizações. Assim temos as seguintes percepções:

1)- Percepção visual: A visão é a percepção de raios luminosos pelo sistema visual. Esta é a
forma de percepção mais estudada pela psicologia da percepção. A maioria dos princípios
gerais da percepção foram desenvolvidos a partir de teorias especificamente elaboradas para a
percepção visual. Todos os princípios da percepção citados acima, embora possam ser
extrapolados a outras formas de percepção, fazem muito mais sentido em relação à percepção
visual. Por exemplo, o princípio do fechamento (ver figura ao lado) é melhor compreendido
em relação a imagens do que a outras formas de percepção.

2)- Percepção auditiva: A audição é a percepção de sons pelos ouvidos. A psicologia,


a acústica e a psicoacústica estudam a forma como percebemos os fenômenos sonoros. Uma
aplicação particularmente importante da percepção auditiva é a música. Os princípios gerais
da percepção estão presentes na música. Em geral, ela possui estruturação, boa-forma, figura e
fundo (representada pela melodia e acompanhamento) e os gêneros e formas musicais
permitem estabelecer uma constância perceptiva

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1.1.1 - SUA PARTICIPAÇÃO NO ENSINO
Já que os olhos são os órgãos responsáveis pela visão é um dos sentimentos que fazem parte
da percepção do mundo. Com isso percebemos que a sensação e a percepção participam
frequentemente no processo de ensino e a aprendizagem uma vez que o processo de
percepção tem iniciado com a atenção que não é mais do que um processo de observação
selectiva, ou seja, das observações por nós efectuadas. Este processo faz com que nós
percebamos alguns elementos em desfavor dos outros.

É muito importante no ensino como já nos referimos, tendo em conta a observação e a


compreensão dos objectos assim como fenómenos que interferem o processo de ensino e
aprendizagem.

1.2- A MEMÓRIA E O ENSINO


A memória é a capacidade de adquirir, armazenar e recuperar informações disponíveis, seja
internamente, no cérebro (memóriabiológica[), seja externamente, em
dispositivos artificiais (memória artificial). Também é o armazenamento de informações e
fatos obtidos através de experiências ouvidas ou vividas. Focaliza coisas específicas, requer
grande quantidade de energia mental e deteriora-se com a idade. É um processo que conecta
pedaços de memória e conhecimentos a fim de gerar novas ideias, ajudando a tomar decisões
diárias.

Segundo PAVLOV, A base fisiológica da memória não é se não a formação, o reforçamento e


o restabelecimento da conexão do nervo temporal no cérebro. A memória tem como base
material o cérebro.

Fases da memória:

Fixação: psicologicamente é a cumulação de conhecimentos, informações, experiencia ou


imagens de um fenómeno.Fisiologicamente é a formação dos vestígios no córtex cerebral.

Conservação: psicologicamente é a retenção dos conhecimentos ou imagens anteriormente


fixados. Fisiologicamente é a estabilidade dos vestígios no córtex cerebral.

Reprodução: é a criação dos conhecimentos ou recordação da imagem já fixada e conservada.


Fisiologicamente é a excitação dos vestígios no córtex cerebral.

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Tipos de memória

Memória de curto prazo: É a memória com duração de alguns segundos ou minutos. Neste
caso existe a formação de traços de memória. O período para a formação destes traços chama
- se "Período de consolidação.

Memória de longo prazo. É a memória com duração de dias, meses e anos. Um exemplo são
as memórias do nome e idade de alguém quando se reencontra essa pessoa alguns dias depois.
Como engloba um tempo muito grande pode ser diferenciada em alguns textos como memória
de longuíssimo prazo quando envolve memória de muitos anos antes.

Memória premeditada ou voluntária: recordação dos conhecimentos estudados,


compreensão do conteúdo e a sua significação.

IMPORTÂNCIA DA MEMÓRIA

Nossa memória é bem mais importante do que costumamos supor. Por exemplo, para
Schopenhauer, autor da obra O Mundo Como Vontade e Como Representação, a loucura não
deveria ser atribuída a uma perturbação mental, mas a uma disfunção justamente da memória.
Segundo o filósofo, a fim de evitar rememorar uma grande dor, a vontade da pessoa faria com
que ela não fosse mais capaz de ordenar o pensamento. As lacunas deixadas na memória
seriam preenchidas, portanto, por conteúdos irreais. As lembranças não estariam subordinadas
ao intelecto, mas sim à vontade. Intelecto e vontade são independentes e soberanos, mas quem
prevalece no processo psíquico é a vontade. É muito importante no processo de ensino e
aprendizagem, pois que sem a fixação, a conservação e recordação ou reprodução, não seria
capaz ou possível a educação e o ensino. Para utilização dos conhecimentos obtidos, assim
como habilidade, hábitos, como cada acção humana é necessária a intervenção da memória.

