Você está na página 1de 49

Sensação e Percepção

Sensação e percepção
Pessoas super reconhecedoras: habilidade de recordar
e reconhecer rostos.
Indivíduos com PROSAGNOSIA: possuem visão e
memórias normais , porém não consegue se lembrar
dos rostos humanos.
Nossos sentidos nos oferecem uma janela para o
mundo.
Oferecem consciência, apreensão e apreciação das
belezas do mundo.
Quais as sensações? O que percebem?
(Obra Beatriz Milhardes)
Sensação e percepção
Qual a diferença entre sensação e percepção?

Como reagimos a estímulos físicos?

Como os nossos órgãos do sentido processam os


estímulos?

Como a percepção transforma estímulos sensoriais em


informação significativa?
Sensação e percepção
Nossos sentidos permite sentir o mundo, porém a
percepção permite interpretá-lo.
A sensação e a percepção trabalham juntas para
fornecer uma compreensão integrada dos fenômenos
que nos cercam.
Sensação: primeiro encontro com de um organismo
com um estímulo sensorial.
Percepção: é o processo pelo qual o cérebro interpreta,
analisa e integra esse estímulo a outras informações
sensoriais.
Sensação e percepção
Percebemos o mundo a partir dos órgãos do sentido.
Pessoas com dificuldade sensoriais perceberam o
mundo de forma diferente.
Cinco sentidos: Visão, audição, paladar , tato e olfato.
As capacidades sensoriais humanas vão além desses
cinco sentidos .
Somos sensíveis ao toque e a um conjunto maior de
estímulos como: dor , pressão, temperatura e vibração.
Sensação e percepção
Sensação: é a ativação dos órgãos do sentido por uma
energia física.
Percepção: é a organização, interpretação,análise e
interação dos estímulos executada pelos órgãos do
sentido.

“A sensação refere-se a ativação dos órgãos do sentindo


(uma resposta física) e a percepção se refere como os
estímulos são interpretados ( resposta psicológica)”.
Sensação e percepção
Estímulo: é qualquer energia física que produza uma
resposta em determinado órgão sensorial.
Diferentes tipos de estímulos:
 Estímulos luminosos: ativam a visão e nos permitem
ver as cores.
 Sonoros: por meio do sentido da audição nos
permitem ouvir os sons.
Psicofísica: área da psicologia que estuda a relação dos
aspectos físicos e a forma como experimentamos
psicologicamente.
Sensação e percepção: limiar absoluto
Como detectamos uma imagem, um cheiro ou um som?
 Somos expostos a vários estímulos ao mesmo tempo.
 O nosso corpo parece bem preparado para lidar com uma
abundância de estímulos.

Qual a menor quantidade de estímulo que nossos sentidos


podem detectar?
Limiar absoluto: é a menor intensidade de um estímulo que
deve estar presente para que nossos sentidos o detectem.
“O tato é tão preciso que podemos sentir uma asa de
abelha tocar nossa pele”.
Sensação e percepção: limiar absoluto
Limiares absolutos são mensurados em condições
ideais.
O ruído impedem nossos sentidos de detectarem
estímulos nos limiares absolutos.
Ruídos: são estímulos indesejados que interferem nos
nossos sentidos ( não só sonoros).
Ex: - música alta em uma festa que nos impede de ouvir a
fala do outro.
- Muitos sabores em uma comida que nos impede de
sentir um determinado tempero.
Sensação e percepção: limiares
diferenciais
Limiares diferenciais: nível mais baixo de estímulo a
ser adicionado ( ou reduzido) requerido para sentir
que uma mudança no estímulo ocorreu.
Ex: Aumentar o sal da comida ou baixar a música da
festa.
Chamado de mínima diferença perceptível.
O valor do estímulo que constitui uma diferença
mínima depende da intensidade inicial do estímulo.
Sensação e percepção: lei Weber
Lei de Weber: afirma que uma mínima diferença
perceptível é uma proporção constante de intensidade
de um estímulo inicial.
Ex: a diferença mínima perceptível para o peso é 0,07Kg.

