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Enfermagem em

Saúde Mental

SAÚDE MENTAL DO
ADULTO E DO IDOSO
Delimitar os conceitos de saúde e
doença mental não é tarefa fácil, como
também definir a noção de saúde e de
normalidade mental... As fronteiras são,
em boa medida, relativas,
circunstanciais e mutantes.
(Gomes e Molina, 1997, p226)
Normal X Patológico

3 diferentes perspectivas

• Saúde: o normal é sinônimo de saúde


quando: exames dentro dos parâmetros Quais são os
adequados. parâmetros de
saúde quando se
• Senso comum: normal é aquilo que é aceito trata de mental?
socialmente.

• Cultural: varia de acordo com as


organizações sociais, período histórico e
costumes de cada sociedade.
Depressão

Considerada problema prioritário de saúde pública a


depressão é a primeira causa de incapacidade entre os
problemas de saúde (OMS)
Sintomas e critérios diagnósticos:
depressão x tristeza.
Pelo menos cinco critérios por duas semanas:

Humor deprimido
Desânimo, perda do interesse
• Apetite
• Sono
• Anedonia
• Fadiga, perda de energia
• Pessimismo
• Baixa auto-estima
• Concentração prejudicada
• Pensamentos de morte ou suicídio
• Retardo/agitação psicomotora
Psicopatologia-e-semiologia-dos-transtornos-mentais-Paulo-
Dalgalarrondo.pdf
Fatores causais e
desencadeantes
As síndromes depressivas
● biológicos surgem com bastante frequências
após episódio de perdas
● genéticos significativas: pessoas queridas,
emprego, moradia, status
● Neuroquímicos socioeconômico ou de algo
puramente simbólico.
● psicológicos
Depressão como um sintoma social

• Cultura baseada em critérios de desempenho


• Liquidez das relações
• Demanda precoce por tratamento

Cuidado com a vulgarização e simplificação dos


diagnósticos!!!!!!
Epidemiologia
• Em todo o mundo, 300 milhões de pessoas, de
todas as idades.

• Mulheres são mais afetadas que homens.

• No pior dos casos, a depressão pode levar ao


suicídio.

OPA/OMS 2018
Fatores agravantes

• Gravidade dos sintomas


• Cronicidade dos sintomas
• Podem ocorrer sintomas psicóticos
• Suicídio
• Presença de comorbidades
• Ausência de resposta a tratamentos prévios
• Uso de substâncias
• Fases de grandes mudanças no
desenvolvimento
Tratamentos
• Farmacológico: antidepressivos
• Seguimento psicoterapêutico

Atenção para o consumo exagerado de


medicação e diagnóstico!
Para entrar em contato
• “Anomalisa”
• “Melancolia”
• “Se enlouquecer não se apaixone”
• “A liberdade é azul”
Transtorno Ansiosos
O QUE TE DEIXA ANSIOSO?
Ansiedade

É um estado psíquico de
apreensão ou medo provocado
pela antecipação de uma situação
desagradável ou perigosa.

O quadro de ansiedade vem


acompanhado por sintomas de
tensão, em que o foco de perigo
antecipado pode ser interno ou
externo.
Ansiedade Normal

• É uma resposta habitual do ser humano ao meio em que vive e às


situações que vivencia.
• Do ponto de vista biológico, se ela está presente até os dias atuais
como um padrão de comportamento humano significa que possui
alguma função adaptativa.
• A sensação de ansiedade prepara o indivíduo para situações que
podem ser difíceis, sejam quais forem essas dificuldades.
• Ao se preparar para tais situações, a chance de sucesso pode,
consequentemente, aumentar. Além disso, a ansiedade adverte o
organismo a respeito de possíveis perigos, sejam eles físicos (dor,
cansaço, esforço, ferimentos) ou psicológicos (impotência, punição,
frustração, separação).
Ansiedade Patológica

Ocorre quando as
preocupações do futuro
passam a ser
desproporcionais com a
realidade, causando
efeitos que interferem
prejudicialmente na vida
presente e no futuro.
Causas da Ansiedade Patológica

