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1.

INTRODUÇÃO

A depressão é uma doença que pode atingir qualquer pessoa e de varias idades. Embora
seja considerada uma “frescura” pela maioria da sociedade, ela poderá trazer grandes
consequências que pode levar até a morte do indivíduo. Os sintomas da doença são vários, sendo
eles físicos, psicológicos (mentais) e sociais. Também poderá perder o interesse em sexo.
Algumas mulheres, a depressão afecta o ciclo menstrual. Além de ser a doença mais comum
ultimamente, o diagnóstico e muito complexo e difere de cada paciente. Que deverá examina-lo e
fazer análises de exames simples. Portanto os médicos usam-se habitualmente de questionários
para diagnosticar. O tratamento pode ser com medicamentos ou com terapias dependendo da
seriedade.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Depressão é uma doença psiquiátrica, crónica e recorrente, que produz uma alteração do
humor caracterizada por uma tristeza profunda, sem fim, associada a sentimentos de dor,
amargura, desencanto, desesperança, baixa auto-estima e culpa, assim como a distúrbios do sono
e do apetite. É importante distinguir a tristeza patológica daquela transitória provocada por
acontecimentos difíceis e desagradáveis, mas que são inerentes à vida de todas as pessoas, como
a morte de um ente querido, a perda de emprego, os desencontros amorosos, os desentendimento
s familiares, as dificuldades económicas, etc.

Diante das adversidades, as pessoas sem a doença sofrem, ficam tristes, mas encontram
uma forma de superálas. Nos quadros de depressão, a tristeza não dá tréguas, mesmo que não
haja uma causa aparente. O humor permanece deprimido praticamente o tempo todo, por dias e
dias seguidos, e desaparece o interesse pelas actividades, que antes davam satisfação e prazer. A
depressão é uma doença incapacitante que atinge por volta de 350 milhões de pessoas no mundo.
Os quadros variam de intensidade e duração e podem ser classificados em três diferentes graus:
leves, moderados e graves.

3. DEPRESSÃO NOS IDOSOS

A depressão é o problema psicológico mais comum no idoso. Embora seja comummente


negligenciada no idoso, ela é, na realidade, bastante tratável. O importante seria a identificação
das causas, pois é possível encontrar todos os tipos de depressão entre os idosos, desde a
recorrência da depressão bipolar, depressão maior crónica, distúrbio distimico agravado pelas
condições de vida, distúrbios de ajustamento a outros transtornos orgânicos, afectando
dramaticamente a resposta do paciente idoso à reabilitação. A actividade física, quando regular e
bem planejada, contribui para minimização do sofrimento psíquico do idoso deprimido, além de
oferecer oportunidade de envolvimento psicossocial, elevação da auto-estima, implementação
das funções cognitivas, com saída do quadro depressivo e menores taxas de recaída. O objectivo
deste artigo foi realizar uma revisão bibliográfica sobre depressão em idosos, fazer uma
abordagem global e relacionar aos benefícios da actividade física.

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4. DEPRESSÃO NOS ADOLESCENTES E CRIANÇAS

Depressão é uma doença crónica, recorrente, muitas vezes com alta concentração de
casos na mesma família, que ocorre não só em adultos, mas também em crianças e adolescentes.
O que caracteriza os quadros depressivos nessas faixas etárias é o estado de espírito
persistentemente irritado, tristonho ou atormentado que compromete as relações familiares, as
amizades e o desempenho escolar. Em pelo menos 20% dos pacientes com depressão instalada
na infância ou adolescência, existe o risco de surgirem distúrbios bipolares, nos quais fases de
depressão se alternam com outras de mania, caracterizadas por euforia, agitação psicomotora,
diminuição da necessidade de sono, ideias de grandeza e comportamentos de risco. Antes da
puberdade, o risco de apresentar depressão é o mesmo para meninos ou meninas. Mais tarde, ele
se torna duas vezes maior no sexo feminino. A prevalência da enfermidade é alta: depressão está
presente em 1% das crianças e em 5% dos adolescentes. Ter um dos pais com depressão aumenta
de 2 a 4 vezes o risco da criança.

O quadro é mais comum entre portadores de doenças crónicas como diabetes, epilepsia
ou depois de acontecimentos stressantes como a perda de um ente querido. Negligência dos pais
e/ou violência sofrida na primeira infância também aumentam o risco. É muito difícil tratar
depressão em adolescentes sem os pais estarem esclarecidos sobre a natureza da enfermidade,
seus sintomas, causas, provável evolução e as opções medicamentosas. Uma classe de
antidepressivos conhecida como a dos inibidores selectivos da receptação da serotonina
(fluoxetina, paroxetina, citalopran, etc.) é considerada como de primeira linha no tratamento em
crianças e adolescentes e os estudos mostram que 60% respondem bem a esse tipo de medicação,
que apresenta menos efeitos colaterais e de menor risco de complicações por “overdose” do que
outras classes de antidepressivos.