A lei de Weber explica porque nos assustamos como


toque do telefone em uma sala silenciosa e não nos
assustamos numa barulhenta.
Ex: percebemos mais os sons altos do que os baixos.
Sensação e percepção: adaptação
sensorial
A adaptação sensorial é um ajuste na capacidade
sensorial após a exposição prolongada a um estimulo
invariável.
Ex: odor de carne no açougue.

A adaptação ocorre quando as pessoas se acostumam


com uma mudança em seu referencial.
O cérebro reduz nossa sensibilidade ao estímulo que
estamos sentindo.
Sensação e percepção: adaptação
sensorial
A adaptação também ocorre após a exposição
repetitiva a um estímulo forte.
Ex: som alto, água fria...
A impossibilidade de enviar infinitamente mensagens
ao cérebro gera o aparente declínio na sensibilidade na
sensibilidade sensorial.
- A estimulação constante não é capaz de produzir uma
sensação prolongada.
Ex: se acostumar com a temperatura da água.
Visão: lançando luz sobre os olhos
Visão: lançando luz sobre os olhos
• Os olhos são a janela da alma, são janelas para o
mundo.
• A visão começa com a luz, energia física que estimula
os olhos.
• Espectro visível: variação do cumprimento de onda ao
qual os seres humanos são sensíveis.
• Nossos olhos convertem a luz em uma forma que pode
ser usadas pelos neurônios que ligam os olhos ao
cérebro.
Visão: lançando luz sobre os olhos
Visão: lançando luz sobre os olhos
Iluminando o olho
O raio de luz refletido por um objeto viaja primeiro
através da córnea.
A córnea dobra a luz que passa através dela para
ajustar o foco.
Após passar pela córnea , a luz atravessa a pupila.
A pupila é um buraco negro no centro da íris, que é a
parte colorida do olho.
Visão: lançando luz sobre os olhos
Iluminando o olho
O tamanho da pupila depende da quantidade de luz
no ambiente. Ela aumenta para a luz entrar.
( Ex: sala de cinema).
Quando a luz atravessa a pupila, entra no cristalino
que fica atrás da pupila.
O cristalino curva os raios de luz para que eles possam
ser focalizados.
O cristalino focaliza a luz modificando sua espessura
através do processo de adaptação.
Visão: lançando luz sobre os olhos
Iluminando o olho: atingindo a retina
Retina: fina camada de células nervosas no fundo do
olho.
A retina converte a energia eletromagnética da luz em
impulsos nervosos para transmiti-la ao cérebro.
Dois tipos de células nervosas: Bastonetes de cones.
1) Bastonetes : são células receptoras e cilíndricas
altamente sensíveis a luz.
 São úteis em situação de pouca luz.
 Função central da vidsão periféica.
Visão: lançando luz sobre os olhos
Iluminando o olho: atingindo a retina
Cones: são células receptoras em formato de cones.
Sensíveis a luz e responsáveis pelo foco e percepção de
cor.
São concentrados na parte chamada fórvea .
Tem função afiadas de foco, em situações de grande
luminosidade.
Visão: lançando luz sobre os olhos
Iluminando o olho: atingindo a retina
Os cones e bastonetes estão envolvidos na função de
adaptação ao escuro, que levam de 20 a 30 minutos.
Na adaptação à luz, acontecem mais rápido em torno
de 1 minuto.

Enviando mensagem ao cérebro


Quando a energia luminosa atinge os bastonetes e
cones, começa a sequência de eventos que transforma
luz em impulsos neurais, comunicando ao cérebro.
Visão: lançando luz sobre os olhos
Enviando mensagem ao cérebro

A estimulação da células nervosas no olho provoca


uma resposta neural, transmitida a outras células
nervosas da retina bipolares ou ganglionares.
Elas transmitem informações através do nervo
óptico.
Os impulsos neurais se deslocam pelo nervo óptico,
que se dividem e são levados para cada lado do
cérebro.
Visão: lançando luz sobre os olhos
Processando a imagem visual.