FACTORES QUE INTERFEREM NA MEMORIZAÇÂO.

A existência de outras actividades, quer no homem quer o animal, favorece a conservação de


lembranças, melhoramos a nossa retenção se intercalamos os períodos de aprendizagem com
os períodos de sono ou inactividade. Actividades novas também favorecem a retenção das
actividades antigas. Outros factores que interferem negativamente, exemplo: doenças
congénitas, distracção, má distribuição da atenção uso de substâncias tóxicas.

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Amnésia: é a perda parcial ou total da capacidade de reter e evocar informações. Qualquer
processo que prejudique a formação de uma memória a curto prazo ou a sua fixação em
memória a longo prazo pode resultar em amnésia.

1.2.1- SUA PARTICIPAÇÃO NO ENSINO

Já que a memória é a capacidade de adquirir, armazenar e recuperar informações, ja se nota a


sua grande importância e sua grande participação no processo de ensino e aprendizagem visto
que tem servido para guardarmos as informações que adquirimos quer na escola como na vida
diária. Com isto percebe-se que a memória é um elemento que sempre esteve presente no
processo de ensino e a aprendizagem. É muito importante no processo de ensino e
aprendizagem, pois que sem a fixação, a conservação e recordação ou reprodução, não seria
capaz ou possível a educação e o ensino. Para utilização dos conhecimentos obtidos, assim
como habilidade, hábitos, como cada acção humana é necessária a intervenção da memória.

1.3- O PENSAMENTO E O ENSINO

Pensamento e pensar são, respectivamente, uma forma de processo mental ou faculdade do


sistema mental.Pensar permite aos seres modelarem sua percepção do mundo ao redor de si, e
com isso lidar com ele de uma forma efetiva e de acordo com
suas metas, planos e desejos. Palavras que se referem a conceitos e processos similares
incluem cognição, senciência, consciência, ideia, e imaginação. O pensamento é considerado
a expressão mais "palpável" do espírito humano, pois através de imagens e ideias revela
justamente a vontade deste.

Segu ndo Descartes (1596-1650), filósofo de grande importância na história do pensamento:


A essência do homem é pensar". (Por isso dizia): "Sou uma coisa que pensa, isto é, que
duvida, que afirma, que ignora muitas, que ama, que odeia, que quer e não quer, que também
imagina e que sente". (Logo quem pensa é consciente de sua existência) "penso, logo existo."

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Tipos de pensamento

Pensamento criativo: aquele que se utiliza da criação ou modificação de algo, introduzindo


novidades, ou seja, a produção de novas ideias para criar ou modificar algo existente.

Pensamento sistêmico: é uma visão completa de múltiplos elementos com suas diversas
inter-relações. Sistêmico deriva da palavra sistema, o que nos indica que devemos ver as
coisas de uma forma inter-relacionada.

Pensamento crítico: examina a estrutura dos raciocínios, e tem uma vertente analítica e
avaliativa. Tenta superar o aspecto mecânico do estudo da lógica.

Pensamento interrogativo: é um pensamento com o que se faz as perguntas, identificando o


que interessa a alguém saber sobre um determinado tema.
OPERAÇÔES DO PENSAMENTO

Para que compreendamos os processos psíquicos, a psicologia utiliza o princípio real das
condições externas.

Assim afirma ALEXADRE o pensamento é o conjunto de processos tais como: analise,


síntese, comparação, generalização.

Análise: é a decomposição mental dos objectos e fenómenos nas suas partes ou componentes.
É a distinção de uns aos outros elementos, aspectos, propriedades, relações ou elementos
fáceis de compreender nas suas parte ou componentes de forma profunda e simples.

Síntese: é a união ou a integração de todos componentes anteriormente separação que se


distingue as diferentes e semelhanças dos objectos.

Generalização: é a união dos fenómenos ou elementos anteriormente separados. É o conjunto


de aspectos sequencialmente já observados devem haver uma sistematização de análise,
síntese, comparação e a generalização. A síntese une todos elementos e a generalização une
aspectos os elementos essenciais.

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PARTICULARIDADES INDIVIDUAIS DO PENSAMENTO.

