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O que é a psicopatologia?
• Ciência geral que estuda as perturbações do funcionamento psicológico em todas
as suas dimensões:
o Afetiva
o Cognitiva
o Comportamental
o Relacional
• Estuda a história, natureza e o desenvolvimento das perturbações mentais
• Etiologia: história e causas
• Tenta estabelecer a diferença entre o normal e o patológico
• Estuda e descreve estados mentais patológicos e seus sintomas através de
conceitos gerais para os ordenar e classificar
• Atribui uma designação a fenómenos psíquicos anormais e permite um linguagem
comum e objetiva
• Importância primordial à construção de sistemas de classificação categórica:
DSM-5 e CID-10)
• Psicopatologia tem 2 vertentes explicativa e descritiva
o Descritiva: descrição e categorização das manifestações psicopatológicas,
dentro destas manifestações existem: manifestações objetivas (ex.
paciente em consulta mais agitado) e manifestações subjetivos (emoções
que sentem e partilham, muito associadas à perceção do mesmo sobre os
seus sentimentos)
o Explicativa tenta explicar as causas
• “É mais importante conhecer as pessoas que tem a doença do que conhecer a
doença que a pessoa tem” Hipócrates
Perturbações depressivas
Depressão é uma doença de diagnostico clínico. Constelação de sinais e sintomas que
atinge os afetos, o pensamento, a cognição, o comportamento, o próprio organismo,
provocando alterações biológicas. Se esta for ligeira a terapia verbal será 100% eficaz
caso contrário terá de recorrer a mediação.
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Em Portugal existem 578 mil caos de depressão e apresenta dos maiores níveis de
utilização de benzodiazepinas a nível europeu
Existem uma maior prevalência nas mulheres uma vez que esta tem trabalho a tempo
inteiro mais as tarefas de casa o que promova uma maior carga de stress sobre a mulher
o que a torna mais suscetível à sintomatologia da depressão. A longevidade das mulheres
em relação aos homens é maior (esperança de vida 5 anos mais que a dos homens) devido
à relutância dos homens em pedir ajuda o que pode então causar que esta doença esteja a
ser subdiagnosticada dos homens
• Genéticos e biológicos
• Psicossociais: impulsividade, ser influenciado, motivação extrínseca ao mesmo,
neuroticíssimo tendência para estados emocionais negativos, varáveis ambienteis:
experiências ao longo da vida, ter em conta os fatores protetores e fatores de
vulnerabilidade
• Combinações de variações genéticas que acentuam a vulnerabilidade. Estas
doenças ocorrem quando as variações genéticas que criam vulnerabilidade
interagem e são amplificadas por fatores ambientais. Interação gene-ambiente.
• Alterações químicas a nível cerebral, afeta várias áreas do cérebro que altera o
humor, torna as pessoas menos capazes de ver as coisas positiva.
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• Alterações nos itinerários nervosas e nos compostos químicos do cérebro que
podem afetar a nossa disposição e os nosso pensamentos.
• Estas alterações neurológicas podem surgir como sintomas de depressão
• A compreensão dos substratos neuronais na depressão é ainda imperfeita. A
depressão afeta várias áreas do cérebro que desempenham um papel importante
no humor, mas também na memoria e noutras funções mentais e físicas.
Fatores de risco
o História familiar de depressão, episodio de depressão prévio
o Ser mulher, acontecimentos de vida stressantes
o Gravidez e parto
o Determinados traços de personalidade, baixo suporte social
De acordo com o DSM-5 entregam uma variedade de condições clínicas e estas diferem
na duração (quanto tempo a pessoa tem de estar naquele estado), timing (altura que
acontece) e etiologia (as causas).
Categorias da depressão:
Características comuns:
• Tristeza
• Vazio ou humor irritável
• Alterações somáticas e cognitivas- ex. aumento/ diminuição do peso, perda do
apetite ou aumento deste, fadiga, alterações do sono (insónia inicial, intermedia
ou terminal), pensamento lentificado, dificuldade de concentração, ideação
suicida ou plano suicida
• Alteração significativa no funcionamento, para ser depressão tem de ter uma
alteração no funcionamento no trabalho, na família, nas relações
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Perturbação depressiva major
Nota: Critério A- critério núcleo- se este não estiver presente excluímos a perturbação
Nota: respostas a perdas significativas (luto, ruína financeira, perdas causadas por
desastre natural, doença médica grave ou incapacidade) podem incluir sentimentos de
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tristeza intensa, ruminação acerca da perda, insónia, diminuição do apetite e perda de peso
(critério A). Tentar perceber o que causa a sintomatologia depressiva
(Para diagnosticar excluir D e E, ou seja, excluir as perturbações que também tem estes
tipos de sintomas)
Prevalência
• a 12m (EUA) – 7%
• Prevalência entre os 18 e os 29 anos é 3x> à prevalência em indivíduos com 60>
anos.