Quando a imagem chega ao cérebro , já passou por


vários estágios de processamento.
O processamento final das imagens visuais, ocorre no
córtex visual do cérebro. Ocorre o processo da
detecção de características.
Diferentes partes do cérebro processos impulsos
nervosos e estão envolvidos na percepção.
Visão: lançando luz sobre os olhos
Visão de cores e daltonismo
A pessoa com visão normal pode distinguir até 7
milhões de cores diferentes.

Daltônicos: tem uma limitação para perceber cores.


 O mundo dos daltônicos é sem graça.
 O vermelho e o verde são amarelados.
 Alguns não diferenciam azul de amarelo.
Visão: lançando luz sobre os olhos
Explicando a visão de cores
Teoria tricromática da visão de cores.
Três tipos de cones na retina.
1) Receptivo a cores violeta- azul
2) Receptivo a cor verde
3) Receptivo a amarelo e vermelho.

* A percepção de cores é influenciada pela força reativa


com que cada um dos cones é ativado. ( Ex: céu azul,
ativado principalmente o cone azul- violeta)
Visão: lançando luz sobre os olhos
Teoria dos processos de visão de cores
 Células receptoras trabalham em pars, em oposição
uma a outra.
 Há pares azul- amarelo, vermelho-verde e preto-
branco.
 Explica as imagens consecutivas. Atividade da retina
continua depois de fixar em um ponto e podemos ver
outras cores.
 A imagem consecutiva dura pouco.
Audição
Audição
Audição: processo pelo qual as ondas sonoras são
traduzidas de forma compreensíveis e significativas.
No ouvido também encontramos o sentido do
movimento e equilíbrio.

SENTINDO O SOM
A orelha é uma parte simples de um todo no processo
de audição.
A orelha age como um megafone invertido que coleta e
traz o som para as partes internas do ouvido.
Audição: o ouvido
Audição
Sentindo o som
A localização das orelhas em lados diferentes da
cabeça, ajuda na localização do som.
O som é o movimento das moléculas de ar causado
por uma fonte de vibração.
Os sons que chegam à orelha são afunilados no canal
auditivo, que leva ao tímpano.
O Tímpano funciona como tambor em miniatura que
vibra quando as ondas sonoras o atinge. Quanto mais
alto o som mais ele vibrará.
Audição
Sentindo o som

As vibrações são transferidas para o ouvido médio, uma


câmera minúscula qe tem 3 ossos ( martelo, bigorna e estribo)
O ouvido médio transmite as vibrações para a janela oval,
que amplifica o som.
O ouvido interno age com amplificador mecânico.
- Modifica as ondas sonoras na forma que podem ser
transmitida ao cérebro.
- Ajudam a localizar a posição do corpo e movimento no espaço.
Audição
Sentindo o som

Quando o som entra no ouvido interno, entra pela


cóclea, um tubo que se assemelha a um caracol.
Dentro da cóclea fica a membrana basilar que está
coberta de células capilares.
As células capilares são curvadas pelas vibrações e
enviam mensagem para o cérebro.
Audição
Organizando as teorias do som

Teoria do local da audição:


 afirma que diferentes áreas da membrana basilar,
corresponde a diferentes frequências.
 explica como ouvimos sons mais agudos.
 não explica a audição na totalidade, como ouvimos
frequências muito baixas.
Audição
Organizando as teorias do som

Teoria da frequência de audição:


A membrana basilar funciona como microfone,
vibrando toda em resposta a um som
Os receptores nervosos enviam sinais que estão
relacionados a frequência do som.
Quanto mais alto o tom de um som, maior quantidade
de impulsos nervosos são transmitidos ao cérebro
através do nervo auditivo.
Audição
Equilíbrio: os altos e baixos da vida
Diversas do ouvido estão relacionadas ao sentido do
equilíbrio.
Canais semicirculares: Três estruturas tubulares do
ouvido interno que contem fluído que corre ente eles
quando a cabeça se move.
Otólitos: cristais minúsculos e sensíveis ao
movimento dentro dos canais semicirculares que
sentem a aceleração do corpo.
Olfato
Olfato
O sentido do olfato nos permite detectar mais do que
10.000 odores distintos.
Possuímos memórias de odores. Um odor pode trazer
uma memória de volta.
( Ex: cheiro de um perfume, ou comida da avó...)
O olfato é ativado quando as moléculas de uma
substância entram nas passagens nasais e encontram
as células olfativas, neurônios receptores do nariz..
As respostas das células olfativas serão transmitidas ao
cérebro.
Paladar
Paladar
O sentido do paladar ( gustação) envolve células
receptoras que responde a 4 qualidades básicas:
1) Doce
2) Azedo
3) Salgado
4) Amargo

Existe também uma quinta categoria chamada de


Unami ( palavra japonesa), significa temperado ou
substancioso.
Paladar
As células receptoras do paladar são capazes de
responder a vários gostos.
Os gostos são combinações de sabores.
As células receptoras do paladar estão localizadas em
cerca de 10.000 papilas gustativas, distribuídas na
língua,boca e garganta.
O paladar difere de uma pessoa para outra devido em
grande parte a fatores genéticos.
 Superprovadores: sensíveis a gosto.
 Não provadores: Não sensíveis a gosto.
Os sentidos da pele
Os sentidos da pele: toque, pressão,
temperatura e dor.
Os sentidos da pele - toque, pressão, temperatura e
dor – exercem um papel fundamental em nossa
sobrevivência.
Os sentidos operam por meio de células receptoras
nervosas localizadas a várias profundidades de pele.
O sentido da pele pesquisado com maior
frequência é a dor.
A dor é uma resposta para uma grande variedade de
diferentes tipos de estímulo.
Os sentidos da pele: toque, pressão,
temperatura e dor.
A dor é resultado de uma lesão celular, que quando
danificada libera a substância P que transmite
mensagens a o cérebro.
Algumas pessoas são mais sensíveis a dor que outras.
Ex: as mulheres sentem estímulos mais intensos que os
homens.
A sensibilidade a dor pode ser herdada, devido a
alguns gens estarem ligados a sensação de dor.
Os sentidos da pele: toque, pressão,
temperatura e dor.
Teoria de controle para portão para dor
Receptores nervosos da medula espinhal levam a
sensação de dor ao cérebro.
O portão para o cérebro é aberto quando os receptores
são ativados ( Ex: ferimento).
Outros receptores podem fechar o portão para o cérebro
reduzindo a sensação de dor.
 Os estímulos competidores pode subjulgar os dolorosos.
 Fatores psicológicos podem fechar o portão, emoções
positivas podem aliviar a dor.
Como os nossos sentidos interagem
Sinestesia: a exposição a uma sensação( tal como som)
evoca uma sensação adicional ( tal com a visão).
Hipóteses para a sinestesia:
1) Pessoas com sinestesias tenham ligações neurais
excepcionalmente densas.
2) Não possuam controles neurais que costumam
inibiras conexões entre as áreas sensoriais.

* Condição rara, ainda um mistério.


Como os nossos sentidos interagem
Nossos sentidos interagem uma com os outros.
Apesar de ser ativados por estímulos diferentes,são
regidos pelos mesmos princípios básicos.
Estímulos auditivos, visuais e paladares seguem a lei
de Weber, descrevendo nossa sensibilidade na
mudança de estímulos.
Nossos sentidos ajudam a compreender a
complexidade do mundo.
Referências
RENNER, Tanya et alli.Psico.Porto Alegre, Editora
AMGH,2012.

Você também pode gostar