Como já referenciamos que o pensamento é um processo psíquico de actividades intelectuais,


nisto observamos que entre outros o pensamento figura também em outras qualidades
cognitivas tais como:

Independência: manifesta-se no espírito crítico do indivíduo no seu criador e também na


profundidade do pensamento.

Flexibilidade: consiste na habilidade para avaliar um plano traçado ao princípio a solução de


problemas.

Rapidez: é essencialmente quando se assiste um homem a adaptar se a certas decisões num


curto espaço de tempo.

Lógica: esta exprime a ausência de contrariedade no raciocínio estrito do pensamento o


conceito e a ideia em que se reflectem as características gerais e substanciais e a ideia dos
objectos e dos fenómenos da realidade objectiva

SUA IMPORTÂNCIA NO ENSINO.

Os nossos pensamentos nos ajudam a refletir e nos conduzem à forma como reagimos diante
de conflitos e imprevistos que a vida nos apresenta diariamente. O grande problema é quando
estes pensamentos se tornam limitantes dificultando as nossas ações.

De nada adianta você pensar que pode conseguir determinado objetivo se não se sente capaz
de tal feito. Não permita que pensamentos e sentimentos negativos limitem você. Renove sua
forma de enxergar a vida. Há sempre muito mais a se viver, experienciar, aprender e realizar

“Penso, logo existo”. A frase de Descartes mostra o quanto é vital para o ser humano o
“pensar”. Viajamos sem nem mesmo sair do lugar.

O pensamento nos coloca diante de algo para ser avaliado, compreendido ou escolhido sem
ter esse algo efetivamente a nossa frente. Ele elabora conceitos, idealiza, dá significado, cria
juízos e faz com que tenhamos dentro de nós um universo bem peculiar.

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1.3.1- PARTICIPAÇÂO DO PENSAMENTO NO ENSINO
Já que o homem é capaz de resolver as dificuldades da vida e muitos outros problemas
percebemos que este so consegue graças ao uso do pensamento. Pois este o ajuda a resolver
até mesmo os vário problemas escolares do início dos seus estudos até ao fim. Assim o
homem não só percebe o mundo directamente, não só conhece os aspectos externos dos
objectos e fenómenos, mas também começa a descobrir que entre eles existem relações
essenciais, isto é, começar a pensar.

Segundo ALEXADRE, D.S. (2004: 119), parece mais convenientes afirmar que o homem na
verdade pensa, quando tem situações difíceis, problemáticas, obstáculos por enfrentar e por
ultrapassar, e por ultrapassar, quando tem problemas por resolver, quando experimenta
satisfações sobre as suas necessidades e seus motivos e interesse.

1.4- ATENÇÃO E ENSINO.

A atenção define-se pelo direcionamento da consciência e estado de concentração mental


sobre determinado objeto. Caracteriza-se por selecionar, organizar e filtrar as informações,
funcionando como uma filmadora.

FACTORES QUE INFUENCIAM A ATENÇÃO

Para que a atenção atue são necessários três fatores básicos:

Fator fisiológico: onde depende de condições neurológicas e também da situação contextual


em que o indivíduo se encontra;

Fator motivacional: depende da forma como o estímulo se apresenta e provoca interesse;

Concentração: depende do grau de solicitação e atuação do estímulo, levando a uma melhor


focalização da fonte de estímulo.

TIPOS DE ATENÇÃO
Saber identificar o nosso tipo de atenção é realizar um exercício de autoconhecimento, no
qual passamos a compreender melhor nossa personalidade e, principalmente, nossa maneira
de agir perante as situações que nos envolvem no dia a dia.

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Assim, abaixo compartilho os principais tipos de atenção existentes, de acordo com a
Psicologia e como cada uma delas pode ser desenvolvida dentro do ambiente de trabalho

Atenção Seletiva: Quem tem Atenção Seletiva consegue escolher qual será o foco da mente.
São pessoas que têm a habilidade de manter a atenção em locais com barulho, por exemplo.
Um indivíduo com Atenção Seletiva não se distrai quando determina para onde sua atenção
será direcionada e, por isso, não se incomodam com barulhos e outros fatores que possam
distrair ou desviar sua atenção.

Atenção Alternada: Pessoas com Atenção Alternada têm a habilidade de alternar o foco da
atenção. Perceba que falo de alternar e não de perder o foco. A Atenção Alternada facilita a
execução de tarefas que exigem mais de um nível de entendimento. Quer um exemplo? Você
precisa montar um móvel e para isso, é preciso ler com atenção o manual para começar a sua
montagem, certo? Quem tem atenção alternada, conseguirá ler o manual e a cada etapa lida,
tentará montar o móvel.

