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Disciplina: Psicologia Aplicada à Administração

Professor: Glauco Barbosa


Aluna(o)s do Grupo 1 :
❖ Ana Claudia Silva Peixoto
❖ Nyedja Ataíde
❖ Thialy Bessa
❖ Israel França
❖ Allison Peixoto
❖ Larissa Yasminne
❖ John Alysson

Resumo sobre Depressão

Definição e caracterização do transtorno (referência do transtorno, código de


classificação da CID, critérios diagnósticos).

O que é depressão?

A depressão é um problema médico grave e altamente prevalente na população em geral.

De acordo com estudo epidemiológico a prevalência de depressão ao longo da vida no

Brasil está em torno de 15,5%. Segundo a OMS, a prevalência de depressão na rede de

atenção primária de saúde é 10,4%, isoladamente ou associada a um transtorno físico.

De acordo com a OMS, a depressão situa-se em 4º lugar entre as principais causas de

ônus, respondendo por 4,4% dos ônus acarretados por todas as doenças durante a vida.

Ocupa 1º lugar quando considerado o tempo vivido com incapacitação ao longo da vida

(11,9%).

A época comum do aparecimento é o final da 3ª década da vida, mas pode começar em

qualquer idade. Estudos mostram prevalência ao longo da vida em até 20% nas mulheres

e 12% para os homens.

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Causas da depressão?

1. Genética: estudos com famílias, gêmeos e adotados indicam a existência de um


componente genético. Estima-se que esse componente represente 40% da
suscetibilidade para desenvolver depressão;
2. Bioquímica cerebral: há evidências de deficiência de substâncias cerebrais,
chamadas neurotransmissores. São eles Noradrenalina, Serotonina e Dopamina
que estão envolvidos na regulação da atividade motora, do apetite, do sono e do
humor;
3. Eventos vitais: eventos estressantes podem desencadear episódios depressivos
naqueles que têm uma predisposição genética a desenvolver a doença

Fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento da depressão:

● Histórico familiar;
● Transtornos psiquiátricos correlatos;
● Estresse crônico;
● Ansiedade crônica;
● Disfunções hormonais;
● Dependência de álcool e drogas ilícitas;
● Traumas psicológicos;
● Doenças cardiovasculares, endocrinológicas, neurológicas, neoplasias entre
outras;
● Conflitos conjugais;
● Mudança brusca de condições financeiras e desemprego.

Sintomas da depressão

1. Humor depressivo: sensação de tristeza, autodesvalorização e sentimento de


culpa. Acreditam que perderam, de forma irreversível, a capacidade de sentir
prazer ou alegria. Tudo parece vazio, o mundo é visto sem cores, sem matizes de
alegria. Muitos se mostram mais apáticos do que tristes, referindo “sentimento de
falta de sentimento”. Julgam-se um peso para os familiares e amigos, invocam a
morte como forma de alívio para si e familiares. Fazem avaliação negativa acerca
de si mesmo, do mundo e do futuro Percebem as dificuldades como
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intransponíveis, tendo o desejo de por fim a um estado penoso. Os pensamentos
suicidas variam desde o desejo de estar morto até planos detalhados de se matar.
Esses pensamentos devem ser sistematicamente investigados;
2. Retardo motor, falta de energia, preguiça ou cansaço excessivo, lentificação do
pensamento, falta de concentração, queixas de falta de memória, de vontade e de
iniciativa;
3. Insônia ou sonolência. A insônia geralmente é intermediária ou terminal. A
sonolência está mais associada à depressão chamada Atípica;
4. Apetite: geralmente diminuído, podendo ocorrer em algumas formas de depressão
aumento do apetite, com maior interesse por carboidratos e doces;
5. Redução do interesse sexual;
6. Dores e sintomas físicos difusos como mal estar, cansaço, queixas digestivas, dor
no peito, taquicardia, sudorese.

Diagnóstico

O diagnóstico da depressão é clínico, feito pelo médico após coleta completa da história
do paciente e realização de um exame do estado mental. Não existem exames
laboratoriais específicos para diagnosticar depressão. O diagnóstico requer a presença de
cinco ou mais dos seguintes sintomas que incluam obrigatoriamente espírito deprimido ou
anedônia, durante pelo menos duas semanas, provocando distúrbios e prejuízos na área
social, familiar, ocupacional e outros campos da atividade diária.

