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Saúde Mental:

Abordagens para Consultores de Saúde

Rosana Alves, Ph.D


Estatística

A Organização Mundial da Saúde indica que 30% da


população mundial apresenta algum transtorno
mental, sendo a depressão e a ansiedade os mais
prevalentes.

De acordo com um estudo internacional, a prevalência de


transtornos mentais na região metropolitana de São Paulo é a mais
alta registrada em 24 países, sendo mais severa do que em
metrópoles como Nova Iorque.
Psicopatologia- Definição

O termo psicopatologia é de origem grega – psykhé, alma, e patologia.


Literalmente seria uma patologia do espírito. O fundamento real da investigação é
constituído pela vida psíquica, representada e compreendida através das expressões
verbais e do comportamento perceptível.
As principais funções psíquicas e suas anormalidades mais frequentes nas
diversas síndromes psíquicas, podem ser resumidas nas seguintes áreas:
 Consciência;
Atenção;
Orientação;
Pensamento e Delírio;
Consciência do EU;
Sensopercepção;
Memória;
Inteligência;
Afeto;
Vontade.
Principais Psicopatologias

• Depressão

• Transtornos de Ansiedade

• Transtorno Obsessivo-Compulsivo

• Transtornos da Alimentação

• Transtorno Bipolar

• Síndrome de Burnout
Diagnóstico

A responsabilidade ao estabelecer o diagnóstico é importante, pois


interfere decisivamente na forma de intervir e, consequentemente, no
tratamento.
Devem ser levados em consideração os aspectos socioeconômicos,
religiosos, biológicos, culturais e étnicos do paciente.

Para definir as estratégias terapêuticas com pertinência, o terapeuta tem


que possuir conhecimentos aprofundados de psicopatologia, realizar a
anamnese com perícia, ter experiência clínica (que será adquirida com o
tempo), realizar estágios e supervisões interdisciplinares.
4. Causas

Situacionais

Genéticos

Clínicos

Químicos
Vale citar….
Psicopatologias?

Brasil
Tribo Surma, Etiópia

China

Nigéria
Padaung
@doutorarosana
Depressão
Depressão

1. O que é?

2. Quais os sintomas?

3. Prevalência

4. Quais as causas?

5. Tratamento
1. Definição

Conjunto de alterações comportamentais, emocionais e de


pensamento que trazem prejuízos significativos em várias áreas da vida de
uma pessoa.

Aquele que está deprimido vê o mundo de forma diferente, sente a


realidade de forma diferente e manifesta suas emoções de uma forma
diferente.
2. Sintomas

Sintomas principais:
1. Humor deprimido presente na maior parte do dia e quase todos os dias por pelo
menos duas semanas;
2. Perda de interesse/prazer em atividades anteriormente prazerosas;
3. Diminuição de energia ou aumento da fadiga.

Sintomas adicionais:
1. Perda de confiança ou auto-estima;
2. Sentimentos irracionais de auto-reprovação ou culpa excessiva;
3. Pensamentos recorrentes de morte/suicídio ou qualquer cpto suicida;
4. Queixas ou evidências de redução da capacidade de pensar ou se
concentrar, indecisão, vacilação;
5. Alteração da atividade psicomotora (subjetiva ou objetiva);
6. Perturbação do sono: insônia, hipersônia, pesadelos, etc;
7. Alteração do apetite com concomitante alteração do peso
8. Marcante redução/perda da libido
DIAGNÓSTICO (CID-10)
2 ou 3 sintomas principais + 1 ou mais sintomas adicionais .
Perfazendo, no mínimo, 4 sintomas
3. Prevalência

Mulheres: 10 a 25%  OMS: 121 milhões de pessoas


Homens: 5 a 12% sofram de depressão

pico  2020: será a 2ª causa de


entre 25 incapacitação física e profissional
e 44 anos

 20 vezes mais propensos a


2/3 têm recaídas (5 a 6 episódios
morrer de acidentes ou de
ao longo da vida) suicídio do que adultos sem
transtorno psiquiátrico.
5. TRATAMENTO

 Psicoterapia

 Medicamentos

 Estilo de Vida Saudável

 Cronoterapia
Transtornos da Ansiedade
Definição

Ansiedade é um transtorno emocional identificado pela perda


da qualidade de vida, decorrente, principalmente, da preocupação
exacerbada. Os hormônios femininos, entre outros fatores tornam
as mulheres mais vulneráveis a esse transtorno (proporção é de 2
mulheres para cada homem).
Tipos de Ansiedade

1. Ansiedade Generalizada

2. Fobias

3. Estresse Pós- Traumático

4. Pânico
1. Transtorno da Ansiedade Generealizada

A ansiedade generalizada causa sofrimento clinicamente significativo e/ou


prejuízo no funcionamento social ou ocupacional.

