Você está na página 1de 11

TRANSTORNOS

MENTAIS –
Material Complementar à Aula;
TRANSTORNOS MENTAIS
Caracterização:
São síndromes caracterizadas pela perturbação clinicamente significativa na cognição, na
regulação emocional ou no comportamento de um indivíduo que reflete uma disfunção nos
processos psicológicos, biológicos ou de desenvolvimento subjacentes ao funcionamento
mental.
Eles estão frequentemente associados a sofrimento ou incapacidade significativos que
afetam atividades sociais, profissionais ou outras atividades importantes.
Uma resposta esperada ou aprovada culturalmente a um estressor ou perda comum (como a
morte de um ente querido) não constitui transtorno mental. Desvios sociais de
comportamento (p. ex., de natureza política, religiosa ou sexual) e conflitos que são
basicamente referentes ao indivíduo e à sociedade não são transtornos mentais a menos
que o desvio ou conflito seja o resultado de uma disfunção no indivíduo, conforme descrito.

Subdivisão:
• Transtorno Bipolar tipo I;
Transtornos de Humor • Transtorno Bipolar tipo II;
• Depressão;
• Transtorno de Ansiedade
Transtornos relacionados ao medo ou Generalizado;
ansiedade • Transtorno de Pânico;
• Fobias;

Transtornos relacionados ao stress • Transtorno do Estresse Pós


Traumático (TEPT);

Tratamento:
O diagnóstico de um transtorno mental deve ajudar os clínicos a determinar o prognóstico, os
planos de tratamento e os possíveis resultados do tratamento para seus pacientes.
A necessidade de tratamento é uma decisão clínica complexa que leva em consideração mais
fatores além dos sintomas, exclusivamente. Mas nem sempre, o cuidado em saúde mental é
proporcionado somente aos diagnosticados com os transtornos; por exemplo, é possível
encontrar indivíduos cujos sintomas não satisfazem todos os critérios para um transtorno
mental, mas que demonstram necessidade evidente de tratamento ou cuidados. O fato de
algumas pessoas não apresentarem todos os sintomas indicativos de um diagnóstico não deve
ser usado para limitar seu acesso aos cuidados adequados.
Os critérios diagnósticos atuais para qualquer transtorno individual não irão necessariamente
identificar um grupo homogêneo de pacientes que podem ser caracterizados de forma
confiável com todos esses validadores.

TRANSTORNO BIPOLAR
Caracterização
Transtorno Bipolar ou Transtorno Afetivo Bipolar, é uma condição psiquiátrica caracterizada por
alterações graves de humor, que envolvem: períodos de humor elevado e de depressão intercalados
por períodos de remissão associados a sintomas cognitivos, físicos e comportamentais específicos.
TRANSTORNO BIPOLAR TIPO I
Nesse tipo, a elevação do humor é grave e persistente (mania)
EPISÓDIO MANÍACO
- É um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado e aumento anormal e persistente
da atividade dirigida a objetivos ou da energia; durando pelo menos uma semana e estando presente
em maior parte do dia.
- Não obstante, para enquadrar nesse tipo, é necessário ter ao menos 3 seguintes sintomas:
1. Autoestima inflada ou grandiosidade.
2. Redução da necessidade de sono;
3. Mais loquaz que o habitual.
4. Fuga de ideias ou relato de pensamentos acelerados.
5. Distratibilidade;
6. Aumento da atividade dirigida a objetivos ou agitação psicomotora.
7. Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para consequências dolorosas
- A perturbação do humor se agrava ao nível de causar prejuízo acentuado no funcionamento social ou
profissional;
- Não se deve atribuir esse episódio aos efeitos fisiológicos de uma substância;
EPISÓDIO MISTO
- Todos os critérios para um episódio maníaco ou hipomaníaco estão presentes.
- É preciso ter pelo menos 3 seguintes sintomas:
1. Disforia ou humor depressivo acentuado
2. Interesse ou prazer diminuído em todas, ou quase todas, as atividades
3. Retardo psicomotor quase diário
4. Fadiga ou perda de energia.
5. Sentimentos de inutilidade ou de culpa excessiva ou inapropriada
6. Pensamentos recorrentes de morte, ideação suicida recorrente.
- Não se deve atribuir esse episódio aos efeitos fisiológicos de uma substância;
TRANSTORNO BIPOLAR TIPO II
EPISÓDIO HIPOMANÍACO
- Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável e aumento
anormal e persistente da atividade ou energia; dura, pelo menos, 4 dias, estando presente na maior
parte dos dias;
- Esse episódio está associado a uma mudança clara no funcionamento que não é característica do
indivíduo quando assintomático;
- A perturbação do humor e a mudança no funcionamento são observáveis por outras pessoas;
- O episódio não é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo acentuado no funcionamento
social ou profissional;
- Não se deve atribuir esse episódio aos efeitos fisiológicos de uma substância;
- É preciso ter 3 ou mais sintomas que persistem e gerem mudanças notáveis;
1. Autoestima inflada ou grandiosidade;
2. Redução da necessidade de sono;
3. Mais loquaz;
4. Fuga de ideias ou relato de pensamentos acelerados;
5. Distratibilidade;
6. Aumento da atividade dirigida a objetivos ou agitação psicomotora;
7. Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para consequências dolorosas
EPISÓDIO DEPRESSIVO MAIOR
- É preciso ter, pelo menos, 5 dos seguintes sintomas durante duas semanas; sendo um dos sintomas
de humor deprimido ou perda de interesse ou prazer:
1. Humor deprimido na maior parte do dia,
2. Diminuição de interesse ou prazer nas atividades na maior parte do dia, quase todos os dias;
3. Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta;
4. Insônia ou hipersonia quase diária.
5. Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias;
6. Fadiga ou perda de energia quase todos os dias.
7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva
8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar;
9. Pensamentos recorrentes de morte/ideação suicida recorrente sem um plano específico;
- Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social,
profissional;
- Não se deve atribuir esse episódio aos efeitos fisiológicos de uma substância;