• 1,5 a 3 x> no sexo feminino, desde o início da adolescência.
Fatores de risco
• Temperamentais: Neuroticismo (tendência para estados emocionais negativos)
• Ambientais: experiências adversas na infância (negligencia, abusos, mais tratos)
acontecimentos de vida (AV) stressantes que muitas vezes é um precipitantes
• Genéticos e Fisiológicos: risco 2 a 4 vezes > em familiares 1º grau
Desenvolvimento e curso
• Pode ter início em qualquer idade; probabilidade aumentada com a puberdade
fruto das alterações que esta acarreta.
• 3ª década de vida - pico de incidência (EUA), pode estar associado ao começar a
vida adulta etc...
• O curso é bastante variável.
Risco de suicídio
• A possibilidade de comportamentos suicidários existe em qualquer momento
durante os episódios. Da mesma maneira que a depressão é um fator de risco para
criar outra depressão, a história previa de suicídio também torna mais propicio a
outro
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• O fator de risco mais consistente é a história prévia de tentativas ou ameaças de
suicídio (a maioria dos suicídios consumados não é precedida por tentativas
malsucedidas).
• Risco aumentado: sexo masculino, ser solteiro ou viver sozinho, sentimentos de
falta de esperança.
Consequências funcionais
• Os défices podem ser muito ligeiros a completa incapacidade funcional. Deixa de
conseguir cuidara da casa, filhos, deixa de ir trabalhar…
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Prevalência, desenvolvimento e curso
• a 12 meses: 0,5% (EUA).
• Início muitas vezes insidioso (i.e., na infância, adolescência e no início da idade
adulta), curso crónico.
• Início precoce (< 21 anos): mais elevada probabilidade de PERT de personalidade
comórbidas e com PERT de uso de substâncias.
• Quanto mais cedo surge a perturbação pior o diagnostico
Fatores de risco
• Temperamentais: Neuroticismo, > gravidade dos sintomas, pior funcionamento
global e presença de PERT de ansiedade ou de PERT do comportamento.
• Ambientais: (na infância) perda ou separação parental. Cabe ao psicólogo
perceber o impacto destes acontecimentos
• Genéticos e fisiológicos: familiares em 1º grau
Consequências funcionais
• Efeitos conseguem ser tão marcados, ou mesmo superiores, aos da PERT
depressiva major
• Uma depressão major pode passar a distimia
Casos clínico
Sexo feminino
Idade: 23 anos
Origem hispânica
Durante a gravidez não trabalhava (fator de risco) devido ao cansaço o que deixou o
marido “aborrecido”
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Dificuldades na amamentação o que levou a achar o bebé a rejeita
Cansaço físico por ter de passar muito tempo ao longo do dia com o bebé ao colo
Cuidava sozinha do bebe de duas semanas e filha de 16 meses uma vez que o marido se
encontrava muitas vezes fora devido a trabalho (fator de vulnerabilidade- falta de apoio)
Perturbações de ansiedade
• Perturbação de Ansiedade de Separação (associada a separação de figuras de
vinculação)
• Fobia Específica
• Perturbação de Pânico
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• Agorafobia
Apresentam em comum:
• O medo e a ansiedade são estados que se sobrepõem, mas que também divergem.
Medo considerado como uma resposta emocional a uma ameaça iminente real ou
percebida; associado a picos de excitação autonómica necessários à luta ou fuga,
pensamentos de perigo imediato e comportamentos de fuga
Sintomas de ansiedade
Físicos Cognitivos Comportamentais Emocionai
• Sudação (transpiração • Antecipação do sofrimento • Fuga • Receio, temor
excessiva) • Exagero do perigo • Evitamento (ex. fobico • Terror
• Aperto no peito • Problemas de concentração, social tende a evitar • Inquietação
hipervigilância
• Aumento da tensão acontecimentos sociais) • Irritabilidade
• Preocupação (associada a lago que
muscular • Controlo
vamos fazer), ruminação (associada a
• Respiração rápida ou falta acontecimentos passados) • Verificação
de ar • Medo de perder o controlo, medo de • Tranquilização, etc.