A nomenclatura “generalizada” é empregada porque o foco da ansiedade ou


preocupação não está confinado a aspectos de um transtorno específico; por
exemplo, a ansiedade ou preocupação não se refere a ter um Ataque de Pânico
(como no Transtorno de Pânico), ser envergonhado em público (como na Fobia
Social), ser contaminado (como no Transtorno Obsessivo-Compulsivo), ficar
afastado de casa ou de parentes próximos (como no Transtorno de Ansiedade de
Separação), ganhar peso (como na Anorexia Nervosa), ter múltiplas queixas físicas
(como no Transtorno de Somatização) ou ter uma doença grave (como na
Hipocondria), e a ansiedade ou preocupação não ocorre exclusivamente durante o
Transtorno de Estresse Pós-Traumático.
Diagnóstico

O diagnóstico é realizado diante da avaliação de três áreas principais:

• Tensão motora: tremor, abalos, sensação de balanço, tensão muscular, dores, edema
muscular, inquietação, fadiga fácil;

• Hiperatividade autonômica: sensações de asfixia, palpitações, sudorese excessiva,


mãos frias e úmidas, boca seca, vertigem, sensação de cabeça leve, náuseas, diarreia,
desconforto abdominal, ondas de calor ou calafrios, micção frequente, dificuldade de
deglutir ou “nó na garganta”;

• Vigilância: sensação de incapacidade, impaciência, sobressaltos, dificuldade de


concentração, “brancos de memória”, insônia, irritabilidade.
É importante verificar a existência de
intoxicação crônica por cafeína, abuso e
abstinência a drogas. Tais fatores podem
confundir o diagnóstico.
Tratamento

O tratamento de escolha é a associação de psicoterapia e


medicamentos ansiolíticos. A prescrição de uma droga ansiolítica visa à
remissão ou alívio parcial da sintomatologia, permitindo que o paciente
melhore seu desempenho na vida social e laborativa, e se adapte mais
eficazmente ao tratamento psicoterápico.
2. Fobias

As fobias são classificadas em Fobias Específicas e Fobia Social

Fobias Específicas
Medo acentuado e persistente, excessivo ou irracional, diante do objeto ou da situação fóbica. Esse
medo também pode surgir sem a presença da situação fóbica: imaginar a situação já pode ser o suficiente
para desencadear os sintomas.
Os tipos mais comuns de objetos ou situações fóbicas são:
- Animal;
- Ambiente Natural (p. ex., alturas, tempestades, água);
- Sangue-Injeção-Ferimentos;
- Situacional (p. ex., aviões, elevadores, locais fechados);
- Outro Tipo (p. ex., esquiva fóbica de situações que podem levar a asfixia, vômitos ou a contrair uma
doença; em crianças, esquiva de sons altos ou personagens vestidos com trajes de fantasia).
A exposição ao estímulo fóbico provoca, quase que invariavelmente, uma resposta imediata de
ansiedade, que pode assumir a forma de um Ataque de Pânico ligado à situação ou predisposto pela
situação. Em crianças, a ansiedade pode ser expressa por choro, ataques de raiva, imobilidade ou
comportamento aderente.
A fobia interfere significativamente na rotina do indivíduo, aumentando o seu sofrimento.
 Fobia Social