• Ansiedade generalizada;
• Crises de pânico;
• Fobias;
• Perturbação obsessivo-compulsiva;
• Síndrome de stress-pós traumático;
• Depressão;
• Psicoses;
• Perturbação maníaco-depressiva.
Tratamento
• O tratamento, geralmente, é feito com o uso de
fármacos específicos como ansiolíticos (fluoxetina
por exemplo), psicoterapia e adoção de hábitos de
vida mais saudáveis. A cooperação dos familiares e
pessoas próximas é essencial.
TranstornodeAnsiedadeSocial (TAS)

• Transtorno de Ansiedade Social (TAS) ou


Fobia Social caracteriza-se por um medo
acentuado e persistente de situações
sociais ou de desempenho nas quais o
indivíduo teme se sentir envergonhado ou
embaraçado.

• Os principais medos estão relacionados à


exposição, como parecer ridículo, dizer
tolices, ser observado pelas outras
pessoas, interagir com estranhos ou
pessoas do sexo oposto, ser o centro das
atenções, comer, beber ou escrever em
público, falar ao telefone e usar banheiros
públicos.
Sinais e Sintomas

• Palpitação;
• Rubor;
• Tremor;
• Sudorese;
• Batimento Cardíaco
Acelerado;
• Tensão Muscular;
Classificação

• Leve
• Moderada
• Grave
• Pânico
Tratamento
Na terapia cognitiva, o paciente aprende a
reconhecer os pensamentos negativos que carrega
consigo e, em seguida, mudá-los, desenvolvendo
habilidades que o ajudem a ganhar confiança
(principalmente em situações sociais ).
• Na terapia cognitivo-comportamental, o paciente é
constantemente exposto a situações sociais que
lhe causam apreensão e medo. Enfrentar
situações temidas é essencial para desenvolver
habilidades e adquirir confiança para lidar com
essas situações.
Tratamento Medicamentoso

• Clonazepam;
• Paroxetina;
• Quetiapina;
• Sertralina.
Ansiedade Crises de
Generalizada Pânico ou
(TAG) Transtorno
Prejuízo de Pânico
importante na
constante e atividade
permanente ocupacional e crises
relações sociais. abruptas +/-
intensas

Ansiedade, de maneira geral, é um resposta


importante do indivíduo frente a uma situação de
perigo.
Transtorno de Ansiedade
Generalizada (TAG)

Transtorno de ansiedade generalizada, é


um transtorno de ansiedade comum
que envolve nervosismo crônico,
preocupação e tensão excessiva.
Essa ansiedade é menos intensa do
que num ataque de pânico, mas muito
mais duradoura, tornando a vida da
pessoa muito difícil, dado que a pessoa
fica num estado de hipervigilância.
Sinais e Sintomas

• Preocupações constantes correndo na sua


cabeça;
• Sente-se como se a sua ansiedade fosse
incontrolável, não há nada que você possa fazer
para parar de preocupar-se;
• Incapacidade de relaxar, desfrutar de momentos
de quietude, ou ser você mesmo;
• Dificuldade de concentração ou com foco nas
coisas;
• Sensações de tensão, rigidez muscular ou dores
no corpo;
• Tem problemas para adormecer ou manter o sono
porque a sua mente fica muito ativa;
Ansiedade generalizada
Sintomas ansiosos excessivos, na maior parte dos
dias, por pelo menos seis meses.

Angústia Dores de cabeça


Tensão Sudorese
Preocupação Taquicardia
Irritação/nervoso Tontura
Insônia Dores musculares
Difícil concentração Formigamentos
Tratamento
• Compreender e aprender a controlar as visões distorcidas das
supostas fontes de estresse da vida, como o comportamento de outras
pessoas ou eventos importantes.
• Reconhecer e substituir os pensamentos que causam pânico,
diminuindo o sentimento de impotência.
• Gerenciar o estresse e relaxar quando os sintomas ocorrerem.
• Evitar pensar que as pequenas preocupações se transformarão em
problemas muito graves.
• Evitar cafeína, drogas ilícitas e até mesmo alguns remédios para gripe
também pode ajudar a minimizar os sintomas.
• Um estilo de vida saudável que inclua exercícios, descanso suficiente e
boa alimentação pode ajudar a diminuir o impacto da ansiedade.
Tratamento Medicamentoso