• Taquicardia, etc. morrer (muito habitual nas pessoas
Alguns são visíveis e outros não, que tem ataques de pânico)
os visíveis podem aumentar os • Desrealização (sente que está a ver-se
estados por a pessoa se de fora, habitualmente acontece no
aperceber que os outros sabem o pânico)
que esta a passar ex. sudação)
As perturbações de ansiedade diferem entre si:
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• Tipos de objetos ou situações que induzem medo, ansiedade ou comportamentos
de evitamento
Fobia especifica
Associada a estímulos muito específicos
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sintomas do tipo pânico ou outros sintomas incapacitantes (como na agorafobia);
objetos e situações relacionados com obsessões (como na POC); recordações de
acontecimentos traumáticos (como na PTSD); separação de casa ou das figuras de
vinculação (como na PA de Separação); ou situações sociais (como na PA Social)
• Muitas destas fobias são apreendidas na infância (ex. se a mãe tem uma fobia e
reage a criança aprende por modelação)
• Outro (e.g., situações que possam provocar asfixia ou vómito; nas crianças, por
exemplo, sons altos ou figuras mascaradas).
Especificadores:
• É comum que os indivíduos tenham múltiplas fobias específicas.
Características de diagnostico
• Um indivíduo que se torna ansioso apenas ocasionalmente (em cada 5 viagens de
avião, fica ansioso 1) não deve ser DX com Fobia Específica.
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• A resposta fisiológica varia: nas fobias específicas situacional, ambiente natural e
animal propensão para alterações do SNA; fobia específica sangue-injeções
ferimentos têm uma reação vasovagal (SNP).
Prevalência
• a 12m (na comunidade): 6% (Europa); 7-9% EUA.
• 5% em crianças pequenas; 16% dos 13-17 anos; 3-5% em indivíduos mais velhos.
• 2:1 (M:H)
Desenvolvimento e curso
• Na sequência de um AV traumático, observação de outros a passarem por um AV
traumático, transmissão informativa (e.g., TV).
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Comorbilidades (mais do que um diagnostico)
Caso clínico
Sexo masculino, 51 anos
Duração: 3 anos
Sentimentos de ansiedade
Fator protetor: esta a trabalhar; procurou ajuda (tem insight da sua saúde); tem uma
companheira; ausência de história psiquiátrica pessoal previa e familiar; temperamento
(homem de sucesso e com facilidade de falar em publico)
Estilo de coping não adaptativo: beber antes da viagem para relaxar; beber 3 copos de
vinho ao jantar
Fobia especifica
Critério A: sente ansiedade intensa apenas com o pensamento de voar; em criança ficava
“petrificado” com a possibilidade de ver um animal selvagem
Critério B: 1 ano após a aterragem, andou de avião e gritou tanto na descolagem como na
aterragem; desde criança
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Critério C: 1 ano antes da avaliação entrou em pânico e não conseguiu realizar a viagem
para ir ao casamento da filha; recusar proposta de trabalho; recusa acampar com a família
e participar em caminhadas pelo campo
Critério F: começou a beber para relaxar; impede-o de viajar para ir visitar, conhecer a
neta
Critérios de diagnostico
A. Medo ou ansiedade marcados de uma ou mais situações sociais em que o
indivíduo está exposto ao possível escrutínio dos outros. Os exemplos incluem
interações sociais (como uma conversa, encontro com pessoas desconhecidas), ser
observado (e.g., a comer ou a beber) e em situações de desempenho perante os
outros (e.g., falar em público).
Nota: em crianças, a ansiedade tem de estar presente com os pares e não apenas
durante a interação com adultos.
B. O indivíduo teme comportar-se ou mostrar sintomas de ansiedade que possam ser
avaliados negativamente (i.e., que seja humilhante ou embaraçoso; que leve à
rejeição ou ofensa dos outros).
C. As situações sociais provocam quase sempre medo ou ansiedade.
Nota: Em crianças, o medo e a ansiedade podem ser expressos por choro, birras,
imobilidade, colar-se aos outros, retraimento ou incapacidade de falar em
situações sociais.
D. As situações sociais são evitadas (reposta mais comum) ou enfrentadas com
intenso medo ou ansiedade.
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E. O medo ou a ansiedade são desproporcionados relativamente ao perigo real que
a situação social pressupõe e ao contexto sociocultural.
F. O medo, a ansiedade ou o evitamento são persistentes, com uma duração típica de
6 ou mais meses.