Medo acentuado e persistente de uma ou mais situações sociais ou de desempenho, nas


quais o indivíduo é exposto a pessoas estranhas ou ao possível escrutínio por terceiros. O
indivíduo teme agir de um modo (ou mostrar sintomas de ansiedade) que lhe seja humilhante e
vergonhoso.
A exposição à situação social temida quase que invariavelmente provoca ansiedade, que
pode assumir a forma de um Ataque de Pânico ligado à situação ou predisposto por situação. A
pessoa reconhece que o medo é excessivo ou irracional.
As situações sociais e de desempenho temidas são evitadas ou suportadas com intensa
ansiedade ou sofrimento.
Em crianças, a ansiedade pode ser expressa por choro, ataques de raiva, imobilidade ou
afastamento de situações sociais com pessoas estranhas. Os adultos com fobia social
reconhecem que o medo é excessivo ou irracional; entretanto, esta característica pode estar
ausente em crianças.
3. Transtorno de Estresse Pós-Traumático

Exposição a um evento traumático no qual os seguintes


quesitos estiveram presentes:

(1) a pessoa vivenciou, testemunhou ou foi confrontada com


um ou mais eventos que envolveram morte ou grave ferimento,
reais ou ameaçados, ou uma ameaça à integridade física, própria
ou de outros;
(2) a resposta da pessoa envolveu intenso medo, impotência
ou horror.
Após o evento traumático, a situação estressante é persistentemente revivida
em uma (ou mais) das seguintes maneiras:

• recordações aflitivas, recorrentes e intrusivas do evento, incluindo imagens,


pensamentos ou percepções. Em crianças pequenas, podem ocorrer jogos repetitivos,
com expressão de temas ou aspectos do trauma;
• sonhos aflitivos e recorrentes com o evento. Em crianças podem ocorrer sonhos
amedrontadores sem um conteúdo identificável;
• agir ou sentir como se o evento traumático estivesse ocorrendo novamente
(inclui um sentimento de revivência da experiência, ilusões, alucinações etc). Em
crianças pequenas pode ocorrer reencenação específica do trauma;
• sofrimento psicológico intenso quando da exposição a indícios internos ou
externos que simbolizam ou lembram algum aspecto do evento traumático;
• reatividade fisiológica na exposição a indícios internos ou externos que
simbolizam ou lembram algum aspecto do evento traumático.
Esquiva persistente de estímulos associados com o trauma e entorpecimento da
reatividade geral (não presente antes do trauma), indicados por três (ou mais) dos seguintes
quesitos:

• esforço no sentido de evitar pensamentos, sentimentos ou conversas associadas com o


trauma;
• esforços no sentido de evitar atividades, locais ou pessoas que ativem recordações do
trauma;
• Incapacidade de recordar algum aspecto importante do trauma;
• redução acentuada do interesse ou da participação em atividades significativas;
• sensação de distanciamento ou afastamento em relação a outras pessoas;
• faixa de afeto restrita (p. ex., incapacidade de ter sentimentos de carinho);
• sentimento de um futuro abreviado (p. ex., não espera ter uma carreira profissional,
casamento, filhos ou um período normal de vida).
Sintomas persistentes de excitabilidade aumentada (não presentes
antes do trauma), indicados por dois (ou mais) dos seguintes quesitos:

• dificuldade em conciliar ou manter o sono;


• irritabilidade ou surtos de raiva;
• dificuldade em concentrar-se;
• hipervigilância;
• resposta de sobressalto exagerada.
Se a duração da perturbação é superior a 1 mês e causar
sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no
funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas
importantes da vida do indivíduo, já pode ser diagnosticado o
Transtorno de Estresse Pós-Traumático.
4. Transtornos de Pânico

Os aspectos essenciais para ser caracterizado o Transtorno


de Pânico são ataques de ansiedade aguda e grave, recorrentes
(ataques de pânico), os quais não estão restritos a qualquer
situação ou conjunto de circunstâncias específicas.

O primeiro ataque de pânico é sempre espontâneo, inesperado.


Os sintomas começam de forma crescente, atingindo um máximo
em torno de 10 minutos. Raramente ultrapassam os 30 minutos.
Os sintomas mais comuns são:
dispneia (“falta de ar”);
 sufocamento ou sensação de asfixia;
 vertigem;
sensação de instabilidade ou de desmaio;
palpitações;
tremores;
 sudorese;
náusea ou desconforto abdominal;
parestesias (distúrbios em que o paciente acusa sensações
anormais não causadas por estímulos externos ao corpo –
formigamento, picada, queimadura);
 ondas de calor ou frio;
dor ou desconforto no peito;
medo de morrer, medo de enlouquecer.
Preocupação com os sintomas físicos, principalmente
relativos à morte por problema cardíaco ou respiratório, pode
ser o foco principal de atenção durante um ataque de pânico.