• O tratamento do TAG inclui o uso de medicamentos


antidepressivos ou ansiolíticos, sob orientação médica, e a
terapia comportamental cognitiva.
• O tratamento farmacológico geralmente precisa ser mantido
por seis a doze meses depois do desaparecimento dos
sintomas e deve ser descontinuado em doses decrescentes.
• Se você é visto como alguém de estopim
curto, que anda sempre com os nervos à
flor da pele e tem muita dificuldade para
relaxar, provavelmente chegou a hora de
procurar um médico para avaliar esse
estado permanente de tensão e
ansiedade;

•Se você cobra muito de si mesmo, está


sempre e envolvido em
inúmeras tarefas pressionado pelos
compromissos, tente pôr ordem não só
na sua agenda, mas também na sua
rotina de vida, sem esquecer de reservar
um tempo para o lazer. Se não conseguir
sozinho, não se envergonhe, peça ajuda.
O transtorno do pânico (TP) é caracterizado por crises de
ansiedade repentina e intensa com forte sensação de medo
ou mal-estar, acompanhadas de sintomas físicos. As crises
podem ocorrer em qualquer lugar, contexto ou momento,
durando em média de 15 a 30 minutos.

Os ataques de pânico acarretam intenso sofrimento psíquico


com modificações importantes de comportamento devido ao
medo da ocorrência de novos ataques. Isso faz com que os
pacientes procurem as emergências médicas em busca de
causas orgânicas que expliquem seus sintomas.

Como ocorre:
Transtorno de pânico
Crises recorrentes, com desenvolvimento de
medo de ter novas crises e preocupação com as
consequências.

Na crise de pânico a pessoa experimenta medo intenso


súbito (de morrer e/ou perder o controle) com sintomas
somáticos como: palpitações, sudorese, tremores, falta de
ar, dor no peito, enjôo, vertigem, desrealização e
despersonalização, formigamento, ondas de calor.
Sinais e sintomas:

O ataque de pânico começa de repente e apresenta


pelo menos quatro dos, seguintes sintomas:

• Medo de morrer;
• Medo de perder o controle e enlouquecer;
• Despersonalização (impressão de desligamento do mundo
exterior, como se a pessoa estivesse vivendo um sonho) e
desrealização (distorção na visão de mundo e de si
mesmo que impede diferenciar a realidade da fantasia);
• Dor e/ou desconforto no peito que podem ser
confundidos com os sinais do infarto;
• Palpitações e taquicardia;
• Sensação de falta de ar e de sufocamento;
• Asfixia;
• Sudorese;
• Náusea ou desconforto abdominal;
• Tonturaouvertigem;
• Ondas de calor e calafrios;
• Adormecimento e formigamentos;
• Tremores, abalos e estremecimentos.
• Com frequência, portadores da síndrome do
pânico apresentam quadros
de depressão. Em alguns casos, alguns buscam
no alcoolismo uma
saída para aliviar as crises de ansiedade.
• Ainda não foram perfeitamente esclarecidas as
causas dotranstorno do pânico, mas acredita-se
que fatores genéticos e ambientais, estresse
acentuado, uso abusivo de certos medicamentos
(as anfetaminas, por exemplo), drogas e álcool,
possam estar envolvidos.
Diagnóstico
• O diagnóstico do transtorno do pânico obedece a critérios
definidos no DSM. 5, o Manual de Diagnóstico e
Estatística das Perturbações Mentais. Uma crise isolada
ou uma reação de medo intenso diante de ameaças reais
não constituem eventos suficientes para o diagnóstico da
doença. As crises precisam ser recorrentes e provocar
modificações no comportamento que interferem
negativamente no estilo de vida dos pacientes.

• É muito importante estabelecer o diagnóstico diferencial


com outras doenças que apresentam sintomas
semelhantes, tais como os ataques cardíacos, o
hipertireoidismo, a hipoglicemia e a epilepsia, por exemplo,
para orientar corretamente o tratamento.
Tratamento

• O tratamento do transtorno do pânico inclui a prescrição de


medicamentos antidepressivos (tricíclicos ou de nova geração), e
psicoterapia, especialmente a psicoterapia cognitivo- comportamental,
que defende a exposição a situações que provocam pânico, de forma
sistemática, gradual e progressiva, até que ocorra a dessensibilização
diante do agente agressor.