G. O medo, a ansiedade ou o evitamento causam mal-estar clinicamente
significativo ou um défice social, escolar, ocupacional ou noutras áreas
importantes do funcionamento.
H. O medo, a ansiedade e o evitamento não são atribuíveis aos efeitos fisiológicos de
uma substância ou outra condição médica.
(a seguir vem os critérios de coisas a excluir)
I. O medo, a ansiedade ou o evitamento não são mais bem explicados por sintomas
de outra perturbação mental, tal como perturbação de pânico, perturbação
dismórfica corporal ou perturbação do espectro do autismo.
J. Se outra condição médica (e.g., Parkinson, obesidade, desfiguração provocada por
queimaduras ou lesões) está presente, o medo, a ansiedade ou o evitamento não
estão claramente relacionados ou são excessivos.
Especificador:
Apenas de desempenhos: se o medo se restringe a falar ou a situação de desempenho
em publico; podem ter só dificuldades nas interações, ou então nas avaliações, ou então
ambos.
Fobia a falar com grandes públicos: se só tenho este tipo de situações pontual (avaliação
oral) e sinto ansiedade, não se pode diagnosticar a fobia, no então se fazer apresentações
orais e etc. fizer arte da profissão já se pode diagnosticar
Características de diagnóstico
• Receio de parecer ansioso, fraco, aborrecido, etc.
• De não estar à altura da situação e ver o seu papel pessoal diminuído
• De atrapalhar-se nas palavras, de corar, transpirar, tremer- de modo a ser julgado
negativamente pelos outros
• Se fica ansioso apenas ocasionalmente em situações sociais não deve ser
diagnosticado com perturbação de ansiedade social
• O grau e o tipo de medo e ansiedade podem variar (ex. ansiedade antecipatória,
ataque de pânico)
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• O evitamento pode ser abrangente (não ir a festas, recusar-se a ir à escola) ou
subtil (limitar o contacto visual, desviar a tenção para outros)
Prevalência
• 12m: 7% (EUA); 2,3% (Europa).
• 12m (idosos): 2-5%
• >M; 1,5/2,2 população
• pronunciada nos adolescentes e jovens adultos.
Desenvolvimento e curso
• idade x de aparecimento (EUA): 13 anos
• inicio na idade adulta é raro (acontecimento de vida stressante ou humilhante,
novos papeis sociais- promoção no emprego)
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Homens: maior probabilidade de recear namorar, ter perturbação desafiante de oposição
ou perturbação do comportamento ou uso de álcool e drogas ilícitas. Parurese
Consequências funcionais
• taxas elevadas de abandono escolar e diminuição do bem-estar, emprego,
produtividade no local de trabalho, estatuto socioeconómico e qualidade de vida
• ser-se solteiro, ou divorciado e sem filhos, particularmente entre homens
• impede atividades de lazer
Perturbação de pânico
A. Ataques de pânico inesperados recorrentes. O ataque de pânico é um período
abrupto de medo ou desconforto intensos que atinge um pico em minutos e
durante o qual 4 (ou mais) dos seguintes sintomas se desenvolvem:
Nota: o período abrupto pode ocorrer a partir de um estado calmo ou de um estado
ansioso.
1. palpitações, batimentos cardíacos ou ritmo cardíaco acelerado
2. suores
3. estremecimentos ou tremores
4. sensações de falta de ar ou de respirar
5. sensação de asfixia
6. desconforto ou dor no peito
7. náuseas ou mal-estar abdominal
8. sensação de tontura, desequilíbrio, de cabeça vazia ou de desmaio
9. sensação de frio ou de calor
10. parestesias (sensação de entorpecimento ou formigueiros)
11. desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização (sentir-se
desligado de si próprio)
12. medo de perder o controlo ou de ‘enlouquecer’
13. medo de morrer
B. Pelo menos um dos ataques foi seguido por 1 mês ou mais de um ou de ambos os
seguintes:
1. preocupação persistente acerca de ter novos ataques de pânico ou das suas
consequências (e.g., perder o controlo, ter um ‘ataque cardíaco’ ou
‘enlouquecer’).
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2. uma alteração significativa mal adaptativa relacionada com os ataques (e.g.,
comportamentos dirigidos a evitar os ataques de pânico, tais como evitamento
da prática de exercício ou situações desconhecidas).
C. A perturbação não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (e.g.,
droga de abuso, medicamento) ou outra condição médica (e.g., hipertiroidismo).