TRATAMENTOS
- Diminuição dos sintomas agudos;
- Diminuição da gravidade das alterações de comportamento;
- Prevenção de consequências.
- Estabilizadores do humor Psicoeducação;
- Psicoeducação (contribui para manter a pessoa com transtorno inserido na sociedade);
- Medicamentos: Carbamazepina; Lítio; Ácido Valpróico; Lamotrigina.
ASSISTÊNCIA DA EQUIPE DE ENFERMAGEM
- Interação e comunicação terapêutica do enfermeiro com a família e comunidade na qual o indivíduo se
encontra;
- Auxílio na adesão ao tratamento e a melhora da qualidade de vida do indivíduo por meio da percepção
de mudanças de comportamento;
- Melhoria das condições de saúde mental do indivíduo;
- A oferta à família de um tempo diário de alívio no cuidado do indivíduo;
- Prestação de cuidado que visem a alta hospitalar, para que o indivíduo possa ter sua autonomia e
aplicação adequada de um processo psicoeducativo, propiciar o possível na manutenção da integridade
física e moral do paciente.
DEPRESSÃO
CARACTERIZAÇÃO
É uma síndrome em que a principal queixa de alterações exibidas pelo paciente é o humor depressivo e
às vezes irritável durante a maior parte do dia. A depressão é muito, muito mais profunda do que a
tristeza;
SITOMATOLOGIA
- É preciso ter, pelo menos, 5 dos seguintes sintomas durante duas semanas; sendo um dos sintomas
de humor deprimido ou perda de interesse ou prazer:
1. Humor deprimido na maior parte do dia,
2. Diminuição de interesse ou prazer nas atividades na maior parte do dia, quase todos os dias;
3. Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta;
4. Insônia ou hipersonia quase diária.
5. Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias;
6. Fadiga ou perda de energia quase todos os dias.
7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva
8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar;
9. Pensamentos recorrentes de morte/ideação suicida recorrente sem um plano específico;
- Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social,
profissional;
- Não se deve atribuir esse episódio aos efeitos fisiológicos de uma substância;
TRATAMENTOS
- Tratamento da patologia com possível associação medicamentosa;
- Quadros depressivos endógenos -> tratamento farmacológico + psicoterapia
- Quadros reativos, neuróticos e existenciais -> abordagem psicoterápica;
- Quadros depressivos é recomendada a utilização dos AD;
ASSISTÊNCIA DA EQUIPE DE ENFERMAGEM
- Interação e comunicação terapêutica do enfermeiro com a família e comunidade na qual o indivíduo se
encontra;
- Auxílio na adesão ao tratamento e a melhora da qualidade de vida do indivíduo por meio da percepção
de mudanças de comportamento;
- Melhoria das condições de saúde mental do indivíduo;
- A oferta à família de um tempo diário de alívio no cuidado do indivíduo;