Atenção Sustentada: Este é o tipo de atenção ideal para quem precisa manter o foco durante
um longo tempo, pois esta é a habilidade de se manter focado durante um período longo em
uma atividade ininterrupta e constante.
Atenção Concentrada: Diferente da Atenção Seletiva, quem tem Atenção Concentrada se
mantém atento ao que faz. O indivíduo com Atenção Concentrada direciona a atenção para o
artigo que lê, para o texto que escreve porque é o que ele executa naquele momento.

1.4.1- SUA PARTICIPAÇÃO NO ENSINO


É um processo de extrema importância em determinadas áreas, como na educação, já que se
exige, por exemplo, a um aluno que preste atenção às matérias lecionadas pelo professor,
ignorando estímulos visuais, sonoros ou outros, como o que se está a passar fora da sala de
aula (estando, neste caso, relacionado também com o problema da disciplina).

Além da atenção concentrada, em que se selecciona e processa apenas um estímulo, também


pode existir atenção dividida, em que são seleccionados e processados diversos estímulos
simultaneamente como quando se conduz um automóvel e se ouvem as notícias
do rádio simultaneamente.

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1.5- A IMAGINAÇÃO E O ENSINO.

Imaginação é uma capacidade mental que permite a representação de objetos segundo


aquelas qualidades dos mesmos que são dadas à mente através dos sentidos - segundo a
concepção sartriana apresentada em sua obra O imaginário: psicologia fenomenológica da
imaginação. Em filosofia, tais qualidades são chamadas de qualidades secundárias quando a
ereção do subconsciente pronuncia-se à da consciência.

A base fisiológica da imaginação é a formação de novas associações entre as conexões


nervosas já fixadas no córtex cerebral

TIPOS DE IMAGINAÇÂO

Imaginação involuntária: é o processo de criação de novas imagens que não exige a


participação da vontade mais sim com as emoções e sentimentos.

Imaginações voluntárias: é o processo de criação de novas imagens, representações realizada


com participação da vontade. É uma espécie de imaginação activa em que relaciona-se com
tarefas por resolver, com os problemas e necessidades, pensamento e linguagem.

Imaginação reprodutiva: nela o homem consegue reproduzir as imagens já existentes na


memória de modo voluntário ou involuntário sem portanto criar necessariamente as novas.

Imaginação criadora: É aquela que reproduz imagens de objectos percebidos ou não


anteriormente. Aqui a pessoas é possível imaginar ventos futuros, pois que, as
particularidades fundamentais deste tipo de imaginação consistem no facto de que as suas
imagens conservem a originalidade, o rigor, o carácter de novos

1.5.1- IMPORTÂNCIA NO ENSINO

Sem uma boa capacidade imaginativa, não há uma boa capacidade criativa. Uma está
diretamente relacionada à outra. De acordo com Zimmermann e Freitas (2018), “o ato
imaginativo faz parte do processo de criação dos elementos que abastecem o mundo real, da
mesma forma que elementos desse mundo real servem como ingredientes para novas
combinações à imaginação”.
Sem pensar na importância da imaginação, seremos incapazes de criar, inovar e nos re-
adaptar, capacidades que são muito importantes em um mundo em constante (e rápida)
mudança. A imaginação orienta o homem o processo da sua actividade criando o modelo

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psíquico dos produtos intermediários e finais do trabalho que constitui para encarnação
material.

1.6- A LINGUAGEM E O ENSINO.

A linguagem não é um mero instrumento de expressão do pensamento, mas sim um sistema


ativo que o molda e o predetermina de um modo específico. A Linguística (ciência da
linguagem humana) e a Psicologia são disciplinas que têm andado quase sempre associadas,
recorrendo a métodos específicos de cada uma para a resolução de problemas.
Várias correntes de Psicologia, tais como o associacionismo, a gestalt e as teorias da
aprendizagem, debruçam-se sobre o assunto da linguagem e pode-se dizer que esta
aproximação denota um certo interesse em aprofundar a influência que o pensamento possa
exercer na linguagem.
Bases fisiológica da linguagem

O sistema das conexões nervosas do córtex cerebral que reflecte o mundo exterior pelos órgão
sensoriais que o primeiro sistema de signos na fase do jogo.

Tipos de linguagem

Existem vários tipos de linguagem, entre elas destacam-se a linguagem verbal, escrita gestual,
interna e externa.

Funçôes da linguagem

1)- Linguagem como meio de comunicação: é principal função da linguagem. As pessoas


comunicam-se entre si com a língua. Por meio de interlocutor a linguagem regula actividade e
a conduta do homem.