D. A perturbação não é mais bem explicada por outra perturbação mental (e.g., os
ataques não ocorrem apenas em resposta a situações sociais temidas; em resposta
a objetos ou situações fóbicas específicas, em resposta a recordações de
acontecimentos traumáticos).
Características de diagnostico
• Frequência dos ataques de pânico
• Ataques moderadamente frequentes (1/semana, com regularidade durantes
meses)
• Surtos curtos mais frequentes (diários) separados por semanas ou meses sem
ataques
• Ataques menos frequentes (2/mês, durante muitos anos)
• Gravidade dos ataques de pânico
• Ataques com sintomas completos (4> sintomas)
• Ataques com sintomas limitados (<4 sintomas)
• Para diagnostico de perturbação de pânico: mais do que 1 ataques de pânico
inesperado completo
• As preocupações acerca dos ataques de pânico ou das suas consequências
relacionam-se habitualmente com aspetos:
1. Físicos (presença de doença ameaçadora)
2. Sociais (embaraça ou medo de ser julgado negativamente pelos outros devido
aos sintomas de pânico observáveis)
3. Funcionamento mental (medo de enlouquecer e perder o controlo)
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Prevalência
• 12m- EUA e europa: 2-3% e, adultos e adolescentes
• 2:1 (M:H)
• <14 anos: 0,4%
• >64 anos: 0,7%
Desenvolvimento e curso
• Idade media (EUA): 20-24 anos
• Se não tratada- curso cronico, com períodos recorrentes de melhoria e
agravamento
• Curso complicado por perturbação depressivas, de ansiedade e de uso de
substâncias
Risco de suicídio: maior taxa de tentativas de suicídio e ideação suicida nos últimos 12m
Consequências funcionais
Comorbilidade
• Um ataque de pânico não é uma perturbação mental e não pode ser codificado
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• Ocorrem no contexto de qualquer outra PA ou outras perturbações mentais e
algumas condições medicas
• Quando se identifica a presença de 1 ataque de pânico deve ser anotado como um
especificador (ex. PTSD com ataques de pânico)
• Um período abrupto de medo ou desconforto intensos que atinge um pico em
minutos e durante o qual 4 (ou +) dos mesmos sintomas que na perturbação de
pânico ocorrem
Nota: o período abrupto pode ocorrer a partir de um estado calmo ou ansioso
Prevalência
Fatores de risco
Consequências funcionais
• No contexto de perturbação concomitantes, os ataques estão associados a:
o Aumento da gravidade dos sintomas
o Taxas mais elevadas de comorbilidade e suicídio e pior resposta ao
tratamento
Comorbilidades:
• probabilidade aumentada de PA, depressivas, bipolares, controlo dos impulsos ou
uso de substâncias
Características associadas
• Tremores, espasmos, sensação de estar trémulo e dores musculares
• Sudorese, náuseas, diarreia
• Resposta exagerada ao susto
• Menos proeminentes sintomas de hiperexcitabilidade autonómica (tontura,
frequência cardíaca aumentada, etc.)
Prevalência
• 12m (EUA)- 0.9% adolescentes e 2,9% comunidade geral
• Outros países: 0,4- 3,6%
• 2:1- M:H
Desenvolvimento e curso
• Idade X início: 30 anos
• Raramente ocorre antes da adolescência
• Sintomas tendem a ser crónicos (agravamento e melhoria)
• O conteúdo das cognições é adequado à idade
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• Quanto mais precoce maior a comorbilidade e a incapacidade
Fatores de risco
Temperamentais: inibição comportamental, afetividade negativa e evitamento de danos
Consequências funcionais
• A preocupação excessiva diminui a capacidade para fazer coisas rápida e
eficazmente, em casa ou no trabalho. Tira tempo e energia
• Pode diminuir a capacidade para estimular a confiança nos filhos
Perturbação obsessivo-compulsiva
A. Presença de obsessões, compulsões ou ambas
Obsessões são definidas por:
1. Pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e persistentes que, em algum
período da perturbação, são experienciados como intrusivos ou indesejados e
que na maioria dos indivíduos causa ansiedade ou mal-estar marcados
2. O individuo tenta ignorar ou suprimir tais pensamentos, impulsos ou imagens
ou neutralizá-los com algum outro pensamento ou ação (isto é, realizando uma
compulsão)
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Especificar-se:
• Com insight bom ou razoável: o individuo reconhece que as crenças da POC são
definitivas ou provavelmente falsas ou que podem ou não ser verdadeiras
• Com insight pobre: o individuo pensa que as crenças da POC são provavelmente