● Estado deprimido: sentir-se deprimido a maior parte do tempo, quase todos os


dias;
● Anedônia: interesse ou prazer diminuído para realizar a maioria das atividades;
● Alteração de peso: perda ou ganho de peso não intencional;
● Distúrbio de sono: insônia ou hipersônia praticamente diárias;
● Problemas psicomotores: agitação ou apatia psicomotora, quase todos os dias;
● Falta de energia: fadiga ou perda de energia, diariamente;
● Culpa excessiva: sentimento permanente de culpa e inutilidade;
● Dificuldade de concentração: habilidade frequentemente diminuída para pensar ou
concentrar-se;
● Idéias suicidas: pensamentos recorrentes de suicídio ou morte.

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De acordo com o número de itens respondidos afirmativamente, o estado depressivo
pode ser classificado em três grupos:

● Depressão menor: 2 a 4 sintomas por duas ou mais semanas, incluindo estado


deprimido ou anedônia;
● Distimia: 3 ou 4 sintomas, incluindo estado deprimido, durante dois anos, no
mínimo;
● Depressão maior: 5 ou mais sintomas por duas semanas ou mais, incluindo estado
deprimido ou anedônia.

Subtipos de Depressão:

1. Distimia: É um quadro mais leve e crônico. As alterações estão presentes na maior


parte do dia, todos os dias, por, no mínimo, dois anos. Podem ocorrer oscilações, mas
prevalecem às queixas de cansaço e desânimo durante a maior parte do tempo.
2. Depressão endógena: Caracteriza-se pela predominância de sintomas como perda
de interesse ou prazer em atividades normalmente agradáveis, piora pela manhã, falta
de reatividade do humor, lentidão psicomotora, queixas de esquecimento, perda de
apetite importante e perda de peso, muito desanimo e tristeza;
3. Depressão Atípica: Apresenta uma inversão dos sintomas: aumento de apetite e/ou
ganho de peso, dificuldade para conciliar o sono ou sonolência, sensação de corpo
pesado, sensibilidade exagerada à rejeição, responde de forma negativa aos
estímulos ambientais;
4. Depressão sazonal: Caracteriza-se pelo início no outono/inverno e pela remissão na
primavera, sendo incomum no verão. A prevalência é maior entre jovens que vivem
em maiores latitudes.
5. Depressão psicótica: É um quadro grave, caracterizado pela presença de delírios e
alucinações.
6. Depressão secundária: Caracterizada por síndromes depressivas associadas ou
causadas por doenças medico-sistêmicas e/ou por medicamentos;
7. Depressão Bipolar: A maioria dos pacientes bipolares inicia a doença com um
episódio depressivo, enquanto mais precoce o início, maior a chance de que o
indivíduo seja bipolar. História familiar de bipolaridade, de depressão maior, de abuso
de substâncias, transtorno de ansiedade, são indícios de evolução bipolar.

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Incidência do transtorno no ambiente de trabalho e o quanto está relacionado ao
afastamento.

CID F32.2 – Episódio depressivo grave sem sintomas


psicóticos.
Do ponto de vista laboral, a depressão pode levar, entre outros
aspetos, ao presenteísmo (ou absentismo funcional) ou ao
absentismo laboral, a acidentes de trabalho (no local de
trabalho e no trajeto de e para o mesmo), à restrição na
atividade ocupacional, a erros profissionais, ao turnover, ao
desemprego, à reforma antecipada e à baixa qualidade de
vida. O início da depressão pode ser desencadeado por
fatores biológicos, psicossociais e/ou ambientais, incluindo fatores de risco presentes no
meio laboral, a ansiedade e a depressão estão interligadas e que embora possa existir
ansiedade sem depressão, não existe depressão sem ansiedade. Podemos então dizer,
que a depressão pode ter origem na própria pessoa e no seu meio sociofamiliar, embora
acabando por ser repercutir no contexto laboral, e pode também ter origem no próprio
contexto laboral. Neste último caso, designa-se como sendo depressão laboral. Contudo,
no que concerne às manifestações, não existem diferenças significativas entre estes dois
tipos de depressão, até porque se a depressão com origem na esfera individual e sócio
familiar das pessoas afeta a sua esfera laboral, o inverso também é verdadeiro, ou seja, a
depressão com origem na esfera laboral das pessoas também afeta a sua esfera
individual e sócio familiar, mesmo porque na perspetiva sistémica, todos estes
subsistemas estão interligados em interação dinâmica entre eles. Normalmente, jornadas
longas e exaustivas de trabalho causam um estresse emocional grande nos funcionários.
Além disso, a utilização de metas agressivas e a constante falta de reconhecimento
consegue influenciar no comportamento depressivo. Nesse sentido, o empregado acaba
sendo levado ao limite dentro do ambiente de trabalho e pode apresentar sinais da
doença. Assim, tais situações extremas também levam ao afastamento pelo INSS por
depressão.