FOBIA
CARACTERIZAÇÃO
Caracteriza-se pelo medo ou ansiedade acentuados acerca de um objeto ou situação. Em geral, resulta
em grave sofrimento para o indivíduo quando exposto ao agente causador do medo.
SINTOMATOLOGIA
- Quando um objeto ou situação fóbica mostra-se presente;
- O medo ou ansiedade é desproporcional em relação ao perigo real imposto pelo objeto ou situação
específica e ao contexto sociocultural.
- O objeto ou situação fóbica quase invariavelmente provoca uma resposta imediata de medo ou
ansiedade.
- O objeto ou situação fóbica é ativamente evitado ou suportado com intensa ansiedade ou sofrimento.
- O medo ou ansiedade é desproporcional em relação ao perigo real imposto pelo objeto ou situação
específica e ao contexto sociocultural.
- O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente com duração mínima de seis meses.
- O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no
funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
- A perturbação não é mais bem explicada pelos sintomas de outro transtorno mental, incluindo medo,
ansiedade e esquiva de situações associadas a sintomas do tipo pânico ou outros sintomas
incapacitantes; objetos ou situações relacionados a obsessões;
- Possíveis gatilhos: Animais; Ambientes naturais; Materiais biológicos; acontecimento situacional;
TRATAMENTO
- Terapia Cognitiva Comportamental
- Hipnose;
- Medicamentos Ansiolíticos;

ASSISTÊNCIA DA EQUIPE DE ENFERMAGEM


A equipe de enfermagem pode influenciar positivamente a qualidade de vida de clientes com
transtornos fóbicos e de ansiedade, quando implementam intervenções não farmacológicas capazes de
minimizar o sofrimento físico e psicológico associado a procedimentos invasivos.

TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADO


CARACTERIZAÇÃO
- Caracteriza-se por medo e ansiedade excessivos e perturbações comportamentais relacionados.
- Os transtornos de ansiedade se diferenciam do medo ou da ansiedade adaptativos por serem excessivos

SINTOMATOLOGIA
- Ansiedade e preocupação excessivas, na maior parte do dia por pelo menos 6 meses;
- A preocupação é difícil de controlar;
Os sintomas físicos, preocupação ou ansiedade causam sofrimento clinicamente significante ou
incapacidade em atividades sociais, ocupacionais ou outras;
- O transtorno não pode ser atribuído a: uma condição médica geral, uso de substâncias ou outro transtorno
mental;
- A ansiedade e a preocupação estão associadas há pelo menos 3 dos seguintes sintomas no período de
últimos 6 meses:
• inquietação ou sensação de estar no limite;
• cansar-se facilmente;
• dificuldade de concentração;
• irritabilidade;
• tensão muscular;
• distúrbios do sono (dificuldade de iniciar ou manter o sono e sensação sono não satisfatório);

- A pessoa vive angustiada, tensa, preocupada, nervosa ou irritada. Nesses quadros, são frequentes
sintomas como insônia, dificuldade em relaxar, angústia constante, irritabilidade aumentada e dificuldade
em concentrar-se. São também comuns sintomas físicos como cefaleia, dores musculares, dores ou
queimação no estômago, taquicardia, tontura, formigamento e sudorese fria.
TRATAMENTOS
- Abordagem psicoterápica é prioridade;
- A via farmacológica pode e deve ser considerada em determinadas circunstâncias.

ASSISTÊNCIA DA EQUIPE DE ENFERMAGEM


Auxiliar durante as crises;
Evitar atitudes críticas;
Orientar o paciente quanto à necessidade do tratamento e sua continuidade.
Auxílio para com a família;
TRANSTORNO DE PÂNICO
CARACTERIZAÇÃO
- A ansiedade se manifesta sob a forma de crises intermitentes, com a eclosão de vários
sintomas ansiosos; este transtorno, se dá em casos que as crises de ansiedade são
recorrentes, com desenvolvimento de medo de ter novas crises, preocupações sobre possíveis
implicações da crise; um ataque de pânico é um surto abrupto de medo intenso ou desconforto
intenso que alcança um pico em minutos.