verdadeiras
• Com insight ausente/ crenças delirantes: o indivíduo está completamente
convencido de que as crenças da POC são verdadeiras
• Relacionada com tiques. O individuo tem uma história atual ou passada de uma
perturbação de tiques
Especificadores
Características de diagnóstico
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o Pensamentos proibidos ou tabu (O agressivas, sexuais ou religiosas, C
relacionadas)
o Violência (O medo de fazer mal a se próprio ou a alguém, C de
verificação)
o Alguns podem ter dificuldades em descartar objetos e acumulam-nos
como consequência das O e C (medo de fazer mal aos outros)
Prevalência
Desenvolvimento e curso
Fatores de risco
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• Genéticos e fisiológicos: taxa em familiares em 1º grau 2x mais elevada; taxa
aumenta 10x se inicio na infância ou adolescência. Disfunções córtex orbito
frontal- tomada de decisão, córtex cingulado- emoções
Risco de suicídio
Consequências funcionais
Comorbilidade
Perturbação de acumulação
A. Dificuldade persistente em descartar ou separar-se dos seus bens, independente
do seu valor real
B. A dificuldade é devida a uma necessidade percebida de guardar itens e ao mal-
estar associado a descartá-los
C. A dificuldade em descartar bens resulta na acumulação de bens que congestionam
e desarrumam áreas uteis ativas e comprometem substancialmente o uso para o
qual foram projetadas. Se as áreas não estão desarrumadas é apenas pela
intervenção de terceiros (ex. membros da família, empregados de limpezas,
autoridades)
D. A acumulação causa mal-estar clinicamente significativo ou défice social,
ocupacional ou noutras áreas importantes do funcionamento (incluindo a
manutenção de um ambiente seguro para o próprio e para os ouros)
E. A acumulação não é atribuível a outra condição medica
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F. A acumulação não é mais bem explicada pelos sintomas de outra perturbação
mental
Especificar-se:
Características de diagnostico
Prevalência
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Desenvolvimento e curso
• Pode começar em fases iniciais da vida, estendendo-se a fases mais tardias
• Sintomas podem emergir aos 11-15 anos
• A gravidade aumenta com cada década de vida
• Curso da acumulação é muitas vezes cronico
Consequências funcionais
• A desarrumação compromete as atividades de vida diárias
• Eletrodomésticos avariados, água ou eletricidade desligados
• Qualidade de vida muito comprometida
• Risco de incendio, queda, saneamento insuficiente
• Comprometimento ocupacional, saúde física diminuída
• Relações familiares sob grande tensão
• Conflitos com vizinhos e autoridades locais
Comorbilidade
• 75% perturbação de humor ou de ansiedade
• Perturbação depressiva major (50%)
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Tricotilomania
A. Arrancamento recorrentes do próprio cabelo/pelo, resultando em perda
capilar/pilosa
B. Tentativas repetidas de diminuir ou de parar o arrancamento de cabelo/pelo (o
stress é um fator que limita esta vontade de parar)
C. O arrancamento de cabelo/pelo causa mal-estar clinicamente significativo ou
défice social, ocupacional ou noutras áreas importantes do funcionamento
D. O arrancamento ou perda de cabelo/pelo não é atribuível a outra condição medica
(ex. condição dermatológica)
E. O arrancamento de cabelo/pelo não é bem explicado pelos sintomas de outra
perturbação mental (ex. perturbação disfórica corporal)
Características de diagnostico
• Pode ocorrer em qualquer parte do corpo
• Sítios mais comuns: couro cabeludo, sobrancelhas e pálpebras
• Podem variar ao longo do tempo
• Podem ocorrer em episódios breves dispersos ao longo do dia ou durante horas
durante períodos menos frequentes
• Não relatam dor
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Prevalência
• 1-2% em adultos e adolescentes
• 1:10 (H:M)
Desenvolvimento e curso
• O início coincide ou acompanha o início da puberdade
• Curso crónico (melhoria e agravamento) se não tratada
Mais comum em indivíduos com POC e em indivíduos com familiares de 1ºgrau com
POC
Consequências funcionais
• Mal-estar défices sociais e ocupacionais
• Pode haver danos irreparáveis do crescimento e qualidade capilar/pilosa
Comorbilidade
• Perturbação depressiva major
• Perturbação de escoriação (arrancamento da pele)
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