• Geralmente, a medicação precisa ser mantida por períodos mais longos e


descontinuada progressivamente por causa do risco de recaídas.
• Saiba que o diagnóstico do transtorno do pânico pode ser
retardado, porque alguns dos sintomas físicos da doença
podem ser confundidos com os sinais característicos do
infarto;

• Procure distinguir a ansiedade normal do transtorno de


ansiedade. A primeira é essencial para enfrentar os perigos
reais que põem a sobrevivência em risco. Vencido o desafio,
o sentimento é de alívio. Já a ansiedade patológica, uma
reação desproporcional ao estímulo que a desencadeia,
causa sofrimento, altera o comportamento e compromete o
desempenho até mesmo das atividades rotineiras das
pessoas;
• Pratique exercícios físicos. Eles provocam algumas
sensações semelhantes às da síndrome do pânico –
taquicardia, sudorese – num contexto agradável, que
ajuda a identificá-las melhor;
• Não se automedique nem recorra ao consumo do álcool
ou de outras drogas para aliviar os sintomas do pânico.
Agindo assim, em vez de resolver um problema, você
estará criando outros;
• Procure assistência médica. O transtorno do pânico é
uma doença como tantas outras. Quanto antes for
diagnosticada, melhor será a resposta ao tratamento.
Terapia Cognitiva

• A Terapia Cognitiva é uma forma focalizada de psicoterapia em que


o terapeuta eo cliente trabalham juntos como uma equipe para
identificar e resolver problemas. Os terapeutas ajudam os clientes a
superar as dificuldades, trabalhando com seus pensamentos,
comportamentos e reações emocionais.

• Com o tratamento, os pacientes podem aprender a identificar e


avaliar osseus "pensamentos automáticos" e corrigi-los para que
estes se aproximem mais da realidade. Quando isso ocorre, nota-se
que a angústia e a ansiedade geralmente diminuem. Com o
tratamento os pacientes são capazes de se comportar de maneira
mais funcional.

• As pessoas aprendem a identificar e modificar as suas crenças


distorcidas, desenvolvem uma compreensão básica de si mesmos e
do mundo, além de serem estimulados a compreenderem as
relações sociais e sua interferência sobre elas.
Tratamento

● Farmacológico: antidepressivos e benzodiazepínicos


● Psicoterapias
● Técnicas de relaxamento e atividades físicas

Incapacidade
Transitória, relacionada à esquiva fóbica e ansiedade
antecipatória.
Riscos
Pode ser duradouro, a depender da intensidade e
cronicidade dos sintomas.
Podem haver somatizações, abuso de substâncias
Fobias e quadros obsessivos/compulsivos

• Síndromes fóbicas: medos intensos e irracionais, por


situações, objetos ou animais que objetivamente não
oferecem perigo real e proporcional à intensidade de tal
medo. Ex: agorafobia/

• Quadros obsessivo-compulsivos: ideias, fantasias e


imagens obsessivas e por atos, rituais ou comportamentos
compulsivos.

OBSESSÃO x FOBIA (Ex., obsessão por limpeza, fobia de


sujeira ou contaminação)
IDEIA DELIRANTE x OBSESSÃO (crítica e insight)
PARA ENTRAR EM CONTATO!

“Monk: um detetive diferente”

“Melhor Impossível”

“Toc-toc”
https://www.youtube.com/watch?v=XotHaaYwiIA
Transtorno Obsessivo Compulsivo
(TOC)
Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)
•O transtorno obsessivo compulsivo (TOC) é a presença de
obsessões e compulsões.
• Obsessões são ideias, pensamentos, imagens ou
impulsos repetitivos e persistentes que são vivenciados
como intrusivos e provocam ansiedade. Não são apenas
preocupações excessivas em relação a problemas
cotidianos. A pessoa tenta ignorá-los, suprimi- los ou
neutralizá-los através de um outro pensamento ou ação.
• Pensamentos, imagens que invadem a pessoa
insistentemente , sem que ela queira.
• Obsessão caracteriza-se por pensamentos intrusivos,
repetitivos e persistentes
que provocam inquietação e mal estar.
• Compulsões são comportamentos repetitivos ou atos
mentais que visam reduzir a ansiedade e afastar as
obsessões. Esses rituais frequentemente são percebidos
como algo sem sentido e o indivíduo reconhece que seu
comportamento é irracional.