SITOMATOLOGIA
- Ataques de pânico recorrentes e inesperados, envolvendo 4 ou mais sintomas citados:
1. Palpitações, coração acelerado, taquicardia.
2. Sudorese.
3. Tremores ou abalos.
4. Sensações de falta de ar ou sufocamento.
5. Sensações de asfixia.
6. Dor ou desconforto torácico.
7. Náusea ou desconforto abdominal
8. Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio;
9. Calafrios ou ondas de calo;
10. Parestesias (anestesia ou sensações de formigamento);
11. Desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização (sensação de estar
distância do de si mesmo);
12. Medo de perder o controle ou “enlouquecer”;
13. Medo de morrer;
- A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental;
- Uma mudança desadaptativa significativa no comportamento relacionada aos ataques;
- O transtorno não pode ser atribuído a: uma condição médica geral, uso de substâncias ou
outro transtorno mental;
Pelo menos um dos ataques foi seguido de 1 ou + ou de ambas as seguintes características:
1. Apreensão ou preocupação persistente acerca de ataques de pânico adicionais ou sobre
suas consequências;
2. Uma mudança desadaptativa significativa no comportamento relacionada aos ataques.

TRATAMENTO
- Uso de antidepressivos é decidido com base numa série de fatores, além de levar em
consideração os efeitos colaterais;
- O tratamento psicoterápico é um dos elementos mais importantes;
- Medicamentos: Citalopram, Clomipramina.

ASSISTÊNCIA DA EQUIPE DE ENFERMAGEM


- Auxiliar durante as crises, permanecendo próximo ao paciente, de maneira que tente
tranquilizá-lo;
- Posteriormente às crises, orientar que os sintomas são passageiros;
- Evitar atitudes críticas, demonstrando compreensão e confiança, para que o paciente perceba
no profissional um meio de ajuda;
- Orientar o paciente quanto à necessidade do tratamento e sua continuidade;
- Auxílio para com a família.
FOBIA
CARACTERIZAÇÃO
Caracteriza-se pelo medo ou ansiedade acentuados acerca de um objeto ou situação. Em
geral, resulta em grave sofrimento para o indivíduo quando exposto ao agente causador do
medo.
SINTOMATOLOGIA
- Quando um objeto ou situação fóbica mostra-se presente;
- O medo ou ansiedade é desproporcional em relação ao perigo real imposto pelo objeto ou
situação específica e ao contexto sociocultural.
- O objeto ou situação fóbica quase invariavelmente provoca uma resposta imediata de medo
ou ansiedade.
- O objeto ou situação fóbica é ativamente evitado ou suportado com intensa ansiedade ou
sofrimento.
- O medo ou ansiedade é desproporcional em relação ao perigo real imposto pelo objeto ou
situação específica e ao contexto sociocultural.
- O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente com duração mínima de seis
meses.
- O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no
funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
- A perturbação não é mais bem explicada pelos sintomas de outro transtorno mental, incluindo
medo, ansiedade e esquiva de situações associadas a sintomas do tipo pânico ou outros
sintomas incapacitantes; objetos ou situações relacionados a obsessões;
- Possíveis gatilhos: Animais; Ambientes naturais; Materiais biológicos; acontecimento
situacional;
TRATAMENTO
- Terapia Cognitiva Comportamental
- Hipnose;
- Medicamentos Ansiolíticos;