5. SINTOMAS

Os sintomas da depressão são muito variados, indo desde as sensações de tristeza,


passando pelos pensamentos negativos até as alterações da sensação corporal como dores e
enjoos. Contudo para se fazer o diagnóstico é necessário um grupo de sintomas centrais:

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 Perda de energia ou interesse;
 Humor deprimido;
 Dificuldade de concentração;
 Alterações do apetite e do sono;
 Lentificação das actividades físicas e mentais;
 Sentimento de pesar ou fracasso;

Os sintomas corporais mais comuns são sensação de desconforto no batimento cardíaco,


constipação, dores de cabeça, dificuldades digestivas. Períodos de melhora e pior são comuns, o
que cria a falsa impressão de que se está melhorando sozinho quando durante alguns dias o
paciente sente-se bem. Geralmente tudo se passa gradualmente, não necessariamente com todos
os sintomas simultâneos, aliás, é difícil ver todos os sintomas juntos. Até que se faça o
diagnóstico praticamente todas as pessoas possuem explicações para o que está acontecendo com
elas, julgando sempre ser um problema passageiro.

Outros sintomas que podem vir associados aos sintomas centrais são:

 Pessimismo;
 Dificuldade de tomar decisões;
 Dificuldade para começar a fazer suas tarefas;
 Irritabilidade ou impaciência;
 Desejo de morrer;
 Chorar à-toa;
 Persistência de pensamentos negativos;
 Sentimentos de culpa injustificáveis;
 Boca ressacada, constipação, perda de peso e apetite, insónia, perda do desejo sexual.

6. TIPOS COMUNS DE DEPRESSÃO

6.1 Depressão Maior

Os pacientes com este tipo de depressão apresentam alguns dos seguintes sintomas: falta
de prazer nas actividades diárias, perda de apetite e/ou diminuição do peso, distúrbios do sono
(desde insónias até sono

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excessivo), sensação de agitação ou languidez intensa, dificuldade de concentração, fadiga
constante e sentimentos de culpa constante. Estes sintomas não devem estar associados a
episódios maníacos, não devem ser causados por drogas, álcool, e devem ser diferenciados de
sentimentos comuns de tristeza. Geralmente, os episódios de depressão duram cerca de 20
semanas.

6.2 Depressão Crónica

Este tipo de depressão caracteriza-se por vários sintomas também presentes na Depressão
Maior, mas de menos duração - pelo menos 2 anos. Estes doentes sentem-se mais desanimados,
desesperados e são mais pessimistas. Não se observa distúrbios no apetite ou no desejo sexual,
mania, agitação ou comportamento sedentário. Pensamentos suicidas não são muito comuns.

6.3 Depressão Atípica

As pessoas com este tipo de depressão, geralmente, comem mais, dormem muito, sentem-
se muito cansadas e apresentam um sentimento muito forte de rejeição e pouca auto-estima.

6.4 Distimia

Distimia é um tipo de depressão crónica, de moderada intensidade. Diferentemente da


depressão que se instala de repente, a distimia não tem essa marca brusca de ruptura. O mau
humor é constante. Os portadores do transtorno são pessoas de difícil relacionamento, com baixa
auto-estima e elevado senso de autocrítica. Estão sempre irritados, reclamando de tudo e só
enxergam o lado negativo das coisas. Na maior parte das vezes, tudo fica por conta de sua
personalidade e temperamento complicado. O diagnóstico é eminentemente clínico. O dado mais
importante a considerar é a manifestação dos sintomas durante pelo menos dois anos
consecutivos. A associação de medicamentos antidepressivos com psicoterapia tem apresentado
bons resultados no tratamento da distimia. Isoladamente, um e outro não funcionam a contento.
Embora os antidepressivos corrijam o distúrbio biológico, o paciente precisa aprender novas
possibilidades de reagir e estabelecer relações interpessoais. A distimia pode aparecer na infância
ou numa fase mais tardia da vida. O mais comum, porém, é que surja na adolescência. Há
evidências de que muitos idosos já tinham manifestado sinais do transtorno na adolescência

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7. CAUSAS

Existem factores genéticos envolvidos nos casos de depressão, doença que pode ser
provocada por uma disfunção bioquímica do cérebro. Entretanto, nem todas as pessoas com
predisposição genética reagem do mesmo modo diante de factores que funcionam como gatilho
para as crises: acontecimentos traumáticos na infância, stress físico e psicológico, algumas
doenças sistémicas (ex.: hipotireoidismo), consumo de drogas lícitas (ex.: álcool) e ilícitas (ex.:
cocaína), certos tipos de medicamentos (ex.: as anfetaminas). Mulheres parecem ser mais
vulneráveis aos estados depressivos em virtude da oscilação hormonal a que estão expostas
principalmente no período fértil.