• As compulsões (também conhecidas como rituais) são


determinadas ações ou atos mentais que a pessoa se
sente impelida (impulsionada) a praticar para tentar
diminuir ou evitar a ansiedade causada pelas obsessões
Classificação

• Transtorno obsessivo-compulsivo subclínico : as


obsessões e rituais repetem com frequência , mas
não atrapalham a vida da pessoa;

• Transtorno obsessivo-compulsivo propriamente dito: as


obsessões persistem até o exercício da compulsão
que alivia a ansiedade.
Sinais e Sintomas

• Os principais sinais e sintomas do transtorno obsessivo-compulsivo


consistem basicamente em duas partes, que dão nome à doença:
obsessão e compulsão. No entanto, é comum encontrar pessoas que
desenvolvam apenas um dos tipos de sintomas.

• O principal sintoma da doença é a presença de pensamentos


obsessivos que levam à

realização de um ritual compulsivo para


aplacar a ansiedade que toma conta da
pessoa.
Preocupação excessiva com limpeza e higiene pessoal, dificuldade
para pronunciar certas palavras, indecisão diante de situações
corriqueiras por medo que uma escolha errada possa desencadear
alguma desgraça, pensamentos agressivos relacionados com
morte, acidentes ou doenças são exemplos de sintomas do
transtorno obsessivo-compulsivo.
Tratamento

• TOC não tem cura, mas o tratamento disponível para o


transtorno pode ajudar a controlar os sintomas e evitar que
eles interfiram ainda mais na qualidade de vida do paciente.
Em geral pessoas precisam de tratamento por toda vida,
seja somente com medicação ou associado com outras
abordagens como psicoterapia.

• As duas principais abordagens de tratamento para TOC são


a psicoterapia e o uso de medicamentos. No entanto, o
tratamento é mais eficaz quando há uma combinação das
duas.
• Não há quem não tenha experimentado alguma vez um comportamento
compulsivo, mas se ele se repete a ponto de prejudicar a execução de
tarefas rotineiras, a pessoa pode ser portadora de TOC e precisa de
tratamento;
• Crianças podem obedecer a certos rituais, o que é absolutamente
normal. No entanto, deve chamar a atenção dos pais a intensidade
e a frequência desses episódios. O limite entre normalidade e TOC
é muito tênue;
• Os pais não devem colaborar com a perpetuação das manias e rituais
dos filhos. Devem ajudá-los a enfrentar o pensamentos obsessivos e
a lidar com a compulsão que alivia a ansiedade;
• O respeito a rituais do portador de TOC pode interferir na dinâmica da
família inteira. Por isso, é importante estabelecer o diagnóstico de
certeza e encaminhar a pessoa para tratamento;
• Esconder os sintomas por vergonha ou insegurança é um péssimo
caminho.
Quanto mais se adia o tratamento, mais grave fica a doença.
Transtorno Digital

Nomofobia
Definida como: o medo de ficar sem celular, até mesmo pânico,
caracterizando uma fobia de ficar sem celular.

• É o uso abusivo do aparelho provoca sinais semelhantes aos


apresentados pelos usuários de drogas.
• O individuo é incapaz de permanecer sem o aparelho e não pensa em
outra coisa, não consegue por exemplo manter uma conversa.
Causas da Nomofobia

• Euforia e alegria a curto prazo associado ao uso de aparelho;


• Tem a necessidade de passar cada vez mais tempo com o celular,
para obter o mesmo prazer de antes;

• Quando está sem o aparelho, a pessoa fica mais irritada e ansiosa;

• O uso excessivo causa discórdia e briga entre outras pessoas;


• Na tentativa de diminuição do uso, o individuo volta a usar o aparelho
com a mesma frequência anterior ou em uma intensidade ainda maior.
Sinais e Sintomas

• Medo;
• Ansiedade;
• Estresse;
• Ataque de Pânico ao pensar sair sem celular;
• Tremores;
• Sudorese;
• Dor no peito;
• Aceleração da Frequência Cardíaca
Tratamento