ASSISTÊNCIA DA EQUIPE DE ENFERMAGEM


A equipe de enfermagem pode influenciar positivamente a qualidade de vida de clientes com
transtornos fóbicos e de ansiedade, quando implementam intervenções não farmacológicas
capazes de minimizar o sofrimento físico e psicológico associado a procedimentos invasivos.
TEPT – TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS TRAUMÁTICO
CARACTERIZAÇÃO
- É um transtorno causado pela exposição a um evento traumático ou estressante.
- Em alguns casos, os sintomas podem ser bem entendidos em um contexto de ansiedade ou
medo;
- O sofrimento psicológico subsequente à exposição é bastante variável;
- É uma consequência após o indivíduo vivenciar diretamente o evento traumático ou
testemunhar através de outros indivíduos;
- Pode ser causado também ao saber que o evento traumático ocorreu com familiar ou amigo
próximo.
- Esse transtorno pode ter como causador de crises a exposição de forma repetida ou extrema
a detalhes aversivos do evento traumático;
SINTOMATOLOGIA
- Os sintomas iniciam-se após a algum tempo pós-exposição a episódio concreto ou ameaça
de morte, lesão grave ou violência sexual em uma (ou mais) das seguintes formas:
1. Vivenciar diretamente o evento traumático.
2. Testemunhar pessoalmente o evento traumático ocorrido com outras
pessoas.
3. Saber que o evento traumático ocorreu com familiar ou amigo
próximo. Nos casos de episódio concreto ou ameaça de morte
envolvendo um familiar ou amigo, é preciso que o evento tenha sido
violento ou acidental.
4. Ser exposto de forma repetida ou extrema a detalhes aversivos do
evento traumático;
- É necessário apresentar 1 ou + dos seguintes sintomas:
1. Lembranças intrusivas angustiantes, recorrentes e involuntárias;
2. Sonhos angustiantes recorrentes;
3. Reações dissociativas nas quais o indivíduo sente ou age como se o evento traumático
estivesse ocorrendo novamente;
4. Sofrimento psicológico intenso ou prolongado ante a exposição a sinais internos ou externos
que simbolizem ou se assemelhem a algum aspecto do evento traumático;
5. Reações fisiológicas intensas a sinais internos ou externos
- É um forte indicador a evitação persistente de estímulos associados ao evento traumático,
começando após a ocorrência do evento.
- É notório também a ocorrência de alterações negativas em cognições e no humor associadas
ao evento traumático começando ou piorando depois da ocorrência de tal evento. Gerando
incapacidade de recordação de algum aspecto do evento, por exemplo;
- Ocorre também:
1. um comportamento irritadiço e surtos de raiva expressos sob forma de agressão verbal ou
física em relação a pessoas e objetos;
2. Comportamento imprudente ou autodestrutivo.
3. Hipervigilância;
4. Resposta de sobressalto exagerada;
5. Problemas de concentração;
6. Perturbação do sono
- A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo e prejuízo social, profissional ou em
outras áreas importantes da vida do indivíduo.
- A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma substância
TRATAMENTO
- Medicamento: ansiolíticos ou antidepressivos (ISRSS)
- Psicoterapia, podendo envolver hipnose.
- Terapia cognitivo comportamental;
- Dessensibilização e Reprocessamento através do Movimento dos Olhos, na qual o
paciente deve pensar no evento traumático e nos pensamentos negativos e emoções
associados;
- Manejo afetivo, que consiste de uma forma de tratamento em grupo, focalizando a regulação
do humor;
ASSISTÊNCIA DA ESQUIPE DE ENFERMAGEM
- Implementação de intervenções não farmacológicas;
- A oferta de apoio, segurança e confidencialidade também se
destacam, visando a busca de melhoria na expressão dos sentimentos;
MEDICAMENTOS
Inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRSs)
Os ISRSs são a classe de antidepressivos mais frequentemente utilizada. Eles também são
eficazes para transtorno de ansiedade generalizada, transtorno obsessivo-compulsivo,
síndrome do pânico, transtorno fóbico, transtorno de estresse pós-traumático, transtorno
disfórico pré-menstrual e bulimia.
Exemplos: Citalopram; Escitalopram; Fluoxetina; Fluvoxamina; Paroxetina; Sertralina;
Vilazodona
EFEITOS COLATERAIS
Disfunção sexual (principalmente orgasmo retardado, mas também perda de desejo e disfunção
erétil em algumas pessoas), náusea, diarreia, dor de cabeça, perda de peso (no curto prazo),
ganho de peso (no longo prazo), síndrome da abstinência, esquecimento, embotamento das
emoções e facilidade para formação de hematomas.

Moduladores de serotonina
Exemplos: Mirtazapina; Trazodona;
EFEITOS COLATERAIS
Apatia e ganho de peso (mirta); Apatia prolongada, ereção dolorosa e persistente e uma queda
excessiva na P.A. ao levantar (trazo);
Inibidores de recaptação de serotonina-noradrenalina
Exemplos: Desvenlafaxina; Duloxetina; Levomilnaciprana; Venlafaxina
EFEITOS COLATERAIS
Náusea, boca seca, síndrome de abstinência e, se forem tomadas altas doses, um aumento da
pressão arterial;
Antidepressivos heterocíclicos
Exemplos: Amitriptilina; Amoxapina; Clomipramina; Desipramina; Doxepina; Imipramina;
Maprotilina; Nortriptilina; Protriptilina; Trimipramina
EFEITOS COLATERAIS
Sonolência, ganho de peso, aumento da frequência cardíaca, queda da P.A. quando a pessoa
se levanta boca seca, confusão, visão embaçada, constipação, dificuldade em começar a
urinar, orgasmo retardado e síndrome da abstinência.

Você também pode gostar