Os sintomas depressivos são frequentes, estando presentes


em 80% dos pacientes, inclusive com risco de suicídio.
Mas afinal, quais são os fatores desencadeantes dessa patologia?

Existem três hipóteses:

1. Fatores Genéticos: já que a probabilidade de gêmeos monozigóticos


(idênticos) apresentarem transtorno de pânico ultrapassa 80%, é extremamente
sugestiva a importância dos fatores genéticos no surgimento desse transtorno;

2. Fatores Psicossociais: os ataques de pânico como resultado de uma defesa


mal sucedida contra impulsos provocadores de ansiedade;

3. Fatores Biológicos: é o transtorno psiquiátrico cujos fatores biológicos são


mais conhecidos. Entre eles estão anormalidades envolvendo a noradrenalina e a
serotonina.

O locus coeruleus no tronco cerebral, rico em noradrenalina, está


particularmente envolvido no desencadeamento do ataque de pânico. Alguns
estudos com imagem têm sugerido anormalidades anatômicas, de fluxo sanguíneo e
metabolismo no lobo temporal direito.
O tratamento do transtorno de pânico, visando o controle dos
ataques, envolve medidas na área da psicofarmacoterapia (a medicação
é necessária na maioria dos casos) e das psicoterapias.

As psicoterapias, comportamental e de família, têm o papel


fundamental de tratar as complicações do transtorno de pânico. A
terapia comportamental visa o tratamento da esquiva agorafóbica (que
é o comportamento de evitar lugares abertos ou com muitas pessoas). A
terapia de família deve ser dirigida à educação e apoio da família do
paciente, a qual está sempre comprometida pelas dificuldades de
conviver com uma pessoa com transtorno de pânico.
3. Transtorno Obssessivo-Compulsivo (TOC)
 Pensamentos obsessivos são ideias, sentimentos ou imagens angustiantes que
entram na mente do indivíduo repetidamente, de uma forma estereotipada. O
paciente tenta, sem sucesso, resistir-lhes;

 Atos ou rituais compulsivos são comportamentos conscientes, estereotipados,


como contar, verificar ou evitar, que se repetem muitas vezes. O individuo utiliza a
compulsão para livrar-se do pensamento obsessivo;

 O conteúdo do pensamento obsessivo pode envolver algumas áreas principais:


preocupação com limpeza, medo de que algo terrível possa acontecer (incêndio,
morte), preocupação com simetria, ordem ou exatidão, ideia de pecado, números de
sorte ou de azar, ideias sexuais proibidas ou perversas.

As compulsões são geralmente de lavar as mãos, banho, arrumar-se de


maneira excessiva e ritualizada, rituais repetidos (sentar e levantar da cadeira, pisar
apenas nas pedras brancas etc.), verificar portas e fechaduras, tocar em objetos,
contar e colecionar.
Fatores biológicos, genéticos e psicológicos estão presentes na etiologia do
TOC.

Estudos com métodos de imagem têm demonstrado anormalidades nos


núcleos caudados, córtex pré-frontal e ventrículos cerebrais.

Apesar de se falar que a serotonina possa ter um papel importante neste


transtorno, certamente não é o único neurotransmissor envolvido.

Mais da metade dos pacientes tem inicio dos sintomas antes dos 24 anos,
sendo a idade média em torno dos 20 anos.

A incidência maior em gêmeos monozigóticos e em parentes do primeiro


grau sustenta a hipótese de que fatores genéticos estão envolvidos nesta
patologia.
Quanto ao tratamento, os antidepressivos em doses elevadas
têm lugar assegurado no tratamento TOC.

Além da medicação, a psicoterapia comportamental é a


terapia de escolha para o TOC.
As técnicas de dessensibilização, cessação do pensamento, o
condicionamento aversivo, têm apresentado bons resultados
quando associadas à farmacoterapia.
Esquizofrenia

Atinge aproximadamente 1% da população mundial, indistintamente em


relação à classe social, poder aquisitivo, formação cultural e etnia, não havendo
ainda vislumbre de cura.
A esquizofrenia não afeta a inteligência das pessoas portadoras e 25% das
pessoas recuperam-se satisfatoriamente.
Importante...