2)- Linguagem como meio de transmissão e assimilação : a criança quando nasce não conhece
o mundo e conhece-o através dos conhecimentos adquiridos pelos adultos e na escola através
da explicação do professor

3)- Linguagem como instrumento da actividade intelectual: o homem contrariamente ao


animal racional é capaz de planificar as suas actividades, instrumento fundamental para esta
planificação e a solução de tarefas fundamentais é a linguagem.

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1.6.1- SUA IMPORTÂNCIA NO ENSINO

A linguagem interessa à psicologia como conduta. No entanto, a linguagem, sendo uma


conduta a mais, apresenta duas características importantes: a linguagem é comunicação e
representação. A linguagem traz possibilidades novas à conduta direta, permitindo níveis
simbólicos e de representação, ocupando um papel-chave em toda conduta cognitiva.

Vygotsky coloca a situação de um modo diferente. Inicialmente, a conduta infantil é guiada


pela fala do adulto, depois começa a ser guiada pela fala externa da própria criança, até
converter-se em fala interna para si em forma de fala subvocal, e passar a ser pensamento ou
linguagem externa. O pensamento não é senão a linguagem interiorizada, e, portanto, de
natureza social em essência.

Para Piaget, a linguagem é primeiro, egocêntrica e não socializada para, posteriormente,


socializar-se. Vygotsky entende que o pensamento não seja o prioritário, ainda que seja em
forma de ação, mas que o prioritário é a natureza social e externa do pensamento, precedente
da fala ou linguagem interiorizada.

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1.7- CONCLUSÃO

A vida do homem náo seria fácil se este não possuisse conhecimentos para dominar o mundo
que o rodeia, visto que , é o conhecimento que facilita a resolução de todos os problemas que
surgem em sua volta.

Mas como já nos referimos na introdução este mesmo conhecimento que o homem possui é
graças ao processo de ensino e aprendizagem que é um processo duradouro ou seja que dura
para a vida toda.

A aprendizagem do homem é facilitada por vários processos psiquicos tais como a sensaçáo, a
memória, o pensamento, a atenção assim como a imaginação. Estes processos psiquicos são
indispensáveis na aprendizagem do ser humano uma vez que alguns servem de
armazenamento de informações outros de receptores e de muitas outras importantes funções
que estes desempenham na aprendizagem do mesmo.

Com tudo concluimos que o homem é so e somente homem graças ao conhecimento que este
possui, pois é com este conhecimento que ele consegue resolver os seus problemas e dominar
o mundo que o rodeia.

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1.8- BIBLIOGRAFIA

1. “Sensações e os cinco sentidos (psicologia)” em: Erupting Mind. Retirado em: 6 de


abril de 2018 de Erupting Mind: eruptingmind.com.
2. “Sensação (psicologia)” em: Wikipedia. Retirado em: 6 de abril de 2018 da
Wikipedia: en.wikipedia.org.
3. “Sensação” em: Universidade Brock. Retirado em: 6 de abril de 2018 da Brock
University: brocku.ca.
4. “O que é sensação na psicologia?” In: Study. Retirado em: 6 de abril de 2018 de
Study: study.com.
5. ↑ ILTEC. «percepção». Portal da Língua Portuguesa. Consultado em 12 de janeiro de
2012

1. ↑ ILTEC. «perceção». Portal da Língua Portuguesa. Consultado em 12 de janeiro de


2012
↑ Social Psychology, David G. Myers, McGraw Hill, 1993. ISBN 0-07-044292-4.

1. ↑ Sewell, W. H. (1989). Some reflections on the golden age of interdisciplinary social


psychology. Annual Review of Sociology, Vol. 15.
2. ↑ The Psychology of the Social, Uwe Flick, Cambridge University Press, 1998. ISBN
0-521-58851-0.
2. _ ANDRADE, Júlia Parreira Zuza. O papel da ilustração no livro-ilustrado: uma
discussão sobre autonomia da imagem. Anais do SILEL, Uberlândia: EDUFU,
Volume 3, Número 1, 2013
3. _ZIMMERMANN, Anelise; FREITAS, Neli Klix. O livro ilustrado e a imaginação:
escritor, ilustrador e leitor em uma trama interativa. PERSPECTIVA,
Florianópolis, v. 36, n. 1, p. 137-150, jan./mar. 2018
4. _GIRARDELLO, Gilka. Imaginação: arte e ciência na infância. Pro-Posições,
Campinas, v. 22, n. 2 (65), p. 75-92, maio/ago. 2011

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