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Negativas Disfuncionais
Crenças negativas disfuncionais são pensamentos persistentes e rígidos sobre si mesmo, sobre seu
mundo, sobre as outras pessoas e sobre o futuro que tendem a ser extremos, irrealistas e prejudiciais.
Essas crenças, muitas vezes, se desenvolvem em resposta a experiências passadas ou ambientes físicos
ou interpessoais mais perigosos, moldando a perspectiva de uma pessoa em relação a diversas áreas da
vida.
As crenças nucleares negativas sobre si mesmo se manifestam em três categorias: desamparo, desamor e
desvalor. É possível que alguém tenha uma, duas ou até mesmo todas as três categorias, e dentro de cada
categoria, podem existir várias crenças distintas. Cada uma dessas crenças desempenha um papel
significativo na forma como percebemos a nós mesmos e nos relacionamos com o mundo ao nosso redor.
DESAMPARO
Confeccionado por Psicointeração: Recursos Terapêuticos Interativos. Proibido compartilhamento, reprodução ou revenda.
DESAMOR DESVALOR
Baseado: Beck, J. S. (2022). Terapia Cognitivo-Comportamental: Teoria e Prática (3ª ed.). Porto Alegre: Artmed, p. 31- 32.
COMPREENDENDO AS TRÊS CATEGORIAS COM O EXEMPLO DE ANA
Ana, uma mulher de 30 anos, está enfrentando desafios em sua vida que ativaram crenças
nucleares negativas em três categorias distintas.
DESAMPARO
Ana, ao enfrentar uma tarefa no trabalho, sente-se incapaz e ineficiente. Mesmo com realizações
significativas, ela acredita que sempre falha em suas tentativas e que os outros ao seu redor são muito
mais competentes. Essa percepção a leva a evitar responsabilidades desafiadoras, eforçando a crença
de que não pode realizar tarefas com eficácia.
"Não consigo fazer nada direito, sempre falho nas minhas tentativas."
"As pessoas ao meu redor são muito mais capazes do que eu."
"Não consigo me proteger, algo ruim vai acontecer de qualquer maneira."
Esses pensamentos revelam crenças nucleares negativas relacionadas ao desamparo. Ana percebe sua ineficácia
ao realizar tarefas e mantém uma comparação desfavorável com os outros, fortalecendo a crença de ser incapaz e
menos competente. Além disso, ela antecipa que não consegue se proteger, algo negativo inevitavelmente
ocorrerá. Essa perspectiva antecipatória contribui para a sensação de vulnerabilidade e reforça a visão de
impotência de Ana diante de desafios.
“Não sou
suficientemente
“Sou incapaz” bom (a) nas minhas
realizações”
Baseado: Beck, J. S. (2022). Terapia Cognitivo-Comportamental: Teoria e Prática (3ª ed.). Porto Alegre: Artmed, p. 31- 32.
DESAMOR
Em seus relacionamentos, Ana acredita que tem tantos defeitos que ninguém poderia verdadeiramente
amá-la. Ela evita a intimidade emocional, temendo que suas imperfeições irão afastar as pessoas. Essa
crença dificulta a formação de conexões íntimas, levando-a a se isolar e reforçando a ideia de que não
merece amor e intimidade.
Esses pensamentos revelam crenças nucleares negativas relacionadas ao desamor. Ana percebe-se como
alguém intrinsecamente defeituoso, acreditando que suas falhas são o motivo para afastar as pessoas. Ao
internalizar a ideia de ser indigna de amor, ela evita conexões íntimas, perpetuando um ciclo de isolamento.
“Sou
“Sou indesejável” desagradável”
“Sou
“Sou chato (a)”
dispensável”
"Sou
inevitavelmente “Não sou
destinada à rejeição, suficientemente
ao abandono e à bom (a) para ser
solidão." aceito e amado”
Baseado: Beck, J. S. (2022). Terapia Cognitivo-Comportamental: Teoria e Prática (3ª ed.). Porto Alegre: Artmed, p. 31- 32.
DESVALOR
Ana cometeu um erro no trabalho e, em vez de ver isso como algo isolado, ela internaliza a situação,
convencendo-se de que é uma pessoa má que sempre causa problemas. Essa crença a leva a se sentir
como uma ameaça para os outros, criando um ambiente de desconfiança. Isso reforça ainda mais sua
visão de que não merece respeito e que sua moralidade é questionável.
Esses pensamentos revelam crenças nucleares negativas relacionadas ao desvalor. Ana internaliza a visão de ser
moralmente questionável, gerando a sensação de não merecer respeito e acreditando que é percebida como uma
ameaça. Ao internalizar a ideia de ser indigna de amor, ela evita conexões íntimas, perpetuando um ciclo de
isolamento.
“Sou imoral”
Confeccionado por Psicointeração: Recursos Terapêuticos Interativos. Proibido compartilhamento, reprodução ou revenda.
“Sou cruel”
“Sou desprezível”
Baseado: Beck, J. S. (2022). Terapia Cognitivo-Comportamental: Teoria e Prática (3ª ed.). Porto Alegre: Artmed, p. 31- 32.