• Psicoterapia;
• Medicamentos;
Transtorno Afetivo Bipolar
Caracterizado pelo seu carácter fásico e
periódico: os episódios de mania e depressão
ocorrem de modo relativamente delimitado e
com frequência ocorrem períodos de
remissão em que as alterações patológicas
mais intensas regridem.
Diagnóstico

• A idade média de início dos quadros bipolares:


após os 20 anos;

• Os episódios maníacos costumam ter início


súbito, com rápida progressão dos sintomas;

• Com a evolução da doença, os episódios


podem se tornar mais frequentes.
Sintomas: mania
ATIVAÇÃO das funções mentais

• HUMOR: reações emocionais intensas e


instáveis (alegria exagerada, explosões,
irritabilidade, raiva)

• PENSAMENTO: curso acelerado, muitas


ideias na cabeça, confusão, distrabilidade;

• MOTRICIDADE: agitação psicomotora


Sintomas: Mania
• CRÍTICA: auto-confiança exagerada, atitudes
inconseqüentes e imprudentes, ausência de culpa, não
reconhece as alterações que apresenta;

• JUÍZO E PERCEPÇÃO DA REALIDADE: delírios de


grandeza e alucinações;

• OUTROS: insônia , alteração do apetite, aumento da


libido, tendência exagerada à compra de objetos e dar
seus pertences;
Diagnóstico de episódio Maníaco

Três ou mais dos sintomas (quatro se o humor for apenas irritado)


por pelo menos uma semana :

• Auto-estima elevada
• Grandiosidade
• Muito falante, loquaz ou logorréico
• Fuga de idéias
• Distraibilidade
• ↓Necessidade de sono
• Aceleração psicomotora
• Desinibição social e/ou sexual
• ↑Gasto de dinheiro
• Envolvimento em atividades prazerosas hospitalização.
Sintomas: depressão

• INIBIÇÃO: das funções mentais

• HUMOR: apatia, indiferença afetiva, tristeza intensa e constante,


ansiedade.

• PENSAMENTO: dificuldade de raciocínio, lentificação,


desinteresse, pessimismo, desejo de morrer

• MOTRICIDADE: falta de energia, cansaço, lentificação,


prostração

• Prejuízo no autocuidado, desregulação do sono, diminuição da


libido
Epidemiologia e riscos

• Prevalência - TAB tipo I - 1%; - TAB tipo II - 1,1%; - espectro bipolar


- 2,4 a 8,3%.
• Pelo menos uma comorbidade: 65%. Três ou mais: 25%.
• Mais frequentes: - transtornos ansiosos (pânico e TOC) – 32 a 92%; -
abuso/dependência de substâncias – 21 a 46%; - transtornos
alimentares – 7 a 18%; - transtornos de personalidade – 12 a 89%
(37,7%)
• Ideação suicida – 14 a 59%. - Pelo menos uma tentativa de suicídio –
20 a 56%. - Suicídio completo – 15 a 19% (10 a 60 vezes maior que
na população geral).
Subtipos de transtorno bipolar

TB episódio maníaco único

TB tipo I com mais de um episódio (maníaco ou depressivo maior, mas


pelo menos um maníaco): Especificar: se o episódio atual ou mais recente
for do tipo hipomaníaco, maníaco, misto, depressivo.

TB tipo II com mais de um episódio (hipomaníaco ou depressivo maior,


mas pelo menos um hipomaníaco): especificadores semelhantes aos
recém-descritos (menos maníacos)

Transtorno ciclotímico: por pelo menos dois anos, numerosos períodos


com sintomas hipomaníacos e sintomas depressivos (que não satisfazem
os critérios para episódio depressivo maior ou grave)
Tratamento
• Farmacológico: estabilizador do humor e
antidepressivos, por vezes antipsicóticos.
Equilíbrio entre estados de humor e a relação
deles com a funcionalidade do sujeito.

• Psicossocial: grupos terapêuticos, auxiliar paciente a


detectar possíveis alterações de humor que possam indicar novas
crises.
Para entrar em contato!

“Sentimentos de curam”
“O lado bom da vida”
“Tocados pelo fogo”
“Mr. Jones”

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