A esquizofrenia caracteriza-se por uma combinação de sinais e


sintomas, nenhum dos quais encontra-se necessariamente presente. Neste
sentido, ela difere de muitos outros distúrbios psiquiátricos definidos por uma
única característica proeminente. A depressão, por exemplo, caracteriza-se por
humor disfórico; a mania, por humor exaltado; e o distúrbio de pânico, pela
presença de ataques de pânico. A ausência de uma característica singular para
a esquizofrenia às vezes torna difícil para os estudantes conceituá-la.
Sintomas

O distúrbio é essencialmente definido pela presença de diversos


sintomas entre um grupo de sintomas característicos, acompanhados por uma
deterioração funcional significativa durante um período de tempo relativamente
longo e constante (variando de 1 a 6 meses, dependendo da definição que está
sendo usada).

Em geral, os sintomas característicos permanecem por muito mais


tempo e, muitas vezes, alguns persistem pelo resto da vida da pessoa.

A combinação de incapacitação significativa, que começa cedo na vida,


com a cronicidade da doença tornam a esquizofrenia um distúrbio
particularmente trágico para muitas pessoas.
A fim de tornar este complexo distúrbio um pouco mais simples e fácil
de entender, os clínicos às vezes dividem os sintomas da esquizofrenia em dois
grandes grupos: positivos e negativos.
O conceito de sintomas positivos e negativos foi originalmente proposto
por Hughlings Jackson. Segundo Jackson, os sintomas da psicose seriam
explicados a partir da organização do cérebro como evolutiva e hierárquica:
Sintomas positivos: delírios, alucinações, fala desorganizada,
comportamento desorganizado e bizarro.
Representam distorções ou exageros das funções cognitivas ou
emocionais normais.

- Alucinações: alterações na percepção (ou seja, ouvir vozes sem um estímulo);


- Delírios: distorção no pensamento inferencial (ou seja, interpretação errônea
das informações, muitas vezes de modo a sugerir perigo ou dano);
- Fala desorganizada: ruptura na linguagem e na comunicação, refletindo uma
desorganização subjacente no pensamento;
- Comportamento desorganizado: ruptura no controle e na monitoração motor
ou comportamental.
Sintomas negativos: perda ou diminuição de funções que, em condições normais,
encontram-se presentes. Os sintomas negativos incluem alogia (marcante pobreza de fala e fala
vazia de conteúdo), embotamento afetivo (diminuição na habilidade de expressar-se
emocionalmente), anedonia (inabilidade de experimentar prazer, perda de interesse pela
interação social) e avolição (incapacidade de iniciar ou persistir na busca de um objetivo).

Enquanto os sintomas positivos da esquizofrenia são, muitas vezes, exuberantes e


atraem a atenção para a doença do paciente, os sintomas negativos tendem a prejudicar a
capacidade da pessoa de levar uma vida cotidiana normal. Estes sintomas tendem a impedir
que os pacientes esquizofrênicos mantenham relacionamentos familiares normais, frequentem
escolas, mantenham um emprego ou formem amizades e relacionamentos íntimos.
Além destes sintomas “clássicos” envolvendo dimensões psicóticas,
desorganizadas e negativas, uma variedade de outros sintomas também
são frequentemente observados: incluem deficiência na atenção, falta de
discernimento e comportamento motor catatônico.
Muitos dos sintomas mais comuns, como os delírios, podem
manifestar-se de formas totalmente diferentes. Os delírios podem, por
exemplo, manifestar-se diferentemente como perseguição, inveja,
megalomania e religiosidade. As alucinações podem apresentar muitas
modalidades, incluindo auditiva, visual, tátil ou olfativa. As alucinações
auditivas, no entanto, são de longe, o tipo mais comum.
Tratamento

São importantes também os tratamentos psicossociais, como a terapia


psicológica e a terapia ocupacional, que contribuem para uma melhor qualidade
de vida do portador e sua família.

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