Causas para a depressão relacionada com o trabalho, alguns autores organizam estas
em seis fatores, que são os seguintes:

- O desequilíbrio do esforço-recompensa
- A justiça organizacional
- A mudança organizacional e a insegurança no trabalho
- O regime de trabalho e horários de trabalho atípicos
- Os conflitos no local de trabalho e o assédio laboral
- O estresse derivado da função ou do papel

“Depressão laboral é o resultado de ambientes de trabalho disfuncionais, sendo a


sua sintomatologia frequente e causando um sofrimento considerável para os
trabalhadores para além de prejuízos financeiros consideráveis para os
empregadores."
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Explicar e comentar como entendeu o transtorno.

A depressão é uma doença psiquiátrica crônica e recorrente que produz uma alteração do
humor caracterizada por uma tristeza profunda, sem fim, associada a sentimentos de dor,
amargura, desencanto, desesperança, baixa autoestima e culpa. Ela provoca disfunções
cognitivas, psicomotoras e de outros tipos (por exemplo: dificuldade de concentração,
fadiga, insônia, irritabilidade, perda de energia, perda do desejo sexual, perda de
interesse ou prazer em praticamente todas as atividades que anteriormente eram
apreciadas, distúrbios do sono), bem como humor depressivo.

Diante das adversidades, as pessoas sem a doença sofrem, ficam tristes, mas encontram
uma forma de superá-las. Nos quadros de depressão, a tristeza não dá tréguas, mesmo
que não haja uma causa aparente. O humor permanece deprimido o tempo todo, por dias
e dias seguidos. Desaparece o interesse pelas atividades que antes davam satisfação e
prazer e a pessoa não tem perspectiva de que algo possa ser feito para que seu quadro
melhore.

As limitações impostas pela depressão, o sofrimento e custo social são muito grandes e
apenas uma pequena parte das pessoas afetadas tem acesso ao diagnóstico e
tratamento adequados. O suicídio pode ocorrer em até 15% dos estados depressivos e a
dependência de drogas é consequência importante em casos não tratados. É importante
lembrar que depressão não é sinônimo de tristeza. A depressão é um transtorno
incapacitante e que independe de idade, cor, gênero, ou classe social. Por tanto, a
depressão compromete a vida do paciente em diferentes esferas, desde a profissional até
a pessoal.

Apontar quais são as opções de tratamento.

Cada quadro depressivo precisa ser avaliado por um médico especialista, pois só assim
será possível entender a gravidade e qual é o tratamento mais adequado. Além disso, não
existe um tempo pré-estabelecido para os tratamentos, sendo necessário avaliar a
evolução do caso do paciente e ir ajustando o que for necessário.

1. Psicoterapia

Em casos de depressão leve, somente a psicoterapia pode ser um tratamento eficaz para
a doença. Isso não significa que não seja indicada em quadros de depressão mais grave.
A psicoterapia é essencial para todos os tipos de pacientes depressivos, pois tem como
objetivo trabalhar as causas emocionais que desencadearam o transtorno.

Ao longo das sessões, o paciente será estimulado a refletir sobre a raiz de suas angústias
e medos e exercitar o autoconhecimento de maneira profunda. A psicoterapia deve ser
realizada por um profissional especializado, que irá avaliar qual é a melhor abordagem
para as necessidades do paciente.

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A terapia cognitivo comportamental (TCC) é uma das abordagens mais eficazes no
tratamento da depressão por ser focada no presente e resolução de problemas.
O trabalho é de médio ou longo prazo, podendo durar meses ou anos. Além disso, é
válido ressaltar que a psicoterapia não é indicada apenas para pessoas com depressão,
afinal, todos nós temos conflitos e questões internas para trabalhar junto de um psicólogo.

2. Medicação

Todo paciente com depressão deve consultar um psiquiatra, pois ele poderá indicar se há
ou não necessidade de medicação para o tratamento da doença. Remédios
antidepressivos são indicados, principalmente, em casos de depressão moderada ou
grave, mas cabe apenas ao psiquiatra tal avaliação.

Os medicamentos são muito importantes, porque têm como papel repor


neurotransmissores cerebrais que faltam quando a pessoa está em depressão, entre eles
podemos citar a serotonina e noradrenalina (melhoram o bem-estar e o humor).

Como já citado anteriormente, o tempo de tratamento da depressão pode variar e isso


impacta também no tempo que a pessoa irá precisar se medicar. Há casos de 6 meses a
vários anos. O processo de cura é muito individual.

3. Experiência interativa deprexis

Nem todo mundo conhece, mas o deprexis é:


“uma experiência interativa, personalizada e conveniente, via web, com efeito terapêutico
comprovado para o cuidado aos pacientes com depressão. deprexis® é
fundamentalmente baseado na terapia cognitivo-comportamental (TCC).”