8. TRATAMENTO

O tratamento da depressão é essencialmente medicamentoso. Existem mais de 30


antidepressivos disponíveis. Ao contrário do que alguns temem essas medicações não são como
drogas, que deixam a pessoa eufórica e provocam vício. A terapia é simples e, de modo geral,
não incapacita ou entorpece o paciente. Alguns pacientes precisam de tratamento de manutenção
ou preventivo, que pode levar anos ou a vida inteira, para evitar o aparecimento de novos
episódios de depressão. A psicoterapia ajuda o paciente, mas não previne novos episódios, nem
cura a depressão.

A técnica auxilia na reestruturação psicológica do indivíduo, além de aumentar a sua


compreensão sobre o processo de depressão e na resolução de conflitos, o que diminui o impacto
provocado pelo stress. O deprimido, os familiares e o médico devem chegar a uma decisão sobre
o tipo mais adequado de tratamento. Para alguns pacientes, o aconselhamento pode ser a única
terapia necessária, mas para outros não é o suficiente sendo necessário o uso de medicamentos
juntamente com o aconselhamento que envolve o deprimido e sua família.

Os antidepressivos mais usados no tratamento da depressão são os Inibidores seletivos da


recaptação da serotonina como a Fluoxetina, a Paroxetina e a Sertralina. Outros antidepressivos
usados são os Antidepressivos tricíclicos, Inibidores da MAO, Inibidores da receptação de
dopamina, Inibidores da recaptação de noradrenalina-dopamina, Inibidores da receptação de

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serotonina-noradrenalina e Antidepressivos tetracíclicos. O principal mecanismo de acção dos
antidepressivos é provocando o aumento de neurotransmissores, como as aminas biogénicas
(serotonina, dopamina e noradrenalina). Apesar do nome, alguns antidepressivos também são
usados com sucesso em tratamento de diversos outros transtornos, como transtornos de
ansiedade, fobias, transtorno obsessivo-compulsivo e migrânea. Quanto mais específicos em sua
acção, menos efeitos colaterais eles apresentam.

9. DIAGNÓSTICO

O seu médico de família poderá examina-lo e fazer análises de sangue ou de urina para
eliminar possibilidades de outras doenças com sintomas semelhantes. Não existem testes clínicos
para a depressão, por isso usam-se habitualmente entrevistas detalhadas e questionários para se
fazer o diagnóstico. O diagnóstico da depressão é clínico e toma como base os sintomas descritos
e a história de vida do paciente. Além de espírito deprimido e da perda de interesse e prazer para
realizar a maioria das actividades durante pelo menos duas semanas, a pessoa deve apresentar
também de quatro a cinco dos sintomas supracitados. Como o estado depressivo pode ser um
sintoma secundário a várias doenças, sempre é importante estabelecer o diagnóstico diferencial.

10. SINAIS DE DEPRESSÃO

 Sensação de vazio ou tristeza.


 Falta de vontade para realizar actividades que davam prazer.
 Falta de energia e cansaço constante.
 Irritabilidade.
 Dores e alterações no corpo.
 Problemas de sono.
 Perda de apetite.
 Falta de concentração.

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11. CONCLUSÃO

De acordo com esse tema concluímos que a Depressão é uma doença que atinge o
emocional das pessoas, sendo homem, mulher, de todas as classes sociais. Criando problemas no
seio familiar, pois o depressivo se insola ou familiares e amigos se afastam. Embora a
compreensão, atenção, carinho ajuda a lidar com a doença Conforme a vida moderna aumenta o
seu ritmo acelerado, levando o stress. Se não for tratado pode obter a depressão. Então neste
trabalho podemos à prender que a depressão é uma doença que pode ter cura através de
tratamentos e aprofundar conhecimento sobre um tema muito corrente. Que devemos prestar
mais atenção ao nosso redor.

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12. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFIA

Depressão. Portal Banco de Saúde. 2008 Depressão: Guia 2008

DEL PORTO, José Alberto. Conceito e diagnóstico. Rev. Bras. Psiquiatr. [online]. 1999, vol.21,
suppl.1 [cited 2011-03-09], pp. 06-11, SSN 1516-4446.

Manual Estatístico e Diagnóstico dos Transtornos Mentais, 4a. Edição

Bahls, SC. Epidemiology of depressive symptoms in adolescents of a public school in Curitiba,


Brazil. Rev Bras Psiquiatr 2002;24(2):63-7.

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