O programa é aprovado pela ANVISA e tem como objetivo que o paciente faça uma
autoanálise de seus sintomas. Ao se cadastrar, a pessoa tem acesso a perguntas sobre
como está se sentido e, ao responder, ela recebe soluções para seus problemas do
cotidiano.
Para acessar o deprexis, é preciso inserir o número de CRM do seu médico. Além disso,
o uso do programa não exclui a forma tradicional de tratamento para depressão, com
psicoterapia e possibilidade de medicação. É, no entanto, um tratamento complementar
que pode ser muito interessante para vivenciar ao longo do processo.

4. Tratamentos naturais

Não substituem o tratamento médico e a necessidade de psicoterapia e medicação, mas


os tratamentos naturais podem contribuir e ajudar a trazer resultados positivos com o
tempo.

Prática regular de exercícios: estímulo do prazer e bem-estar;


Ingestão de alimentos ricos em ômega 3: salmão, sardinha e sementes de nozes são
alguns dos exemplos;

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Ingestão alimentos ricos em vitaminas B e D: frango e ovo, por exemplo, ajudam a
dissipar o cansaço mental e físico;
Beber suco de uva, maracujá e maçã: todos ajudam a acalmar e combater o cansaço
mental e físico.

5. Tratamentos alternativos

Yoga, Reiki, acupuntura e meditação são ótimos tratamentos alternativos que podem
auxiliar no combate à depressão. Cada um da sua maneira, todos proporcionam
relaxamento e sensação de bem-estar. Os benefícios virão se praticados com
regularidade.

Além disso, outras atividades, como pintura, leitura e dança, também podem ajudar na
luta contra a depressão, aliviando o estresse e a ansiedade.

6. Eletrochoques

Casos muito graves em que não há melhora por meio dos outros tratamentos podem
exigir os eletrochoques cerebrais (ou terapia eletroconvulsiva) que, de maneira indolor e
controlada, ajudam na reorganização da atividade cerebral.

Normalmente, o paciente recebe esse tipo de terapia eletroconvulsiva de duas a três


vezes por semana, contabilizando um total de 6 a 12 sessões. Entretanto, de acordo com
o Ministério da Saúde, o tratamento é uma opção em casos muito particulares, como em
situações de risco elevado de suicídio, catatonia e síndrome neuroléptica maligna.

Qual a importância do conhecimento para o trabalho do administrador

De muita importância, ao administrador da empresa, conhecer cada aspecto de


seus colaboradores.
Conhecer seus aspectos, sua maneira de realizar atividades, conhecimento
familiar.
A depressão, é um transtorno que tem aspecto de baixar a auto estima,
estresses/Traumas, Problemas Saúde.
Deve-se, o administrador atentar a esses sintomas em cada situação da empresa.
Empresas, estão já aderindo colocar pessoas capacitadas em ouvir cada
colaborador.
Psicólogo, é o profissional responsável por tratar cada caso.
Instalar na empresa, na intenção de ajudar e tratar de maneira responsável e séria,
é de muita importância aos gestores e colaboradores.

1 - Identificar o problema.

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2 - Tratar, de maneira que possa ajudar seu Trabalho em cada situação.

3 – Entender como está seu aspecto familiar, emocional.

4 – Se recentemente, tem alguma perda .

O conhecimento, ao administrador é importante pois irá lhe preparar a cada


situação.

A Tomada de decisão, deverá o administrador identificar o problema , é escolher a


melhor alternativa a se colocar a situação existida, assim não passando aos outros
colabores, mantendo assim focados.
Deve-se controlar cada etapa, avaliar resultados e depois verificar se foram
satisfatórias suas alternativas a tratar o problema existido.

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REFERÊNCIAS

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/depressao-1

https://www.tributa.net/trabalhador-com-depressao-pode-pedir-afastamento-de-suas
-atividades#:~:text=Depress%C3%A3o%20pode%20causar%20afastamento%3F,pos
sibilita%20o%20acesso%20%C3%A0%20benef%C3%ADcios.

https://www.tst.jus.br/web/trabalhoseguro/programa/-/asset_publisher/0SUp/content
/mais-de-75-mil-pessoas-foram-afastadas-do-trabalho-por-depressao-em-2016

https://alinharsc.com.br/setembro-amarelo/

https://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/artigos/diagnostico-de-depressao-artigo/

https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/transtornos-psiqui%C3%A1tricos/tr
anstornos-do-humor/transtornos-depressivos

https://www.ufrgs.br/saudemental/depressao/

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